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~qLET'M D~ COMITIE c;;Et'4TR~L DO PARTlI)O COMlJMISVA PORTUGU~S
-
REUN
IAo
DO
COMITJ~
CENTRAL
Em Man;o ultimo, efectuou-se uma nova reuniao dQ do atento ea discussao aprofu)1dada de to-dos os nosso Comite Central. Esta reuniao culmina' a serie ~ quadros e organizac;;5es do Partido. S6 0 eshfdo e dis' -d iscussces sobre os problemas mais can dentes do Cllssao - essen6ais para a aplica<;ao prati<;a das Mci -Partido, iniciada com a ¢uniao de fevereiro de 1960. socs do Comite Central-poderao transformar essesVm conjunto de ques't5es abarcando a defesa do materiais e docllmentos em ae<;ao viva-.
Parjido, a p,!lftic~ de qt~adros, 0 trabalho de organi-~ A actual si~ua<;ao polftica do pals cxige que 0 no s-zac;;ao e de dlrecc;;ao
e,
fll}almente, problemas funda; so Partido seja uma grande for<;a de val1guarda da mentais da orienta'lji,oe
da tactica do Partido, foram luta nacional contra a ditadura salazarisfa, tim grande 'sucessivamente subme~idos it discussao do Comite Partido revo~ucionario,'coeso e escla!;ecido, que possa Central, resultando dar llma profunda tevisao dos me- guiar aclasse operaria e 0 PQVO portugues nos duros todos de trabalho e da acti.vidade do Partido. e dificeis com bates que se ayizinham e que levarao ao Trata-se dum profundo trabalho auto:crftico do derrubamento do poder fascista e it edifiG'.<;ao dllll! Comite Central e duma grande afirmac;ao da coesao PCI:tugal'livre, prospera e dt;mocratiCo.ideol6gica e de coragem politica do Partido. ' As hh~6ricas tarefas do proletariado portugues e
A:
correc<;ao da tendencia anarco·l-ib!=ralno trabalhode direc<;ao e de organiza<;ao do Partido e do desvio do sell' partido de c1asse colocam re,;ponsabilidades de direita na sua linha hictica, que caract:erizaram eHsp4,tiais.a todos os qnadros e amigos do Partide. e debilitaram 0 trabalho geral do Partido no perfodo a aillda cam~,radas que, por motivos. pessoais oe
man-tem afastadbs ou alheados do Partido.
j 956-1959, e a correspondente reposi<;ao dos prind- ,
pi03 leninistas na vida do Partide, armam os militan- E a altura. <;!~ todos as comunistas cerrarem fileiras " tes para a rectificac;;ao pratica dos erros cometidos
a
volta'do sett' P.artido e do Comite Central, de todos neste perfodo e abrem perspectivas para um rapido e vel1cerem as quest5es de (lrdem pesseal e colecarem decisivo impulso em todos os sectoresda actividade abnegljdllmente ao servi~o da causa superior quede-partida ria. fendemos, os sellS melhores esforc;;os e encrgias. .
Na reuniao de Marc;o, (l!timo, 0 Comite Central A c1asse openiria e o_povo portugues l1~cessital!l corrigiu 0 desvio de direita e apontou a via para 0 dum forte e coeso Partido Cotnllnista e 0 /'itrtilh derrubamento da ditadura fascista,-elegeu 0 Secretario necessita do esfor<;0, da contr"ibuic;ao, e da dedic2(:J.U Oeral do Partido, alialisoll os ensinamentos duma de tad os os seus rnilitantes e camarac\,l!'.
serie de tr:Ji<;oes, pronunciou-se sobre a importancia ' A Reuniao de Man;o do Comite Central ficara SCf; ll-da Conferencia dos 81 Par tid os Comunistas e Opeta- ramente a marcar na vida partida ria tim pOlito de rios e debru<;ou-se sobre a situac;;ao em Angola. ' partida para uma nova fase de progresso geral e de
Dela estao a ser ja publicados as ma<eriais fund a- fortalecimento do Partido.
mentais 0 que representa urn serio esfor\o editorial do No presente l11'tmerode «0 Militante» e iniciada a Partido. publicflc;ao dos c!o~umentos fundamentais desta Reu
-Estes importantes materiais devem merecer 0 estu- niao " ':::,
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______________________
_
0
~UtAN
~
---~
-
~
~-~~~~
o
DESVIO
DE DIREIYA
NO
PARTIDO
CO~IUNISTA
PORTUGUES
NuS
ANOS
DE 19a6-f939
(resolu¢ao
do
cOluite
-
cei1tral
do p
·
.c.p.
)
. 1- A analise da situac;ao polit~ca e da orientac;ao e nctividade do Plrtido revel a a existencia dum grave desvio de direita, que se desenvolveu a partir de 1956 e se reflectia em diversos aspectos da orientac;ao do Partido, incluindo as resoluc;6es do V Congresso.
Em c6ndic;6es lJorrnais, caberia a urn novo Congres-so do Partido a rectificac;ao desse desvio. S6 em virtu-dlO das dificuldadeo impostas pelas condiC;6es de cIan-destinidade e de repressao fascista, e pelo facto de ser essa rectificac;ao indispensavd para a orientac;ao
ime-diata dc toda a actividade do Partido, resolve 0 Co-mite Central proceder desde ja a eia sem esperar pela realizac;ao de novo Congresso.
o
Comite Central toma perante 0 Partido a respon-sabiiidade da' rectifica<;;ao do desvio de direita e da nova orienta<;ao tra<;ad3, sujeita-se desde jaa
discu<;ao de todo 0 Prlrtido e deciara sujeita-Iasa
aprecia<;;aodo Congresso logo que seja possivel a sua reaIizac;ao.
2 - A solu<;ao pacifica do problema politico
portu-£rues foi palavra central do Partido desde 1956. A
de-ilnic;ao da via pacifica para 0 derrubamento da dita-dura fascista, nos termos em que foi Jeita e com as concepI;6cs que a acompanharam, constituiu um des-vio oportunista de direita de que tem enferrnado toda a oriet1ta~ao do Partido.
Baseada numa falsa estima<;;ao da correla<;ao de for-,as no plano nacional, no menosprezo da natureza e forl;a do estado fascista, na valorizac;iIo do papel das
condh;6es objectivas e na substimac;ao da decisiva importanQia das condic;6es subjectivas (de organiza<;;ao
e (Julras), a apresenta~1io da via pa~ifica, nao como mera possitilidade ou aspira<;ao, mas como a via pro-vivel e viavel para tIerrubar a ditadura salazarista, teve uma influencia no-civa no desenvolvimento geral tIo movimento democnitico e no desenvolvimento da ac<;;1i.o e organiza<;ao do Partido. A diminnil;ao ela in-fluencia dirigente do Pi\rtido no m2vimento demo-cratico, insucessos poifticos e de mobiIizaC;1io popplar, o afrouxamento da Jigac;ao C0111 a ciasse operaria e C0111 os camponeses, a estagnac;ito e
ate
retrocessos da organiza~ao apesar das condit;oes objectivas f~vo raveis, a carencia de quadros e a diminui~iio da C0111-batividade nus fiIeiras do Partido, resuItam em larga medida desse desvio.~ A sua correc~ao e a difinic;1io duma orienta~ao justa
sao
indispensaveis para que 0 Partido possa ser timgrande Partido nacional, para qne possa consoEd2.r a s.ua influencia Ila cIasse operaria' e nas massas li';iba-lhadoras e para que possa retomar Ut11 pare1
c1etermi-nante no movimento democnHico.
