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Gestão da Distribuição Logística

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Academic year: 2021

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Gestão da

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Modais de transporte

Material Teórico

Responsável pelo Conteúdo:

Profa. Ms. Giovana Gavioli

Revisão Textual:

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• Tipos de modais e sua infraestrutura • Escolha do modal

Inicie seu estudo por meio da leitura do Conteúdo Teórico e assista a videoaula. Depois, acesse o link indicado no Cenário da Prática e participe da discussão no Fórum, proposto para a atividade de aprofundamento.

Programe-se para realizar a atividade de sistematização dentro do prazo do seu calendário e utilize a aula narrada para lhe auxiliar.

Ótimas indicações de leitura estão no material complementar e podem lhe auxiliar a entender mais sobre o tema abordado e sobre o impacto dos modais de transporte na gestão da distribuição da empresa.

Nesta unidade, vamos explorar aspectos importantes dos modais de transporte. Veremos as vantagens e desvantagens dos modais aéreo, aquaviário, ferroviário, rodoviário e dutoviário; assim como seus riscos e infraestrutura.

A unidade também trata de embalagens, sua unitização, seus impactos na movimentação de materiais, a economia de tempo e a redução de custos.

Modais de transporte

• Embalagem

• Unitização – pallet e contêiner • Marcações

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Contextualização

Quando falamos de modais de transporte, o grande problema brasileiro é a infraestrutura. Para iniciarmos esta unidade, conheça mais sobre a logística de transporte e os modais com um comparativo entre a utilização dos modais no Brasil e nos Estados Unidos:

Explore

http://g1.globo.com/jornal-da-globo/videos/t/edicoes/v/logistica-e-um-dos-maiores-gargalos-na-economia-brasileira/2091816/

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Introdução

A distribuição se torna efetiva quando o produto é entregue ao consumidor final. Para que isso aconteça ao nível do serviço desejado, é importante que o gestor escolha o modal adequado para efetuar a operação de transporte. A escolha deve levar em consideração as vantagens e desvantagens de cada modal, assim como sua adequação aos objetivos estratégicos da empresa.

Conheceremos nesta unidade os tipos de modais, suas infraestruturas, seus riscos, suas vantagens e desvantagens, assim como o papel da embalagem e da unitização para redução de custos.

O modal de transporte é parte integrante da estratégia de distribuição da empresa. Escolher o modal correto é de muita importância para a manutenção do nível de serviço exigido pelo cliente, mantendo custos a um patamar controlado.

O meio pelo qual o produto/serviço será transportado afeta diretamente o lead time, ou seja, o tempo total do pedido desde a sua solicitação até a sua entrega. Portanto, é importante que a empresa conheça as particularidades, vantagens e desvantagens de cada modal, podendo tomar suas decisões de forma consciente e contribuindo para que os objetivos organizacionais sejam atingidos.

A infraestrutura é o ponto principal a ser analisado para cada modalidade escolhida, ela influencia diretamente na relação volume x valor e nos riscos de cada meio de transporte.

Tipos de modais e sua infraestrutura

A distribuição de um produto pode ser realizada por meios variados de transporte. Cada um possui diferentes recursos, infraestrutura, volumes, valores e riscos. Vamos conhecer cada um deles e suas vantagens e desvantagens.

Modal Aéreo

O modal aéreo consiste no transporte feito por aeronaves, ligando aeroportos de diferentes cidades (transporte nacional) ou países (transporte internacional). Sua infraestrutura consiste de aeroportos, aeronaves e equipamentos, assim como seus acessos, terminais e sistemas administrativos.

Entre todos os modais de transporte, o aéreo é o que apresenta maior agilidade com o menor tempo de trânsito e menores riscos, atendendo a praticamente todas as regiões do mundo. É ideal para mercadorias pequenas e de alto valor, que tenham urgência de entrega. Amostras também são geralmente enviadas e recebidas com a utilização do modal aéreo.

