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ÍNDICES. a inflação no ano de I - 1 Márcio I. Nakane. Índices de Preços de Obras Públicas em 2007: variações pequenas e estabilidade...

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INFORMAÇÕES FIPE É UMA PUBLICAÇÃO MENSAL DE CONJUNTURA ECONÔMICA DA FUNDAÇÃO

issn 1234-5678

CONSELHO CURADOR

Hélio Nogueira da Cruz(Presidente) André Franco Montoro Filho Andrea Sandro Calabi Joaquim José Martins Guilhoto Ricardo Abramovay Maria Cristina Cacciamali Simão Davi Silber DIRETORIA

DIRETOR PRESIDENTE

Carlos Antonio Luque DIRETOR DE PESQUISA

Eduardo Haddad DIRETOR DE CURSOS

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Dante Mendes Aldrighi SECRETARIA EXECUTIVA

Domingos Pimentel Bortoletto PREPARAÇÃO DE ORIGINAIS E REVISÃO

Alina Gasparello de Araujo EDITOR CHEFE

Gilberto Tadeu Lima CONSELHO EDITORIAL

Ivo Torres Lenina Pomeranz Luiz Martins Lopes José Paulo Z. Chahad Maria Cristina Cacciamali Maria Helena Pallares Zockun Simão Davi Silber ASSISTENTE

Maria de Jesus Soares PROGRAMAÇÃO VISUAL E COMPOSIÇÃO

Sandra Vilas Boas

Nº 328 JANEIRO DE 2008

AS IDÉIAS E OPINIÕES EXPOSTAS NOS ARTIGOS SÃO DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DOS AUTORES, NÃO REFLETINDO A OPINIÃO DA FIPE

ÍNDICES

a inflação no ano de 2007 ... I - 1 Márcio i. NakaNe

Índices de Preços de Obras Públicas em 2007: variações pequenas

e estabilidade ... I - 5 aNtoNio evaldo coMuNe, deNise c. cyrillo

séries estatísticas ... I - 7 Índice de Preços ao Consumidor

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janeiro de 2008

tabela 1 – evolução do IPC FIPE por grupos e datas selecionadas

  Dez 06 Nov 07 Dez 07 (% a.m.) Acumulado

  (% a.m.) (% a.m.) 1a. Quad 2a. Quad 3a. Quad 4a. Quad 12 meses (% a.a.)

    Habitação 0,17 -0,15 0,05 0,17 0,20 0,18 0,28 Alimentação -0,07 1,75 2,23 2,37 2,44 2,02 12,73 Transportes 4,73 0,50 0,72 0,73 0,63 0,53 2,87 Despesas Pessoais 1,53 -0,25 0,08 0,53 1,02 1,18 4,14 Saúde 0,46 0,63 0,58 0,58 0,34 0,28 5,71 Vestuário 0,7 0,55 0,45 0,51 0,62 0,94 -0,55 Educação 0,05 0,03 0,05 0,07 0,09 0,10 4,22     Índice Geral 1,04 0,47 0,71 0,84 0,90 0,82 4,38 Márcio i. NakaNe (*)

a inflação no ano de 2007

índices

i - 1

O mês de dezembro fechou com uma inflação de

0.82%, 0.35 p.p. superior à de novembro. Ao longo do mês, o pico de alta foi alcançado na 3ª. quadrissemana, quando a inflação atingiu 0.90%, desacelerando no fechamento (Tabela 1).

A respeito do comportamento por grupos, com exce-ção de saúde (queda de 0.63% para 0.28%), os demais grupos seguiram a tendência do índice geral e registra-ram elevações nas suas taxas relativamente ao mês de novembro, com destaques para Habitação (aumento de -0.15% para 0.18%), Alimentação (aumento de 1.75% para 2.02%) e Despesas Pessoais (aumento de -0.25% para 1.18%).

