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Origem histórica da Compensação Ambiental

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Academic year: 2021

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(1)Compilação: Dr. Jorge Luis Rodríguez Pérez.

(2) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Origem histórica da Compensação Ambiental. A revolução do humano, desencadeada e acelerada pelo desenvolvimento da tecnologia tem repercutido na expansão das fronteiras agrícolas, no aumento das atividades industriais, na abertura de estradas, na criação de novas áreas urbanas, na construção de barragens. Isso tudo tem refletido de forma alarmante na perda da biodiversidade em nível planetário..

(3) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Ao permitir a criação de novas unidades. de conservação e a estruturação daquelas já existentes, os recursos provenientes da compensação ambiental contribuem para a estruturação do órgão gestor das UCs, para a construção dos instrumentos de gestão e para o fortalecimento da gestão..

(4) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  A criação de parques e reservas tem sido um dos. principais elementos de estratégia para conservação da natureza, em particular nos países do Terceiro Mundo. A definição de áreas protegidas para conservação in situ das diferentes formas de vida foi, inclusive, recomendada pela Convenção sobre Diversidade Biológica às partes signatárias, como é o caso do Brasil. Entretanto, a falta de recursos financeiros é o principal obstáculo para a criação e manutenção dessas áreas..

(5) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Em nosso país, a compensação ambiental foi um dos. instrumentos utilizados para ajudar na consolidação desses espaços territoriais protegidos. De acordo com o art. 36, da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), ela consiste na obrigação de o empreendedor, nos casos de licenciamento ambiental de significativo impacto ambiental, apoiar a implantação e manutenção de unidades de conservação (UCs (UCs). ). Trata-se, de um mecanismo financeiro que visa contrabalançar os impactos ambientais não mitigáveis previstos no processo de licenciamento ambiental..

(6) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL De acordo com essa legislação, a compensação será calculada a partir de 0,5% dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento. Além disto, o decreto que regulamenta a lei determina que, para fins do cálculo da compensação ambiental, caberá ao órgão ambiental licenciador estabelecer o grau de impacto causado pelo empreendimento..

(7) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais. A Política Nacional do Meio Ambiente, Ambiente instituída 6.938 de 31 de agosto de 1981 (art. 2º, inciso pela Lei nº 6.938, I) [01]e a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (art. 225, caput) [02] erigiram o meio ambiente à condição de bem de domínio universal patrimônio da coletividade, essencial à sadia qualidade de vida, vida competindo ao poder público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios, competência comum prevista no art. 23, incisos VI e VII, da CF/88) proteger esse bem e combater a poluição em qualquer de suas formas, além de preservar as florestas, a fauna e a flora..

(8) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais. A Política Nacional de Meio Ambiente previu que as atividades utilizadoras de recursos ambientais considerados efetiva e potencialmente poluidoras e capazes de causar degradação ambiental devem ser controladas pelos órgãos ambientais, ambientais dependendo, assim, de prévio licenciamento (art. 9º, inciso IV e art. 10, da Lei 6.938/81)..

(9) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais Além desse instrumento extremamente importante para a manutenção da qualidade ambiental, a Política Nacional de Meio Ambiente definiu como um dos seus objetivos a imposição ao poluidor e ao predador de recuperar e/ou indenizar os danos causados ao meio ambiente (art. 4º, inciso VII, da Lei 6.938/81)..

(10) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais (repetindo). Seguindo 0 princípio do poluidor-pagador, a Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, trouxe em seu bojo a figura da compensação ambiental, por meio da qual se estipulou que o empreendedor, nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo Proteção Integral (art. 36, caput, da Lei nº 9.985/00)..

(11) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais. Estipulou-se também que se o empreendimento afetar unidade de conservação específica ou sua zona de amortecimento, esta deverá ser uma das beneficiárias da compensação, mesmo que não pertencente ao Grupo Proteção Integral (art. 36, § 3º, da Lei nº 9.985/00). Trata-se da obrigação de compensar danos não mitigáveis que serão gerados (externalidade negativa), em virtude de instalação e operação de empreendimentos que causam significativo impacto ambiental, mas que estejam de acordo com os padrões mínimos ambientais estabelecidos em lei, após ter sido demonstrada a sua viabilidade socioambiental no processo de licenciamento..

(12) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais. Atualmente, a Compensação Ambiental, strictu sensu, é entendida como um mecanismo financeiro que visa a contrabalançar os impactos ambientais ocorridos ou previstos no processo de licenciamento ambiental. Trata-se, portanto, de um instrumento relacionado com a impossibilidade de mitigação, imposto pelo ordenamento jurídico aos empreendedores, sob a forma preventiva implícita nos fundamentos do Princípio do Poluidor-Pagador. Nesse contexto, a licença ambiental elimina o caráter de ilicitude do dano causado ao ambiente do ato, porém não isenta o causador do dever de indenizar;.

(13) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais. Origem histórica da. Compensação Ambiental O mecanismo da Compensação Ambiental tem uma origem histórica associada principalmente aos grandes projetos do setor elétrico brasileiro, em especial àqueles situados na Amazônia. A Compensação Ambiental surgiu como uma forma de criação de áreas voltadas à conservação da biodiversidade das áreas afetadas pelos empreendimentos;.