Os custos de transporte representam grande parte dos custos logísticos,

podendo representar até 2/3 dos custos totais.

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Empresas que trabalham com o modal aéreo podem reduzir seus estoques, contando com a agilidade de entrega do produto. Os riscos também são reduzidos, portanto as embalagens de mercadorias que utilizam o modal aéreo não precisam ser reforçadas, o que possibilita que a empresa gaste menos com esse processo e reduza seus gastos com seguro. A tabela 1 mostra suas vantagens e desvantagens:

Tabela 1: Vantagens e desvantagens do modal aéreo

Vantagens Desvantagens

• Menor tempo de trânsito; • Menor risco;

• Ideal para mercadorias pequenas, perecíveis e/ou de alto valor;

• Possibilidade de redução dos custos com estoques; • Possibilidade de redução dos custos de embalagem; • Seguro de transporte é entre 30% a 50% menor

que o transporte rodoviário.

• Frete mais alto em relação aos demais modais; • Inviável para mercadorias de baixo custo;

• Capacidade de carga menor do que o modal marítimo e ferroviário, ganhando apenas do rodoviário; • Alto custo de armazenagem nos aeroportos;

• Necessidade de conjugação com outros modais para alcançar o destino final;

• Custo elevado de infraestrutura.

Modal Aquaviário

Representando 90% das cargas transportadas em todo mundo, é o transporte feito por navios, utilizando vias lacustres (lagos), fluviais (rios) ou oceânicas. Ele pode ser de longo curso, quando envolve a navegação entre portos de diferentes países, ou de cabotagem, quando a navegação é entre portos de um mesmo país, por exemplo: do Porto de Santos (SP) para o Porto de SUAPE (PE). O transporte aquaviário utiliza como infraestrutura os portos, terminais e equipamentos de movimentação específicos para as suas operações. As embarcações, por exemplo, podem ser projetadas somente para o transporte de minérios, grãos, produtos químicos – como o petróleo – ou somente para contêineres – equipamento de unitização que será abordado no tópico sobre embalagens.

Figura 1: Navio graneleiro

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Figura 2: Navio porta contêiner

Fonte: Thinkstock/Getty Images

O transporte aquaviário é flexível e transporta qualquer tipo de mercadoria, classificadas como: ·Granel: podem ser sólidos ou líquidos e embarcar diretamente no navio. Ex.: trigo, farelo,

grãos, fertilizantes, minérios, petróleo, produtos químicos, etc.;

·Individual: também chamada de carga geral, é aquela embarcada de forma convencional em navios de porões, acomodadas com o uso de empilhadeiras e/ou arrumação;

·Soltas: itens avulsos como embrulhos, fardos, pacotes, sacas, caixas, tambores, etc.;

·Unitizadas: agrupamento de um ou mais volumes de carga geral, ou mesmo carga a granel, em uma unidade adequada para esse fim: contêiner, pallets, big bags, etc.

A tabela 2 mostra suas vantagens e desvantagens: Tabela 2: Vantagens e desvantagens do modal aquaviário

Vantagens Desvantagens

• Frete mais barato;

• Ideal para mercadorias de baixo valor e altos volumes;

• Possui maior capacidade de carga;

• Pode ser adaptado para transportar qualquer tipo de mercadoria;

• Atende a grandes distâncias com o menor custo.

• É o modal e menos veloz;

• Necessita de transbordo entre os portos; • Sua embalagem deve ser mais reforçada;

• Portos geralmente ficam distantes dos centros produtivos; • Sujeito a congestionamento nos portos;

• Riscos maiores de avarias por conta de grande manipulação da carga;

• Oferece menor segurança quanto a roubos, furtos, avarias e perdas.