O grupo Habitação reverteu uma seqüencia de de-flações que haviam sido registradas em novembro,

passando a apresentar variações positivas de preços ao longo das quadrissemanas de dezembro. Mesmo assim, o resultado final (0.18%) aponta um quadro bastante tranqüilo para este grupo. Para isto contri-buíram as deflações registradas nas tarifas de energia elétrica (-0.50%) e em equipamentos do domicílio (-0.54%). As contribuições destes itens para o iPC foram, respectivamente, de -0.021 p.p. (ou -2.59%) e de -0.024 p.p. (ou -2.94%). Por outro lado, as pressões de alta mais relevantes neste grupo foram registradas em aluguel (variação de 0.31% e contribuição de 3.36% ou 0.027 p.p.), serviço doméstico (variação de 1.64% e contribuição de 2.92% ou 0.024 p.p.), condomínio (va-riação de 1.0% e contribuição de 2.55% ou 0.021 p.p.) e reparo no domicílio (variação de 0.92% e contribuição de 2.38% ou 0.019 p.p.).

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janeiro de 2008

Mas o destaque da inflação continua a ser o grupo Alimentação. Ao longo de dezembro, as taxas ficaram em patamar superior a 2%, com o pico sendo atingido no terceiro levantamento quadrissemanal (2.44%). A taxa ao final de dezembro (2.02%) foi a mais elevada entre os grupos do iPC, e somente este grupo res-pondeu por 55.63% (ou 0.46 p.p.) de toda a variação observada no índice. Além disso, a taxa alcançada na terceira quadrissemana foi a mais elevada registrada desde a segunda quadrissemana de janeiro de 2003 (2.65%). Ou seja, mesmo em um ano em que a inflação de alimentação ocupou as manchetes durante um bom período (vide abaixo), o minichoque do final de ano foi expressivo.

Os destaques de alta no grupo Alimentação ficaram por conta de carnes bovinas (6.70% de variação e con-tribuição de 20.16% ou 0.16 p.p.) e feijão (42.34%, com contribuição de 20.34% ou 0.17 p.p.). A elevação no fei-jão é a mais pronunciada desde maio de 1998 (62.72%). Por outro lado, alguns produtos alimentícios também registraram quedas significativas de preços, com ênfase para arroz (-2.82%, com uma contribuição de -3.17% ou -0.026 p.p.), leite longa vida (-2.42%, com contribuição de -2.75% ou -0.023 p.p.) e produtos in natura (-0.65%, com contribuição de -3.20% ou -0.026 p.p.).

O grupo Transportes apresentou desaceleração de pre-ços ao final de dezembro, depois de atingir um pico na segunda quadrissemana do mês. Este comportamento foi ditado pela evolução dos preços do álcool combus-tível que, em função do período de entressafra, fechou o período com uma variação de 8.48% (contribuição de 5.45% ou 0.045 p.p.).

O grupo Despesas Pessoais, de forma similar ao que ocorreu com o grupo Habitação, interrompeu uma seqüência de deflações, registrando contínuas acele-rações durante dezembro e fechando o mês com uma taxa de 1.18%, que foi 1.43 p.p. mais elevada que a taxa de novembro. Esta é a mais elevada taxa deste grupo desde a segunda quadrissemana de janeiro de 2007 (1.39%). Este comportamento é resultado dos reajustes verificados em viagem (excursão) (6.69%, contribuição de 6.37% ou 0.052 p.p.) e cigarros (3.62%, contribuição de 6.32% ou 0.052 p.p.).

Finalmente, a elevação registrada em Vestuário está relacionada tanto com os efeitos da entrada da coleção de verão quanto com as festividades de fim de ano. Aproveitando a efeméride, convém realizar um balan-ço da inflação do ano de 2007. A Tabela 2 registra a in-flação nesse ano, juntamente com a de anos prévios.

tabela 2 – evolução anual do IPC FIPE (% a.a.)

  2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007           Índice Geral 7,13 9,90 8,18 6,56 4,53 2,55 4,38         Habitação 6,88 6,61 8,13 5,89 2,77 1,00 0,28 Alimentação 6,70 18,46 5,71 4,38 0,47 0,06 12,73 Transportes 11,16 7,84 11,36 11,14 13,08 7,25 2,87 Despesas Pessoais 6,68 9,87 9,06 5,75 3,87 3,36 4,14 Saúde 4,33 9,31 8,05 9,90 9,26 6,32 5,72 Vestuário 4,42 4,92 6,73 1,52 2,30 0,25 -0,56 Educação 5,70 6,52 9,80 10,59 6,54 5,45 4,22         Monitorados 12,80 7,33 13,17 8,75 8,12 4,51 -0,65 Não Comercializáveis 4,60 6,18 6,82 6,94 5,25 4,05 5,28 Comercializáveis 5,82 13,42 6,72 5,18 2,41 0,57 6,61