3 - Na definic;ao cia via pacifica como a via para 0 derrnbarnento da ditadura fascista em Portugal, teve grande importftncia a adop<;;ao rnecanica da lese do
Xxo
Congrcsso do Partido C:omunista da Uniao S'o-vietica realiz~,do em 1956 relahva
a
possibilidade em diversos paises da passagem do capitzIislT.o rara 0 socialismo por via pzcifica ::/i ave:s dLS jllst:tui~[,{s parlamentare~. Esta te:ee, que conserva completa v2li- .dade e abri.u aos partidos comunistas e operario~ no-vas e ~.mpla$ perspectivas de luta, nao
e
aplica"el em Portugal 110 momento presente. 0 derruban-;ento du-ma ditaidura fascista (caracterizada: pela 10r<;:a do ~euaparelho militar e policial) e a conquista ela libcrdade politica f:onstitucm problema diver so da pass;;grm do capitalismo pa.ra 0 sccialisll10 em pai5c3 de oon: o-cracia burguesa, onele 0 aparelho militar e policia1:::e
encontre enfraquecido. 0 no.sso Partido nao
to-mon em COlita
a advertencia do
Xxo
.
Ccngresso de que a via pacifica para 0 socialismo nao era de prever, antes se imporia «uma luta revolucionaria aguda~,em paises on de 0 aparclho militar e policial do estado purgues fosse ainda poderoso, - advertenda \;aiidn, com maior razao, para a plssagem duma ditadura fas-cista a um rcgime democnitko.
A adopcao mecflllica dessa tese relativa a um pro-blema diverso em clrcllustancias politica; e s::;cia:s di -versas, leVOll a uma men or considerac;:ao peia p1 cede reaIidade portugllesa e dificl1Itoll a Gete.rnina;;:;io ctl!-rna tadiea jllSt2, somente possivel n:l base do estlldo da situa\ao cOl1crcta existeriie e das tarefas pdit\a:3
dela decorrentes.
4 -Tal co.no foi colocada. a ideia da SOhl<;;ii.o
rad-fi,ti:l .do problema ;Joli.ti~o portu,g~,esc(;rr,:~) 0 Ci;17J1i1!1;J
para a lTI'uda!lc;a do regnnc, esta l!~d ssoiuvehr!ent::.~ ;1~
~:t~a
:~~~l~t~~l~~le aOp~~~:~l~l;~~~)~::i 11('~i~~~J,~~~~~
e':-
~
quematicarnente uma infll.!encla ir:lediata.e ciecIsi\'a lia
polit.ica portClgllc;;;1 da nova C( neb;ao de [em; a" 111tlndiais e tonl~ndo-se cs d~2ej('.s por n~;:rd(l_(:.e~,
llfirll1()u-,e ,aD longG de alguns anos que a ditz.di:ra
fascista estava em vias de se desintegrar
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mente e conc1uilHe daf a inevitabilidade do sen COI9- com ant~cedencia. a ideia duma derrota », - 0 que, a pso a curto prazo. A cren<;a n'!l schl<;ao pacifica foi admilir-se, declarando"se 0 conlrerio,seria fazer a crent;;a na «desagregat;;ao continua» e «irrever$fvel» demagogia e, a nao se admitir, mostra de graves ilu
-d.o regime fascista. A desagrega<;ao do regim~ foi con- soes i~gaiistas.
slderad~ como 0 factor decisivo da qlieda' pr6xima ;:',5 Ilus5es legalistes manifestaram-se noutros'aspec
-do fasClsmo e como 0 medo de « solt!l;:i\o pacifica dotes da actividade partidaria. Na organica pariidari;] proble:n a politico portugucs) e, por isso mesll1o .. co- defe~deu-se a aplicac;:ao sob as condic;:6es de feroz
re-mo obJectivo da actuat;;ao das for<;as de1l10Cnltcas e prcssbo fascist;] e de rigorosa clandestinidade, de do pr6prio Partido. Tomadas as iddas da« desagre- f-, rocessos electivos dO.5 organismos de direcc;:ao em
gac;:ii:o irreversivel» como um dogma, a elas ~e prow- t:Jdas os escaloes; relaxou·se 0 trabalho conspirativo raram ajustar numerosos faetos, em vez de basearem e a defesa dos quadros dirigentes; faeilitaram-se e as ideias naan<ilis~objectiva e nao idealizada dos. fac- multiplicaram-seencontros e reuni6es; desenvolveram. ,tos. Foi-se ao ponfo de apresentar como sintomas de -se 0 liberelismo, e falta de vigiiancia e a facilidade « desagr~ga<;ao Ii faetos que visavam e de certa forma na promoc;:ao de quadros; 0 secretismo necessaria conseguiram refon;ar e recompor 0 governo de Sala- tiumparrido clandestino afrouxou a ponto-de se divui -zar (,remodela,c;ao do governo, substitllic;6es de cargos, gQrei'n aspectos altame~lte ~onspir6livos
da
eetividade alte nit;;5es da Constitlli<;ao, etc.). Embora insistindo-sed
o
Partido. Estes factos resullarem tambem directa ounl-necessidade de act;;oes de massas, atribuia-se as ac· indirectamente da ideia de que 0 regime estava
a
bei-c;5es de massas e i\ luta das fon;;as democnlticas 0 pa- re do colapso em consequ~ncia de sua desagregac;:ao. lJcl de "apressar» ou «acelerar» -a «desagregac;ao»
do regime, e al\mentava-se assim acrenc;a ,de que, 6..., A concep.;:ao da soluc;:ao pacifica por «desagre-mesmo sem acc;6es de massas, a c1itadura fascista ge,c;:ao irreversivel» do salazarismo conduziu a ilu-cai:ia incvitavelmente e a curto praZo. 0 processo soes golpistas:Tal 'eoncepc;:ao I~vou a esperanc;:a co-pbJectivo, a~ltomatico, da desagrega<;ao foi implicita- mo forma de derrubament.o da ditadura, num golpe
m'Snte ·colls!derado () fundamental. mllitar resultante da desagrega·c;:ao do regime e
a
su-. As dificuldades, c0l1tradi~5es emesmo a desagrega- bordinac;:ao a esse esperanc;:ade aspectos.de orienta -<;3.0 dum re?,ime polftico sao (conforme 0 ensinamen- cao e aclividade do Partido. Ouando das « eleicoes» to de Unine) um importanle factor da vit6ria das presidenciais de 1958, viu-se
no
golpe ·militar a 'alter-for<;as que se Ihe opoem. 0 mal foi tomarem-se os . nativa que se of ere cia para uma vitoria < eleiroral ~. desejos porrealidade e colocar-Ee a .. de_sagrega~ao tornada impo-ssfvel pela acc;:ao do governo 0 que de-cpmpJeta do regime» como factor dominante da situ~- ~terminou a apatia do Parli,do no rnomento crucial de<;ao ~olft1ca e como oobjectivo da acc;:ao de Partido. 8-9 de Junho. No segundo semestJC do mesmo
Tals ~0.ncep<;6e~j em vez de prepararem as for<;as ana e primeiros meses de 1959, 'a·cornpanhendo
democratlcas e 0 povo portugucs para 0 ass alto ao a preparac;:ao dum golpe por miliJares anti-sala
-P?der e3timularam atitudes de expectativa c condu- zaristas, a Direcc;:ao do Partido cOntinuou a de
. Zlram ao culto
qa
espontaniedade. Tais concepc;oes positar lIIele as sues esperan~as na quedada dita -contrib~!iram,.na6 para fortalecer, mas para quebrar, dura a curto prazo. Ilusoes caracteristicamentegol-o espintgol-o rel'gol-olticigol-onarigol-o, a combatividade e a iniciati- pistas, camq a confianc;:a na viabilidade do golpe sem
va dasmassas ~populares, das fon;;as democrMicas e elernentos seguro~ pera.ajufzar, a aceita~ao de
sim-do prpprio partiqQ. , pies boatas" como factos politiCOS leais, a crenp d-e
. que basta, para 0 alastramento do golpe, que · eie
5 - A concep~ao da solut;;ao pacifica ppr ~desagre- principie em Bigum lado, instalaram;-se no Partido. .
