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Orador Auditório universal especializado

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Academic year: 2021

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Orientações para a redação de discursos para concurso de Analista Legislativo, com atribuições de Consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira e Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados, em 2014.

Professor Doutor João Bosco Bezerra Bonfim, Consultor Legislativo do Senado Federal Base para a aula de 24/03/2014: prova aplicada em 10/3/2002, para o cargo de Consultor Legislativo área de pronunciamentos, realizado pelo CESPE, para o Senado Federal. Neste exercício, tomaremos o modelo da prova, adaptando-a para a CD.

O que importa neste exercício: a atenção ao modelo de comando; e o modo de atender o que se pede, com lógica, para obter o convencimento e a persuasão.

Texto 5 – Dircurso

Redija um discurso, a ser pronunciado por senador integrante da bancada governista, enaltecendo o trabalho realizado pela administração Fernando Henrique Cardoso na área da educação. Para tanto, considere que o senador tenha solicitado que, sem se desconhecerem os graves problemas ainda existentes, sejam destacadas no discurso as importantes vitórias no setor, tais como:

– a ampliação do acesso ao ensino fundamental;

– o sentido inovador da Lei de Diretrizes e Bases da Educação vigente; – a importância do FUNDEF;

– a consolidação do processo de descentralização do programa de merenda escolar; – o aperfeiçoamento dos mecanismos de seleção, aquisição e distribuição do livro didático.

(extensão: mínima de 70 e máxima de 90 linhas, com o de valor: vinte pontos) Diferença para o concurso de 2014: extensão de 120 linhas, com valores de 40 a 45, conforme a área, sem menção a extensão mínima. Mas o redator deve estar atento à fórmula de cálculo da nota: “9.10.6 (...) d) será calculada, então, para cada texto, a nota no texto (NTi) pela fórmula: NTi = NCi–NEi/TLi em que TLi corresponde ao número de linhas efetivamente escritas pelo candidato para cada texto (...).”

Por onde começar?

Pela consideração de três conceitos de Retórica envolvidos: orador, auditório e acordo, conforme descritos a seguir.

1) O Orador: corresponde àquele que fala. Obtenho essa identidade com a seguinte pergunta (a ser feita por quem fala ou escreve a minuta): “Quem sou eu para lhes falar assim?” No comando específico dessa prova, a identidade é fornecida pela banca: senador – aqui redirecionado para um deputado – da base de sustentação do governo de Fernando Henrique Cardoso. O que é importante saber: O que lhe é permitido dizer? O que é desejável expressar? E o que não pode ou não deve falar?

2) O Auditório: pode ser visto como sendo o universal (todo o povo brasileiro, para um prlamentar); ou o especializado (composto pelos que têm poder de deliberar a favor ou contra o Acordo proposto pelo Orador, ou seja, o plenário da própria casa legislativa). Mais sobre o auditório: a que argumentos ele é sensível para deliberar a favor do Acordo que proponho? Do que não adianta falar, pois o auditório já está convencidos disso? Do que eu não posso falar, pois esse auditório rejeitaria o orador apenas por ele defender certas causas? Eu só me dirijo a um auditório se minha fala for relevante para mover: seja alterando o sentido de um Acordo, seja para manter um Acordo. Obtenho a identidade com a pergunta: “Quem são vocês para eu lhes falar assim?”

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3) O Acordo: consiste na tese a ser sustentada pelo Orador, diante do Auditório. Obtenho o sentido proposicional dessa fala com a pergunta: “Que Acordo é esse para que eu lhes fale assim dele”? O Acordo é móvel, segundo a configuração institucional, o tempo histórico, a localização geográfica. Para o Brasil que figura na Constituição Federal de 1988, um acordo sobre educação se baseia em que esta é um direito social (art. 6º), e que, além disso, é um dever do Estado e da família; também que deve ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 205). Dentro do Acordo eu posso me aprofundar, aperfeiçoando os mecanismos já previstos nele. Mas para retirar o dever do Estado, teria que fazer uma emenda à Constituição Federal. Outro exemplo de Acordo: não haverá penas: de morte, salvo em caso de guerra declarada; de caráter perpétuo; de trabalhos forçados; de banimento; de natureza cruel; (art. 5º, inciso XLVII, da Constituição Federal).

