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Ano CVIII Nº 15 Quinta-feira, 21 de Janeiro de 2021 ÍNDICE TRIBUNAL PLENO. Gabinete da Presidência PRIMEIRA CÂMARA. Presidência.

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Ano CVIII | Nº 15 | Quinta-feira, 21 de Janeiro de 2021

TRIBUNAL PLENO

Otávio Lessa de Geraldo Santos

Conselheiro Presidente

Fernando Ribeiro Toledo

Conselheiro - Vice-Presidente

Rosa Maria Ribeiro de Albuquerque

Conselheira

Maria Cleide Costa Beserra

Conselheira

Anselmo Roberto de Almeida Brito

Conselheiro

Rodrigo Siqueira Cavalcante

Conselheiro

Ana Raquel Ribeiro Sampaio Calheiros

Conselheira Substituta

Alberto Pires Alves de Abreu

Conselheiro Substituto

Sérgio Ricardo Maciel

Conselheiro Substituto

PRIMEIRA CÂMARA

Anselmo Roberto de Almeida Brito

Conselheiro Presidente

Rosa Maria Ribeiro de Albuquerque

Conselheira

Rodrigo Siqueira Cavalcante

Conselheiro

Ana Raquel Ribeiro Sampaio Calheiros

Conselheira Substituta

Alberto Pires Alves de Abreu

Conselheiro Substituto

SEGUNDA CÂMARA

Fernando Ribeiro Toledo

Conselheiro Presidente

Maria Cleide Costa Beserra

Conselheira

Sérgio Ricardo Maciel

Conselheiro Substituto

OUVIDORIA

Rosa Maria Ribeiro De Albuquerque

Conselheira Ouvidora

CORREGEDORIA

Maria Cleide Costa Beserra

Conselheira Corregedora Geral

ESCOLA DE CONTAS

Rodrigo Siqueira Cavalcante

Conselheiro - Diretor Geral

MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS

Gustavo Henrique Albuquerque Santos

Procurador Geral

ÍNDICE

Gabinete da Presidência ... 01

Presidência ... 01

Atos e Despachos ... 01

Conselheiro Anselmo Roberto de Almeida Brito ... 02

Acórdão ... 02

Conselheiro Fernando Ribeiro Toledo ... 03

Acórdão ... 03

Conselheiro Rodrigo Siqueira Cavalcante ... 04

Decisão Simples ... 04

Atos e Despachos ... 04

Comissão Permanente de Licitação ... 05

Pregoeiro do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas ... 05

Aviso ... 05

Ministério Público de Contas ... 05

Procuradoria-Geral do Ministério Público de Contas ... 05

Atos e Despachos ... 05

3ª Procuradoria do Ministério Público de Contas... 05

Atos e Despachos ... 05

Gabinete da Presidência

Presidência

Atos e Despachos

RECOMENDAÇÃO CONJUNTA TCE/AL E MPC/AL COVID-19 n.º 1/2021

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE ALAGOAS (TCE-AL) e o MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO ESTADO DE ALAGOAS (MPC-AL), por intermédio de seus representantes legais, no uso de suas atribuições constitucionais e legais que lhes são conferidas pela Constituição Federal de 1988, notadamente aquelas previstas nos artigos arts. 71, 127, 129, II e III, c/c art. 130 da Constituição Federal, bem como pela Constituição do Estado de Alagoas nos arts. 97 e 150, e ainda:

Considerando que cabe às Cortes de Contas, no exercício do controle externo da Administração Pública, realizar a fiscalização da correta aplicação dos recursos públicos, nos termos dos arts. 70, caput, e 71 da Constituição Federal de 1988; Considerando a publicação em 14 de janeiro de 2021 da Lei Complementar Federal nº 178, que estabelece o Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal, o qual tem por objetivo reforçar a transparência fiscal dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e compatibilizar as respectivas políticas fiscais com a da União, e impõe uma série de vedações aos Municípios alagoanos;

Considerando a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional, bem como a Declaração de Pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em decorrência da infecção humana pelo novo COVID-19 (Coronavírus); Considerando a proximidade dos festejos carnavalescos;

Considerando que a inexistência de discricionariedade absoluta do administrador, afinal, as políticas públicas se submetem ao controle de constitucionalidade e legalidade, sobretudo quando delas não decorrem benefícios para a população, diversos do entretenimento fugaz e passageiro, tal como o propiciado pelos festejos carnavalescos no contexto de uma pandemia;

Considerando que o direcionamento de receitas públicas para o custeio de festividades, em detrimento do cumprimento das obrigações legais prioritárias no âmbito das políticas públicas em saúde no tocante ao enfrentamento da pandemia do COVID-19, é escolha administrativa questionável;

Considerando eventual déficit no orçamento dos municípios decorrentes dos impactos da pandemia de Covid-19 ou mesmo derivados da má administração dos recursos públicos pela gestão municipal antecessora;

Considerando a RECOMENDAÇÃO CONJUNTA FT-MP/AL-COVID-19 n.º 01/2021, emitida pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE) e o Ministério Público de Contas do Estado de Alagoas (MPC), que recomenda a não realização de eventos carnavalescos, bem como a não aplicação de recursos públicos em festividades da natureza mencionada em razão do enfrentamento da pandemia COVID-19, dentre outras providências;

(2)

Considerando o Decreto Estadual nº 70.145, de 22 de junho de 2020, que institui o Plano de Distanciamento Social Controlado no âmbito do Estado de Alagoas, e dá outras providências;

Considerando que, inobstante a existência de vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para a patologia, não há, ainda, um calendário definido para a imunização de todos os brasileiros, bem como que, de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, as primeiras pessoas a serem vacinadas serão aquelas pertencentes aos grupos prioritários; e

Considerando, por fim, que dentre as competências institucionais do Tribunal de Contas e do Ministério Público de Contas está a expedição de Recomendações para cumprimento de direitos e deveres assegurados ou decorrentes do ordenamento jurídico brasileiro, de modo a evitar a configuração de irregularidades, contribuindo pedagogicamente para o aperfeiçoamento da gestão pública,

Resolvem expedir RECOMENDAÇÃO:

Ao Presidente da Associação dos Municípios Alagoanos – AMA para a adoção das seguintes providências:

a divulgação e encaminhamento, no prazo de 5 dias corridos, a todos(as) os(as) Senhores(as) Prefeitos(as) dos Municípios do Estado de Alagoas de cópia da presente Recomendação; e

que, no prazo de 5 dias corridos, informe, ao TCE/AL, por intermédio do e-mail presidencia@tceal.tc.br, se houve o devido encaminhamento acima mencionado; A todos (as) os(às) Prefeitos(as) dos 102 (cento e dois) Municípios Alagoanos para a adoção das seguintes providências:

Proíbam, no âmbito de toda a administração municipal, a realização de eventos que gerem aglomeração de pessoas, conforme o previsto no Decreto Estadual nº 71.467, de 29 de setembro de 2020, no Decreto Estadual nº 70.145, de 22 de junho de 2020, na Portaria Conjunta GC/SEDETUR/SEFAZ/SESAU nº 001/2020, e em outros atos normativos editados pelo poder público;