gac;:ao irreversivel Ii do salazarismo conduziu a ilu- A esperanc;:a no golpe, militar fez surgir·a ideia de
soes legelistas e constitucionais .. Ne orientac;:~o e que a,luta de massas I e ate as greves politicasJ eram propaganda do Partido admitiu-$~ a p·ossibiHdade sobretudo um eleinento favoravel para
a
eclosao dodum triunfo nurnas 4:eleicoes:> salazaristas, mesmo sem go!pe militar; levou a modificar 0 conceito de sol
u-que anteriormente, 0 movirn~nto pOpular tiyesse im- c;:ao pacifica de forma a abranger 0 golpe militer;
poslo.lTIodi[i.cac;:o;=s rt)dieai,Sn9 r:ll'ocesso" eleitoral ». levou G menosprezar a organizac;:ao de soldados e a
Adaptando-se mecanieamente a'tese acerca da pas- dar quase exclusivemente valor
a
de oficiais.sagem passifica do capita!ismo para 0 socialismo Tomando contacto, embora indirecto corn os mil
i-. atraves das instituic;:oes pa~Jamentares, de eerJp forma tares que preparavarn 0 golpe, 0 Parlido, ignorando .
se acreditou que a conq\jista ·da liberdade politica quem eram os dirigentes da conspirac;:aJ e as suas
, num pais d= ditadura fascista poderia ter lugar ··atra- forc;:as reais, dispos-se a entrar ern conluios e eorr
--ves durn triunto nljmas.pseudo-eleic;:oes realizadas e promissos para a realizac;:ao dum «movimento militBt
,:controlacias pelogoverno faseista .. Se, nas (eleic;:oes» e popular», propondoapenas ligeiras aitera<;:o;s eO presidenciais de 1958, antes 'do ·dla das «eleicoes~, ~programa dos militares e nao sugerindosequer e SU') o Partido nao se preparou nem preparou as ma'ssas participac;:ao ne direcc;:ao do movirnento.
populares para a luta apos 0 acto «eleiton:'!» e nao . Colocou-se assim, em larga medida, a acc;:ao do
alertou se,quer para a ,previs(v~1 burla, is so deve-5e Partido
a
-
reboque dos conspiradores liberais e C0J:17, (alem-de ,QuiroS" causas) 0 naoter querido «odmitir servodores e perdeu-se de viita, 0 pap~1 determinaqte
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que 0 Partido, a clas~e operaria e a'sin'ass,as ~opura
res podem e devem desempenhar par_a 0
derruba-mento da ditadura fascista. ' , ,
Um golpe militar v-itorios,o ni'jo e impossive] em
de-terminadas circunslancills e essa P_':Js!>jbilidade
acon-selha a lomar contacto com os conspiradores e
to-mar para com eles uma atilude positiva. Uma tal po-si<;:ao nao deve porem excluir, anles deve implicar, 0
combate contra a mentalidade e as ilusoes golpistas. A deliberada absten<;:ao pralicada duranle anos da
lut.') ideol6gica co:'tra as concep<;:oes e i!us6es
gol-pistas e os seus efeitos preiudiciais foi tambem p
ro-dulo da influencia nociva das concep<;:oes go!pistas
i resultant"s da ideie de «dasagrega<;:80 irreversivel» do regime) no seio do Partido e da sue propria D
i-rec<;:ao.
7 - Embora desenvolvendo-se a partir de 1956 na
orienlacao do Partjdo, esta tendencia direit,ista nao
era Ilova, Elil apa,receu ap6s a 2a. "Guecra Mundia/,
nos anos de, 194':-48, na.tencencia dir,eitista e oporl u-nista dum g'rupq d? cam'arfdas, que ficousendo .co -I'Ilecida no Partido por "politica detransi<;:ao ». A
concep<;:'ao da If. d~sagreg'a<;:ao irreversivel» do regi
-me fOi a reposi<;:ao da « polilica de transi<;:ao» nas
rovos condico,"s dos anos de 1956-59, fOi a «polftica
de transicao ~ tornada politica oficial do Partido. Uma e' out:a excluiram 0 leventemento nacional
co:no caminho para 0 derrubamento da ditadura; co
-bcaram como obiectivo, do Partido, nao uma :ac<;:ao
ceci:iva com vtstas
a
canquista do poder, mas «ace· ierN a desegregc<;:ao do regime) de forma a provo -car 0 qL:e a primeira chamoll a «queda doc;;e» ou"suave» da ditedura e a segunda charTou «solu<;:ao
pacifica;» uma C outra fundamentaram .3S esperan<;:as
r; 'l ac<;:ao dos elementos que se destacam do fascisrno
e designedamente no golpc militar; foram cnim.adas r:ela preocupac;ao de Jranquilizar os elementos
con-s~rvadores e sacrificoram a essa preocupa<;:ao aspec-"
los da .3c<;:50 independenie do proletariado e do se~
pdtido, deiendendJ a concilia<;:ao de :interessescentre ,:; classe operaria e os seus pairDes anti·s::iI<lzoristGls;
animartm ilus6es legalistas e lendiam a colocar 0'
Partido na cauda dos movimenlos espontaneos; apa-garam 0 papel de val'1guarda da clas~e operaria e do ,eu Partido no cmovimento democralico nacional e conferiram efecliva-mente a hegemonia e a direc<;:ao
electiva nesse movimento
a
burguesia liberal e aosconserv\'ldores Que se destacam do fascismo •
.A
«de-s'l:Jrega,:ao irreversivel> flBCOflduziu ao Partido, um
pouco actualizada e C0mO ori'entaC;BO do Partido. a
«poliiica de transi~o », que 0 IV'Congresso do E'ar-t:oo (II ilegal), iuslamente caracterizara como um
desvio direitista e oportunista.
~ \'1; -r ~;?'
8 - As cQncap<;:oes d'a solu<;:ao p'acir;c13 por
desa-greqa<;:ao do regime influenciaram num<'sentido f\€ga -tivo a aC<;:Bo do Partido quendo das ~ elei<;:oes» pr e-sidenciais de 1958., <" ,',; "- ~\,- {- ,', ',.,
Apesor oe gr.,andes s(Jcessos da lute politica de
' . _. . l' ~ i;i . f;'.~" . ,.;;;:
massa's alconc;odos pelo 'P:ertido d:urante o'campanhci
« e/eitoral), 0 Partido nao se preparou nem preparou as massos poro novas e gronde:s batalhas alem do acto c eleitoral' e, especilllmente, para omomento crucial
do crise (0 dio 9 de Junho). .
"usoes legalistas, fazendo ainda esperor a possibi -lidade duma viloria « eleitoral), i/us6es golpistas es-perando qlJe um golpe militar eclodisse caso nao se verificasse aQ.uela' vitoria, levaram 0 Partido a nJio
definir com antecedencia uma orientac;ao para alem do dia das c eleic;6es) (dia 8), a nao admitir com antecedencia a bur/a «eleitoral" a nao tomar quais· quer medidas polfticas e organicas para a condu<;:ao posterior da luta popular e a. nao encarar uma greve
pOlitica de protesto imediato con Ira a previsivel burla «eleitoral », embora essa ideia tivesse forte aceita<;:ao
na classe operaria e 0 espfrito de luta e combatividsde
das massas se tivesse reve~ado em grandlosas iornadas. Apesar da sua importancia, da combati'iidade de
milhares de trabalhedores, dos corajosos esfor<;:os dos
nossos camaradas, as greves polilicas de JUllho (oram tardiamente encaradas e precipitadarnente declarades
e,q-O'nduzidas. 0 Partido foi. em largll medide, ullra -passado pelas inlcialivas, vontaoe combativa e
abne-ga<;:ao das massas populares. Foi preciso que a partir do dia 12 numerosas greves e<:lodissem espontane6
-mente ou por iniciativa local de membros do Par/iclo
para que a Direcyao do Partido I dia 16 no Nort;>., dia 18 a Comissao PolMca e dia 25 em Lisboa) t:-masse, num pia-no nacionlll, a iniciativa de greves
politicas. Destas circunstancias, resul!ou qce as gre· ves politic as, apesar,' dj sua grande import.sncia e significado, esliv~ra,m longe de corresponder as c
on-dit;;6es obiectives exisfenles.