Modal Ferroviário

Juntamente com o modal rodoviário e o dutoviário, constitui os modais terrestres. O modal ferroviário é o transporte feito com a utilização de trens, compostos por vagões puxados por uma locomotiva sobre trilhos, que tem trajetos previamente delineados. Sua infraestrutura é composta por ferrovias, máquinas, vagões e equipamentos.

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O modal ferroviário pode transportar diversos tipos de cargas e possui vagões específicos, por exemplo: os basculantes, para o transporte de minérios, e os com fixadores, para o transporte de madeira.

Atualmente é o modal que possui as piores condições de infraestrura, apresentando linhas com más condições de operação, trilhos descontinuados e com falta de segurança, além de pobre manutenção das locomotivas, dos vagões e equipamentos.

As empresas que operam com esse modal geralmente possuem equipamentos próprios e linhas férreas privatizadas. As demais recebem pouco investimento governamental para seu adequado desenvolvimento. A tabela 3 mostra as vantagens e desvantagens desse modal: Tabela 3: Vantagens e desvantagens do modal ferroviário

Vantagens Desvantagens

• Destinado a longas distâncias e grandes quantidades de cargas (25 e 100 toneladas);

• Baixo custo de transporte (mais barato que o rodoviário, porém perde para o aquaviário);

• Baixo custo de infraestrutura;

• Relativamente mais rápido que o marítimo; • Livre de congestionamentos.

• Necessidade de conjugação com outros modais para alcançar o destino final;

• Menor flexibilidade no trajeto;

• Tempo de viagem irregular – em caso de obstrução na ferrovia, pode haver atrasos na entrega;

• Alta exposição a furtos e roubos, com custos e riscos de manuseio relativos;

• Malha ferroviária precária.

Modal Rodoviário

O transporte rodoviário é largamente utilizado no território brasileiro e na importação e exportação. É a peça fundamental da intermodalidade e multimodalidade, que veremos adiante.

Seus concorrentes diretos são os modais ferroviário, aquaviário fluvial e aquaviário de cabotagem. Da mesma forma que o modal ferroviário, o modal rodoviário sofre diretamente em seus custos por conta da má conservação das rodovias brasileiras, a existência de uma frota antiga de caminhões, assim como a exposição às quadrilhas organizadas e especializadas em roubos de cargas. Outros impactos diretos no modal são a falta de fiscalização e a alta no preço dos combustíveis, encarecendo o transporte e, consequentemente, as mercadorias.

Mesmo com essas interferências, o modal rodoviário ainda é o modal mais utilizado pelas empresas brasileiras no deslocamento de mercadorias pelo território nacional, e nas exportações e importações para países da América Latina como Bolívia, Uruguai, Paraguai, Venezuela e Argentina.

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Veja na Tabela 4 as vantagens e desvantagens do modal rodoviário: Tabela 4: Vantagens e desvantagens do modal rodoviário

Vantagens Desvantagens

• Custo do frete mais baixo que o modal aquaviário, porém mais caro que o modal ferroviário;

• Modal mais simples e flexível, contribuindo para sua agilidade;

• Serviço porta a porta, apresentando maior comodidade para o consumidor final;

• Menor manuseio de carga, ocasionando menores custos de embalagem que o modal aquaviário;

• Rapidez na entrega a curtas e médias distâncias.

• Menor capacidade de carga;

• Menos competitivo para longas distâncias; • Sujeito a congestionamentos;

• Rodovias precárias;

• Custo elevado de infraestrutura;

• Modal bastante poluidor para o meio ambiente;

Modal Dutoviário

O modal dutoviário é feito através de dutos, utiliza a força da gravidade ou pressão mecânica para o transporte de produtos. Sua infraestrutura é composta de dutovias, equipamentos e terminais que podem ser divididos em:

·Gasodutos: destina-se ao transporte de gases. Um dos mais conhecidos é o gasoduto Brasil-Bolívia, com quase 2 000 Km de extensão para o transporte de gás natural;

·Minerodutos: aproveita a força da gravidade para transportar minérios entre as regiões produtoras e as siderúrgicas e/ou portos. Os minérios são impulsionados por um forte jato de água;

·Oleodutos: utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petróleos brutos e derivados aos terminais portuários ou centros de distribuição.