Abstenham-se de realizar quaisquer festividades públicas pertinentes ao carnaval, determinando o cancelamento de contratos, publicação de editais ou qualquer tipo de despesa, repasses, patrocínios ou qualquer forma de destinação de recursos públicos para tal fim, inclusive contratação de shows pirotécnicos, musicais ou artísticos e demais tipos de eventos;

Abstenha-se de autorizar ou financiar eventos que possam gerar aglomeração, tais como festas de carnaval, blocos carnavalescos, arrastões, passeatas, shows e similares, por não se enquadram dentre os eventos permitidos pelo Decreto Estadual nº 71.467, de 29 de setembro de 2020, no Decreto Estadual nº 70.145, de 22 de junho de 2020 e na Portaria Conjunta GC/SEDETUR/SEFAZ/SESAU nº 001/2020; e

que, no prazo de 5 dias após o recebimento da presente recomendação, informem ao TCE/AL, por meio do e-mail presidencia@tceal.tc.br, acerca do acatamento ou não dos termos da presente Recomendação, acompanhado das razões pertinentes em caso de não acolhimento dos termos recomendados. Em caso de acolhimento, requisita-se, também, que sejam encaminhadas, no mesmo prazo, informações quanto às providências que serão adotadas para cumprir os termos da presente Recomendação. Caso a presente recomendação seja descumprida, ensejará a atuação dos órgãos signatários na rápida responsabilização dos infratores, com a adoção das medidas cabíveis, em especial, o apontamento da falta no âmbito da prestação de contas anual, para fins de sua aquilatação ao ensejo da formação de juízo acerca das contas anuais dos gestores e aplicação das sanções previstas em lei, descabendo alegar o desconhecimento das consequências jurídicas de seu descumprimento em procedimentos administrativos futuros.

Edifício Guilherme Palmeira, 21 de janeiro de 2021.

Conselheiro OTÁVIO LESSA DE GERALDO SANTOS Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas Procurador GUSTAVO HENRIQUE ALBUQUERQUE SANTOS

Procurador-Geral de Contas do Estado de Alagoas

_________________________________________________________________________ EXTRATO DO 1º TERMO ADITIVO

AO TERMO DE CESSÃO DE USO PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº TC-4451/2020.

CEDENTE: TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE ALAGOAS CNPJ nº 12.395.125/0001-47,

Endereço: Av. Fernandes Lima, nº 1047, Farol, Maceió/AL.

CESSIONÁRIO: SERVIÇO DE PROMOÇÃO E BEM-ESTAR COMUNITÁRIO – SOPROBEMCNPJ nº 12.498.937/0001-18

Endereço: Rua do Imperador, nº. 361, Centro, Maceió, Alagoas.

DO OBJETO: Este termo tem por objeto a PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE VIGÊNCIA do Termo de Cessão de Uso do “Bem Móvel de Caráter Permanente”, abaixo especificado, para a exclusiva finalidade de ser, pelo CESSIONÁRIO.

DA PRORROGAÇÃO: Por força deste Termo, o prazo de vigência de que trata a Cláusula Quarta do Termo de Cessão fica prorrogado por 24 (vinte e quatro) meses, encerrando-se sua vigência em 31/12/2022.

DA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Lei nº 8.666/93. DO FORO: Cidade de Maceió/AL.

DATA DA ASSINATURA: 29 de dezembro de 2020.

REPRESENTANTES:

DO CEDENTE: Conselheiro-Presidente Otávio Lessa de Geraldo Santos DO CESSIONÁRIO: VANILO DE ARAÚJO VIEIRA

EXTRATO

TERMO DE EXECUÇÃO DESCENTRALIZADA - TED DAS PARTES:

- TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE ALAGOAS – TCE/AL Endereço: Av. Fernandes Lima, nº 1047, Farol, Maceió/AL. - SECRETARIA DE ESTADO DA COMUNICAÇÃO – SECOM Endereço: Praça Marechal Floriano Peixoto, 555, Centro, Maceió/AL.

DO OBJETO: Proporcionar a divulgação de informações sobre as atividades e projetos do Estado de Alagoas, por meio da programação aberta da TV Cidadã.

DA JUSTIFICATIVA: Necessidade de disseminar as práticas da atividade administrativa junto ao cidadão alagoano, fortalecendo o exercício da cidadania e da vivência sistêmica da atuação administrativa.

DA DOTAÇÃO: Os recursos orçamentários do Tesouro Estadual, da Unidade Gestora 015004 – FUNEC, Atividade Desenvolvimento da TV Cidadã Programa de Trabalho 1040005040103200023457 - Elemento de Despesa 339039. - Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica.

DA VIGÊNCIA: Terá vigência pelo prazo de 24 (vinte e quatro) meses, contados a partir da data da assinatura.

DA PUBLICAÇÃO: O presente será publicado no Diário Oficial Eletrônico, na forma de extrato.

UNIDADES RESPONSÁVEIS:

Conselheiro-Presidente Otávio Lessa de Geraldo Santos. Secretário Enio Lins de Oliveira,

DATA DA ASSINATURA: 18 de janeiro de 2021.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE ALAGOAS ASSINOU OS SEGUINTES DESPACHOS:

Processo nº: TC-75/2021

Interessado: MARIA SALETE DE ALBUQUERQUE TAVARES Autorizo.

Sigam os autos à Diretoria Financeira para as demais medidas a seu cargo. Maceió, 20 de janeiro de 2021.

Processo n° TC-68/2021

Interessado: GABINETE DA PRESIDÊNCIA

Adoto o Parecer PJ TC/AL nº 007/2021 exarado pela douta Procuradoria Jurídica desta Corte de Contas, acolhido pelo Procurador-Chefe Adjunto, conforme fls. 13/15, conclusivo pelo deferimento condicionado do pedido formulado, ao tempo em que, com fundamento no art. 65 da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, AUTORIZO a celebração do termo aditivo pretendido.

À Diretoria de Recursos Humanos para cientificar a outra parte interessada e para adoção das providências pertinentes.

Maceió, 20 de janeiro de 2021.

Conselheiro OTÁVIO LESSA DE GERALDO SANTOS Presidente

Conselheiro Anselmo Roberto de Almeida Brito

Acórdão

GABINETE DO CONSELHEIRO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE ALAGOAS, ANSELMO ROBERTO DE ALMEIDA BRITO.

SESSÃO 2ª CÂMARA DE 02.12.2020: PROCESSO TC-16732/2018

Assunto: Procedimento Sancionatório.

Jurisdicionado: Departamento de Estradas e Rodagens - DER (Grupo I – Biênio 2017/2018).

Exercício financeiro: 2018.

Gestor: HELDER GAZZANEO GOMES – CPF N. 098.782.894-00. ACÓRDÃO 2.544/2020.

