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O GÊNERO EM FOCO: PROSA POÉTICA

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Academic year: 2021

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Os recursos são as figuras de linguagem: comparações, metáforas, sinestesias, assonâncias, aliterações hipérboles, inversões, repetições e exploração da sonoridade e do ritmo das

palavras e frases.

Rompe com as definições tradicionais de poema e prosa. Embora utilize linhas e parágrafos em vez de versos e estrofes, a prosa

poética, a fim de conferir expressividade ao texto, trabalha imagens sugestivas e subjetivas por meio de diferentes recursos

da linguagem poética. O GÊNERO EM FOCO:

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Figuras de linguagem

Aliteração: é a repetição de fonemas iguais ou semelhantes em palavras

próximas, provocando um efeito sonoro sugestivo: “Sob o azular do luar.../ E ouve--se no ar a expirar”.

Anáfora: consiste em aproximar duas ideias, dois seres ou dois objetos a partir de uma característica que lhes seja comum: O cavalo é veloz como o vento.

Antítese: consiste na aproximação entre ideias de sentidos opostos. Pode haver antítese entre palavras, pensamentos, imagens e, de forma mais complexa, entre frases e orações: “vem um mundo amanhecendo / vem outro mundo morrendo”.

Assonância: é a repetição de sons vocálicos; o que ocorre predominantemente na sílaba tônica da palavra: “Inutilmente procura na escuridão caminhos que o levem à estrela, tenta varar com a proa a rota secreta do céu, romper a linha que no horizonte os separa”.

Comparação: é um dos recursos para a criação de imagens. Ela consiste em aproximar duas ideias, dois seres ou dois objetos a partir de uma característica que lhes seja comum ou superior: “O mar, cansado de ser plano como um campo...”.

Eufemismo: é a substituição de uma expressão desagradável, chocante, por outra menos agressiva. Essa figura está muito presente na linguagem cotidiana, em expressões como: O senhor Gomes passou desta para melhor. (morreu)

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Figuras de linguagem

Ironia: é o efeito resultante do emprego de uma palavra ou expressão fora do seu uso habitual, de modo que ela ganha sentido oposto e produz um humor sutil:

Ele é tão arrumadinho que vestiu a camiseta do avesso.

Metáfora: consiste em estabelecer uma relação de semelhança, em referência a um objeto ou a uma qualidade dele: “eu estava distraído / a olhar pro meu umbigo”.

Personificação ou prosopopeia: atribuição de características humanas a não humanos ou irracionais (animais, objetos, elementos da natureza etc.): “Lá vem o vento correndo / montado no seu cavalo.”.

Paradoxo: é o emprego de ideias e expressões de sentidos opostos para provocar uma contradição: “Meus olhos andam cegos de te ver!”.

Onomatopeia: consiste na formação de uma nova palavra por meio da imitação de sons. São comuns as onomatopeias que traduzem as vozes dos animais e os sons das coisas: “Plaf, plaf, mergulham os remos dos seis irmãos”.

Metonímia: consiste na associação entre dois elementos que guardam entre si uma relação direta, objetiva: “Vaga, no azul amplo solta, / Vai uma nuvem errando”.

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Paródia

É um texto escrito a partir de outro, geralmente com a mesma estrutura, mas com conteúdos

diferentes.

A paródia pode ser uma crítica ou uma imitação cômica de uma obra séria: na maioria das vezes

remete a textos de autores consagrados na literatura.

Há paródias que são construídas a partir de poemas, músicas, contos, fábulas e até de livros. E, ainda, as criadas na publicidade, na

pintura e no cinema.

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VOZES VERBAIS

Voz ativa: é a mais frequentemente usada. Em geral, quando a oração está nessa voz, o sujeito é agente, isto é, pratica o processo expresso pelo verbo.

núcleo do predicado verbal

Eu plantei um caroço de manga.

sujeito agente objeto direto

Voz passiva: é empregada quando se quer dar maior importância à pessoa ou coisa afetada pelo processo do que àquela que o desencadeou. A pessoa ou coisa afetada pelo processo é chamada de sujeito paciente.

Um caroço de manga foi plantado por mim.

sujeito paciente núcleo do predicado

Analítica: é formada pelo verbo ser + particípio do verbo principal + agente da passiva (explícito ou não).

Cachorro perdido foi encontrado hoje.

sujeito paciente ser + particípio (voz passiva analítica)

Sintética: é formada por verbo transitivo direto na 3a pessoa +

pronome se (apassivador).

Procura-se cachorro perdido.

VTD 3a pessoa + sujeito

pron. apassivador paciente (voz passiva sintética)

Vozes verbais É o nome que damos à forma que o predicado assume para atribuir determinado papel ao sujeito da oração. Existem três vozes verbais na língua portuguesa:

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Voz reflexiva: indica que o sujeito é afetado pelo processo verbal. A voz

reflexiva é indicada pelo acréscimo de um pronome oblíquo antes ou depois do verbo. Esse pronome deve concordar com a pessoa do discurso a que se refere o sujeito (por exemplo, 1a pessoa: me, nos; 3a pessoa: se).

Às vezes, o sujeito pode ser aquele que inicia e controla o processo.

Paulo vestiu-se apressadamente.

Outras vezes, o processo pode ser deflagrado por um agente externo.

Joana alegrou-se com a chegada do filho.

Ou estar fora do controle do sujeito.

O copo espatifou-se.

Quando o sujeito é composto (tem mais de um núcleo), a construção reflexiva pode indicar reciprocidade.

Bia e seu amigo abraçaram-se com saudade.

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TRANSFORMAÇÃO DA VOZ ATIVA EM VOZ PASSIVA

Na passagem da voz ativa para a passiva, o sujeito passa a ser o agente da passiva, e o objeto direto transforma-se em sujeito paciente. Vamos agora prestar mais atenção ao que ocorre com o verbo:

A menina leu o livro. O livro foi lido pela menina.

O verbo da voz ativa (leu) transforma-se em particípio na voz passiva (lido).

Na voz passiva, o verbo auxiliar apresenta a mesma flexão de modo e tempo do verbo na voz ativa, nesse caso, pretérito perfeito do indicativo (leu / foi).

Agente da passiva: é o termo da oração que representa aquele ou aquilo que desencadeia o processo verbal quando o verbo se encontra na voz passiva. Em geral, é introduzido pela preposição por ou por suas contrações pelo(s), pela(s). Exemplos:

Os livros e as canetas serão pegos pelas crianças do mundo todo.

sujeito agente da passiva

Um dos xales brancos foi usado por mim.

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O GÊNERO EM FOCO: AUTOBIOGRAFIA

É um gênero textual em que uma pessoa faz um relato de acontecimentos relevantes de sua vida. Em geral, o autor é alguém cujas realizações são de interesse público e,

por isso, as experiências dessa pessoa despertam o interesse dos leitores. Apresenta os fatos em ordem cronológica. Predominam nesse gênero o pretérito perfeito e o mais-que-perfeito do indicativo. É comum também que seja estabelecida

no texto autobiográfico uma relação entre o passado e o presente.

Outra característica do texto autobiográfico são as marcas de autoria. É possível identificar o uso predominante da 1a pessoa do singular (eu), assim como a

subjetividade (manifestação dos sentimentos, opiniões ou emoções do autor). São destinadas ao público em geral e, por isso, predomina nesse texto o emprego das

normas urbanas de prestígio.

Referências

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