REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO
ORÇAMENTO DO ESTADO
ANO 2012
______________________________
3. Receitas do Estado
4. Financiamento do Défice
5. Despesas do Estado
5.1. Despesas de Funcionamento
5.1.1. Despesa de Funcionamento por Âmbitos e Fonte de Recursos
5.2. Despesa de Investimento
5.2.1. Despesa de Investimento por Âmbitos e Fonte de Recursos
5.3. Despesa dos Sectores Prioritários
5.4. Despesa Total Segundo a Classificação Funcional
5.5. Operações Financeiras
QUADROS DO RELATÓRIO
Quadro 1 – Equilíbrio Orçamental
Quadro 2 – Receitas do Estado
Quadro 3 – Contribuição dos Mega Projectos
Quadro 4 – Desembolsos de Financiamento Externo, por Donativos e Créditos
Quadro 5 – Financiamento do Défice
Quadro 6 – Despesas do Estado
Quadro 7 – Despesa de Funcionamento, segundo a classificação económica, em comparação com a
dotação orçamental anual e a realização em igual período do ano anterior
Quadro 8 – Despesa de Funcionamento, por âmbito e fonte de recursos
Quadro 9 – Despesa de Funcionamento por âmbitos em comparação com a dotação orçamental e a
realização do ano anterior
Quadro 10 – Despesa de Investimento, segundo a origem do financiamento, em comparação com a
dotação orçamental anual e a realização em igual período do ano anterior
Quadro 11 – Componente Externa de Investimento, por origem e modalidade de financiamento
Quadro 12 – Despesa de Investimento por âmbito e fonte de recursos
Quadro 13 – Componente Interna do Investimento por Âmbitos, em comparação com a dotação
orçamental e a realização do ano anterior
Quadro 14 – Componente Externa do Investimento por Âmbitos, em comparação com a dotação
orçamental e a realização do ano anterior
Quadro 15 – Despesa dos Sectores Prioritários
Quadro 16 – Despesa Total Segundo a Classificação Funcional
Quadro 17 – Operações Financeiras, em comparação com a dotação orçamental e a realização do ano
anterior
Quadro 18 – Empréstimos por Acordos de Retrocessão, por Fonte de Financiamento e Beneficiário
Quadro 19 – Amortização de Dívida Pública
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Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
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Mapas Globais
Mapa I – Receitas do Estado, segundo a classificação económica, em comparação com a previsão
Mapa I-1 – Receitas Próprias previstas e cobradas
Mapa II – Desembolsos/Entradas de Financiamento Externo
Mapa II-1 – Financiamento do Défice, segundo a classificação económica, em comparação com a
previsão
Mapa III – Resumo da Despesa segundo a classificação funcional, em comparação com a dotação
orçamental
Mapas de Despesa de Funcionamento
Mapa IV-1 – Despesa de Funcionamento, segundo a classificação económica, em comparação com a
dotação orçamental - âmbitos central, provincial, distrital e autárquico
Mapa IV-1-1 – Despesa de Funcionamento, segundo a classificação económica e territorial, em
comparação com a dotação orçamental – âmbito provincial
Mapa IV-1-2 – Despesa de Funcionamento, segundo a classificação económica e territorial, em
comparação com a dotação orçamental – âmbito distrital
Mapa IV-1-3 – Despesa de Funcionamento, segundo a classificação económica e territorial, em
comparação com a dotação orçamental – âmbito autárquico
Mapa IV-2 – Despesa de Funcionamento, segundo as classificações económica e de fonte de recursos,
em comparação com a dotação orçamental – âmbitos central, provincial, distrital e autárquico
Mapa IV-3 – Despesa de Funcionamento, segundo as classificações orgânica e de fonte de recursos, em
comparação com a dotação orçamental - âmbito central, provincial, distrital e autárquico
Mapa IV-4 – Despesa de Funcionamento, segundo as classificações orgânica e económica, em
comparação com a dotação orçamental - âmbitos central, provincial e distrital
Mapas de Despesa de Investimento
Mapa V-1 – Despesa de Investimento, segundo a classificação económica, em comparação com a
dotação orçamental - âmbitos central, provincial e distrital
Mapa V-1-1 – Despesa de Investimento (Componente Interna), segundo a classificação económica e
territorial, em comparação com a dotação orçamental – âmbito provincial
Mapa V-1-2 – Despesa de Investimento (Componente Externa), segundo a classificação económica e
territorial, em comparação com a dotação orçamental – âmbito provincial
Mapa V-1-3 – Despesa de Investimento (Componente Interna), segundo a classificação económica e
territorial – âmbito distrital
Mapa V-1-4 – Despesa de Investimento (Componente Externa), segundo a classificação económica e
territorial – âmbito distrital
Mapa V-2 – Despesa de Investimento, segundo as classificações orgânica e de fonte de recursos, em
comparação com a dotação orçamental – Financiamento Interno - âmbitos central, provincial, distrital e
autárquico
Mapa V-2-1 – Despesa de Investimento, segundo as classificações orgânica e de fonte de recursos, em
comparação com a dotação orçamental – âmbito central
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Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
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Mapa V-2-3 – Despesa de Investimento, segundo as classificações orgânica e de fonte de recursos, em
comparação com a dotação orçamental – âmbito distrital
Mapa V-2-4 – Despesa de Investimento, segundo as classificações orgânica e de fonte de recursos, em
comparação com a dotação orçamental – âmbito autárquico
Mapa V-3 – Despesa de Investimento, segundo as classificações orgânica e de fonte de recursos, em
comparação com a dotação orçamental - Financiamento Externo - âmbitos central, provincial, distrital e
autárquico
Mapa V-4 – Despesa da componente externa do investimento, segundo as classificações orgânica e de
fonte de recursos e por projectos, em comparação com a dotação orçamental - âmbito central, provincial e
distrital
Mapa das Despesas dos Sectores Prioritários
Mapa VI – Despesas dos Sectores Prioritários, segundo a classificação orgânica, em comparação com a
dotação orçamental
Mapa de Operações Financeiras
Mapa VII – Operações Financeiras, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação
orçamental
ANEXOS INFORMATIVOS
Anexo Informativo 1 – Cobrança do Crédito Mal Parado do Banco Austral
Anexo Informativo 2 – Movimento dos Créditos do Estado
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Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
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O presente Relatório apresenta a execução do Orçamento do Estado e o resultado da actividade
financeira no período de Janeiro a Junho de 2012, nos termos estabelecidos pela Lei n.º 9/2002, de 12 de
Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE) e pelo Decreto n.º
23/2004, de 20 de Agosto, que aprova o Regulamento do SISTAFE.