FUNCONTAS. MULTA. DESCUMPRIMENTO À LEGISLAÇÃO EM VIGOR. SUPOSTA OMISSÃO DO DEVER DE ENVIAR DOCUMENTO NO PRAZO REGULAMENTAR. DEFESA ACOLHIDA. ARQUIVAMENTO.

1. Tratam os autos do procedimento instaurado em 18/12/2018 pelo Fundo Especial de Desenvolvimento das Ações do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas – FUNCONTAS, em face de HELDER GAZZANEO GOMES, inscrito no CPF sob o n. 098.782.894-00, na qualidade de gestor do Departamento de Estradas e Rodagens - DER, no exercício

(3)

financeiro de 2018, pelo não envio, no prazo hábil, do Balancete do mês de março de 2018, descumprindo o prazo estabelecido pelo Calendário de Obrigações dos Gestores Públicos, instituído pela Resolução Normativa n. 02/2003.

2. O interessado foi cientificado por meio do Ofício n. 142/2019 – FUNCONTAS, datado de 10/01/2019, fl.06, comprovadamente recebido em 01/02/2019, conforme o Aviso de Recebimento – A.R., fl. 17 dos autos, para que, no prazo de 05 (cinco) dias apresentasse sua manifestação/defesa, em atenção ao princípio do devido processo legal, em suas espécies do contraditório e da ampla defesa, conforme disposto no art. 2º da Resolução Normativa n. 10/2011 c/c o art. 5º, inc. LV, da CRFB/1988.

3. O gestor, em resposta à notificação, protocolou defesa conforme o comprovante de juntada n. 3089 em 05/02/2019, informando do envio do balancete do mês de março de 2018 ao Tribunal de Contas no prazo disposto pela Resolução Normativa n. 02/2003, trazendo cópia do respectivo documento de encaminhamento - Ofício DER/AL n. 158/ DP/2018 -, fl. 12, protocolado no dia 30/04/2018, gerando o processo TC-5509/2018. 4. Seguindo a tramitação estabelecida no art. 3º, parágrafo único, da Resolução Normativa n. 10/2011, o processo foi encaminhado ao Ministério Público especial junto à Corte de Contas que, por meio do Parecer n. 2636/2020, opinou pelo acolhimento da defesa e consequente afastamento da sanção pecuniária, fl. 19.

5. Da análise dos documentos constantes dos autos e considerando os esclarecimentos apresentados pelo gestor, entendemos que o presente processo está apto a ser submetido à apreciação do Órgão fracionário do Tribunal.

6. Diante ao exposto, apresentamos voto para que a 2ª Câmara Deliberativa da Corte de Contas, no uso de suas atribuições, legais e regimentais, DECIDA:

6.1 ARQUIVAR o presente processo, promovido em face de HELDER GAZZANEO GOMES, na qualidade de gestor do Departamento de Estrada e Rodagens - DER, considerando a comprovação da pontualidade do envio do Balancete de março de 2018, em atendimento, portanto, aos prazos normatizados pela Corte de Contas; 6.2. ENCAMINHAR os autos ao FUNCONTAS para conhecimento da presente deliberação e cientificação do gestor do inteiro teor da decisão do Tribunal;

6.3. PUBLICIZAR a decisão.

Sessão virtual do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE ALAGOAS, em Maceió 02 de dezembro de 2020.

Presentes:

Conselheiro ANSELMO ROBERTO DE ALMEIDA BRITO – Presidente em exercício e Relator com o voto vencedor

Conselheiro Substituto ALBERTO PIRES ALVES DE ABREU

Conselheira Substituta ANA RAQUEL RIBEIRO SAMPAIO CALHEIROS Conselheiro Substituto SÉRGIO RICARDO MACIEL

Procurador ÊNIO ANDRADE PIMENTA - Procurador do Ministério Público Especial PROCESSO TC-12182/2018

Anexo: TC-13603/2018

Assunto: Procedimento sancionatório.

Jurisdicionado: Município de Santa Luzia do Norte. Grupo II – Biênio 2013/2014. Exercício financeiro: 2014.

Gestora: JOSEFA DOS SANTOS SILVA – CPF n. 815.492.454-49. ACÓRDÃO 2.540/2020

FUNCONTAS. DESCUMPRIMENTO À LEGISLAÇÃO EM VIGOR. OMISSÃO DO DEVER DE ENVIAR DADOS NO PRAZO REGULAMENTAR. DEFESA INSUBSISTENTE. APLICAÇÃO DA MULTA.

1. Tratam os autos de procedimento instaurado em 06/09/2018 pelo Fundo Especial de Desenvolvimento das Ações do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas – FUNCONTAS, em face de JOSEFA DOS SANTOS SILVA, inscrita no CPF sob o n. 815.492.454-49, na qualidade de gestora do Fundo de Previdência Social de Santa Luzia do Norte, no exercício financeiro de 2014, pelo não envio em prazo hábil, da 3ª remessa do SICAP, que corresponde às obrigações referentes aos meses de maio e junho de 2014, descumprindo o prazo estabelecido pela Instrução Normativa n. 02/2010, alterada pela Instrução Normativa n. 04/2011, que regulamenta o período de 15/07/2014 e 30/07/2014 para a transmissão dos dados contábeis.

2. A interessada foi cientificada por meio do Ofício n. 344/2018 - FUNCONTAS, datado de 10/08/2018, fl.07, para, no prazo de 05 (cinco) dias, apresentar manifestação/ defesa, conforme se depreende do comprovante de Aviso de Recebimento – A.R., de 27/09/2018, observando-se o princípio do devido processo legal, em suas espécies do contraditório e da ampla defesa, disposto no art. 2º, da Resolução Normativa n. 10/2011 c/c o art. 5º, inc. LV, da CRFB/1988, fl. 11.

3. A gestora argumentou que teve problemas com a empresa contratada por meio de licitação para locação do software contábil que seria o gerador das informações e dos relatórios contábeis, em razão disso, ficou impossibilitada de enviar os dados do SICAP no período de maio e junho de 2014 (3ª remessa de 2014). Por fim, ressaltou que a defesa foi prejudicada por não ter acesso aos comprovantes das informações, devido ao arquivamento das informações serem feitas na sede da prefeitura.

4. Seguindo a tramitação estabelecida no art. 3º, parágrafo único, da Resolução Normativa n. 10/2011, o processo foi encaminhado ao Ministério Público especial junto à Corte de Contas que, por meio do Parecer n. 2573/2020, entendeu que a manifestação da gestora não ilide a incidência da norma punitiva, tendo em vista a interessada não ter apresentado fato novo capaz de justificar o afastamento da aplicação da sanção, assim como, evidenciara que o fato gerador ocorreu quando foi descumprido o prazo da remessa da documentação estipulado pela Instrução Normativa. Ato seguinte, enfatizou que o encaminhamento extemporâneo dos dados não tem o

condão de afastar a multa decorrente do fato gerador já configurado, assim, opinou pelo não acolhimento da defesa prévia apresentada, com consequente aplicação da sanção pecuniária (fls. 14/15 – TC-13603/2018).