(14) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais. Origem histórica da. Compensação Ambiental. Uma usina hidrelétrica, ao ser implantada, causa, em geral, inundação da vegetação existente na área destinada à formação do reservatório. Isso, por si só, constitui um conjunto de impactos ambientais significativos, notadamente quando a topografia da região leva à inundação de extensas áreas. Esses impactos são sentidos pela parcela do ecossistema onde se insere o empreendimento, com perdas expressivas de espécies vegetais e animais;.

(15) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais. Origem histórica da. Compensação Ambiental. Diante desse quadro, a criação de uma área de proteção destinada, ao menos, a servir de testemunho das características do ambiente original foi defendida por renomados cientistas, dando origem ao Mecanismo da Compensação Ambiental. Ambiental Desse modo, o empreendedor que alterasse, com a implantação do seu projeto, uma parcela do ambiente natural, tornar-se-ia obrigado a viabilizar a existência de uma unidade de conservação de proteção integral (UC)..

(16) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL Fundamentos legais. Origem histórica da Compensação Ambiental. Essa UC teria, portanto, entre outras finalidades, o objetivo de manter, para as futuras gerações, uma área de características as mais semelhantes possíveis às da região afetada; Esse conceito foi incorporado pela gestão ambiental das empresas estatais federais do setor elétrico, tais como a Itaipu Binacional e a Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (Eletronorte). A Reserva Biológica do Uatumã, por exemplo, criada em 1990, com uma área de 562.696 ha, é um caso interessante da aplicação desse mecanismo..

(17) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais. Origem histórica da. Compensação Ambiental. A origem do mecanismo representado pela Compensação Ambiental deve ser identificada nas ideias do Prof. Dr. Paulo Nogueira Neto. Neto Como pioneiro nas causas ambientais no Brasil, ele foi responsável pela criação e estruturação da Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA), primeiro órgão ambiental no âmbito federal efetivamente estruturado. Sob seu comando (1974 a 1986), a SEMA criou dezenas de Unidades Conservação, totalizando mais de três milhões de hectares..

(18) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais. Origem histórica da. Compensação Ambiental. Inicialmente, a reparação dos danos ambientais causados pela destruição de florestas e outros ecossistemas por obras de grande porte foi prevista pela Resolução CONAMA nº 10, 10 de 03 de dezembro de 1987. Lá se estabeleceu como pré-requisito para o licenciamento ambiental do empreendimento a implantação de uma Estação Ecológica preferencialmente junto à área afetada..

(19) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais. Origem histórica da. Compensação Ambiental.  Art. 1º - Para fazer face à reparação dos danos ambientais causados pela destruição de florestas e outros ecossistemas, o licenciamento de obras de grande porte, assim considerado pelo órgão licenciador com fundamento no RIMA terá sempre como um dos seus pré-requisitos, a implantação de uma Estação Ecológica pela entidade ou empresa responsável pelo empreendimento, preferencialmente junto à área..

(20) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais. Origem histórica da. Compensação Ambiental.  Em 1996, a Resolução nº 10 foi revogada, entrando em vigor a Resolução CONAMA nº 02, que dispôs:  Art. 1º Para fazer face à reparação dos danos ambientais causados pela destruição de florestas e outros ecossistemas, o licenciamento de empreendimentos de relevante impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente com fundamento do EIA/RIMA, terá como um dos requisitos a serem atendidos pela entidade licenciada, a implantação de uma unidade de conservação de domínio público e uso indireto, preferencialmente uma Estação Ecológica, a critério do órgão licenciador, ouvido o empregador..

(21) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais. Origem histórica da Compensação. Ambiental.  Compensação ambiental na Lei nº 9.985/00 (SNUC)  A Constituição Federal de 1988 (art. 225, §1º, III) [04] estabeleceu a definição de espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos como uma das formas de assegurar o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.  Nesse sentido, a Lei nº 9.985/00 instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação que possui como alguns de seus objetivos: contribuir para a manutenção da diversidade biológica; proteger as espécies ameaçadas de extinção; promover o desenvolvimento sustentável; proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais..

(22) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais. Origem histórica da Compensação. Ambiental. Esse sistema é composto por dois grupos de UCs: 1. UCs de Proteção Integral; Nesse primeiro grupo enquadramse: Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio da Vida Silvestre. O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta Lei. 2. UCs de Uso Sustentável. No segundo grupo estão: Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional; Reserva Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural. O objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais..

(23) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais. Origem histórica da. Compensação Ambiental.  A Lei do SNUC manteve a compensação ambiental como condicionante do licenciamento de empreendimento de significativo impacto, mas a desvinculou de um dano causado a um recurso ambiental específico, relacionando sua exigência a ser o empreendimento, ou não, como de significativo impacto ambiental, assim classificado pelo órgão licenciador..

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(30) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Fundamentos legais. Origem histórica da. Compensação Ambiental. Em 2003, no 5º Congresso Mundial de Parques, realizado em Durban, na África do Sul, formalizou-se um acordo fundamentado em dois pilares: áreas protegidas e populações tradicionais. Nele foram previstas nove linhas de ação: 1- apoio significativo ao desenvolvimento sustentável; 2- apoio significativo à conservação da biodiversidade; 3- estabelecimento de um sistema global de áreas protegidas conectado às paisagens circundantes; 4- aumento da efetividade do manejo das áreas protegidas; 5- fortalecimento dos povos indígenas e comunidades locais; 6- aumento significativo do apoio de outras parcelas da sociedade..