Voltando ao comando da prova: já sabemos quem é o Orador (um parlamentar da base de sustentação do então governo FHC); seu Auditório (o especializado e o universal); e o Acordo (manter o apoio à política educacional até então estabelecida pelo governo que ele apoia).

Outros conceitos de Retórica necessários: tipos de discursos: deliberativos, de propaganda e epidíticos1. Nos primeiros, há uma deliberação a ser tomada, contrária ou a favor, como ocorre nas votações; nos segundos, já existe uma política pública aprovada e em funcionamento, para a qual se pede a manutenção da adesão; nos terceiros, faz-se uma homenagem, fala-se favoravelmente, preferencialmente de uma pessoa, cidade, entidade ou data comemorativa.

Voltemos ao comando da prova: trata-se de um discurso de propaganda, em que o Orador se dirige ao Auditório para que este mantenha a adesão ao Acordo de prosseguir com as reformas nas políticas da educação, tanto apoiando as leis já editadas (LDB, Fundef), quanto o modelo de gestão criado (descentralização da merenda escolar).

Qual a diferença de saber se é deliberativo, de propaganda ou de falar bem? Sabendo disso, o orador usará os argumentos na proporção adequada. Nem mais, nem menos.

Que mais é preciso saber para montar o pronunciamento? Sua estrutura típica: proposição inicial; argumentação; conclamação final. Na Retórica clássica, a fórmula consiste em exórdio (no qual se introduz o assunto); narração (em que os fatos ou eventos são indicados); provas (em que se trazem os elementos comprobatórios); e a peroração (em que se sustenta ou ser reforça a tese a ser adotada pelo auditório). Nos manuais de redação brasileiros, encontramos a estrutura típica de um texto dissertativo-argumentativo como sendo constituído por introdução, desenvolvimento e conclusão. Em Comunicação em Prosa Moderna, Othon M. Garcia defende esta estrutura: proposição inicial, seguida de sua explicação; argumentação, e conclusão.

Na proposição inicial, afirma-se ou se nega algo; preferencialmente, é constituída por um período; seu caráter é geral, genérico; ainda não contém definições.

Exemplo: Somente um modelo bem estruturado e gerido com eficiência

pode resolver os sérios atrasos de nossa educação.

A explicação da proposição inicial pode e deve ser feita no mesmo parágrafo, na sequência da proposição inicial. É a ocasião em que se explica ou se contextualiza a afirmação ou negação anterior. Pode até ser precedida de uma questão retórica:

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Fonte: Manual de Redação Parlamentar e Legislativa, documento acessível em: https://www12.senado.gov.br/senado/institucional/conleg/manuais/manual-de-redacao-parlamentar-e-legislativa.

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[Proposição inicial.] Mas de que educação estamos falando? Certamente daquela que envolve os processos formativos de uma pessoa, que pode ocorrer tanto na família quanto na comunidade ou no trabalho. Mas quero me referir, especificamente, à educação que se dá no ambiente escolar, por meio do ensino e da aprendizagem, em instituições próprias. É claro que reconhecemos o quanto as organizações da sociedade, os movimentos sociais, as manifestações culturais, enfim, o quanto toda prática social é – sempre – educativa. Mas quero me referir, hoje, à educação que ocorre nas escolas.

A argumentação consiste na comprovação daquilo que foi dito na proposição inicial e guarda consonância com o que vai ser proposto no final, na conclusão. Alguns argumentos típicos são fatos (desdobráveis em exemplos e ilustrações), dados estatísticos e argumentos de autoridade.

