História da Arte
História da Arte
Aula 2 – A arte pré-histórica e a
Aula 2 – A arte pré-histórica e a
arte antiga
arte antiga
S S a a l l ã ã o o d d o o s s B B ú ú f f a a l l o o s s . . C C a avv e er r n n a a d d e e L L a a s s c c a a u uxx , , F F r r a ann ç ç a a.. c c .. 1 1 5 5 .. 0 0 0 0 0 0 - -1 1 3 3 .. 0 0 0 0 0 0 a a.. C C . . P P i i n n t t u ur r a a r r u u p p e e s s t t r r e e.. ( ( G G O O M M B B R R I I C C H H , , 1 1 9 9 9 9 9 9 : : 4 4 2 2 ) )Linha do Tempo
Linha do Tempo
+/- 40.000 a.C. +/- 40.000 a.C. Pré-História: Pré-História: qq Paleolítico: (3 milhões a 10.000 a.C.)Paleolítico: (3 milhões a 10.000 a.C.)
§
§ Período da Pedra LascadaPeríodo da Pedra Lascada
§
§ Se divide em Inferior e SuperiorSe divide em Inferior e Superior
§
§ NomadismoNomadismo
§
§ Habitação de sobrevivência – abrigo contra as forças da naturezaHabitação de sobrevivência – abrigo contra as forças da natureza
q
q Neolítico: (10.000 – 5.000 a. C.)Neolítico: (10.000 – 5.000 a. C.)
§
§ Período da Pedra PolidaPeríodo da Pedra Polida
+/- 4.000 a.C. +/- 4.000 a.C. Aparecimento da Aparecimento da escrita escrita
22
22
+/- 8.000 a.C. +/- 8.000 a.C. Fim da Era do Fim da Era do Gelo, iniciada em Gelo, iniciada em 70.000 a.C. 70.000 a.C.A arte pré-histórica
A arte pré-histórica
As primeiras representações
As primeiras representações
preservadas de homens e
preservadas de homens e
animais datam do final do
animais datam do final do
Paleolítico, entre 40.000 e
Paleolítico, entre 40.000 e
10.000 anos a.C., e
10.000 anos a.C., e
mostram tal perfeição que
mostram tal perfeição que
se poderia supor tratar de
se poderia supor tratar de
uma prática milenar, da
uma prática milenar, da
qual, entretanto, nada
qual, entretanto, nada
conhecemos.
conhecemos.
Mapa da Europa. (STOKSTAD, 1995: 35)
Mapa da Europa. (STOKSTAD, 1995: 35)
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Segundo nível
Segundo nível
●
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Terceiro nível
Terceiro nível
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● Quarto nívelQuarto nível ●
No Limiar da História
– Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada – c. de 3 milhões a 10.000 anos
– Tem origem com criaturas semelhantes ao homem que habitaram a África Central
– Caçadores e coletores de alimentos
– Moravam em cavernas a princípio e depois, também, em abrigos feitos de ramos e gravetos
– Nomadismo
– Representa cerca de 99% da História da Humanidade
– Andavam em bandos: aprenderam a planejar, organizar, cooperar, confiar e compartilhar
– Aprenderam como fabricar e usar instrumentos feitos de ossos, madeira e pedra
– Desenvolveram a linguagem falada – Descobriram como controlar o fogo
– Possuíam crenças mítico-religiosas, que explicavam os mistérios da
No Limiar da História
– Neolítico ou Idade da Pedra Polida – c. de 10.000 a 5.000 anos a.C.
– Agricultura, domesticação de animais – Surgimento de povoações permanentes – Desenvolvimento de novas habilidades
– Surgimento da “troca” e povoamentos de comércio – Inaugura-se a noção de “propriedade privada”
– Nasce a “elite governante” que juntou riqueza e controla o poder – Grandes avanços tecnológicos:
§ Modelaram e cozinharam o barro § Inventaram a roda do ceramista
§ Aprenderam a amolar a pedra na rocha § Descobriram a roda
§ Desenvolveram o arado e atrelaram aos bois
– Uso dos metais:
No Limiar da História
– Neolítico ou Idade da Pedra Polida – c. de 10.000 a 5.000 anos a.C.
– Religião foi formalizada e estruturada
– Espíritos naturais foram convertidos em deuses
– Construíram altares, realizaram cerimônias e nasceu a figura do sacerdote
– Inauguraram uma sociedade mais organizada e complexa – Duas raças sobressaíram-se:
§ Os povos indo-europeus – sudeste europeu ao Mar Cáspio
§ Povos: Grego , Romano, Ásia Menor, Mesopotâmia, Pérsia e Índia § Língua: grega, latina, germânica, eslava, persa, sânscrita
§ Os povos semitas: nômades do deserto
§ Povos: ácades, hebreus, babilônios, fenícios, cananeus, assírios e arameus § Língua: árabe e hebraico
A arte pré-histórica
A arte pré-histórica
Em paredes de cavernas, do Norte da Espanha
Em paredes de cavernas, do Norte da Espanha
e do Sudoeste da França, foram encontradas
e do Sudoeste da França, foram encontradas
pinturas pré-históricas, as quais se deu o nome
pinturas pré-históricas, as quais se deu o nome
de PINTURAS RUPESTRES.
de PINTURAS RUPESTRES.
Os
Os bisões,bisões, de Altamira, na Espanha, aproveitade Altamira, na Espanha, aproveita
a conformidade do teto da caverna para o
a conformidade do teto da caverna para o
desenvolvimento do corpo e dos movimentos
desenvolvimento do corpo e dos movimentos
do animal.
do animal.
Este realismo evidencia uma apurada
Este realismo evidencia uma apurada
capacidade de observação e profunda intuição
capacidade de observação e profunda intuição
da natureza do animal, provavelmente, devido
da natureza do animal, provavelmente, devido
a relação do caçador com sua presa, da qual
a relação do caçador com sua presa, da qual
era dependente.
era dependente.
