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Quem controla o passado controla o futuro; quem controla o presente controla o passado. George Orwell

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Texto

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Pratique Redação!

Pré-Universitário

“Quem controla o passado controla o futuro; quem controla o presente controla o passado.”

George Orwell

Texto I

No Brasil, o espetáculo midiático tem sido visto e aplaudido de tal modo que se tornou o principal ingrediente dessa trama a que chamamos de rotina. Esta-mos expostos a todo tipo de espetacularização: helicópteros transmitem ao vivo acidentes ocorridos nas principais vias do país; todos estão a postos aguardando a próxima condução coercitiva; esposas e familiares de políticos encarcerados fazem caras e bocas, buscando a redenção de seu ente querido diante do eleitorado incré-dulo e o melhor ângulo para o jornal do dia seguinte. A imagem do ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, esperneando em frente às câmeras, relutando na transfe-rência hospital-presídio, virou meme.

Não se trata apenas de uma sequência de imagens e discursos inflamados ou atos de crueldade ou desespero. A questão é a relação social entre as pessoas, mediadas por tais imagens. Nas sociedades modernas, tudo é representação, e isso se relaciona diretamente com a degradação e a decomposição da vida cotidiana.

Disponível em: http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=245966. Acesso em: 2 dez. 2016 (adaptado).

Texto II

'Pós-verdade' é eleita a palavra do ano pelo Dicionário Oxford

A palavra do ano de 2016, segundo o Dicionário Oxford, é 'pós-verdade'. Se-gundo o próprio dicionário britânico, o verbete significa "relativo a ou que denota circunstâncias nas quais fatos objetivos são menos influenciadores na formação da opinião pública do que apelos à emoção ou à crença pessoal". Em outros termos, é quando a verdade perde o valor. Quando não nos guiamos mais pelos fatos, mas pelo que escolhemos ou queremos acreditar que é a verdade.

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OSG 0179/17

O termo ganhou popularidade nas campanhas do plebiscito do Brexit e da eleição americana, vencida pelo republicano Donald Trump, ambas marcadas pela disseminação de notícias falsas nas mídias sociais e de mentiras por candidatos ou figuras-chave de campanha.

Disponível em: http://g1.globo.com/educacao/noticia/pos-verdade-e-eleita-a-palavra-do-ano-pelo-dicionario-oxford.ghtml. Acesso em: 2 dez. 2016 (adaptado).

Texto III

Mais de 80% dos jovens não sabem diferenciar notícias falsas e autênticas

A disseminação de notícias falsas na internet é um problema grave que ga-nhou destaque nos últimos anos.

Para entender quão grave é a questão, pesquisadores da Universidade de Stanford, na Califórnia, realizaram um estudo com 7.804 estudantes de 11 a 18 anos para verificar se eles sabem diferenciar “conteúdo patrocinado” de notícias confiá-veis. E o resultado não é nada animador.

Os pesquisadores detectaram que 82% dos estudantes não souberam dife-renciar os conteúdos noticiosos dos não factuais. Muitos deles, ainda, julgaram a credibilidade de tweets na quantidade de detalhes que continham ou se havia uma foto grande ilustrando a postagem, em vez de verificar a fonte.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/11/1835017-jovem-nao-sabe-distinguir-noticia-falsa-mostra-estudo-nos-eua.shtml. Acesso em: 2 dez. 2016 (adaptado).

Texto IV

Mulher espancada após boatos em rede social morre em Guarujá, SP

A dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, morreu na manhã desta segunda-feira (5), dois dias após ter sido espancada por dezenas de moradores de Guarujá, no litoral de São Paulo. Segundo a família, ela foi agredida a partir de um boato gerado por uma página em uma rede social que afirmava que a dona de casa sequestrava crianças para utilizá-las em rituais de magia negra.

O espancamento aconteceu no bairro Morrinhos. A mulher foi amarrada e agredida e, segundo testemunhas que acompanharam a agressão, os moradores afirmavam que a mulher havia sequestrado uma criança para realizar trabalhos de magia negra. O caso foi registrado na Delegacia Sede de Guarujá, onde será investi-gado. Até o momento, ninguém foi preso. A polícia está analisando as imagens da agressão e busca identificar os envolvidos no caso.

Disponível em: http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/05/mulher-espancada-apos-boatos-em-rede-social-morre-em-guaruja-sp.html. Acesso em: 2 dez. 2016 (adaptado).

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PROPOSTA ENEM

Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos

conheci-mentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto DISSERTATIVO-

-ARGUMENTATIVO em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o

tema Os efeitos da desinformação e da espetacularização midiática nas sociedades

contemporâneas, apresentando proposta de intervenção social que respeite os

direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argu-mentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

PROPOSTA UECE/UNIFOR

Imagine que você é jornalista responsável pela redação dos artigos de opi-nião de um jornal de grande circulação de sua cidade. Escreva um texto

ARGUMENTATIVO, em norma-padrão da língua portuguesa, com, no mínimo, 20

linhas, desenvolvendo questões acerca do apelo midiático e das problemáticas rela-tivas à espetacularização nos dias de hoje. No seu texto, por estar na figura de um profissional responsável e ético, lembre-se que é preciso ressaltar a necessidade da criticidade e da cidadania nas condutas sociais.