As concep<;:6es de solu<;:80 padfica por desagreg a-<;:ao do fascismo, com as suas ilusoes lega/btas e 90
1-pistas; impediram sa educassem as massas na, ideia
do l-evantamento npcional e do a~sa!to "ao pcder,
qu'ebraram 0 impeto combatlvo e disposl<;ao de luta da,s'massas populares e levaram 0 Partido, a dasse
operaria e as massas a uma posi<;:'io de espectativa e desorienta<;:iio, no momento crucial em que atingiram o auge tanto a disposi<;:&o de lui:! das massas, como as dificuldades do inimi]o e que constitui por isso um momento unico na luta nacional contra a ditfdura
fascista.
9-A Jornada Nacional Plldfica para a demissao
de Salazar, colocada C)mo «c')roamento) ou « f.')se superior» da Camfl'anha para a demissaClde-Sal azar,-fOi a concretitac;ao mais acabade
da
corYcep<;iio di -reitista da soluqilo patifi-ce do'pfoblei'l!a politico p6r·tugues. A Camponna para a.;demissS'o de" Salazar,
real'izada nos'primeir,6s meses de 1959, cOlistituiu uitla
coraiosa e va/i'6sa IYiflHpcpu lor e das fOT<;:as de me -cra'ficas-,eni' que o Parttdb Feve umo participa<;:ao de -terminante. No _ . .seu prosseguimenlo, ·considerou-se
qUei"'Uma Jornad,a Nllcional' PaCifica, em 'que uma
greveigeral '{)oHrica.terill decisrv'a importancia, pode-ria'ser a acc;ao destinodo 0 por termo
a
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M~M"A
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._- -_._-cista e a instaurar pac1ficamente as liberdades demo- mo de direc<;:ao do movimento anli-salazarista e (»
craticas. seu reconhecimento como tal pelo Partido apesar de
A ideia duma Jornada_ Nacional Padflca e duma a ela nao pertencerem os mais importantes agrupa-Greve Geral Padfica como f-:xma de derrubar a di- mentos democraticos liberais, reflecte a 'subestimacaa tadura fascista, acompanhada da cren<;:a na confra- da importancia da unidade das for<;:as democral(cas. terniza<;:ao das for<;:as armadas com as massas popu- gerada nas concep<;:oes da «c'es ~grega<;:ao irreVHsfvel>_ lares, representa esquecer a natureza,Jor<;:a, repres- Desta orienta<;:ao resultou que a junta teve um papel sao e determina<;:ao do governo [ascista. Lan¢:lr um de segundo plano na direc<;:ao do movimento
anti-tal movimento popular espalhallldo a ideia do seu -salazarista, que, em larga medida, a iniciativa
politi-triunfo padfico e de que as for<;:as armadas nao inter- ca passcu para as maos dos agrupamentos que
esta-viriam para esmaga-Io, se,ia la,n<;:ar O'pOVEl de peito yam tora dela e que 0 Partido nao -participou no> descoberto contr" 6 feroz repressao fascista, seria prepara<;:ao de muitas lutas e teve.,: em muitos casos~
uma orientacao a'ventureirista e demagogica, de seguir na suo esteira.
Tendo-se (;olocado err Maio de 1959 a Jornada Esta orienta<;:ao isolou dural'te alg'uns anos 0 Parti"' Nacional Pacifica como consigna," central e como do dos mais influentes agru-pamentos liberais e difi" principal objectivo da ac<;:ao do ParJido, abandonou- cultou 0 estabelecimento da unidade democratica e -se 'entretanto essa consigna em Agosto do mesma" -anti-~alazarista e a amplia<;:ao e intensifica<;:ao dol ana sem se te, sequer esbo<;:ado a sua prepar6<;:ao e movlmentcl populor~
realizacao. A ra,zao desse fracasso reside na errada
estima~ao da situa<;:ao politica e da correla<;:ao de 11- A ideia da queda do fasciSniO como resultado
fqr<;:Bs, np pais, na ilusao do breve colapso do sala- da sua desagrega<;:ao e nao pelo assalto ao poder zarismo 'resultante da sua desagrega<;:ao e dum even- pel as fon;:as democraticas implicou a ideia de que lual goJpe militar, no menosprezo da importancia nao estava-nas maos<<las f0r<;:as democraticas cons-do pooef mopllizadoT e' da organiza<;:ao dasJor<;:as tituir 0 governo que substilLJiria 0 de Salazar e de-democraticas e do Partido como tactor decisivo da terminar a sua polm-ca, po is isso so poderiam fazer vitoria contra a:ditadura foscista, no culto da espon- aqueles (designadamente os militafes I que, separan-taniedage (relativo, neste caso, as for<;:as armadas I, do-se do regime, levassem rn"abci a SI:l'6 substituicao~ e ainda.no facto de ler pesado mais a influencia da Em virtude de tal conceJll<;:ao, 0 Partido 'deixou de orientac'ao dum Partido irmao do que 0 estudo da insistir no seu objectivo de levar ao poder, jtlntamen-'
realid-acle portuguesa. tc;com as outras for<;:as ariti·salazaristas, um Governo
Provisorio de unidade nacional com a missao funda-lO--.:'D facto de s'~';ter deixado de depositar as es- mental de instaurar a liberdade politica, ceixou de peran<;:qS para 0 derrubamento do fascismo na ac<;:ao colocar a questao d-a participa<;:ao comunistll em tal-popular dirigida pelas for<;:as democralicas para as goveroo e passou a insistir sobretudo na declaracao depositar na desagrega<;:ao do regime teve importan- do seu apoio a qualquer governo que, sucedendo' ao les reflexos na maneira de considerar· os problemas de Salazar, instaurasse as litierdades democraticas (0 da unidade contra a ditadura fascista. que; serio justo, se nao fosse colocado como
objecti-A preocupa<;:aa principal do Partido durante alguns va politico fundof/1ental I.
anos nao fai 0 estabelecimento eo fortalecimento da A aceifa<;:ao condescendente de que 0 governo unidade democrMlca assente na alian<;:a do proleta- fascista poderia ser subslituido por um «governo de riada com 0 campesinalo e, na sua base da unidade de transi<;:iio» ou mesmo por uma «ditadura militar l)
todos os antr-salazaristas, mas desligar do governo que, s6 apos muitos meses de derrubado 0 gaverno elementos que ainda 0 apoiavam , afim de provacar a tascista, concederia as liberdades democrMicas, foj: desagrega<;:ao completa do regime. Pensou·se que 0 urn aspecto caraclerislico dessa posi<;:iio.
estimulo a ac<;:ao dos elementos conservadores poderia Abdicou·se assim da iniciativa na questao vital dB< substituir ou sobrepor-se a unidade das forcas demo- conquista do poder e lendeu·se, nesta questao, a co-crMicas e era mais importante . e decisivo que esta, loca, 0 Parlido e as for<;:as democraticas numa
posi--entreta-nto inexistente. - <;:aa de espectaliva ou na cauda de eventuais inicia--Ao mesmo tempo que se tomava para com os fas- tivas de elementos mais con~ervadores, designada-cistas descontentes (ou que pareciam se-iol uma mente d:; mi~itares.
atitude «compreensiva» e conciliatoria Ese repeliam as apelos a sua ac<;:ao contra Salazar, subestimava-se de forma depreciativa a influencia e capacidade mo-bilizadara dos democratas Itberais e tomou-se com trequencia em rela<;:ao a eles uma atitude intransi-gente e hosli!'