O modal dutoviário é uma alternativa de transporte não poluente, não sujeita a congestionamentos e relativamente barata.

Podemos concluir que cada modal tem características específicas e a escolha deve ser feita de forma cuidadosa pela empresa. Uma forma de identificar o modal mais adequado será apresentada a seguir.

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Escolha do modal

A escolha do modal adequado para a empresa depende da análise da relação entre valor e volume. Analisando a figura, percebemos que o transporte aéreo apresenta o maior dos valores de frete e a menor capacidade de volume, já o transporte dutoviário transporta um maior volume a menor custo. A decisão sobre o modal também deve ser complementada com uma análise de risco, que interfere no valor de seguro do material a ser transportado.

Fonte: Elaborada pela autora Figura 3: Relação entre volume e valor

O transporte aéreo, por exemplo, costuma ter tarifa de seguro equivalente à metade das modalidades marítima e terrestre. O transporte marítimo, em contêineres, tem redução no prêmio de seguro entre 10 e 20% frente a mercadorias não embaladas em contêineres. Essa diferença ocorre porque os riscos são diferentes para cada modal. Veja na tabela 5 a relação dos riscos mais decorrentes e seus respectivos modais:

Tabela 5: Riscos e Modais

Figura 3: Relação entre volume e valor Baixo risco Médio Risco Alto Risco Movimento de Carga

Avarias causadas por infiltração de água - -Perdas ao Mar - -Alijamento de carga -Mudança de temperatura Fogo -Naufrágio - -Encalhe -

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-Você Sabia ?

O alijamento de carga consiste no lançamento de parte da carga para fora do transporte. Mais comum no transporte aquaviário e com pouca frequência no modal ferroviário. O comandante do navio, por exemplo, pode optar por lançar contêineres ao mar, caso enfrente uma tempestade e o alijamento o permita controlar melhor a embarcação, salvando a tripulação. O alijamento também existe no modal aéreo, mas não com o objetivo de livrar-se da carga para um bem maior, como no exemplo marítimo; o lançamento de pesticidas nas plantações feito por aeronaves de pequeno

porte é um tipo de alijamento no modal aéreo.

Depois de falarmos de infraestrutura, vantagens, desvantagens e riscos de cada modal, você ainda pode se perguntar: mas eu posso transportar soja pelo modal aéreo?

Para Pensar

A resposta é sim, contudo vamos analisar a situação estrategicamente:

A soja é uma commodity, ou seja, um produto que possui baixo valor agregado. Como o modal aéreo é o que possui o maior custo de frete, ele encareceria a operação, tornando o valor do frete superior ao valor da carga, inviabilizando o preço a ser praticado com o consumidor final – que não estaria disposto a pagar mais caro, sendo que ele pode encontrar facilmente o produto no mercado concorrente a um valor acessível.

Apresenta-se, portanto, uma proposta de ligação de alguns produtos com modais específicos e mais adequados à cadeia logística da qual eles fazem parte, trazendo a melhor relação custo x benefício:

·Grãos: ferroviário, dutoviário, aquaviário; ·Gás, combustíveis e derivados: dutoviário;

·Passageiros: aéreo, ferroviário, rodoviário, aquaviário;

·Commodities – transporte nacional: ferroviário, dutoviário, aquaviário (fluvial); ·Commodities – transporte internacional: aquaviário (oceânico).

Embalagem

A embalagem impacta diretamente no custo do produto e recebe influência do modal escolhido pela empresa. Ela proporciona proteção para os materiais durante a movimentação, manipulação e comercialização do produto, evitando danos em todo o seu ciclo de distribuição. A importância da embalagem tem maior destaque quando analisamos as causas dos principais danos (avarias) aos produtos transportados:

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43% das avarias 15% das avarias 21% das avarias

Danos mecânicos causados por ruptura, choque, cortes e amassados.