Na primeira parte deste Relatório apresenta-se a análise dos dados da execução orçamental, organizada
e estruturada da seguinte forma:
Equilíbrio Orçamental apurado no período, em comparação com o orçamentado para o ano;
Receitas do Estado, segundo a classificação económica, em comparação com a previsão anual
e a cobrança em igual período do ano anterior, evidenciando as Receitas Próprias dos diversos
serviços e administrações distritais;
Financiamento do Défice, em comparação com a previsão anual, bem como os respectivos
desembolsos, por origens e naturezas;
Despesas de Funcionamento, em comparação com a dotação orçamental e a realização em
igual período do ano anterior, distribuídas pelos diferentes âmbitos e segundo as classificações
económica, orgânica, de fonte de recursos e territorial;
Despesas de Investimento, nos mesmos moldes das despesas de funcionamento, incluindo a
componente externa do investimento por projecto;
Despesas dos Sectores Prioritários, segundo a classificação orgânica, em comparação com a
dotação orçamental;
Despesas Segundo a Classificação Funcional, em comparação com a dotação orçamental;
Operações Financeiras, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação
orçamental; e
Adiantamentos por Operações de Tesouraria, segundo classificações orgânica e económica.
No que se refere a despesas de investimento e operações financeiras activas com financiamento externo
que não transita pela Conta Única do Tesouro (CUT), o procedimento utilizado para a sua incorporação
na execução orçamental e, consequentemente, a forma como aparece neste Relatório é o seguinte:
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Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
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SISTAFE, com base nessa comunicação (investimento ou operações financeiras activas,
consoante o caso) e receitados com a devida classificação económica;
Os desembolsos de donativos externos, para pagamento directo aos fornecedores de bens e
serviços para projectos de investimento do Orçamento do Estado, quando comunicados à
Contabilidade Pública pelo sector beneficiário e inscritos no Orçamento do Estado, são também
incorporados e receitados, como referido anteriormente;
A despesa de investimento realizada com donativos externos, depositados em contas bancárias à
ordem do utilizador, isto é, ordenada pela instituição responsável pela execução do projecto,
quando inscrita no Orçamento do Estado, é incorporada com base na informação processada
pelo sector, segundo o modelo estabelecido pela Direcção Nacional da Contabilidade Pública, e
receitada, como nos outros casos.
Por força deste procedimento, nem toda a informação sobre o financiamento externo pode ser
processada e liquidada no e-SISTAFE dentro do período a que se refere, mas, dado que o Relatório é
publicado até 45 dias após o fim desse período, a mesma é integrada como despesa por liquidar,
procedendo-se à sua incorporação no sistema no período seguinte.
Para facilitar a compreensão, a seguir se explica o significado de algumas rubricas e classificações
utilizadas no Relatório:
Adiantamento de Fundos é a concessão de fundos aos órgãos e instituições que não executam
os respectivos orçamentos por via directa, para a realização das despesas programadas para um
determinado período, a qual obedece à classificação económica por agregados de despesa;
Adiantamento por Operações de Tesouraria é o adiantamento de fundos para a realização de
despesas de carácter urgente e inadiável, quando não seja possível liquidá-la de imediato;
Contravalores Consignados a Projectos correspondem aos valores dos fundos externos
utilizados para a realização de projectos de investimento inscritos no Orçamento do Estado;
Contravalores não Consignados são os contravalores dos donativos e créditos externos
transferidos para a CUT;
Despesa Liquidada é a despesa efectuada pelo valor definitivo da prestação de contas, com a
devida classificação orçamental desagregada;
Serviço da Dívida é o valor adiantado para o pagamento de juros e amortização da dívida. Este
difere do efectivamente pago pelo Banco de Moçambique, na medida em que este retém numa
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Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
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moeda externa, transferências, recepção da confirmação de pagamento, etc.
Na segunda parte apresentam-se os Mapas de Execução Orçamental, subdivididos em Mapas Globais,
Mapas de Defesas de Funcionamento, Mapas de Despesas de Investimento, Mapas de Despesas de
Sectores Prioritários, Mapas de Operações Financeiras e Mapas de Adiantamento de Fundos por
Operações de Tesouraria.
Na terceira e última parte do Relatório apresentam-se o Anexo Informativo sobre a Cobrança do Crédito
Mal Parado do Banco Austral, o Anexo Informativo sobre o Movimento dos Créditos do Estado e o Anexo
Informativo sobre as Alterações Orçamentais.
2. EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL
O Orçamento do Estado para 2012, aprovado através da Lei n.º 1/2012, de 13 de Janeiro, estabeleceu os
seguintes montantes globais:
a) Receitas do Estado 95.538,0 milhões de Meticais;
b) Despesas do Estado 163.035,4 milhões de Meticais; e
c) Défice 67.497,4 milhões de Meticais.
Os limites das Despesas do Estado foram fixados em 84.462,0 milhões de Meticais para as Despesas de
Funcionamento, 65.517,8 milhões de Meticais para as Despesas de Investimento e 13.055,6 milhões de
Meticais para as Operações Financeiras.
Para a cobertura do Défice Orçamental foi prevista a mobilização de donativos externos no valor de
34.718,6 milhões de Meticais e a contracção de créditos no valor de 32.778,9 milhões de Meticais, sendo
3.150,1 milhões de Meticais de créditos internos e 29.628,8 milhões de Meticais de créditos externos.
A execução do Orçamento do Estado foi feita na base do preceituado nos artigos 6 e 7 da lei orçamental
e em obediência aos limites orçamentais estabelecidos. Assim, nos termos do número 1 do artigo 6 da Lei
n.º 1/2012, de 13 de Janeiro, o Governo foi autorizado a usar os recursos extraordinários para a cobertura
do défice, pagamento da dívida pública e financiamento de projectos de investimento prioritários. O
número 2 do mesmo artigo estabelece que em caso de ocorrência de excesso de arrecadação ou
transição de saldos financeiros do exercício anterior, os órgãos e instituições do Estado que possuam
receitas próprias e/ou consignadas, devidamente inscritas no Orçamento do Estado podem,
excepcionalmente, requerer ao Governo o alargamento da sua receita e despesa. Por seu turno, o artigo
7 da mesma lei autoriza o Governo a proceder a transferências de dotações orçamentais dos órgãos e
instituições do Estado.
