• Nenhum resultado encontrado

Intoxicação por amônia em bovinos que receberam uréia extrusada ou granulada: alterações em alguns componentes bioquímicos do sangue

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Intoxicação por amônia em bovinos que receberam uréia extrusada ou granulada: alterações em alguns componentes bioquímicos do sangue"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

2009

Intoxicação por amônia em bovinos que

receberam uréia extrusada ou granulada:

alterações em alguns componentes

bioquímicos do sangue

Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, São Paulo, v. 46, n. 1, p. 69-76, 2009

http://producao.usp.br/handle/BDPI/1779

Downloaded from: Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI, Universidade de São Paulo

Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI

(2)

Intoxicação por amônia em bovinos que receberam

uréia extrusada ou granulada: alterações em alguns

componentes bioquímicos do sangue

1 - Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina Veterinária e

Zootecnia da Universidade de São Paulo, São Paulo-SP

2 - Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de

Pernambuco, Recife-PE

Alexandre Coutinho

ANTONELLI

1

Gabriel Adrian Sanches

TORRES

1

Clara Satsuki MORI

1

Pierre Castro SOARES

2

Celso Akio MARUTA

1

Enrico Lippi ORTOLANI

1

Correspondência para:

Alexandre Coutinho Antonelli, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia -Departamento de Clínica Médica, Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87 – Cidade Universitária – 05508-000 – São Paulo – SP, alexvet@usp.br Recebido para publicação: 03/08/2007 Aprovado para publicação: 28/08/2008

Resumo

Doze garrotes Girolando nunca alimentados com uréia foram

distribuídos em dois grupos de seis animais cada, e induzidos a

desenvolver um quadro de intoxicação por amônia através da

administração de uréia extrusada ou granulada em dose única (0,5 g/

kg PV). Foram determinados no plasma ou soro os teores de amônia,

glicose, L-lactato, uréia e creatinina, além do volume globular em sangue

total nos seguintes momentos: antes da administração de uréia, no

surgimento dos tremores, após o primeiro episódio convulsivo, e

após 240 minutos do início do experimento. A hiperamoniemia

ocorreu a partir dos primeiro tremores. Maiores glicemia e lactemia-L

foram constatadas no momento do ápice da intoxicação (episódio

convulsivo), os quais foram superiores ao tempo basal. A produção

endógena de uréia aumentou no decorrer do experimento devido à

hiperamoniemia (r = 0,57), atingindo seus valores mais altos ao

término do experimento. Quanto maior foi o teor de amônia, maiores

foram as concentrações de lactato-L, glicose, uréia, creatinina e volume

globular. Estes resultados permitem concluir que o grau de

hiperamoniemia aumentou a gliconeogênese, a glicólise anaeróbica, a

síntese de uréia endógena e o grau de desidratação. Entre as variáveis

estudadas os teores de glicose e de lactato-L foram os melhores

indicadores para monitorar alterações bioquímicas na intoxicação pela

amônia.

Palavras-chaves:

Uréia.

Amônia.

Bovinos.

Intoxicação.

Alterações bioquímicas.

Introdução

A proteína é o principal limitante para

ruminantes criados extensivamente,

principalmente no período de seca, pois este

nutriente apresenta-se em menores teores nas

gramíneas de clima tropical ou subtropical.

1

A utilização de fontes de nitrogênio

não-protéico, como suplementação protéica para

bovinos criados em condições extensivas, é

reconhecida como procedimento a ser

adotado na nutrição de ruminantes há mais

de um século

2

, em substituição a alimentos

industrializados protéicos (soja, algodão,

glúten de milho, refinasil, etc). Embora os

alimentos ricos em proteína sejam de melhor

qualidade nutricional do que as fontes de

nitrogênio não-protéico, os primeiros são

mais caros e destinados ao consumo

humano, optando-se assim pelo uso de

substratos nitrogenados, em especial a uréia,

subproduto do petróleo e muito disponível

em nossas condições. No Brasil, mais de 20

milhões de bovinos são suplementados com

uréia anualmente, principalmente durante o

período seco.

3

O uso de uréia proporciona várias

vantagens na alimentação de ruminantes,

embora sua utilização inadequada possa

trazer sérios danos à saúde animal devido à

sua potencial toxicidade. Na verdade, a

intoxicação nos ruminantes não é pela uréia,

(3)

mas sim pela amônia gerada do primeiro

composto através da fermentação ruminal.

4

A presença de surtos de intoxicação por

amônia é o principal obstáculo para que seu

uso rotineiro seja adotado por mais

criadores.

5

Apesar de ser esporádica nos

rebanhos, a intoxicação por amônia

apresenta quadro clínico drástico, rápido e

na maioria das vezes devastador, podendo

levar bovinos à morte em até 30 minutos

após a sua ingestão.

6,7

A uréia ingerida é rapidamente

hidrolisada no rúmen em compostos

amoniacais (NH

4+

e NH

3

), pela urease

bacteriana. Enquanto que o amônio (NH

4+

)

é hidrossolúvel e não absorvível pela parede

ruminal a amônia é lipossolúvel e altamente

absorvível.

6

Assim, condições que

favoreçam o surgimento de pH alcalino

como jejum, dieta rica em fibra e/ou com

baixo teor de carboidratos solúveis ou

mesmo a ingestão de quantidades

consideráveis de uréia predispõem à

intoxicação por amônia em ruminantes, por

aumentar e acelerar a absorção de amônia

para a corrente sangüínea.

8

A maior parte

da amônia absorvida é transformada

rapidamente no fígado com a síntese de

uréia, através do ciclo da uréia. Entretanto,

quando há aumento na produção e absorção

de amônia ocorre uma sobrecarga no

sistema hepático, e, como conseqüência,

aumento nos teores de amônia no sangue.

8,9

No ambiente intracelular a amônia bloqueia

o ciclo de Krebs, por meio do bloqueio por

saturação do sistema glutamina-sintetase,

resultando em diminuição da produção de

energia, e finalmente inibição da respiração

celular.

Os sintomas da intoxicação por uréia

são: desconforto, apatia, tremores

musculares e fasciculações, salivação

excessiva, dejeções (fezes e urina) freqüentes,

respiração rápida e difícil, desidratação

incoordenação, vocalização, enrijecimento

dos membros, prostração, decúbito, tetania,

meteorismo gasoso, midríase, nistagmo,

convulsão, e conseqüentemente morte.

7,10,11

O diagnóstico de intoxicação por

amônia é realizado com base no histórico

de ingestão de grandes quantidades de fonte

de NNP, associado à presença de sintomas

característicos, e à determinação laboratorial

da concentração de amônia no sangue ou

líquido ruminal.