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janeiro de 2008

O primeiro aspecto a ser observado é que 2007 entrará para os anais como o ano da inflação de alimentação. A alta de alimentação foi, com facilidade, a mais ex-pressiva de todos os grupos. Foi a mais elevada desde 2002 e, pela primeira vez desde aquele ano, o grupo Alimentação contribuiu para elevar a inflação. Entre 2003 e 2006, por oposição, a inflação de alimentação foi inferior à do índice geral e, portanto, estes produtos auxiliaram a conter a inflação nesses anos. A contri-buição de alimentação para todo o iPC de 2007 foi de 63.5% ou 2.76 p.p.

Para ilustrar a importância dos itens de alimentação para a inflação de 2007, a Tabela 3 lista os subitens que apresentaram as maiores variações positivas e negati-vas nesse ano, contrastando com o que ocorreu com estes subitens em 2006. Percebe-se que os dez produtos que apresentaram as maiores altas são todos do grupo de alimentação. na verdade, se esta lista fosse esten-dida, o primeiro item não alimentício que apareceria seria o álcool para limpeza na posição 21.

Um detalhe interessante é que, a despeito das elevações em alimentação, alguns produtos alimentícios tiveram quedas absolutas também bastante significativas, com destaques para chester, açúcar e frutas de época. Outro indicador para ilustrar a relevância de alimenta-ção na inflaalimenta-ção de 2007 é produzir o ranqueamento das maiores contribuições de alta e de baixa para o índice. O resultado aparece na Tabela 4.Assim, feijão foi o pro-duto que apresentou a maior contribuição para o iPC, tendo sido responsável por 10.02% de toda a variação do índice em 2007. Além do feijão, frango, refeição e pão francês também aparecem com destaque. Mere-cem menção, também, os segmentos de leites (variação de 16.42%) e carnes bovinas (variação de 18.88%), cujas contribuições foram, respectivamente, de 5.77% (0.25 p.p.) e 10.24% (0.44 p.p.). novamente, ressalve-se que produtos alimentícios como açúcar, arroz, frutas de época e tomate, por sua vez, destacam-se entre as maiores contribuições de baixa.

O segundo grupo de maior variação em 2007 foi o de saúde, com uma variação de 5.72% (Tabela 2). Apesar

tabela 3 – IPC FIPE – maiores variações absolutas de 2007 (% a.a.)

Maiores altas absolutas  

  2006 2007 1 FEIJÃO  -3,02 149,50 2 ABACATE -11,79 127,21 3 LEITE EM PÓ -10,17 43,77 4 LIMÃO 1,92 41,30 5 BATATA  -30,60 40,58 6 QUEIJO PROVOLONE 0,42 40,54 7 DOCE DE LEITE -2,45 37,37 8 QUEIJO FRESCO  -0,38 35,12 9 ALFACE  -3,72 35,10 10 MANDIOCA  -3,03 34,89    

Maiores quedas absolutas  

  2006 2007 1 TELEFONE CELULAR (APARELHO) -36,88 -26,86 2 CHESTER -3,70 -25,03 3 AÇÚCAR  15,73 -22,40 4 MÁQ. FOTOGRÁFICA -15,39 -16,02 5 FRUTAS DE ÉPOCA -2,70 -14,66 6 ENERGIA ELÉTRICA -2,61 -14,59 7 MICROCOMPUTADOR -15,00 -14,23 8 FILMADORA -8,15 -14,01 9 TELEVISOR -17,29 -12,08 10 IMPRESSORA -19,69 -12,07

desta pressão altista, esta foi a mais baixa taxa anual para este grupo desde 2001. A Tabela 4 revela o motivo da alta de saúde em 2007: os contratos de assistência médica, com uma elevação de 8.19%, foram o segundo subitem de maior contribuição para a inflação anual. O grupo Educação apresentou uma variação acu-mulada no ano de 4.22%. Esta foi a menor taxa para este grupo desde 1999 (2.30%). E, pela primeira vez desde 2002, o grupo Educação fechou o ano com uma variação inferior à do índice geral.