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Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
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Classifi-cação
Orçamento Realização
%
%
Económica
Anual
Jan-Jun
Realiz.
Inicial
Actual % Peso
Valor
% Peso Realiz.
Recursos Internos
81,776.6
39,137.8
47.9
98,688.1
98,688.1
60.5
43,567.3
74.3
44.1
Receitas do Estado
79,158.0
39,137.8
49.4
95,538.0
95,538.0
58.6
43,567.3
74.3
45.6
Empréstimos Internos
2,618.6
0.0
0.0
3,150.1
3,150.1
1.9
0.0
0.0
0.0
Recursos Externos
59,980.6
24,811.9
41.4
64,347.3
64,347.3
39.5
15,084.1
25.7
23.4
Donativos
35,284.5
20,405.3
57.8
34,718.6
34,718.6
21.3
9,128.9
15.6
26.3
Créditos
24,696.1
4,406.6
17.8
29,628.8
29,628.8
18.2
5,955.2
10.2
20.1
Total de Recursos
141,757.2
63,949.7
45.1
163,035.4 163,035.4 100.0
58,651.3
100.0
36.0
Despesas de Funcionamento
74,968.9
36,665.8
48.9
84,462.0
84,968.9
51.9
39,164.0
66.7
46.1
Despesas de Investimento
66,424.5
17,786.4
26.8
65,517.8
65,775.1
40.2
17,383.5
29.6
26.4
Componente Interna
22,254.5
8,100.7
36.4
24,261.0
24,518.3
15.0
9,423.8
16.0
38.4
Componente Externa
44,170.0
9,685.7
21.9
41,256.8
41,256.8
25.2
7,959.7
13.6
19.3
Operações Financeiras
6,694.3
1,865.3
27.9
13,055.6
13,055.6
8.0
2,178.3
3.7
16.7
Activas
4,455.8
980.4
22.0
10,239.5
10,239.5
6.3
832.8
1.4
8.1
Passivas
2,238.5
884.9
39.5
2,816.1
2,816.1
1.7
1,345.5
2.3
47.8
Total de Despesa
148,087.7
56,317.5
38.0
163,035.4 163,799.6 100.0
58,725.9
100.0
35.9
Variação de Saldos
-6,330.5
7,632.2
0.0
-764.2
-74.5
Total de Aplicações
141,757.2
63,949.7
45.1
163,035.4 163,035.4
58,651.3
36.0
Quadro 1 - Equilíbrio Orçamental
(Em Milhões de Meticais)
Realiz. Jan-Jun
Ano 2011
Orçamento Anual
Ano 2012
Os valores negativos relativos a variação de saldos, nas colunas dos orçamentos anuais, correspondem a
reforços de dotações orçamentais das despesas associadas a Receitas Próprias e Receitas Consignadas,
efectuados nos termos do disposto no artigo 6 da Lei n.º 1/2012, de 13 de Janeiro, anteriormente
mencionado.
Os recursos mobilizados atingiram o montante de 58.651,3 milhões de Meticais, correspondente a 36,0%
do orçamento anual, tendo os recursos internos atingido 43.567,3 milhões de Meticais e os externos
15.084,1 milhões de Meticais, correspondentes a 44,1% e 23,4%, respectivamente.
A arrecadação de recursos internos representa 74,3% do total dos recursos mobilizados, tendo os
recursos externos atingido o equivalente a 25,7%, sendo 15,6 em donativos e 10,2% em créditos. O nível
de realização dos recursos externos corresponde a 23,4% da meta anual, facto que se explica pelo baixo
nível de desembolso tanto de donativos como de créditos.
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Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
8
As aplicações atingiram no período em análise o montante de 58.725,9 milhões de Meticais,
correspondente a 35,9% do orçamento anual, tendo as Despesas de Funcionamento atingido 39.164,3
milhões de Meticais, as Despesas de Investimento 17.383,5 milhões de Meticais e as Operações
Financeiras 2.178,3 milhões de Meticais, correspondentes a 46,1%, 26,4% e 16,7%, respectivamente. As
despesas totais realizadas no período ultrapassaram o total dos recursos mobilizados em 74,5 milhões de
Meticais, tendo a diferença sido financiada pelos saldos transitados do exercício anterior.
