2009
Intoxicação por amônia em bovinos que
receberam uréia extrusada ou granulada:
alterações em alguns componentes
bioquímicos do sangue
Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, São Paulo, v. 46, n. 1, p. 69-76, 2009
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Intoxicação por amônia em bovinos que receberam
uréia extrusada ou granulada: alterações em alguns
componentes bioquímicos do sangue
1 - Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia da Universidade de São Paulo, São Paulo-SP
2 - Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Recife-PE
Alexandre Coutinho
ANTONELLI
1Gabriel Adrian Sanches
TORRES
1Clara Satsuki MORI
1Pierre Castro SOARES
2Celso Akio MARUTA
1Enrico Lippi ORTOLANI
1Correspondência para:
Alexandre Coutinho Antonelli, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia -Departamento de Clínica Médica, Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87 – Cidade Universitária – 05508-000 – São Paulo – SP, alexvet@usp.br Recebido para publicação: 03/08/2007 Aprovado para publicação: 28/08/2008
Resumo
Doze garrotes Girolando nunca alimentados com uréia foram
distribuídos em dois grupos de seis animais cada, e induzidos a
desenvolver um quadro de intoxicação por amônia através da
administração de uréia extrusada ou granulada em dose única (0,5 g/
kg PV). Foram determinados no plasma ou soro os teores de amônia,
glicose, L-lactato, uréia e creatinina, além do volume globular em sangue
total nos seguintes momentos: antes da administração de uréia, no
surgimento dos tremores, após o primeiro episódio convulsivo, e
após 240 minutos do início do experimento. A hiperamoniemia
ocorreu a partir dos primeiro tremores. Maiores glicemia e lactemia-L
foram constatadas no momento do ápice da intoxicação (episódio
convulsivo), os quais foram superiores ao tempo basal. A produção
endógena de uréia aumentou no decorrer do experimento devido à
hiperamoniemia (r = 0,57), atingindo seus valores mais altos ao
término do experimento. Quanto maior foi o teor de amônia, maiores
foram as concentrações de lactato-L, glicose, uréia, creatinina e volume
globular. Estes resultados permitem concluir que o grau de
hiperamoniemia aumentou a gliconeogênese, a glicólise anaeróbica, a
síntese de uréia endógena e o grau de desidratação. Entre as variáveis
estudadas os teores de glicose e de lactato-L foram os melhores
indicadores para monitorar alterações bioquímicas na intoxicação pela
amônia.
Palavras-chaves:
Uréia.
Amônia.
Bovinos.
Intoxicação.
Alterações bioquímicas.
Introdução
A proteína é o principal limitante para
ruminantes criados extensivamente,
principalmente no período de seca, pois este
nutriente apresenta-se em menores teores nas
gramíneas de clima tropical ou subtropical.
1A utilização de fontes de nitrogênio
não-protéico, como suplementação protéica para
bovinos criados em condições extensivas, é
reconhecida como procedimento a ser
adotado na nutrição de ruminantes há mais
de um século
2, em substituição a alimentos
industrializados protéicos (soja, algodão,
glúten de milho, refinasil, etc). Embora os
alimentos ricos em proteína sejam de melhor
qualidade nutricional do que as fontes de
nitrogênio não-protéico, os primeiros são
mais caros e destinados ao consumo
humano, optando-se assim pelo uso de
substratos nitrogenados, em especial a uréia,
subproduto do petróleo e muito disponível
em nossas condições. No Brasil, mais de 20
milhões de bovinos são suplementados com
uréia anualmente, principalmente durante o
período seco.
3O uso de uréia proporciona várias
vantagens na alimentação de ruminantes,
embora sua utilização inadequada possa
trazer sérios danos à saúde animal devido à
sua potencial toxicidade. Na verdade, a
intoxicação nos ruminantes não é pela uréia,
mas sim pela amônia gerada do primeiro
composto através da fermentação ruminal.
4A presença de surtos de intoxicação por
amônia é o principal obstáculo para que seu
uso rotineiro seja adotado por mais
criadores.
5Apesar de ser esporádica nos
rebanhos, a intoxicação por amônia
apresenta quadro clínico drástico, rápido e
na maioria das vezes devastador, podendo
levar bovinos à morte em até 30 minutos
após a sua ingestão.
6,7A uréia ingerida é rapidamente
hidrolisada no rúmen em compostos
amoniacais (NH
4+e NH
3
), pela urease
bacteriana. Enquanto que o amônio (NH
4+)
é hidrossolúvel e não absorvível pela parede
ruminal a amônia é lipossolúvel e altamente
absorvível.
6Assim, condições que
favoreçam o surgimento de pH alcalino
como jejum, dieta rica em fibra e/ou com
baixo teor de carboidratos solúveis ou
mesmo a ingestão de quantidades
consideráveis de uréia predispõem à
intoxicação por amônia em ruminantes, por
aumentar e acelerar a absorção de amônia
para a corrente sangüínea.
8A maior parte
da amônia absorvida é transformada
rapidamente no fígado com a síntese de
uréia, através do ciclo da uréia. Entretanto,
quando há aumento na produção e absorção
de amônia ocorre uma sobrecarga no
sistema hepático, e, como conseqüência,
aumento nos teores de amônia no sangue.
8,9No ambiente intracelular a amônia bloqueia
o ciclo de Krebs, por meio do bloqueio por
saturação do sistema glutamina-sintetase,
resultando em diminuição da produção de
energia, e finalmente inibição da respiração
celular.