5. Tendo em vista o que dos autos consta, entendemos por submetê-los à deliberação. 6. Diante do exposto, apresentamos voto para que a 2ª Câmara Deliberativa da Corte de Contas, no uso de suas atribuições legais e regimentais, DECIDA:APLICAR multa de 100 (cem) UPFAL’s a Sra. JOSEFA DOS SANTOS SILVA, inscrita no CPF sob o n. 815.492.454-49, na qualidade de gestora do Fundo de Previdência Social de Santa Luzia do Norte, no exercício financeiro de 2014, com fundamento nos arts. 45 e 48, II, da Seção II, do Capítulo VI, do Título II, da Lei Estadual n. 5.604/1994, cientificando-a para que, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, realize o pagamento da multa imposta pelo Tribunal, a crédito do FUNCONTAS, em atenção ao art. 5º, da Resolução Normativa n. 01/2003; 1.2. ALERTAR a gestora que o não pagamento da multa no prazo fixado implicará em comunicação à Procuradoria Geral do Estado - PGE, para posterior ajuizamento de competente ação de execução, com fulcro no art. 31, II, da Seção IV, do Capítulo I, do Título II, da Lei Estadual n. 5.604/1994;

1.3. REMETER o presente processo à Direção do FUNCONTAS, para cumprimento da deliberação, de modo que não haja dúvida quanto à ciência da interessada, conforme o disposto no art. 25, II, da Seção IV, do Capítulo I, do Título II, da Lei Estadual n. 5.604/1994 e, após o cumprimento dos dispositivos acima, enviá-lo ao gabinete do Conselheiro Relator, para acompanhamento do pagamento da multa e (ou) para outras medidas de praxe;

1.4. PUBLICIZAR a Decisão.

Sessão virtual do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE ALAGOAS, em Maceió 02 de dezembro de 2020.

Presentes:

Conselheiro ANSELMO ROBERTO DE ALMEIDA BRITO – Presidente em exercício e Relator com o voto vencedor

Conselheiro Substituto ALBERTO PIRES ALVES DE ABREU

Conselheira Substituta ANA RAQUEL RIBEIRO SAMPAIO CALHEIROS Conselheiro Substituto SÉRGIO RICARDO MACIEL

Procurador ÊNIO ANDRADE PIMENTA - Procurador do Ministério Público Especial Luciana Marinho Sousa Gameleira

Responsável pela resenha

Conselheiro Fernando Ribeiro Toledo

Acórdão

PROCESSO TC Nº 15333/2014

UNIDADE Município de Joaquim Gomes/AL RESPONSÁVEL Sr. JOSÉ LUIS DA SILVA JUNIOR

ASSUNTO Aplicação de multa

SICAP. DESCUMPRIMENTO DO CALENDÁRIO DE OBRIGAÇÕES. DEFESA INSUBSISTENTE. NÃO ACOLHIMENTO. APLICAÇÃO DA MULTA.

Trata-se da análise do Processo TCE/AL Nº 15333/2014, Processo anexo TCE/ AL nº 5933/2015, oriundo do FUNCONTAS, MEMO nº 1538/2014, que anotou o descumprimento do Calendário das Obrigações dos Gestores Públicos perante o TCE/ AL, do Gestor do Fundo Municipal de Assistência Social do Município de Joaquim Gomes/AL, Sr. JOSÉ LUIS DA SILVA JUNIOR, inscrito no CPF sob o nº 022.823.744-01, referente a 4ª Remessa do SICAP, correspondente aos meses de julho e agosto de 2013, consoante determina a Instrução Normativa 002/2010, alterada pela Instrução Normativa nº 04/11.

Em ato contínuo, expediu-se o ofício nº 123/2015, endereçado ao Gestor do Fundo Municipal de Educação de São Luiz do Quitunde, para no prazo improrrogável de 05 (cinco) dias, a contar do recebimento da notificação, apresentar defesa sobre os fatos narrados, em atenção ao princípio da ampla defesa.

Oportunizada a defesa o gestor alegou que, o atraso se deu em razão de problemas alheios a sua vontade, como o afastamento do Prefeito, e sua exoneração do cargo e também por não ter acesso ao sistema para alimentação d oSICAP.

O processo seguiu para o Ministério Público de Contas/AL que emitiu novo parecer nº 2294/2017/6ªPC/RC, e opinou pela aplicação de multa.

É o relatório.

(4)

do Prefeito e posterior exoneração de todos os secretários pela vice-prefeita, impossibilitando a remessa do SICAP.

Nesse padrão, indispensável anotar que, caberia ao requerido demonstrar o fato impeditivo e/ou extintivo do dever, do Tribunal de Contas, de aplicar a multa ao gestor recalcitrante, no entanto não o fez.

Nesses Termos, diante do PLENÁRIO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE ALAGOAS, VOTO:

1) Pela aplicação da multa de 100 (cem) UPFAL´S, equivalente a R$ 2.429,00 (dois mil, quatrocentos e vinte e nove reais), ao Gestor do Fundo Municipal de Assistência Social do Município de Joaquim Gomes/AL, Sr. JOSÉ LUIS DA SILVA JUNIOR, inscrito no CPF sob o nº 022.823.744-01, consoante estabelece o Art.48, inciso II, da Lei n° 5604/1994 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas) c/c o Art. 3°, inciso II, da Resolução Normativa n° 001/2003; em ato contínuo cientifique-se o gestor, citado acima, da presente deliberação, para que recolha o valor, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do trânsito em julgado do presente Acórdão.

2) Pela remessa dos autos ao FUNCONTAS, para ciência e cumprimento da deliberação contida no item “2”, e, posteriormente promover a juntada do presente processo aos autos da Prestação de Contas do respectivo órgão;

3) Caso não haja pagamento no prazo fixado, comunique à Procuradoria Geral do Estado de Alagoas, para promover a Ação de Execução, do título extrajudicial.

ACORDÃO Nº 1096/2017

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACÓRDAM os Conselheiros do Pleno deste Tribunal de Contas do Estado de Alagoas, em aplicar multa ao Sr. JOSÉ LUIS DA SILVA JUNIOR, nos termos do voto do Relator.

Sala das Sessões do PLENÁRIO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE ALAGOAS, em Maceió/AL, 11 de julho de 2017.

Conselheira Presidente MARIA CLEIDE COSTA BESERRA Conselheiro Relator FERNANDO RIBEIRO TOLEDO Conselheiro ANSELMO ROBERTO DE ALMEIDA BRITO Conselheira Substituta ANA RAQUEL RIBEIRO SAMPAIO Conselheiro Substituto ALBERTO PIRES ALVES DE ABREU

Procurador do Ministério Público de Contas ENIO ANDRADE PIMENTA FERNANDO RIBEIRO TOLEDO

Conselheiro Relator

Conselheiro Rodrigo Siqueira Cavalcante

Decisão Simples

O CONSELHEIRO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE ALAGOAS, RODRIGO SIQUEIRA CAVALCANTE, DECIDIU MONOCRATICAMENTE NO DIA 20 DE JANEIRO DE 2021 NO SEGUINTE PROCESSO:

PROCESSO TC - 7496/2013 UNIDADE Craíbas PREV

INTERESSADO José Ventura da Silva ASSUNTO Pensão por Morte

DECISÃO MONOCRÁTICA

BENEFÍCIO DE PENSÃO POR MORTE -PROVENTOS INTEGRAIS – OBSERVÂNCIA ÀS EXIGÊNCIAS LEGAIS. PELO REGISTRO.

