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em comunhão com a vida

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Academic year: 2021

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Texto

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E c k h a r t To l l e

em comunhão

com a vida

S e l e ç õ e s i n s p i r a d o r a s d e Um novo mundo – O despertar de

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B

S U M Á R I O

Introdução, 5

1

Para além do pensamento, 7

2

O poder do momento presente, 23

3 Quem somos nós?, 37

4

Despertar, 53

5

Espaço interior, 67

6

Nosso propósito de vida, 83

7

Tornar-se presente, 95

8

Consciência, 111

9

O corpo interior, 121

10

Em comunhão com a vida, 129 Notas, 142

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B

I N T R O D U Ç Ã O

P

ara esta edição complementar de Um novo mundo –

O despertar de uma nova consciência, foram selecionadas

passagens do livro original que me pareceram especial-mente adequadas a uma leitura inspiradora ou medi-tativa. Por essa razão, recomendo que este livro não seja lido de uma só vez, do início ao fim. Seria muito mais proveitoso que você lesse, no máximo, um capí-tulo de cada vez, parando para reler as passagens que suscitassem uma resposta interior. Então, deixe que as palavras penetrem sua mente e sinta a verdade para a qual elas apontam. Essa verdade já está naturalmente dentro de você. Outra possibilidade é abrir o livro de modo aleatório e ler uma página ou apenas um tre-cho, deixando que as palavras indiquem o caminho para uma dimensão mais profunda, que está além do pensamento. A verdade para a qual essas palavras con-duzem – a atemporalidade da consciência – não pode ser alcançada por meio do pensamento discursivo e do entendimento conceitual.

Este livro não é uma versão condensada de Um novo

mundo. Embora contenha algumas das mais

importan-tes e poderosas orientações do livro original, ele fala pouco sobre o ego e não se detém na questão do corpo

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de dor. Portanto, se você quiser compreender esses estados mentais-emocionais que impedem o despertar de uma nova consciência e, dessa maneira, ser capaz de identificá-los, deverá ler o livro original.

Este livro será mais útil para aqueles que já leram

Um novo mundo – quem sabe mais de uma vez –,

reagi-ram de forma profunda e passareagi-ram por algum tipo de transformação interior graças a ele. Seu conteúdo não tem muita importância. Você deverá lê-lo não somente para aprender algo novo, mas para se aprofundar, tor-nar-se mais presente e despertar do fluxo incessante e compulsivo do pensamento. Se não houver um reco-nhecimento interior, por mais distante ou fugaz que seja, daquilo para o qual as palavras apontam, então elas perderão o sentido e não passarão de conceitos abs-tratos. Por outro lado, caso esse reconhecimento ocorra, isso significa que o despertar da consciência já come-çou dentro de você e as palavras o ajudarão a trazê-lo à tona. Se algum trecho deste livro lhe parecer especial-mente poderoso, quero que você entenda que o que está sentindo é o seu poder espiritual, ou seja, aquilo que você é na sua essência. Somente o Espírito pode reco-nhecer o Espírito.

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Capítulo 1

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PARA ALÉM

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ensar não é mais do que um minúsculo aspecto da totalidade da consciência, do que somos.

O

que está surgindo agora não é um sistema iné-dito de crenças, não é uma religião diferente, não é uma ideologia espiritual nem uma mitologia. Estamos chegando ao fim não só das mitologias como também das ideologias e dos sistemas de crenças. A mudança é mais profunda do que o conteúdo da nossa mente, do que nossos pensamentos. Na verdade, na essência da nova cons ciência está a transcendência do pensamento, a recém-descoberta capacidade de nos elevarmos para além dele, de compreendermos uma dimensão dentro de nós que é infinitamente mais vasta do que ele.

Já não extraímos nossa identidade, o sentido de quem somos, do fluxo incessante do pensamento, que, na antiga cons ciência, considerávamos ser nós mesmos. Para o indivíduo é uma libertação saber que ele não é aquela “voz dentro da cabeça”.

Quem ele é então? É aquele que compreende isso. A consciência que é anterior ao pensamento, ao espaço em que ele – ou a emoção, ou a percepção sensorial – acontece.

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B

A

causa primária da infelicidade nunca é a situação, mas nossos pensamentos sobre ela.

P

ortanto, tome consciência dos pensamentos que lhe ocorrem. Separe-os da situação, que é sempre neutra – ela é como é. Existe a circunstância ou o fato, e você terá seus pensamentos a respeito deles. Em vez de criar his-tórias, atenha -se aos fatos. Por exemplo: “Estou arrui-nado” é uma história. Ela limita a pessoa e a impede de tomar uma providência eficaz. “Tenho 50 centavos na minha conta” é um fato. Encarar os fatos é sempre fortalecedor. Tome consciência de que, na maioria das vezes, suas emoções são criadas pelo que você pensa – observe essa ligação. Em vez de ser seus pensamentos e suas emoções, seja a consciência por trás deles.

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orque a sabedoria deste mundo é loucura diante de

Deus”, diz a Bíblia.1 O que é a sabedoria deste mundo?

A agitação do pensamento e o sentido que é definido exclusivamente por ele.