Não se tinha conhecimento dessas pinturas
Não se tinha conhecimento dessas pinturas
pré-históricas nas cavernas até 1879, quando
pré-históricas nas cavernas até 1879, quando
uma garotinha explorando com o pai a caverna
uma garotinha explorando com o pai a caverna
de Altamira, rastejou por uma pequena
de Altamira, rastejou por uma pequena
abertura e encontrou uma câmara, cujo teto
abertura e encontrou uma câmara, cujo teto
estava coberto por pintura de animais.
estava coberto por pintura de animais. O paiO pai
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Segundo nível
Segundo nível
●
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Terceiro nível
Terceiro nível
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● Quarto nívelQuarto nível ●
● Quinto nívelQuinto nível
B B i i s s o o n n , , n n o o t t e e t t o o d d a a c c a avv e er r n n a a d d e e A A l l t t a amm i i r r a a , , E E s s p p a ann h h a a.. c c .. 1 1 5 5 .. 0 0 0 0 0 0 - -1 1 0 0 .. 0 0 0 0 0 0 a a.. C C . . P P i i n n t t u ur r a a r r u u p p e e s s t t r r e e.. 2 2 , , 5 5 mm d d e e c c o omm p pr r i i m m e enn t t o o.. ( ( S S T T O O K K S S T T A A D D , , 2 2 0 0 0 0 7 7 : : 4 4 3 3 ) )
A arte pré-histórica
A arte pré-histórica
O sentido desta representação não está na
O sentido desta representação não está na
necessidade de adorno, mas sim na
necessidade de adorno, mas sim na
capacidade mágica das pinturas.
capacidade mágica das pinturas.
Essas pinturas encontram-se, geralmente,
Essas pinturas encontram-se, geralmente,
em locais inacessíveis das cavernas;
em locais inacessíveis das cavernas;
acredita-se que tais locais não tinham o
acredita-se que tais locais não tinham o
caráter de permanência, mas eram
caráter de permanência, mas eram
utilizados como um espaço de culto.
utilizados como um espaço de culto.
As representações significavam, portanto,
As representações significavam, portanto,
a tentativa de organizar e dominar um
a tentativa de organizar e dominar um
mundo cujas forças amedrontadoras e
mundo cujas forças amedrontadoras e
benéficas se personificavam nos animais.
benéficas se personificavam nos animais.
T
Tendo em vista que, endo em vista que, nem todo homenem todo homemm
pré-histórico possuía esta capacidade de
pré-histórico possuía esta capacidade de
representação, os assim dotados podem
representação, os assim dotados podem
ter desempenhado um papel importante
ter desempenhado um papel importante
na época, como por exemplo de um mago
na época, como por exemplo de um mago
ou invocador.
ou invocador.
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Segundo nível
Segundo nível
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Terceiro nível
Terceiro nível
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● Quarto nívelQuarto nível ●
● Quinto nívelQuinto nível
B B i i s s o o n n , ,nn o o t t e e t t o o d d a a c c a avv e er r n n a a d d e e A A l l t t a amm i i r r a a , , E E s s p p a ann h h a a.. c c .. 1 1 5 5 .. 0 0 0 0 0 0 - -1 1 0 0 .. 0 0 0 0 0 0 a a.. C C . . P P i i n n t t u ur r a a r r u u p p e e s s t t r r e e.. 2 2 , , 5 5 mm d d e e c c o omm p pr r i i m m e enn t t o o.. ( ( G G O O M M B B R R I I C C H H , , 1 1 9 9 9 9 9 9 : : 4 4 1 1 ) )
A arte pré-histórica
A arte pré-histórica
Existem alguns indícios que comprovam a
Existem alguns indícios que comprovam a
existência de algo similar a uma oficina,
existência de algo similar a uma oficina,
onde produziam as tintas a partir de
onde produziam as tintas a partir de
carvão e ocre e as armazenavam na forma
carvão e ocre e as armazenavam na forma
de bastões de giz.
de bastões de giz.
Descoberta em 1949 e aberta ao público
Descoberta em 1949 e aberta ao público
depois da IIGM, o “museu” pré-histórico
depois da IIGM, o “museu” pré-histórico
de Lascaux, logo se tornou o mais popular
de Lascaux, logo se tornou o mais popular
entre os visitados na França.
entre os visitados na França.
A visitação acarretou a destruição das
A visitação acarretou a destruição das
pinturas, por causa
pinturas, por causa do calordo calor, umidade , umidade ee
dióxido de carbono exalado pelos
dióxido de carbono exalado pelos
visitante, além de fungos agressivos
visitante, além de fungos agressivos
trazidos do
trazidos do mundo emundo exteriorxterior..
Em 1963, a caverna foi fechada ao público
Em 1963, a caverna foi fechada ao público
e os problemas foram tratados. As
e os problemas foram tratados. As
autoridades decidiram que, ao invés de
autoridades decidiram que, ao invés de
re-Salão dos Búfalos,
Salão dos Búfalos, Caverna Lascaux, França. c. 15.000-Caverna Lascaux, França. c.
15.000-13.000 a.C. Pintura rupestre. (STOKSTAD, 2007: 44)
13.000 a.C. Pintura rupestre. (STOKSTAD, 2007: 44)
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Terceiro nível
Terceiro nível
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● Quarto nívelQuarto nível ●
A arte pré-histórica
Não existem representações humanas entre as pinturas rupestres mais antigas. Algumas vezes, encontraram-se a
escultura em rocha de uma figura feminina nua, para a qual eram
aproveitados, também, as protuberâncias e reentrâncias naturais da pedra.
Acreditasse que tais esculturas estavam associadas à idéia da magia da fertilidade, a segunda função mais importante da vida humana naquele momento, ficando atrás somente da alimentação.
A estatueta de calcário pintada da Vênus de Willendorf , deixa clara esta
representação da fertilidade; os seios, o ventre e o sexo foram excessivamente realçados, enquanto a cabeça não tem rosto e os braços e as pernas são apenas apresentados. V ê n u s d e W i l l e n d o r f ,A u s t r i a. c . 2 2 . 0 0 0 -2 1 . 0 0 0 a. C . P e d r a. 1 0 , 5 c m . V i en a K un s t h i s t or i s c h e s M u s e um – M u s e u d e H i s t ó r i a N a t ur al d e V i en a ( S T O K S T A D , 2 0 0 7 : 3 9 )
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●Terceiro nível
● Quarto nível ● Quinto nível
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Segundo nível
●Terceiro nível
● Quarto nível ● Quinto nívelA arte pré-histórica
Tais figuras – que ainda não representam uma deusa-mãe, podemos considerá-las suas precursoras – foram produzidas por toda parte na pré-história da humanidade através de milênios.
No Período Neolítico, as estatuetas foram estilizadas (assumem caráter mais
simbólico). O ídolo feminino de argila de
Strehlitz, encontrado em Mähren, está mais distante do natural que o exemplar anterior; entretanto, quadris e cochas continuam bem marcados e rosto e membros são bem mais desprezados. Em toda a parte, a estilização é um sinal de fases pré-históricas tardias. Pode ser observada também, nas pinturas
rupestres do Neolítico, quando o homem aparece caçando, lutando ou em cenas de rituais.