O objetivo deste estudo foi avaliar e

comparar o efeito provocado em alguns

componentes bioquímicos sangüíneos em

bovinos que apresentassem quadro clínico

grave de intoxicação por amônia por

ingestão de uréia granulada ou extrusada.

Material e Método

Foram utilizados 12 bovinos

Girolando, machos, hígidos, providos de

cânulas ruminais, e com 200 kg de peso vivo.

Os animais foram mantidos em baias

individuais e receberam uma dieta basal

contendo teores relativamente baixos de

proteína bruta (10%), sem qualquer

suplementação com nitrogênio não-protéico,

composta de feno de capim coast-cross e

concentrados energéticos por um período

de no mínimo 30 dias. Suplemento mineral

foi oferecido ad libitum. Esta dieta foi

oferecida na quantidade de matéria seca

equivalente a 2,2% do peso vivo. Cada animal

foi utilizado apenas uma vez no experimento.

Os animais foram distribuídos

aleatoriamente em dois grupos, de seis

animais cada, de acordo com os seguintes

tratamentos: o grupo 1 recebeu 2,5 g/kg de

peso vivo (P.V.) de uréia extrusada (©

TORTUGA Companhia Zootécnica

Agrária) contendo 20% de uréia e 80% de

farelo de milho; e o grupo 2 recebeu 0,5 g/

kg P.V. de uréia granulada (Petrofértil ®) e

2,0 g/kg P.V. de farelo de milho,

separadamente. Ambos os grupos

receberam quantidades equivalentes de uréia

e farelo de milho. Quinze horas antes do

início da intoxicação os animais foram

mantidos sem alimentação, com exceção de

água de bebida, a fim de aumentar o pH

ruminal e predispor à presença do quadro

tóxico. Após este período, a uréia, extrusada

ou não, assim como o farelo de milho foram

administrados pela cânula ruminal dos

animais, por meio de sonda plástica de

(4)

grosso calibre.

Quando os animais apresentaram

quadro convulsivo foram tratados por meio

de esvaziamento do conteúdo ruminal, por

meio de sondagem, via cânula ruminal, e

com tratamento sistêmico preconizado por

Ortolani, Mori e Rodrigues Filho.

7

As amostras de sangue foram

colhidas da veia jugular externa, antes da

administração de uréia, no surgimento dos

tremores, após o primeiro episódio

convulsivo, e após 240 minutos do início do

experimento. Amostras sangüíneas foram

colhidas em tubos de colheita à vácuo

(Vacutainer

®

), sem anti-coagulante para as

determinações de uréia, creatinina e

lactato-L (utilizando-se kits diagnóstico SIGMA n

o

555, Bayer

®

n

o

T-011821-56, e SIGMA n

o

735-10, respectivamente); outras amostras

sangüíneas foram colhidas em tubos contendo

EDTA (ácido etilenodiaminotetracético, sal

dissódico) para determinar amônia plasmática

(kit Raichem

®

n

o

85444), e do volume

globular que, para o qual, utilizou-se o sangue

total acondicionado em tubos capilares de

75 mm, próprios para microhematócrito, e

centrifugados a 13000 G por 5 minutos; e

frascos contendo fluoreto de sódio para

a determinação de glicose (kit SIGMA

n

o

315-100).

Os dados foram analisados utilizando

ANOVA e as médias foram comparadas

utilizando-se o teste de Duncan. No estudo

de relação entre duas variáveis foram

utilizados análise de regressão linear e

coeficiente de correlação. Foram

consideradas diferenças significativas quando

p foi inferior a 0,05. Considerou-se um

coeficiente de correlação como de

intensidade alta quando r > 0,6; média se

0,3 < r < 0,6 e baixa no caso de r < 0,3

12

.

Resultados

No início de cada procedimento

experimental, os garrotes apresentavam-se

saudáveis, alertas e ativos. Apenas um bovino

do grupo 1 apresentou discretas

fasciculações, recuperando-se prontamente,

enquanto que um animal do grupo 2 ficou

apático, teve tremores musculares, apresentou

incoordenação motora, ficou em decúbito

lateral, mas não teve nenhum episódio

convulsivo, recuperando-se posteriormente

sem seqüelas. Os demais animais

apresentaram vários sintomas característicos

de intoxicação por amônia, sendo que os

tremores musculares iniciaram-se 6025 e

79±26 min após a administração de uréia

nos grupos 1 e 2, respectivamente, enquanto

que os episódios convulsivos

manifestaram-se 95 ± 42 e 160 ± 66 min após o

fornecimento de uréia aos grupos 1 e 2,

respectivamente.

Os teores de amônia plasmática

elevaram-se marcadamente nos dois grupos,

sendo que no grupo 1 atingiu seus valores

mais altos no momento da convulsão (1626±

285 mmol/L), enquanto que no grupo 2

esses teores mais elevados ocorreram

já no surgimento dos tremores musculares

(Tabela 1). Em relação aos teores de uréia

sérica, em ambos os grupos obtiveram-se

os valores mais altos no final do experimento

(7,26± 1,94 mmol/L e 7,14 ± 1,59 mmol/

L, para o grupo 1 e 2 respectivamente) em

relação ao início do experimento, ou seja,

após 240 minutos da administração da uréia

(Tabela 1). Em relação aos teores de

creatinina sérica, foi observado que no grupo

1 os valores elevaram-se já no surgimento

dos episódios convulsivos (265± 23 mmol/

L), enquanto que no grupo 2 esses valores

foram mais altos apenas ao término do

experimento (252 ± 24 mmol/L)

(Tabela 1). Os teores de lactato-L foram em

ambos os grupos superiores, em relação ao

tempo basal, no momento do surgimento

dos episódios convulsivos (22,40± 6,73

mmol/L e 18,30 ± 3,87 mmol/L, para o

grupo 1 e 2 respectivamente) (Tabela 1).

Quando avaliadas as concentrações

plasmáticas de glicose, verificou-se que houve

aumento gradativo de seus teores em ambos

os grupos, atingindo o pico de hiperglicemia

no momento em que surgiram os primeiros

episódios convulsivos (13,70± 2,82 mmol/

L e 11,70± 2,39 mmol/L, para o grupo 1 e

2 respectivamente) (Tabela 1). Na avaliação

do volume globular, foi constatado que no

(5)

grupo 1 ocorreu aumento apenas após o

início dos episódios convulsivos (43± 5 %),

enquanto que no grupo 2 atingiu seus valores

mais altos já no surgimento dos tremores

musculares (42± 4 %) (Tabela 1), mostrando

desidratação progressiva em casos de

intoxicação por amônia. Não ocorreram

diferenças significativas entre os grupos em

nenhuma das variáveis estudadas.