(31) Criação de Unidades de Conservação. Criar novas Unidades de Conservação é outra importante missão do Instituto Chico Mendes. Mas elas não podem e nem devem ser criadas ao acaso. Quando o Instituto Chico Mendes propõe a criação de uma nova unidade de conservação, uma longa trajetória já foi percorrida para se chegar à escolha desse espaço a ser especialmente protegido..

(32) Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. LEI No 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências..

(33) Unidades de Conservação. Conceitos I - unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção; II - conservação da natureza: o manejo do uso humano da natureza, compreendendo a preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente natural, para que possa produzir o maior benefício, em bases sustentáveis, às atuais gerações, mantendo seu potencial de satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras, e garantindo a sobrevivência dos seres vivos em geral; III - diversidade biológica: a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas;.

(34) Unidades de Conservação. Conceitos IV - recurso ambiental: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora; V - preservação: conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem a proteção a longo prazo das espécies, habitats e ecossistemas, além da manutenção dos processos ecológicos, prevenindo a simplificação dos sistemas naturais; VI - proteção integral: manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por interferência humana, admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais; VII - conservação in situ: conservação de ecossistemas e habitats naturais e a manutenção e recuperação de populações viáveis de espécies em seus meios naturais e, no caso de espécies domesticadas ou cultivadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas propriedades características;.

(35) Unidades de Conservação. Conceitos VIII - manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da diversidade biológica e dos ecossistemas; IX - uso indireto: aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais; X - uso direto: aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não, dos recursos naturais; XI - uso sustentável: exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável;.

(36) Unidades de Conservação. Conceitos. XII - extrativismo: sistema de exploração baseado na coleta e extração, de modo sustentável, de recursos naturais renováveis; XIII - recuperação: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original; XIV - restauração: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o mais próximo possível da sua condição original;.

(37) Unidades de Conservação. Conceitos XVI - zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação com objetivos de manejo e normas específicos, com o propósito de proporcionar os meios e as condições para que todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz; XVII - plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade;.

(38) Unidades de Conservação. Conceitos XVIII - zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade; e XIX - corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das unidades individuais..

(39) Unidades de Conservação. Conceitos o. Art. 8 O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de unidade de conservação: I - Estação Ecológica; II - Reserva Biológica; III - Parque Nacional; IV - Monumento Natural; V - Refúgio de Vida Silvestre. o. Art. 9 A Estação Ecológica tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. o. § 1 A Estação Ecológica é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. o. § 2 É proibida a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional, de acordo com o que dispuser o Plano de Manejo da unidade ou regulamento específico. o. § 3 A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento..

(40) Unidades de Conservação. Conceitos § 4o Na Estação Ecológica só podem ser perm itidas alterações dos ecossistemas no caso de: I - m edidas que visem a restauração de ecossistem as m odificados; II - manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade biológic a; III - coleta de componentes dos ecossistem as com finalidades científicas ; IV - pesquisas c ientíficas cujo im pacto sobre o am biente seja maior do que aquele causado pela sim ples observação ou pela coleta controlada de com ponentes dos ecossistemas, em um a área correspondente a no m áxim o três por cento da extensão total da unidade e até o lim ite de um m il e quinhentos hectares..

(41) Unidades de Conservação Art. 10. A Reserva Biológica tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. o. § 1 A Reserva Biológica é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. o. § 2 É proibida a visitação pública, exceto aquela com objetivo educacional, de acordo com regulamento específico. o. § 3 A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento..

(42) Unidades de Conservação Art. 11. O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. o. § 1 O Parque Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. o. § 2 A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e àquelas previstas em regulamento. o. § 3 A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento. o. § 4 As unidades dessa categoria, quando criadas pelo Estado ou Município, serão denominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal..

(43) Unidades de Conservação Art. 12. O Monumento Natural tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. o. § 1 O Monumento Natural pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários. o. § 2 Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da unidade para a coexistência do Monumento Natural com o uso da propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei. o. § 3 A visitação pública está sujeita às condições e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração e àquelas previstas em regulamento..

(44) Unidades de Conservação Art. 13. O Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. o. § 1 O Refúgio de Vida Silvestre pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários. o. § 2 Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da unidade para a coexistência do Refúgio de Vida Silvestre com o uso da propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei..

(45) Unidades de Conservação o. § 3 A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e àquelas previstas em regulamento. o. § 4 A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento..

(46) Unidades de Conservação Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de unidade de conservação: I - Área de Proteção Ambiental; II - Área de Relevante Interesse Ecológico; III - Floresta Nacional; IV - Reserva Extrativista; V - Reserva de Fauna; VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural..

(47) Unidades de Conservação Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.(Regulamento) o. § 1 A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras públicas ou privadas. o. § 2 Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de Proteção Ambiental..

(48) Unidades de Conservação o. § 3 As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob domínio público serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade. o. § 4 Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário estabelecer as condições para pesquisa e visitação pelo público, observadas as exigências e restrições legais. o. § 5 A Área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes dos órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser no regulamento desta Lei..

(49) Unidades de Conservação Art. 16. A Área de Relevante Interesse Ecológico é uma área em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza. o. § 1 A Área de Relevante Interesse Ecológico é constituída por terras públicas ou privadas. o. § 2 Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de Relevante Interesse Ecológico..

(50) Unidades de Conservação Art. 17. A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. o. § 1 A Floresta Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei. o. § 2 Nas Florestas Nacionais é admitida a permanência de populações tradicionais que a habitam quando de sua criação, em conformidade com o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da unidade..