– fatos: podem ser episódios, eventos, e até asserções científicas, tomados isoladamente; fato é coisa feita, observável, observada, comprovada; distingue-se de suposição, fofoca, opinião; deve ser relevante, fidedigno;

– exemplos: são os mesmos fatos, mas elevados à condição de representantes de um conjunto deles; então, deixam de ser considerados isoladamente, para servirem ao todo, ao conjunto da sociedade, a toda uma política pública;

– ilustrações: são os fatos ou os exemplos, mas não mais citados, apenas; são narrações, histórias que são contadas para construir a proximidade afetiva entre o Orador e o Auditório, como elemento de comprovação do Acordo.

Exemplos:

Fato ou exemplo: O programa Fantástico, da Rede Globo, mostrou a situação

precária de escolas públicas em Alagoas, em Pernambuco e no Maranhão. São escolas sem água potável, sem banheiro e até sem sala de aula.

Fato ou exemplo: Em Macapá (AP), o início das aulas previsto para 29 de janeiro

em toda a rede estadual de ensino foi adiado para o dia 5 de fevereiro em várias de suas escolas: Tiradentes, Azevedo Costa, Antônio João, Gabriel de Almeida Café (CCA) e Santina Rioli são apenas algumas delas. Segundo os dirigentes dessas escolas, os recursos para a aquisição das merendas não chegou a tempo. [Se escolhido esse

exemplo, ele deve representar todo o conjunto de precariedades do sistema público de ensino desse estado.]

Ilustração: Pais de alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio 31 de

Março reclamam da falta de merenda escolar para os mais de oitocentos alunos do colégio localizado no Bairro São Pedro, segundo distrito de Ji-Paraná (RO). Alunos têm sido dispensados trinta minutos mais cedo para diminuir o tempo sem alimentação.. A ilustração precisa ser verossímil, ainda que não constitua uma narrativa

real.

– Argumento de autoridade: consiste em atribuir certa afirmação a uma fonte confiável (um autor reconhecido, uma organização não governamental acreditada, uma lei especializada ou a própria Constituição Federal).

a) De acordo com a Constituição Federal, em seu art. 208, o dever do Estado com a educação deve ser efetivado mediante a garantia de atendimento ao educando, no ensino fundamental, com de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência a saúde.

b) Para o funileiro Milton da Costa, pai de uma aluna, a situação é alarmante. “A gente trabalha e tem que arrumar folga no horário para vir, sem falar no prejuízo de horas de aula para o aprendizado deles”, disse Costa. Já para Marines Alves, o fato de as crianças acordarem muito cedo e não se alimentarem no período pode vir a causar danos à saúde, além de aumentar o gasto, já que os pais disponibilizam dinheiro para que os estudantes comprem

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lanche. “Já aumentou o custo do meu filho pra mim, pois ele traz lanche também para os coleguinhas que não têm condições de comprar”, relatou a mãe.

– Dados estatísticos: constituem as provas numéricas, nos percentuais e outros.

Para termos uma ideia de sua magnitude, o PNLD chega a adquirir mais de cem milhões de livros, anualmente; alcança mais de 25 milhões de alunos, em cerca de 140 mil escolas públicas..

Conclusão: na conclusão, faz-se a conclamação – pelo Orador– daquilo que o Auditório deve fazer em relação ao Acordo.

Voltemos à leitura do comando da prova, que consta do início deste texto. A proposição inicial diz respeito à educação; os argumentos favoráveis são a ampliação do acesso ao ensino fundamental; o sentido inovador da Lei de Diretrizes e Bases da Educação vigente; a importância do FUNDEF; a consolidação do processo de descentralização do programa de merenda escolar; o aperfeiçoamento dos mecanismos de seleção, aquisição e distribuição do livro didático. E a conclusão? De que tais políticas devem prosseguir e receber o apoio da população.

Agora, vamos ao mecanismo de planejamento do texto: ter um projeto de texto é fundamental.

A base lógica desse planejamento é o silogismo, figura formal que consiste em três partes: Premissa Maior (PM), premissa menor (pm) e Conclusão (C).

PM Todo ser humano é mortal. pm Sócrates é humano. C Logo, Sócrates é mortal.

