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Aula 9 - As Sete Escolas de Psicanalise

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(1)

AS SETE ES

AS SETE ES

COLA

COLA

S

S

DE PSICANÁLISE

DE PSICANÁLISE

Profª Msc Russélia Godoy

(2)
(3)

• Não existe aNão existe a “verdadeira“verdadeira psicanálise”psicanálise”

• Devemos aproveitar as vantagens de pensarmosDevemos aproveitar as vantagens de pensarmos

analiticamente a partir de uma multiplicidade e

analiticamente a partir de uma multiplicidade e

diversidade de vértices, muitas vezes convergentes,

diversidade de vértices, muitas vezes convergentes,

outras vezes divergentes

outras vezes divergentes

2

(4)

ESCOLA

ESCOLA

Existem 4 condições básicas para caracterizar uma

Existem 4 condições básicas para caracterizar uma

escola:

escola:

• Aporte de conceitos originaisAporte de conceitos originais

• Conceitos com aplicabilidade na Conceitos com aplicabilidade na práticprática clínicaa clínica

• Conceitos que Conceitos que atraatravessem gerações de psicanalistasvessem gerações de psicanalistas

(5)

AS SETE ESCOLAS

• Escola Freudiana

• Teóricos das relações objetais (Klein) • Psicologia do ego (Hartman a Mahler) • Psicologia do self (Kohut)

• Escola francesa (Lacan) • Winnicott

• Bion

(6)
(7)

ESCOLA FREUDIANA

• Na atualidade o movimento freudiano tem por sede

a Sociedade Britânica de Psicanálise

• Os trabalhos de Freud não são sistemáticos, nem

completos, por vezes contrapõem-se e aparecem espalhados ao longo da obra

• Sempre integrou a teoria com a técnica, como

vemos nos seus casos clínicos

• Freud procurou explicar as causas para muitos

comportamentos humanos na religião, arte, ciência, mitologia, antropologia e etc...

(8)

ESCOLA FREUDIANA

ESCOLA FREUDIANA

• Dentre os colaboradores imediatos de FreudDentre os colaboradores imediatos de Freud

acontecer

aconteceram am dissidênciasdissidências

• As mais importantes foram Adler (1910) e JungAs mais importantes foram Adler (1910) e Jung

(1913)

(1913)

• Os Os contemporâneos contemporâneos mais mais importantes importantes são:são:

Abraham, Ferencz

(9)

KARL ABRAHAM

KARL ABRAHAM

• Foi o primeiro psicanalista alemão e um dosFoi o primeiro psicanalista alemão e um dos

fundadores da Associação Psicanalítica da Alemanha

fundadores da Associação Psicanalítica da Alemanha

• Fiel colaborador e amigo íntimo de FreudFiel colaborador e amigo íntimo de Freud

• Estudou os estágios do desenvolvimento e osEstudou os estágios do desenvolvimento e os

pacientes

pacientes pseudocolaborpseudocolaboradoresadores

8

(10)

SANDOR FERENCZI

SANDOR FERENCZI

• Está ressurgindo o interesse por sua obraEstá ressurgindo o interesse por sua obra

Contribuições:

Contribuições:

1)

1) Lançou as primeiras sementes para a teoria dasLançou as primeiras sementes para a teoria das

relações objetais e do

relações objetais e do conceito de introjeçãoconceito de introjeção

2)

2) ““AsAs crianças que são recebidas com aspereza ecrianças que são recebidas com aspereza e

falta de amor morrem fácil e

falta de amor morrem fácil e voluntariamente”voluntariamente”

3)

3) Teoria do trauma da sedução real, afirmando queTeoria do trauma da sedução real, afirmando que

isso acontece quando os adultos confundem os

isso acontece quando os adultos confundem os

 jogos

(11)

SANDOR FERENCZI

4) Foi o primeiro analista a dar importância à pessoa real do analista, tanto em relação às suas inadequações, quanto à rara oportunidade propiciada ao paciente para reelaborar os primitivos problemas, por meio de uma nova figura parental, representada pelo analista, o qual o respeita, estima, é coerente e tem outras formas de enfrentar e solucionar os problemas. A personalidade do analista é um instrumento de cura.