1. Trata-se do processo administrativo nº 008/2011, referente ao pedido do benefício de pensão por morte por parte do Sr. José Ventura da Silva, CPF nº 022.039.394-00, companheiro da ex-segurada Josefa Andrelina da Silva, inscrito no CPF sob o nº 804.217.254-00, matrícula nº 120, detentora do cargo de professora, da Secretaria Municipal da Educação, integrante do Poder Executivo que, em atendimento aos preceitos constitucionais e legais vigentes (art. 97, III da Constituição do Estado/89), foi submetido à apreciação deste Tribunal de Contas do Estado de Alagoas.

2. A Concessão deste Benefício de Pensão por Morte com proventos integrais, em conformidade com o art. 40, §7º- I da CF/88, encontra-se amparo no art. 54, I da Lei Municipal de Craíbas nº 320/2011. (CF/88) Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. § 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: I – ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou (LEI MUNIPAL DE CRAÍBAS nº 320/2011) Art. 54 – A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado, definidos no art. 8º, quando do seu falecimento e consistirá numa renda mensal correspondente à: I- totalidade dos proventos percebidos pelo aposentado na data anterior à do óbito, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, acrescida de setenta por cento da parcela excedente a este limite; ou

3. Constata-se que foi expedido o Ato de Concessão em 01 de setembro de 2011 (fls. 04), através da Portaria CraíbasPrev Nº 04/2011, subscrito pelo Sr. Edielson Barbosa Lima, juntamente com a Diretora de Administração e Patrimônio no exercício da presidência do Instituto CraíbasPREV à época, com ato publicado no átrio da Prefeitura Municipal e do Instituto de Previdência de Craíbas em decorrência da inexistência de órgão de Imprensa Oficial na Municipalidade à época; e que o demonstrativo dos proventos, acostado aos autos foi elaborado corretamente, em consonância com os ditames insculpidos na legislação específica, estando em conformidade com o Ato Aposentatório em foco, segundo atestado pela DIMOP/SARPE (Seção de Aposentadoria, Reforma e Pensão) e pelo Ministério Público de Contas, no Parecer nº 2427/2018/1ªPC (fl.06), por meio do qual opina pelo registro do ato ora apreciado.

4. Destaca-se que o pleito formulado reveste-se de legalidade, posto que o requerente comprovou por meio das Certidões de Casamento dos quatros filhos (fls. 17/20), bem como o requerente foi o declarante da certidão de óbito da ex-segurada (fls. 23), restando demonstrada a qualidade de companheiro.

5. A apreciação da legalidade dos atos de concessão de aposentadorias, para fins de registro, está inserida entre as competências desta Corte de Contas, conforme dispositivos constitucionais, legais e regulamentares vigentes (art. 97, III da CE/89; art. 1º, III, “b”, da Lei nº 5.604/94 – Lei Orgânica do TCE/AL; art. 6º, VII e 172, II da Resolução nº 003/2001 – Regimento Interno do TCE/AL).

6. Em conformidade com a Resolução Normativa nº 007/2018, do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas, o relator, no uso das suas atribuições Constitucionais e legais, poderá determinar monocraticamente o registro do ato de aposentadoria, quando a manifestação dos órgãos de instrução da casa e do Ministério Público de Contas forem favoráveis.

Art.7º, Parágrafo único - Nos atos de concessão de aposentadoria, reforma, pensão e nos atos de admissão de pessoal, o relator poderá determinar o registro se a informação do órgão instrutivo e o parecer do Ministério Público de Contas forem favoráveis, com a expressão indicação de atendimento às disposições legais.

CONCLUSÃO

7. Por todo o exposto, e considerando que o relator poderá determinar monocraticamente o registro do ato de aposentadoria e Pensão, em consonância com o art. 7º, Parágrafo único da Resolução Normativa nº007/2018, DETERMINO o registro do Ato de Concessão do Benefício de Pensão por Morte ao beneficiário Sr. José Ventura da Silva, companheiro da ex-segurada Sra. Josefa Andrelina da Silva, consubstanciado no Ato de Concessão de Pensão, datado em 01 de setembro de 2011 e com ato publicado no átrio da Prefeitura Municipal e do Instituto de Previdência de Craíbas em decorrência da inexistência de órgão de Imprensa Oficial na Municipalidade à época, para fins de Direito, com fundamento no art. 40, §7º, I da CF/88 e a Lei Estadual nº 7.751/2015.

ENCAMINHAMENTOS

I – Determinar o envio dos autos ao Ministério Público de Contas para que seja notificado pessoalmente da presente decisão;

II – Em seguida, caso o Ministério Público de Contas não interponha recurso, que os autos sejam enviados à Presidência deste Tribunal para tomar as medidas cabíveis a dar ciência ao CraíbasPREV e que o mesmo comunique a decisão ao Órgão de Origem da segurada, ressaltando que por Direito, havendo necessidade de realizar a devida compensação financeira ao interessado, que seja realizada, nos termos do art. 201, § 9º da Constituição Federal/88;

III – A remessa dos autos do referido processo ao CraíbasPREV, que trata da vida funcional do servidor, certificando tal providência nos autos em epígrafe.

IV – Publique-se.

Maceió, 20 de janeiro de 2021. Conselheiro RODRIGO SIQUEIRA CAVALCANTE

Atos e Despachos

O CONSELHEIRO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE ALAGOAS, RODRIGO SIQUEIRA CAVALCANTE, DESPACHOU O SEGUINTE PROCESSO EM 19 DE JANEIRO DE 2021:

Processo: TC/002000/2016

Assunto: APOSENTADORIA/RESERVAS/PENSÕES - TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Interessado: Sra. ELIZIA BATISTA PEREIRA

Lotação: SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO - SEAGRI

De ordem, remetam-se os autos ao Ministério Público de Contas para que seja notificado pessoalmente da presente decisão, conforme item 7, incisos I e II da presente Decisão Monocrática (fls. 23/24).

Caso o Ministério Público de Contas não interponha recurso, que os autos sejam enviados à Presidência deste Tribunal para tomar as medidas cabíveis e para dar ciência desta decisão ao AL Previdência, e que este comunique ao órgão de Origem do segurado, pois se trata da vida funcional da servidora, ressaltando que por Direito, havendo necessidade de realizar a devida compensação financeira ao interessado, que seja realizada, nos termos do art. 201, §9º da Constituição Federal de 1988.