O

pensamento isola situações ou acontecimentos e os chama de bons ou maus, como se eles tivessem uma existência separada. Por meio da dependência excessiva do pensamento, a realidade se torna fragmentada. Esse fracionamento é uma ilusão, que no entanto parece muito real enquanto permanecemos presos a ela. O uni-verso, porém, é um todo indivisível onde todas as coisas estão interconectadas, onde nada existe de modo inde-pendente. A profunda interligação de todos os even-tos e de todas as coisas deixa implícito que os rótulos mentais de “bom” e “mau” são, em última análise, ilusó-rios. Eles sempre pressupõem uma perspectiva limitada e, assim, são verdadeiros apenas tempora riamente e de modo relativo.

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N

ão há eventos casuais, assim como as coisas e os fatos não existem por e para si mesmos de modo iso-lado. Os átomos que constituem nosso corpo foram forjados nas estrelas, enquanto as causas do menor dos eventos são praticamente infinitas e estão ligadas ao todo de maneiras incompreen síveis.

S

e quiséssemos encontrar o motivo de um aconteci-mento, teríamos que percorrer o caminho de volta até o começo da criação. O cosmo não é caótico. A própria palavra “cosmo” signi fica ordem. Mas essa não é uma ordem que a mente humana possa chegar a entender, embora consiga ter um vislumbre dela.

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Q

uando vamos a uma floresta que não sofreu inter-ferência do homem, nossa mente pensante vê ape-nas desordem e caos ao nosso redor. Ela não é capaz nem mesmo de diferenciar o que é vida (bom) do que é morte (mau), uma vez que, por toda parte, a nova vida cresce a partir da matéria putrefata e em decom-posição. Apenas se nos mantivermos silenciosos o bas-tante internamente e o ruído do pensamento ceder é que poderemos tomar consciência de que existe uma harmonia oculta ali, uma sacralidade, uma ordem supe-rior em que tudo tem seu lugar perfeito e não poderia ser outra coisa a não ser o que é, da maneira como é.

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mente sente-se mais à vontade num parque pai-sagístico porque ele foi planejado pelo pensamento, não cresceu orga nicamente. No parque existe uma ordem que a mente é capaz de entender. Na floresta há uma ordem incompreensível que, para o pensamento, se parece com o caos. Está além das categorias men-tais de bom e mau. Não conseguimos apreendê-la por meio do pensamento. No entanto, podemos senti-la quando o deixamos de lado, quando ficamos silencio-sos e atentos e não tentamos entender nem explicar. Só então estamos aptos a tomar consciência da sa cralidade da floresta. Tão logo sentimos essa harmonia oculta, constatamos que não estamos separados dela e, nesse momento, nos tornamos um participante consciente dessa sacralidade. Dessa maneira, a natureza pode nos ajudar a retomar o alinha mento com a unicidade da vida. Esta é a realidade da maior parte das pessoas: tão logo alguma coisa é percebida, ela é nomeada, interpre-tada, comparada com outra coisa qualquer, apreciada, detestada ou chamada de boa ou má pelo eu-fantasma, o ego. Essas pessoas estão aprisionadas nas formas de pensamento, na consciência do objeto.

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B

N

inguém desperta espiritualmente enquanto não interrompe o processo compulsivo e inconsciente de nomear ou, pelo menos, até que tome consciência dele e assim seja capaz de observá-lo enquanto ocorre. É por meio desse nomear constante que o ego perma-nece em atividade como mente não observada. Sempre que ele para, e até mesmo quando apenas nos torna-mos conscientes dele, há lugar para o espaço interior, e então deixamos de ser possuídos pela mente.

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B

E

scolha um objeto próximo a você – uma caneta, uma xícara, uma planta – e examine-o visualmente, olhe para ele com grande interesse, quase com curiosidade. Evite itens com fortes associações pessoais que o façam se lembrar do passado, como onde os comprou, de quem os ganhou, etc. Deixe de lado também tudo o que tenha algo escrito, como um livro ou uma garrafa. Isso pode estimular o pensamento. Sem fazer esforço, relaxado mas alerta, dedique total atenção ao objeto, a cada deta-lhe dele. Se surgirem pensamentos, não se envolva com eles. Não é neles que você está interessado, e sim no ato da percepção em si. Você consegue retirar o pensamento de dentro da percepção? É capaz de observar sem que a voz na sua cabeça faça comentários, tire conclusões ou tente descobrir alguma coisa? Depois de uns dois minu-tos, deixe seu olhar vagar pelo ambiente, com sua aten-ção alerta iluminando cada coisa sobre a qual ela pousar.

Depois ouça os sons que possam estar presentes. Faça isso da mesma maneira como olhou para as coi-sas ao seu redor. Talvez alguns sons sejam naturais – água, vento, pássaros –, enquanto outros serão artificiais. Alguns podem ser agradáveis, outros, desagradáveis. No entanto, não faça diferença entre bons e maus. Deixe cada som ser como ele é, não o interprete. O segredo é a atenção relaxada, porém alerta.

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Q

uando somos capazes de perceber sem interpre-tar ou rotular mentalmente, ou seja, sem acresceninterpre-tar o pensamento às percepções, conseguimos sentir de fato a interconexão mais profunda sob a percepção da apa-rente separação das coisas.

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