PROPOSTA FUVEST

O espetáculo – diz Guy Debord, em A Sociedade do Espetáculo – consiste na multiplicação de ícones e imagens, principalmente através dos meios de comunica-ção de massa, mas também dos rituais políticos, religiosos e hábitos de consumo, de tudo aquilo que falta à vida real do homem comum: celebridades, atores, políticos, personalidades, gurus, mensagens publicitárias – tudo transmite uma sensação de permanente aventura, felicidade, grandiosidade e ousadia. O espetáculo é a aparên-cia que confere integridade e sentido a uma sociedade esfacelada e dividida. É a forma mais elaborada de uma sociedade que desenvolveu ao extremo o “fetichismo da mercadoria” (felicidade identifica-se a consumo).

Desta maneira, as relações entre as pessoas transformam-se em imagens e espetáculo. O consumo e a imagem ocupam o lugar que antes era do diálogo pessoal através da TV e os outros meios de comunicação de massa, publicidades de automó-veis, marcas etc., e produz o isolamento e a separação social entre os seres huma-nos. Por exemplo, a questão da droga será tratada na TV (algumas telenovelas brasi-leiras abordaram tal assunto) e não no seio familiar. Ocorre aí uma devastadora inversão da noção de valores. O espetáculo constitui a realidade e a realidade o espetáculo. Já não se tem um limite definido para as coisas.

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OSG 0179/17

Uma consequência séria, segundo Debord, é a total desinformação da soci-edade. Não a desinformação como negação da realidade, e sim um novo tipo de informação que contém uma certa parte de verdade, o qual será usado de forma manipulatória. “Em suma, a desinformação seria o mau uso da verdade”. Assim, o mundo da desinformação é o espaço onde já não existe mais o tempo necessário para qualquer verificação dos fatos.

Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br/speculum/a-sociedade-do-espetaculo/. Acesso em: 2 dez. 2016 (adaptado).

Na contemporaneidade, a imersão dos contatos sociais em meios virtuais é um fato. Além disso, a realidade de muitos configura-se a partir de algoritmos e de curtidas em redes sociais, que constroem para os seus usuários cenários muitas vezes fugazes e alienados de fatos relevantes do presente. Nesse contexto, a critici-dade mostra-se essencial para a construção de posicionamentos adequados e para a fuga das ações manipulatórias de organizações e poderes. Todavia, pode-se dizer que o senso crítico é algo corriqueiro na opinião pública? Trabalha-se sua compreen-são e defesa em esferas educacionais?

Tendo como base esses questionamentos, bem como as informações conti-das neste Pratique Redação!, redija uma DISSERTAÇÃO em prosa, na qual você dis-cuta A importância da criticidade no combate à alienação.

Procure argumentar, deixando claro o seu ponto de vista sobre o tema.

Instruções:

– A redação deve ser uma dissertação, escrita de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

– Escreva, no mínimo, 20 linhas, com letra legível. Não ultrapasse o espaço de 30 linhas da folha de redação.

– Dê um título à sua redação.

PROPOSTA UNICAMP

Imagine-se um professor de língua portuguesa de uma escola particular que leciona para alunos do Ensino Médio e que, atento à necessidade de embasamento crítico de alunos quanto à produção de textos dissertativos-argumentativos, percebe um baixo nível no repertório sociocultural dos alunos em suas redações, que muitas vezes apenas reproduzem o senso comum. Por considerar que pode conscientizar os

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discentes, escreva uma CARTA ABERTA direcionada a eles, argumentando, se possí-vel, utilizando as informações contidas nos textos-base deste Pratique Redação!, sobre a importância de se construir um posicionamento crítico e pessoal em relação aos assuntos da atualidade, bem como de inserir o hábito da leitura atenta e da escrita autoral no cotidiano escolar.

PROPOSTA ITA

Leia os textos deste Pratique Redação! e os textos específicos da proposta e observe a imagem abaixo, os quais devem servir como subsídio para a escrita de sua redação. Você não precisa citá-los nem mesmo mencioná-los. Considerando a rela-ção entre os textos, redija uma DISSERTAÇÃO em prosa, sustentando um ponto de vista.

“Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto.”

(Paulo Freire)

“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever – inclusive a sua própria história.”

(Bill Gates)

“Se você não for cuidadoso, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas e amar as pessoas que estão oprimindo.”

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OSG 0179/17 Instruções:

– A redação deve ser feita na folha a ela destinada, respeitando os limites das linhas, com caneta azul ou preta.

– A redação deve obedecer à norma-padrão da língua portuguesa. – Dê um título para sua redação.

Na avaliação de sua redação, serão considerados:

a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o assunto;

b) coesão e coerência do texto; c) domínio do português-padrão.

Referências

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