O nível de realização das Despesas de Funcionamento representa 66,7% das despesas totais, tendo as
Despesas de Investimento atingido o equivalente a 29,6% e as Operações Financeiras 3,7%, conforme
mostra o gráfico seguinte:
Receitas do Estado
74.3%
Donativos Externos
15.6%
Créditos Externos
10.2%
Gráfico 1 - Estrutura de Recursos
Despesas de
Funcionamento
66.7%
Despesas de
Investimento
29.6%
Operações
Financeiras
3.7%
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Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
9
As receitas cobradas no período em análise atingiram o montante de 43.567,3 milhões de Meticais,
correspondente a 45,6% da previsão anual e a um crescimento nominal de 11,3% em relação a igual
período do exercício anterior, conforme se apresenta no Mapa I e se resume no Quadro 2, por grupo de
receitas, em comparação com a previsão e a cobrança em igual período do ano anterior:
Variação
Classificação Económica
Orçamento Cobrança
%
Orçamento
Anual
Cobrança
%
2011/12
Anual
Jan-Jun
Realiz
Anual
Jan-Jun
Realiz
(%)
RECEITAS CORRENTES
77,187.0
38,128.2
49.4
92,998.5
42,806.1
46.0
12.3
Receitas Fiscais
66,775.0
32,797.1
49.1
80,441.7
37,193.9
46.2
13.4
Impostos s/ o Rendimento
22,687.2
11,565.2
51.0
27,854.4
15,330.9
55.0
32.6
Impostos s/ Bens e Serviços
41,417.1
19,819.7
47.9
49,327.4
20,382.1
41.3
2.8
Nas operações internas
15,274.0
7,704.6
50.4
18,369.4
8,163.9
44.4
6.0
Nas operações externas
26,143.1
12,115.1
46.3
30,958.0
12,218.1
39.5
0.9
Outros Impostos
2,670.7
1,412.2
52.9
3,259.9
1,480.9
45.4
4.9
Receitas Não Fiscais
5,533.0
2,397.2
43.3
6,530.9
2,810.9
43.0
17.3
Sendo: Receitas Próprias
3,114.8
1,408.0
45.2
3,122.1
1,565.1
50.1
11.2
Receitas Consignadas
4,879.0
2,933.9
60.1
6,025.9
2,801.3
46.5
-4.5
Sendo: Taxas sobre os Combustíveis
2,764.0
1,624.4
58.8
3,465.4
1,694.2
48.9
4.3
RECEITAS DE CAPITAL
1,971.0
1,009.7
51.2
2,539.5
761.2
30.0
-24.6
Alienação de Bens
0.5
86.8
17420.2
8.4
25.5
302.8
-70.6
Alienação do Património do Estado
0.5
86.8
17420.2
8.4
25.5
302.8
-70.6
Outras Receitas de Capital
1,970.5
922.9
46.8
2,531.1
735.7
29.1
-20.3
Dividendos
1,208.0
160.3
13.3
239.1
49.1
Outras
762.5
762.5
100.0
2,531.1
496.6
19.6
-34.9
Total
79,158.0
39,137.8
49.4
95,538.0
43,567.3
45.6
11.3
Fonte: Autoridade Tributária de Moçambique
Quadro 2 - Receitas Cobradas
Ano de 2011
(Em Milhões de Meticais)
Ano de 2012
O desempenho das Receitas do Estado está associado ao comportamento observado nos grupos de
Receitas Fiscais, Receitas Não Fiscais e Receitas Consignadas, os quais atingiram taxas de realização
de 46,2%, 43,0% e 46,5%, respectivamente.
A cobrança dos Impostos sobre o Rendimento atingiu o montante de 15.330,9 milhões de Meticais,
equivalente a 55,0% da previsão anual e a um crescimento nominal 32,6% em relação a igual período de
2011, tendo concorrido para este bom desempenho:
Recuperação de receita por via de análise de processos de contas de anos anteriores;
Verificação e correcção pontual das Declarações Anuais de Rendimento e de Informação
Contabilística e Fiscal (Modelos 10, 20 e 22);
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Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
10
Pagamentos por conta efectuados por empresas com período de tributação diferente;
Tributação de rendimentos dos não residentes;
Fiscalização de contratos de arrendamento; e
Controlo dos faltosos.
A cobrança dos Impostos sobre Bens e Serviços situou-se em 20.382,1 milhões de Meticais, o
equivalente a 41,3% da meta fixada para o ano, tendo registado um crescimento nominal de 2,8%
relativamente a igual período de 2011, influenciado pelo IVA e pelo Imposto sobre Consumos Específicos
de Produtos Importados.
A cobrança de Outros Impostos atingiu o montante de 1.480,9 milhões de Meticais, representando 45,4%
da previsão anual e um crescimento de 4,9%, em termos nominais, relativamente a igual período de 2011.
O bom desempenho registado neste grupo de impostos está associado ao imposto sobre a produção,
justificado pelo seguinte:
Aumento no valor de pagamento da Taxa de Licenciamento para a actividade Mineira, cobrado
através do Imposto de Superfície;
Regularização de valores dos anos anteriores do Imposto de Produção do Petróleo; e
Início da exportação do carvão pela Vale Moçambique, que implicou o aumento do imposto sobre
a produção mineira.
A cobrança das Receitas Não Fiscais, que compreendem as Taxas Diversas de Serviços, Compensação
de Aposentação e Outras Receitas não Fiscais, alcançou o valor de 2.810,9 milhões de Meticais,
representando 43,0% da previsão anual e um crescimento nomial de 17,3%, em relação a igual período
de 2011.
As Receitas Consignadas atingiram o montante de 2.801,3 miilhões de Meticais, equivalentes a 46,5% da
previsão anual e a um decréscimo de 4,5% relativamente ao período homólogo do exercício anterior,
facto que se explica pela entrega irregular das receitas cobradas pelos órgãos e instituições do Estado às
Direcções de Área Fiscal.
As Receitas de Capital registaram uma realização de 761,2 milhões de Meticais, correspondente a 30,0%
da meta anual, tendo registado um decréscimo de 24,6% em termos nominais quando comparado com
igual período de 2011, o que se explica pelo facto de no primeiro trimestre de 2011 ter havido uma receita
extraordinária no valor de 494,2 milhões de Meticais, resultante da taxa de concessão da licença de
exploração da terceira operadora de telefonia móvel.
______________________________
Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
11
Fiscais, as Receitas Consignadas, os Outros Impostos e as Receitas de Capital contribuído
respectivamente com 6,5%, 6,4%, 3,4% e 1,7% da receita total, conforme se mostra no gráfico seguinte:
A contribuição dos Mega Projectos no período em análise foi de 2.432,6 milhões de Meticais, equivalente
a 5,6% da receita total cobrada, tendo registado um crescimento nominal de 92,5% relativamente a igual
período do exercício anterior, conforme se pode observar na nota b/ ao Mapa I e se resume no Quadro 3:
Megaprojectos
Jan-Jun 2011 Jan-Jun 2012
Variação
Produção de Energia
297.6
505.0
69.7%
Exploração de Petróleo
379.8
765.1
101.5%
Exploração de Recursos Minerais
370.0
887.9
140.0%
Outros
216.0
274.5
27.1%
Total
1,263.4
2,432.6
92.5%
Receita Total
39,137.8
43,567.3
11.3%
Contribuição dos Megaprojectos
3.2%
5.6%
Fonte: Autoridade Tributária de Moçambique
(Em Milhões de Meticais)
Quadro 3 - Contribuição dos Megaprojectos
O nível de realização alcançado nos Mega Projectos resultou do trabalho de recuperação de receitas de
anos anteriores, do aumento do imposto sobre a produção mineira, bem como do aumento de dividendos
e da taxa de concessão.