Os sintomas da intoxicação por uréia
são: desconforto, apatia, tremores
musculares e fasciculações, salivação
excessiva, dejeções (fezes e urina) freqüentes,
respiração rápida e difícil, desidratação
incoordenação, vocalização, enrijecimento
dos membros, prostração, decúbito, tetania,
meteorismo gasoso, midríase, nistagmo,
convulsão, e conseqüentemente morte.
7,10,11O diagnóstico de intoxicação por
amônia é realizado com base no histórico
de ingestão de grandes quantidades de fonte
de NNP, associado à presença de sintomas
característicos, e à determinação laboratorial
da concentração de amônia no sangue ou
líquido ruminal.
O objetivo deste estudo foi avaliar e
comparar o efeito provocado em alguns
componentes bioquímicos sangüíneos em
bovinos que apresentassem quadro clínico
grave de intoxicação por amônia por
ingestão de uréia granulada ou extrusada.
Material e Método
Foram utilizados 12 bovinos
Girolando, machos, hígidos, providos de
cânulas ruminais, e com 200 kg de peso vivo.
Os animais foram mantidos em baias
individuais e receberam uma dieta basal
contendo teores relativamente baixos de
proteína bruta (10%), sem qualquer
suplementação com nitrogênio não-protéico,
composta de feno de capim coast-cross e
concentrados energéticos por um período
de no mínimo 30 dias. Suplemento mineral
foi oferecido ad libitum. Esta dieta foi
oferecida na quantidade de matéria seca
equivalente a 2,2% do peso vivo. Cada animal
foi utilizado apenas uma vez no experimento.
Os animais foram distribuídos
aleatoriamente em dois grupos, de seis
animais cada, de acordo com os seguintes
tratamentos: o grupo 1 recebeu 2,5 g/kg de
peso vivo (P.V.) de uréia extrusada (©
TORTUGA Companhia Zootécnica
Agrária) contendo 20% de uréia e 80% de
farelo de milho; e o grupo 2 recebeu 0,5 g/
kg P.V. de uréia granulada (Petrofértil ®) e
2,0 g/kg P.V. de farelo de milho,
separadamente. Ambos os grupos
receberam quantidades equivalentes de uréia
e farelo de milho. Quinze horas antes do
início da intoxicação os animais foram
mantidos sem alimentação, com exceção de
água de bebida, a fim de aumentar o pH
ruminal e predispor à presença do quadro
tóxico. Após este período, a uréia, extrusada
ou não, assim como o farelo de milho foram
administrados pela cânula ruminal dos
animais, por meio de sonda plástica de
grosso calibre.
Quando os animais apresentaram
quadro convulsivo foram tratados por meio
de esvaziamento do conteúdo ruminal, por
meio de sondagem, via cânula ruminal, e
com tratamento sistêmico preconizado por
Ortolani, Mori e Rodrigues Filho.
7As amostras de sangue foram
colhidas da veia jugular externa, antes da
administração de uréia, no surgimento dos
tremores, após o primeiro episódio
convulsivo, e após 240 minutos do início do
experimento. Amostras sangüíneas foram
colhidas em tubos de colheita à vácuo
(Vacutainer
®), sem anti-coagulante para as
determinações de uréia, creatinina e
lactato-L (utilizando-se kits diagnóstico SIGMA n
o555, Bayer
®n
oT-011821-56, e SIGMA n
o735-10, respectivamente); outras amostras
sangüíneas foram colhidas em tubos contendo
EDTA (ácido etilenodiaminotetracético, sal
dissódico) para determinar amônia plasmática
(kit Raichem
®n
o85444), e do volume
globular que, para o qual, utilizou-se o sangue
total acondicionado em tubos capilares de
75 mm, próprios para microhematócrito, e
centrifugados a 13000 G por 5 minutos; e
frascos contendo fluoreto de sódio para
a determinação de glicose (kit SIGMA
n
o315-100).
Os dados foram analisados utilizando
ANOVA e as médias foram comparadas
utilizando-se o teste de Duncan. No estudo
de relação entre duas variáveis foram
utilizados análise de regressão linear e
coeficiente de correlação. Foram
consideradas diferenças significativas quando
p foi inferior a 0,05. Considerou-se um
coeficiente de correlação como de
intensidade alta quando r > 0,6; média se
0,3 < r < 0,6 e baixa no caso de r < 0,3
12.
Resultados
No início de cada procedimento
experimental, os garrotes apresentavam-se
saudáveis, alertas e ativos. Apenas um bovino
do grupo 1 apresentou discretas
fasciculações, recuperando-se prontamente,
enquanto que um animal do grupo 2 ficou
apático, teve tremores musculares, apresentou
incoordenação motora, ficou em decúbito
lateral, mas não teve nenhum episódio
convulsivo, recuperando-se posteriormente
sem seqüelas. Os demais animais
apresentaram vários sintomas característicos
de intoxicação por amônia, sendo que os
tremores musculares iniciaram-se 6025 e
79±26 min após a administração de uréia
nos grupos 1 e 2, respectivamente, enquanto
que os episódios convulsivos
manifestaram-se 95 ± 42 e 160 ± 66 min após o
fornecimento de uréia aos grupos 1 e 2,
respectivamente.