A transição do naturalismo para a
I d o l o f e m i n i n o d e a r g i l a d e S t r eh l i t z , em M ä h r en , A l em an h a. c . 3 . 5 0 0 -2 . 9 0 0 a. C . A gi l a. 2 1 c m . B r ü n , M u s e u M or av s k i . ( B A U M G A R T , 1 9 9 4 : 6 )
Na África do Sul e na Austrália podemos observar esta forma de representação até 10.000 anos atrás.
A arte pré-histórica
Outro dois exemplos evidenciam este contraste, ou melhor, evolução, entre o naturalismo primitivo e a estilização posterior.
O bisão entalhado em chifre de rena,
encontrado na caverna La Madeleine, em Dordogne, pertence às figurações do período de c. de 15.000 a.C. O chifre da rena foi escolhido, provavelmente, por causa de seu formato, que facilitou a representação do animal com exatidão, A virada abrupta da cabeça, que parece responder a um ataque inesperado, é de suprema vitalidade formal e expressiva.
Bisão, de La Madeleine, Dordogne. c. 15.000-10.000 a.C.
Chifre de rena. 09 cm. Museu das Antiguidades Nacionais, St. Germain-em-laye, França. (JANSON, 1992: 29)
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●Terceiro nível
● Quarto nível ● Quinto nível
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Segundo nível
●Terceiro nível
● Quarto nível ● Quinto nívelA arte pré-histórica
O cervo de Kostromskaya do século VI
a.C., de ouro amalgamado e cinzelado, é a obra mais impressionante dos cavaleiros citas, vindos da Ásia; este povo acabou se submetendo à outras culturas, como as culturas elevadas do oriente e a própria cultura grega, e criaram o seu próprio estilo pré-histórico tardio.
O material não forneceu motivo algum para a forma especial; corpo, chifres e pernas poderiam ter sido representados naturalisticamente.
A escolha da estilização e a expressão de um rigor único nas formas, ajuda na crença de que a desorganização da natureza pode ser vencida.
Para os nômades citas, o animal possuía ainda, a importância tão grande quanto para os caçadores do Paleolítico, embora a relação se tenha tornado muito diferente,
Cervo de Kostromskaya, do povo Cita. Século VI a.C.
Ouro. 31 cm. Hermitage, S. Petersburgo. (BAUMGART, 1994: 7)
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Segundo nível
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● Quarto nível ● Quinto nívelA arte pré-histórica
F i b u l a c o m n á s c a r a . S é c ul o V a. C . B r on z e. 8 , 9 0 c m . N ü r b er g , G er m an i s c h e s N a t i on al m u s e um . ( B A U M G A R T , 1 9 9 4 : 8 )A arte dos povos celtas encontrada ao longo da
Europa Central e datada do século V a.C., possibilitou um mergulho profundo em tempos históricos.
A fíbula com máscaras em bronze, de Parsberg, na
Bavária, apresenta cabeças humanas nas
extremidades do arco com enormes olhos fixos e dentes à mostra, que nos parecem assustadoras; além disso os fabulosos seres animalescos que
complementam a placa ornamental, não nos lembram nada de amistosos.
É evidente que a intenção aqui não era simples ornamentação, mas que estava associada à ela um significado de afugentar infortúnios; um amuleto de proteção.
Esses amuletos – assim como os encontrados com os povos citas – foram achados em túmulos e nos
mostram novamente, o caráter mágico dos objetos. As formas de estilização e de suas intenções de magia e culto à fertilidade, aos mortos e aos
A arte pré-histórica
Os recipientes Neolítico encontrados nas câmaras funerárias, continham alimentos e
bebidas para os falecidos, e destinavam ao culto aos mortos.
A cerâmica, inicialmente moldada a mão, surgiu juntamente com a maior revolução da
humanidade, a transição da caça para
agricultura, do nomadismo para o sedentarismo. Essa transição iniciou-se em cerca de 8.000 a.C., e realizou-se durante um longo período de
tempo, no Oriente Próximo. Não é nenhuma coincidência o fato de as primeiras culturas elevadas, do Egito e da Mesopotâmia, terem se desenvolvido a partir do 4º milênio em suas proximidades, permanecendo a Europa por muito mais tempo, ainda, na pré-história. A taça em funil (inferior a esquerda), vem da
cultura nórdica de megalíticos na Dinamarca. Com uma haste de madeira foram gravados os
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Vasos, da Dinamarca. c. 3.000 a.C.
Cerâmica. Alturas entre 14,5 e 31 cm. Museu Nacional, Copenhagen.
A arte pré-histórica
As linhas verticais confirmam a
convexidade da parte inferior, dando a esta uma certa dinâmica.
Já a ornamentação superior da borda acentua a forma circular e oferece equilíbrio horizontal
juntamente com uma terminação ascendente.
Aqui se faz presente o prazer em ornamentação estruturante de superfícies vazias sem atribuir ao ornamentos significado mágico, que entretanto, poderia existir.
Para entender melhor as linhas e forças numa obra de arte, veja:
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Taça em funil . c. 3.000 a.C. Cerâmica
A arte pré-histórica
A taça de argila pintada de Sternberg, em
Baden-Württemberg, mostra a que
riqueza de formas ornamentais e colorida, a cerâmica pré-histórica tardia, c. 750-620 a.C., pode se desenvolver.
Para a pesquisa pré-histórica, a cerâmica é de grande valor. Grupos podem ser reunidos de acordo com formas e
ornamentos, e colocados em uma ordem cronológica aproximada, com a utilização de outros meios de determinação. Porém, muito continua sem ser elucidado.
Isto é valido até mesmo para objetos que já estão próximos da época histórica do
Ocidente.
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Taça de argila. c. 750-620 a.C. 55 cm de diâmetro.
A arte pré-histórica
O carro de culto, em bronze, encontrado
em uma urna funerária nos arredores de Strettweg, não nos possibilitou uma
interpretação inequívoca.
A obra pertence a mesma fase tardia da idade do bronze, que a taça de argila anterior. Um conteúdo ritual é certo, embora não seja possível determiná-lo. Sem dúvida, trata-se de um culto à fertilidade, que pode estar associado ao culto aos mortos, pois sabemos que as cenas de sacrifícios de cervos,
representadas nas figuras menores, pertencem aos dois cultos.
A figura grande, ao centro, segurando a taça, é a própria divindade ou então uma figura do ritual. Ela encontra-se sobre uma roda do sol, responsável pela vida na terra.