Imposto s/ o
Rendimento
35.2%
Imposto s/ Bens e
Serviços
46.8%
Outros Impostos
3.4%
Receitas Não Fiscais
6.5%
Receitas
Consignadas
6.4%
Receitas de Capital
1.7%
______________________________
Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
12
Os desembolsos em donativos e em créditos externos para o Financiamento do Défice atingiram o valor
de 15.084,1 milhões de Meticais, equivalente a 23,4% da previsão anual, com a composição que se
mostra no Mapa II e se resume no Quadro 4 abaixo, por fontes e modalidades:
Previsão
Reali-
% de
Previsão
Reali-
% de
Previsão
Reali-
% de
Anual
zação
Realiz.
Anual
zação
Realiz.
Anual
zação
Realiz.
Apoio ao Orçamento a/
9,698.8
4,467.3
46.1
3,553.1
3,123.6
87.9
13,251.9
7,591.0
57.3
Financiamento Via CUT
10,416.0
2,551.3
24.5
3,936.9
158.1
4.0
14,352.9
2,709.4
18.9
Financiam. Fora da CUT
14,603.8
2,110.3
14.5
12,299.9
1,971.7
16.0
26,903.7
4,082.0
15.2
Acordos de Retrocessão
0.0
0.0
9,838.7
701.7
7.1
9,838.7
701.7
7.1
Total
34,718.6
9,128.9
26.3
29,628.6
5,955.2
20.1
64,347.1
15,084.1
23.4
a/ - Inclui Reembolsos e Ajuda Alimentar no valor de 109,9 milhões de Meticais e 259,6 milhões de Meticais, respectivamente.
Fonte: DNT, MEX e Sectores
Donativos
Créditos
Desembolsos Totais
Quadro 4 - Desembolsos de Financianmento Externo
(Em Milhões de Meticais)
Os desembolsos externos em donativos atingiram o montante de 9.128,9 milhões de Meticais e em
créditos 5.955,2 milhões de Meticais, correspondentes respectivamente a 26,3% e 20,1% da previsão
anual, tendo os desembolsos para Apoio Directo ao Orçamento atingido uma realização de 57,3%, o
Financiamento a Projectos via CUT 18,9%, o Financiamento a Projectos fora da CUT 15,2% e os
desembolsos para Acordos de Retrocessão 7,1% da previsão anual.
______________________________
Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
13
pelo doador/credor foram utilizados 19.157,2 milhões de Meticais, com a composição que se mostra no
Mapa II-1 e se resume no Quadro 5:
Valor
Peso
Valor
Peso
Valor
Peso
Contravalores Não Consignados
5,745.2
46.2%
2,646.8
39.4%
8,391.9
43.8%
Apoio ao Orçamento
5,696.6
45.8%
2,587.3
38.6%
8,283.9
43.2%
Apoio à Balança de Pagamentos
48.6
0.4%
59.4
0.9%
108.0
0.6%
Contravalores Consignados
6,701.3
53.8%
4,064.1
60.6%
10,765.3
56.2%
FC-PROAGRI
21.3
0.2%
0.0
0.0%
21.3
0.1%
FC-FASE
1,364.6
11.0%
0.0
0.0%
1,364.6
7.1%
FC-PROSAÚDE
677.9
5.4%
0.0
0.0%
677.9
3.5%
FC-HIV/SIDA
18.1
0.1%
0.0
0.0%
18.1
0.1%
FC-Apoio ao Tribunal Administrativo
21.3
0.2%
0.0
0.0%
21.3
0.1%
FC-INE
308.2
2.5%
0.0
0.0%
308.2
1.6%
FC-UTRAFE
75.5
0.6%
0.0
0.0%
75.5
0.4%
FC-ATM
59.2
0.5%
0.0
0.0%
59.2
0.3%
FC-PPFD
25.4
0.2%
0.0
0.0%
25.4
0.1%
FC-PESCAS
0.0
0.0%
0.0
0.0%
0.0
0.0%
FC-PRONASA
125.0
1.0%
0.0
0.0%
125.0
0.7%
Outros Fundos via CUT
443.1
3.6%
205.6
3.1%
648.7
3.4%
Diversos Projectos/Sectores a/
3,424.1
27.5%
1,690.5
25.2%
5,114.6
26.7%
Diversos Projectos/Fontes b/
137.4
1.1%
1,466.2
21.8%
1,603.6
8.4%
Acordos de Retrocessão
0.0
0.0%
701.7
10.5%
701.7
3.7%
Empréstimos Internos
0.0
0.0%
0.0
0.0%
0.0
0.0%
Total
12,446.4 100.0%
6,710.8 100.0%
19,157.2 100.0%
Peso
65.0
35.0
100.0
a/- Financiamento através de contas bancárias dos sectores.
b/- Pagamentos directos pelo doador/credor.
Fonte: DNT, MEX e Sectores
Quadro 5 - Financiamento do Défice
Donativos
Créditos
Total
(Em Milhões de Meticais)
Do total dos recursos utilizados, 65,0% foram constituídos por donativos e 35,0% por créditos, tendo os
Recursos Externos Consignados contribuído com 56,2% e os Recursos Externos Não Consignados com
43,8% dos recursos totais.
Comparando os totais dos Quadros 4 e 5 constata-se que os desembolsos ocorridos no período em
análise, 15.084,1 milhões de Meticais, foram inferiores ao valor do Financiamento do Défice, 19.157,2
milhões de Meticais, o que se explica pela utilização de saldos financeiros transitados do exercício
anterior.