(51) Unidades de Conservação o. § 3 A visitação pública é permitida, condicionada às normas estabelecidas para o manejo da unidade pelo órgão responsável por sua administração. o. § 4 A pesquisa é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável pela administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e àquelas previstas em regulamento. o. § 5 A Floresta Nacional disporá de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e, quando for o caso, das populações tradicionais residentes. o. § 6 A unidade desta categoria, quando criada pelo Estado ou Município, será denominada, respectivamente, Floresta Estadual e Floresta Municipal..

(52) Unidades de Conservação Art. 18. A Reserva Extrativista é uma área utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. o. § 1 A Reserva Extrativista é de domínio público, com uso concedido às populações extrativistas tradicionais conforme o disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentação específica, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. o. § 2 A Reserva Extrativista será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade..

(53) Unidades de Conservação o. § 3 A visitação pública é permitida, desde que compatível com os interesses locais e de acordo com o disposto no Plano de Manejo da área. o. § 4 A pesquisa científica é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável pela administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e às normas previstas em regulamento. o. § 5 O Plano de Manejo da unidade será aprovado pelo seu Conselho Deliberativo. o. § 6 São proibidas a exploração de recursos minerais e a caça amadorística ou profissional. o. § 7 A exploração comercial de recursos madeireiros só será admitida em bases sustentáveis e em situações especiais e complementares às demais atividades desenvolvidas na Reserva Extrativista, conforme o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da unidade..

(54) Unidades de Conservação Art. 19. A Reserva de Fauna é uma área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnicocientíficos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos. o. § 1 A Reserva de Fauna é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei. o. § 2 A visitação pública pode ser permitida, desde que compatível com o manejo da unidade e de acordo com as normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração. o. § 3 É proibido o exercício da caça amadorística ou profissional. o. § 4 A comercialização dos produtos e subprodutos resultantes das pesquisas obedecerá ao disposto nas leis sobre fauna e regulamentos..

(55) Unidades de Conservação Art. 20. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma área natural que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. o. § 1 A Reserva de Desenvolvimento Sustentável tem como objetivo básico preservar a natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida e exploração dos recursos naturais das populações tradicionais, bem como valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente, desenvolvido por estas populações..

(56) Unidades de Conservação o. § 2 A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é de domínio público, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser, quando necessário, desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. o. § 3 O uso das áreas ocupadas pelas populações tradicionais será regulado de acordo com o disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentação específica. o. § 4 A Reserva de Desenvolvimento Sustentável será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade..

(57) Unidades de Conservação o. § 5 As atividades desenvolvidas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável obedecerão às seguintes condições: I - é permitida e incentivada a visitação pública, desde que compatível com os interesses locais e de acordo com o disposto no Plano de Manejo da área; II - é permitida e incentivada a pesquisa científica voltada à conservação da natureza, à melhor relação das populações residentes com seu meio e à educação ambiental, sujeitandose à prévia autorização do órgão responsável pela administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e às normas previstas em regulamento;. III - deve ser sempre considerado o equilíbrio dinâmico entre o tamanho da população e a conservação; e IV - é admitida a exploração de componentes dos ecossistemas naturais em regime de manejo sustentável e a substituição da cobertura vegetal por espécies cultiváveis, desde que sujeitas ao zoneamento, às limitações legais e ao Plano de Manejo da área. o. § 6 O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável definirá as zonas de proteção integral, de uso sustentável e de amortecimento e corredores ecológicos, e será aprovado pelo Conselho Deliberativo da unidade..

(58) Unidades de Conservação Art. 21. A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. o. § 1 O gravame de que trata este artigo constará de termo de compromisso assinado perante o órgão ambiental, que verificará a existência de interesse público, e será averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis. o. § 2 Só poderá ser permitida, na Reserva Particular do Patrimônio Natural, conforme se dispuser em regulamento: I - a pesquisa científica; II - a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais; III - (VETADO) o. § 3 Os órgãos integrantes do SNUC, sempre que possível e oportuno, prestarão orientação técnica e científica ao proprietário de Reserva Particular do Patrimônio Natural para a elaboração de um Plano de Manejo ou de Proteção e de Gestão da unidade..

(59) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Em geral, os termos “Compensação Ambiental” e. “Medidas Compensatórias” são utilizados indiscriminadamente, gerando certo grau de confusão. As expressões “Royalties” e “Compensação Financeira”, apesar de não se relacionarem com a ocorrência de dano ao meio ambiente, também constituem matéria favorável a equívocos muito comuns, mesmo entre técnicos, gerentes e pesquisadores que trabalham com questões socioambientais;.

(60) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Nesse contexto, torna-se importante uma abordagem. prévia das diversas formas de compensação financeira previstas na legislação brasileira, basicamente por duas razões: a necessidade de uma indispensável distinção conceitual e a constatação de que aqueles outros mecanismos são mais bem definidos – e, portanto, mais facilmente aplicáveis – que os relacionados com a Compensação Ambiental, uma vez que a sua implantação vem gerando um expressivo número de conflitos socioambientais, associados, com freqüência, ao “travamento” do licenciamento ambiental;.

(61) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  A Constituição Federal brasileira atribui aos. Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e a órgãos da administração direta da União o direito à participação ou compensação financeira advinda do resultado da exploração de petróleo ou gás natural. O mesmo ocorre quanto ao uso de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva. O fundamento dessa forma de compensação pode ser encontrado no § 1º do art. 20 da Carta;.