Percebemos como as forças da natureza gradualmente se transformam em
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Carro de culto. c. 750-620 a.C. Bronze. 22,60(h) x 35(c) cm.
Linha do Tempo
+/- 4.000 a.C.
qMesopotâmia:
§Sumérios
§Assírios
§Babilônios
§Ramurab
§Nabucodonoso
r
qEgito
qGrécia
476 d.C.
Idade Média
Idade Antiga
Queda do
Império
Romano do
Ocidente e
invasão dos
povos do
norte
1.350 d.C.
Renascimen
to Italiano
1919A arte do Oriente Antigo
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M a p a d o O r i en t e P r ó xi m o ( S T O K S T A D , 2 0 0 7 : 6 1 )Civilização
Mesopotâmica
–
Introdução Histórica
–
Surgimento da primeira civilização, fundada pelos
sumérios, nos pantanais do Baixo Eufrates, c.
4.000-3.200 a.C.
–
Desenvolvimentos e conquistas:
–
Transformaram o pântano em campos de cevada e
pequenos bosques
–
Desenvolveram-se gradualmente de aldeias de
cabanas para 12 cidades-estados independentes
–
Criaram um sistema de escrita com símbolos em
tabletes de argila, conhecido como cuneiforme
–
Construíram casas-palácios e templos funerários
sofisticados de tijolo cozido
–
Desenvolveram ferramentas e armas de bronze
–
Criaram obras de irrigação
A arte do Oriente Antigo
A cabeça feminina em alabastro, de c.
3.500-3.000 a.C., foi encontrada no
Templo Branco de Ur, atual Warka, Iraque. Trata-se na verdade de uma máscara, colocada, provavelmente, sobre uma estátua de madeira, pois desta nada restou. Sobrancelhas e olhos eram incrustados com material colorido e o cabelo coberto com lâminas de ouro. A figuração é, surpreendentemente realística, na suave modelação do rosto que quase respira, contrastando com os enormes olhos que representam a força da magia.
Vamos ver que o Oriente associa a
estilização e imitação da natureza de uma maneira completamente diferente da
desenvolvida no Egito.
Aqui não ocorre a fusão das duas
possibilidades, vemos acontecer a mais
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Cabeça feminina, de Ur, atual Warka,
Iraque. c. 3.500-3.000 a.C. Alabastro. 20 cm de altura. Museu do Iraque,
A arte do Oriente Antigo
Uma associação semelhante de estilização e realismo encontra-se em inúmeros selos cilíndricos do final do 4º milênio; cortados de calcário, alabastro, esteatita ou ardósia, têm uma altura média de 4 a 5 cm.
O exemplo de Bagdá representa dois quadrúpedes em posição antagônica, cujos
pescoços em forma de serpente e com cabeças de leão se entrelaçam, ornamentalmente. As superfície livre entre as caudas, é preenchida por uma águia com cabeça de leão. A modelação viva das formas sobre espaço tão reduzido, recortadas em negativo (a
imagem mostra uma impressão que poderia continuar infinitamente), revela notável percepção da natureza, a disposição mostra excelente domínio da estruturada superfície. As combinações de diferentes animais em uma figura, herdada de épocas pré-históricas, possuem significado religioso.
Esses celos cilíndricos eram usados pela administração do templo para marcar mercadoria e outras coisas; sua produção durou até a invasão persa.Molde de selo. c. 3.200 a.C. Museu do
Louvre, Paris. . (BAUMGART, 1994: 27)
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A arte do Oriente Antigo
No período dinástico inicial, ainda
influenciado pelos sumérios, c. 3.000-2.340 a.C., os elementos formais
separaram-se.
Uma série de estátuas de mármore do Templo de Abu, em Tell Asmar, na região fluvial média dos rios, nos mostra rigorosa estilização.
A maior das figuras com 75 cm de altura representa Abu, o deus das plantas ou do cultivo; a divindade materna é a segunda maior, as outras figuras menores
representam sacerdotes e fiéis.
Vamos ver que a imobilidade destas imagens aproxima-as das esculturas egípcias, porém, a forma construída a partir de cilindros aqui, se contrapõe à exatidão dos blocos retangulares, daquela. Os enormes olhos, mais realçados nas
Estátuas do Templo de Abu, em Tell
Asmar, Iraque. c. 2.900-2.600 a.C. Mármore. 75 cm de altura a maior. Museu do Iraque, Bagdá e Instituto Oriental da Universidade de Chicago, Chicago. (STOKSTAD, 2007: 70)
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A arte do Oriente Antigo
O lado oposto desta arte se manifestou em objetos encontrados nos túmulos reais em Ur, também do período dinástico inicial de 2.600 a.C.
Trata-se aqui, de um dos raros casos, na Mesopotâmia, de ricas oferendas aos mortos.
A harpa com cabeça de touro é constituída
por madeira com incrustações de ouro. A cabeça do touro é completamente
folheada em ouro, a barba é de lápis-lazúli. O efeito permite falar aqui de realismo mágico.
Harpa com cabeça de touro, do túmulo da Rainha
Puabi, Ur (atual Muqaiyir), Iraque. c. 2.685 a.C. Madeira com ouro, lápis-lazuli e conchas. Museu da Universidade de da Pensilvania, Filadélfia.
(STOKSTAD, 2007: 72)
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A arte do Oriente Antigo
Ao período dinástico inicial sucede-se o período dos acádios (c. 2.340-2.180 a.C.); povos
semitas imigrados do Norte da Mesopotâmia, que trouxeram consigo uma outra língua e uma outra cultura, causando uma transformação política ao tentar, pela primeira, vez unificar as cidades-estados em impérios maiores.
Com essa transformação, surge a figura do soberano, que a partir de então se denominava rei, e à sua figura estava associada a adoração divina.
Tal acontecimento é apresentado na estela da vitória de Naramsin, de 2.254-2.218 a.C.
O rei é caracterizado como deus pelos chifres de touro, e é maior que todas as outras figuras representadas; somente ele está próximo ao cume da montanha, trono dos deuses que surgem acima como sóis.
E s t e l a d a v i t ó r i a d e N a r a m s i n . c . 2 .2 5 4 -2 .2 1 8 a. C . A r en i t o v er m el h o. 1 , 9 5 m d e al t ur a. M u s e u d o L o u vr e , P ar i s . ( S T O K S T A D , 2 0 0 7 : 7 4 )
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Segundo nível
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A arte do Oriente Antigo
Enquanto o império dos acádios ruía, a cidade-estado suméria de Lagash (Tello), ao sul da Mesopotâmia, permanecia independente e produziu, em c. 2.150-2100 a.C., sob o
comando de Gudea e seu sucessor, uma série de notáveis esculturas em diorito, a rocha dura freqüentemente utilizada pelos egípcios.