5) Não acreditava em nenhum critério definitivo de analisabilidade, todo paciente que solicitasse ajuda deveria recebê-la

(12)

SANDOR FERENCZI

6) O estado de regressão propicia que o analista complemente as primitivas falhas parentais

7) Foi o primeiro discípulo de Freud a mostrar que a técnica concebida por ele não era a única que poderia beneficiar o paciente

Ferenczi foi eleito presidente da IPA em 1918, mas renunciou após alguns meses, e o seu retrato é o único que não figura na galeria dos presidentes.

(13)

WILHEML REICH

• Em 1933, publicou o livro “Análise do caráter”, que

trouxe a ideia de que uma análise poderia e deveria ir além da remoção dos sintomas e que também

deveria visar mudanças na “armadura

caracterológica resistencial”, que todo paciente possui, em alguma forma ou grau.

• Seu artigo sobre o caráter masoquista (1932) foi a

causa de seu rompimento com Freud.

• Reich colocava em dúvida a existência do instinto de

morte e negava que o masoquismo fosse

(14)

WILHEML REICH

• Nos últimos anos de sua vida desviou-se dos

princípios essenciais da psicanálise e dedicou-se a propor a “organoterapia”

• É o pai das terapias corporais!

Teve o mérito de colocar o corpo nas discussões

sobre a psicologia.

Ele acreditava que o homem teria costurado para

si uma “capa invisível” e inconsciente para se

proteger dos males externos, tornando o corpo

(15)

WILHEML REICH

• Supôs que o ser humano tinha uma série de

camadas, como as da Terra, que serviam para proteger seu “núcleo” de possíveis ameaças.

O indivíduo sedimentava crostas de vivências

que se sobrepunham umas às outras com o

decorrer do tempo.

Esse envoltório ia se enrijecendo à medida que

era

necessário

experienciar

sensações

desagradáveis, servindo também para acobertar

sentimentos prazerosos que poderiam torná-lo

presa fácil.

(16)

WILHEML REICH

• É possível livrar-se da couraça, e um dos caminhos é

a consciência corporal

• Consciência corporal:

Reconhecer e identificar os

processos e movimentos corporais, internos e

externos.

Toda atividade física favorece a consciência

corporal, entretanto algumas práticas associadas

ao

relaxamento

tendem

a

ser

mais

eficazes: Pilates, massagem biodinâmica, Ioga,

(17)

ANNA FREUD

• A sua importância para a psicanálise deve-se aos

seus próprios méritos ou à sua condição de filha de S. Freud?

• O seu livro “O ego e os mecanismos de defesa”

(1936) é um grande avanço, pois vai além das pulsões do ID, ela enaltece as funções do ego, que Freud esboçou, mas não aprofundou.

• Pode ser considerada formadora dos discípulos que

mais tarde vão fundar a Escola da Psicologia do ego

• É uma das pioneiras da psicanálise com crianças

(18)

ANNA FREUD

• Possuía uma orientação de natureza pedagógica,

mas criticava Klein por isso

• Propôs que o analista deveria abster-se de qualquer

(19)

ESCOLA DOS

TEÓRICOS DAS

RELAÇÕES OBJETAIS

(20)

MELANIE KLEIN

• Nasceu em Viena, em 1882

• Morreu em Londres, em 1960, aos 78 anos

• Sofreu severas perdas ao longo de sua vida... Aos 5

anos perdeu a irmã. Tomou a decisão de ser médica, influenciada pela vontade de ajudar o seu irmão, que sofria de cardiopatia, que mais tarde veio a falecer. Teve um casamento que não deu certo. Um de seus filhos morreu praticando alpinismo e teve uma ruptura pública com a sua filha, que também era psicanalista, esta atacou a mãe publicamente.

