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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO PROJETO NOSSA ESCOLA PESQUISA SUA OPINIÃO PÓLO RS CURSO ESCOLA E PESQUISA: UM ENCONTRO POSSÍVEL

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

PROJETO NOSSA ESCOLA PESQUISA SUA OPINIÃO – PÓLO RS CURSO “ESCOLA E PESQUISA: UM ENCONTRO POSSÍVEL

CÍNTIA PALUDO

LIBERDADE DE EXPRESSÃO DOS JOVENS

Projeto de pesquisa apresentado junto ao curso de Extensão “Escola e Pesquisa: um encontro possível”

Coordenadora: Nilda Stecanela

Orientadora: Edi Jussara Candido Lorensatti

Caxias do Sul 2012

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2. TEMA ...3 2.1 Delimitação do tema: ...3 2.2 Problema: ...3 3. JUSTIFICATIVA...3 4. HIPÓTESES...5 5. OBJETIVOS...5 5.1 Objetivo geral: ...5 5.2 Objetivos específicos:...5 6. METODOLOGIA...6 7. POPULAÇÃO/ AMOSTRA...6 8. RECURSOS ...6 8.1 Recursos Humanos ...6 8.2 Recursos Materiais...6 9. CRONOGRAMA...7 10. REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO...7 11. REFERÊNCIAS...10

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1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Universidade de Caxias do Sul Pró-Reitoria de Extensão

Curso de Extensão: “Escola e Pesquisa: um encontro Possível” Coordenadora: Dr. Nilda Stecanela

Período: março a agosto de 2012 Autora: Cíntia Paludo

2. TEMA

Liberdade de expressão dos jovens de Caxias do Sul

2.1 Delimitação do tema:

Espaços que os jovens possuem para manifestar sua liberdade de expressão em Caxias do Sul

2.2 Problema:

Quais são os espaços que os jovens possuem para manifestar sua liberdade de expressão em Caxias do Sul?

3. JUSTIFICATIVA

Diante da crise escolar identificada no tempo presente oriunda de um modelo tradicional escolocêntrico faz-se necessário criar situações de aprendizagem que privilegiem a ação do aluno como protagonista, autor do processo de sua formação na escola. Para tanto, é preciso que o aluno, especificamente o jovem, que é o sujeito desse estudo, encontre sentidos nos saberes escolares com suas experiências de vida a fim de oportunizar ações que possibilitem romper com esse modelo. Conforme Stecanela afirma,

Isso significa penetrar nas subjetividades dos sujeitos para interpretar e observar como eles interpretam os saberes que fazem parte de seu conhecimento. Para além da hegemonia da forma escolar, significa

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olhar do ensinar para o aprender. Isso não é novidade no meio educacional, porém, ainda causa estranhamento, muito provavelmente pelo desconhecimento das dinâmicas que entrelaçam experiência, ação, memória e estoque de conhecimento à mão. (2009, p. 120)

Para tanto, faz-se necessário e é de suma importância trabalhar sobre “Liberdade de Expressão” na escola, pois evidencia a urgência que a juventude tem em falar e ser ouvida, em manifestar-se nas mais diversas formas que o assunto permite. Principalmente no ambiente escolar que é o principal espaço de socialização que possuem como eles próprios falam: “é o lugar comum dos jovens”. O estudo desse tema também ajuda na tentativa de rompimento com o modelo tradicional de ensino para um modelo que privilegie o protagonismo dos alunos a fim de concretizar o exercício da cidadania. Conforme o Art. 2 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) a finalidade da educação é o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o

exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. E a formação para a

cidadania demanda também a liberdade de expressão para que a democratização do ensino previsto na LDB se efetive e a escola possibilite criar ações para a construção de sentidos.

O panorama educacional brasileiro evidencia que a escola necessita buscar esses sentidos para evitar seu esgotamento ou banalização. Um dos caminhos já sinalizados nos documentos legais que legitimam a ação da escola como promotora de sujeitos para a autonomia, e exercício da cidadania estão na LDB/1996 e posteriormente nos PCN’s/1997. Através da valorização da trajetória de cada sujeito a partir de sua realidade social a escola passa a ser o espaço que permite atribuir significado tanto na permanência do ambiente escolar evitando o abandono e na satisfação quando o processo de aprendizagem está articulado com as situações do contexto que vive.

As competências que espera-se desenvolver na escola na formação do cidadão estão intimamente ligadas ao desenvolvimento das competências docentes que vão além do domínio do conteúdo, grande preocupação daqueles que iniciam sua atuação como profissionais responsáveis pela formação dos sujeitos da sociedade. É salutar trazer Paulo Freire nesse diálogo quando afirma: Não sou apenas objeto da História mas seu

sujeito igualmente. No mundo da História, da cultura, da política, constato não para me adaptar mas para mudar. No próprio mundo físico minha constatação não me leva à impotência. (1996, p.77)

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5 Quando a prática docente assume essa responsabilidade, implica a constante (re)construção dos saberes necessários à educação, alguns consolidados pela teoria outros facilmente moldados no início do percurso quando existe vontade de mobilizar e mobilizar-se no comprometimento para uma educação cidadã.