Em Maceió/AL, 19 de Janeiro de 2021 PEDRO THIAGO FALCÃO BROAD

Assessor de Conselheiro Mat. 78.284-0

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GABINETE CONS. RODRIGO SIQUEIRA CAVALCANTE Processo: TC/002994/2019

Assunto: APOSENTADORIA/RESERVAS/PENSÕES - POR IDADE E TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Interessado: Sra. CÍCERA VALÉRIA GALINDO CAVALCANTE Lotação: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SEMED

De ordem, remetam-se os autos ao Ministério Público de Contas para que seja notificado pessoalmente da presente decisão, conforme item 7, incisos I e II da presente Decisão Monocrática (fls. 14/16).

Caso o Ministério Público de Contas não interponha recurso, que os autos sejam enviados à Presidência deste Tribunal para tomar as medidas cabíveis e para dar ciência desta decisão ao IPREV Maceió, e que este comunique ao órgão de Origem do segurado, pois se trata da vida funcional da servidora, ressaltando que por Direito, havendo necessidade de realizar a devida compensação financeira ao interessado, que seja realizada, nos termos do art. 201, §9º da Constituição Federal de 1988.

Em Maceió/AL, 19 de Janeiro de 2021 PEDRO THIAGO FALCÃO BROAD

Assessor de Conselheiro Mat. 78.284-0

GABINETE CONS. RODRIGO SIQUEIRA CAVALCANTE

Comissão Permanente de Licitação

Pregoeiro do Tribunal de Contas do Estado de

Alagoas

Aviso

AVISO DE LICITAÇÃO PREGÃO ELETRÔNICO Nº 01/2021

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE ALAGOAS, por intermédio do seu Pregoeiro e Equipe de Apoio designados pela Portaria nº 02/2021, publicada no Diário Oficial Eletrônico deste Tribunal edição de 11 de janeiro de 2021, torna público, para conhecimento dos interessados, que realizará licitação para REGISTRO DE PREÇOS, na modalidade PREGÃO, na forma ELETRÔNICO, como critério de julgamento MENOR PREÇO GLOBAL DO LOTE, para futura e eventual aquisição de equipamentos de informática, visando melhorar e ampliar o datacenter desta corte de contas e atender às necessidades de todos os setores do Tribunal de Contas do Estado Alagoas (TCE-AL), de acordo com as condições, quantidades e exigências estabelecidas no Edital e seus anexos, relativo ao processo administrativo TC-4030/2020.

ENVIO DAS PROPOSTAS: A partir das 08h00 (horário de Brasília) do dia 25.01.2021. SESSÃO PÚBLICA ELETRÔNICA: Às 10h00 (horário de Brasília) do dia 04.02.2021. LOCAL: Através do site www.comprasgovernamentais.gov.br.

UASG: 925473 – Tribunal de Contas do Estado de Alagoas.

O Edital e seus anexos encontram-se disponíveis nos sites: www.tce.al.gov.br e www. comprasgovernamentais.gov.br e as demais informações, dúvidas e pedidos de esclarecimentos deverão ser dirigidas à Comissão Permanente de Licitação - CPL através do e-mail: cpl@tceal.tc.br.

Maceió/AL, 19 de janeiro de 2021. CLÁUDIO CORREIA

Pregoeiro

Ministério Público de Contas

Procuradoria-Geral do Ministério Público de Contas

Atos e Despachos

DESPACHO n. 072/2020/PO/PG/GS Procedimento Ordinário n. 031/2018

Assunto: Pedido de suspensão de férias Exercício 2019. Interessado: Luciana Maria Calheiros Moreira Peixoto (...)

03. Defiro o pedido e determino a remessa da informação à Presidência e à Diretoria de Pessoal do TCE/AL, para anotações cabíveis na respectiva Ficha Funcional.

(...)

Maceió, AL, 15 de outubro de 2020.

GUSTAVO HENRIQUE ALBUQUERQUE SANTOS Procurador-Geral do Ministério Público de Contas

MILVA M. ARRUDA VANDERLEI DE MELO Matrícula 78.155-0

Responsável pela resenha

3ª Procuradoria do Ministério Público de Contas

Atos e Despachos

PAR-3PMPC-214/2021/RA Processo TCE/AL n. 111202110849

Interessado: VMI TECNOLOGIAS LTDA Assunto: Denúncia/Representação

Órgão Ministerial: 3ª Procuradoria de Contas em substituição na 2ª Procuradoria de Contas

Classe: DEN

Tratam os autos de representação formulada pela sociedade empresária VMI TECNOLOGIAS LTDA a qual informa a potencial ocorrência de irregularidades perpetradas em licitação promovida pelo gestor do município de Santana do Ipanema-AL.

Consoante se extrai da representação e dos dados que instruem a inicial, informa o representante que o município realizaria o processo licitatório na modalidade Pregão Eletrônico sob o nº 57/2020-SRP, cujo objeto é o registro de preços para aquisição de aparelho de mamografia destinado ao centro de Diagnóstico José Abdon Malta Marques, sob administração do ente local.

Narra o petitório vestibular que o edital referente ao aludido procedimento teria pormenorizado o equipamento objeto da licitação a tal ponto de direcionar a aquisição de bem específico de uma única empresa que atenderia às especificações. Especificamente no caso sob análise, alega o denunciante que a exigência técnica concernente às faixas de contraste requisitadas para o aparelho a ser contratado exclui todos os licitantes, aspecto que direcionaria a licitação para uma única empresa dentre o universo de interessadas no feito.

Ao que se depreende do instrumento convocatório, seria requisito técnico para contratação que o aparelho de mamografia observasse, entre outros requisitos, uma faixa de contraste com densidade de 800 mAs (miliamperes) ou maior. Ocorre que apenas um modelo de equipamento atenderia tal especificidade, a saber o modelo AURORA da marca LOTUS, excluindo todas as demais interessadas (mais precisamente, cinco concorrentes), as quais possuiriam faixas de miliamperes com valores máximos entre 600 mAs e 640 mAs.

Segundo argumenta a denunciante, as particularidades do objeto apontadas no edital limitariam significativamente a concorrência e, objetivamente, impediriam a participação das demais interessadas sem qualquer justificativa técnica plausível; incorrendo no direcionamento da licitação à única empresária que atenderia ao requisito.

Reporta, ademais, a denunciante que apresentou impugnação ao edital junto ao Poder Público municipal em razão da ausência de especificação dos itens licitados em contrariedade à Lei de Licitações e Contratos. Entretanto, a impugnação teria sido indeferida administrativamente.

Diante das peculiaridades, pugna pela retificação do edital com utilização de critérios usuais do mercado no sentido de atender a um universo de licitantes interessados no certame e isonômico. Cautelarmente, pugnou pela suspensão do certame até o julgamento definitivo da matéria submetida à Corte de Contas.

Distribuído à Presidência da Corte de Contas, o qual exerceu juízo positivo de admissibilidade, fizeram-se conclusos os autos ao Ministério Público de Contas para análise prelibatória do feito.

É o relatório.

Dos Requisitos Mínimos de Conhecimento da Denúncia

O procedimento aplicável às denúncias ou representações está descrito nos arts. 190 a 197 do RITCEAL.