(21)

MELANIE KLEIN

• Seu primeiro contato com a psicanálise foi através

de um texto de Freud

• Nunca abandonou sua devoção por ele, mas jamais

conseguiu conhecê-lo pessoalmente, pois Freud a evitava, devido às brigas que ela tinha com sua filha

• Fez análise com Ferenczi

• Em 1916, inicia sua carreira de psicanalista de

crianças, em uma clínica em Budapeste

(22)

MELANIE KLEIN - OBRA

• Enfatizava o papel do brinquedo como instrumento

de análise.

• Fazia uma analogia entre o brinquedo e o sonho.

• Brincando, a criança expressa de forma simbólica as

(23)

PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES

Foi pioneira nas seguintes concepções:

1) Criou uma técnica própria de psicanálise com crianças e introduziu o entendimento simbólico contido nos brinquedos e jogos

2) Postulou a existência de um inato ego rudimentar no recém-nascido

3) A pulsão de morte também é inata e presente desde o início da vida, sob a forma de ataques invejosos e sádico-destrutivos contra o seio da mãe

4) Essas pulsões promovem uma angústia de

(24)

PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES

5) Contra esta angústia, o ego do bebê utiliza-se de mecanismos de defesa primitivos: dissociação, introjeção, idealização...

6) A realidade psíquica é constituída de fantasias inconscientes

7) Introduziu o conceito de objetos parciais: figuras parentais representadas unicamente por um objeto, como o seio

(25)

PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES

9) Acreditava que as crianças, os psicóticos e os regressivos poderiam ser analisados

10) Conservou as concepções de “Complexo de Édipo” e “superego”, porém os situou em etapas bastante primitivas do desenvolvimento da criança

11) Promoveu uma significativa mudança na prática analítica: as interpretações deveriam ser transferenciais, com ênfase na transferência negativa

(26)

SEGUIDORES

• Winnicott se afastou por divergências ideológicas e

seguiu uma linha independente

• Bion se manteve fiel a ela, porém com modificações

(27)

ESCOLA DA

PSICOLOGIA DO EGO

(28)

PSICOLOGIA DO EGO

• Autores: Heinz Hartman, Kris, Loewenstein,

Rappaport e Erikson

• Fundamentaram a sua teoria nos últimos trabalhos

de Freud, principalmente a segunda tópica e também alicerçaram nos trabalhos de Anna Freud referente às funções do ego

• Pesquisadores modernos: Margareth Mahler e Otto

(29)

PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES

1) Valorização das funções mentais processadas pelo ego: afeto, memória, percepção, conhecimento, pensamento, ação motora e etc

2) Aproximação com outras disciplinas, como a medicina, biologia e educação

3) Ênfase nos processos defensivos do ego, em particular à neutralização das energias pulsionais sexuais e agressivas

(30)

PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES

4) Diferenciação entre “ego” e “self”.

Ego: Instância psíquica encarregada de algumas

funções

Self: Conjunto de representações que determinam o

sentimento de si mesmo

5) A principal tarefa do ego é uma adequada adaptação , promovendo soluções adaptativas entre as demandas pulsionais e as imposições da realidade 6) Ao contrário de Freud, acredita que nem toda

(31)

ESCOLA DA

PSICOLOGIA DO

SELF

(32)

HEINZ KOHUT

• Nasceu em Viena, em 1913

• Se formou em medicina, tendo como especialidade a

neurologia

• Morreu nos Estados Unidos, em 1981

• Foi influenciado por Hartman, mas aos poucos

afastou-se dos postulados da escola da psicologia do ego e também de Freud

(33)

HEINZ KOHUT

Os aspectos mais importantes da sua teoria são:

1) O principal instrumento da psicanálise não é a livre associação, mas a introspecção e a empatia 2) É importante que ocorra uma internalização

transmutadora, que consiste na introjeção da figura do analista naqueles pacientes cujas falhas empáticas dos pais não possibilitaram identificações satisfatórias, nem com o pai, a mãe ou com os substitutos destes

3) Nestes casos, há uma dificuldade de estruturação do self e forma-se um transtorno de sentimento de identidade

(34)

HEINZ KOHUT

4) Postulou 2 novas estruturas, ambas de formação arcaica: o self grandioso e a imago parental idealizada

Self grandioso: Imagem onipotente e perfeita que o

sujeito sente como sendo própria. No caso de evolução normal, o self grandioso vai transformar-se em auto-estima, auto confiança e ambições.