Os teores de amônia plasmática
elevaram-se marcadamente nos dois grupos,
sendo que no grupo 1 atingiu seus valores
mais altos no momento da convulsão (1626±
285 mmol/L), enquanto que no grupo 2
esses teores mais elevados ocorreram
já no surgimento dos tremores musculares
(Tabela 1). Em relação aos teores de uréia
sérica, em ambos os grupos obtiveram-se
os valores mais altos no final do experimento
(7,26± 1,94 mmol/L e 7,14 ± 1,59 mmol/
L, para o grupo 1 e 2 respectivamente) em
relação ao início do experimento, ou seja,
após 240 minutos da administração da uréia
(Tabela 1). Em relação aos teores de
creatinina sérica, foi observado que no grupo
1 os valores elevaram-se já no surgimento
dos episódios convulsivos (265± 23 mmol/
L), enquanto que no grupo 2 esses valores
foram mais altos apenas ao término do
experimento (252 ± 24 mmol/L)
(Tabela 1). Os teores de lactato-L foram em
ambos os grupos superiores, em relação ao
tempo basal, no momento do surgimento
dos episódios convulsivos (22,40± 6,73
mmol/L e 18,30 ± 3,87 mmol/L, para o
grupo 1 e 2 respectivamente) (Tabela 1).
Quando avaliadas as concentrações
plasmáticas de glicose, verificou-se que houve
aumento gradativo de seus teores em ambos
os grupos, atingindo o pico de hiperglicemia
no momento em que surgiram os primeiros
episódios convulsivos (13,70± 2,82 mmol/
L e 11,70± 2,39 mmol/L, para o grupo 1 e
2 respectivamente) (Tabela 1). Na avaliação
do volume globular, foi constatado que no
grupo 1 ocorreu aumento apenas após o
início dos episódios convulsivos (43± 5 %),
enquanto que no grupo 2 atingiu seus valores
mais altos já no surgimento dos tremores
musculares (42± 4 %) (Tabela 1), mostrando
desidratação progressiva em casos de
intoxicação por amônia. Não ocorreram
diferenças significativas entre os grupos em
nenhuma das variáveis estudadas.
Quando estudada a relação entre as
variáveis, verificou-se que quanto maiores
foram os teores de amônia plasmática
maiores foram as concentrações de uréia (r
= 0,57), creatinina (r = 0,64), lactato-L (r =
0,82), glicose (r = 0,75) e volume globular (r
= 0,77). Também foi observado que quanto
maior o volume globular, maior os teores
de creatinina (r = 0,62) e lactato-L (r = 0,69),
assim como maior o teor de creatinina sérica,
maior a concentração de lactato-L (r = 0,53).
Discussão
Neste trabalho, a dose de 0,5 g
uréia/kg PV provocou quadro clínico
definitivo de intoxicação por amônia
culminando com convulsão em 83% (10/
12) dos animais, pois cada um deles foi
intoxicado uma única vez, sendo assim
menos refratários à toxidez por amônia.
No trabalho clássico de Bartley et al.
6foram utilizados apenas 26 animais em 244
testes com administração de igual
quantidade de uréia utilizada neste
experimento (0,5 g/kg PV), sendo obtidos
quadros definitivos de intoxicação em
apenas 51% das tentativas. Acredita-se que,
nesse supracitado experimento, pelo fato
Tabela 1 – Valores médios e desvio padrão de amônia e glicose plasmáticas, uréia, creatinina e lactato-L séricos,
e o volume globular de bovinos intoxicados por amônia que receberam uréia extrusada (Grupo 1) ou
uréia granulada (Grupo 2) – São Paulo – 2002
dos bovinos haverem sido submetidos a
várias intoxicações em série, os animais se
tornaram mais resistentes à amônia, por meio
do aumento a atividade do ciclo de uréia,
tornando-os capaz de transformar mais
efetivamente a amônia em uréia.
5,13,14Por outro lado, os teores de amônia
plasmática no surgimento dos tremores
foram ao redor de 1100 mmol/L (850
-1597 mmol/L) (Tabela 1). Estes valores
médios são 93% superiores aos citados
por Bartley et al.
6como diagnóstico
definitivo (570 mmol/L), provavelmente
porque esses autores interromperam a
intoxicação, administrando ácido acético
ou removendo todo o conteúdo ruminal
com o surgimento dos tremores nos
bovinos. Como estes dados têm sido
referenciados na literatura clássica existe
uma necessidade de revisão da mesma.
Além disso, é bastante provável que a
discordância dos resultados também
esteja ligada à metodologia empregada.
Bartley et al.
6determinaram a amônia por
método de difusão (câmara de Conway),
sendo esta técnica considerada de baixa
precisão e sensibilidade, onde podem
ocorrer perdas significativas de amônia,
determinando valores subestimados
15,
diferentemente do presente trabalho, onde
as determinações de amônia foram feitas
por procedimento enzimático, utilizando
“kits” de diagnóstico comerciais, de
grande exatidão.
Também se constatou, neste
trabalho, que os bovinos apresentavam
quadro convulsivo quando os teores de
amônia plasmática atingiam valores
médios de 1600 mmol/L. Estes resultados
são pouco superiores aos descritos por
Froslie
16, que afirmou que o quadro
convulsivo surgia entre 880 e 1470 mmol/
L. Tais dados foram obtidos também
com metodologia de difusão supracitada,
devendo assim também ser revistos.
Embora os animais não tivessem
sido alimentados com nitrogênio
não-protéico e recebessem dieta com teores
ligeiramente deficientes em proteína bruta
existiu um grande aumento na conversão
de amônia em uréia no ciclo da uréia.