(62) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  A Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989, instituiu. compensação financeira para Estados, Distrito Federal e Municípios, proveniente do resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica, de recursos minerais em seus respectivos territórios, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, em consonância com o mandamento constitucional citado;  Essa compensação financeira passou a ser conhecida por nomes diferenciados, ou seja, “Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos para Fins de Geração de Energia Elétrica” (CFURH) e “Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais” (CFEM);.

(63) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  A expressão “royalties” é adotada, de modo amplo, no. setor de petróleo e gás. No setor elétrico, essa expressão só é utilizada para o caso da hidrelétrica Itaipu, um empreendimento binacional. Desse modo, a expressão “royalties” é utilizada para denominar a compensação financeira devida por Itaipu Binacional ao Brasil..

(64) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Especificamente no setor de petróleo e gás, a. arrecadação de “royalties” gerados pela prospecção daquelas misturas de hidrocarbonetos aumentou substancialmente após a edição da Lei n° 9.478, de 6 de agosto de 1997, conhecida como “Lei do Petróleo”. Essa lei determinou um aumento na arrecadação dos “royalties” para os municípios beneficiados, causado principalmente pela alteração da alíquota de 5% para até 10% da produção. Os “royalties” incidem sobre a produção mensal do campo produtor;.

(65) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  A Lei nº 7.990, de 1989, não definiu, contudo, os. percentuais que caberiam aos entes federativos. A Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, preencheu essa lacuna, ao definir os percentuais destinados a cada esfera federativa, no caso, 45% para os Estados, 45% para os Municípios e 10% para o Poder Executivo Federal;  A Lei nº 9.648, de 1998, estabelece que esse montante, a ser recolhido mensalmente, corresponde a 6,75% sobre o valor da energia produzida;.

(66) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Deve-se observar que a natureza das. compensações financeiras gerou dúvidas quanto à sua classificação como receita derivada de natureza tributária. Prevalece o entendimento firmado pela jurisprudência de que essa seria uma receita patrimonial de caráter não-tributário, cuja origem se encontra na exploração do patrimônio público, uma vez que os recursos naturais aos quais se relaciona pertencem, por expressa disposição constitucional, à União;.

(67) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  A impossibilidade de recuperação total de bens. ambientais afetados justifica o uso de medidas compensatórias como forma de reparação civil pelo dano causado, em consonância com o princípio do poluidor-pagador, um dos princípios gerais do Direito Ambiental. A medida compensatória está prevista no art. 3º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, onde se preceitua que a ação civil pública poderá ter por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, que inclui a recuperação específica, e a reparação por equivalente, nos demais casos;.

(68) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  Em questões relacionadas com o ambiente, a expressão. “compensação” é utilizada, em geral, em dois sentidos. Em sentido amplo, significa uma forma de reparação que compreende a recuperação de um ambiente alterado por uma atividade ou empreendimento, sem prejuízo de outras medidas adotadas – de natureza pecuniária ou não. Contudo, quando nos referimos a “medidas compensatórias”, passamos a conferir um sentido estrito à expressão. Nesse caso, estaríamos nos referindo a medidas de cunho não necessariamente pecuniário;.

(69) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  As medidas compensatórias, portanto, são aquelas. destinadas a compensar impactos ambientais negativos, tomadas voluntariamente pelos responsáveis por esses impactos – ou exigidas pelo órgão ambiental competente. Destinam-se a compensar impactos irreversíveis e inevitáveis. Distinguem-se das denominadas “medidas mitigadoras”, destinadas a prevenir impactos adversos ou a reduzir aqueles que não podem ser evitados;.

(70) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  O instrumento da Compensação Ambiental passou a ser. aplicado efetivamente a partir da edição da Lei nº 9.985, de 2000, a Lei do SNUC, especificamente conforme seu art. 36 que é apresentado abaixo:  Art. 36. Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório – EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei..

(71) COMPENSAÇÃO AMBIENTAL  § 1o O montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor para. esta finalidade não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental licenciador, de acordo com o grau de impacto ambiental causado pelo empreendimento.  § 2o Ao órgão ambiental licenciador compete definir as unidades de conservação a serem beneficiadas, considerando as propostas apresentadas no EIA/RIMA e ouvido o empreendedor, podendo inclusive ser contemplada a criação de novas unidades de conservação.  § 3o Quando o empreendimento afetar unidade de conservação específica ou sua zona de amortecimento, o licenciamento a que se refere o caput deste artigo só poderá ser concedido mediante autorização do órgão responsável por sua administração, e a unidade afetada, mesmo que não pertencente ao Grupo de Proteção Integral, deverá ser uma das beneficiárias da compensação definida neste artigo..

(72) DECRETO 6.848. A lei do SNUC consolidou um importante instrumento para a conservação da biodiversidade, que é comumente chamado de compensação ambiental. A lei afirma que, no caso de empresas com significativo impacto ambiental, o empreendedor era obrigado a destinar um mínimo de 0,5% do valor da empresa para a criação ou gestão de unidades de proteção integral de conservação..

(73) DECRETO 6.848. A história do presente regulamento começou muito antes, em 1987, quando CONAMA publicou a Resolução n º 10/87 , estabelecendo que, a fim de resolver a remediação de danos ambientais causados pela destruição de florestas e outros ecossistemas, as empresas responsáveis pela grande projetos de grande dimensão teria que financiar a criação e manutenção de uma Estação Ecológica. O valor destinado para este deve ser proporcional ao dano causado e não poderia ser inferior a 0,5% do total dos custos estimados para a empresa..