Danos causados por água do mar, da chuva, enchentes, suor de contêiner e condensação.

Roubo e pilhagem de produtos.

Os 21% restantes das avarias estão ligados a incêndio, encalhe, naufrágio, colisão e perdas no mar.

A escolha da embalagem correta evita danos e deve levar em conta as características e aplicações do produto, assim como todas as etapas a serem percorridas até que o produto chegue às mãos do consumidor final. Veja alguns fatores a serem considerados:

·Efeitos e riscos mecânicos e físicos, como impactos, quedas, choques, oscilações e vibrações; ·Tensão estática na armazenagem afetada pela quantidade de produtos por embalagem

e pressão do empilhamento;

·Fatores climáticos e térmicos, como exposição ao calor, frio, umidade; ·Fatores externos de exposição, como água e fogo;

·Fatores de segurança, como roubos e furtos;

·Proteção contra fatores contaminantes, como pó, poluição, odores ou mesmo pragas urbanas (roedores, baratas);

·Modal de transporte; ·Manuseio.

Pense

A embalagem também possui a função de agregar valor ao produto. Imagine, por exemplo, que você comprou um celular pela internet, mas que, ao recebê-lo, ele chega com a tela quebrada. Qual a sua impressão da empresa que postou o material? Você a recomendaria para seus colegas?

É importante, portanto, que o gestor esteja ciente da importância da embalagem e seu impacto na criação de valor ao consumidor.

Explore

Para saber sobre a história das embalagens e como elas revolucionaram a forma de comercialização como conhecemos hoje, recomenda-se a leitura do livro: MESTRINER, Fábio. Gestão Estratégica

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Tipos de Embalagem

A embalagem pode ser dividida em cinco níveis:

·Embalagem primária: é direcionada ao consumidor, é aquela que ele vê quando compra e manipula o produto. Ex.: lata de leite condensado, pacote de açúcar, caixa de suco; ·Embalagem secundária: serve para o agrupamento de vários itens, que podem ser

colocados em uma caixa fina de papelão ou envoltos em um filme de PVC. Esse tipo de embalagem é mais visto pelo varejista ou atacadistas, é ela que o consumidor tem contato. Ex.: packs de leite longa vida com 8 caixas, fardos de água;

·Embalagem terciária: envolve as demais embalagens, secundária e primária, também conhecida como embalagem de transporte, a embalagem terciária garante ao comprador a entrega segura e eficiente dos produtos em perfeitas condições. Ex.: caixa de papelão; ·Embalagem quaternária: é aquela que visa facilitar a movimentação através da unitização

da carga ou de uso de um contentor. Ex.: pallet;

·Embalagem de quinto nível: é a embalagem destinada para o envio de longa distância, que pode ser em contêiner ou unitizada em pallets, que objetivam a chegada do produto no destinatário com maior segurança.

Unitização - pallet e contêiner

Diálogo com o Autor

Keedi (2010) define a unitização como:

[...] a unitização transforma itens pequenos e que possuem um alto custo de movimentação, em itens de maior peso e dimensões, que podem ser transportados por equipamentos especializados, diminuindo tempo e custo nas operações de carregamento e descarregamento de produtos (KEEDI, 2010, p. 39)

A unitização de produtos, além de protegê-los contra danos, facilita a movimentação dos materiais e de sua carga e descarga. Por exemplo, contêineres podem ser movimentados por meio de empilhadeiras específicas, chamadas de transteiners. As empilhadeiras regulares também auxiliam na movimentação de cargas unitizadas em pallets.