Quando estudada a relação entre as

variáveis, verificou-se que quanto maiores

foram os teores de amônia plasmática

maiores foram as concentrações de uréia (r

= 0,57), creatinina (r = 0,64), lactato-L (r =

0,82), glicose (r = 0,75) e volume globular (r

= 0,77). Também foi observado que quanto

maior o volume globular, maior os teores

de creatinina (r = 0,62) e lactato-L (r = 0,69),

assim como maior o teor de creatinina sérica,

maior a concentração de lactato-L (r = 0,53).

Discussão

Neste trabalho, a dose de 0,5 g

uréia/kg PV provocou quadro clínico

definitivo de intoxicação por amônia

culminando com convulsão em 83% (10/

12) dos animais, pois cada um deles foi

intoxicado uma única vez, sendo assim

menos refratários à toxidez por amônia.

No trabalho clássico de Bartley et al.

6

foram utilizados apenas 26 animais em 244

testes com administração de igual

quantidade de uréia utilizada neste

experimento (0,5 g/kg PV), sendo obtidos

quadros definitivos de intoxicação em

apenas 51% das tentativas. Acredita-se que,

nesse supracitado experimento, pelo fato

Tabela 1 – Valores médios e desvio padrão de amônia e glicose plasmáticas, uréia, creatinina e lactato-L séricos,

e o volume globular de bovinos intoxicados por amônia que receberam uréia extrusada (Grupo 1) ou

uréia granulada (Grupo 2) – São Paulo – 2002

(6)

dos bovinos haverem sido submetidos a

várias intoxicações em série, os animais se

tornaram mais resistentes à amônia, por meio

do aumento a atividade do ciclo de uréia,

tornando-os capaz de transformar mais

efetivamente a amônia em uréia.

5,13,14

Por outro lado, os teores de amônia

plasmática no surgimento dos tremores

foram ao redor de 1100 mmol/L (850

-1597 mmol/L) (Tabela 1). Estes valores

médios são 93% superiores aos citados

por Bartley et al.

6

como diagnóstico

definitivo (570 mmol/L), provavelmente

porque esses autores interromperam a

intoxicação, administrando ácido acético

ou removendo todo o conteúdo ruminal

com o surgimento dos tremores nos

bovinos. Como estes dados têm sido

referenciados na literatura clássica existe

uma necessidade de revisão da mesma.

Além disso, é bastante provável que a

discordância dos resultados também

esteja ligada à metodologia empregada.

Bartley et al.

6

determinaram a amônia por

método de difusão (câmara de Conway),

sendo esta técnica considerada de baixa

precisão e sensibilidade, onde podem

ocorrer perdas significativas de amônia,

determinando valores subestimados

15

,

diferentemente do presente trabalho, onde

as determinações de amônia foram feitas

por procedimento enzimático, utilizando

“kits” de diagnóstico comerciais, de

grande exatidão.

Também se constatou, neste

trabalho, que os bovinos apresentavam

quadro convulsivo quando os teores de

amônia plasmática atingiam valores

médios de 1600 mmol/L. Estes resultados

são pouco superiores aos descritos por

Froslie

16

, que afirmou que o quadro

convulsivo surgia entre 880 e 1470 mmol/

L. Tais dados foram obtidos também

com metodologia de difusão supracitada,

devendo assim também ser revistos.

Embora os animais não tivessem

sido alimentados com nitrogênio

não-protéico e recebessem dieta com teores

ligeiramente deficientes em proteína bruta

existiu um grande aumento na conversão

de amônia em uréia no ciclo da uréia.

Provavelmente, as concentrações de uréia

não foram maiores neste experimento

devido a uma possível excreção deste

metabólito na urina, já que Kitamura

17

detectou um grande incremento na

excreção urinária de uréia durante a

intoxicação por amônia, aumentando

assim a capacidade de depuração da uréia

sangüínea por no mínimo três horas após

o início dos episódios convulsivos.

O teor de lactato-L aumentou

significativamente nos grupos 1 e 2 (Tabela

1), sendo mais de duas vezes superiores

aos constatados nos experimentos sobre

acidose láctica ruminal.

18

Nesse distúrbio,

o lactato é gerado no interior do rúmen,

pela excessiva fermentação bacteriana de

carboidratos solúveis, e absor vido

provocando reconhecida acidose

metabólica. O lactato-L foi altamente

indicativo dos efeitos deletérios que a

amônia provocou no funcionamento do

ciclo de Krebs. Quando em excesso, a

amônia se combina com o a-ceto-glutarato

deixando de for mar o succinato e

produzir ATP.

4

Desta maneira, a célula

passa o obter parte de sua energia pela via

glicolítica anaeróbica, com geração

terminal de lactato-L.

Os teores de creatinina sérica se

elevaram bem acima dos valores de

referência (até 65% superiores), nos grupos

1 e 2 (Tabela 1), em especial quando se

instalava a convulsão. Como existiu uma

correlação positiva entre a elevação do

volume globular e da creatinina (r = 0,62)

pode-se deduzir que a desidratação

provocou menor fluxo sangüíneo aos

rins provocando uma menor filtração

glomerular e conseqüente incremento na

creatinina sérica. Com a instalação do

estado de desidratação, concluiu-se

também que houve diminuição na

circulação sangüínea nos órgão menos

essenciais e periféricos diminuindo assim

o aporte de oxigênio aos tecidos,

levando-os a aumentar a produção de energia por

meio da via glicolítica anaeróbica.

11

De

fato, neste trabalho certificou-se de que

(7)

quanto maior o volume globular ou teor

de creatinina, maiores os teores de

lactato-L (r = 0,69 e r = 0,73, respectivamente).

O aumento do volume globular é

a confir mação da ocorrência de

desidratação intensa em casos de

intoxicação por amônia. A amônia per se é

muito irritativa ao trato pulmonar,

podendo causar a migração de fluídos

para os pulmões resultando em edema

pulmonar, que é um achado freqüente em

necropsias de animais intoxicados por

amônia.

16

Para Antonelli et al.

10

, grande

parte desta desidratação é causada pelo

edema pulmonar. Mas outro fator

também deve colaborar para este aumento

do seqüestro de líquidos do sangue, pois

animais que desenvolveram desidratação

leve não apresentaram edema pulmonar,

sugerindo a realização de maiores estudos

para entender melhor a dinâmica dos

fluídos sangüíneos na intoxicação por

amônia.