Provavelmente, as concentrações de uréia
não foram maiores neste experimento
devido a uma possível excreção deste
metabólito na urina, já que Kitamura
17detectou um grande incremento na
excreção urinária de uréia durante a
intoxicação por amônia, aumentando
assim a capacidade de depuração da uréia
sangüínea por no mínimo três horas após
o início dos episódios convulsivos.
O teor de lactato-L aumentou
significativamente nos grupos 1 e 2 (Tabela
1), sendo mais de duas vezes superiores
aos constatados nos experimentos sobre
acidose láctica ruminal.
18Nesse distúrbio,
o lactato é gerado no interior do rúmen,
pela excessiva fermentação bacteriana de
carboidratos solúveis, e absor vido
provocando reconhecida acidose
metabólica. O lactato-L foi altamente
indicativo dos efeitos deletérios que a
amônia provocou no funcionamento do
ciclo de Krebs. Quando em excesso, a
amônia se combina com o a-ceto-glutarato
deixando de for mar o succinato e
produzir ATP.
4Desta maneira, a célula
passa o obter parte de sua energia pela via
glicolítica anaeróbica, com geração
terminal de lactato-L.
Os teores de creatinina sérica se
elevaram bem acima dos valores de
referência (até 65% superiores), nos grupos
1 e 2 (Tabela 1), em especial quando se
instalava a convulsão. Como existiu uma
correlação positiva entre a elevação do
volume globular e da creatinina (r = 0,62)
pode-se deduzir que a desidratação
provocou menor fluxo sangüíneo aos
rins provocando uma menor filtração
glomerular e conseqüente incremento na
creatinina sérica. Com a instalação do
estado de desidratação, concluiu-se
também que houve diminuição na
circulação sangüínea nos órgão menos
essenciais e periféricos diminuindo assim
o aporte de oxigênio aos tecidos,
levando-os a aumentar a produção de energia por
meio da via glicolítica anaeróbica.
11De
fato, neste trabalho certificou-se de que
quanto maior o volume globular ou teor
de creatinina, maiores os teores de
lactato-L (r = 0,69 e r = 0,73, respectivamente).
O aumento do volume globular é
a confir mação da ocorrência de
desidratação intensa em casos de
intoxicação por amônia. A amônia per se é
muito irritativa ao trato pulmonar,
podendo causar a migração de fluídos
para os pulmões resultando em edema
pulmonar, que é um achado freqüente em
necropsias de animais intoxicados por
amônia.
16Para Antonelli et al.
10, grande
parte desta desidratação é causada pelo
edema pulmonar. Mas outro fator
também deve colaborar para este aumento
do seqüestro de líquidos do sangue, pois
animais que desenvolveram desidratação
leve não apresentaram edema pulmonar,
sugerindo a realização de maiores estudos
para entender melhor a dinâmica dos
fluídos sangüíneos na intoxicação por
amônia.
Outro indicador da ação do excesso
de amônia no organismo foi a glicemia,
onde teve seu incremento já no surgimento
dos tremores musculares, atingindo seu
ápice durante a crise convulsiva e
mantendo alta até o tér mino do
experimento. Os dados obtidos
comprovaram que ocorreu uma alta
correlação entre os teores de amônia
sangüínea e a glicemia (r = 0,75). A
glicemia se eleva por várias ações
concomitantes, onde o excesso de amônia
inibe a liberação da insulina, diminuindo a
passagem de glicose para dentro das
células, e estimula a glicogenólise hepática
causada pela liberação de adrenalina,
associado a uma maior produção
de glucagon que estimula a rápida
produção de glicose no organismo
19; a
desidratação ainda predispõe a uma
redução na utilização da glicose por
tecidos periféricos
20,21. Outro fator que
pode interferir na utilização da glicose é
o diminuto uso deste substrato energético
pelas células causado pelo bloqueio do
ciclo de Krebs.
22Não ocorreram diferenças significativas
entre os grupos para todas as variáveis
estudadas porque a ingestão de grandes
quantidades de uréia, independente de sua
apresentação, causa intoxicação por
amônia. De acordo com Antonelli
23, o
processo de extrusão não interfere com a
velocidade de hidrólise da uréia quando
esta é oferecida em grande quantidade,
principalmente quando o ambiente
ruminal apresenta-se alcalino. Porém o teor
de amônia (NH
3) no rúmen, tanto
quantitativo como percentual, é maior em
animais que ingeriram uréia granulada
devido ao maior pH do suco ruminal.
O autor ainda especula que o menor
pH ruminal em animais que ingeriram
uréia extrusada esteja ligado com a mais
rápida digestão do amido extrusado,
tornando este substrato mais disponível
para a fer mentação bacteriana nos
primeiros 120 minutos após a ingestão e
aumentando a produção de ácidos graxos
voláteis. Portanto, ocorre apenas o
retardamento no tempo de absorção de
amônia derivada da uréia extrusada,
postergando o surgimento dos sinais
clínicos e todas as alterações decorrentes
do quadro tóxico.
Conclusões
Estes resultados permitem concluir
que o grau de hiperamoniemia influenciou
positivamente na gliconeogênese, na
glicólise anaeróbica e na síntese de uréia.
Os teores de glicose e L-lactato foram
muito superiores no ápice da intoxicação
do que no tempo basal, demonstrando
que estas variáveis são mais indicadoras
para monitorar alterações bioquímicas
causadas pela intoxicação por amônia. As
alterações bioquímicas em casos de
intoxicação por amônia causadas pela
uréia extrusada ou granulada não
mostraram diferença entre si.