______________________________
Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
14
As Despesas de Funcionamento atingiram, no período de Janeiro a Junho de 2012, o montante de
39.164,0 milhões de Meticais, correspondente a 46,1% da dotação orçamental actualizada e a um
crescimento real de 4,7% em relação ao período homólogo do exercício económico anterior, conforme se
apresenta no Quadro 7:
Variação
Classificação Económica
Orçament
o
Realização
%
%
(%) a/
Anual
Jan-Jun Realiz
Incial
Actual
Jan-Jun Realiz
2011/12
Despesas c/ o Pessoal
36,694.7
17,190.9
46.8
41,353.4
41,590.0
20,802.8
50.0
18.0
Salários e Remunerações
34,388.7
16,213.0
47.1
38,611.8
38,610.0
19,491.5
50.5
17.3
Outras Despesas c/ Pessoal
2,306.0
977.9
42.4
2,741.6
2,980.0
1,311.3
44.0
30.8
Bens e Serviços
12,524.9
5,761.1
46.0
14,006.9
14,411.4
7,217.5
50.1
22.2
Encargos da Dívida
3,501.0
1,803.4
51.5
4,626.4
4,626.4
2,264.5
48.9
27.6
Juros Internos
2,507.2
1,210.0
48.3
3,552.1
3,552.1
1,607.4
45.3
29.6
Juros Externos
993.8
593.3
59.7
1,074.3
1,074.3
657.1
61.2
23.6
Transferências Correntes
12,271.5
5,499.3
44.8
13,709.2
13,711.3
6,236.7
45.5
12.2
Transfer. a Admin. Públicas
2,316.9
1,041.7
45.0
2,287.3
2,309.6
1,103.6
47.8
9.1
Autarquias
1,002.7
449.7
44.9
1,207.8
1,207.8
611.5
50.6
32.6
Embaixadas
1,150.9
542.5
47.1
948.1
962.0
428.8
44.6
-11.8
Outras
163.3
49.5
30.3
131.4
139.8
63.3
45.2
24.6
Transfer. a Admin. Privadas
861.0
310.4
36.0
488.8
489.7
202.2
41.3
-36.5
Transferências a Famílias
8,826.6
3,981.9
45.1
10,584.3
10,563.1
4,740.4
44.9
16.1
Pensões
6,853.6
3,211.3
46.9
2,285.9
7,913.1
3,809.8
48.1
15.7
Despesas Sociais
776.0
371.7
47.9
5,627.2
1,353.4
541.4
40.0
42.1
Outras
1,197.1
398.9
33.3
2,671.2
1,296.7
389.2
30.0
-4.8
Transferências ao Exterior
266.9
165.3
61.9
348.8
348.9
190.6
54.6
28.7
Subsídios
5,573.6
4,090.3
73.4
5,240.9
5,240.9
1,607.5
30.7
-61.7
Sendo:
Subs. aos Combustíveis
3,591.1
1,140.5
-69.0
Subs. à Farinha de Trigo
196.0
39.8
-80.2
Subs. ao Transportado
0.0
62.7
Outras Despesas Correntes
3,969.0
2,206.8
55.6
5,201.7
5,064.1
915.6
18.1
-59.5
Exercícios Findos
46.4
27.6
59.5
0.0
0.0
0.0
-100.0
Despesas de Capital
387.8
86.4
22.3
323.5
324.8
119.4
36.7
34.7
Total
74,968.9
36,665.8
48.9
84,462.0
84,968.9
39,164.0
46.1
4.7
c/- Variação em temos reais, com inflação a 2,53% e variação cambial a -10,4%.
Fonte: MEX
Ano 2011
Ano 2012
Orçamento Anual
Quadro 7- Despesa de Funcionamento, Segundo a Classificação Económica
(Em Milhões de Meticais)
Realização
As Despesas com o Pessoal tiveram uma realização de 20.802,8 milhões de Meticais, correspondente a
50,0% do orçamento anual, tendo superado o nível de realização do ano anterior em 3,2 pontos
percentuais e registado um crescimento real de 18,0%, o que se explica pelo facto do pagamento do
aumento salarial em 2011 ter sido efectuado no segundo semestre, contrariamente ao presente ano em
______________________________
Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
15
Os Bens e Serviços tiveram uma realização de 7.217,5 milhões de Meticais, equivalentes a 50,1% do
orçamento anual, tendo ficado acima do nível de realização do ano anterior em 4,1 pontos percentuais e
registado um crescimento de 22,2% em termos reais, como resultado, por um lado da realização de
algumas despesas que não tiveram cobertura orçamental em 2011 e por outro, da recuperação do poder
de compra.
Os Encargos da Dívida tiveram uma realização de 2.264,5 milhões de Meticais, representando 48,9% do
orçamento anual, tendo ficado abaixo do nível de realização de igual período do ano anterior em 2,6
pontos percentuais e registado um crescimento real de 27,6% em relação a igual período do ano anterior,
por influência dos Juros Internos que cresceram em 29,6%, devido ao aumento do capital em dívida.
As Transferências Correntes atingiram o montante de 6.236,7 milhões de Meticais, ou seja, 45,5% do
orçamento anual, tendo ficado acima do nível de realização do ano transacto em 0,7 pontos percentuais e
registado um crescimento real de 12,2%, influenciado por uma maior disponibilização de recursos para as
autarquias.
Os Subsídios absorveram 1.607,5 milhões de Meticais, correspondentes a 30,7% do orçamento anual,
nível inferior ao alcançado no período homólogo do exercício anterior em 42,7 pontos percentuais, tendo
registado um decréscimo de 61,7% em termos reais.
As Outras Despesas Correntes tiveram uma realização de 915,6 milhões de Meticais, equivalentes a
18,1% da dotação orçamental, tendo ficado abaixo do nível de realização de 2011 em 37,5 pontos
percentuais e registado um decréscimo real de 59,5%, como resultado da desaceleração no ritmo de
pagamento de reembolsos do IVA, IRPS e IRPC.
As Despesas de Capital registaram uma realização de 119,4 milhões de Meticais, equivalentes a 36,7%
do orçamento anual, tendo superado o nível de realização de igual período de 2011 em 14,4 pontos
percentuais e registado um crescimento real de 34,7%.
______________________________
Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
16
As Despesas com o Pessoal absorveram o equivalente a 53,1% da Despesa de Funcionamento, seguidas
pelos Bens e Serviços e pelas Transferências Correntes com 18,4% e 15,9%, respectivamente, tendo os
restantes agregados de despesas registado níveis de absorção inferiores a 5,8%.
5.1.1. Despesa de Funcionamento por Âmbitos e Fonte de Recursos
A repartição das Despesas de Funcionamento, segundo os diferentes âmbitos mostra que o âmbito
central absorveu o equivalente a 50,4% da despesa total, o provincial 27,7%, o distrital 20,4% e o
autárquico 1,6%. Em termos de desempenho destacam-se os âmbitos distrital e autárquico com uma
realização correspondente a 55,4% e 50,7% do orçamento anual, respectivamente, tendo os âmbitos
provincial e central atingido 48,7% e 41,9%, respectivamente, conforme se observa do Quadro 8:
Taxa
Âmbito
Âmbito
Âmbito
Âmbito
Realiz.