Quanto menor a possibilidade dos produtos serem manipulados à mão,

maior a probabilidade de serem carregados e/ ou descarregados em boas

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A unitização também pode auxiliar na redução do custo de frete, quando existe um fator econômico no volume transportado, ou seja, quando o frete é cobrado por metragem cúbica, a unitização pode influenciar na redução dos custos de transporte.

Vamos detalhar melhor as formas de unitização e seus benefícios.

Largamente utilizado em todos os modais, o pallet é uma plataforma ou estrado muito utilizado na unitização de produtos, pois, além de apoiar a carga sobre ele acondicionada, proporciona prática movimentação por meio da utilização dos equipamentos, das paleteiras e empilhadeiras disponíveis. Os pallets podem ser de madeira, plástico, metal ou até de papelão. Figura 4: Pallet

Fonte: Thinkstock/Getty Images

Pallet: estrado feito em madeira, papelão, plástico ou metal no

qual são colocados os produtos. Permite o uso de equipamento mecânico para mover as mercadorias como uma unidade.

Uma vez os produtos dispostos em pallets, eles devem ser fixados ou travados para não se deslocarem durante o manuseio e transporte. Essa fixação pode ser por meio da utilização de fitas plásticas ou cintas de amarração, complementando com a colocação, manual ou automática, de um filme plástico, também chamado de stretch.

O contêiner é uma caixa metálica que pode ser diretamente carregada no navio, caminhão, vagão ferroviário e avião.

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Existem diferentes contêineres para cada tipo de produto e suas necessidades específicas, desde a acomodação de carga granel (solta) até a paletizada, os contêineres podem oferecer soluções para produtos que necessitam de maior proteção contra avarias. Alguns tipos de contêineres são refrigerados, atendendo à necessidade da carga a ser transportada.

Contêiner: grande caixa de metal usada em transportes

internacionais: pode ser carregada diretamente em navio, caminhão, vagão ferroviário e avião.

Fonte: Thinkstock/Getty Images

Figura 5: contêineres de 40 pés em vagão ferroviário colocados em

double-stack (empilhamento de

dois contêineres)

Para o modal aéreo, existem contêineres específicos que não são intermodais, ou seja, não podem ser intercambiados em conjunto com outros modais, pois são projetados exclusivamente para a utilização em aeronaves, principalmente quanto a seu formato, conforme a figura 6:

Figura 6: contêiner aéreo

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Outras formas de unitização

Além do pallet e do contêiner, a empresa também pode unitizar seus produtos com a utilização de: ·Engradados e caixas: apropriados para cargas a granel. Geralmente são feitos de madeira e

com cantos trilaterais, sempre reforçados com tiras de canto e faixas metálicas;

·Sacarias: sacos projetados para diversos produtos – químicos, plásticos, entre outros materiais em pó. O saco é composto de várias camadas de papel kraft ou polímeros leves. A capacidade gira em torno de 25 kg. Um segundo tipo de saco mais reforçado também é utilizado, conhecido como FIBC (Flexible Intermediate Bulk Container), feito de fibras trançadas de polímero (polietileno ou polipropileno), é muito mais resistente, podendo comportar até 1 tonelada métrica – é utilizado para transportar carga granular como plásticos, grãos e alguns produtos químicos;

·Tambores: feitos em metal (aço) ou madeira, os tambores podem ser utilizados para o transporte de carga seca ou molhada e são muito resistentes a danos causados por água. Os tambores feitos em fibra podem transportar carga seca, como fertilizantes e, geralmente, possuem um saco de polímero como revestimento.

Marcações

É importante dar destaque especial às marcações, ligadas à segunda função da embalagem. Além de definir a embalagem corretamente, é essencial que o administrador marque adequadamente a carga para:

·Evitar manipulação descuidada; ·Evitar roubos e pilhagens.

Para evitar a manipulação descuidada, é importante que a carga tenha marcações como: peso líquido e bruto, unidades métricas, indicações de fragilidade e conservação. Quando a carga for objeto de transporte internacional, as indicações devem ser feitas tanto na língua do país do vendedor quanto na do país comprador, evitando falhas de interpretação que possam resultar em dano à carga durante seu transporte e sua manipulação.