Agradecimentos
À FAPESP, pela bolsa concedida
(processo n
o03/09991-8).
Ammonia poisoning in cattle fed extruded or prilled urea: alterations in
some chemistry components
Abstract
Twelve yearling Girolando steers never fed urea before were assigned
randomly in two groups of six animals each. In both groups were
administered intraruminally a single dose (0.5 g/kg BW) of extruded
or prilled urea in order to induce ammonia poisoning. Plasma or
serum levels of ammonia, urea, creatinine, glucose, L-lactate were
determined. Hematocrit values were also recorded. Blood samples
were taken before the administration of urea, at the onset of muscle
tremors, at the first convulsive episode, and 240 minutes after the
beginning of the urea feeding. Hyperammonemia already occured at
the time of the first muscle tremors. Glucose and L-lactate levels were
higher at the peak of the intoxication (convulsive episode), which
were higher compared to the beginning of the experiment.
Endogenous production of urea increased during the experiment
due to hyperammonemia (r = 0.57), reaching peak levels at the end of
the trials. Higher ammonia values lead to increased concentrations of
L-lactate, glucose, urea, creatinine and hematocrit values. These results
showed that high levels of ammonia increased glyconeogenesis,
anaerobic glycolysis, the endogenous synthesis of urea and the level
of dehydration. L-lactate and glucose were the best variables to monitor
biochemical changes in cases of ammonia poisoning.
Key words:
Urea.
Ammonia.
Bovines.
Poisoning.
Biochemical changes.
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láctica ruminal: II – acidose metabólica e
metabolização do lactato-L. Ciência Rural, v. 32, n. 1,
p. 61-65, 2002.
19 VISEK, W. J. Ammonia metabolism, urea cycle
capacity and their biochemical assessment. Nutrition
Reviews, v. 37, n. 9, p. 273-282, 1979.
20 SPIRES, H. R.; CLARK, J. H. Effect of intraruminal
urea administration on glucose metabolism in dairy
steers. The Journal of Nutrition, v. 109, n. 8, p.
1438-1447, 1979.
21 SYMONDS, H. W.; MATHER, D. L.; COLLIS, K. A.
The maximum capacity of the liver of the adult dairy
cow to metabolize ammonia. The British Journal of
Nutrition, v. 46, n. 3, p. 481-486, 1981.
22 SINGER, R. H.; MCCARTY, R. T. Acute ammonium
salt poisoning in sheep. American Journal of Veterinary
Research, v. 32, n. 8, p. 1229-1238, 1971.
23 ANTONELLI, A. C. Administração de doses padrão
e alta de uréia extrusada ou granulada em bovinos:
uma análise clínica-toxicológica e laboratorial. 2003.
147 f. Dissertação (Mestrado em Clínica Veterinária) –
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
Normas editoriais
O periódico Brazilian Journal of
Veterinary Research and Animal Science
é publicado bimestralmente pela Fundação de Medicina Veterinária (FUMVET) e destina-se a publicar trabalhos científicos sobre medicina veterinária e ciências afins. Os trabalhos encaminhados para publicação são submetidos à aprovação do Comissão Editorial, com assessoria de especialistas da área (peer review). A lista de colaboradores (relatores) é publicada no último fascículo/ano de cada volume. Os trabalhos cujos textos necessitarem de revisões ou correções que não puderem ser feitas pelos editores serão devolvidos aos autores. Os aceitos para publicação tornam-se propriedade dessa revista. Os autores são responsáveis pelos conceitos e informações neles contidos. No momento da submissão do trabalho à revista é obrigatório apresentar a aprovação do protocolo experimental por Comitê de Ética. Qualquer que seja o tipo do trabalho, deverá ser inédito e destinar-se exclusivamente a esse periódico, sendo obrigatório anexar declaração assinada por todos os autores expressando concordância no pagamento de tarifa como condicionante à sua publicação*.
Os trabalhos para publicação deverão ser encaminhados a:
Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science
Setor de Publicação
Av. Prof. Orlando de Marques Paiva, 8 7
Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”
CEP 05508270 – São Paulo – SP -Brasil Telefone: 0055 11 3091 1472/ 3091 7636 Fax: 0055 11 3091 7636 e-mail: bjvras@fumvet.com.br http://www.fumvet.com.br Artigo completo
1 - Limitar-se ao máximo de dez páginas
digitadas, dentro da estrutura do item cinco, não sendo contadas as páginas onde constem tabelas e ilustrações. 2 -Ser escrito em língua portuguesa ou em língua inglesa. 3 - Usar somente nomenclaturas oficiais e abreviaturas consagradas, não empregando abreviaturas no título do artigo. 4 – Ser estruturado dentro dos seguintes itens: a) Introdução; b) Materiais e Métodos; c) Resultados; d) Discussão; e) Conclusões; f) Referências; g) Resumo/Palavras-chave; Abstract/Key-words. 5 - Apresentar, obrigatoriamente, dois resumos, nos idiomas inglês e português, não devendo ultrapassar 250 (duzentas e cinqüenta) palavras, seguidos das palavras-chave, limitadas a cinco, que correspondem a palavras ou expressões que identificam o conteúdo do artigo.
Nota prévia
1 - Limitar-se ao máximo de três páginas
digitadas. 2 - Ser escrita em língua portuguesa ou em língua inglesa. 3 - Usar somente nomenclaturas oficiais e abreviaturas consagradas, não
empregando abreviaturas no título do artigo. 4 - Não devem ser subdivididos em seções separadas (Introdução, Materiais e Métodos etc.), mas devem apresentar, obrigatoriamente, dois resumos, com palavras-chave, conforme descrito na apresentação de Artigo completo, além de referências.
