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Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Sines-Burgau Resolução de Conselho de Ministros (RCM) nº. 152/98 de 30 de dezembro

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Plan o de Orden amento da Orl a Coste ir a (POOC) Sin es-B urg au

Reso lu ção d e Co nse lho d e Min istros ( RC M) nº. 152/9 8 de 30 de de zembro

Proced ime nto conc u rsal par a a atri bu içã o de t ítu lo d e uti l i za ção pri vati va do

Dom íni o Pú bl ic o Mar ítimo

Apo io d e Pra ia C ompleto a in stal ar na P raia d e Morg a ve l – S ine s

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Artigo 1.º Objeto

O presente concurso é desenvolvido pela Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. e tem por objeto a atribuição de título de utilização privativa dos recursos hídricos (ocupação do domínio público marítimo - DPM), destinada a:

Instalação e exploração de um Apoio de Praia Completo – Praia de Morgavel, Concelho de Sines

nos termos do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Sines-Burgau, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 152/98, de 30 de dezembro, em conformidade com a Lei n.º58/2005, de 29 de dezembro, com o Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio e com a Portaria n.º1450/2007, de 12 de novembro.

Artigo 2.º Tramitação

A instalação do apoio de praia nos terrenos do DPM compreende a seguinte tramitação:

1. Apreciação do mérito das propostas de acordo com os critérios fixados no procedimento concursal e elaboração de relatório com ordenação dos concorrentes.

2. Notificação do candidato que apresentou a proposta classificada em 1.º lugar após o que, este dá início ao procedimento de licenciamento, no prazo máximo de um ano, com a entrega do pedido de emissão do título de utilização dos recursos hídricos referente ao apoio de praia completo, de acordo com a minuta de requerimento constante do anexo, ou em alternativa, através da aplicação “SILIAMB”, cujo caminho de acesso é o seguinte:

https://siliamb.apambiente.pt

3. No caso do concorrente não cumprir com o estabelecido na alínea anterior ou se o pedido vier a ser indeferido, é notificado para o mesmo efeito o candidato graduado imediatamente a seguir e assim sucessivamente, enquanto não se esgotar o prazo de validade do concurso.

4. Consulta às demais entidades competentes (autarquia, capitania, autoridade de saúde, etc) e promoção de uma conferência de serviços para apreciação do pedido, da qual resultará ata que constituirá o parecer final.

5. Do parecer final poderá resultar a aprovação condicionada do projeto, cabendo ao requerente assegurar as devidas adequações nos prazos concedidos para o efeito, pela Agência Portuguesa do Ambiente, I.P., entidade que assegura a Autoridade do Estado, no espaço marítimo sob sua jurisdição.

6. Com a aprovação do projeto a Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. emite um primeiro título correspondente à licença de ocupação temporária do DPM para a construção do apoio de praia, com prazo máximo de validade de um ano, a contar da data de emissão da licença de construção a ser emitida pelo Município.

7. A emissão deste primeiro título de utilização do DPM está sujeita à prestação de caução, para cumprimento das obrigações de implantação, a favor da Agência Portuguesa do Ambiente, I.P., definida no n.º 2 do art.º 22 e na alínea B), anexo I do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, correspondente a 5% do montante global do investimento previsto no projeto. 8. A emissão deste título implica ainda a prestação de uma segunda caução para recuperação

ambiental, prevista no n.º 3 do artigo 22.º e na alínea A), do anexo I do Decreto-Lei n.º 226-A/2007.

9. O titular deverá obter todas as outras licenças exigíveis nos termos da legislação em vigor, designadamente o licenciamento previsto no regime jurídico da urbanização e edificação (Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, com a redação dada pelo Decreto-Lei

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n.º 26/2010, de 30 de março).

10. Após a conclusão da obra realizar-se-á a vistoria prevista nos artigos 62.º e 64.º do regime jurídico da urbanização e edificação.