4. HIPÓTESES

• Os jovens não possuem liberdade de expressão na sociedade. • Os jovens conseguem se expressar no seu grupo de amigos.

• O jovem nem sempre consegue ter liberdade de expressão na escola. • A internet/ redes sociais facilita para o jovem expressar-se com liberdade. • São considerados “rebeldes” os jovens que tentam se manifestar.

• A liberdade de expressão é manifestada através das roupas que o jovem usa, das músicas que ouve e dos lugares que frequenta.

5. OBJETIVOS

5.1 Objetivo geral:

Criar condições que permitam aos alunos identificar a existência ou não da liberdade de expressão nos espaços que transitam na sociedade para reconhecer-se como sujeitos protagonistas do processo social.

5.2 Objetivos específicos:

◦ Saber se os jovens possuem liberdade de expressão. ◦ Conceituar liberdade de expressão.

◦ Conhecer os lugares em que o jovem consegue manifestar-se com liberdade. ◦ Compreender o que acontece com o jovem que tenta se expressar.

◦ Buscar meios que oportunizem o jovem a ter liberdade de expressão.

◦ Conseguir trabalhar coletivamente a fim de compreender e construir criticidade para o exercício da cidadania.

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6. METODOLOGIA

Este projeto de pesquisa tem como objetivo conhecer se os jovens possuem ou não liberdade de expressão na sociedade, para tanto serão entrevistados jovens entre 14 e 18 anos da educação básica e profissionalizante.

A metodologia que serve de aporte para este projeto é a pesquisa de opinião através da aplicação de questionários. Os entrevistados serão abordados indivualmente pelos entrevistadores, como a pesquisa tem a intenção de conhecer os diferentes espaços que os jovens possuem ou não liberdade de expressão as entrevistas serão realizadas em dois momentos: primeiro, na própria escola com colegas de outras turmas escolhidos aleatoriamente; segundo, nos espaços que os jovens transitam, no caso, os jovens entrevistadores.

7. POPULAÇÃO/ AMOSTRA

A amostra da pesquisa será não-probabilística, serão entrevistados jovens estudantes da educação básica e profissionalizante, de 14 a 18 anos. Como a amostra da pesquisa será não-probabilística, a seleção será acidental, para contemplar as intenções da pesquisa, duas serão realizadas na própria escola e duas em outros espaços que os alunos frequentam, ou seja, os espaços que os jovens transitam, cursos, parques, na rua, etc. Os 33 alunos farão 4 entrevistas cada um totalizando 132 entrevistas.

8. RECURSOS

8.1 Recursos Humanos

Para realizar o projeto será necessário a professora orientadora, os alunos autores do projeto e os jovens entrevistados.

8.2 Recursos Materiais

Para o desenvolvimento do projeto será necessário computador com acesso a internet, livros e revistas para pesquisa, impressora e papel.

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7 9. CRONOGRAMA

Período Descrição da ação Responsáveis Observações

Março/Abril Leitura de textos Cíntia

Maio Escolha e discussão do tema Cíntia e alunos

Maio Definição da questão-problema e construção dos objetivos

Cíntia e alunos

Maio Construção das hipóteses e definição da população de amostra

Cíntia e alunos

Junho Elaboração do instrumento de pesquisa e aplicação do pré-teste

Cíntia e alunos

Junho Realização do trabalho de campo

Alunos

Junho Análise e interpretação dos dados

Cíntia e alunos

Julho Escrita do artigo Cíntia e Edi

Agosto Publicação dos resultados Cíntia e alunos

10. REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO

A liberdade de expressão é uma das premissas de uma sociedade democrática por isso demanda referenciar em primeiro lugar a legitimidade que possui em um dos termos do Art. 5 da Constituição Federal: é livre a expressão da atividade intelectual,

artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença e no

Art. 220: A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob

qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. (BRASIL, 1988)

Portanto, a liberdade de expressão é anterior à finalidade definida pela LDB em 1996 para a educação básica, que é assegurar uma formação para o exercício da

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cidadania incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico, através de metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes. Sendo assim, a liberdade de expressão é um direito inerente a todas as pessoas e fundamental para a existência da democracia e um dever da educação para que seja alcançada a escola libertadora e democrática.

