Os recursos são as figuras de linguagem: comparações, metáforas, sinestesias, assonâncias, aliterações hipérboles, inversões, repetições e exploração da sonoridade e do ritmo das
palavras e frases.
Rompe com as definições tradicionais de poema e prosa. Embora utilize linhas e parágrafos em vez de versos e estrofes, a prosa
poética, a fim de conferir expressividade ao texto, trabalha imagens sugestivas e subjetivas por meio de diferentes recursos
da linguagem poética. O GÊNERO EM FOCO:
Figuras de linguagem
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Aliteração: é a repetição de fonemas iguais ou semelhantes em palavraspróximas, provocando um efeito sonoro sugestivo: “Sob o azular do luar.../ E ouve--se no ar a expirar”.
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Anáfora: consiste em aproximar duas ideias, dois seres ou dois objetos a partir de uma característica que lhes seja comum: O cavalo é veloz como o vento.•
Antítese: consiste na aproximação entre ideias de sentidos opostos. Pode haver antítese entre palavras, pensamentos, imagens e, de forma mais complexa, entre frases e orações: “vem um mundo amanhecendo / vem outro mundo morrendo”.•
Assonância: é a repetição de sons vocálicos; o que ocorre predominantemente na sílaba tônica da palavra: “Inutilmente procura na escuridão caminhos que o levem à estrela, tenta varar com a proa a rota secreta do céu, romper a linha que no horizonte os separa”.•
Comparação: é um dos recursos para a criação de imagens. Ela consiste em aproximar duas ideias, dois seres ou dois objetos a partir de uma característica que lhes seja comum ou superior: “O mar, cansado de ser plano como um campo...”.•
Eufemismo: é a substituição de uma expressão desagradável, chocante, por outra menos agressiva. Essa figura está muito presente na linguagem cotidiana, em expressões como: O senhor Gomes passou desta para melhor. (morreu)Figuras de linguagem
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Ironia: é o efeito resultante do emprego de uma palavra ou expressão fora do seu uso habitual, de modo que ela ganha sentido oposto e produz um humor sutil:Ele é tão arrumadinho que vestiu a camiseta do avesso.
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Metáfora: consiste em estabelecer uma relação de semelhança, em referência a um objeto ou a uma qualidade dele: “eu estava distraído / a olhar pro meu umbigo”.•
Personificação ou prosopopeia: atribuição de características humanas a não humanos ou irracionais (animais, objetos, elementos da natureza etc.): “Lá vem o vento correndo / montado no seu cavalo.”.•
Paradoxo: é o emprego de ideias e expressões de sentidos opostos para provocar uma contradição: “Meus olhos andam cegos de te ver!”.•
Onomatopeia: consiste na formação de uma nova palavra por meio da imitação de sons. São comuns as onomatopeias que traduzem as vozes dos animais e os sons das coisas: “Plaf, plaf, mergulham os remos dos seis irmãos”.•
Metonímia: consiste na associação entre dois elementos que guardam entre si uma relação direta, objetiva: “Vaga, no azul amplo solta, / Vai uma nuvem errando”.Paródia
É um texto escrito a partir de outro, geralmente com a mesma estrutura, mas com conteúdos
diferentes.
A paródia pode ser uma crítica ou uma imitação cômica de uma obra séria: na maioria das vezes
remete a textos de autores consagrados na literatura.
Há paródias que são construídas a partir de poemas, músicas, contos, fábulas e até de livros. E, ainda, as criadas na publicidade, na
pintura e no cinema.
VOZES VERBAIS
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Voz ativa: é a mais frequentemente usada. Em geral, quando a oração está nessa voz, o sujeito é agente, isto é, pratica o processo expresso pelo verbo.núcleo do predicado verbal
Eu plantei um caroço de manga.
sujeito agente objeto direto
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Voz passiva: é empregada quando se quer dar maior importância à pessoa ou coisa afetada pelo processo do que àquela que o desencadeou. A pessoa ou coisa afetada pelo processo é chamada de sujeito paciente.Um caroço de manga foi plantado por mim.
sujeito paciente núcleo do predicado
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Analítica: é formada pelo verbo ser + particípio do verbo principal + agente da passiva (explícito ou não).Cachorro perdido foi encontrado hoje.
sujeito paciente ser + particípio (voz passiva analítica)
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Sintética: é formada por verbo transitivo direto na 3a pessoa +pronome se (apassivador).
Procura-se cachorro perdido.
VTD 3a pessoa + sujeito
pron. apassivador paciente (voz passiva sintética)
Vozes verbais É o nome que damos à forma que o predicado assume para atribuir determinado papel ao sujeito da oração. Existem três vozes verbais na língua portuguesa:
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Voz reflexiva: indica que o sujeito é afetado pelo processo verbal. A vozreflexiva é indicada pelo acréscimo de um pronome oblíquo antes ou depois do verbo. Esse pronome deve concordar com a pessoa do discurso a que se refere o sujeito (por exemplo, 1a pessoa: me, nos; 3a pessoa: se).
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Às vezes, o sujeito pode ser aquele que inicia e controla o processo.Paulo vestiu-se apressadamente.
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Outras vezes, o processo pode ser deflagrado por um agente externo.Joana alegrou-se com a chegada do filho.
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Ou estar fora do controle do sujeito.O copo espatifou-se.
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Quando o sujeito é composto (tem mais de um núcleo), a construção reflexiva pode indicar reciprocidade.Bia e seu amigo abraçaram-se com saudade.
TRANSFORMAÇÃO DA VOZ ATIVA EM VOZ PASSIVA
Na passagem da voz ativa para a passiva, o sujeito passa a ser o agente da passiva, e o objeto direto transforma-se em sujeito paciente. Vamos agora prestar mais atenção ao que ocorre com o verbo:
A menina leu o livro. O livro foi lido pela menina.
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O verbo da voz ativa (leu) transforma-se em particípio na voz passiva (lido).–
Na voz passiva, o verbo auxiliar apresenta a mesma flexão de modo e tempo do verbo na voz ativa, nesse caso, pretérito perfeito do indicativo (leu / foi).•
Agente da passiva: é o termo da oração que representa aquele ou aquilo que desencadeia o processo verbal quando o verbo se encontra na voz passiva. Em geral, é introduzido pela preposição por ou por suas contrações pelo(s), pela(s). Exemplos:Os livros e as canetas serão pegos pelas crianças do mundo todo.
sujeito agente da passiva
Um dos xales brancos foi usado por mim.
O GÊNERO EM FOCO: AUTOBIOGRAFIA
É um gênero textual em que uma pessoa faz um relato de acontecimentos relevantes de sua vida. Em geral, o autor é alguém cujas realizações são de interesse público e,
por isso, as experiências dessa pessoa despertam o interesse dos leitores. Apresenta os fatos em ordem cronológica. Predominam nesse gênero o pretérito perfeito e o mais-que-perfeito do indicativo. É comum também que seja estabelecida
no texto autobiográfico uma relação entre o passado e o presente.
Outra característica do texto autobiográfico são as marcas de autoria. É possível identificar o uso predominante da 1a pessoa do singular (eu), assim como a
subjetividade (manifestação dos sentimentos, opiniões ou emoções do autor). São destinadas ao público em geral e, por isso, predomina nesse texto o emprego das
normas urbanas de prestígio.