11. No caso do auto de vistoria ser de teor desfavorável à abertura do estabelecimento, o titular será notificado mediante o envio de cópia do auto, por carta registada com aviso de receção, sendo ainda fixado o prazo para execução das medidas corretivas a adotar.

12. No caso do auto de vistoria ser de teor favorável à abertura do estabelecimento, será emitido um segundo título correspondente à licença de utilização do DPM, para implantação do apoio de praia, com prazo máximo de validade de 10 anos, definido em função do montante global do investimento.

13. A emissão do título de utilização do DPM referida no número anterior está sujeita à prévia prestação de caução a favor da Agência Portuguesa do Ambiente, I.P., correspondente a um valor entre 0,5 e 2% do montante investido na obra, a fim de garantir a recuperação de eventuais danos ambientais.

Artigo 3.º

Condições Gerais dos Títulos de Utilização do DPM

1. Os títulos de utilização correspondentes à nova ocupação do DPM para construção e implantação da estrutura, a emitir pela Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. serão válidos a partir da data da respetiva emissão, nos termos da Lei n.º 58/2005 e do Decreto-Lei n.º 226-A/2007.

2. Os títulos de utilização contêm os respetivos termos, condições e requisitos técnicos, conforme disposto no artigo 67.º da Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro e dos artigos 22.º, 62.º e 63.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio e da Portaria n.º 1450/2007, de 12 de novembro.

3. Por força da obtenção das licenças são devidas as cauções citadas no artigo anterior, bem como, com a efetiva ocupação do terreno, as taxas de recursos hídricos previstas no n.º 2 do artigo 77.º da Lei n.º 58/2005 e ainda dos artigos 4.º e 10.º do Decreto-Lei n.º 97/2008 de 11 de junho.

4. O título de utilização só poderá ser transmitido nos termos previstos no artigo 72.º da Lei n.º58/2005, de 29 de dezembro e do artigo 26.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007 de 31 de maio.

5. O título de utilização extingue-se com o termo do prazo nele fixado, de acordo com o previsto no artigo 69.º da Lei n.º 58/2005 de 29 de dezembro, bem como com as demais condições previstas nos artigos 33.º, 35.º e 36.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio.

6. Os título de utilização será objeto de revogação perante a não observância das condições específicas nele previstas e nos mais casos previstos no artigo 69.º da Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro e no artigo 32.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio.

7. O objeto do títulos de utilização fica sujeito à fiscalização e inspeção das entidades com jurisdição no local, obrigando-se o titular a facultar o livre acesso aos agentes dessas entidades, por forma a que possam exercer cabalmente as suas funções, designadamente nos termos das disposições dos artigos 90.º a 94.º da Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro e do artigo 79.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio.

8. Os encargos decorrentes de ações de fiscalização ou de inspeção serão suportados pelo titular, sempre que se verifique o incumprimento das condições impostas na emissão do título, nos termos do artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio.

9. O titular compromete-se a garantir a boa manutenção da instalação, de acordo com o projeto aprovado e de forma a manter a sua qualidade estética, paisagística e sanitária,

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devendo manter o espaço contíguo em perfeito estado de higiene e salubridade.

10. O titular da licença é obrigado a manter as instalações em funcionamento durante toda a época balnear, ou até determinação em contrário pela autoridade marítima.

11. A instalação sonora para o exterior só é admissível em situações de emergência.

12. O apoio de praia deverá garantir serviços e funções de utilidade pública nos termos previstos nos termos do nº 2 do artigo 51.º da Resolução do Conselho de Ministros n.º 152/98, de 30 de dezembro.

13. Do exercício da atividade licenciada não pode resultar, entre outras:

a) A rejeição de águas residuais na água ou no solo;

b) A degradação dos ecossistemas, nomeadamente de sistemas costeiros e seus

elementos de proteção;

c) A degradação da integridade biofísica e paisagística do meio.