O art. 191 do RITCEAL dispõe sobre os requisitos de forma e de fundo para a admissibilidade da representação ofertada. Veja-se:

Art. 191. A denúncia ou representação sobre matéria de competência do Tribunal deverá referir-se a administrador ou responsável sujeito a sua jurisdição, ser redigida com clareza e conter o nome completo, a qualificação, a cópia de documento de identidade e o endereço do denunciante, informações sobre o fato e a autoria, as circunstâncias e os elementos de sua convicção, e a indicação das provas que deseja produzir ou indício veemente da existência do fato denunciado.

§1º. A denúncia ou representação apresentada por pessoa jurídica será instruída com prova de sua existência e comprovação de que os signatários têm habilitação para representá-la.

§2º. Na hipótese de inobservância do disposto no caput do artigo e no parágrafo anterior, a denúncia não será acolhida in limine, pelo Presidente, sendo dada ciência

(6)

ao denunciante.

Da sua leitura, extrai-se a necessidade de (i) indicação do fato, (ii) da sua autoria, (iii) das circunstâncias e (iv) dos elementos de convicção quanto à sua ocorrência, podendo ainda indicar provas que deseja produzir ou indícios veementes da existência do fato. No caso em tela, verifica-se que a Representação versa sobre matéria sujeita à apreciação do Tribunal de Contas, decorrente de atos praticados no âmbito da Administração Pública; com possível infração a norma legal; refere-se à responsável sujeito à sua jurisdição; está redigida em linguagem clara e objetiva; e contém o nome legível e assinatura do representante, sua qualificação e endereço.

Quanto aos indícios dos fatos denunciados, não há dúvidas de que as supostas irregularidades imputadas pelo denunciante possuem substância probatória mínima, já que extraíveis diretamente do edital do certame licitatório.

Superados os aspectos formais para análise da representação, analisemos a matéria de fundo posta pelo denunciante.

Do Possível Direcionamento do Certame

A Lei n. 8.666/93 prescreve que o objeto da licitação deverá ser previsto no edital com descrição sucinta e clara (art. 40, I), onde haja observância objetiva a um padrão de qualidade e de desempenho do produto. Trata-se de um mecanismo que tem por escopo evitar a contratação de produtos que não atendam aos preceitos mínimos de durabilidade, funcionalidade e desempenho, necessários ao interesse que subjaz à contratação.

Sobre o tema, prescreve o Tribunal de Contas da União:

Súmula TCU nº 177: “A definição precisa e suficiente do objeto licitado constitui regra indispensável da competição, até mesmo como pressuposto do postulado de igualdade entre os licitantes, do qual é subsidiário o princípio da publicidade, que envolve o conhecimento, pelos concorrentes potenciais das condições básicas da licitação, constituindo, na hipótese particular da licitação para compra, a quantidade demandada uma das especificações mínimas e essenciais à definição do objeto do pregão”

Nesse sentir, uma leitura sistêmica do comando normativo impõe a interpretação de que o objeto da licitação deve ser descrito de modo a viabilizar a ampla concorrência e tratamento isonômico de todos os interessados no objeto do certame. É bem verdade que o edital deve discriminar claramente o produto ou serviço almejado, mas não a tal ponto de eliminar determinados grupos que atenderiam igualmente o interesse da Administração.

Tampouco a indicação das características fundamentais daqueles podem servir de subterfúgio para preferência velada de determinado fornecedor ou marca. Não à toa, o art. 3º, I da Lei de Licitações e Contratos proíbe o estabelecimento de cláusulas ou condições que restrinjam, comprometam ou frustrem o caráter competitivo do certame. Pois bem. Ao analisar o caso vertente, observo que o ponto nodal de discussão diz respeito à adoção de um critério classificatório onde a característica do produto a ser adquirido somente poderia ser observado em apenas um modelo de uma única empresa. Como alinhavado no relatório, o objeto do Pregão é a aquisição de aparelho de mamografia para equipar o hospital público municipal. O critério em comento versa sobre a faixa de intervalo de mAs (miliamperes) que o aparelho de radiografia (mamografia, no caso) a ser adquirido deve observar.

Ora, em uma leitura leiga em relação a essa característica, é possível evidenciar que, juntamente com o índice de Kv, é utilizado para evidenciar, respectivamente, densidade (mAs) e contraste (Kv) da imagem produzida pelo aparelho. Quando se faz necessário obter imagens de tecidos e órgãos mais densos, ignorando partes moles, o mAs se faz determinante e o Kv deve ser atenuado. Por outro lado, para reproduzir com maior clareza os tecidos moles (tudo que não se refira à ossatura humana), o Kv mais alto é essencial em detrimento do mAs. Em suma, a relação é inversamente proporcional. No caso sob exame, foi exigido que o aparelho de mamografia possuísse o intervalo entre 1 mAs e 800 mAs - ou maior (item 1 do Anexo 1). Ocorre que o critério adotado pela Administração permite que apenas um dos interessados possa disputar o certame, haja vista os demais interessados possuírem produtos cujo intervalo de densidade máximo margeia entre 600 mAs e 650 mAs.

A discussão a respeito da adequação dos critérios aos fins almejados pela Administração in casu resvala em critérios necessariamente técnicos e que demandam uma avaliação pormenorizada do órgão técnico da Corte, a fim de elucidar se o intervalo adotado pelo gestor foi adequado para a finalidade perseguida pelo Poder Público. Entretanto, não se pode ignorar que o critério apresentado possui traços de exclusividade; ou seja, encontra-se presente em um universo muito restrito de fornecedores ou marcas. Tanto é assim que, entre todos os licitantes, apenas um atendia a esse critério aparentemente restritivo, que culminou com a exclusão dos outros 6 concorrentes.

Outrossim, necessário registrar que todas as contratações de produtos e serviços realizadas pelo Poder Público devem observar parâmetros previstos por órgãos técnicos de normatização (Lei n. 8.666/93, art. 15, I e arts. 1º, 3º e 5º da Lei n. 9.933/1999). Convém registrar que, sobre as especificações de aparelhos de radiografia ligados à mamografia, a ABNT lançou mão de especificações técnicas (ABNT NBR IEC 60601-2-45) mais precisamente sobre aspectos da sua segurança e desempenho, prescrevendo: 203.6.2.2 Medidas de segurança contra falha da terminação normal da IRRADIAÇÃO Substituição:

f) Se a terminação normal depender de uma medição contínua da RADIAÇÃO X, [...]

- o PRODUTO CORRENTE-TEMPO deve ser limitado a não mais do que 800 mAs por IRRADIAÇÃO, a não ser que haja uma especificação diferente justificada pelo FABRICANTE;

(grifamos)

Recorde-se que apenas o órgão com maior perícia técnica poderá chancelar a pertinência do dispositivo aqui colacionado, porém, como indicado supra (item 20), o edital prescreve que a máquina de mamografia deveria ter um intervalo até maior que 800 mAs, aparentemente à revelia da aludida normativa. Posta tal condicionante, é necessário requisitar maiores esclarecimentos ao gestor para que informe de modo claro a adoção do critério em questão como indispensável para atender ao interesse público, bem como remessa dos autos ao competente órgão técnico para emita parecer técnico a fim de esclarecer o atendimento do critério às regulações vigentes sobre a matéria.