Imago parental idealizada: Imagem primitiva toda

poderosa e perfeita que a criança tem dos pais e que é sentida fazendo parte do sujeito. Transforma-se nos

(35)

ESCOLA FRANCESA

DE PSICANÁLISE

(36)

AUTORES

• MacDougall • Laplanche • Lebovici

• Grumberger

Todos eles sofreram influencia de Lacan, que por esta

(37)

LACAN

Nasceu na França, em 1901

Morreu em 1984

Iniciou seus estudos em medicina em 1920 e, a

partir de 1926, especializou-se em psiquiatria, na

qual se interessava, particularmente, pelo

estudo da paranóia

Revoltou-se com o crescimento da escola

norte-americana da psicologia do ego

Alegava que estavam deturpando o verdadeiro

(38)

LACAN

Decidiu dirigir os seus estudos a partir de um

“retorno a Freud”

Entretanto, fez radicais reinterpretações dos

textos freudianos

Foi cercado por uma corte de adoradores, mas

também formou um grande contingente de

desafetos e severos críticos

(39)

LACAN - OBRA

O primeiro trabalho psicanalítico importante foi

sobre a “Etapa do Espelho”, em 1936

Em 1966, reuniu seus “Escritos” em um único

volume, que constituiu a coluna vertebral de sua

obra

São 4 as áreas do psiquismo que Lacan estudou

mais profundamente: a etapa do espelho, com a

imagem do corpo; a linguagem; o desejo;

narcisismo e Édipo.

(40)

CORPO

A etapa do espelho na constituição do sujeito

prolonga-se na criança dos 6 aos 18 meses

É dividida em 3 fases de 6 meses cada uma

Na

primeira

delas, a criança reage com grande

alegria diante da imagem visual completa de si

mesmo, porque esta contrasta com a

fragmentação do seu corpo.

Ex: A criança não concebe que o seu pé, nariz,

sensações corporais provindas dos órgãos

(41)

CORPO

O

ego ideal

é uma imagem antecipatória, um

registro imaginário prévio daquilo que ainda não

somos, mas queremos ser

Na

primeira

e

segunda

fase, a imagem corporal

da criança é percebida como sendo a do outro

Isso esclarece os sintomas de despersonalização,

os de confusão quanto à identidade corporal dos

psicóticos

(42)

NARCISO E ÉDIPO

Na

segunda

fase da etapa do espelho, a criança

identifica-se com o desejo da mãe

Na terceira fase, dos 12 aos 18 meses, em

situações normais, a criança assume a castração

paterna

• Castração paterna:

Função do pai de portador

da lei, que interdita e normatiza os limites da

relação diádico-simbiótica da mãe com o filho

(43)

LINGUAGEM

A palavra tem tanto ou mais valor que a imagem

visual

“O ser humano está inserido em um universo de

linguagem”

A imagem é (re)significada pela palavra

• Enunciado identificatório:

Predições veiculadas

pelo discurso dos educadores. Ex: Essa criança é

terrível e vai se dar mal na vida...

A criança identifica-se com a representação e o

(44)

LINGUAGEM

A linguagem é estruturante do inconsciente

O inconsciente é o discurso dos outros

(45)

DESEJO

Lacan estabelece o funcionamento do psiquismo

em 3 registros: imaginário, simbólico e real

Estes registros interagem concomitantemente

entre si

Estuda o desejo humano a partir das interações

entre o registro imaginário com o simbólico

Nas primeiras fases da etapa do espelho, o

registro imaginário da criança faz-lhe supor que

ela e a mãe são a mesma coisa, que ela tem

(46)

DESEJO

Caso a mãe reforce essa ilusão, o desejo da

criança passa a ser o de ser o desejo da mãe

Quando essa criança ingressa no registro

simbólico, o que é conseguido pela castração

paterna, ela vai descobrir que o desejo de cada

um deve submeter-se à lei do desejo do outro

(47)

DESEJO

Lacan postula uma diferença entre as noções de

necessidade, desejo e demanda

• Necessidade:

O mínimo necessário para manter

a sobrevivência física e psíquica

• Desejo:

Uma necessidade que foi satisfeita com

um plus de prazer e gozo, que o sujeito quer

voltar a experimentar as sensações prazerosas

(48)

DESEJO

• Demanda:

A satisfação dos desejos é insaciável,

pois o verdadeiro significado da demanda é um

pedido desesperado de reconhecimento e amor,

como forma de preencher uma antiga e

profunda cratera

Há o desejo de ser o único objeto de desejo do

outro

A estrutura do sujeito obriga-o a seguir

(49)

PRÁTICA CLÍNICA

Algumas modificações na teoria de Lacan:

A inveja e agressão não seriam inatas, surgem

quando é desafiado e frustrado o registro

imaginário

A análise não deve ficar reduzida à mesquinharia

exclusiva do mundo interno

O analista deve dar importância à palavra do

paciente, que pode ser cheia ou vazia de

significados

A ausência do pai, no psiquismo da criança, pode

(50)

PRÁTICA CLÍNICA

Substitui o

tempo

cronológico (50 min) das

sessões pelo tempo lógico. O importante é a

sessão terminar quando a palavra do paciente

passa de vazia e está a serviço de obstruir o

acesso à verdade, para o plano do registro

simbólico, onde a palavra deve ser plena e

realmente a favor da comunicação e das

verdades

(51)

PRÁTICA CLÍNICA

Lacan considera que não se instalará a

transferência

caso

o

analista

interprete

adequadamente

Não considera a contra-transferência como

instrumento técnico

Adverte

que

o

uso

sistemático

das

interpretações deve ser evitado, pois pode fazer

com que o paciente se identifique com os

desejos do analista

(52)

CRÍTICAS

Radicalismo, fala como se suas postulações

fossem as únicas verdadeiras na psicanálise

Rechaço à prática das sessões sem tempo

determinado, sendo que ele realizava alguns

atendimentos que duravam 5 minutos

(53)

ESCOLA DE

WINNICOTT

(54)

WINNICOTT - BIOGRAFIA

Nasceu na Inglaterra, em 1897

Viveu em um lar bem estruturado, econômica e

afetivamente

Mostrou uma inclinação pela música, possuía

criatividade artística e era atleta

Formou-se em medicina, sua especialidade era a

pediatra

Evidenciava preocupação com os aspectos

emocionais dos seus pacientezinhos e com a

(55)

WINNICOTT - BIOGRAFIA

• Fez supervisão com Klein durante alguns anos

• Publicou seu primeiro trabalho em 1936, no qual

estudou a relação entre os conflitos emocionais e os transtornos de alimentação

• Revelou uma predileção pelo atendimento de

pacientes psicóticos, borderline e adolescentes com conduta anti-social

• Morreu em 1971, aos 74 anos, devido a

complicações cardíacas

• “Oh, Deus, quero estar vivo quando eu morrer” • Era casado, mas não deixou filhos

(56)

WINNICOTT - OBRA

• Possui uma obra extensa e original

 Em 1945, ainda influenciado por Klein, publicou o clássico “Desenvolvimento emocional primitivo”

• Propõe que a maturação e o desenvolvimento

emocional processam-se em 3 etapas:

1) Integração e personalização: O bebê nasce em um

estado de não-integração, no qual está em um estado de dependência absoluta, apesar da crença mágica em possuir uma absoluta independência.

(57)

WINNICOTT - OBRA

• A personalização seria o sentimento de que a

pessoa habita o seu próprio corpo.

2) Adaptação à realidade: A mãe tem o papel de

ajudar a criança a sair da subjetividade e provê-la com elementos da realidade.

3) Crueldade primitiva: Todo bebê tem uma carga

agressiva, que muitas vezes volta-se contra ele mesmo.

• Tem a fantasia de ter danificado a mãe

• Aspectos construtivos: Esperança que sua mãe o

(58)

WINNICOTT - OBRA

 Em 1951, escreve sobre os fenômenos e objetos transicionais

Objeto transicional: Geralmente é um bico, ursinho,

pano ou travesseiro. Caracteriza-se pelo fato de ele ser de posse exclusiva da criança.

• Ele é amado e conservado por um longo período de

tempo e sobrevive aos ataques que a criança lhe inflige.

• Representa um momento evolutivo estruturante.

(59)

WINNICOTT - OBRA

 Em 1960 publicou 2 de seus mais importantes trabalhos: 1) Teoria da relação paterno-filial: Descreve o papel da

mãe no desenvolvimento emocional do filho.

• Descreve o estado psicológico de “devoção” materna

primária (regressão materna)

• A mãe possui uma função de ego auxiliar, até que a criança

consiga desenvolver as suas capacidade inatas de pensamento, síntese, integração...

• Função holding: “sustentação” física e emocional praticada

pela mãe ao bebê. Um conjunto de comportamentos que visam apoiar a criança, como a amamentação, firmeza, o carinho e outras ações de satisfação da dupla.

(60)

WINNICOTT - OBRA

2) Deformação do ego em termos de um verdadeiro e falso self:

• Quando as falhas ambientais ameaçam a

continuidade existencial da criança, essa vê-se obrigada a deformar o seu verdadeiro self, em prol de uma submissão às exigências ambientais, notadamente dos pais, pela construção de um falso self 

• “o indivíduo, tal como o tronco de uma árvore,

(61)

WINNICOTT - OBRA

• O falso self não deve ser confundido com o

entendimento de ordem moral ou ética

• Clinicamente, o falso self costuma vir acompanhado

de uma sensação de vazio, futilidade e irrealidade

 Em 1971, é publicado o livro “O brincar e a realidade”:

• Papel de espelho da mãe e da família:

o primeiro

espelho da criatura humana é o rosto da mãe,

(62)

ASPECTOS TÉCNICOS

• Possibilidade de um sentimento de ódio na

contratransferência, que pode servir como instrumento técnico

• Há nos analisandos um período de hesitação, que

não pode ser confundido com resistência

• O analista pode ser visto como um objeto

transicional

• Valor positivo da destrutividade, desde que haja a

(63)

ASPECTOS TÉCNICOS

• A não satisfação de uma necessidade pode provocar

uma decepção, uma reprodução do fracasso ambiental, de onde se derivou uma interferência na capacidade de desejar, a qual deve ser resgatada na reexperimentação emocional com o analista

• Com pacientes regressivos, é mais importante o

manejo do que as interpretações

• Toda pessoa apresenta algum tipo e grau de

dependência, cabe ao analista transitar pelas 3 fases: absoluta, relativa e aquela que vai rumo à

(64)
(65)

BION - BIOGRAFIA

• Nasceu em 1897, na Índia

• Viveu até os 7 anos neste país, quando foi sozinho para

Londres, a fim de iniciar a sua formação escolar

• Formou-se em medicina e posteriormente fez

psiquiatria e formação psicanalítica

• Fez análise didática durante anos com Klein • Mudou-se para Los Angeles em 1968

• Fez várias visitas à Buenos Aires e 4 vezes esteve no

Brasil

• Faleceu em Novembro de 1979, aos 82 anos, de

leucemia

(66)

BION - OBRA

Sua obra pode ser dividida em 4 décadas distintas:

• Década de 40: Dedicou-se aos experimentos com

grupos

• Década de 50: Trabalhou com pacientes psicóticos,

se interessou principalmente pelos distúrbios da linguagem, pensamento e comunicação

• Década de 60: É a época mais rica, original e

produtiva. Pode ser chamada de epistemológica.

(67)

BION - OBRA

As contribuições que merecem um destaque especial:

• Estudo da mente do psicanalista: Propõe que

devemos ter “condições necessárias mínimas”. Importante que ele nunca se afaste do “amor pelas verdades”, por mais penosas que sejam.

• Existência permanente de vínculos na situação

analítica (amor, ódio e conhecimento)

• Todos os sujeitos possuem uma parte psicótica da

personalidade, que é composta por: inveja excessiva, intolerância absoluta às frustrações, ódio às verdades e etc...

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