14. Quaisquer obras que impliquem alteração das áreas ocupadas ou alterações ao projeto aprovado que integrará o título, incluindo as tendentes à manutenção ou revisão da qualidade e classificação da instalação, carecem de autorização prévia da Agência Portuguesa do Ambiente, I.P..

Artigo 4.º Outras Licenças

1. O titular da utilização obriga-se a respeitar todas as leis e regulamentos aplicáveis e a munir-se de todas as licenças exigíveis por outras entidades e legislação em vigor, nomeadamente licença de obras e licença para exercício da atividade comercial.

2. A entidades concedente não pode ser responsabilizada pela não obtenção, por parte dos concorrentes selecionados, de qualquer das licenças mencionadas no ponto anterior.

Artigo 5.º

Construção do Apoio de Praia

1. A construção do apoio de praia só poderá iniciar-se após emissão da licença para ocupação do DPM.

2. A instalação do apoio de praia e infraestruturas associadas deverá estar concluída no prazo máximo de 12 meses, contados a partir da data da licença de construção a emitir pelo Município.

3. O titular obriga-se a comunicar à Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. a data de conclusão dos trabalhos, no prazo máximo de 5 dias.

4. O não cumprimento dos prazos previstos nos números 2 e 3 da presente cláusula é causa de revogação do título de utilização.

Artigo 6.º Vistoria

1. Após a conclusão da construção do apoio de praia, o cumprimento dos requisitos estabelecidos será aferido através de uma vistoria conjunta, a realizar pelas entidades competentes, da qual será lavrado o respetivo auto.

2. Caso se verifique incumprimento dos requisitos estabelecidos, o titular será notificado mediante o envio de cópia do auto, por carta registada com aviso de receção, sendo ainda fixado o prazo para execução das medidas corretivas a adotar.

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a revogação da licença, podendo dar lugar à remoção da construção.

4. A não realização da vistoria por parte das entidades responsáveis no prazo previsto, dá ao titular a possibilidade de iniciar a exploração.

Artigo 7.º

Anulação dos Direitos

Constituem motivo para que a Agência Portuguesa do Ambiente I.P. possa revogar o título de utilização de DPM, sem direito a qualquer indemnização, entre outros, os seguintes factos:

a) A não observância das condições do procedimento concursal e do título de utilização de DPM;

b) A violação das disposições constantes da Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro e do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio ou em qualquer outra legislação aplicável e em vigor;

c) Haja decisão de tribunal ou direitos de terceiros que inibam a vigência do título.

Artigo 8.º Prazo da licença

O prazo de vigência das licenças para implantação do apoio de praia e do apoio balnear será, no máximo, de dez anos, calculado em função do investimento que tiver sido realizado, nos termos do n.º 2 do artigo 67.º da Lei nº 58/2005 de 29 de dezembro, e a contagem do respetivo prazo iniciar-se-á a partir da data da licença da sua emissão.

Artigo 9.º Termo da licença

No termo do prazo fixado na licença, salvo se Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. optar pela reversão a título gratuito, o titular dispõe de 15 dias para entregar a mesma junto da APA, I.P., e dispõe de mais 30 dias para proceder à demolição das instalações, incluindo a remoção de todo o entulho e material proveniente da demolição, incluindo fundações e infraestruturas, devendo ainda o terreno ser reposto na situação que existia anteriormente à execução das obras, nos termos a definir pela APA, I.P. e de acordo com o disposto no artigo 69.º da Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro e dos artigos 4.º e 36.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio.

Artigo 10.º

Destino da instalação – Apoio de Praia Completo Praia de Morgavel, Concelho de Sines

1. O projeto a desenvolver corresponde a um novo apoio de praia, a instalar em praia do tipo II do POOC Sines-Burgau, com localização e implantação previamente definidas nas plantas constante dos elementos complementares, do presente procedimento concursal.