(74) DECRETO 6.848.  CONAMA reafirmou esta regra em 1996, através da Resolução. 2/96 , apenas expandindo a possibilidade de que a unidade de conservação instalados e mantidos pode ser não só Estação Ecológica, mas qualquer unidade de uso indireto (ou de proteção integral, na terminologia da Lei do SNUC'S). Com base na regulamentação da Lei do SNUC, o IBAMA desenvolveu e começou a aplicar uma metodologia para o cálculo do valor da compensação ambiental, variando entre o mínimo de 0,5% para o máximo de 5% do valor da empresa.  Em dezembro de 2004, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) entrou com ação judicial no Supremo Tribunal Federal (ADI 3378), argumentando a inconstitucionalidade da cobrança de compensação ambiental..

(75) DECRETO 6.848. Em junho de 2005, como resultado de fortes críticas apresentadas sobre a metodologia de cálculo da indemnização, o IBAMA concluiu o desenvolvimento e apresentado para debate uma proposta nova, que trouxe as seguintes alterações: Concentre-se na conservação da biodiversidade (não levando em consideração os impactos sócio- econômicos e culturais), sem levar em consideração os impactos futuros possíveis resultantes da operação da empresa, apenas a avaliação dos danos não atenuados, e não considerando um impacto mais de uma vez no cálculo..

(76) DECRETO 6.848. O debate cercam a nova metodologia mobilizou o setor empresarial, e as pressões contra a compensação ambiental ganhou força e as negociações até então realizadas pelo IBAMA e do MMA, passou a ser conduzido pela Casa Civil (Gabinete) da Presidência da República , a ponto de envolver até mesmo Ministros, o Chefe do Estado Maior, e do próprio presidente..

(77) DECRETO 6.848. Em abril de 2006, o Conama publicou uma nova Resolução (n º 371), estabelecendo como a regulação da modificação introduzida na nova metodologia proposta pelo IBAMA: Foi estabelecido que, na avaliação do grau de impacto do empreendimento, impactos sócio-econômicos e potenciais danos futuros não seria considerado, nem haveria redundância de critérios e, em adição a isto, os investimentos não exigida pela legislação, mas estabelecido no processo de licenciamento para a mitigação e melhoria da qualidade do ambiente foram excluídos do custo total do empreendendo. A resolução fixou a indemnização de 0,5% para, aproximadamente, as empresas de licenciamento e novas empresas, até a adoção da nova metodologia. A questão do limite máximo para a cobrança da compensação, entretanto, permaneceu aberto..

(78) DECRETO 6.848. No segundo semestre de 2006, a fim de encerrar o assunto, o presidente Lula passou a estabelecer, como um teto de remuneração, o valor de 2% do custo da empresa. A nova metodologia de cálculo, incluindo o limite máximo de 2%, seria estabelecido por decreto, e não por ato do IBAMA, uma prerrogativa que, pela Lei do SNUC, é do Instituto. Mas a Casa Civil (leia-se Dilma Roussef) continuou resistindo. As pressões contra continuaram..

(79) DECRETO 6.848.  Em 2007, o Congresso entrou no jogo. Um projeto de lei foi. apresentado, limitando o valor da compensação a 0,5% do custo da empresa. O que tinha sido o mínimo agora ameaçava tornar-se o máximo. Em março de 2008 o projeto estava no caminho certo para ser aprovado na Comissão de Meio Ambiente na Câmara dos Deputados.  Neste momento, em abril de 2008, ocorreu um fato que alterou completamente o cenário: Os juízes da Suprema Corte o mérito do recurso interposto pela CNI. A Suprema Corte afirma a constitucionalidade da cobrança de compensação ambiental, mas diz que o valor da indenização deve ser proporcional aos danos causados pelo projeto e que, portanto, o valor mínimo de 0,5% do custo da empresa é inconstitucional ..

(80) DECRETO 6.848. As equipes de técnicos do ICMBio e do MMA passou a propor uma metodologia capaz de gerar um valor de compensação proporcional ao dano causado pela empresa, com base no custo por hectare de criação, o estabelecimento e gestão de uma unidade de conservação. A discussão, contrariando a decisão do Supremo Tribunal Federal, continuou em torno de um teto de remuneração..

(81) DECRETO 6.848. Em maio de 2009, as capitula MMA: O Presidente da República sinais Decreto n º 6,848 , que estabelece uma nova metodologia de cálculo da compensação. O valor máximo de recolha é fixado em 0,5% do custo da empresa. que tinha sido o mínimo tornou-se o máximo . Do custo total do empreendimento, além das exclusões constantes do mencionado anteriormente Resolução CONAMA 371, de 2006, que reproduz o Decreto, "os custos e encargos incidentes sobre o financiamento da empresa, incluindo os relativos às garantias, e os custos com apólices de seguros pessoais e reais e prêmios "foram excluídos também. A vitória de um grande negócio não poderia ser maior..

(82) DECRETO 6.848 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 6.848, DE 14 DE MAIO DE 2009. Altera e acrescenta dispositivos ao Decreto no 4.340, de 22 de agosto de 2002, para regulamentar a compensação ambiental..

(83) DECRETO 6.848 Art. 1o Os arts. 31 e 32 do Decreto no 4.340, de 22 de agosto de 2002, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 31. Para os fins de fixação da compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei no 9.985, de 2000, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA estabelecerá o grau de impacto a partir de estudo prévio de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, ocasião em que considerará, exclusivamente, os impactos ambientais negativos sobre o meio ambiente. § 1o O impacto causado será levado em conta apenas uma vez no cálculo. § 2o O cálculo deverá conter os indicadores do impacto gerado pelo empreendimento e das características do ambiente a ser impactado..