Artigos de revisão
Só poderão ser publicados por especialistas de renome a convite da Comissão Editorial. Não devem ser subdivididos em seções separadas (Introdução, Materiais e Métodos etc.), mas devem apresentar, obrigatoriamente, dois resumos, com palavras-chave, conforme descrito na apresentação de Artigo completo, além de referências.
Apresentação dos trabalhos
1 - Digitação: original em CD,
devidamente identificado com o título do artigo e nome do(s) autor(es) e três cópias impressas, inclusive suas tabelas e referências; deve ser digitado, obrigatoriamente, em formato A4 (21,0 x 29,7cm), espaço duplo, em uma só face de papel, margens de 2,5cm, fonte Times New Roman tamanho 10 e numeração consecutiva das páginas. Ilustrações e legendas devem ser relacionadas em folhas separadas. O texto dos artigos deve ser apresentado utilizando-se o editor de texto Microsoft Word. 2 - Página de rosto: elemento obrigatório, onde deve conter o título do artigo, nome(s) do(s) autor(es) e instituição de origem. Observar que
unicamente nesta página conste a identificação dos autores, para o devido sigilo e imparcialidade. No rodapé da
página deve-se mencionar o endereço completo (inclusive e-mail) do autor para correspondência. Se o artigo for subvencionado, mencionar a instituição que o patrocinou, assim como os agradecimentos; 3 - Tabelas: devem ser numeradas em algarismos arábicos e encabeçadas pelo título, seguido de local e data. Na montagem das tabelas seguir: IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. 61 p. O limite de tabelas por trabalho é de cinco. Em casos excepcionais, conhecida a opinião da Comissão Editorial, este número poderá ser ultrapassado. No texto devem ser indicadas pela palavra Tabela (por extenso). 4 - Ilustrações (fotografias, gráficos, quadros, desenhos ou esquemas): devem ser numeradas consecutivamente com algarismos arábicos e citadas como figuras no texto. As fotografias devem ser identificadas somente com o título do artigo, além de conter no verso a indicação de seu correto posicionamento. Fotos fornecidas em papel fotográfico devem ter ótima resolução, em CD com a extensão .TIF e resolução mínima de 300 dpi’s. As legendas de ilustrações coloridas devem estar referenciadas somente por setas, símbolos e pontos quando publicadas em preto e branco. Gráficos, desenhos ou esquemas devem ser fornecidos no CD, impressos em folha à parte identificada somente com o título do artigo, além das respectivas legendas.
Todas as ilustrações devem ser fornecidas em três vias. Os gráficos devem trazer sempre os valores numéricos que lhes deram origem. Desenhos e esquemas devem apresentar boa qualidade técnica e artística. Aceitar-se-á um número máximo de nove ilustrações por artigo, sugerindo-se a seguinte distribuição: três fotografias, três gráficos e três desenhos/ esquemas. Acima deste limite, as despesas com reprodução correrão por conta do autor. Ilustrações coloridas, independentemente do número, serão cobradas. No texto devem ser indicadas pela palavra Figura (por extenso). Indicar junto ao título da ilustração o local e data. 5 - Referências: devem ser numeradas, ao final do artigo, de forma consecutiva de acordo com a ordem em que forem sendo citadas no texto. Os títulos de periódicos devem ser mencionados de maneira uniforme, de preferência todos por extenso. As referências seguem a normalização da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 6023, que deve ser consultada para outros tipos de documentos aqui não exemplificados.
Exemplos de Apresentação dos Autores nas Referências:
BONAGURA, J. D. (um autor) SANTOS, J. A.; MELLO, M. R. (dois
autores)
BENNETT, B. T.; ABEE, C. R.; HENRICKSON, R. (três autores) VILELA, D.; MARTINS, C. E.; BRESSAN, M.; CARVALHO, L. A. [...] (quatro autores ou mais)
Exemplo de periódico
1 KOTZEKIDOV, P.; BLOUKAS, J. G. Effect of protective cultures and packaging film permeatibility on shelflife of sliced vacuum-pocked cooked ham. Meat Science, v. 42, n. 3, p. 333-345, 1996.
Exemplo de livro
2 HALLIWELL, R. E. W.; GORMAN, N. T. Veterinary clinical immunology. London: W. B. Saunders, 1989. 548 p.
Exemplo de autor diferente para o livro e capítulo
3 FENNER, W. R. Avaliação neurológica dos pacientes. In: ETTINGER, S. J. Tratado de medicina
interna veterinária. 3. ed. São Paulo:
Manole, 1992. p. 577-606.
Exemplo de mesmo autor para o livro e capítulo
4 THORTON, H. Deleterius changes in meat. In: THORTON, H. Aspects of
meat inspection. London: Thindall &
Cassel, 1973. p. 63-72.
Exemplo de tese
5 BIRGEL, E. H. Estudo do quadro
eritrocitário de caprinos (Capra
hircus, L.) normais criados no Estado
de São Paulo: influências de fatores
raciais, sexuais, etários e alimentares. 1973. 92 f. Tese (Livre Docência) -Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1973.
Exemplo de evento
6 OLIVEIRA, C. A. Hormonoterapia em cadelas e gatas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE REPRODUÇÃO ANIMAL, 9., 1991, Belo Horizonte.
Anais... Belo Horizonte: Colégio
Brasileiro de Reprodução Animal, 1991. p. 100-111.