Todo silogismo deve atender a duas condições: ser válido e verdadeiro. Será válido se o raciocínio for congruente, ou seja, se houver um vínculo entre suas partes. Nesse exemplo clássico, o todo (Premissa Maior) é o gênero humano e um de seus atributos (mortalidade); o particular (premissa menor) é um exemplar dos humanos, Sócrates; e a Conclusão vincula esses dois termos anteriores. Portanto, o silogismo é válido. Mas precisa ser verdadeiro. Para tanto, preciso verificar a veracidade das premissas: é verdade que todo ser humano é mortal? É verdade que Sócrates é um ser humano? Se essas duas premissas são verdadeiras; e se raciocinei validamente, a conclusão também será verdadeira.

Para montarmos o plano de texto, usamos o modelo do silogismo. Mas, em vez de partir da Premissa Maior (que no nosso texto final corresponderá à proposição inicial, ou introdução, ou exórdio) partimos da Conclusão.

Primeiro passo: escreva a conclusão: PM

pm

C O Brasil deve ter uma educação fundamental bem estruturada e contar com os recursos financeiros adequados.

Segundo passo: transforme a conclusão em uma questão:

[Por que] O Brasil deve ter uma educação fundamental bem estruturada e contar com os recursos financeiros adequados.

[?]

Terceiro passo: responda à questão formulada, no lugar correspondente à PM: [Porque] Somente um modelo bem estruturado, gerido com eficiência e com

recursos adequados pode resolver os sérios atrasos de nossa educação. O Brasil deve ter uma educação fundamental bem estruturada e contar com os recursos financeiros adequados.

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Quarto passo: transforme a afirmação escrita na PM em uma questão: [Por que] Somente um modelo bem estruturado, gerido com eficiência e com

recursos adequados pode resolver os sérios atrasos de nossa educação.

?

O Brasil deve ter uma educação fundamental bem estruturada e contar com os recursos financeiros adequados.

Quinto passo: responda, no lugar da pm, com os argumentos particulares, sendo que, antes da apresentação das soluções, deve vir uma leitura de conjuntura, com os fatores negativos.

Somente um modelo bem estruturado, gerido com eficiência e com recursos adequados pode resolver os sérios atrasos de nossa educação. – [Uma vez que o acesso ao ensino fundamental era limitado,] [foi necessário ampliá-lo].

– [Por não dispormos de legislação condizente com a nova realidade,] [foi necessário aprovar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação].

– [Visto que os recursos eram desigualmente distribuídos entre os entes federados,] [foi criado o FUNDEF].

– [Tendo em vista os prejuízos causados pela gestão no FNDE], [foi descentralizado o programa de merenda escolar].

– [Por haver carência de material didático de qualidade para os estudantes das escolas públicas], [foram aperfeiçoados os mecanismos de seleção, aquisição e distribuição do livro didático]. O Brasil deve ter uma educação fundamental bem estruturada e contar com os recursos financeiros adequados.

Essa é a estrutura do plano. Ainda não é o texto. Tampouco é um rascunho dele. Dificilmente, com o tempo dedicado à prova, é possível fazer rascunhos para, depois, passar a limpo. Mas a disciplina do raciocínio no gênero dissertativo-argumentativo pode levar o candidato a escrever o texto final, já sabendo: a) que tratou de todos os temas propostos pela banca; b) que há congruência entre sua proposição inicial, seus argumentos e sua conclusão; d) que há variedade dos argumentos (fatos, argumentos de autoridade, dados estatísticos).

Proposta de texto para responder ao comando da prova, adaptando-se para a Câmara dos Deputados.

Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados:

Todos sabemos que os sérios atrasos da educação brasileira somente serão resolvidos com um modelo bem estruturado, gerido com eficiência e que disponha dos recursos adequados. Mas de que educação estamos falando? Quero me referir, especificamente, à que se dá no ambiente escolar, por meio do ensino e da aprendizagem, em instituições próprias. Primeiramente, é preciso reconhecer que herdamos as mazelas de um ensino excludente, afastado das camadas populares. E, exatamente, por reconhecer essas deficiências, foram iniciadas, pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, mudanças para aprofundar a inclusão, aumentar a destinação de recursos e aperfeiçoar a gestão.