Um comportamento moderado de preços foi também verificado para o grupo Transportes, que fechou o ano com uma alta de 2.87%, a mais baixa desde 1998 (-1.75%). E, tal qual o grupo Educação, é a primeira vez desde 2002 que o grupo Transportes apresentou uma inflação inferior à do índice geral. Este bom compor-tamento foi observado a despeito de automóvel usado e reparo no veículo figurarem entre os produtos com maiores contribuições de alta no ano (Tabela 4).

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janeiro de 2008

tabela 4 – IPC FIPE – maiores contribuições de 2007 (% a.a.)

Maiores Contribuições de alta      

  2006 2007 2006 2007   (p.p.) (p.p.) (%) (%) 1 FEIJÃO  -0,014 0,431 -0,57 10,02 2 CONTRATO DE ASSISTÊNCIA  MÉDICA  0,259 0,244 10,28 5,69 3 REPARO NO DOMICÍLIO 0,072 0,212 2,88 4,93 4 FRANGO  0,019 0,211 0,77 4,92 5 ALUGUEL 0,099 0,208 3,93 4,85 6 REFEIÇÃO 0,126 0,198 5,00 4,61 7 AUTOMÓVEL USADO 0,163 0,155 6,47 3,61 8 REPARO NO VEÍCULO  0,086 0,146 3,42 3,40 9 CIGARROS 0,165 0,131 6,55 3,06 10 PÃO FRANCÊS  0,033 0,119 1,33 2,76    

Maiores Contribuições de baixa  

  2006 2007 2006 2007   (p.p.) (p.p.) (%) (%) 1 ENERGIA ELÉTRICA -0,112 -0,667 -4,46 -15,60 2 AÇÚCAR  0,044 -0,076 1,74 -1,77 3 TELEVISOR -0,062 -0,042 -2,47 -0,98 4 TELEFONE CELULAR (APARELHO) -0,060 -0,041 -2,37 -0,95 5 GASOLINA  0,057 -0,038 2,27 -0,90 6 APARELHO DE SOM -0,043 -0,034 -1,70 -0,78 7 ARROZ  0,110 -0,028 4,37 -0,66 8 FRUTAS DE ÉPOCA -0,005 -0,027 -0,19 -0,64 9 TOMATE  -0,039 -0,020 -1,56 -0,47 10 CALÇA DE MULHER  -0,003 -0,018 -0,12 -0,42

O grupo Habitação também apresentou um desem-penho muito favorável em 2007, fechando o ano com uma variação de 0.28%, a mais baixa desde 1998 (-1.20%). Em grande parte, isto deve ser creditado ao comportamento de energia elétrica que, com uma variação de -14.59%, liderou com facilidade a lista de maiores contribuições de baixa no ano. Em menor grau, itens de equipamentos do domicílio também favoreceram o desempenho do grupo Habitação. Assim, televisor, telefone celular e aparelho de som estão entre os produtos com maiores contribuições de baixa no ano, enquanto na Tabela 3, nada menos que seis produtos pertencentes ao item de equipamentos do domicílio comparecem entre as maiores variações negativas de preços no ano.

Finalmente, o grupo Vestuário encerrou 2007 com uma deflação acumulada de 0.56%, o que não ocorria desde 1998 (-9.30%).

Outro aspecto a ser destacado na inflação de 2007 foi o comportamento dos preços monitorados. Puxados fortemente pela variação negativa de energia elétrica, tais preços concluíram o ano de 2007 com uma variação acumulada de -0.65%. Desde 2002, foi a primeira vez que este grupo ajudou a conter a inflação.

Em resumo, sob vários aspectos, a inflação de 2007 foi sui generis. Tal qual a seqüência do Exterminador do

Futuro, a tônica foi uma inversão de papéis de vilões

e heróis em face do comportamento dos anos prévios. A alta de alimentação, de um lado, e a deflação de preços monitorados, de outro, sintetizam de forma contundente tais inversões de papéis.