Exemplo de livro eletrônico
7 POORE, M. H. Alternative feeds for
beef cattle. North Carolina: North
Carolina Corporative Extension Service, 1994. Disponível em: <http:// www.ces.ncsu.edu/drought/dro-28.html>. Acesso em: 23 abr. 2007.
Exemplos de artigos de periódicos eletrônicos
8 MENDONÇA JR., C. X.; MARTINS, A. P.; MORI, A. V.; SILVA, A. B.; MORI, C. S. Efeito da adição de óleo de peixe à dieta sobre o desempenho e níveis de lípides plasmáticos e de colesterol no ovo de galinhas poedeiras. Brazilian Journal of
Veterinary Research and Animal Science, v. 37, n. 1, 2000. Disponível
em: <http://www.scielo.br/
cgi_bin/wxis.exe/iach/scielo>. Acesso em: 31 jan. 2001
6 - Citações: utilizar o Sistema Numérico.
As citações devem ser feitas por numeração única e consecutiva em sobrescrito, utilizando-se algarismos arábicos, remetendo à lista de referências na mesma ordem em que aparecem no texto. Quando indispensável para a compreensão do texto, combinar o(s) sobrenome(s) do(s) autor(es) com a indicação do número. Neste caso, a citação será pelo sobrenome de cada autor ou pelo nome da entidade responsável que aparece na respectiva referência. Quando se tratar de três autores, todos devem ser citados. No caso de mais de três autores, a citação deve ser acompanhada pelo sobrenome do primeiro autor seguido da expressão et al. (sem itálico). Se a citação estiver inserida no texto utilizar letras maiúsculas e minúsculas; se estiver entre parênteses utilizar somente letras maiúsculas. Exemplos:
Um autor
Segundo Yanaguita9 ou
(YANAGUITA9)
Dois autores
Soares e Alves13 ou (SOARES; ALVES13)
Três autores
Bennett, Abee e Henrickson12 ou
(BENNETT; ABEE; HENRICKSON12)
Quatro ou mais autores
Vilela, Martins, Bressan e Carvalho26 ou
Vilela et al.26
(VILELA; MARTINS; BRESSAN; CARVALHO26 ) OU (VILELA et al. 26)
Tarifa de publicação: A tarifa de
publicação de R$ 40,00, por página impressa, será cobrada do autor indicado para correspondência, por ocasião da prova final do artigo. Se houver necessidade de impressão em cores, as despesas correrão por conta dos autores.
INSTRUCTIONS TO AUTHORS
Mission and Editorial policy
The Brazilian Journal of Veterinary Research and
Animal Science publishes scientific complete articles
and high quality previous notes relative to the field of veterinary medicine as well as to veterinarians. Studies of the basic and applied sciences relative to veterinary medicine are welcome. Only previous notes that address matters of veterinary science and provide supporting scientific evidences will be published. The manuscripts will be analyzed by the Editorial Board, provided they adhere to the manuscript guidelines.
It is the official publication of Fundação Medicina Veterinária – FUMVET. The journal follows the guidelines established by the Editorial Board designated by the Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Articles and their concepts are sole responsibility of author (s).
Articles will be accepted for publication provided they adhere to the Author’s guidelines and receive approval from the Scientific Committee and the Editorial Board, after hearing the reviewers. Reviewers maintain confidentiality of the information presented in the manuscript. Reviewers should render their opinions in an unbiased and ethical manner. Identity of reviewers is kept secret. Once an article is approved for publication by the Scientific Committee, a fee (R$) will be charged which will be calculated on the basis of number of pages. All authors should sign a form declaring they are aware and obliged to this payment when submitting a manuscript. After approval for publication, provided no payment was made, manuscript course of action will stop and manuscript returned to the authors.
Historical background
This periodical was founded in 1938 by the Faculdade de Medicina Veterinária which was part of Universidade de São Paulo. The periodical’s former name was Revista da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo. In 1974, its name was changed to Revista da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, following the name change of the school. In 1990, its name was again changed, bearing the present denomination of Brazilian
Journal of Veterinary Research and Animal Science.
In 2000, the journal became the official publication of the Fundação Medicina Veterinária – FUMVET, setting away the institutional link with the Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.
Correspondence address
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1 – Articles must describe original research and should be submitted only to Brazilian Journal of
Veterinary Research and Animal Science. It is necessary to include a form, signed by all authors, in which authors agree to the payment of publication fees.
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4- Use only official nomenclature. The use of author-defined abbreviations and acronyms is discouraged. Abbreviations in the titles should be avoided.
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a) Introduction b) Materials and Methods c) Results
d) Discussion e) Conclusions f) References g) Abstract/Key-words The items Results, Discussion and Conclusions may be included in a single section, except otherwise indicated by the Editorial Board. 6 – Authors must submit two abstracts, one in Portuguese and another in English, which should consist of no more than 250 words. The Abstract is followed by up to five key-words which should correspond to words or expressions that identify the contents of the article.
Previous note
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Review articles
Unsolicited review manuscripts will not be accepted; however, a draft may be submitted to the Editorial Board, without previous consent, aiming at appropriateness for publication. The Editorial Board may invite renowned specialists to submit review manuscripts.
These reviews must adhere to the guidelines of a complete article, though without division into major headings (Introduction, Materials and Methods, etc.). They should present two abstracts followed by key-words as it was described for complete article submission, including a list of References.
