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RELATÓRIO DE ANÁLISE SOBRE A CIDADE DE MARANGUAPE (CEARÁ)

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BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO HISTÓRIA DA ARQUITETURA 1

RELATÓRIO DE ANÁLISE SOBRE A CIDADE DE

MARANGUAPE (CEARÁ)

FORTALEZA 2011

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BEATRIZ SANTOS DUARTE FERNANDES LÍCIA MARIA FREIRE

SAMYLLE BEZERRA

TÍTULO RELATÓRIO DE ANÁLISE SOBRE A CIDADE DE

MARANGUAPE (CEARÁ)

Trabalho desenvolvido de História da Arquitetura 1 do curso de Arquitetura e Urbanismo como exigência de nota para a AV2.

FORTALEZA 2011

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INTRODUÇÃO

O povoamento do interior do Nordeste está estreitamente relacionado com a prática de pecuária, visto que era inviável no litoral, pois era lá onde se cultivava a cana-de-açúcar. A princípio, a população era distribuída de maneira irregular e estava concentrada nas fazendas de gado, os únicos estabelecimentos da região. Essas fazendas são as sedes das sesmarias, da unidade familiar, da vida política e da atividade produtiva.

A partir da segunda metade do século XVII, as aglomerações urbanas são submetidas à Coroa, mesmo nas áreas reservadas aos donatários. Nos centros urbanos, as ruas ganham importância, tornando-se lugar de permanência, convivência e discussão e sobre elas há uma preocupação em mantê-las alinhadas de maneira horizontal e vertical, e em relação à manutenção e limpeza. O verde da paisagem urbana estava nas praças e/ou nos jardins e pomares das residências. As praças eram usadas pra organizar os centros urbanos, delimitadas pelos mais importantes prédios na época, as Casas de Câmara e Cadeia e a Igreja. Era na praça onde ocorria as atividades recreativas, religiosas e administrativas.

A criação das vilas cearenses vem da centralização administrativa do Estado Português ante a dispersão dos primeiros 40 anos de colonização do Ceará. Este trabalho irá apresentar, em quatro capítulos, a formação do povoamento do Nordeste, a formação dos núcleos urbanos e especialmente do núcleo em estudo, a cidade de Maranguape.

CAPÍTULO 1

A Pecuária e sua Definição

A palavra pecuária vem do latim pecus e significa cabeça de gado. Esta atividade vem desde os tempos da pedra polida, pois o homem precisava retirar do animal leite e carne do gado para seu próprio consumo. A pecuária é uma parte específica da agricultura e são processos técnicos usados na domesticação de animais quando se visa seu valor monetário. Quando se fala em pecuária, é equivocado acreditar que esta atividade seja somente a criação de gado; a criação de porcos, ovelhas, cavalos, aves e outros tipos de animais também se denominam pecuária. Nesta atividade se busca extrair além da carne, a lã, o leite, e o couro.

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Existem ainda dois tipos de pecuária; a pecuária de corte, onde o objetivo maior é a produção de carne e a pecuária leiteira, onde se produzem leite e seus derivados como queijo, manteiga, iogurtes.

No Brasil, a pecuária foi de grande importância quando no quesito expansão geográfica. Foi através desta atividade que se povoou as regiões Nordeste e Centro-Sul.

A Ocupação do Nordeste

A ocupação do interior do Nordeste brasileiro é fortemente ligada à expansão da pecuária e se deu através do Rio São Francisco. Os colonizadores partiram de Recife e Salvador seguindo o curso do rio onde alguns tomaram sentido sul e outros, sentido norte, chegando assim, ao Nordeste; Piauí, Ceará e Maranhão. Um dos grandes motivos do povoamento do interior do Brasil se deu por causa das plantações de cana-de-açúcar, que ocupavam grandes áreas de terra litorâneas e não havia mais terras naquela região para o gado pastar.

A economia do gado nunca chegou a tomar lugar da cana-de-açúcar e nem a do pau-brasil, ela sempre foi uma atividade complementar, porém, durante o século XVII foi de grande importância para a ocupação do nordeste brasileiro. O vaqueiro passou a ser mais requisitado, sendo assim uma figura importante no seu desenvolvimento. Seu papel era árduo e contínuo, e se resumia a fiscalizar as pastagens, as cercas e as aguadas. Os primeiros vaqueiros eram índios que acompanhavam os colonizadores nas missões, pois eles se adaptavam facilmente a criação do gado, já que o rebanho estava sempre precisando se locomover de uma terra para outra quase como um nômade. Isto resultou na baixa ocupação territorial. Sendo as fazendas de gado os únicos estabelecimentos da região.

A população era baseada praticamente em quem morava nas fazendas e por isso era escassa. As aglomerações urbanas eram distantes umas das outras e sempre as margens de rios. As fazendas de gado eram sede das sesmarias, sede da unidade familiar e sede da unidade produtiva. Foi assim que foi possível gerar os primeiros acúmulos de renda no sertão. As fazendas tinham ainda outro papel importante, eram sedes políticas, ou seja, eram lá chegavam às leis vindas das cidades litorâneas. Deu-se assim o início da estruturação das primeiras cidades do sertão Nordestino.

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As Fazendas de Gado

Ainda pode se encontrar locais no interior do Nordeste onde a vida gira em torno de determinada fazenda, e não foi diferente no início da interiorização nordestina. A fazenda era o centro de tudo e afirma-se ainda que foi nela onde a população nordestina nasceu através da miscigenação e da aculturação entre índios e brancos.

As fazendas eram localizadas próximas aos rios e em locais mais altos para evitar as enchentes nos períodos chuvosos. Era preciso se adaptar as necessidades do gado. A fazenda era dividida em três partes. A primeira era a casa sede que se localizava na área mais alta do terreno e tinha o papel de abrir a todos que trabalhavam com o gado. A segunda parte era composta de currais onde o gado se localizava. E a terceira de áreas cercadas reservadas para a agricultura que funcionava para sustento da família e empregados que ali viviam. Havia ainda o matadouro que era localizado próximo aos rios e sempre nas costas da casa sede para que o mau cheiro não chegasse até lá.

A tecnologia utilizada para construção das fazendas eram, no alicerce de alvenaria de pedra, as paredes eram de taipa de sopapo, o piso era de terra batida, ou revestido de ladrilho de barro cozido. As cobertas eram de duas ou quatro águas e em forma piramidal. As telhas eram de barro e o madeiramento era aparente.

A Criação das Vilas

Com a necessidade de garantir o território cearense em seu poder, o Governo Português continuou a ocupação do Ceará e assim, surgiram às primeiras vilas. Estas vilas inicialmente se localizavam em locais estratégicos como, por exemplo; no cruzamento dos caminhos das boiadas, desta forma os vaqueiros podiam passar a noite e se alimentarem sem ter q voltar para a fazenda. Eram também onde se conseguia obter produtos vindos da capital.

Na foz dos rios era outro lugar propício para a implantação de vilas por ser uma área que possuía água em abundancia. As regiões serranas por serem produtivas, e ter um clima mais ameno, foi outro ponto de implantação de vilas.

Entre os principais núcleos urbanos do Ceará desde a época da colonização pode-se citar: Aracati, Icó, Quixeramobim, Granja e Sobral.

Para a implantação de uma vila, era preciso seguir algumas normas urbanísticas. A região precisava ter um bom provimento de água, próximo a matriz e de preferência com uma cota mais elevada para que ficasse livre de inundações. Depois de escolhido o

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terreno, era preciso demarcar o local da praça, e em seu entorno, prédios públicos e a igreja.

CAPÍTULO 2

Como os portugueses criavam as cidades?

Os portugueses orientaram prioritariamente a ocupação com instalação de vilas na costa, pois isto facilitava o transporte de mercadorias para o porto e seu envio a Portugal. Prevalecia a intenção aventureira e não de planejamento, como assim determinavam os espanhóis.

Esse traço da colonização dos portugueses, com pouco interesse pelos trabalhos manuais, buscou o caminho menos laborioso de ocupar a colônia, seguindo a geografia da paisagem existente que configurou as primeiras vilas e cidades e baseando-se mais na experiência conhecida nas cidades portuguesas e no domínio da arte das navegações marítimas e fluviais pelos portugueses que preferiram se situar ao longo da costa brasileira de maneira a mais rapidamente escoar as riquezas extraídas.

Quanto à construção propriamente dita, as cidades e vilas foram seguindo um caminho quase espontâneo de diálogo com a geografia local, seguindo a sinuosidade existente na paisagem, construindo uma plasticidade diferenciada para a feição urbana. A falta de normas rígidas permitiu que o casario fosse construído em desalinho, o que em muitos casos dificultou as reformas urbanísticas e consertos de infra-estrutura posteriores. Várias cidades coloniais obedecem ao relevo natural, provocando um traçado desordenado que se estendia de acordo com as necessidades imediatas de uso do espaço

Mudanças Urbanas no século XIX

O processo de urbanização no Brasil vincula-se a transformações sociais que vêm mobilizando a população dos espaços rurais e incorporando-a à economia urbana, bem como aos padrões de sociabilidade e cultura da cidade. A inserção no mercado de trabalho capitalista e a busca por estratégias de sobrevivência e mobilidade social implicam na instalação em centros urbanos e em uma mobilidade espacial constantemente reiterada, que se desenrola no espaço da cidade ou tem nela sua base principal.

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A maioria dos brasileiros vive em cidades. Isso significa que pouco resta da sociedade rural que caracterizava o país nos anos 1940, quando cerca de 70% da população brasileira morava no campo.

O processo de urbanização no Brasil difere do europeu pela rapidez de seu crescimento. Ao passo em que na Europa esse processo começou no século 18, impulsionado pela Revolução Industrial, em nosso país ele só se acentuou a partir de 1950, com a intensificação da industrialização. Na segunda metade do século 19, a cafeicultura - que transformou definitivamente o Sudeste na principal região econômica do país - ajudou a promover a urbanização do Rio de Janeiro e de São Paulo e deu início a um pequeno processo de industrialização no país. Foi somente durante o governo de Getúlio Vargas (1930-1945) que se promoveram as primeiras medidas para se industrializar significativamente o país, o que deslocaria o eixo populacional do país do campo para a cidade. A implantação da indústria automobilística no governo de Juscelino Kubitschek (1955-1960) deu novo impulso ao processo. O processo de transformação da população rural em população urbana pela migração, considerando também o crescimento vegetativo, sendo a transformação de uma forma menos densa e mais esparsa de distribuição da população no espaço para uma forma concentrada em núcleos urbanos. Este processo, conforme definido, é muito antigo, destacando-se o que foi verificado na Roma Antiga. Porém, com o desenvolvimento industrial, verificado a partir da segunda metade o século XVIII e, mais acentuadamente, no século XIX, observou-se imediatamente uma aceleração do processo, adquirindo as características de nossa época: verticalização, conurbação, favelas, parques.

A maioria dos brasileiros vive em cidades. Isso significa que pouco resta da sociedade rural que caracterizava o país nos anos 1940, quando cerca de 70% da população brasileira morava no campo. O processo de urbanização no Brasil difere do europeu pela rapidez de seu crescimento. Ao passo em que na Europa esse processo começou no século 18, impulsionado pela Revolução Industrial, em nosso país ele só se acentuou a partir de 1950, com a intensificação da industrialização.

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Favelização e outros problemas da urbanização

A urbanização desordenada, que pega os municípios despreparados para atender às necessidades básicas dos migrantes, causa uma série de problemas sociais e ambientais. Dentre eles destacam-se o desemprego, a criminalidade, a favelização e a poluição do ar e da água. Em todo o mundo mais de um bilhão de pessoas vivem em favelas e áreas invadidas.

CAPÍTULO 3

O início do município de Maranguape se deu no século XVII por volta de 1649, quando o colonizador holandês Matias Beck e mais 298 homens aportaram primeiramente na praia do Mucuripe a procura de minas de prata na Serra da Aratanha que ficava próximo a Maranguape. A expedição que adentrou a procura desta prata, foi a primeira vez que o homem branco penetrou em terras do atual Município de Maranguape. O percurso foi indicado por índios em troca de promessas e dádivas dos holandeses.

O município era povoado por índios potiguaras que dominavam a área litorânea do nordeste desde o Rio Grande do Norte, passando pela barra do Ceará até o Piauí. Os portugueses não vieram a dar importância a essa região do Brasil, visto que as primeiras sesmarias concedidas já foram no início do século XVIII. Depois que os holandeses foram expulsos do Brasil. O tenente Pedro da Silva e Amaro Morais foram os primeiros a tomar posse do quinhão doado pela coroa portuguesa em 12 de julho de 1707, porém o povoamento propriamente dito iniciou-se somente no início do século XIX com a atuação do português Joaquim Lopes de Abreu que além de ter comprado algumas sesmarias, ainda recebeu doações do governo português.

O riacho Pirapora foi onde se deu início ao município aqui estudado. Foi construída uma capelinha de Nossa Senhora da Penha para os moradores da região que trabalhavam nas atividades agrícolas da cultura de café que foi o ponto forte da economia local. Esta aglomeração recebeu inicialmente o nome de Alto da Vila. Maranguape ainda chegou a ser chamada de Outra Banda e somente em 1760 foi rebatizado como Maranguape que vem do tupi-guarani maragoab e tem como significado Vale da Batalha.

Em 1851, Maranguape foi elevado à categoria de Vila e logo em seguida, 1869 passou a ser Cidade conseguindo finalmente a emancipação de Fortaleza.

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CAPÍTULO 4

A arquitetura da cidade impressiona com os casarões antigos do século XIX (a maioria construída na segunda metade do século) e do início do século XX, inspirada nos esquemas arquitetônicos coloniais portugueses. Destaque para o Solar dos Sombra, o Solar Bonifácio Câmara, o Palácio da Intendência, o Solar das Correias e o Museu da Cidade. A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha também tem seu destaque com seus traços da arquitetura religiosa do estado.

O uso de platibandas, especialmente com pilastras e pequenas estátuas como adornos, torna-se freqüente e as portas de entrada e janelas são mais bem trabalhadas, ainda que algumas ainda se mantenham fechadas por folhas ‘’cegas’’. Surgem novos tipos de janelas, compostas de balcões com peitoris de ferro. Em algumas residências, cercadas por gradis de ferro pode-se encontrar jardins laterais e para resolver o problema de desnível entre o piso da casa e o do passeio, usava-se uma pequena escada após a porta de entrada. Exemplos dessas edificações podem ser vistas nas três habitações fotografadas abaixo e na foto da Casa de Cultura Capistrano de Abreu.

Residências locais

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Residência local 2. (Fonte: Arquivo pessoal, Outubro/2011)

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Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha

Fundada em 04 de agosto de 1849, foi erguida por Joaquim Lopes de Abreu ressalta traços da arquitetura religiosa do estado, com suas duas torres na fachada e frontão na porta principal. Pode-se ainda perceber o pequeno movimento que a fachada faz apesar de ainda ser muito discreto.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha. (Fonte: Arquivo pessoal, Outubro/2011)

Praça Central

A praça é um grande espaço verde, situado em terreno plano, delimitado pela Igreja e pela Casa de Câmara, que acolhe os diversos tipos de atividades, sejam comerciais, recreativas ou religiosas.

Praça Central de Maranguape, mostrando a Igreja Matriz, a Casa de Câmara e mais ao fundo, a Pousada Maranguape.