A cabeça de Gudea revela novamente o poder
da herança suméria. O material, difícil de ser trabalhado, recebeu uma modelação delicada e móvel que lembra novamente a cabeça feminina de Warka, um milênio mais antiga.
Os olhos não possuem mais aquele tamanho, embora ainda sejam fortemente acentuados; o que nos faz acreditar que o caráter mágico, tenha sido diminuído, mas ainda exista.
A expressão tornou-se mais profana, ou seja mais humana, correspondendo ao caráter
individual do soberano, presente desde as Cabeça de Gudeade altura. Museum of Fine Arts, Boston.. c. 2.150 a.C. Diorito. 23 cm
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A arte do Oriente Antigo
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c. 3.500-3.000 a.C. Alabastro. 20 cm
A arte egípcia
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A cultura egípcia desenvolveu-se no decorrer do 4º milênio a.C., a partir de concepções e formas pré-históricas; e, já no início do 3º milênio havia atingido suas características essenciais.
A escrita, cujas origens em meados do 4º milênio remontavam à Mesopotâmia, contribuiu
decisivamente para que a pré-história se tornasse história.
O que sabemos do Egito e o que se conservou de sua cultura baseia-se, exceto por testemunhos escritos, quase que, exclusivamente, nos achados dos templos e no conteúdo dos túmulos.
Também sobre a vida do povo temos informações somente a partir das oferendas colocadas junto aos mortos nos túmulos e representações em relevos e pinturas de túmulos dos nobres.
Nada sabemos de concreto sobre o aspecto das moradias dos faraós e de sua corte.
M a p a d o C r e s c en t e F é r t i l d o R i o N i l o , E gi t o. ( S T O K S T A D , 1 9 9 5 : 9 1 )
Civilização Egípcia
–
Introdução Histórica
–
Desenvolveu no fértil Vale do Rio Nilo, ao
aprenderem controlá-lo
–
Rio Nilo foi o meio de transporte entre o Alto e o
Baixo Egito: permitiu a unificação do Império
–
Barreiras naturais: montanhas, deserto, cataras no
Nilo e o Mediterrâneo
–
Antigo Império: 2.686-2.181 a.C.
–
Essência: governos centralizados, construção de
grandes pirâmides e crença religiosa no faraó
–
Médio Império: 2.040-1.786 a.C.
–
Essência: reis fortes unificam o império
reafirmando o domínio faraônico, crescem para o
sul (atual Sudão) e comércio lucrativo com a
Civilização Egípcia
–
Religião
–
Crença religiosa era a base da arte, medicina,
astronomia, literatura e governo
–
Grandes pirâmides eram túmulos para os
faraós,considerados homens deuses
–
Politeísmo extensivo: adoração aos animais
–
Crença na vida após a morte: mumificação dos
mortos e arte funerária
–
Governo
–
Realeza divina
–
Poder do faraó abrangia todos os setores da
sociedade
–
Faraó governava segundo o MA’AT: justiça, lei,
direito e verdade
A arte egípcia
A paleta do Rei Narmer , de c. de
3.000 a.C., pode ser considerada a primeira obra perfeita da arte egípcia.
A reprodução do soberano mostra o princípio válido para todas as representações planas: cabeça, ventre e membros são vistos de perfil; olhos, ombros e peitos são vistos de frente, estabelecendo-se, assim, uma ordem retangular que assegura o rigor absoluto. À representação do povo e dos inimigos, eram concedida uma maior liberdade, mas esta nunca chegou ao naturalismo completo. Esta paleta, esculpida em seus dois lados, não se destinava ao uso pessoal do faraó, mas ao culto.
Paleta de Narmer , de Hierakonpolis. Dinastia 1,
c. 3.150-3.125 a.C. Ardósia. 63,5 cm de altura. Museu do Egito, Cairo. (STOKSTAD,
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A arte egípcia
O inimigo vencido, que Narmer segura pelos cabelos, é o Baixo Egito, como também, o arbusto de papiro à direita, sobre o qual está entronizado o falcão Hórus, o deus do Alto Egito.
Escritas de figuras e representação
real-simbólica fundem-se na paleta, que também, em conseqüência desta associação deve
sempre permanecer estilizada.
Percebe-se aqui, como a estilização das fases pré-históricas tardias, tornou-se agora, um princípio artístico consciente, que pressupõe completo domínio dos recursos estilísticos.
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Paleta de Narmer , de Hierakonpolis. Dinastia 1,
A arte egípcia
Esta estilização pode ser observada em um dos inúmeros baixos-relevos pintados no túmulo de Ti, em Sacara, de c. 2.500 a.C. O baixo-relevo apresentado ao lado
representa Ti observando uma caçada a hipopótamos.
Embora Ti, seja um construtor, e não
pertença a família real, cabe-lhe como alto funcionário do faraó a mesma forma de representação do soberano: maior estatura em relação ao povo, representação de perfil da cabeça, ventre e membros, e vistos de frente: olhos, ombros e peito.
Apesar de sua mobilidade, as pequenas
figuras adaptam-se à estilização da gravura, como também o fazem os animais do rio e a vegetação de papiro, representadas pelas densas estrias paralelas, animadas somente na parte superior por arbustos que se
curvam, com pássaros esvoaçantes e
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● Quarto nível ● Quinto nível T i o b s e r v a n d o u m a c a ç a d a a h i p o p ó t a m o. T ú m ul o d e T i , S a q q ar a. D i n a s t i a 5 , c . 2 . 5 1 0 -2 .4 6 0 a. C . C al c á r i o pi n t a d o. 1 ,1 5 m d e al t ur a. T ú m ul o d e T i , S a q q ar a. ( S T O K S T A D , 1 9 9 5 : 1 0 8 )A arte egípcia
Este princípio de conformação, oriundo completamente da vontade de ordenação da vida e da morte, e dos poderes terrenos e divinos, ofereceu a vantagem de dar uma base por quase três milênios.
A desvantagem foi o perigo de uma estagnação, com freqüência, injustamente, atribuída à arte egípcia, como característica essencial.