Valor
Peso (%)
Central
Provincial
Distrital
Autárquico
Valor
Peso (%)
(%)
80,697.3
95.0
18,924.7
10,769.7
7,942.4
611.5
38,248.3
97.7
47.4
1,380.8
1.6
540.4
17.8
1.5
0.0
559.7
1.4
40.5
2,890.9
3.4
278.4
50.6
27.0
0.0
356.0
0.9
12.3
Despesa
Valor
84,968.9
100.0
19,743.5
10,838.1
7,970.9
611.5
39,164.0
100.0
46.1
Total
Peso (%)
50.4
27.7
20.4
1.6
100.0
Valor
47,112.1
22,249.9
14,400.3
1,206.6
84,968.9
Peso (%)
55.4
26.2
16.9
1.4
100.0
Taxa de Realização (%)
41.9
48.7
55.4
50.7
46.1
Fonte: MEX
Recursos do Tesouro
de
Recursos
Orçamento
Quadro 8 - Despesa de Funcionamento por Âmbito e Fonte de Recursos
(Em Milhões de Meticais)
Total
Receitas Consignadas
Realização
Orçamento
Anual
Fonte
Receitas Próprias
Despesas com o
Pessoal
53.1%
Bens e Serviços
18.4%
Encargos da Dívida
5.8%
Transferências
Correntes
15.9%
Subsídios
4.1%
Outras Despesas
Correntes
2.3%
Despesas de Capital
0.3%
______________________________
Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
17
constata-se que os Recursos de Tesouro tiveram uma realização correspondente a 47,4% da previsão
anual, tendo as Receitas Consignadas e as Receitas Próprias atingido o equivalente a 40,5% e 12,3%,
respectivamente.
A distribuição das Despesas de Funcionamento pelos diferentes âmbitos orçamentais, no período em
análise, em comparação com as dotações e a realização no ano anterior, mostra que os órgãos e
instituições de âmbito central tiveram uma realização de 41,9% do orçamento anual, tendo os de âmbito
provincial e distrital e as autarquias atingido 48,7%, 55,4% e 50,7%, respectivamente, conforme ilustra o
Quadro 9:
Classifi-
Variação
cação
Orçam.
Realiz.
% de
Realiz.
% de
2011/12
Territorial
Anual
Jan-Jun
Realiz.
Inicial
Actual
Jan-Jun
Realiz.
(%) a/
Âmbito Central
40,737.8
20,926.2
51.4 46,885.8
47,112.1
19,743.5
41.9
-7.1%
Âmbito Provincial
18,952.2
8,986.3
47.4 22,323.5
22,249.9
10,838.1
48.7
17.6%
Niassa
1,351.3
713.2
52.8
1,594.1
1,576.0
737.2
46.8
0.8%
Cabo Delgado
2,672.2
1,263.6
47.3
2,879.1
2,894.2
1,614.3
55.8
24.6%
Nampula
2,777.2
1,259.8
45.4
3,172.2
3,148.1
1,526.3
48.5
18.2%
Zambézia
1,486.3
705.5
47.5
1,883.9
1,663.2
835.3
50.2
15.5%
Tete
1,399.5
666.3
47.6
1,611.0
1,641.0
831.8
50.7
21.8%
Manica
1,548.0
815.2
52.7
1,849.2
1,870.4
818.4
43.8
-2.1%
Sofala
2,241.9
1,021.9
45.6
2,577.7
2,583.7
1,255.3
48.6
19.8%
Inhambane
965.0
460.5
47.7
1,160.2
1,177.3
570.6
48.5
20.8%
Gaza
1,016.9
466.7
45.9
1,242.3
1,259.1
571.3
45.4
19.4%
Maputo
1,434.9
642.7
44.8
1,900.1
1,922.8
875.7
45.5
32.9%
Cidade de Maputo
2,059.1
970.8
47.1
2,453.7
2,514.3
1,201.9
47.8
20.7%
Âmbito Distrital
14,277.2
6,303.5
44.2 14,046.1
14,400.3
7,970.9
55.4
23.3%
Distritos de Niassa
812.8
337.7
41.6
843.8
878.0
514.1
58.6
48.5%
Distritos de Cabo Delgado
1,231.8
549.8
44.6
1,259.0
1,263.3
665.7
52.7
18.1%
Distritos de Nampula
3,025.3
1,151.7
38.1
2,442.6
2,482.7
1,339.6
54.0
13.4%
Distritos de Zambézia
2,249.8
1,144.9
50.9
2,266.8
2,506.5
1,443.4
57.6
23.0%
Distritos de Tete
1,213.5
587.3
48.4
1,253.3
1,241.9
708.4
57.0
17.7%
Distritos de Manica
978.3
354.4
36.2
1,021.9
1,017.1
628.0
61.7
72.8%
Distritos de Sofala
1,212.9
535.0
44.1
1,306.1
1,348.3
668.1
49.6
21.8%
Distritos de Inhambane
1,318.9
635.6
48.2
1,407.8
1,417.9
767.8
54.2
17.8%
Distritos de Gaza
1,186.4
522.6
44.1
1,186.0
1,186.0
640.0
54.0
19.4%
Distritos de Maputo
1,047.5
484.6
46.3
1,058.9
1,058.5
595.7
56.3
19.9%
Âmbito Autárquico
1,001.6
449.7
44.9
1,206.6
1,206.6
611.5
50.7
32.6%
Total
74,968.9
36,665.8
48.9 84,462.0
84,968.9
39,164.0
46.1
4.7%
a/- Em temos reais, com inflação a 2,53% e variação cambial a -10,4%.
Fonte: MEX
Quadro 9 - Despesa de Funcionamento por Âmbitos
(Em Milhões de Meticais)
Ano 2011
Orçamento Anual
Ano 2012
Observa-se do quadro anterior que, em relação a igual período de 2011, registaram-se crescimentos nos
âmbitos provinciais, distrital e autárquico, em termos reais, sendo de destacar o crescimento médio de
______________________________
Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
18
Nos órgãos e instituições da província de Manica registaram-se decréscimos na ordem de 2,1%,
respectivamente, os quais foram compensados pelos crescimentos registados nos órgãos e instituições
dos distritos daquela província, na ordem de 72,8%, o que se explica pela transferência da competência
de realização de algumas despesas do âmbito provincial para o âmbito distrital.