-A constitui<;:ao da Junta Nacional de liberta<;:ao, com a participa<;:ao de catoiicos e monarquicos, foi um exito dapolftica do Parlido e um pa<;:o positivo para a Unidade dos for<;:as anti-salazaristas. Mas a declared a pretensJo de que fosse 0 org'3nisma
supre-12 - A concep<;:ao do solu<;:ao padfica como conse-quencia da «desagiega<;:iio ·irreversivel » do regime ( com a sobrev-aloriza!;:ao das condi<;:oes objectivas e a crenca num certo automatismo da queda da dita-dura, com cs ilusoes legalistas e go!pistas que (7 acompanharam, com a atribui<;:ao da ac<;:i.io decisiVe) para 0 derrubamento da ditadura aos elementos que dela se destacam, com a subestima<;:ao da organiza-<;:ab e 0 culro da espontaniedade I representou, objec-livamente, uma sube.stima<;:ao do papel da cia sse
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operaria e do Paitido n:> mOl,imento nacional demo~cratico e tendia a ccn:trir a direccao deste
a
bur-guesia liberal e aos conservadores que se destacam do fascismo.
Todos estes aspectos da orienta~5.o e actividade do
Partido, representam a abdica~ao, 'objectivl;tmente
con-siderad~, do papel determinante da classe operaria e
do Partido no lllovimento democratico, resultante das concep<;6es da :lOtusao pacifica por virtude da desa-.
grega~ao do regime; .
Com a preocupa<;ao (baseada na. il:usao da «r;lesa-grega<;ao ir~e'{ersivel» do regime) de facilitar a
sepa-ra<;ao do fascismo de elementos conservadores
tran-quilizando-os com uma politica «moderada» do Parti- 13 ---:para que U,I11a solu<;ao pacifica do problema do, foram sacrlficados aspectes.da ac<;ao independente politico portugues fosse possivel, seria necessario urn do proletariado e do partido. Defendeu-se que a luta subitq desiquilibrio das fon;as em rre.sen<;3, ou seja, a da cla$se operaria contra os seus exploradores fosse conjuga;;ao, num momenta dado, de duas condi~oes: '
subordinada, no que respeita a burguesia nao-mono- 0 desenvolvimento do movimel1to democratico a ponto polista, a ideia de atrair esta a frente anti-salazarista 'de aparecer como irresistfvel aos olhos ,de governantes
e que a luta de classes nao fesse levada ao ponto de e governados e 0 enfraquecimento d6Esfado fas..dsta a
poder provocar a ruptura (?) de,$sa frente; defendeu- ponto de 0 seu .aparelho repressivo se revelar
inope--se que a luta pelo aumento de' salarios nao deveria rante. A eventualidade., da conjuga\ao ,de,sas duas
ser dirigida contra a burguesia nao-monopolista, mas condi<;oe<; depende, numa ditadura fascista, de tantos
contra a polftica de congelarnento dos salarios dO,sa!a- Jactores que se 11ao pode afirmar a distancia que, em
zarismo; tomou-se e aconselhou-se uma posi~ao con- algum momento, venha a verificar-se. Sob a domina~ao
cili\ltcria para com os 18caios dopatronato e do fero~ da, ditadura fascista, a. via paci~i~a para a dem.~
fascismo colocados pelo governo fasdsta a frente .cracla_ so em momentos ~n:l1to espec!als pode ser
vla-de sindicatos afirmando-se que na sua maioria \ el, nao sen do, elU--COndl~oes normalS, uma
possibili-se estavam ;assando para 0 lado dos trabalhado> dade real que se ofer.~fa.
res; etc. Estas ideias, alem das ilusoes politicas que Toda a politica fascista mostra que Salazar e 1t sua
espalhavam, tiveram influencia negativa na condu<;ao, camarilha estao decididos a nao en!,'egar pacificamente
de lutas reivindicativas, enfraquecendo as jutas nas 0 poder, estao deddido? a fechar os caminhos
pacffi-empresas, levando ao menosprezo das Comiss,oes de ,'cos para a democracia, a opor-se pela violencia mais
Urridade e crhndo concep<;oes e habitos legalistas no brutal a manifesta<;ao livre davontade das
mas-movimenta sindical. 'sas, a empregar as armas e 0 terror contra 0
movi-, A mesma preocupa~ao de «acelerar a desagrega~aQ n:ento democratico e
3:
ten tar afog~-l~ eI? sangue nodo regime» levou a urn afrouxamento do combate ao dla em que ponha em-nsco a sua eXIstencla.
regime e as suas institui~oes, tendo influencia no Par- Apesar da evolu~ao das condi<;oes objectivas, tanto
tido e particularmente na sua agita<;ao e propaganda, no plano nacional c0l110,rinternaciunal, ser favoravel as '
a ideia, defendida no C.
c.,
de que nEo se deviam fon;as democraticas, 0 estado salazaristae
ainda., urnfazer «ataques frontais» a Assembleia NacionaJ, a forte estado, cuja derrota se, nao verificara
aut6mati-Legiao, a Uniao Nac;.onal, mas apenas a03 elementJs camente em virtu de dll sua propria desinte£ra~ao, mas
mai;; reaccionarios que a elas pertencessem. Tal posi- fundamentalmente como re~uItado da lu'ta popular e
<;ao contribuiu para fazer diluir a consc:encia da na- do assalto ao poder pelas 'for~as dertJOcraticas, cuja tureza do Eslado fascista e para estimular ilusoes le- unidade (ass,ente na alian<;a da c:Jasse operaria e do galistas e constitucionais. campesinato), e uma condic;ao para a vitoria. SaOde A subestima<;ao da organiza~ao, a--ausencia durante comba.ter _ilusoes ,Iegalistas e constituci<?.nq.is~ ass~m an os da discLlssao dos problemas de organi~a\:ao na" como llusoe?, golplstas, que deform am a, ~ltua~ao, dlS~
Direc~ao Central, a nao realiza<;ao de balan~os de orga. traem 0 PartIdo, as outras f()r~ls d~~ocrattcas eo poyo niza~ao, a oculta~ao da estagnac;ao e retrocessos e ,0 das Sllas ~a~efas" con.dl~zem a posl<;oes de ~spectatlVa"' facto de se nao encarar de frente a grave situa<;ao da e de ~egl~19Ismo e dlmll1Uern e qaebram 0 lmpeto
re-organiza<;ao partidaria com vistas ao seu radica}-forta- VOI,uclOlIano das mass as populares. '
ledmento, estrutura<;ao e alargamento, 0 exagero dos E necessario educar metodicamente as mass as na
mais Iigeiros progressos e a afirma<;ao de progressos ideia de que, embo?a desejando uma solu~ao pacifica
inexi,tente.', a insistencia em ,Palavras num ficticio e lutando por ela, embora aproveitanelo todas as pos
-engrandecimento do Partido sob todos os aspectos,- sibilidades de alcan\ar tal solw;ao, embora atribuindo
mostram que nao era, na luta da classe opera ria e do ao governo fascista respollsabilidades de eventllais
Partido que 'se fund31l1entavam as esperan<;as para 0 choques armados, 0 povo portugues e as for~as
demo-derrubamento (11 dH2.dura, mas na ac~ao de elementos craticas devem preparar-se para derrubar 0 governo
comervadores e na desagrega<;ao do regime por urn fascista atraves do levantamento 'em lTlassa da naGao,
prcces30 semi-alitomatico. que tera de assumir 0 caracter de urn choque arm ado
o
mesmo 1110stra a guerra ao prestigio e populari- vi~le11t<? caso_ 0 g!werno se Ihe oponha pela viole.n~i~.dade dos elil igente3 do Partido a pre:exto da luta Es,a onenta<;ao ~ao af~s.ta antes favorece a posslbll1.
«contra 0 culto da personalidade", ao me,mo tempo dade duma solu<;ao pacIfica.