(84) DECRETO 6.848 § 3o Não serão incluídos no cálculo da compensação ambiental os investimentos referentes aos planos, projetos e programas exigidos no procedimento de licenciamento ambiental para mitigação de impactos, bem como os encargos e custos incidentes sobre o financiamento do empreendimento, inclusive os relativos às garantias, e os custos com apólices e prêmios de seguros pessoais e reais. § 4o A compensação ambiental poderá incidir sobre cada trecho, naqueles empreendimentos em que for emitida a licença de instalação por trecho.” (NR).

(85) DECRETO 6.848 “Art. 32. Será instituída câmara de compensação ambiental no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de: I - estabelecer prioridades e diretrizes para aplicação da compensação ambiental; II - avaliar e auditar, periodicamente, a metodologia e os procedimentos de cálculo da compensação ambiental, de acordo com estudos ambientais realizados e percentuais definidos; III - propor diretrizes necessárias para agilizar a regularização fundiária das unidades de conservação; e IV - estabelecer diretrizes para elaboração e implantação dos planos de manejo das unidades de conservação.” (NR).

(86) DECRETO 6.848 Art. 2o O Decreto no 4.340, de 2002, passa a vigorar acrescido dos seguintes artigos: “Art. 31-A. O Valor da Compensação Ambiental - CA será calculado pelo produto do Grau de Impacto - GI com o Valor de Referência - VR, de acordo com a fórmula a seguir: CA = VR x GI, onde: CA = Valor da Compensação Ambiental; VR = somatório dos investimentos necessários para implantação do empreendimento, não incluídos os investimentos referentes aos planos, projetos e programas exigidos no procedimento de licenciamento ambiental para mitigação de impactos causados pelo empreendimento, bem como os encargos e custos incidentes sobre o financiamento do empreendimento, inclusive os relativos às garantias, e os custos com apólices e prêmios de seguros pessoais e reais; e GI = Grau de Impacto nos ecossistemas, podendo atingir valores de 0 a 0,5%..

(87) DECRETO 6.848 § 1o O GI referido neste artigo será obtido conforme o disposto no Anexo deste Decreto. § 2o O EIA/RIMA deverá conter as informações necessárias ao cálculo do GI. § 3o As informações necessárias ao calculo do VR deverão ser apresentadas pelo empreendedor ao órgão licenciador antes da emissão da licença de instalação. § 4o Nos casos em que a compensação ambiental incidir sobre cada trecho do empreendimento, o VR será calculado com base nos investimentos que causam impactos ambientais, relativos ao trecho.” (NR).

(88) DECRETO 6.848 “Art. 31-B. Caberá ao IBAMA realizar o cálculo da compensação ambiental de acordo com as informações a que se refere o art. 31-A. § 1o Da decisão do cálculo da compensação ambiental caberá recurso no prazo de dez dias, conforme regulamentação a ser definida pelo órgão licenciador. § 2o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior. § 3o O órgão licenciador deverá julgar o recurso no prazo de até trinta dias, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. § 4o Fixado em caráter final o valor da compensação, o IBAMA definirá sua destinação, ouvido o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes e observado o § 2o do art. 36 da Lei no 9.985, de 2000.” (NR).

(89) DECRETO 6.848 Art. 3o Nos processos de licenciamento ambiental já iniciados na data de publicação deste Decreto, em que haja necessidade de complementação de informações para fins de aplicação do disposto no Anexo do Decreto nº 4.340, de 2002, as providências para cálculo da compensação ambiental deverão ser adotadas sem prejuízo da emissão das licenças ambientais e suas eventuais renovações. Art. 4o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 14 de maio de 2009; 188o da Independência e 201o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Carlos Minc Este texto não substitui o publicado no DOU de 15.5.2009.

(90) DECRETO 6.848 METODOLOGIA DE CÁLCULO DO GRAU DE IMPACTO AMBIENTAL. Segundo o art. 31-A do Decreto 4.340/02, com redação dada pelo Decreto 6.848/09, o Valor da Compensação Ambiental derivada do licenciamento ambiental federal deve ser calculado pelo produto do Grau de Impacto – GI com o Valor de Referência – VR: CA = VR x GI onde: CA = Valor da Compensação Ambiental; VR = somatório dos investimentos necessários para implantação do empreendimento, não incluídos os investimentos referentes aos planos, projetos e programas exigidos no procedimento de licenciamento ambiental para mitigação de impactos causados pelo empreendimento, bem como os encargos e custos incidentes sobre o financiamento do empreendimento, inclusive os relativos às garantias, e os custos com apólices e prêmios de seguros pessoais e reais; GI = Grau de Impacto nos ecossistemas, podendo atingir valores de 0 a 0,5%..

(91) DECRETO 6.848 METODOLOGIA DE CÁLCULO DO GRAU DE IMPACTO AMBIENTAL. 1. Grau de Impacto (GI) O Grau de Impacto é dado pela seguinte fórmula: GI = ISB + CAP + IUC onde: ISB = Impacto sobre a Biodiversidade; CAP = Comprometimento de Área Prioritária; e IUC = Influência em Unidades de Conservação..