Para evitar roubos e pilhagens, é aconselhável que a embalagem não possua marca ou outra identificação que permita que se conheça facilmente o seu conteúdo. Algumas empresas mudam frequentemente as marcações para despistar possíveis furtos e roubos. Podem também ser utilizados códigos estabelecidos entre o vendedor e o comprador, para identificar a empresa e a carga, dificultando sua identificação por terceiros.

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Resumindo

·O modal de transporte escolhido impacta diretamente no tempo de trânsito da empresa, portanto influencia no nível de serviço a ser oferecido ao consumidor final;

·Os custos de transporte representam até 2/3 dos custos totais da empresa, portanto, o controle de seus custos deve ser efetuado atentamente;

·O modal aéreo é o modal que possui o frete mais alto em relação aos demais modais; contudo, tem o menor tempo de trânsito, ideal para mercadorias pequenas, perecíveis e/ou de alto valor agregado;

·O modal aquaviário representa 90% das cargas transportadas no mundo. Esse modal é o menos veloz, mas possui maior capacidade de carga que os demais modais; exceto o dutoviário. Pode ser adaptado para qualquer tipo de mercadoria e atende a grandes distâncias com o menor custo;

·O modal ferroviário é o modal que possui mais problemas de infraestrutura no país, possui baixo custo de transporte e infraestrutura e está livre de congestionamentos. Possui menor flexibilidade no trajeto e tempo de viagem irregular;

·O modal rodoviário é o mais utilizado em todo o território nacional. É menos competitivo para longas distâncias, além de estar sujeito a congestionamentos e rodovias em condições precárias. Apesar desses fatores, o modal rodoviário é o mais simples e flexível entre todos os modais, tanto em roteirização como em disponibilidade de empresas para carregamento; ·O modal dutoviário é feito por meio de dutos que utilizam a força da gravidade ou a pressão

mecânica no transporte de produtos. Eles podem ser gasodutos, minerodutos ou oleodutos; ·Um dos principais pontos a serem analisados para a escolha de um modal é a sua relação

entre volume e valor. Sendo o modal aéreo o mais caro e de menor volume e o modal dutoviário o mais barato e de maior volume;

·É essencial também avaliar cuidadosamente os riscos de cada modal antes de sua escolha; ·A embalagem tem como função a proteção das mercadorias contra danos mecânicos

que possam ser causados por rupturas, choques, cortes e amassados. Existem até 5 níveis de embalagens;

·A unitização consiste no agrupamento de volumes menores em volumes maiores com o objetivo de facilitar a manipulação e a movimentação de produtos;

·A unitização pode ser realizada em pallets, contêineres, tambores, engradados, sacarias, entre outros.

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Material Complementar

Explore

KEEDI, S. Logística de transporte internacional: veículo prático de competitividade, São Paulo: Aduaneiras, 2010 – Capítulo 1;

MESTRINER, F. Gestão estratégica da embalagem. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. (Parte I – disponível na biblioteca virtual).

Explore

FERREIRA, M. A. Tipos de Modais. Disponível em:

<http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/670>. Acesso em: 28/06/2014. RIBEIRO, P. C. C.; FERREIRA, K. A. Logística e transportes: uma discussão sobre os modais de transporte e o panorama brasileiro, XXII ENEGEP – Curitiba, 23 a 25/10/2002. Disponível em: <http://tecspace.com.br/paginas/aula/mdt/artigo01-mdl.pdf>. Acesso em: 28/06/2014.

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Referências

KEEDI, S. Logística de transporte internacional: veículo prático de competitividade. São Paulo: Aduaneiras, 2010.

MESTRINER, F. Gestão estratégica da embalagem. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

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(23)

www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade

Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000

São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000

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Referências

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