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O RDC e os setores de infraestrutura

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O RDC e os setores de infraestrutura

Mauricio Portugal Ribeiro

8 Encontro de Logística e Transportes – FIESP

07 de maio de 2013

(3)

Sumário

1. Abrangência e aplicação

2. Ganhos de tempo no RDC?

3. Fontes de ganhos de tempo

4. Contratação integrada

O que é?

Nível de detalhamento dos estudos

Comparando anteprojeto e projeto básico

Quando é justificável?

Outros aspectos

Vedação de termos aditivos

5. Sigilo temporário do orçamento da obra ou serviço e negociação com o

vencedor

6. Remuneração variável

7. Tratamento da inexequibilidade de proposta

8. Possibilidade de disputa aberta

9. Outras inovações no procedimento de licitação

10. Para onde vamos?

(4)

Livro sobre o RDC

• As opiniões expostas nessa apresentação estão explicadas em

mais detalhes no livro:

REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇAO: LICITAÇÃO DE

INFRAESTRUTURA PARA COPA DO MUNDO E OLIMPÍADAS

Autores: Mauricio Portugal Ribeiro, Lucas Navarro Prado e Mario Engler

Pinto Junior

ISBN: 9788522470044 PÁGINAS: 136 ANO DE EDIÇÃO: 2012 EDIÇÃO: 1ª EDITORA ATLAS

(5)

Abrangência e aplicação

• Inspiração

– Experiências havidas sobretudo no Brasil com mudanças pontuais no sistema licitatório da Lei 8.666 • LGT e Resolução 65/98 da ANATEL

• Pregão • Lei de PPP

• Reforma da Lei das Concessões de 2005

• Abrangência inicial do RDC

– Projetos da Copa – somente para o caso de obras as constantes da matriz de responsabilidades – Projetos da Olimpíada – previstos na Carteira de Projetos Olímpicos

– Aeroportos até 350 Km das cidades sede da Copa e Olimpíada

• Abrangência atual (soma-se à inicial)

– ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

– obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. (Incluído pala Lei nº 12.745, de 2012)

– licitações e contratos necessários à realização de obras e serviços de engenharia no âmbito dos sistemas públicos de ensino

• Aplicação às licitações

– Regime de contrato continua regido pela Lei 8.666/93, com exceções pontuais

• Esvaziamento paulatino da Lei 8.666/93

– Crescimento das hipóteses de dispensa de licitação

– Criação de regimes específicos (pregão, RDC, concessões/PPPs, LGT)

(6)

Ganhos de tempo pelo RDC?

Principais eventos para a

contratação de uma obra Tempo pela Lei 8.666/93 Ganho de tempo pelo RDC Ganho pela contratação integrada, adicional ao RDC

Inclusão do objeto da obra no Plano

Plurianual Feita geralmente no ano anterior Feita geralmente no ano anterior Feita geralmente no ano anterior Inclusão no orçamento Feita geralmente no ano anterior Feita geralmente no ano anterior Feita geralmente no ano anterior Decisão administrativa de realizar a

obra - - -

Confecção do edital para contratar os

estudos de engenharia 15-45 dias - -

Da Publicação do edital até a assinatura

do contrato Aproximadamente 150 dias (se feita de forma expedita) Aproximadamente 40 dias a menos

Elaboração do estudo de engenharia 120-270 dias corridos (projeto

básico) que o prazo é de aproximadamente 40-90 De 80-180 dias a menos. Isso quer dizer dias corridos para fazer o anteprojeto

Confecção do edital para contratar a

obra 15-60 dias

Publicação e realização de audiência pública (só para obras com valor acima de R$150 milhões) até a publicação do edital

Aproximadamente 35-40 dias corridos (25 dias úteis)

Publicação do edital até a contratação Aproximadamente 150 dias, se

feita de forma expedita Aproximadamente 40 dias a menos Total até a contratação (dias

corridos) 485-715 405-675 325-495

Redução de prazo em percentual tomando como referencia a contratação da Lei 8.666/93 (considerando o ponto médio)

- 10% 32%

Prazo, após a contratação, para iniciar a

obra 30-60 dias para mobilização 30-60 dias para mobilização 60-120 dias (?) para realizar projeto básico e mobilização

Total até início da obra (dias

corridos) 515-775 435-735 385-615 (?) Redução em percentual tomando

como referencia a contratação da Lei 8.666/93 (considerando o prazo

até o início da obra)

(7)

Fontes dos ganhos de tempo

• Unicidade recursal

– Inspirada na lógica do Pregão

• Inversão de fases como regra

– Seguindo o modelo da Resolução 65/1998, da Anatel, do Pregão, da Lei de PPP e da reforma da Lei de Concessões

• Exigência de anteprojeto para licitar (em lugar do projeto

básico)

– Influência dos “elementos de projeto básico” da Lei de Concessões

(8)

Contratação Integrada – o que é?

• Em que consiste?

– Permitir que o mesmo contratado para uma obra realize

• O projeto básico • O projeto executivo • A obra • O fornecimento de equipamentos • Serviços

• Tradicionalmente

– Haver projeto básico era condição para iniciar a licitação da obra

– Quem participou do projeto, não poderia participar da licitação da obra – Geralmente o contratado para o projeto, era contratado também para o

gerenciamento da obra

• Experiência anterior

– Com contratação integrada: item 1.9 do Regulamento do Procedimento Licitatório Simplificado, incidente sobre a Petrobrás (aprovado pelo Dec. 2745/98

– Com flexibilização da exigência de projeto básico: Lei de PPP e Lei de Concessões – Com objeto misto da contratação: empreitada integral, art. 6, VIII, a, da Lei

(9)

Contratação integrada – nível

de detalhamento dos estudos

• O caso das edificações: NBR 13.531/1995, Manual

ASBEA de Concepção de Produtos

– Estudo Preliminar (NBR) ou Concepção do Produto

(ASBEA)

– Anteprojeto (NBR), ou Definição do Produto (ASBEA)

– Projeto Básico ou Projeto Pré-Executivo (NBR) ou

Identificação e Solução de Interfaces (ASBEA)

– Projeto Executivo (NBR), ou Projeto de Detalhamento de

Especialidades (ASBEA)

De

talhamen

(10)

Comparando anteprojeto e

projeto básico

(11)

Contratação Integrada – quando é

justificável?

• Exigência do anteprojeto para contratar

– Apenas reduz nível de detalhamento do projeto

– Precedentes: “elementos de projeto básico” na Lei de Concessões e permissão de contratação integrada à Petrobrás

– Não creio que há impacto na necessidade de licitação para projeto (Poder Público muitas vezes não consegue fazer anteprojeto internamente)

• Qual a lógica de redução do nível de detalhamento do projeto?

– Resgatando a lógica de redução do nível de detalhamento em concessões e PPPs – O controle de projeto é importante quando

• Contrato é de curto prazo

• Aquele que realiza a obra não será responsável por cuidar dela

– O controle do projeto pode ser flexibilizado

• Quando o contrato é de longo prazo, e prevê indicadores de serviço claros e objetivos • Quando quem faz a obra terá que cuidar dela no longo prazo

• Conclusão: contratação integrada e redução do nível de detalhamento

para anteprojeto só seria economicamente justificável se o contrato de

obra fosse complementado com um contrato de manutenção/operação

da mesma obra por alguns anos.

(12)

Contratação Integrada – outros

aspectos

• Valor de referência da contratação

– Histórico do TCU e outros órgãos de controle de focar fiscalização prévia nesse valor

– Objetivo de simplificar a metodologia para estimativa desse valor

• Exigência de que licitação de técnica e preço

– Essa exigência em si não faz sentido, pois o que importa é que o edital corte os incapazes de prestar o serviço seja pela proposta técnica, seja pelas

exigências de habilitação técnicas ou financeiras

• Proposta de metodologias diferenciadas de execução

– A ideia faz sentido no regime ordinário de contratação – Não faz muito sentido na contratação integrada

– Tentativa de dar sentido: inserção da metodologia como aspecto do julgamento da proposta técnica

(13)

Contratação Integrada – vedação

de termos aditivos

• Exceto para:

– Alteração do projeto para atender ao interesse público – Caso fortuito ou força maior

– Objetivo de limitar os pleitos de expansão de contratos de obras e serviços, por meio de aditivos

• O dispositivo teve objetivo de evitar pleitos injustificados de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro

• Errou na dose:

– Há diversos aditivos que nada têm a ver com o equilíbrio econômico-financeiro

• Troca de razão social da empresa • Troca de representante da empresa

– Há aditivos que são para reequilíbrio para cumprimento da matriz de riscos contratual – Há aditivos que são para reequilíbrio por disposição legal

• Interpretação correta:

– Não vedou os aditivos

– Não vedou reequilíbrio com base contratual

(14)

Sigilo temporário do orçamento

da obra ou serviço

• Objetivo: aumentar a assimetria da informação de maneira a

beneficiar a Administração Pública

– Necessidade de procedimentos para garantir o sigilo

• Referência acadêmica na economia: discussão sobre o “efeito

de âncora” do “preço de reserva” na Teoria dos Leilões

• Experiência dos órgãos multilaterais e do pregão do Estado de

São Paulo

• Questão interessante é saber se a proposta do primeiro

colocado estiver acima do orçamento

– Possibilidade de negociação com o vencedor para chegar ao valor do contrato

• Nova lógica – negociação pré-contratação

• Precedente: a renegociação do contratos, com o nome de

reequilíbrio

(15)

Remuneração variável

• Apesar de já ser empregada, há visão ortodoxa da Lei 8.666/93,

que acha que, como não está prevista expressamente, não

poderia ser usada

• Experiência anterior

– Contratação de assessores financeiros nas desestatizações do PND – Concessões e PPPs

• Importância especialmente

– Pelas dificuldades envolvidas na aplicação de multas

– Pela pouca relevância da reputação e da repetitividade nas licitações públicas – Pela sua contribuição para alinhar incentivos das partes contratuais

• Lógica jurídica

– Pagamento por níveis de cumprimento (quantidade e qualidade). Ex.: medição de obra, ou pagamento por etapas de obra

(16)

O tratamento da

inexequibilidade da proposta

• Dificuldades para identificar inexequibilidade

– Identificação dos desviantes

– Diferenciação de mera agressividade vs. inexequibilidade

• Modos de lidar com o problema

– Definição de linhas de corte altas para selecionar participantes da licitação, particularmente nos aspectos financeiros – não garante, mas

pode ajudar)

– Penas duras para o inadimplemento contratual – a dificuldade prática da Administração Pública de reconhecer o insucesso da licitação e

aplicar a pena de rescisão contratual

– Aumento da garantia de cumprimento de contrato

– Identificação e invalidação da proposta inexequível

• O RDC focou-se na invalidação da proposta desviante:

– presumiu inexequíveis para obras e serviços de engenharia, as propostas com valores globais inferiores a setenta por cento do menor dos

seguintes valores:

• média aritmética dos valores das propostas superiores a cinquenta por cento do valor do orçamento estimado pela administração pública ou

• valor do orçamento estimado pela administração pública.

– conferiu ao licitante a oportunidade de demonstrar a exequibilidade da sua proposta.

• Penas duras para inadimplemento é o melhor mecanismo, mas lamentavelmente há componente cultural e prático que levam a contemporização

• Na prática, o melhor seria ter centrado na exigências de garantias e de linhas de corte mais altas • Relevância das garantias serem firmes e de haver solvabilidade

– Definição das condições da garantia

– Exigência de “rating” dos emissores

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Possibilidade de disputa aberta

• Precedentes:

– Leilão eletrônico da ANEEL – Pregão eletrônico ou presencial – Leilão em viva-voz da Lei de PPP

• Precedentes na discussão acadêmica – classificação dos tipos

de leilão:

• Envelope fechado pelo primeiro preço, que é praticamente

equivalente do leilão holandês

• Vickrey ou envelope fechado pelo segundo preço

• Inglês

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Outras inovações no

procedimento de licitação

• Preferência pelo formato eletrônico ao presencial

• A utilização da internet como instrumento de divulgação

(19)

Para onde vamos?

• Evolução em busca da eficiência nas licitações

– Diversas experiências de sucesso se acumulam a margem da Lei 8.666/93

• Res. 65/98, da Anatel • Leilões da ANEEL • Pregões

• Licitações de Concessões e de PPPs

• Apesar da sua péssima qualidade, a Lei 8.666/93 é vista como

instrumento de controle de corrupção

• Resistências a alterá-la

– No Congresso

– Nos órgãos de controle e Ministério Público – No Judiciário

– Visão tradicional dos juristas do Direito Administrativo

• A adoção do RDC e a prática que tem se desenvolvido em torno

dele sinaliza claramente que a Lei 8.666/93 está perdendo

Referências

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