Outro indicador da ação do excesso

de amônia no organismo foi a glicemia,

onde teve seu incremento já no surgimento

dos tremores musculares, atingindo seu

ápice durante a crise convulsiva e

mantendo alta até o tér mino do

experimento. Os dados obtidos

comprovaram que ocorreu uma alta

correlação entre os teores de amônia

sangüínea e a glicemia (r = 0,75). A

glicemia se eleva por várias ações

concomitantes, onde o excesso de amônia

inibe a liberação da insulina, diminuindo a

passagem de glicose para dentro das

células, e estimula a glicogenólise hepática

causada pela liberação de adrenalina,

associado a uma maior produção

de glucagon que estimula a rápida

produção de glicose no organismo

19

; a

desidratação ainda predispõe a uma

redução na utilização da glicose por

tecidos periféricos

20,21

. Outro fator que

pode interferir na utilização da glicose é

o diminuto uso deste substrato energético

pelas células causado pelo bloqueio do

ciclo de Krebs.

22

Não ocorreram diferenças significativas

entre os grupos para todas as variáveis

estudadas porque a ingestão de grandes

quantidades de uréia, independente de sua

apresentação, causa intoxicação por

amônia. De acordo com Antonelli

23

, o

processo de extrusão não interfere com a

velocidade de hidrólise da uréia quando

esta é oferecida em grande quantidade,

principalmente quando o ambiente

ruminal apresenta-se alcalino. Porém o teor

de amônia (NH

3

) no rúmen, tanto

quantitativo como percentual, é maior em

animais que ingeriram uréia granulada

devido ao maior pH do suco ruminal.

O autor ainda especula que o menor

pH ruminal em animais que ingeriram

uréia extrusada esteja ligado com a mais

rápida digestão do amido extrusado,

tornando este substrato mais disponível

para a fer mentação bacteriana nos

primeiros 120 minutos após a ingestão e

aumentando a produção de ácidos graxos

voláteis. Portanto, ocorre apenas o

retardamento no tempo de absorção de

amônia derivada da uréia extrusada,

postergando o surgimento dos sinais

clínicos e todas as alterações decorrentes

do quadro tóxico.

Conclusões

Estes resultados permitem concluir

que o grau de hiperamoniemia influenciou

positivamente na gliconeogênese, na

glicólise anaeróbica e na síntese de uréia.

Os teores de glicose e L-lactato foram

muito superiores no ápice da intoxicação

do que no tempo basal, demonstrando

que estas variáveis são mais indicadoras

para monitorar alterações bioquímicas

causadas pela intoxicação por amônia. As

alterações bioquímicas em casos de

intoxicação por amônia causadas pela

uréia extrusada ou granulada não

mostraram diferença entre si.

Agradecimentos

À FAPESP, pela bolsa concedida

(processo n

o

03/09991-8).

(8)

Ammonia poisoning in cattle fed extruded or prilled urea: alterations in

some chemistry components

Abstract

Twelve yearling Girolando steers never fed urea before were assigned

randomly in two groups of six animals each. In both groups were

administered intraruminally a single dose (0.5 g/kg BW) of extruded

or prilled urea in order to induce ammonia poisoning. Plasma or

serum levels of ammonia, urea, creatinine, glucose, L-lactate were

determined. Hematocrit values were also recorded. Blood samples

were taken before the administration of urea, at the onset of muscle

tremors, at the first convulsive episode, and 240 minutes after the

beginning of the urea feeding. Hyperammonemia already occured at

the time of the first muscle tremors. Glucose and L-lactate levels were

higher at the peak of the intoxication (convulsive episode), which

were higher compared to the beginning of the experiment.

Endogenous production of urea increased during the experiment

due to hyperammonemia (r = 0.57), reaching peak levels at the end of

the trials. Higher ammonia values lead to increased concentrations of

L-lactate, glucose, urea, creatinine and hematocrit values. These results

showed that high levels of ammonia increased glyconeogenesis,

anaerobic glycolysis, the endogenous synthesis of urea and the level

of dehydration. L-lactate and glucose were the best variables to monitor

biochemical changes in cases of ammonia poisoning.

Key words:

Urea.

Ammonia.

Bovines.

Poisoning.

Biochemical changes.

Referências

1 MINSON, D. J. Forage in ruminant nutrition.

Queensland: Academic Press, , 1990. 483 p.

2 ARMSBY, H. P. The nutritive value of the non-protein

portion of feeding stuffs. United States Department of

Agriculture Bureau of Animal Industry Bulletin, n.

139, p. 49, 1911.

3 KITAMURA, S. S.; ORTOLANI, E. L.; ANTONELLI,

A. C. Intoxicação por amônia em bovinos causada pela

ingestão de uréia dietética: conceitos básicos e novas

descobertas. Revista de Educação Continuada do

CRMV-SP, v. 5, n. 3, p. 292-298, 2002.

4 HALIBURTON, J. C.; MORGAN, S. E. Nonprotein

nitrogen-induced ammonia toxicosis and ammoniated

feed toxicity syndrome. Veterinary Clinics of North

America: Food Animal Practice, v. 5, n. 2, p. 237-249,

1989.

5 MORRIS, J. G.; PAYNE, E. Ammonia and urea

toxicoses in sheep and their relation to dietary nitrogen

intake. Journal of Agricultural Science, v. 74, n. 2, p.

259-271, 1970.

6 BARTLEY, E. E.; DAVIDOVICH, A.; BARR, G. W.;

GRIFFEL, G. W.; DAYTON, A. D.; DEYOE, C. W.;

BECHTLE, R. M. Ammonia toxicity in cattle. I. Rumen

and blood changes associated with toxicity and

treatments methods. Journal of Animal Science, v. 43,

n. 4, p. 835-841, 1976.

7 ORTOLANI, E. L.; MORI, C. S.; RODRIGUES FILHO,

J. A. Ammonia toxicity from urea in a Brazilian dairy

goat flock. Veterinary and Human Toxicology, v. 42, n.

2, p. 87-89, 2000.

8 DAVIDOVICH, A.; BARTLEY, E. E.; BECHTLE, R.

M.; DAYTON, A. D. Ammonia toxicity in cattle. III.

Absorption of ammonia gas from the rumen and passage

of urea and ammonia from rumen to the duodenum.

Journal of Animal Science, v. 46, n. 3, p. 551-558,

1977.

9 O’CONNOR, J. E.; COSTELL, M. New roles of

carnitine metabolism in ammonia cytotoxicity. In:

GRISOLÍA, S.; FELIPO, V.; MIÑANA, M-D. Advances

in experimental medicine and biology. New York:

Plenum Press, 1990. v. 272, cap. 12, p. 183-195.