Por outro lado, em atenta leitura à resposta apresentada pelo Pregoeiro ao recurso do qual a denunciante lançou mão ainda na fase administrativa, restringiu-se o representante do Poder Público a informar que a escolha das especificações que melhor atendem ao interessem público incubem discricionariamente à Administração Pública, resguardando-se a supremacia do interesse público sobre o privado. Entretanto, em momento algum o gestor apontou os fundamentos técnicos que ensejaram a escolha do aparelho com as especificações acima mencionadas de modo a refutar motivadamente a irresignação com base em argumentos científicos ou calcados em estudos prévios sobre a necessidade da Administração.

É bem verdade que subsiste uma margem de discricionariedade do gestor ao estabelecer o objeto a ser contratado para melhor atender ao interesse público perseguido através da licitação. Ocorre que a interferência indiscriminada e injustificada do gestor nos bens ou serviços a serem adquiridos podem ensejar a caracterização de violação dos princípios de razoabilidade e proporcionalidade, por vezes resultando em indesejada preferência por marcas ou fornecedores específicos, malferindo igualmente a isonomia e a lógica de competitividade.

No caso dos autos, não vislumbro, em princípio, qualquer laudo técnico, vistoria ou instrumento congênere que respalde cientificamente a escolha do gestor quando instado a se manifestar sobre a questão; o que reforça a premissa de que, em tese, o critério adotado não possui substrato técnico-científico que o ampare. Em verdade, sequer prestou-se o gestor a explicitar a razão da necessidade de uma máquina com margem de densidade mais profunda e, aparentemente mais exigente para os padrões do mercado.

Conquanto não seja possível chegar a um juízo conclusivo a respeito da legitimidade da discricionariedade exercida pelo gestor para a escolha do critério aqui discutido, os indícios coligidos ao feito indicam que a sua adoção importa em significativa restrição do universo de interessados no certame o que, por via reflexa, além de malferir a lógica de competitividade do procedimento, pode vir prejudicar a busca da proposta mais vantajosa para a Administração.

Da Medida Cautelar – Suspensão da Licitação

Diante do panorama fático-normativo, suscitou o denunciante a suspensão do procedimento licitatório até que seja sanada a irregularidade editalícia alinhavadas na exordial.

Não restam dúvidas de que os Tribunais de Contas para fazer valer as competências elencadas na Constituição da República, podem emitir provimentos cautelares, a fim de evitar prejuízo ao interesse público em razão da demora natural até se obter um provimento de mérito da Corte.

Essa questão está pacificada no Supremo Tribunal Federal, sendo importante transcrever, por todos, o seguinte acórdão:

PROCEDIMENTO LICITATÓRIO. IMPUGNAÇÃO. COMPETÊNCIA DO TCU. CAUTELARES. CONTRADITÓRIO. AUSÊNCIA DE INSTRUÇÃO.

1- Os participantes de licitação têm direito à fiel observância do procedimento estabelecido na lei e podem impugná-lo administrativa ou judicialmente. Preliminar de ilegitimidade ativa rejeitada.

2- Inexistência de direito líquido e certo. O Tribunal de Contas da União tem competência para fiscalizar procedimentos de licitação, determinar suspensão cautelar (artigos 4º e 113, § 1º e 2º da Lei nº 8.666/93), examinar editais de licitação publicados e, nos termos do art. 276 do seu Regimento Interno, possui legitimidade para a expedição de medidas cautelares para prevenir lesão ao erário e garantir a efetividade de suas decisões).

3- A decisão encontra-se fundamentada nos documentos acostados aos autos da Representação e na legislação aplicável.

Diante da existência de lacuna na legislação aplicável ao TCE/AL a respeito da concessão de medida cautelar, deve-se recorrer àquela aplicável ao Tribunal de Contas da União, nos termos do art. 93 da LO/TCE/AL e 272 do RI/TCE/AL.

O dispositivo a ser aplicado é o art. 276 do Regimento Interno do Tribunal de Contas da União, que trata da concessão de medida cautelar para a suspensão de ato ou procedimento impugnado, nestes termos:

Art. 276. O Plenário, o relator, ou, na hipótese do art. 28, inciso XVI, o Presidente, em caso de urgência, de fundado receio de grave lesão ao erário ou a direito alheio ou de risco de ineficácia da decisão de mérito, poderá, de ofício ou mediante provocação, adotar medida cautelar, com ou sem a prévia oitiva da parte, determinando, entre outras providências, a suspensão do ato ou do procedimento impugnado, até que o Tribunal decida sobre o mérito da questão suscitada, nos termos do art. 45 da Lei nº 8.443, de 1992. (Grifo nosso).

Da regra que se extrai do texto normativo acima transcrito, tem-se o requisito necessário à concessão da medida ora pretendida, qual seja, a presença de fundado receio de grave lesão ao erário ou a direito alheio ou de risco de ineficácia da decisão de mérito. Conforme discorrido no item II, na hipótese apresentada subsistem relevantes indícios de ilegitimidade (fumus boni juris) por força da discriminação pormenorizada e restritiva de aspecto do objeto licitado a tal ponto que indica uma possível preferência por marca e potencial direcionamento do certame por parte do Poder Público municipal; prática

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essa que malfere os princípios da isonomia e competitividade, decerto afetando a obtenção da proposta mais vantajosa ao Poder Público.

Há que se registrar, ademais, que a manutenção da marcha do procedimento licitatório poderá importar em grave risco ao erário local (periculum in mora) com a realização de contratação advinda de certame limitador da competitividade, cujos efeitos denotam perigo de dano ou risco ao resultado útil do presente feito.

Conclusão

Diante do exposto, o Ministério Público de Contas oficia nos seguintes termos: deferimento de medida cautelar pelo Conselheiro Relator, por meio de decisão monocrática, para suspender o andamento do Pregão Eletrônico n. 57/2020-SRP, deflagrado pela Prefeitura de Santana do Ipanema, tendo em vista as irregularidades já aduzidas, até que ocorra a manifestação de mérito por esta Eg. Corte de Contas; A submissão do feito ao Pleno do TCE/AL para que seja admitida a presente representação;

A determinação, pelo Conselheiro Relator, de que o feito tramite junto à diretoria de fiscalização competente para que sejam apurados os fatos narrados e emitido o respectivo relatório técnico;

A adoção de outras medidas de instrução, conforme entendimento do Relator pela sua necessidade;

A citação dos agentes públicos envolvidos para que, querendo, prestem os esclarecimentos que entenderem devidos, no amplo exercício de suas garantias processuais;

Após o deferimento das medidas acima relacionadas, o retorno dos autos ao MPC/AL para nova manifestação.

Maceió, 20 de janeiro de 2021. RAFAEL RODRIGUES DE ALCÂNTARA Procurador do Ministério Público de Contas Em Substituição na 2ª Procuradoria de Contas

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