(92) DECRETO 6.848  1.1. – ISB: Impacto sobre a Biodiversidade:. onde: IM = Índice Magnitude; IB = Índice Biodiversidade; IA = Índice Abrangência; e IT = Índice Temporalidade. O ISB terá seu valor variando entre 0 e 0,25%. O ISB tem como objetivo contabilizar os impactos do empreendimento diretamente sobre a biodiversidade na sua área de influência direta e indireta. Os impactos diretos sobre a biodiversidade que não se propagarem para além da área de influência direta e indireta não serão contabilizados para as áreas prioritárias..

(93) DECRETO 6.848 CAP: Comprometimento de Área Prioritária:. onde: IM = Índice Magnitude; ICAP = Índice Comprometimento de Área Prioritária; e IT = Índice Temporalidade. O CAP terá seu valor variando entre 0 e 0,25%. O CAP tem por objetivo contabilizar efeitos do empreendimento sobre a área prioritária em que se insere. Isto é observado fazendo a relação entre a significância dos impactos frente às áreas prioritárias afetadas. Empreendimentos que tenham impactos insignificantes para a biodiversidade local podem, no entanto, ter suas intervenções mudando a dinâmica de processos ecológicos, afetando ou comprometendo as áreas prioritárias..

(94) DECRETO 6.848. IUC: Influência em Unidade de Conservação: O IUC varia de 0 a 0,15%, avaliando a influência do empreendimento sobre as unidades de conservação ou suas zonas de amortecimento, sendo que os valores podem ser considerados cumulativamente até o valor máximo de 0,15%. Este IUC será diferente de 0 quando for constatada a incidência de impactos em unidades de conservação ou suas zonas de amortecimento, de acordo com os valores abaixo:.

(95) DECRETO 6.848. Índice Magnitude (IM): O IM varia de 0 a 3, avaliando a existência e a relevância dos impactos ambientais concomitantemente significativos negativos sobre os diversos aspectos ambientais associados ao empreendimento, analisados de forma integrada..

(96) DECRETO 6.848. Índice Biodiversidade (IB): O IB varia de 0 a 3, avaliando o estado da biodiversidade previamente à implantação do empreendimento..

(97) DECRETO 6.848. Índice Abrangência (IA): O IA varia de 1 a 4, avaliando a extensão espacial de impactos negativos sobre os recursos ambientais. Em casos de empreendimentos lineares, o IA será avaliado em cada microbacia separadamente, ainda que o trecho submetido ao processo de licenciamento ultrapasse os limites de cada microbacia..

(98) DECRETO 6.848. Índice Temporalidade (IT): O IT varia de 1 a 4 e se refere à resiliência do ambiente ou bioma em que se insere o empreendimento. Avalia a persistência dos impactos negativos do empreendimento..

(99) DECRETO 6.848. Índice Comprometimento de Áreas Prioritárias (ICAP): O ICAP varia de 0 a 3, avaliando o comprometimento sobre a integridade de fração significativa da área prioritária impactada pela implantação do empreendimento, conforme mapeamento oficial de áreas prioritárias aprovado mediante ato do Ministro de Estado do Meio Ambiente..

(100) DECRETO 6.848. EXEMPLO.

(101) DECRETO 6.848. EXEMPLO Parque Natural Municipal David Victor Farina. 1. Influência em Unidade de Conservação. Corresponde a Zonas de amortecimento de Unidades de Conservação. IUC =0,05 % 2. IB: Índice Biodiversidade. A Área de Influência mais abrangente do empreendimento está inserida na única área de desova da Tartaruga de Couro (Dermochelys coriacea) no Brasil. Sendo esta uma espécie com status, nacional e internacionalmente, Criticamente em Perigo, de acordo com o estabelecido pelo Decreto 6.848, correspondente a Área de trânsito ou reprodução de espécies consideradas endêmicas ou ameaçadas de extinção IB = 3.

(102) DECRETO 6.848. EXEMPLO 3. IA (Índice Abrangência) O raio da Área de Influência mais abrangente do meio biótico é de 5 Km, portanto, de acordo com o estabelecido pelo Decreto 6.848, corresponde a Impactos limitados a um raio de 5 km, o valor que deve ser atribuído: IA=1 4. IT (Índice Temporalidade)  Levando em conta a resiliência do ambiente em que se insere o empreendimento, principalmente no que se refere à atividade de supressão de vegetação, pode-se classificar como curta a persistência dos impactos ambientais negativos, Duração curta: superior a 5 e até 15 anos após a instalação do empreendimento recebendo o IT= 2..

(103) DECRETO 6.848. EXEMPLO 5. ICAP (Índice Comprometimento de Áreas Prioritárias) As áreas prioritárias compreendidas na Área de Influência mais abrangente do meio biótico são: MaZc351 - REVIS Santa Cruz/ APA Costa das Algas ; MaZc363 - Área marinha contígua a Foz do Rio Doce; MaZc368 - Proposta de UC de US da Foz do Rio Doce. Uma vez que todas as três áreas são classificadas como de importância ambiental extremamente alta, de acordo com o Decreto 6.848, Impactos que afetem áreas de importância biológica extremamente alta ou classificadas como áreas insuficientemente conhecidas, o valor aplicável ao ICAP=3..

(104) DECRETO 6.848. EXEMPLO 6. IM (Índice Magnitude). O presente empreendimento apresenta “média magnitude do impacto ambiental negativo em relação ao comprometimento dos recursos ambientais”. Portanto, IM = 2..

(105) DECRETO 6.848. EXEMPLO.

Referências

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