Certamente ela ocorreu, principalmente na improdutiva fase tardia a partir do séc. XI
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● Quarto nível ● Quinto nível J u l g a m e n t o a n t e O s í r i s , i l u s t r a ç ã o d o L i v r o d o s M o r t o s . D i n a s t i a 1 9 , c . 1 .2 8 5 a. C . P i n t ur a em p a pi r o. 3 9 , 8 c m d e al t ur a. B r i t i s h M u s e um , L on d r e s . ( S T O K S T A D , 1 9 9 5 : 1 2 5 )A arte egípcia
Osíris, deus do submundo, aparece à direita, entronado em um rico e
ornamentado pavilhão ou capela, no “Hall das Duas Verdades”. Aqui as almas dos falecidos serão submetidas ao último julgamento para determinar se eles têm
direito ou não, à vida eterna.
Osíris era tradicionalmente representado como uma múmia, envolto em uma
mortalha branca de linho. Seus outros ornamentos são os de um rei egípcio.
Ele usa a coroa dupla, incorporando o Alto e o Baixo Egito, uma barba falsa, um largo colar enfeitado com contas e segura os bastões simbólicos apresentando-os em frente ao seu peito.
Ainda, aqui, é observada a exatidão de superfícies da bi-dimensionalidade
“retangular”, e a associação com
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● Quarto nível ● Quinto nível D e t al h e d o J u l g a m e n t o a n t e O s í r i s , i l u s t r a ç ã o d o L i v r o d o s M o r t o s . D i n a s t i a 1 9 , c . 1 .2 8 5 a. C . P i n t ur a em p a pi r o. 3 9 , 8 c m d e al t ur a. B r i t i s h M u s e um , L on d r e s . ( S T O K S T A D , 1 9 9 5 : 1 2 5 )A arte egípcia
Rigor, vitalidade e naturalismo,
encontramos nas figuras esculturais sentadas e de pé, quase de tamanho
natural, desde o início do Antigo Império; obras plásticas, para túmulos, concebidas para nunca serem vistas e garantindo aos mortos vida eterna.
As estátuas em calcário do Príncipe Rahotep e sua esposa Nerfret, da 4ª
Dinastia, ganham vida de modo especial através da pintura, onde a cor escura do homem e a clara da mulher não são
características realistas das pessoas, mas se destinam à caracterização do sexo e são continuamente mantidas, como
acontecia de forma semelhante em outras culturas.
A retangularidade da representação bidimensional é conservada aqui, como que desmembrada na vista de frete e na vista de lado do bloco.
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● Quarto nível ● Quinto nível P r í n c i p e R a h o t e p e s u a e s p o s a N e f r e t . 4 ª D i n a s t i a , c . 1 . 6 5 0 a. C . C al c á r pi n t a d o. 1 ,2 0 m d e al t ur a. M u s e u d o C ai r o , E gi t o. ( B A U M G A R T , 1 9 9 4 : l â m . 1 )A arte egípcia
Do Médio Império (2.133-1.786 a.C.), que se seguiu ao Antigo Império após séculos de instabilidade e declínio, nada foi até aqui mencionado. Isto porque, dele se conservou bem menos do que dos outros impérios.
As esculturas deste período mostra que, apesar de longa interrupção, a tradição uma vez criada foi restabelecida, embora com atualizações. Há pouca indicação sobre como os antigos egípcios viam os seus artistas, cujo trabalho retratava reis e nobres, gravados com extremo detalhe em sua vida contemporânea. Mas eles devem ter sido respeitados e admirados.
Veja esta inscrição em um túmulo de pedra, de um escultor do Médio Império: “Eu sou um artista que excede em minha arte, um homem acima do comum em conhecimento. Eu conheço a atitude correta para a estatua [de um
homem]; eu conheço como uma mulher se apresenta, ... Não há nenhum homem famoso
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● Quarto nível ● Quinto nível S e n w o s r e t I I I . D i n a s t i a 1 2 , c . 1 . 8 7 8 -1 8 4 2 a. C . G r an i t o pr e t o. 5 4 , 8 c m d e al t ur a. T h e B r o ok l yn M u s e um . ( S T O K S T A D , 1 9 9 5 : 1 1 1 )A arte egípcia
Já o Novo Império apresenta um realismo mais intenso, e sem dúvida, a mais veemente irrupção desta forma de representação,
aconteceu sob Amenófis IV (Aquenatón,
1.372-1358 a.C.), que tentou uma revoulução religiosa, imediatamente anulada após sua morte através do retorno ao antigo sistema. A cabeça da esposa de Aquenatón, a Rainha Nefertiti , de c. de 1.360 a.C., mostra em
beleza e segurança perfeitas os novos esforços.
A elegância da condução das linhas, a delicadeza da modelação e a tranqüila
vitalidade da expressão revelam a mais alta maestria.
O rigor geométrico do estilo egípcio, não é destruído, mas transformado através de sensibilidade incomparável. Esta é uma sensibilidade mais humana, diferente da percepção de forma mencionada a respeito das escultura do Antigo Império.
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4ª Dinastia, c. 1.650 a.C Dinastia 12, c. 1.878-1842
A arte egéia
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Mais de um milênio após o Egito e a Mesopotâmia, em c. 2.000 a.C., surge em Creta uma terceira cultura elevada, com a invenção de uma escrita aind’a não decifrada (linear A),
construções de palácios, pequenas esculturas e cerâmica pintada.
O mesmo aconteceu nas ilhas do Mar Egeu, as Cyclades, e no sul do continente, na Península do Peloponeso.
O que é conhecido, na Ilha de Creta, do 3º milênio pertence à última fase da arte pré-histórica do
Neolítico, assim como, os produtos do continente grego e das ilhas do Mar Egeu, do 3º até a metade do 2º milênio.
As Civilizações Egéias
Duas civilizações precederam a
civilização grega: a Minóica (Ilha de
Creta) e a Miscênica
q
Civilização Minóica: 2.600-1.250
a.C., apogeu de 1.700-1.450 a.C.
§
Magníficos complexos palacianos,
cuja construção atesta a riqueza e o
poder dos seus reis
A arte egéia
Os ídolos das Cyclades diferenciam-se de seus correspondentes mais antigos (Vênus de Willendorf e Ídolo feminino de argila de Strehlitz), tanto pelo seu tamanho, quanto por sua forma austera que eliminou o
realce das características sexuais (seios, quadris e coxas enormes).
São sempre longos e achatados, e não são destinados a ser colocados de pé.
Apesar disso, pode-se perceber em suas proporções e modelagens contidas, uma forma própria, que age como um primeiro germe para o desenvolvimento da
escultura grega posterior.