10 ANTONELLI, A. C.; MORI, C. S.; SOARES, P. C.;

KITAMURA, S. S.; ORTOLANI, E. L. Experimental

ammonia poisoning in cattle fed extruded or prilled

urea: clinical findings. Brazilian Journal of Veterinary

Research and Animal Science, v. 41, n. 1, p. 67-74,

2004.

11 RADOSTITS, O. M.; GAY, C. C.; HINCHCLIFF, K.

W.; CONSTABLE, P. D. Veterinary medicine: a textbook

of the diseases of cattle, horses, sheep, pigs, and goats.

Philadelphia: Saunders Elsevier, 2007. 2156 p.

12 LITTLE, T. M.; HILLS, F. J. Agricultural

experimentation – design and analysis. New York: John

Wiley & Sons, 1978. 350 p.

(9)

13 CHALUPA, W.; CLARK, J.; OPLIGER, P.; LAVKER,

R. Detoxication of ammonia in sheep fed soy protein

or urea. Journal of Nutrition, v. 100, n. 2 p. 170-176,

1970.

14 PAYNE, J. M.; PAYNE, S. The metabolic profile

test. New York: Oxford University Press, 1987. 179 p.

15 PESCE, A. J.; KAPLAN, L. A. Methods in clinical

chemistry. Saint Louis: Mosby, 1987. 1366 p.

16 FROSLIE, A. Feed-related urea poisoning in

ruminants. Folia Veterinaria Latina, v. 17, n. 7, p.

17-37, 1977.

17 KITAMURA, S. S. Intoxicação por amônia em

bovinos e ratos: o desempenho renal na desintoxicação

e o emprego de tratamentos alternativos. 2002. 92 f.

Dissertação (Mestrado em Clínica Veterinária) –

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia,

Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

18 MARUTA, C. A.; ORTOLANI, E. L. Susceptibilidade

de bovinos das raças Jersey e Gir à acidose

láctica ruminal: II – acidose metabólica e

metabolização do lactato-L. Ciência Rural, v. 32, n. 1,

p. 61-65, 2002.

19 VISEK, W. J. Ammonia metabolism, urea cycle

capacity and their biochemical assessment. Nutrition

Reviews, v. 37, n. 9, p. 273-282, 1979.

20 SPIRES, H. R.; CLARK, J. H. Effect of intraruminal

urea administration on glucose metabolism in dairy

steers. The Journal of Nutrition, v. 109, n. 8, p.

1438-1447, 1979.

21 SYMONDS, H. W.; MATHER, D. L.; COLLIS, K. A.

The maximum capacity of the liver of the adult dairy

cow to metabolize ammonia. The British Journal of

Nutrition, v. 46, n. 3, p. 481-486, 1981.

22 SINGER, R. H.; MCCARTY, R. T. Acute ammonium

salt poisoning in sheep. American Journal of Veterinary

Research, v. 32, n. 8, p. 1229-1238, 1971.

23 ANTONELLI, A. C. Administração de doses padrão

e alta de uréia extrusada ou granulada em bovinos:

uma análise clínica-toxicológica e laboratorial. 2003.

147 f. Dissertação (Mestrado em Clínica Veterinária) –

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia,

Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.

(10)

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

Normas editoriais

O periódico Brazilian Journal of

Veterinary Research and Animal Science

é publicado bimestralmente pela Fundação de Medicina Veterinária (FUMVET) e destina-se a publicar trabalhos científicos sobre medicina veterinária e ciências afins. Os trabalhos encaminhados para publicação são submetidos à aprovação do Comissão Editorial, com assessoria de especialistas da área (peer review). A lista de colaboradores (relatores) é publicada no último fascículo/ano de cada volume. Os trabalhos cujos textos necessitarem de revisões ou correções que não puderem ser feitas pelos editores serão devolvidos aos autores. Os aceitos para publicação tornam-se propriedade dessa revista. Os autores são responsáveis pelos conceitos e informações neles contidos. No momento da submissão do trabalho à revista é obrigatório apresentar a aprovação do protocolo experimental por Comitê de Ética. Qualquer que seja o tipo do trabalho, deverá ser inédito e destinar-se exclusivamente a esse periódico, sendo obrigatório anexar declaração assinada por todos os autores expressando concordância no pagamento de tarifa como condicionante à sua publicação*.

Os trabalhos para publicação deverão ser encaminhados a:

Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science

Setor de Publicação

Av. Prof. Orlando de Marques Paiva, 8 7

Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”

CEP 05508270 – São Paulo – SP -Brasil Telefone: 0055 11 3091 1472/ 3091 7636 Fax: 0055 11 3091 7636 e-mail: bjvras@fumvet.com.br http://www.fumvet.com.br Artigo completo

1 - Limitar-se ao máximo de dez páginas

digitadas, dentro da estrutura do item cinco, não sendo contadas as páginas onde constem tabelas e ilustrações. 2 -Ser escrito em língua portuguesa ou em língua inglesa. 3 - Usar somente nomenclaturas oficiais e abreviaturas consagradas, não empregando abreviaturas no título do artigo. 4 – Ser estruturado dentro dos seguintes itens: a) Introdução; b) Materiais e Métodos; c) Resultados; d) Discussão; e) Conclusões; f) Referências; g) Resumo/Palavras-chave; Abstract/Key-words. 5 - Apresentar, obrigatoriamente, dois resumos, nos idiomas inglês e português, não devendo ultrapassar 250 (duzentas e cinqüenta) palavras, seguidos das palavras-chave, limitadas a cinco, que correspondem a palavras ou expressões que identificam o conteúdo do artigo.

Nota prévia

1 - Limitar-se ao máximo de três páginas

digitadas. 2 - Ser escrita em língua portuguesa ou em língua inglesa. 3 - Usar somente nomenclaturas oficiais e abreviaturas consagradas, não

empregando abreviaturas no título do artigo. 4 - Não devem ser subdivididos em seções separadas (Introdução, Materiais e Métodos etc.), mas devem apresentar, obrigatoriamente, dois resumos, com palavras-chave, conforme descrito na apresentação de Artigo completo, além de referências.

Artigos de revisão

Só poderão ser publicados por especialistas de renome a convite da Comissão Editorial. Não devem ser subdivididos em seções separadas (Introdução, Materiais e Métodos etc.), mas devem apresentar, obrigatoriamente, dois resumos, com palavras-chave, conforme descrito na apresentação de Artigo completo, além de referências.