2. A instalação será exclusivamente utilizada para apoio de praia completo, de acordo com o definido no n.º 2 artigo 51.º da Resolução do Conselho de Ministros n.º 152/98, de 30 de dezembro e no n.º 1 do artigo 63.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio.

3. Nos termos do regulamento do POOC Sines-Burgau, o Apoio de Praia Completo (APC)

consiste no “(...) núcleo básico de funções e serviços infraestruturados, que integra vestiários,

balneários, instalações sanitárias, posto de socorros, comunicações de emergência, informação e assistência a banhistas, limpeza da praia e recolha de lixo; complementarmente pode assegurar outras funções e serviços, nomeadamente comerciais, com exceção do serviço de restauração. (…)”

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procedimento.

5. Só serão admitidas propostas que respondam cabalmente ao serviço a prestar.

Artigo 11.º Proposta

1. Da proposta constarão, obrigatoriamente, os seguintes elementos:

a) Estudo prévio de arquitetura da estrutura a implementar, elaborado e subscrito por arquiteto do qual constem os seguintes elementos:

- Termo de responsabilidade do autor do projeto;

- Certidão da Ordem dos Arquitetos;

- Memória descritiva e justificativa;

- Planta de localização à escala 1:25000;

- Planta de implantação à escala 1:200 ou 1:500 que expresse a relação da estrutura

com acessos e envolvente;

- Plantas de piso e cobertura cotadas;

- Cortes cotados;

- Alçados cotados;

- Mapa de vãos;

- Mapa de acabamentos;

- Planta esquemática de infraestruturas (abastecimento de água, eletricidade,

telefones e águas residuais) à escala 1:2000;

- Planta com indicação das diferentes áreas/funções (serviços de utilidade pública e

serviços comerciais - áreas cobertas, áreas descobertas e áreas de circulação);

- Fotomontagem/3D;

b) Descrição dos serviços que o apoio de praia se propõe prestar, designadamente em termos de vigilância e limpeza da praia, com referência aos meios físicos e humanos a afetar;

c) Descrição dos serviços ou ações que o candidato se propõe desenvolver complementarmente, como por exemplo, ações de educação ambiental, manutenção de acessos e proteção de sistemas costeiros, mas sempre em estrito cumprimento das determinações do POOC e quadro legislativo aplicável;

d) Estimativa do montante global do investimento previsto no projeto.

2. O projeto tem de conter todos os elementos técnicos que permitam verificar a conformidade com o POOC no respeitante à localização, às condições de estabilidade e segurança, ao dimensionamento e programa funcional, às características construtivas e às infraestruturas. 3. É exigida a apresentação do Estudo Prévio de Arquitetura.

4. O concorrente fica obrigado a manter a sua proposta durante um período de 120 dias contados da data limite para a sua entrega, considerando-se este prazo prorrogado por iguais períodos se aquele nada requerer em contrário.

5. Não serão admitidas propostas que não respeitem as cláusulas dos termos de referência. No entanto, uma vez selecionado o candidato vencedor e até à atribuição de título de utilização de DPM, o projeto poderá ser objeto de alteração em função dos pareceres vinculativos das entidades competentes e que serão consultadas no âmbito deste

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procedimento.

Artigo 12.º

Apresentação de propostas variantes

Não é admissível a apresentação de propostas variantes.

Artigo 13.º

Documentos que acompanham a proposta

1. A proposta deverá ser acompanhada de:

a) Declaração na qual os concorrentes indiquem o seu nome, número fiscal de contribuinte, número do bilhete de identidade (ou equivalente) ou de pessoa coletiva, estado civil e domicílio ou, no caso de pessoa coletiva, a denominação social, número de pessoa coletiva, sede, filiais que interessem à execução do contrato, objeto social, nome dos titulares dos corpos sociais e de outras pessoas com poderes para a obrigarem, conservatória do registo comercial onde se encontra matriculada e o seu número de matrícula nessa conservatória; morada para a qual deverá ser remetido qualquer expediente relativo ao concurso e nome da pessoa a contactar, data e assinatura;

b) Curriculum Vitae.

2. A proposta deverá ainda ser acompanhada dos documentos exigidos nos termos das alíneas

seguintes:

a) Para a avaliação da capacidade financeira do concorrente, a proposta deve ser acompanhada de cópia da declaração do IRS ou IRC, relativa aos últimos três anos; b) Para avaliação da proposta no que se refere à capacidade de afetação de meios e

adequação dos mesmos à função a desempenhar, devem ser apresentados os documentos comprovativos considerados convenientes;

c) Outros documentos considerados relevantes para a apreciação das propostas;

d) Os documentos que acompanham as propostas devem ser assinados pelos responsáveis que os emitem;

3. Quando a proposta for apresentada por um agrupamento candidato, as declarações

apresentadas, no âmbito do presente artigo devem ser assinadas pelo representante comum dos membros que integram o referido agrupamento, caso em que devem ser juntos à declaração os instrumentos de mandato emitidos por cada um dos seus membros ou, não existindo representante comum, deve ser assinada por todos os seus membros ou respetivos representantes.

Artigo 14.º

Modo de apresentação das propostas

1. A proposta e os documentos que a acompanham devem ser apresentados com todas as páginas numeradas seguidamente e rubricadas, sendo a última assinada pelo concorrente ou por representante com poderes para obrigar o concorrente, com indicação das medidas que o concorrente se propõe implementar.

2. A proposta e os documentos que a acompanham devem ser redigidas em papel A4 (peças escritas), não devendo as peças desenhadas ultrapassar o formato A1, sem rasuras, entrelinhas ou palavras riscadas, apresentados de forma indecomponível e com todas as páginas numeradas, e estruturados pela ordem constante do artigo 11.º, com indicação das medidas que o concorrente se propõe implementar.

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3. Para além do original, deverão ainda ser apresentadas duas cópias em papel e um exemplar em suporte digital, da proposta e de todos os elementos que a constituem.

4. A proposta e os documentos que a acompanham são obrigatoriamente redigidos em língua portuguesa.

5. A proposta e os documentos que a acompanham, elaborados nos termos do artigo 13.º, são apresentados em invólucro opaco e fechado, em cujo rosto constará a designação

“Procedimento Concursal para a atribuição de título de utilização privativa do Domínio Público Marítimo na Praia de Morgavel – Plano de Ordenamento da Orla Costeira Sines-Burgau”, assim como a referência do procedimento, conforme consta do Anúncio publicado no

Diário da República, e o nome ou denominação do concorrente.

Artigo 15.º

Causas da não atribuição do direito à ocupação

1. Não há lugar à atribuição do direito à ocupação quando todas as propostas apresentadas sejam consideradas inaceitáveis pela entidade concedente.

2. Caso se verifique a não atribuição do direito à ocupação, os concorrentes são notificados da correspondente decisão, das medidas a adotar de seguida e dos respetivos fundamentos.

Artigo 16.º

Emissão do título de utilização dos recursos hídricos

1. O candidato selecionado em primeiro lugar inicia o procedimento conducente ao licenciamento no prazo máximo de um ano.

2. Se o concorrente não der inicio ao procedimento referido no número anterior ou se o pedido for indeferido, é notificado para o mesmo efeito o candidato graduado imediatamente a seguir e assim sucessivamente até se esgotar o prazo de validade do concurso.

3. Após o envio dos elementos que instruem o pedido às entidades competentes (autarquia, capitanias, autoridade de saúde, etc), a APA, I.P. promove uma conferência de serviços para apreciação do pedido, da qual resultará ata que constituirá o parecer final.

4. O processo que for submetido à APA, I.P., para efeitos de emissão do título de utilização dos recursos hídricos, deverá incluir cópia do auto de delimitação do DPM e um levantamento topográfico datado e indexado ao Zero Hidrográfico (ZH), com demarcação da linha máxima de preia-mar de águas vivas equinociais (LMPMAVE 6 ZH), à escala 1:500.

5. A adjudicação só é efetiva após assinatura do título de utilização do DPM, que pressupõe o respeito dos pareceres favoráveis das entidades com jurisdição (autarquias, capitanias, autoridade de saúde, etc) e o cumprimento das determinações emanadas pelos serviços competentes e demais legislação aplicável.

6. A emissão do título de utilização dos recursos hídricos obedecerá ao estipulado na Lei.

Artigo 17.º

Responsabilidade do projeto

1. O projeto de arquitetura deverá ser desenvolvido obrigatoriamente por arquiteto e os projetos de especialidades e infraestruturas deverão ser realizados por técnicos qualificados para o efeito, nos termos da Lei n.º 31/2009, de 03 de julho.

2. A elaboração do projeto deverá obedecer a todos os princípios e pressupostos do Plano de Ordenamento da Orla Costeira Sines-Burgau, devendo possuir total enquadramento naquele instrumento de gestão territorial, cujo regulamento foi publicado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 152/98 de 30 de dezembro (nomeadamente quanto à localização, áreas, definição

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de objetivos, conceitos, materiais a aplicar, etc.). O projeto deverá ainda garantir a articulação com planos, estudos e programas existentes e em curso, promovidos por outras entidades.

Artigo 18.º Local da instalação

A localização do apoio de praia será a constante nas plantas fornecidas com a documentação do procedimento concursal, referentes à Planta de Ordenamento e Gestão da Praia de Morgavel (POOC) e excerto da carta militar n.º 526.

Artigo 19.º

Características e Normas construtivas do apoio de praia

1. As características construtivas do apoio de praia objeto de procedimento concursal estão indicadas na respetiva ficha técnica inserida nos documentos complementares, do presente procedimento.

2. Tendo em consideração o estipulado nos quadros nº 8 e nº 9 do anexo I do regulamento do POOC (RCM n.º 152/98, de 30 de dezembro), o projeto de arquitetura deverá atender às seguintes normas construtivas, para construções ligeiras:

a) Base de Suporte — estruturas sobrelevadas de madeira ou metálicas. b) Estrutura – madeira ou metálica.

c) Paredes e divisórias — Paredes exteriores e divisórias de madeira à vista, devidamente tratada com produtos que a protejam da ação da água e do sol, ou madeira pintada com tintas adequadas; paredes interiores de madeira ou material equivalente, de natureza perecível, revestidas a materiais laváveis e impermeáveis em copas e instalações sanitárias; a superfície exterior deverá ser revestida com madeira à vista ou pintada. d) Cobertura — Inclinada, garantindo o adequado escoamento das águas pluviais; chapa

ondulada com revestimento térmico ou sistema aligeirado equivalente; em terraços ou zonas exteriores poderão ser utilizados toldos, ripados, etc., devendo ser garantida a sua adequada fixação, resistência ao vento e escoamento das águas pluviais.

e) Acessos e estrados — os sistemas de acesso pedonal a empregar (ligação à plataforma existente e passadeiras) serão realizados em ripado de madeira tratada ou material equivalente com juntas não inferiores a 0,02 m, de forma a não impermeabilizar a área afeta, podendo o sistema estrutural a empregar ser em madeira, de qualidade certificada, ou equivalente nas passadeiras do areal.

f) Os estrados ou esplanadas afetos a construções ligeiras e amovíveis serão implantados em condições semelhantes aos descritos na alínea anterior, sobre estacaria adequada, com afastamento mínimo de 0,50 m em relação ao nível do solo.

g)

A informação referente às condições de segurança e assistência a utentes e banhistas

rege-se pela regulamentação específica existente neste domínio.

h)

A construção só poderá dispor de um piso utilizável, sendo interdita a construção de

caves e a altura da fachada máxima é de 3m (artº 54º do regulamento do POOC Sines-Burgau).

i)

O estabelecimento deverá dispor de sistema próprio e autónomo de armazenamento de

águas residuais, sendo admissível a instalação de fossa estanque, preferencialmente em betão armado, bi-compartimentada, com inclinação de fundo na direcção das aberturas de visita, septo de retenção de objectos flutuantes, enterrada, com sistema de controle/alarme de capacidade.

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j)

O esvaziamento da fossa e transporte dos efluentes para ETAR é da responsabilidade do titular.

Artigo 20.º

Dimensionamento, serviços e funções a prestar

1. O apoio de praia deve cumprir as seguintes funções de utilidade pública, nos termos da alínea 1) do art.º 5.º e nº. 2 do art.º 51º do regulamento do POOC:

Núcleo básico de funções e serviços infraestruturados, que integra vestiários, balneários, instalações sanitárias, posto de socorros, comunicações de emergência, informação aos utentes e assistência e salvamento de banhistas, limpeza da praia e recolha de lixo; complementarmente pode assegurar outras funções e serviços, nomeadamente comerciais, com exceção do serviço de restauração.

Dimensionamento (valores máximos):

Área de implantação: 85m2 Cércea:3,00m

Programa Funcional:

Posto de Socorros: 6m2

Comunicações de emergência: uma linha de telecomunicações

Informação aos banhistas: painéis informativos com 1m x 1,2m a 1,2m do solo Recolha de lixos: um caixote de lixo/100m

Comércio de alimentos pré-confecionados, refrigerantes e gelados: 15m2 Instalações sanitárias: 20m2

Vestiários, balneários: 20m2 Comércio de artigos de praia: 9m2 Tabacaria e afins: 9m2

Instalações de guarda: 6m2

Serão admitidos rearranjos desta distribuição de espaços de utilização conjunta, desde que tecnicamente fundamentados e que não ultrapassem a área total de implantação.

2. É obrigação inerente ao apoio de praia a disponibilização do espaço para prestação de primeiros socorros, bem como dos meios que não possam ser assegurados no âmbito da concessão dos toldos, designadamente o fornecimento de água quente e fria.

3. Na ausência de concessão de toldos o titular fica obrigado dispor de pessoal especificamente para as funções de assistência aos banhistas – vigilantes ou monitores – credenciados para as operações de salvamento e prestação de primeiros socorros.

4. Deverá ser expressa na memória descritiva a atividade a desenvolver na área comercial. A atividade referente ao comércio de gelados, refrigerantes e alimentos pré-confecionados, deve obedecer às disposições do regime jurídico da instalação de estabelecimentos de restauração e bebidas e demais legislação aplicável. Fica interdita a confeção de refeições no estabelecimento.

Artigo 21.º Qualidade estética

1. Os projetos devem possuir boa qualidade estética e arquitetónica, devendo ser obrigatoriamente executados e subscritos por arquiteto. A qualidade estética é avaliada em função de dois parâmetros principais: volumetria e composição. São também analisadas características como a estrutura, cobertura, revestimentos e vãos exteriores, pavimentos exteriores e aspeto cromático. 2. Devem ser sempre privilegiados volumes e composições esteticamente equilibradas, que se

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recurso a materiais naturais.

3. No estudo das soluções projetadas deverão ficar salvaguardados os aspectos relacionados com a integração na envolvente próxima.

Artigo 22.º Prevalência

Em caso de dúvidas na interpretação da disciplina aplicável a ordem de prevalência é a seguinte:

a) Legislação aplicável; b) Texto do título de utilização;

c) Edital, Anúncio, Especificações Técnicas do procedimento concursal.

Artigo 23.º Legislação aplicável

Em tudo o que for omisso no presente documento, observar-se-á o disposto nos seguintes diplomas: Resolução do Conselho de Ministros n.º 152/98, de 30 de dezembro; Lei n.º 54/2005, de 15 de novembro; Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro; Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio; Portaria n.º 1450/2007, de 12 de novembro; Lei n.º 50/2006 de 29 de agosto, e restante legislação em vigor.

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ANEXO

Minuta de Requerimento do DPM, para Instalação do Apoio de Praia (documento a enviar à APA, IP, pelo concorrente graduado em 1º lugar, no contexto do licenciamento

da utilização dos recursos hídricos, caso não opte pelo requerimento via “on line”) Exmo. Senhor

Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. Rua da Alcárcova de Baixo N.º 6

Apartado 2031 EC 7001-901 Évora

Assunto: Requerimento de Licença de Utilização dos Recursos Hídricos

Nome/Denominação social ____________________________________________________,

estado civil ___________________, profissão _____________________________________, identificação fiscal n.º __________________, bilhete de identidade n.º _______________, emitido em ____/____/_______, pelo arquivo de identificação de _________________, com residência/sede em_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________, código postal ______-____ _____________, na localidade de _________________________________, freguesia de

___________________________, concelho de ___________________________________,

telefone ___________________, telemóvel _____________________, fax ___________________ e-mail _____________________________________________, vem requerer, nos termos do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio, a licença de utilização dos recursos hídricos

para instalação e exploração de apoio de praia.

Para o efeito junta-se em anexo a informação necessária1.

1Anexo-A relativo à minuta de “licença de utilização dos recursos hídricos sujeita a concurso” e de acordo com o tipo de utilização em causa.

(13)

ANEXO-A

ELEMENTOS NECESSÁRIOS À INSTRUÇÃO DO PEDIDO DE TITULO DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

APOIOS DE PRAIA E EQUIPAMENTOS

I – LOCALIZAÇÃO

Prédio: urbano rústico misto, denominado __________________________, no concelho de _____________________________, freguesia de _______________________________, descrito sob o artigo ____ da Conservatória do Registo Predial de(se aplicável) ______ e inscrito na matriz (se aplicável) ________. Local _____________________ Freguesia _____________________ Concelho _______________________ Carta militar n.º ______ (1:25 000) Coordenadas Hayford-Gauss militares (metros) M =_________ P =_______

águas costeiras

Denominação _____(p. exp. apoio de praia de Morgave)___

II – CARACTERIZAÇÃO Quando aplicável:

Abastecimento água consumo: sistema individual ligação à rede municipal outro ________________ Destino final das águas residuais: sistema individual ligação à rede municipal outro ______________

III – ELEMENTOS A ANEXAR:

1. Título de propriedade dos terrenos ou, não sendo o proprietário, documento que confere o direito à sua utilização. Quando este documento não consubstancie um contrato de arrendamento, deverá o requerente juntar declaração do proprietário do terreno, bem como cópia do título de propriedade (se aplicável). 2. Cópia do auto de delimitação do domínio público marítimo (se aplicável).

3. Memória descritiva e justificativa do projeto que inclua (em triplicado):

• Indicação da localização;

• Projeto e memória descritiva, com indicação das infraestruturas de água, esgotos e eletricidade, quando aplicáveis;

• Áreas de construção, áreas cobertas, tipo de materiais, tipo de cobertura, tipo de equipamentos e acabamentos exteriores;

• Levantamento topográfico datado e indexado ao Zero Hidrográfico (ZH), com demarcação da linha máxima de preia-mar de águas vivas equinociais (LMPMAVE 6 ZH), à escala 1:500;

• Função e serviço a prestar.

Declaro nos termos e para efeitos do nº2 do artigo 14º do D.L. nº 226-A/2007 de 31 de maio, que todas as informações prestadas, para obtenção de um título de utilização dos recursos hídricos, são verdadeiras e não omitem qualquer informação relevante.

_______________________, _____ de __________________________ de 20____

________________________________________

(14)

DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Ficha Técnica, Planta de Ordenamento e Gestão da Praia de Morgavel (POOC) e excerto da Carta Militar n.º 526.

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