Até a década de 1970, o principal problema era o do acesso à escola. Era um modelo excludente, voltado para as elites. Desde então, houve progressivo aumento na inclusão de pessoas na educação formal. Mas esse propósito foi ampliado, efetivamente, após a

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promulgação da Constituição de 1988; e, desde 1995, tais esforços foram multiplicados. Dessa forma, em 2002, temos, aproximadamente, dois milhões e oitocentos mil estudantes concluindo a oitava série, o que corresponde a 80% da população da faixa etária que deveria concluir o ensino fundamental.

Entretanto, não teria sido possível chegar a um patamar como esse, se não tivéssemos aprovado a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em 1996. Com ela, criou-se uma verdadeira nova ordem educativa, com mudanças profundas no âmbito educacional. A começar por seus princípios – que são também seus fins –, calcados na igualdade e na liberdade: por um lado, todos podem e devem ter acesso e permanecer na escola; por outro, há liberdade para aprender, ensinar, pesquisar; e também para divulgar a arte, os saberes populares, enfim, a cultura. Para ampliar a inclusão, a lei assegurou a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais. E, ao mesmo tempo, assegurou a garantia de padrão de qualidade, que é um anseio antigo da sociedade brasileira.

Além disso, a LDB reorganizou o sistema nacional de educação, com a repartição dos papéis entre União, estados e municípios; estabeleceu níveis e modalidades de educação e de ensino: da educação infantil à superior passando pela profissional e pela que é voltada para jovens e adultos, sem esquecer, claro, as particularidades da educação especial.

Mas não há lei boa sem os recursos para fazer com que seus preceitos sejam cumpridos. Por isso, foi instituído, em 1998, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que conta com 15% do valor dos impostos estaduais e municipais arrecadados, e por uma complementação federal. Compreende um sistema de compartilhamento automático entre os entes federados, levando em conta o número de alunos matriculados em cada um deles. Gostaria de ressaltar que esse fundo trouxe efetiva valorização para nossas professoras e professores.

Falando em recursos, não poderíamos deixar de mencionar dois programas essenciais para o sucesso escolar: a merenda escolar e o acesso livros didáticos, duas iniciativas financiadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Com o primeiro deles, havia sérios problemas de gestão: fosse por condenáveis desvios, fosse por excesso de burocracia, o programa não respondia às necessidades de nutrição de nossos educandos. Como resolvemos tudo isso? Simplesmente descentralizando os recursos, as licitações, enfim, toda a gestão, de tal modo que as crianças de cada uma das regiões do País possam ter acesso ao cardápio adequado aos seus hábitos culturais.

Em outra fonte de atuação, o FNDE aperfeiçoou o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), modificando a seleção, aquisição e distribuição desses materiais. Para termos uma ideia de sua magnitude, o PNLD chega a adquirir mais de cem milhões de livros, anualmente; alcança mais de 25 milhões de alunos, em cerca de 140 mil escolas públicas.

Quero lembrar, senhoras e senhores deputados, que essa verdadeira revolução no universo educacional não teria sido possível se não houvesse um inarredável compromisso do governo de Sua Excelência, o Presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele reconhece o quanto a educação fundamental é imprescindível para gerar as outras riquezas de que este País precisa, no campo da cultura, da ciência, da tecnologia e dos demais setores da economia. Por isso, devemos prosseguir e aprofundar as reformas educacionais exigidas, assim como alocar os recursos necessários.

Era o que tinha a dizer.

(Nesse texto, há 695 palavras. Em exercício manuscrito de um dos parágrafos, utilizei 14 linhas para 90 palavras. Então, estimo que as 120 linhas seriam alcançadas com esse número de palavras.)

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