<jJle ~se prestigiavam e popu!arizavam dirigentes de Em vez de insistir, como insistiu, napossibilidade olltras correntes ::mti-salazaristas. e proximidac\e cia solu~ao pacifica por «desagreg:l'!;ao
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irreversivel:> do regime, o· Partido deve apresentar, vendando·se· as suas raizes~ kleo16gicas e as slias
como caminho para 0 derrubamento dQ·,fascismo, 0 consequencia3 prejudiciais na actividade politica, de levantamento nacional, que teni de adquirir a forma organiza<;ao e de mobiliza<;ao de massas do Partido.
de poderosas manifesta<;l>es de massas, incluindo even... Em todos os escal5es se devem realizar debates sobre
tualmente uma greve geral politica, teni de con tar com 0 desvio de direita e sobre a nova orienta<;ao trac;ada
o apoio das forc;as armadas ou pelo menos a neutrali- pelo
c.c.
na sua Declarac;ao sobre «A via paradade de importantes sedores dessas forc;as e deveri 0 derrubamento da ditadura fascista e para a conqu is-t~r como objectiv~ derrubar a ditadura pelafor<;a, ca- ta da liberdade politica ", devendo ser comunicadas so ela resista pela forc;a, e levar ao poder urn Ooverno ao
c.c.
as cOllclus5e3 desses debates. A u-nidade de Provisorio que illstaure a liberdade politica. pemamento e ac<;ao do Partido deve sair reforc;ada e14 - 0 desvio de direita ver-ificado nos anos de 1956.
-·59, deve s.er combatido em todo 0 Partido, no terre
-no ideologlco e no terren~·daactividade pratica, des
-redgorada' e 0 Partido pronto a levar a classe oper a-I ia, as massas populares, as for<;as democraticas, a
nova perspectiva da luta contra a ditadura fascista de
Salazar.
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ECLARi\~A
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CQrVUTE
CENTRAL
DO PARTIDO
COMUNISTA
PORTUGUE
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RRUBAMEtJTO DA
DITADURA FASCISTA
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s
ta das liberdades poHtic
as
A situ6<;60 inlernecional evolui a favor des for~as democraticas e pacificas. 0 poderio e influencia i;:lternacional predomiriantes de Uniao Sovietica e 'de' todo 0 campo socialista, a derroceda do sistema coionial, 0 oseenso geral do movirriento operario, democratico, de libertsc;:ao nscionel e p6cirico, 0
en-fraquecim-ento geral do.~impe;i.ali5mo, t~rnam cede'dia msis favor8veis as condic;:oes inlernacionei; em que 5e dcsenvolve
a l
uta do povo portugues pela iiberdade politica, pela independencia :1ilcional e pela paz.o
derrubamento de diladure fasciste de Salazar nao resul/ara porem espontaneemente da evo!u~f,oda situa<;ao in!ernacional: Cabe ao povo porlu'gues ~errubar 0 fascismo e conquistar a democracia c s6
o povo portugues 0 podera lazar. A detllrminac;:ao d!'i perspective que sa oferece com esse objectivo e de fundamental importancia para 0 desenvohimento vitbrioso do movimento democratico nscional.
o
Comita Central dQ Partido ComiJnista Po{tugues,tendo examinado a situacao poiitica actw,,1 e ten-do feiia urn balan<;:o critito de br1€nla~aoie
actividade'!i:lo Partido nos ultimos cino!, enlende r,;]cessiJri) de!inir a vii) para 0 derrobamento da diladura fascista e para a conquista ds liberdade poliiica.1 - 0 governo fascista de Salazar e 0 governo do
capital monopolista (associado ao capital estrangeiro) e dos grandes latifundhirios.
o
antagonismo entre os monopolios e todas as c a-madas do !Jovo acentua-se progressivamente. 0 do-minio crescente em todos os sectoresda economia
na-dona! do capital monopolista" assodado ao capital
estrangeiro, a dependencia crescehte de -Portugal em
rel2.<;~o aos imperialistas estrarrgeiros que a adesiio it
Zona dos Setc agravara, a concE!ntril<;aq }ndustrial,
co-mercial e agricola:-que 0 corponitivismo', a «rebrgani -za<;~\O» industrIal e comcrcil!l es>polftica ag:-aria
fas-eista constaniell1ente 8.centwim;
a
explora<;ao colonialcom as slIas incidellcias no mercado da fotc;a de tra~
batho e na economia portuguesa, a ruina 10 proletati
-z1<;ao dos pequenos produtores agrfcolas
e
iildustriais,a e.{plora\ao crescenle da dasse"openiria atrayes da
« r'ficion'tdiza<;ao » e «moderrriia'c;ao ~ da industria e a
de,esper2,da situa<;ao de miseria e desemprego da
popula<;ao trabalhadora dos campos resultante da me
-caniza<;iio da agricultura e de outros aspectos do r{
-pido desenvolvimento do Gapitalismo, a imposi~ao dos
interesses dos monopolios atraves da supressao de
liberdades, do terror, do obscnrantismo, da persegui-<;ao it cultttra e
a
arte - op5em, de forma cada vez maisirredutivel, Uril' pequeno punhado de mllltimiliomirios a toda a restante popula<;ao portllguesa. Todas as ca-madas populares, assim como a bttrguesia nao-mono
-polista e os medios proprietarios, estiio cada vez mais
interessados em por termo ao dominio dos monap o-lios e do governo fascisla que os representa e os serve.
Estas condi<;5es reduzem enfraquecem e isolam a
camarilha governante e sao favoraveis para a
forma-<;ao duma ampla frente nacional contra a ditadura
fascista de Salazar, na qual as alianc;as da classe ope:'>
raria com 0 campesinato e com ospovos das colortias
portuguesas tsm decisiva importiincia.
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OMlt!TA
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~
- ,6,pesar do seu enfraquecimento (que aevo!u~80
0 P.Mtido ComunistaPort~~u
'
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'
e asre~tantes
for-da situacao internecional, a preponderaneia das for- ~as,dem0craticas riao podem cblocar apenas como
cas do s'ocialismc sabre 0 imperiolismo, a derrocada obt,s-cUvo.qa suaac¢ao poirtica pressionar 0 governo
do
cui,)nialismo, 0 ascenso da iuta liouta8ora nBS co- e outros'orgB()s dci ~st6do para que fa<;am conces-lonias portuguesas, a restric;ao da base social de epolo sees, A [uta POl' concess6es parciais deve prosseguir,
do fascismo e 0 desenvolvimento do movimento dc- Ijntb pe!a.irnportancia das concessoes parciais, como
rro:rblico portugues tendem a accntuar) 0 Eslado porque sO lutas parciais (por reivindica~oes
econo-fdscista
e
ainda um iorte Estado, centralizado e mili- 'rJ,l,ica, poirtica~:de natureza cultural) criarao condi~6estarist,), com um poderoso aparelho militer, polieial, p~ra \,lma poderosa ac~ao 9popular capaz de
derru-iudiciol e burocrBtico. 0 governo fascista de Salazar b,ar a ditadura.
t
com os olh'bs postos neste obiectivodisp6e de for~as repressivas treinadas e bem armadas, fundamental que se deve <iesenvolver a _ac~ao das
de comandos cuidadosamente depurados e selcccio" rOI'~as clemocraticas. 0 povo portugues ~ as for~as
l1ados, de quadro> numerosos em todo 0 aparelhd dernocraticas tem de preparar-se para derrubar a di
-do Estado. t;'ldura e conquistar 0 poder. '
Sob a ditadu~a fasc'ista,
e
exercida uma repressao - E'fnb6ra em condi~oes muito particulares e numa implacavel conlra 0 povo trabalhador e as for~as evo!u~ao hoje impervisivel da situa~ao polit:cainter-democralicas. Nao existem qUJisquer liberdades po- nl'i pbssa ser pacificamente substituido 0' governo
IUicas nem se reolizam elei~oes'dignas desse nome. fasCista·e conquistadas as liberdades democraiica5 e
o
governo abafa com a violencia e 0 arbitrio as re- emboru 0 Partido Comunista ,Portugues deseie aso-clama~oes economicas, politic as e de naturez~ Cl!- lu<;:ao pacifica do problema politico portugues, nao se
tural do povo portugues. " ,. po de afirmar que a via pacifica para 0 derrubafnen!o
o
movimento Iibertador das colonias portugues5s do fascismo ~eja a mais provavel e a mais viavel.e 0 apoio que Ihe
e
dado pelo campo sociali~to e N o s condi\=oes p.resente5, 0 lev5htamentO em mass:!-par numerososestados padficos
e
um podero~o ,[ac,oa Na~ao para 0 derrubamento da, ditadura fascistator que se alia ao movimento democratico poi'tugues
e
ci'perspectiva para a qual se devem ganhar as amplascom vistas a por termo
a
ditadura fascistC'. Mas, pre- massas do povo portugues. 0 levantamento nacional,cisamente porq'ue soca'/a as bases do fascismo e con- em que a greve geral politica pode desempfknhar traria os interesses dos imperialistBs estrangeirosseus importante papel, tere)
de
transformar-se numa ac~aoprotectores, provocara nos tempos mais p:'oximos da armada, com a particLpai;ao OU neutraliza~iio de
parte do governo 'de Salazar um refor~o da ac~i§o grande parte das for9as militares, casoo governo
repressiva e um esfor~o no sentido duma maior res- fa~dsta continue a rcsjstir com a violencia eo terror a
tri~ao do legalidade. ~c~ao ;popular.