Apresentação dos trabalhos

1 - Digitação: original em CD,

devidamente identificado com o título do artigo e nome do(s) autor(es) e três cópias impressas, inclusive suas tabelas e referências; deve ser digitado, obrigatoriamente, em formato A4 (21,0 x 29,7cm), espaço duplo, em uma só face de papel, margens de 2,5cm, fonte Times New Roman tamanho 10 e numeração consecutiva das páginas. Ilustrações e legendas devem ser relacionadas em folhas separadas. O texto dos artigos deve ser apresentado utilizando-se o editor de texto Microsoft Word. 2 - Página de rosto: elemento obrigatório, onde deve conter o título do artigo, nome(s) do(s) autor(es) e instituição de origem. Observar que

unicamente nesta página conste a identificação dos autores, para o devido sigilo e imparcialidade. No rodapé da

página deve-se mencionar o endereço completo (inclusive e-mail) do autor para correspondência. Se o artigo for subvencionado, mencionar a instituição que o patrocinou, assim como os agradecimentos; 3 - Tabelas: devem ser numeradas em algarismos arábicos e encabeçadas pelo título, seguido de local e data. Na montagem das tabelas seguir: IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. 61 p. O limite de tabelas por trabalho é de cinco. Em casos excepcionais, conhecida a opinião da Comissão Editorial, este número poderá ser ultrapassado. No texto devem ser indicadas pela palavra Tabela (por extenso). 4 - Ilustrações (fotografias, gráficos, quadros, desenhos ou esquemas): devem ser numeradas consecutivamente com algarismos arábicos e citadas como figuras no texto. As fotografias devem ser identificadas somente com o título do artigo, além de conter no verso a indicação de seu correto posicionamento. Fotos fornecidas em papel fotográfico devem ter ótima resolução, em CD com a extensão .TIF e resolução mínima de 300 dpi’s. As legendas de ilustrações coloridas devem estar referenciadas somente por setas, símbolos e pontos quando publicadas em preto e branco. Gráficos, desenhos ou esquemas devem ser fornecidos no CD, impressos em folha à parte identificada somente com o título do artigo, além das respectivas legendas.

Todas as ilustrações devem ser fornecidas em três vias. Os gráficos devem trazer sempre os valores numéricos que lhes deram origem. Desenhos e esquemas devem apresentar boa qualidade técnica e artística. Aceitar-se-á um número máximo de nove ilustrações por artigo, sugerindo-se a seguinte distribuição: três fotografias, três gráficos e três desenhos/ esquemas. Acima deste limite, as despesas com reprodução correrão por conta do autor. Ilustrações coloridas, independentemente do número, serão cobradas. No texto devem ser indicadas pela palavra Figura (por extenso). Indicar junto ao título da ilustração o local e data. 5 - Referências: devem ser numeradas, ao final do artigo, de forma consecutiva de acordo com a ordem em que forem sendo citadas no texto. Os títulos de periódicos devem ser mencionados de maneira uniforme, de preferência todos por extenso. As referências seguem a normalização da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 6023, que deve ser consultada para outros tipos de documentos aqui não exemplificados.

Exemplos de Apresentação dos Autores nas Referências:

BONAGURA, J. D. (um autor) SANTOS, J. A.; MELLO, M. R. (dois

autores)

BENNETT, B. T.; ABEE, C. R.; HENRICKSON, R. (três autores) VILELA, D.; MARTINS, C. E.; BRESSAN, M.; CARVALHO, L. A. [...] (quatro autores ou mais)

Exemplo de periódico

1 KOTZEKIDOV, P.; BLOUKAS, J. G. Effect of protective cultures and packaging film permeatibility on shelflife of sliced vacuum-pocked cooked ham. Meat Science, v. 42, n. 3, p. 333-345, 1996.

Exemplo de livro

2 HALLIWELL, R. E. W.; GORMAN, N. T. Veterinary clinical immunology. London: W. B. Saunders, 1989. 548 p.

Exemplo de autor diferente para o livro e capítulo

3 FENNER, W. R. Avaliação neurológica dos pacientes. In: ETTINGER, S. J. Tratado de medicina

interna veterinária. 3. ed. São Paulo:

Manole, 1992. p. 577-606.

Exemplo de mesmo autor para o livro e capítulo

4 THORTON, H. Deleterius changes in meat. In: THORTON, H. Aspects of

meat inspection. London: Thindall &

Cassel, 1973. p. 63-72.

Exemplo de tese

5 BIRGEL, E. H. Estudo do quadro

eritrocitário de caprinos (Capra

hircus, L.) normais criados no Estado

de São Paulo: influências de fatores

raciais, sexuais, etários e alimentares. 1973. 92 f. Tese (Livre Docência) -Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1973.

Exemplo de evento

6 OLIVEIRA, C. A. Hormonoterapia em cadelas e gatas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE REPRODUÇÃO ANIMAL, 9., 1991, Belo Horizonte.

Anais... Belo Horizonte: Colégio

Brasileiro de Reprodução Animal, 1991. p. 100-111.

Exemplo de livro eletrônico

7 POORE, M. H. Alternative feeds for

beef cattle. North Carolina: North

Carolina Corporative Extension Service, 1994. Disponível em: <http:// www.ces.ncsu.edu/drought/dro-28.html>. Acesso em: 23 abr. 2007.

Exemplos de artigos de periódicos eletrônicos

8 MENDONÇA JR., C. X.; MARTINS, A. P.; MORI, A. V.; SILVA, A. B.; MORI, C. S. Efeito da adição de óleo de peixe à dieta sobre o desempenho e níveis de lípides plasmáticos e de colesterol no ovo de galinhas poedeiras. Brazilian Journal of

Veterinary Research and Animal Science, v. 37, n. 1, 2000. Disponível

em: <http://www.scielo.br/

cgi_bin/wxis.exe/iach/scielo>. Acesso em: 31 jan. 2001

6 - Citações: utilizar o Sistema Numérico.

As citações devem ser feitas por numeração única e consecutiva em sobrescrito, utilizando-se algarismos arábicos, remetendo à lista de referências na mesma ordem em que aparecem no texto. Quando indispensável para a compreensão do texto, combinar o(s) sobrenome(s) do(s) autor(es) com a indicação do número. Neste caso, a citação será pelo sobrenome de cada autor ou pelo nome da entidade responsável que aparece na respectiva referência. Quando se tratar de três autores, todos devem ser citados. No caso de mais de três autores, a citação deve ser acompanhada pelo sobrenome do primeiro autor seguido da expressão et al. (sem itálico). Se a citação estiver inserida no texto utilizar letras maiúsculas e minúsculas; se estiver entre parênteses utilizar somente letras maiúsculas. Exemplos:

Um autor

Segundo Yanaguita9 ou

(YANAGUITA9)

Dois autores

Soares e Alves13 ou (SOARES; ALVES13)

Três autores

Bennett, Abee e Henrickson12 ou

(BENNETT; ABEE; HENRICKSON12)

Quatro ou mais autores

Vilela, Martins, Bressan e Carvalho26 ou

Vilela et al.26

(VILELA; MARTINS; BRESSAN; CARVALHO26 ) OU (VILELA et al. 26)

Tarifa de publicação: A tarifa de

publicação de R$ 40,00, por página impressa, será cobrada do autor indicado para correspondência, por ocasião da prova final do artigo. Se houver necessidade de impressão em cores, as despesas correrão por conta dos autores.