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Estação Ferroviária de Maranguape

A estação de Maranguape foi aberta em 1875, como um curto ramal (7,246 a partir de Maracanaú) que saía da estação de Maracanaú. Havia trens diários que vinham da Estação Central de Fortaleza para Maranguape em cerce de 1h20m até os primeiros anos da década de 1960, quando o ramal foi suprimido pela RFFSA. Um trem saía de Fortaleza a Maranguape e percorria o trecho em 01:20 min. No princípio, o trem chegava à estação de Maranguape e retornava a Maracanaú para manobrar e novamente ir a Maranguape. Está desativado desde 1963.

Estação Ferroviária nos anos 20.

(Fonte: Estações Ferroviárias do Estado do Ceará - Maranguape)

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Museu da Cidade (antiga cadeia pública)

No século XIX, funcionava como um presídio, que constituía-se num dos símbolos do poder municipal, onde além de manter os infratores em cárcere privado, também eram realizadas necrópcias nos corpos pelo médico maranguapense Dr. Argeu Gurgel Braga Herbster. Um fato curioso que vale a pena ressaltar é que a pedra que servia de base para esta função, ficava situada em frente à cela de número sete (a mais temida), onde eram presos os autores/autor do homicídio no qual teria vitimado o corpo que estava sendo necropciado, sendo o mesmo, obrigado a assistir tudo. Esta prática era utilizada exatamente para advertir ou intimidar a população.

A arquitetura do prédio se forma por um extenso corredor, que ao fundo se localizava esta pedra, que era possível ser vista através da grade de entrada. O prédio da cadeia pública foi abandonado por impropriedade de suas instalações para a realidade de então, ao mesmo tempo em que apresentava riscos de desabamento.

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Vista interior do museu da cidade. (Fonte: Arquivo pessoal, Outubro/2011)

Casa de Cultura Capistrano de Abreu

Construído na primeira metade do século XIX, foi a residência do décimo Prefeito de Maranguape, Dr. João Bezerra, em seguida abrigou a Escola Técnica de Contabilidade e a Escola Particular São José. Hoje funciona como a Casa de Cultura Capistrano de Abreu e a sede administrativa da Fundação Viva Maranguape de Turismo, Esporte e Cultura – FITEC. Representa um dos vários exemplos de residência brasileira do século XIX, com suas janelas de balcão com grades de ferro, platibandas adornadas com pilastras e escada após a entrada em direção ao interior do local.

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Casa de Cultura Capistrano de Abreu.

Casa de Câmara

Casa de Câmara.

(Fonte: Arquivo pessoal, Outubro/2011)

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O Palácio da Intendência foi construído como obra de emergência na seca de 1877-79, para abrigar a sede do Governo Municipal. A inauguração do prédio aconteceu no ano de 1878. Os titulares na época chamavam-se intendentes. O primeiro intendente foi Joaquim José de Sousa Sombra e a partir de 1914, receberam a denominação de prefeitos, sendo o primeiro prefeito de Maranguape Manuel de Paula Cavalcante (1914-1918. Foi sede do Governo Municipal até ser transferido para a atual localização no Paço Municipal na Praça Senador Almir Pinto. Sediou a EMATERCE, abrigou a Farmácia Popular e atualmente funciona como a Secretaria de Educação da cidade.

Palácio da Intendência.

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Detalhe de janela do Palácio da Intendência. (Fonte: Arquivo pessoal, Outubro/2011)

Detalhe de porta do Palácio da Intendência. (Fonte: Arquivo pessoal, Outubro/2011)

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Museu da Cachaça

O casarão erguido pelo patriarca Dário Telles de Menezes entre 1851 e 1854 abriga atualmente o Museu da Cachaça. A história do lugar é contada por documentos, maquetes e o cenário que, composto por um canavial com iluminação natural, fica no centro do museu. A cozinha do casarão foi preservada, com utensílios originais, como por exemplo, o fogão á lenha. Há ainda uma ‘’homenagem’’ aos escravos, mão de obra presente em meados dos anos 1800, com dois bonecos de resina em tamanho natural, encenando o trabalho na moenda e a produção artesanal da cachaça do século passado.

Museu da Cachaça.