l
Nao se deve con tar com a queda de ditadura pelo ' . , • . ~ . ,. '
simples jogo das sues contradi~6es internas, nem com 4 --Entre as for~as ctemocraticas, tem-se dado
res-o abrandamento da repressiici e com uma liberaliza- postas diver8as a' queetao de taber como derrubar a
~iio do regime por livre vo'ntade ou concessiio de ditacinra fascista. ' : '" ,
Salazar e da slia camarilha. A ditadura fascista nao Pensam algul13 ql!e as for<;,as demccdt'cas de\'em
caira por si, nem Salazar entrcgara 0 pocer por se abster-se de qU31quer ac\ao cIandestina e deveriam cOlwencer finalmen,te que
e
esse 0 desejo da r"'a~BO. limi~ar-fe a agir centro dos ql.!4dros da legaJidadeo
governo fascista de Salazar recusa-se a ouvir e a fasClsta. E~sa seria a forma de impedir a repressao e atender a vontade popular e tem respondido e mos-cte conseguir oapoio de sectores mais conservadores trado a sua determina~ao de continuar' a rEsponder f~ vacilalltes •. \ verda de e porem que, se selimitassem com a for~a e 0 terror 65 reclama~6cs polfticas da a agir deiltro dos quadros da legaJidade fascif,ta, asoposi~ao democratica. . forps democratic as nao sairiam nem fariam sair 0
movimento popular do co-lete de for<;as imposto r-elo 3-A luta contra a ditadura fesc:isto de S'.JI6zer
e
a governo e vegetariam como I!ma oposi<;ao inofensivaluta contra os monopolios e os grandes sennores da que l1ao poderia pretendet.derrubar 0 govemoiascista
terra, a luta contra 0 dominio imper:alisf:! e pe!a e instaurar as Jiberdades em Portugal. "
completa idependencia de Portugal, a lut:! p('i.o bem Pensam outros que a ac\ao popular nada ,pode
l;e-e~tar do povo portug,ues, a luta pelo reconnecimento solver e que a solu<;ilo s6 pode partir dos militares. do direito dos povos coloniais
a
<:luto-determin')cao Um golpe rnillt~r seria 0 tlnico caminho posslvelpa-e
a
independencia, a "lte pela P,lZ e a luta pel;') lib",r- ra 0 derrubolT'ento do go\'erno Jascista. Embcra osdade politicC'. Em todas es'as direccoes se cc'/e de- mJ:tares ienham UI11 importante (e em certas
condi-senvolver e intensificar no ~iiomer.to pressnt'~ () luia C;6es decisivo) papel a desenljJenhar, se imponha par
das for~as democraticas, se'lCO cntretanto a luta pelo ~sso .um insistente e persev~ran.te trabalho para
derrubamento do ditadura e a cO'nquista da liberdade -.iJrgantzar os Iwlitares anti-salazarisJa.s, e em reJacao,a
politico a tarefa central de todos cs demccratas e :; ev.e!ltual prep:::f2<;ao de ac~oes i'ilsultecionais 'rpor patriotos portugueses, aquela em que todos estao m~l!t3res se deva estudar 'com rigor e realisrno :a sua unidos e aqu,cla que
e
cpncJi~~o"fu.nd'3nlentol pel'a a viabijidade, a verddee
que a ideia dum Q'olpe.militar, vitoria pelos res~antes objectivos. divorciado do movimento popular, rem =sido sempreReprodução
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acompanhado de ilus5es golpistas, que conferem acs militares a solw;ao do problema politico: portugues,
que colo cam as for~as democraticas na espectativ?, que levam ao rnenosprezo da, 14ta de m;:tssas e que, por isso, tern exercIclo uma influencia·· negativa no de-senvolvimento geral do movlmento democratico.
finalmente, apareceram nos (tltimos,anos em alguns
sectores tendencias anarquistas e teiroristas. Tab tendencias sao, em parte, a« expia<;ao dos pecados
oportunistas» do mo'vimento democnitico, ou seja, reac<;6e3 de sectores,mais radicais cOHtra concep<;5es legalistas, e contra a ilusao duma facil solu<;iio pacifica
d(qJroblema politico portugues que 0 n0550 proprio
Partido, contribuill para criar. A verdade
e
porem que !laC) sio ac<;5e3 anarqnistas e terroristas que poderaodeddir ct.) clerrubamento da ditadura e eJas compor-tun perigo3 para 0 movirnento democratico. Aetos de
1efl'orismo individual provocam em amplas camadas p )p:.ti'ireJ de33.prova<;ao e receio, favorecerem que tomem Dosi,~5es conservadoras e de reserva para com o movimwto democnitico e dao pretexto para uma n!:iio~ repressfto com menor protesto popular.
5 - Ap(;sar de todas as limita~5es da legalidade fas -ci"ta e apesar de v governo nao respeitar seqner a Con
s-titui~ao e as leis q lie ele proprio faz, as for~as
demo-criticas devem aproveitar todas as possibiiidades de
rrctua;;ao legal, por muito Iimitadas e contingentes que
scjlm. A jnsta aS30cia<;ao das formas legais,
semi-le-gais e ilegais d~ ac<;fto e organiza<;ao e uma condi<;ao p::ra 0 desenvolvimenro geral do movimento popular e democrBticG. As 1lc<;:oes de massas ~ao a forma mais
eficiente, ta:1to na luta peia satisfac;:ao de reivindi
ca-<;:635 parciais economicas, politicas e d.G natureza
cultura!, como do desenvoLvimento geral do movi -mento democrarico com vistas ao levantamento
na-cto11al para 0 derrooamento da ditadura fascista e
a
conquisr,3 de liberdade polHica.Apesar de que, nas condic;:6es presentes, as
«elei-<;:0'35» fascistas n'io oferecem um caminho viBvel
pa-ra derrubar 0 goverl1o fascist;:J atraves duma viloria
el'~itor.:;!' a iurJ no terreno «elt:itoral » fascista ofel-ece
condi<;:6es f,'!voraveis, que urge aproveitar, para a
cln"'p!i3c;:ii:) decisiva dos rnoviment03 e luta$' politicas
cJe massas. tl conCorrencia da OPOSi<;:60 as «elelc;:6es»
nii) r)i li:Tla COilCessao voluntaria do fascismo, mRS urns p')s,ibiiidade conquist6da pelos democratas
a~r:;ves CUiTlfj luta pers;stente, corajose, m6!e·§vel e de rip 0xpe,!0ncia d'" 83socidc;:iio do trobalho legal,
se-rni·I=,pi e d"g51. As f,)rps de;nocraticas devern con
-correr as 'i "dei<;:6e5» COiTI candidatos unicos,
zuficien-tcfneni~ repre3entativos da, diversas correntes politi-c~s. iUt(Hldo por condi<;:6e3 minimas de seriedade e
6prr:we,ia<ido 0 pe~fodo «"Bleitora!» pora leval' a cabo
U:;)J c3rnpanliq de esclcrecimento do povo portugues,
PJ)'::l ref:)f!;3f a SUJ u:lidade e as ~uas organizar;6es,
p f-" 6nima, e dlrigir arnplas ac<;:6es de massa~ e para
cons·~gujr nessa bjse alcan~tJr 0 maximo dC'c
onces-s·Ses PO:fiicGs, A arnplilude e for<;:a do movirnento
f)op"Jlar pode eventual mente tornar possfveis sucessos
no pr6prio terreno «eleltoral ».
