• Nenhum resultado encontrado

Brazilian Journal of health Review

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Brazilian Journal of health Review"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 1, p. 461-468, jan./feb. 2019. ISSN 2595-6825

Indices de obesidade e hipertensão arterial sistêmica nos adolescentes

Brasileiros

Indices of obesity and systemic arterial hypertension in Brazilian adolescents

Recebimento dos originais: 30/11/2018 Aceitação para publicação: 27/12/2018

Aécio Donizetti Silveira da Silva

Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro Oeste Instituição: Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro Oeste

Endereço: Rodovia BR-040, Jardim Flamboyant, Luziânia – GO, Brasil E-mail: aeciodonizetti@gmail.com

Bruna Sousa Viera da Cruz

Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro Oeste Instituição: Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro Oeste

Endereço: Rodovia BR-040, Jardim Flamboyant, Luziânia – GO, Brasil E-mail: bruninhasvdc@hotmail.com

Gabriela Meira De Moura Rodrigues

Doutorando em Engenharia de Sistemas Eletrônicos e de Automação pela Universidade Federal de Brasília

Instituição: Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro Oeste Endereço: Rodovia BR-040, Jardim Flamboyant, Luziânia – GO, Brasil

E-mail: gabymeira@hotmail.com Priscila da Conceição Quaresma

Mestra em Ciências e Tecnologias em Saúde pela Universidade Federal de Brasília Instituição: Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro Oeste Endereço: Rodovia BR-040, Jardim Flamboyant, Luziânia – GO, Brasil

E-mail: priscila.quaresma@professor.unidesc.edu.br Elivânia Rodrigues de Souza Assunção

Especialista em Docência do Ensino Superior pela FABEC Instituição: Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro Oeste Endereço: Rodovia BR-040, Jardim Flamboyant, Luziânia – GO, Brasil

E-mail: eli_rsouza@hotmail.com Rafael Assunção Gomes de Souza

Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade Federal de Brasília Instituição: Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro Oeste Endereço: Rodovia BR-040, Jardim Flamboyant, Luziânia – GO, Brasil

E-mail: assundf@hotmail.com RESUMO

Introdução: Há um o crescente aumento da obesidade entre os jovens no Brasil. E esse mal do século é um dos grandes fatores que contribuem para a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS).

(2)

Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 1, p. 461-468, jan./feb. 2019. ISSN 2595-6825

Partindo desse princípio, mostraremos as prevalências dessas doenças entre os jovens. Objetivo: Investigar os índices de obesidade e hipertensão arterial sistêmica dos adolescentes brasileiros e apontar possíveis soluções que melhorariam os hábitos que a desencadeiam. Metodologia: A metodologia aplicada foi a de revisão literária de artigos e publicações voltadas para a saúde dos adolescentes, assim como, de publicações de cunho sociológicas e geográficas. As pesquisas usadas como estudo de análise de alunos de 12 a 17 anos, de todas as capitais brasileiras e cidades interioranas com mais de 100 mil habitantes e com a anuência de seus responsáveis legais. A obesidade foi classificada de acordo com o Índice de Massa Corporal segundo a idade e gênero. Resultados: Foi constatada uma grande disparidade nos índices na maioria das cidades brasileiras analisadas de alunos obesos em relação aos não obesos. Da mesma forma, uma grande quantidade de alunos com HA e obesos. Jovens do sexo masculino foram os mais afetados. Conclusão: A obesidade é um dos maiores fatores que desencadeiam a hipertensão entre os jovens. Portanto, se melhorar os hábitos alimentares associados à exercícios físicos, os riscos serão consideravelmente melhores.

Palavras-chave:Hipertensão. Adolescentes. Obesidade. Doença cardiovascular. ABSTRACT

Introduction: There is a growing increase in obesity among young people in Brazil. And this century's disease is one of the major factors contributing to systemic arterial hypertension (SAH). Based on this principle, we will show the prevalence of these diseases among young people. Objective: To investigate the rates of obesity and systemic arterial hypertension of Brazilian adolescents and to point out possible solutions that would improve the habits that trigger it. Methodology: The applied methodology was the one of literary revision of articles and publications focused on the health of the adolescents, as well as of sociological and geographic publications. The research used as a study of students from 12 to 17 years of age, from all Brazilian capitals and inner cities with more than 100 thousand inhabitants and with the consent of their legal guardians. Obesity was classified according to the Body Mass Index according to age and gender. Results: There was a great disparity in the indices in most Brazilian cities analyzed from obese students in relation to non - obese students. Similarly, a lot of students with HA and obese. Young males were the most affected. Conclusion: Obesity is one of the major factors that trigger hypertension among young people. Therefore, if you improve the eating habits associated with physical exercise, the risks will be considerably better.

Key words: Hypertension. Adolescents. Obesity. Cardiovascular disease.

1 INTRODUÇÃO

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo, contribuindo de forma relevante para a mortalidade por doenças cardiovasculares, que, embora atinja majoritariamente a população com maior idade e com baixo grau de estudo, ela não escolhe raça, idade ou gênero.

A HAS é uma condição clínica caracterizada pela elevação dos níveis pressóricos do indivíduo na grande circulação. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, é considerado que uma pessoa está hipertensa quando seus níveis pressóricos são iguais ou superiores a 140 x 90 mmHg.

(3)

Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 1, p. 461-468, jan./feb. 2019. ISSN 2595-6825

São inúmeros os fatores que contribuem para o aparecimento do HAS como: a pré-disposição genética, sedentarismo, ambientais, hábitos alimentares, excesso de peso.

Ainda que a HAS tenha um alto grau de mortalidade e gere um alto custo com despesas tanto das famílias quanto do poder público, o foco da maioria das campanhas ainda é voltado para o público de maior idade justamente porque o número de doentes com hipertensão arterial (HA) está associado direta e linearmente ao envelhecimento da população por: i) aumento da expectativa de vida da população brasileira, atualmente 74,9 anos de idade; ii) aumento da população de idosos ≥ 60 anos na última década (2000 a 2010), de 6,7% para 10,8% .

No entanto, o número de jovens de 12 a 17 anos que possuem a pré-hipertensão (PH) ou a hipertensão arterial (HA) propriamente dita também tem a sua expressividade. Daí a necessidade de conscientização dos jovens e adultos, pois esses adolescentes são literalmente os futuros adultos e, muito provavelmente, com sequelas que os atrapalharão no desempenho de seus papeis junto à sociedade.

Ressalta-se que a PH se associa a um maior risco de desenvolvimento de HA e anormalidades cardíacas. Por volta de 67% dos casos cardiovasculares advindas da elevação da pressão arterial ocorrem em indivíduos com PH. Logo, estes indivíduos com pré-hipertensão devem ser monitorados.

E com o advento da industrialização, concomitantemente com uma gama de crescimentos tecnológicos, corroborou diretamente nos estilos de vida das pessoas, sobretudo na alimentação, em toda a população brasileira. Com isso, a dieta nutricional tem sido cada vez mais calórica rica em açúcares e gorduras. É de suma importância que haja um engajamento de nutricionistas nas escolas e estes devem estar atentos ao binômio urbanização/industrialização a fim de discernir e disseminar aos jovens principalmente forma mais saudável de alimentação.

O Estado tem tentado intervir nas escolas promovendo uma alimentação mais saudável tendo em vista a epidemia de obesidade e hipertensão e suas sequelas que geram altos custos no Brasil. A exemplo disso, temos o Distrito Federal, por meio do Decreto nº 36.900/2015, que regulamentou que as cantinas escolares devessem vender mais alimentos saudáveis como fruta, sucos, vitaminas, em detrimento dos produtos com muitos condimentos, com excesso de sódio, açúcar, frituras. O município de Manaus (AM) também fez o mesmo com a Lei nº 4.352/2016 [4].

Tendo em vista a natureza da HAS e risco epidemiológico dela principalmente nos jovens, especialmente ligados à obesidade, este artigo científico tem como objetivo investigar as relações do excesso de peso que colabora em adquirir a HAS no público jovem, apontar possíveis soluções que melhorariam os hábitos que a desencadeiam.

(4)

Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 1, p. 461-468, jan./feb. 2019. ISSN 2595-6825

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Para a elaboração deste artigo, foram usados artigos e pesquisas publicados no Google Scholar,Scientific Eletronic Library Online (SciElo), Mistério da Saúde, fóruns com ênfase na saúde e pesquisas publicadas com finalidade sociológicas e demográficas.

Como critério de inclusão, foram feitas pesquisas de artigos que utilizaram como método de entrevista realizado em pessoas de 12 a 17 anos de idade residentes no território nacional brasileiro nos quais foram avaliados individualmente: pressão arterial, qualidade de vida, hábitos alimentares, uso de medicamentos, histórico pessoal e familiar, medidas antropométricas. E sendo excluídos os jovens que: tivessem alguma deficiência que dificultasse nas medições, aferições e entrevista, assim como adolescentes do sexo feminino que se encontrassem grávidas.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O Estudo dos Riscos Cardiovasculares em Adolescentes publicado em 2016 promoveu avaliou 73.399 adolescentes de 12 a 17 anos de ambos os sexos de um rol de 102.327 adolescentes elegíveis para o estudo. Destes, 55,4% foram do sexo feminino e 44,6% do masculino, sendo que aproximadamente 54% dos jovens tinham de 15 a 17 anos de idade conforme a Tabela 1[1].

Tabela 1 - Escolares da amostra ERICA por sexo, grupo etárioe macrorregiões [1].

No território nacional, a maioria dos adolescentes que apresentam pré-hipertensão (PH) e a Hipertensão Arterial (HA) são do sexo masculino e são também os mais velhos, de 15 a 17 anos de idade na Tabela 2. Enquanto que, se for visto separadamente, a região norte tem mais adolescentes jovens, de 12 a 14 anos, do sexo feminino com HÁ [1].

Tabela 2 - Prevalência e IC95% de pré-hipertensão e de hipertesão por macrorregião e Brasil, segundo sexo e grupo etário [1].

(5)

Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 1, p. 461-468, jan./feb. 2019. ISSN 2595-6825

A Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2008 mostras que houve um crescimento da população adolescente de sobrepeso e obesidade de 0,4% para 5,9% da década anterior [5].

Pode-se observar que a região Sul se destaca significativamente das demais regiões, exceto na Sudeste do sexo feminino, com os maiores índices de HA e obesidade. É sabido que normalmente os índices de HA tende a subir juntamente com as da obesidade. Mas nem em todas as regiões apresentam essa tendência. Rio de Janeiro e Natal apresentamHA relativamente baixo embora tenham apresentado obesidade alta; enquanto para São Luís, Florianópolis, Cuiabá e Curitiba têm os índices opostos na Figura 1.

Na figura 1 (C) evidencia que, embora as cidades de Teresina e Boa Vista não apresentem disparidade nos índices entre com e sem obesidade, nas demais capitais e cidades o número de adolescentes com obesidade foi maior significativamente que os sem obesidade. Observa-se também que no interior da região Norte e em Porto Velho, a prevalência de HA nos adolescentes com obesidade foi de seis vezes maior que os adolescentes sem obesidade. Ainda assim, as que tiveram índices menores, ficavam em 2, 5 a 3 vezes mais que os nãos obesos [1].

(6)

Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 1, p. 461-468, jan./feb. 2019. ISSN 2595-6825 Figura 1 – Prevalência de obesidade (A) e de HA (B) e prevalência em adolescentes sem obesidade e com obesidade (C) por estratos de capital e interior de macrorregiões do Brasil.

4 CONCLUSÃO

Ainda que não seja unanime entre todas as cidades analisadas, por meios desse estudo dos resultados do ERICA, é possível ver que há relação direta entre as prevalências de sobrepeso, obesidade, hipertensos e pré-hipertensos. Na pesquisa, evidencia que cerca de 20% dos jovens estudantes adolescentes brasileiros estão com pressão arterial elevada (HA e PH) e 25% com excesso de peso sendo a maioria do sexo masculino mais velho, 15 a 17 anos. Não obstante, a prevalência da HA está entre os mais velhos (principalmente no sexo masculino), enquanto do excesso de peso nos mais jovens, 12 a 14 anos, em ambos os sexos.

(7)

Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 1, p. 461-468, jan./feb. 2019. ISSN 2595-6825

É possível também observar que cerca de 1/5 da prevalência de HA em adolescentes escolares no Brasil pode ser atribuída à obesidade. Estatisticamente em números absolutos, isso quer dizer que aproximadamente 200 mil crianças em todo o Brasil não teriam HA se não fosse pelo sobrepeso. Contudo, por ter sido só analisado a obesidade pelo IMC concomitantemente a pressão arterial e que os alunos não apresentarem problemas cardiovasculares ou renais ainda, é possível aprontar que a obesidade antevê a elevação da pressão.

Os resultados encontrados mostram que, ainda que haja outros fatores para HA como genéticos e socioeconômicos, por exemplo, a redução da obesidade pode inibir significativamente o potencial de risco de problemas futuros cardiovasculares e renais que aparecem normalmente na fase adulta.

Da mesma forma que o Estado tem tentado intervir pelo menos nas escolas, é imprescindível que haja maior conscientização da população. O mesmo tem que ser feito com profissionais da saúde para que eles sejam capazes de discernir e conscientizar melhor a sociedade a fim de melhorar os hábitos alimentares e sair do sedentarismo. Não se pode esquecer que os jovens são o futuro da sociedade, sendo assim, é preciso ter mais cuidado na atenção básica.

REFERÊNCIAS

Sichieri R, Cardoso MA. ERICA: Estudo dos Riscos Cardiovasculares em Adolescentes. Rev. Saúde Pública; 2016.

Bloch KV. Revista de Saúde Pública. Prevalências de hipertensão arterial e obesidade em adolescentes brasileiro.DOI: 10.1590/S01518-8787.2016050006685

Sociedade Brasileira de Cardiologia. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. 2016. Disponívelehttp://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pd f>. Acesso em 03 de junho de 2018

Manaus. Lei nº 4352 de 05 de junho de 2016. DISPÕE sobre a proibição de comercialização, aquisição e distribuição de produtos que colaborem para a obesidade infantil, em cantinas e similares instalados em escolas públicas e privadas do Estado do Amazonas. Manaus, Amazonas. Disponível em <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=32587 5>. Acesso em 03 de junho de 2018.

(8)

Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 1, p. 461-468, jan./feb. 2019. ISSN 2595-6825

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/2009. Disponível em < https://www.ibge.gov.br/estatisticas- novoportal/sociais/saude/9050-pesquisa-de- orcamentos-familiares.html?edicao=9058&t= publicacoes>. Acesso em 03 de Junho de 2018

Referências

Documentos relacionados

Como no caso de coordenadas polares no plano, podemos descrever os pontos do espa¸co atrav´es das coordenadas esf´ericas ou das coordenadas cil´ındricas. O primeiro, como o nome diz,

Os Acordos Coletivos ou Convenções Coletivas de trabalho podem estabelecer as regras de remuneração e/ou compensação para o trabalho em dias de feriado, mas não são

Ferreira (Eds.), The interface of language, vision, and action: Eye movements and the visual world.. HUETTIG, Falk, MCQUEEN,

No Brasil não há exigência para que polpas de frutas sejam submetidas ao processo de pasteurização antes da comercialização, o que possibilita o consumo

- Serão disponibilizados, aos alunos, material de apoio por meio do Moodle UFU, como por exemplo: slides preparados pela professora, notas de aulas e/ou capítulos de livros, para

The purpose of this study was to test the hypothesis that high- intensity resistance training with insufficient recovery time between bouts, which could potentially lead to

As ondas de rádio são eletromagnéticas e na FM comercial, as informações são registradas na onda (modulação) na forma de variações na frequência da onda principal

Our results suggest that board gender and nationality diversity exert a negative and significant impact on bank performance.. It is also important to mention that these effects