As duas figuras femininas, assim como
inúmeras outras semelhantes,
destinavam-se ao culto à fertilidade, talvez até, representando uma deusa-mãe.
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● Quarto nível ● Quinto nível D u a s f i g u r a s f e m i n i n a s , d a s I l h a s C y c l a d e s . c . 2 . 5 0 0 -2 .2 0 0 a. C . M á r m or e. 3 3 c m d e al t ur a. M u s e u d a A r t e C y c l a d e s , A t en a s . ( S T O K S T A D , 1 9 9 5 : 1 3 0 )ditar os estilos do texto mestre
l
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● Quarto nível ● Quinto nível 22.000-21.000 a.C., 10,5cm. Áustria 3.500-2.900 a.C., 21cm. Alemanha 2.500-2.200 a.C., 33cm.A arte egéia
O que se desenvolveu paralelamente no 2º milênio na Ilha de Creta, conduz a um mundo completamente novo.
A figura em terracota pintada da chamada
deusa com serpentes, de 1.700-1.600, está
impregnada de uma sensualidade e
profanidade, que a coloca acima de tudo o que é pré-histórico, egípcio ou mesopotâmico;
embora se possa presumir que tenham havido contatos com ambas as culturas;
principalmente com a cultura mesopotâmica: veja os olhos desproporcionais e a forma cônica da saia.
Não se sabe ao certo, se trata-se de uma deusa ou sacerdotisa, de qualquer modo está associada ao culto à fertilidade, indicado pela presença das serpente e dos seios nus. A não ser que este traje pertencia a moda da
sociedade palaciana da época.
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● Quarto nível ● Quinto nível D e u s a c o m s e r p e n t e s , d o c om pl ex o p al a c i an o d e C n o s s o s , C r e t a. c . 1 .7 0 0 -1 . 5 5 0 a. C . T er r a c o t a pi n t a d a. 2 9 , 5 c m d e al t ur a. M u s e u A r q u e ol ó gi c o , I r ak l i on , C r e t a. ( S T O K S T A D , 1 9 9 5 : 1 3 4 )A arte egéia
A forte relação com os sentidos, que não é possível sem uma percepção realista da natureza, não é despertada somente por estas figuras em terracota, mas também pelas pinturas murais de palácios e
ornamentação de vasos.
O vaso do polvo, de c. 1.500 a.C., possui
uma decoração extremamente viva que revela profunda intimidade com animais marinhos.
Não é levada em consideração, aqui, a forma do vaso, o animal cobre toda a superfície como se ela fosse água, sem limites.
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Vaso do polvo, de Palaikastro, Creta. c.
1.500-1.450 a.C. Cerâmica. 28 cm de altura. Museu Arqueológico Iraklion, Creta. (STOKSTAD, 1995: 139)
A arte egéia
É da mesma época, as taças de ouro de Valpheio, nas proximidades de Esparta,
Península do Peloponeso.
Suas paredes são amolgadas com relevos de representações de touros selvagens e
domésticos.
Animais, homens e plantas são reproduzidos com uma naturalidade que supera tudo o que é conhecido do Egito e da Mesopotâmia. Este realismo refere-se não somente a cada figura isolada, mas também, a seu conjunto, de modo que surgem cenas narrativas que inter-relacionam e produzem noções de profundidade espacial.
Não se sabe se estas taças foram trazidas de Creta, onde o culto ao touro desempenhava um papel importante, ou se foram feitas por artistas cretenses no continente grego para soberanos miscênicos; de qualquer forma,
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Taças de ouro de Valoheio, encontrado próximo a
Esparta, Grécia. c. 1.650-1.450 a.C. Ouro. 8,90 cm de altura. Museu Arqueológico Nacional, Athenas. (STOKSTAD, 1995: 138)
A arte egéia
Em Micenas foi encontrado um pequeno grupo em marfim conhecido como as três divindades,
do séc. XV; cuja expressão profundamente humana, é singular nesta época e não é
alcançada nem mesmo pela arte egípcia, sob Aquenatón, no sec. XIV, que a propósito, pode bem ter sofrido a influência da arte cretense.
O traje das duas mulheres é cretense, o que pode apenas significar que as mulheres miscênicas seguiam a moda de uma civilização mais
evoluída; no entanto, a vitalidade natural da configuração indica que também aqui se trata da obra de um artista cretense.
Partindo-se do conteúdo, que ainda não foi interpretado e não possui paralelos na cultura cretense ou miscênica, não se pode ter uma definição mais exata.
A educação dos deuses-crianças tem sua
importância na mitologia grega posterior, com um certa ligação com Creta (Zeus).
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Três divindades, encontrado em um palácio
miscênico, Grécia. c. 1.400-1.200 a.C. Marfim. 7,5 cm de altura. Museu Arqueológico Nacional, Atenas. (STOKSTAD, 1995: 148)
A arte egéia
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Dinastia 18, c.
A arte grega
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Grécia
q
Idade das Trevas: 1.100 – 800 a.C.
§
Era de transição entre a extinta
civilização micênica e a futura
civilização helênica
§
Migração das tribos gregas das
áreas montanhosas da Grécia para
as planícies mais férteis e do
continente para as ilhas egéias e o
litoral da Ásia Menor
Grécia
q
750 – 323 a.C.
§
Sociedade grega baseada em cidades-estados
independentes
§
Fidelidade tribal: primeira associação política
§
Surgimento da polis
§
Lei não emanava dos deuses ou governantes divinos, mas da
comunidade
§
A tradição mítico-religiosa co-existiu com o crescente
racionalismo
A arte grega
Atenas, na Ática, foi o único domínio
miscênico que não sucumbiu aos dóricos, vindo do norte; enquanto os outros gregos miscênicos evadiram para as ilhas e para a costa ocidental da Ásia Menor, Atenas
tornou-se o centro de um novo desenvolvimento.
Não se sabe até que ponto, a antiga população misturou-se com os dóricos; parece, porém que os gregos miscênicos, na Ática, nas ilhas e na Ásia Menor
(contato com os povos jônicos e etólios), tornaram-se o elemento criador de uma nova cultura.
Os gregos entraram definitivamente para a história no século VIII a.C.; com os primeiros jogos olímpicos, em 776 a.C., em Atenas, inicia-se a cronologia grega na história da arte.
É na arte geométrica do séc. VIII a.C., que encontramos a base da formação do ESTILO GREGO.