6 - A lIniJade das fon;as del11ocrat:cas e base flll1da
-1:1ental pant 0 ciesenvolvimento vitorioso da revolllcao
lie-pular e naci6ilal. • .
~ i::. imperioso que egsa unid~de, reclanw,da por toda a
opin:iio clemocnltic3, sej:! e~abelecida, tBnto no a spec-to da mobiba.:;ao popular para dar cominte
a
pol1ticafasci~ta, Ci)lil<) ILl aspecto de organiza<;iicl.
A luta no ten'eno «eleitorai)} fascist3, a luta pela possibilid~,de de ~etua<;ao legal da Oposi<;fto dem o-cratica, a luta contra a repressao e pela amnistia, a luta rela !iberdade de imprensa, a luta por elei~oes llOnestas nos Sindicatos Nacionais, a lura contra 0
in;perialisi11o, a lula pela paz, a luta contra a politicl
coldnialist;l dD gove~no e os preparativos de guerras
coloniais, exigem, para '.e tornarem movimentos p
o-pulares de massas capazes de conduzir ao Sllcesso, a
llnidade de ac<;ao das fon;as democraticas.
o
estabelecimento de organiza<;5es e :org;;nis!11os unitirios das for<;as democraticase
impres<;:indiveJ pa-ra a 3l11plia<;iio C 'intensificaC;ao do movin:rnto lI:;c k-11al contra a ditadura fascista. A constitui,:;ao dunIadirec<;ao nacional do i!1ovimento democnitico, asseC 'iI-rancto a conjuga~ab de todos os esforc;os no mes?r.o
sentido c anirl'ando
a
Illta as massas poplliares, tuj11ma infiuencia poderosa para 0 desenvolvimento de
todo 0 moviniento democratico e anti-sal:lzD.rista, com
vistas ao deri-ubamento da ditadura fascisla e
a
iI15ta,, :-ra~ao das liberdades fundamel1iais.o
Partido C0I1111nista Pprtllgues nao pOllp3J'a c-fcn;os 'para 0 estabelecimento e refcn;o (~a 11l1i.dadec1emocratica c anti-salazarista, de que sao factore3 de
principal importancia a unidade (ia classe oren\ria e
r..S alian>;as da clgssc operaria cfTn 0 call1f'csinato e
com os povos das colonias porluguesaG. 0 Partido Comllnista Portllgne3 pryclama a necessidac:e de ven
-cer resolntamente <lS diflculdades que ~,jnda ,e lev
ai1-tam
a
unidade, a fim de que, denteo de curto pr:;zo, 0 movimento unico da Oposic;1\o centra a ditadllrafas-cista de Salazar seja urn facto.
7 - A prime:ra qnestao qne se caleca a for<;as p--vliti
-cas Que se proponharn c1erntbar um governo e a de 52 -ber ql!e outro go\'crno levarao ao poder em IUP'ar do
primeiro. , . .,
o
Partido Comunista Portugues, ao mcsmo tempoque declara apoiar qualquer a<:<;1\,o c~,m vist1S
a
mti -dan~a de regime, defeude que, derrLibado 0 goventofascista, as for~as democraticas devem formar ltlll
00-verno Provisorio q-ue instaure irnediatamente as
liber-dades fundamenbis e realize elei~5es livres para UtD:l AssembJeia Constituinte, 2tmve3 das quais 0 pOVO portugues possa e3colher a forma de gcverno e os g o-vern antes que entender.
A partidpa\ao da classe openlria do Governo Pr o-vis6rio e a me!hor garalltia da destnd<;20 compltta
do: fascismp e cia real!z3<;iio cbs refnrmJ.5 del11ocr;\ticas imediatas que se impOCl1L 0 Partido CO;11l1l1ista Por
-tugues, como Partid0 da cir,sse openi.ria, declllra a Slt[[
disposi<;iio em participar 110 Governo Provis6ril', [,S'
-slim indo as suas' responsabilidades ao Iado Lias rest~!Il
tes fon;as del110cniticas e anti-salazaristas.
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com restrições
de uso.
SOLICITE
AUTORIZAÇÃO
DE
UTILIZAÇÃO
10
R~SOLUCIG
DO
C
OMIT
~
CENT
RAL
~OBRE
A
ELEI~AO
00
SEG
RET
AR
IO GERAL 00 PARTIDO
E~EIGAO
DO
CAMAR
A
D
A
.
ALVARO
CUNHAL
Desde a morte de Bento Goncalves em 1942, 0 Par~
lido Comunista Portugues nao' voltou a designar um
Secretario-Geral, mesmo a titulo i'lterino.
A nao diferenciac;:ao de func;oes e responsabilida~ des no Secretariado do Comite Central teve, durante largo perfodo, efeitos favor~vei§( tanto para tprnar Q
trabalho colectivo 0 rnetodo de rrabalho do Se~rera:
riado do Comite Central, como para, atrilVeS des~a experiencia, fortalecer na Direcc;:ao do Partido as idcias do trabalho colectivo; mas teve e tem tambem efeitos desfavoraveis quanto
a
relac;:ao entreorganis-mos inferiores e organismos superiores na Direcc,;ao
{:entral, quanto ao controle, vigil€lncia ~ disciplina e
quanrq ao d~~envolvimenlo dllS concepc;:oes ana rcO--liberai~ na organizacao do trabalho de direccao.
A eleic;:ao dum Secretarlo-Geral do Partido' e uma medida que, nao s6 normalizara uma situac;:ao que se p,rolonga desde 1942, como contribuira para fort a-lec:er II autoridade do Secretariado do Comite Cen-tral e do Comite Central no seu coniunto.
Por tais razoes, 0 Comite @entral resolve proceder
a
eleic;:ao dum Secretario-Geral do Partido.Em conformidade com esla resplu<;:ao 0 Comite
Cen.tral elegeu Secretario Gera! do Partido 0 cam
ara-da A!varo Cunhel.
RESOLUClo DO COMITI CENTRAL
SOBRE
ALTEAA~OES
00 PROGRAMA 00 PARTIDO
o
CC do PCP, lendo discutido a desvio de direita no PCP nos anos de 1956-59 e verificado que essedesvio in(luiu num sentido negativo a elaborac;:ao do
ProgramB do Partido, encarrega a Coml~sao Polftica
de esludar e propor ao Comite Central ~llerac;:oes ao
programa do Partido ou B elaborac;:ao dum novo
Programa.
RESOLUCIO DO COMITE
CENTRA~
SOBRE
ALTERA~OrS
OOS ESTATUTOS
Considerando que, na elaborac;ao dos Estatutos do
Partido aprovados pelo Vo. Congresso em 1957,
exerceram influencia prejudicial e reflectiram-se em
diversas disposic;oes concepc;:oes goradas no desvio
de direita e designademente na tendencia
anarco-li-beral nas questoes de organizac;:ao;
Considerando a necessidade de alterar os Estatutos
de harmonia com a rectificac;ao de tais concepc;:oes;
Considerando que, segundo 0 artigo 12, al. bJ dOi
Estatutos, as modificac;:oes dos Estorutos sao da
com-petencie do Congresso do Pertido;
- 0 Comile Central,'tendo ot,Jvido 0 relalorio da
Comissao Politica sobre "Alterac;oes dos Estatutos do
Partido» e tendo debatido cis linhos gerais das
aitera-c;:oes propostas,
encarrega a Comissao PoWica de elaborar.
no mais curto espac;:o de tempo pos.sfvel, e
dentro das recomenda~qas feita;; pelo
Co-mite Central na presente reuniao, urn« Pro~
jecto de aiterac;oes dos Estatutos ), a ger
sub-melido desde
i
o
0, discussaO em todo "0Partido. . ... , >-.: