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Envolvimento paterno aos três anos da criança em situação de depressão paterna

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Academic year: 2021

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(1)

Envolvimento paterno aos três anos

da criança em situação de depressão

paterna

Júlia Scarano de Mendonça Vera Sílvia Raad Bussab Universidade de São Paulo

(2)

de Mendonça et al., (2013). Family Science. Mães - depressão associada à negatividade Pais - depressão associada à maior proximidade na família.

(3)

Resultados intrigantes!!

 estudos mostram prejuízo da interação

mãe-criança, na presença de depressão da mãe, e pai-criança na presença de depressão do pai.

(4)

Comentário de Shawna J

.

LEE (2013),

Family Science.

1. a depressão leve pode levar os

pais a focar em valores que eles

considerem importantes para os filhos (no

caso da cultura brasileira poderia ser a aproximação da família)

(Wilson, Woods, & Schmidt, 2001).

2. Importância da família na cultura brasileira.

(5)

 No nosso estudo foram usados

instrumentos de autorrelato que

podem ser influenciados pela própria vivência da depressão.

É possível que a observação direta da

(6)

OBJETIVO

Compreender o envolvimento do pai

com a criança de três anos, no contexto da depressão paterna, por meio da

observação direta da interação

(7)

Hipótese

Na presença de depressão do pai,

esperamos encontrar maior sincronia

interacional pai-criança(baseada nos

nossos resultados anteriores)

(8)

Projeto Temático Fapesp

(Otta, Bussab, & Morais, 2006)

46 díades pai-criança; situação de jogo livre aos 36 meses da criança.

Medidas de depressão paterna foram colhidas aos 36 meses da criança.

(9)

Medida de depressão

Escala de Depressão Pós Natal de

Edinburgh (EDPE) - Cox, Holden & Sagovsky

(1987), validada no Brasil por Santos et al. (1999).

 Questionário com 10 itens;

ex. Eu tenho sido capaz de rir e achar

graça nas coisas (escala de 0 a 3).

Sujeitos com escores = ou > 11 foram

(10)

Fatores da EDPE

(McVey & Tuohy, 2007)

Fator 1- Sintomas de depressão (4 questões)

Tenho me sentido tão infeliz que durmo mal; Tenho me sentido triste ou muito infeliz; Tenho me sentido tão infeliz que choro; Tive ideias de fazer mal a mim mesma.

Fator 2 – Anedonia (2 questões)

Não tenho sido capaz de rir e ver o lado divertido das coisas; Não tenho tido esperança no futuro.

Fator 3 – Sintomas de ansiedade (3 questões)

Tenho me culpado sem necessidade quando as coisas correm mal; Tenho estado ansiosa ou preocupada sem motivo; Tenho me sentido com medo ou muito assustada, sem motivo.

(11)

Codificação da interação social

Taxonomy of Interactional Synchrony

de Mendonça, Bourçois, V., Sinclair, F., & Strayer, F. F. (2015).

Taxonomy of Interactional Synchrony. Boston: Database record – PsycTESTS, American Psychological Association, E.U.A.

(12)

Taxonomy of Interactional

Synchrony

Distance

 4. less than 10 cm between the social partners  3. between 10 cm and 1 m

 2. between 1 and 2 m  1. more than 2 m  Visual orientation

 4. the social partners look at each other

 3. the social partners look in the same direction

 2. unilateral, child looks at parent or parent looks at child  1. the social partners look in different directions

Upper body orientation

 4. the social partners face each other

 3. the social partners face the same direction

 2. unilateral, child faces parent or parent faces child  1. the social partners face different directions

Dyadic involvement

 4. joint activity (involving manipulation of the same object)  3. joint attention (involving attention but no manipulation)

 2. unilateral behavior (initiation of gesture or talk with no response)  1. no involvement

(13)

Resultados

 Quanto mais sintomas de depressão,

maior proximidade física do pai com a criança.

(14)

Resultados

-

Depressão do pai

Interação Pai-Tabela de correlação

criança

EDPE

TOTAL EDPE-F1 Sintomas depress

EDPE-F2

anedonia EDPE-F3 ansiedade

Distância .226 P=.131 .324* P=.030 ns .223 P=.141 Orientação visual ns .213 P=.159 ns ns Orientação corporal ns ns ns ns Envolvimen to diádico ns ns ns ns

(15)

Função da depressão materna

DPP como estratégia inconsciente de

barganha da mãe deprimida para

aumentar o apoio social com predição

de aumento no investimento paterno.

(16)
(17)

Função da depressão paterna-hipótese

 (1) a literatura indica a associação entre a depressão da

mãe e do pai no período pós-parto; a depressão da mãe é considerada o maior fator de risco para a depressão do pai;

 (2) com as nossas análises, vimos que a depressão do pai

pode trazê-lo para perto da família;

(3) portanto, é possível pensar que a depressão

pós-parto da mãe induza sintomas de depressão no pai, faciltando a sua aproximação na família. A depressão

severa do pai, porém, dificulta a sua interação na família.

(18)

A depressão paterna é o “missing link”

entre a DPP e o aumento no investimento paterno?

A depressão paterna facilitaria o aumento do investimento paterno?

(19)

Variação do comportamento

paternal

(20)

Paradoxo do comportamento paterno facultativo (Hyrd, 2014)

 Os homens tem o potencial hormonal para

cuidar, mas não expressam sempre o comportamento de cuidado

 Em resposta aos bebês, os pais apresentam:

1. aumento nos níveis de oxitocina

comparável ao encontrado nas mães

2. aumento nos níveis de prolactina

(hormônio do cuidado) (apesar de menor do que em mães)

(21)

Testosterona X cuidado paterno

 Níveis mais baixos de testosterona são

associados à:

1. resposta maior do comportamento paterno 2. menos comportamento agressivo

3. foco maior no cuidado

4. maior apego com os bebês

(Alvergne et al., 2009; Wynne-Edwards KE., 2001; Clark & Galef, 1999)

(22)

Testosterona x depressão

 Correlação entre nível de testosterona mais

baixo e depressão no homem com idade =ou > que 45.

 Outros estudos são necessários para verificar

se esse padrão é também encontrado em homens deprimidos no pós-parto.

(23)

Flexibilidade do cérebro do pai

 Os componentes neurais subjacentes ao

comportamento de cuidado estão presentes tanto nas mães como nos pais.

 Abraham et al. (2014) oferecem evidência de

que o cérebro masculino é plástico e flexível,

funcionando de acordo com o papel que assume na família.

(24)

Flexibilidade do comportamento

parental

Segundo Storey e Walsh (2011) o

comportamento de cuidado

paterno é flexível e mais aberto à

negociação para maximizar o seu

sucesso reprodutivo do que o

comportamento materno (alguns pais

irão aumentar e outros irão diminuir

a quantidade de cuidado).

(25)

Teoria de Investimento Parental

de Trivers (1972)

 Diferenças nas estratégias reprodutivas de homens

(acasalamento) e mulheres (cuidado), explicam o investimento parental.

 Apesar do homem ter o potencial para cuidar, ele só irá

exercer o cuidado paternal se os benefícios (promover o bem estar da criança de forma a maximizar o seu potencial reprodutivo futuro) ultrapassar o custo do cuidado (perder oportunidades de acasalamento).

(26)

Teoria de Investimento Parental

de Trivers (1972)

 Trivers sugere que os pais “calculam”

inconscientemente que, no caso da DPP materna, o aumento do investimento de cuidado pode aumentar o seu sucesso reprodutivo.

 Porém, em outras situações, o pai pode

“calcular” que reduzir o investimento é melhor.

(27)

Esse “cálculo” não será a depressão paterna?

(28)

Compreensão da depressão paterna como um mecanismo subjacente evoluído

desencadeado pela depressão materna com função de aumentar o investimento paterno

(29)

Obrigada!!

juliascamendonca@gmail.com

Obrigada!!

Referências

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