Aos motivos abstratos são adicionadas representações figurativas. Além da cerâmica, que está em primeiro plano, surgem pequenas esculturas, também. Neste momento, não vemos esculturas monumentais ou arquitetura em pedra. O vaso do cemitério de Dipylon, em
Atenas, com mais de 1m de altura, é um excelente exemplo deste gênero,
A arte grega
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Os dois frisos figurativos, acima com um morto no ataúde e pessoas lamentando e abaixo com um grupo de guerreiros sobre carros e a pé, parecem ter surgido a partir de ornamentos abstratos e inserem-se com sua austeridade na decoração claramente articulada.
O momento narrativo é fortemente reprimido parra dar lugar a uma
representação atemporal de lamento e celebração.
Quando se pensa nas epopéias de Homero do mesmo período, na descrição do
escudo de Aquiles, por exemplo, torna-se nítida a enorme distância entre poesia e arte figurativa nesta época, que só
diminuiu muito mais tarde.
A palavra descreve com uma vitalidade que lembra a taça de ouro de Valphio,
aqui, nesta cerâmica, vemos a abreviatura
Vaso, do Cemitério de Dipylon, Antenas. c. 750
a.C. Terracota. 1,08cm de altura. The Metropolitan Museum fo Art, New York.
A arte grega
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Antenas. c. 750 a.C. Terracota. 1,08cm de
A arte grega
Na segunda metade do século VIII, os gregos começaram a fundar colônias em quase toda a costa do Mediterrâneo, de modo que o estilo geométrico, ainda como que enraizado no pré-histórico, logo se desfez, e entre 725 e 650, deu lugar ao chamado estilo orientalizante.
Na ânfora proto-ática, de c. 670 a.C., os
ornamentos geométrico estão limitados às bordas, enquanto agitadas faixas trançadas se destinam à articulação principal, e pequenas palmetas, rosetas e espirais ao preenchimento. As representações figurativas ocupam agora, a maior parte do espaço; o “cegamento de
Polifemo” no gargalo e a “perseguição de Perseu pelas Górgonas” no corpo.
O caráter narrativo foi, significativamente,
acentuado; no movimentos das figuras torna-se perceptível o despertar de uma dinâmica natura, que tensiona superar o esquematismo
geométrico.
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● Quarto nível ● Quinto nível  n f o r a d e g a r g a l o p r o t o - á t i c a. c . 6 7 0 a. C . 1 ,4 2 m d e al t ur a. M u s e u E l e u s i s . ( B A U M G A R T , 1 9 9 4 : 4 6 )A arte grega
Elementos do Oriente Próximo fazem-se notar ainda mais fortemente na cerâmica
protocoríntia do séc. VII; pequenos vasos eram modelados para bálsamo em forma de animais, ou com cabeças de animais ou homens.
A austeridade do estilo geométrico foi diluindo-se.
O corpo deste jarro foi ornamentado com
animais: temos os leões com crinas de cavalos, entremeados por cobras e dois pássaros com a cabeça única de um leão.
Os frisos, que separam estas faixas, são linhas simples e na base do jarro encontramos
decorações que se assemelha a flores estilizadas.
Além do verniz, foram utilizados também,
vermelho e branco opacos, tornando o aspecto colorido mais rico, e ao mesmo tempo, mais agitado e menos sistemático.
J a r r o ( o l p e ) . c . 6 0 0 a. C . C er â m i c a d e c or a d a c om f i g ur a s n e gr a s . 3 0 c m d e al t ur a. T h e B r i t i s h M u s e um , L on d r e s . ( S T O K S T A D , 2 0 0 7 : 1 6 1 )
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A arte grega
O caminho a partir de agora, claro de se acompanhar, é trilhado com segurança; e no campo da cerâmica, encontramos uma grande quantidade de obras.
O vaso François de Chiusi , de c. 570 a.C., foi
modelado pelo Oleiro Ergotimos e ornamentado pelo pintor Kleitias. Seus artistas deixaram suas assinaturas na obra, o que nos revela uma nova consciência em relação a obra de arte.
O conteúdo, cada vez mais narrativo, trata das lendas associadas a Aquiles e Teseu.
O mundo mítico que tomou forma nas epopéias de Homero, encontram agora uma
correspondência gráfica.
Apesar deste vaso ter sido feito e decorado por artistas ateniense, ele foi encontrado num cemitério etrusco.
Os etruscos , viviam na Etrúria, Itália Central, no
ERGOTIMOS E KLEiTIAS , Vaso de François,
figuras em negro decorando uma taça em forma de voluta. c. 570 a.C. Cerâmica. 66 cm de altura. Museo Archeològico Nazionale,
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A arte grega
A pintura de figura s vermelhas sobre fundo preto, que por volta do final do séc. VI começou a substituir a de figuras negra, trouxe consigo não somente a supressão das silhuetas de efeito sopre austero, mas também permitiu um desenho interno mais rico, associado a maior mobilidade.
Por isso, puderam surgir composições figurativas que não evitavam torções do corpo e reduções perspectiva, de modo a surgir também em pequena escala o elemento espacial.
A expressão emocional associada à
vitalidade física, alcançou a totalidade do ser humano sem incorrer no realismo observado nas obras cretenses.
PAN PAINTER , Artemis matando Actaeon,
figuras vermelhas decorando um taça em
forma de sino. c. 470 a.C. Cerâmica. 37 cm de altura. Museum of Fine Arts, Boston.
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A arte grega
No período geométrico arcaico antigo, do séc. IX até meados do séc. VII, não faltaram esculturas.
Em argila, bronze, mármore ou marfim, eram sempre
pequenas e demonstravam, ainda, insegurança em relação a percepção de um estilo seguro.
Somente o encontro com a escultura monumental egípcia, no período “orientalizante”,permitiu que surgisse a partir da metade do séc. VII a escultura grega monumental em pedra, conduzindo rapidamente a um perfeito domínio da tipologia figurativa realista.
O que foi atingido, podemos ver em Kouros da Ática, em
tamanho natural. Esta estátua tumular, de um jovem nu de pé e com o pé esquerdo à frente, apresenta extrema
rigidez e uma composição estruturada na geometria das partes.
O que a diferencia das estátuas egípcias, é um novo tipo de tensão; aqui a expressão da vida orgânica dos corpos foi evidenciada. Apesar de todo o retraimento da forma
K o u r o s , en c on t r a d o n a Á t i c a. c . 6 0 0 a. C . M á r m or e. 1 , 9 3 m d e al t ur a. T h e M e t r o p ol i t M u s e um of A r t , N ew Y or k . ( S T O K S T A D , 2 0 0 7 : 1 6 9 )
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