Manuscript submission
1 – Typesetting: manuscripts should be
submitted in CD-ROM or 3½” high density diskette. They have to bear manuscript’s title and
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2 – Cover page: all manuscripts must include a
cover page containing the manuscript’s title, author’s name (s) and institution. In the footnote should be given the complete address (including e-mail) of the corresponding author. Care should be observed that author’s identification is supposed to appear only in the cover page to assure unbiased and ethical reviews. If the work received financial assistance from the industry, mention to it as well as acknowledgment should be provided.
3 – Tables: tables are numbered consecutively in
Arabic numbers. For table construction follow: IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. 61p. Upper limit of tables per work is five. Exceptionally, after hearing the Editorial Board, this number might be increased. In the text, reference to the table content is indicated by the word Table.
4 – Illustrations (photographs, graphics,
drawings or artwork): illustrations must be numbered consecutively in Arabic numbers and be cited in the text as Figures. The photographs shall be identified only by the manuscript’s title and on the back contain description of correct positioning in the text. Graphics, drawings or artwork should be provided in separate sheets, identified by the manuscript’s title and respective legends. All illustrations must be provided in three copies. Be sure that each mean and some index of variation is presented in the figures, the figure legend, or the text. Drawings and other artworks must have good technical quality and artistically accepted (in the case they are computer generated, printed originals must be included). Upper limit of figures per work is nine and it is suggested the following distribution: three photographs, three graphics and three drawings or artworks. Beyond this limit expenses with reproduction shall be the author’s responsibility. Color photographs, independently of number, will be charged.
5- References: they must appear in the order they
were cited in the text. Periodical or journal names must be uniform, preferentially not abbreviated. In the case, periodical or journal names are abbreviated, follow the NBR 6032. For references that are not illustrated in this Instructions to Authors follow instructions contained in the NBR 6023/ 2002. Indicate authors by last name, in capital letters, followed by initials of first and middle names. Authors are separated by semicolon and space.
Examples: BONAGURA, J. D. [...] (1 author)
SANTOS, J. A.; MELLO, M. R. [...] (2 authors) BENNETT, B. T.; ABEE, C. R.; HENRICKSON, R. [...] (3 authors)
VILELA, D.; MARTINS, C. E.; BRESSAN, M.; CARVALHO, L. A. [...] (4 authors or more)
Example of periodical or journal
KOTZEKIDOV, P.; BLOUKAS, J. G. Effect of protective cultures and packaging film permeatibility on shelf-life of sliced vacuum-pocked cooked ham. Meat Science, v.42, n.3, p. 333-45, 1996.
Example of book
HALLIWELL, R. E. W.; GORMAN, N. T.
Veterinary clinical immunology. London: W. B.
Saunders, 1989. 548 p.
Example of chapter and book with different authors
FENNER, W. R. Avaliação neurológica dos pacientes. In: ETTINGER, S.J. Tratado de
medicina interna veterinária. 3. ed. São Paulo: Manole, 1992. p. 577-606.
Example of same authorship for chapter and book
THORTON, H. Deleterius changes in meat. In: THORTON, H. Aspects of meat inspection. London: Thindall & Cassel, 1973. p. 63-72.
Example of thesis
BIRGEL, E. H. Estudo do quadro eritrocitário de
caprinos (Capra hircus, L.) normais criados no Estado de São Paulo: influências de fatores
raciais, sexuais, etários e alimentares, 1973. 92 f. Tese (Livre Docência) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Example of meeting
OLIVEIRA, C. A. Hormonoterapia em cadelas e gatas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE REPRODUÇÃO ANIMAL, 9., 1991, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: Colégio Brasileiro de Reprodução Animal, 1991. p. 100-111.
Example of electronic publication
AUTHOR. Title. Edition. Local of publication: Publisher, year of publication. (Type and characteristics of midia support, producer, citation date, availability and access). ONLINE
POORE, M. H. Alternative feeds for beef cattle. North Carolina: North Carolina Corporative Extension Service, 1994. Disponível em: <http:// www.ces.ncsu.edu/drought/dro-28.html>. Acesso em: 23 abr. 1997.
Online – must cite web page address and date it
that was accessed.
Example of articles from electronic journals
AUTHOR. TITLE OF ARTICLE. Title of
periodical, volume, issue (number), pages, year of
publication. (Type and characteristics of midia support, producer, citation date, availability and access).
ONLINE
MENDONÇA JR., C.X.; MARTINS, A.P.; MORI, A.V.; SILVA, A.B.; MORI, C.S. Efeito da adição de óleo de peixe à dieta sobre o desempenho e níveis de lípides plasmáticos e de colesterol no ovo de galinhas poedeiras. Brazilian Journal of
Veterinary Research and Animal Science, v.37,
n.1, 2000. Disponível em: <http:// www.scielo.br/cgi_bin/wxis.exe/iach/scielo>. Acesso em: 31 jan. 2001
Online – must cite web page address and date it
that was accessed.
6 - Citations in the text: must be consecutively
numbered with Arabic numerals as superscripts in the order they first appear in the text. When absolutely necessary to use author’s name, combine author’s last name with its corresponding numeral as superscript. References containing up to three authors must cite all of them. References with more than three authors must cite the first one’s last name followed by the expression et al. (not italic). Only the first letter of name is capitalized; however, if author’s last name is inserted between parenthesis, all letters must be capitalized.
Examples: According to Yanaguita9 [...]
[...] (YANAGUITA9) [...]
Bennett, Abee and Henrickson12 [...]
Vilela, Martins, Bressan and Carvalho26 [...]
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