Aliado a isso é necessário mencionar as considerações presentes no relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, incor-poradas nas determinações da Lei nº 9.394/96 da LDB que legitima que a educação deve ser estruturada em quatro alicerces: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser. Pois, mais uma vez a escola assume a incumbência de criar estratégias que possibilitem a efetivação dessas premissas a fim da construção de uma cidadania emancipatória. Sobre a formação para o exercício da cidadania e para o desempenho de atividades profissionais os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's) explicam quais são as competências básicas a serem desenvolvidas na escola:

Da capacidade de abstração, do desenvolvimento do pensamento sistêmico, ao contrário da compreensão parcial e fragmentada dos fenômenos, da criatividade, da curiosidade, da capacidade de pensar múltiplas alternativas para a solução de um problema, ou seja, do desenvolvimento do pensamento divergente, da capacidade de trabalhar em equipe, da disposição para procurar e aceitar críticas, da disposição para o risco, do desenvolvimento do pensamento crítico, do saber comunicar-se, da capacidade de buscar conhecimento. Estas são competências que devem estar presentes na esfera social, cultural, nas atividades políticas e sociais como um todo, e que são condições para o exercício da cidadania num contexto democrático. (PCN’s, 2000, p. 11 e 12)

A leitura dos documentos oficiais permite compreender que a liberdade de ex-pressão assume uma dualidade no trabalho em sala de aula: remete os alunos ao conhe-cimento e criticidade sobre o assunto e efetiva um direito legislado possibilitando cum-prir o exercício da cidadania que é um dos objetivos da educação no ensino médio.

A educação pela pesquisa propicia aos alunos um envolvimento interativo de perguntar e responder constrói desafios e procura-se a solução, implica mudar as regras do jogo do ensinar e do aprender. A metodologia usada para o desenvolvimento deste projeto, a psquisa de opinião, encontra respaldo em Roque Moraes e Pedro Demo, que ao falarem em pesquisa afirmam:

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9 cópia da cópia, pretende a transformação dos alunos de objetos em sujeitos da relação pedagógica, envolvendo-os individualmente e em grupos em reconstruções e produções, atingindo uma nova compreensão do aprender tanto para os alunos como para os professores. (Moraes, 2002, p.136)

E essa nova concepção do aprender possibilita a construção da autonomia do aluno e o desenvolvimento de competências argumentativas, um constante replanejar das ações para o professor, é uma construção constante e coletiva. Conduz a ambientes de aprendizagem que os alunos assumem a construção de seus conhecimentos mediados pelo professor, conforme Demo (1997a).

O espaço de aprendizagem na escola pode ser alargado com projetos de pesquisa, pois o ensino com projeto de pesquisa visa o protagonismo dos sujeitos participantes, evidencia as possibilidades, demonstra as dificuldades na construção desse caminho, possibilita o início de algumas desconstruções que se fazem necessárias na educação, evidencia construções significativas, movimentos constantes de ir e vir na maré do ambiente escolar e das significações que tanto se busca construir.

A escola só adquire significado para o aluno quando possibilita a ele assumir-se como ser social e histórico que de acordo com a pedagogia da autonomia de Paulo Freire:

Uma das tarefas mais importantes da prática educativa-crítica é propiciar as condições em que os educandos em suas relações uns com os outros e todos com o professor ou a professora ensaiam a experiência profunda de assumir-se como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos. Assumir-se como sujeito porque capaz de reconhecer-se como objeto. (1996, p.41)

A educação demanda o movimento constante de reinventar, ressignificar, refazer, redefinir papéis, construir e desconstruir, um desafio que pode tornar-se utopia e permanecer na espera da ousadia dos sujeitos envolvidos com o mundo da escola, ou pode começar timidamente dar os primeiros passos rumo um novo horizonte.

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11. REFERÊNCIAS

BRASIL; ABREU FILHO, Nylson Paim de. Constituição (1988). promulgada em 5 de outubro de 1988. 16.ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2011.

BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional (1996). Lei de diretrizes e bases da educação nacional : lei 9.394/1996.2.ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2010. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. MEC, Brasília, 2000. CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho.14.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

MORAES, Roque; LIMA, Valderez Marina do Rosário. Pesquisa em sala de aula:

ten-dências para a educação em novos tempos. Porto Alegre: EDIPUCRS, c2002.

SANTOS, Carla Sotero dos; ALMEIDA, Dóris Bittencourt. Educação: o uno e o

múltiplo. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2009.

STECANELA, Nilda. Reflexões teoricas sobre o conceito de juventude: entre o que se

tem dito e o que se vê no cotidiano. In: VIII Encontro de Pesquisa em Educação da

Região Sul – ANPED SUL 2010, 2010, Londrina. Anais do VIII Encontro de Pesquisa em Educação da Região Sul – ANPED SUL, 2010. p.1-15.

Referências

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