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Pousada Maranguape

Situada no coração da cidade, é considerada camarote para os vários eventos locais. Apresenta arquitetura simples, anterior a do século XIX, com sua telha colonial e folhas ‘’cegas’’ de portas e janelas. Sua localização permite que as janelas da Pousada tenham uma visão para o maior cartão postal do município: a Serra de Maranguape.

Pousada Maranguape. (Fonte: Arquivo pessoal, Outubro/2011)

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Ecomuseu de Maranguape

O Ecomuseu de Maranguape está sediado em um importante edificação histórica do município de Maranguape de meados do século XIX - um casarão, uma capela e um açude construídos no período colonial. Localiza-se no distrito rural de Cachoeira , distante 25 km da sede municipal e 50 km de capital Fortaleza. Abriga um importante acervo histórico e exposições de longa e curta duração, e acervo audiovisual. Também desenvolve experiências educativas nas áreas de meio ambiente e educação patrimonial e cultural.

Ecomuseu de Maranguape.

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Solar Bonifácio Câmara

O Solar Bonifácio Câmara faz parte do Patrimônio Histórico Municipal. Foi construído pela família Correia na segunda metade do século XIX. As obras demoraram 5 anos para serem concluídas.

João Correia Martins foi o mandante da construção que tinha com influências Portuguesas. O sobrado foi construído com dois objetivos, o primeiro abrigar a família na parte superior e na parte inferior, se localiza o ponto de comércio.

Hoje o Solar abriga a Biblioteca Pública Municipal Capistrano de Abreu. Podemos perceber as influências portuguesas no detalhe e moldura da porta principal e as aberturas de apenas metade das janelas.

Solar Bonifácio Câmara.

CONCLUSÃO

A história de Maranguape teve e ainda tem grande influência da agricultura, primeiramente com os indígenas e mais tarde com os portugueses,. Para a Coroa Portuguesa, aquele pedaço de Brasil, a princípio, não devia parecer interessante o suficiente para ser imediatamente ocupado, pois somente nos primeiros anos do século XVIII foram iniciadas as concessões de sesmarias. O processo definitivo de povoamento das terras de Maranguape somente ocorreu no começo do século XIX com a chegada de portugueses, que na metade do século, trouxeram o cultivo de cana-de-açúcar junto – e a produção de cachaça, em seguida - e assim nasce o núcleo original da cidade de Maranguape. A produção da cidade acompanha a realidade metropolitana,

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ainda que represente um contexto rural interiorano bucólico em cada edificação, seja esta de uso público ou particular. As relações entre os indivíduos e o ambiente em que convivem são de trabalho e torna o espaço um produto social, mas também é considerado um meio de reprodução das relações sociais e o modo de produção vigente.

REFERÊNCIAS

Fotos tiradas de arquivo pessoal e dos seguintes sites: http://www.maranguape.ce.gov.br/pontos-turistico http://madeinforest.com/?empresa/home/tip/ecoturismo/oid/690 http://www.antonioviana.com.br/2009/site/ver_noticia.php?id=55638 http://pousadamaranguape.blogspot.com/ http://www.marcelosilva.org/2009/01/maranguape-exemplo-de-requalificao-do.html http://www.estacoesferroviarias.com.br/ce_crato/maranguape.htm Textos: http://www.maranguape.ce.gov.br/museu-da-cidade http://www.cidades.com.br/cidade/maranguape/000720.html http://www.maranguape.ce.gov.br/pontos-turistico http://www.ypark.com.br/museu.html http://www.unicamp.br/iel/memoria/Ensaios/LiteraturaInfantil/conthist.htm http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/geografia/geografia_do_brasi l/quadro_humano/brasil_urbanizacao http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/ceara/maranguape.pdf http://www.aprece.org.br/site/?prefeitura=108&acao=historico&subacao=listar&id=78# historico http://egal2009.easyplanners.info/area05/5830_Colares_Mendes_Marilia.pdf http://pt.wikipedia.org/wiki/Maranguape

Referências

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