(11)

INSTRUCTIONS TO AUTHORS

Mission and Editorial policy

The Brazilian Journal of Veterinary Research and

Animal Science publishes scientific complete articles

and high quality previous notes relative to the field of veterinary medicine as well as to veterinarians. Studies of the basic and applied sciences relative to veterinary medicine are welcome. Only previous notes that address matters of veterinary science and provide supporting scientific evidences will be published. The manuscripts will be analyzed by the Editorial Board, provided they adhere to the manuscript guidelines.

It is the official publication of Fundação Medicina Veterinária – FUMVET. The journal follows the guidelines established by the Editorial Board designated by the Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Articles and their concepts are sole responsibility of author (s).

Articles will be accepted for publication provided they adhere to the Author’s guidelines and receive approval from the Scientific Committee and the Editorial Board, after hearing the reviewers. Reviewers maintain confidentiality of the information presented in the manuscript. Reviewers should render their opinions in an unbiased and ethical manner. Identity of reviewers is kept secret. Once an article is approved for publication by the Scientific Committee, a fee (R$) will be charged which will be calculated on the basis of number of pages. All authors should sign a form declaring they are aware and obliged to this payment when submitting a manuscript. After approval for publication, provided no payment was made, manuscript course of action will stop and manuscript returned to the authors.

Historical background

This periodical was founded in 1938 by the Faculdade de Medicina Veterinária which was part of Universidade de São Paulo. The periodical’s former name was Revista da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo. In 1974, its name was changed to Revista da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, following the name change of the school. In 1990, its name was again changed, bearing the present denomination of Brazilian

Journal of Veterinary Research and Animal Science.

In 2000, the journal became the official publication of the Fundação Medicina Veterinária – FUMVET, setting away the institutional link with the Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.

Correspondence address

Manuscripts and all letters should be sent to the following address:

Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science

Universidade de São Paulo

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Seção de Publicação

Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87 -Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira 05508-270 - São Paulo - SP - Brasil

Telefone: (0XX11) 3091-7636 Fax: (0XX11) 3032-2224; 3031-3074; 3091-7672/7678 e-mail: bjuras@fumvet.com.br http://www.fumvet.com.br AUTHOR’SGUIDELINES Complete article

1 – Articles must describe original research and should be submitted only to Brazilian Journal of

Veterinary Research and Animal Science. It is necessary to include a form, signed by all authors, in which authors agree to the payment of publication fees.

2 – Manuscripts should be limited to ten written pages following the structure depicted in the item #5. Page tables and figures are not counted. 3 – Articles must be written in Portuguese or in English.

4- Use only official nomenclature. The use of author-defined abbreviations and acronyms is discouraged. Abbreviations in the titles should be avoided.

5 – Articles must be structured within the following sections:

a) Introduction b) Materials and Methods c) Results

d) Discussion e) Conclusions f) References g) Abstract/Key-words The items Results, Discussion and Conclusions may be included in a single section, except otherwise indicated by the Editorial Board. 6 – Authors must submit two abstracts, one in Portuguese and another in English, which should consist of no more than 250 words. The Abstract is followed by up to five key-words which should correspond to words or expressions that identify the contents of the article.

Previous note

1 - All Previous Notes must describe original research and should be submitted only to Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science. It is necessary to include a form, signed by all authors, in which authors agree to the payment of publication fees.

2 – Should be up to three typed pages. 3 – Articles must be written in Portuguese or in English.

4- Use only official nomenclature. The use of author-defined abbreviations and acronyms is discouraged.

5 – Previous Notes must not be divided into major headings (Introduction, Materials and Methods, etc.), but should present two abstracts followed by key-words as it was described for complete manuscript submission, including a list of References.

Review articles

Unsolicited review manuscripts will not be accepted; however, a draft may be submitted to the Editorial Board, without previous consent, aiming at appropriateness for publication. The Editorial Board may invite renowned specialists to submit review manuscripts.

These reviews must adhere to the guidelines of a complete article, though without division into major headings (Introduction, Materials and Methods, etc.). They should present two abstracts followed by key-words as it was described for complete article submission, including a list of References.

Manuscript submission

1 – Typesetting: manuscripts should be

submitted in CD-ROM or 3½” high density diskette. They have to bear manuscript’s title and

author’s name (s). Authors must submit three copies of the manuscript, including tables and references, double-space typed and pages numbered consecutively. Page size is A4 (21.0 ´ 29.7 cm) and 2.5 cm for all margins. Use only front page and fixed character width (Times New Roman 10 cpi). Illustrations and legends must come on separate sheets. Authors must choose Microsoft Word as text editor.

2 – Cover page: all manuscripts must include a

cover page containing the manuscript’s title, author’s name (s) and institution. In the footnote should be given the complete address (including e-mail) of the corresponding author. Care should be observed that author’s identification is supposed to appear only in the cover page to assure unbiased and ethical reviews. If the work received financial assistance from the industry, mention to it as well as acknowledgment should be provided.

3 – Tables: tables are numbered consecutively in

Arabic numbers. For table construction follow: IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. 61p. Upper limit of tables per work is five. Exceptionally, after hearing the Editorial Board, this number might be increased. In the text, reference to the table content is indicated by the word Table.

4 – Illustrations (photographs, graphics,

drawings or artwork): illustrations must be numbered consecutively in Arabic numbers and be cited in the text as Figures. The photographs shall be identified only by the manuscript’s title and on the back contain description of correct positioning in the text. Graphics, drawings or artwork should be provided in separate sheets, identified by the manuscript’s title and respective legends. All illustrations must be provided in three copies. Be sure that each mean and some index of variation is presented in the figures, the figure legend, or the text. Drawings and other artworks must have good technical quality and artistically accepted (in the case they are computer generated, printed originals must be included). Upper limit of figures per work is nine and it is suggested the following distribution: three photographs, three graphics and three drawings or artworks. Beyond this limit expenses with reproduction shall be the author’s responsibility. Color photographs, independently of number, will be charged.