______________________________
Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
19
As Despesas de Investimento atingiram no período em análise uma realização de 17.383,5 milhões de
Meticais, equivalente a 26,4% da dotação orçamental, tendo registado um crescimento real de 1,6%
relativamente a igual período do exercício anterior, conforme é apresentada nos Mapas V e se resume no
Quadro 10:
Financiamento
Variação
Orçamento Realização
%
%
2011/12
Anual
Jan-Jun
Realiz
Inicial
Actual
Jan-Jun
Realiz (%) a/
INTERNO
22,254.5
8,100.7
36.4
24,261.0
24,518.3
9,423.8
38.4
13.5
EXTERNO
44,170.0
9,685.7
21.9
41,256.8
41,256.8
7,959.7
19.3
-8.3
Donativos
26,274.2
6,388.9
24.3
25,019.8
25,019.8
5,729.7
22.9
0.1
Fundos Comuns
13,806.7
3,276.7
23.7
9,504.9
9,504.9
2,717.5
28.6
-7.4
FC-PROAGRI
1,143.3
309.1
27.0
317.1
317.1
113.6
35.8
-59.0
FC-FASE
5,412.9
1,234.2
22.8
4,103.8
4,070.4
935.0
23.0
-15.5
FC-PROSAÚDE
3,379.8
1,154.5
34.2
3,067.9
3,067.9
782.7
25.5
-24.3
FC-HIVSIDA
134.2
15.8
11.8
94.3
94.3
21.2
22.5
49.4
FC-UTRAFE
730.3
52.8
7.2
266.5
266.5
226.7
85.1
379.0
FC-UTRESP
188.7
48.0
25.4
0.0
11.4
11.4 100.0
-73.6
FC-Tribunal Administrativo
183.3
69.6
38.0
135.4
135.4
46.9
34.6
-24.9
FC-INE
299.5
93.4
31.2
127.7
127.7
60.9
47.7
-27.2
FC-AAT
259.9
77.3
29.7
113.3
113.3
84.1
74.2
21.4
FC-PPFD
656.4
46.0
7.0
198.8
198.8
69.9
35.2
69.7
FC-PESCAS
821.0
61.8
7.5
207.2
207.2
148.6
71.7
168.4
133FCESTRADA
0.0
0.0
497.8
497.8
0.0
0.0
FC-PRONASA
411.1
62.4
15.2
245.3
245.3
194.5
79.3
247.9
FC ASAS
186.3
51.7
27.8
0.0
22.0
22.0 100.0
-52.4
FC-IGF
0.0
0.0
129.9
129.9
0.0
0.0
Outros Fundos
12,467.5
3,112.2
25.0
15,514.9
15,514.9
3,012.2
19.4
8.0
Outros Fundos via CUT
2,880.4
189.1
6.6
911.1
911.1
360.8
39.6
113.0
Outros Fundos Fora da CUT
9,587
2,923.2
30.5
14,603.8
14,603.8
2,651.4
18.2
1.2
Créditos
17,895.8
3,296.8
18.4
16,237.0
16,237.0
2,230.0
13.7
-24.5
Outros Fundos via CUT
2,994.0
416.8
13.9
3,937.1
3,937.1
211.0
5.4
-43.5
Outros Fundos Fora CUT
14,901.8
2,879.9
19.3
12,299.9
12,299.9
2,019.1
16.4
-21.8
Total
66,424.5
17,786.4
26.8
65,517.8
65,775.1
17,383.5
26.4
1.6
a/- Em termos reais, com inflação a 2,53% e v ariação cambial a -10,4%.
Fonte: MEX e Sectores
Quadro 10- Despesa de Investimento, por Origem e Modalidade do Financiamento
(Em Milhões de Meticais)
Ano 2011
Ano 2012
Orçamento Anual
Realização
O nível de realização das Despesas de Investimento foi influenciado pela componente financiada por
fundos externos, devido ao desembolso tardio de fundos por parte de alguns parceiros de cooperação
internacional.
A componente interna de investimento atingiu o montante de 9.423,8 milhões de Meticais, correspondente
a 38,4% do orçamento anual, tendo superado o nível de realização do ano transacto em 2,1 pontos
percentuais e registado um crescimento real de 13,5% relativamente ao período homólogo de 2011.
______________________________
Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Jun de 2012
20
período do ano transacto.
Observa-se do Gráfico 5 que os recursos internos tiveram uma participação de 54,2% no total da
Despesa de Investimento, tendo os donativos participado com 33,0% e os créditos com 12,8%:
O financiamento via CUT representa, em termos de distribuição orçamental, 35,4% do total da
componente externa e o fora da CUT 64,6%, conforme mostra o Quadro 11:
Variação
Financiamento
Taxa (%)
Taxa (%) 2011/12
Valor
Peso (%)
Valor
Peso (%) Realiz.
Valor
Peso (%)
Valor
Peso (%) Realiz.
(%) a/
Via CUT
12,147.8
27.5
3,786.7
39.1
31.2
14,617.5
35.4
3,284.4
41.3
22.5
-3.2
Fundos Comuns
8,389.6
19.0
3,180.8
32.8
37.9
9,129.5
22.1
2,712.6
34.1
29.7
-4.8
Outros Fundos
3,758.2
8.5
605.9
6.3
16.1
5,488.0
13.3
571.8
7.2
10.4
5.3
Fora da CUT
32,022.2
72.5
5,899.1
60.9
18.4
26,639.2
64.6
4,675.3
58.7
17.6
-11.5
Fundos Comuns
95.9
0.2
95.9
1.0
100.0
4.9
0.0
4.9
0.1
100.0
-94.3
Outros Fundos
31,926.3
72.3
5,803.1
59.9
18.2
26,634.4
64.6
4,670.5
58.7
17.5
-10.2
Total
44,170.0
100.0
9,685.7
100.0
21.9
41,256.8
100.0
7,959.7
100.0
19.3
-8.3
a/ - Em termos reais, com inflação a 2,53% e variação cambial a -10,4%. Fonte: MEX e Sectores