5- References: they must appear in the order they

were cited in the text. Periodical or journal names must be uniform, preferentially not abbreviated. In the case, periodical or journal names are abbreviated, follow the NBR 6032. For references that are not illustrated in this Instructions to Authors follow instructions contained in the NBR 6023/ 2002. Indicate authors by last name, in capital letters, followed by initials of first and middle names. Authors are separated by semicolon and space.

Examples: BONAGURA, J. D. [...] (1 author)

SANTOS, J. A.; MELLO, M. R. [...] (2 authors) BENNETT, B. T.; ABEE, C. R.; HENRICKSON, R. [...] (3 authors)

VILELA, D.; MARTINS, C. E.; BRESSAN, M.; CARVALHO, L. A. [...] (4 authors or more)

Example of periodical or journal

KOTZEKIDOV, P.; BLOUKAS, J. G. Effect of protective cultures and packaging film permeatibility on shelf-life of sliced vacuum-pocked cooked ham. Meat Science, v.42, n.3, p. 333-45, 1996.

Example of book

HALLIWELL, R. E. W.; GORMAN, N. T.

Veterinary clinical immunology. London: W. B.

Saunders, 1989. 548 p.

Example of chapter and book with different authors

FENNER, W. R. Avaliação neurológica dos pacientes. In: ETTINGER, S.J. Tratado de

medicina interna veterinária. 3. ed. São Paulo: Manole, 1992. p. 577-606.

Example of same authorship for chapter and book

THORTON, H. Deleterius changes in meat. In: THORTON, H. Aspects of meat inspection. London: Thindall & Cassel, 1973. p. 63-72.

Example of thesis

BIRGEL, E. H. Estudo do quadro eritrocitário de

caprinos (Capra hircus, L.) normais criados no Estado de São Paulo: influências de fatores

raciais, sexuais, etários e alimentares, 1973. 92 f. Tese (Livre Docência) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Example of meeting

OLIVEIRA, C. A. Hormonoterapia em cadelas e gatas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE REPRODUÇÃO ANIMAL, 9., 1991, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: Colégio Brasileiro de Reprodução Animal, 1991. p. 100-111.

Example of electronic publication

AUTHOR. Title. Edition. Local of publication: Publisher, year of publication. (Type and characteristics of midia support, producer, citation date, availability and access). ONLINE

POORE, M. H. Alternative feeds for beef cattle. North Carolina: North Carolina Corporative Extension Service, 1994. Disponível em: <http:// www.ces.ncsu.edu/drought/dro-28.html>. Acesso em: 23 abr. 1997.

Online – must cite web page address and date it

that was accessed.

Example of articles from electronic journals

AUTHOR. TITLE OF ARTICLE. Title of

periodical, volume, issue (number), pages, year of

publication. (Type and characteristics of midia support, producer, citation date, availability and access).

ONLINE

MENDONÇA JR., C.X.; MARTINS, A.P.; MORI, A.V.; SILVA, A.B.; MORI, C.S. Efeito da adição de óleo de peixe à dieta sobre o desempenho e níveis de lípides plasmáticos e de colesterol no ovo de galinhas poedeiras. Brazilian Journal of

Veterinary Research and Animal Science, v.37,

n.1, 2000. Disponível em: <http:// www.scielo.br/cgi_bin/wxis.exe/iach/scielo>. Acesso em: 31 jan. 2001

Online – must cite web page address and date it

that was accessed.

6 - Citations in the text: must be consecutively

numbered with Arabic numerals as superscripts in the order they first appear in the text. When absolutely necessary to use author’s name, combine author’s last name with its corresponding numeral as superscript. References containing up to three authors must cite all of them. References with more than three authors must cite the first one’s last name followed by the expression et al. (not italic). Only the first letter of name is capitalized; however, if author’s last name is inserted between parenthesis, all letters must be capitalized.

Examples: According to Yanaguita9 [...]

[...] (YANAGUITA9) [...]

Bennett, Abee and Henrickson12 [...]

Vilela, Martins, Bressan and Carvalho26 [...]

(12)
(13)

80

PEDIDO DE ASSINATURA

(SOMENTE DENTRO DO BRASIL)



Please send me 1 year (6 issues) of Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, for US$ 160,00 surface mail.

Payment enclosed by:

Check nº _____________________________ Bank ________________________________ Date _____________________

Addressed to: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo.

NAME (Please print): ____________________________________________________________________________________

Adress: ____________________________________________________________ City: _____________________________

State: _____________________________________ ZIP: ______________________________ Country: _______________

Mail this order with the check in U.S. funds, made payable to the Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da

Universidade de São Paulo.

Address the envelope as follows:

FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science

Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87

Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira

CEP 05508-900 - São Paulo - SP - Brasil

e-mail: bjvras@fumvet.com.br

Sim, quero assinar a Revista Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science por 1 ano (6 números) no valor

equivalente a R$ 210,00. Remeto, anexo:

Cheque nº __________________________________ Banco _________________________ Data _____________________

A favor da: Fundação Medicina Veterinária

NOME (letra de forma): _________________________________________________________________________________

Endereço:________________________________________________ Cidade: _____________________________________

_______________________________ Estado: _____________________ CEP: _______________________ Brasil

Remeta esta ordem acompanhada do cheque em moeda nacional, pagável à Fundação Medicina Veterinária

Enderece o envelope da seguinte forma:

FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science

Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87

Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira

CEP 05508-900 - São Paulo - SP - Brasil

e-mail: bjvras@fumvet.com.br

Referências

Documentos relacionados

Tabela 8 - Teores bioquímicos séricos de uréia, creatinina, fibrinogênio e fosfatase alcalina em cavalos alimentados com diferentes proporções de fibra na dieta. Segundo MEYER

(A) adotam uma pauta aduaneira comum face a países terceiros, eliminando todos os entraves à livre circulação de mercadorias.. (B) mantêm cada um a sua pauta aduaneira face a

O procedimento metodológico da monografia se dá por meio de pesquisa bibliográfica, que pode ser encontrada em todas as etapas do processo. 100) a

Na administração moderna, onde as condições das organizações são constantemente passíveis de mudança, o trabalho dos engenheiros tem sido bastante procurado. Existiu um

Para representar a cabeça virada para a direita ou para a esquerda, a linha da cabeça move-se para os lados de acordo com os seguintes símbolos:. A escrita dos sinais incluem

A memória Intel Optane H10 com armazenamento em estado sólido funciona tanto como um cache/acelerador de armazenamento não volátil (que permite velocidades de

The T-box transcription factor Brachyury ( T) plays several key roles during embryonic development, particularly in mesoderm formation and differentiation by transcriptional

Seu trabalho A Geografia Cultural dos Estados Unidos da América do Norte com a Ênfase Especialmente Voltada para as suas Condições Econômicas é um marco, tanto no desenvolvimento