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janeiro de 2008

contribuições negativas do acumulado no ano de 2007 originaram-se nos ramos: indústria Material Elétrico/ Comunicação (-5,59%), indústria da Borracha (-2,34%) e indústria da Madeira (-0,42%). Com relação às pressões de altas, os principais ramos que contribuíram para os ganhos acumulados em 2007 foram: Extração Mineral (12,91%), indústria de Minerais não-Metálicos (12,78%) e Material de Transporte (10,38%). Todos esses ramos tiveram, no acumulado de 2007, variações superiores à inflação em mais de cinco pontos percentuais.

tabela 1 – Índices de Preços de Obras Públicas – variação mensal (%) – dezembro/2007

Índices Geral Materiais Equipam. Serviços Mão-de-Obra

IGE 0,31 0,30 0,45 2,49 0,02

TER 0,39 0,19 0,61 - -0,01

PAV 0,48 0,53 0,46 - 0,01

SGPMO 0,27 0,40 - 2,50 0,02

Fonte: Banco de dados siPOP/FiPE.

Obs.: iGE - Índice Geral de Edificações; TER - Índice de Obras de Terraplenagem; PAV - Índice de Obras de Pavimentação; sGPMO - Índice de serviços Gerais com Predominância de Mão-de-Obra.

Variações mensais inferiores a 0,5% na inflação de preços de insumos que participam de obras públicas continu-aram a ser observadas no mês de dezembro de 2007. Destaquem-se o valor de 0,48 para o índice PAV e, neste mês, o valor positivo de 0,39% para índice TER (no mês anterior -0,18%), conforme pode ser visto na Tabela 1. Pode-se também observar nesta tabela que, no caso do índice PAV, foram os Materiais que mais contribuíram para o aumento apresentando uma variação de 0,53%, enquanto os Equipamentos apresentaram 0,46%. Todos os demais valores de Materiais, Equipamentos e Mão-de-Obra foram positivos, com exceção da leve va-riação negativa dos salários para o caso do índice TER. Os valores observados para a Mão-de-Obra ficaram estáveis, com variações iguais ou abaixo de 0,02%. Os dados da Tabela 2 permitem observar as principais contribuições dos itens que mais pressionaram posi-tiva e negaposi-tivamente os índices. Assim, é importante notar que, no que diz respeito ao iGE, as principais

i - 5

DeNise cavalliNi cyrillo (*)

aNtoNio evalDo coMuNe(*)

Índices de Preços de Obras Públicas

em 2007: variações pequenas

e estabilidade

tabela 2 – Índices de Preços de Obras Públicas por setor – variação mensal e acumulada no ano e em 2006 (%)

IGE TER PAV

SETORES DE ATIVIDADES dez/07 nov/07 Acum 2007 Acum 2006 dez/07 dez/07

01- Extração Mineral 0,14 -0,10 12,91 17,29 0,23 02- Produtos de Origem Vegetal 0,00 -1,01 1,89 4,94 03- Indústria de Minerais Não-Metálicos 0,88 1,52 12,78 5,00 0,00 1,68 04- Indústria Metalúrgica 0,32 0,11 4,23 0,72 05- Indústria Mecânica 0,23 0,29 3,23 -0,60 0,46 0,04 06- Indústria Material Elétrico/Comunicações -2,27 -1,20 -5,59 31,39 07- Material de Transporte 0,62 0,72 10,38 -1,37 1,08 0,80 08- Indústria de Madeira 0,00 0,86 -0,42 -0,45 09- Indústria da Borracha 0,09 -0,21 -2,34 -7,33 0,39 0,53 10- Indústria Química 0,09 0,09 2,63 -1,72 0,17 0,16 11- Indústria de Produtos Plásticos -0,10 0,76 6,47 -2,36 12- Indústria Têxtil 0,00 0,00 0,00 -1,12 13- Serviços 2,80 0,29 8,10 5,54

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janeiro de 2008

queda, embora ainda se situasse para o último ano em valor superior a 105,00.

Assim, como conclusão, pode-se resumir a análise afirmando que os índices que retratam as variações de preços no setor de obras públicas variaram pouco acima de 5% no ano de 2007 (casos de iGE, PAV e sGPMO) ou ficaram relativamente estáveis (caso de TER).

tabela 3 – Índices de Preços de Obras Públicas e de Preços ao Consumidor – variações acumuladas (%)

Meses IGE TER PAV SGPMO

Abr/1994 – Dez /2007 242,50 211,72 376,08 270,53 Jan /2007 – Dez /2007 6,48 0,26 5,26 6,60 Jan/2007 – Dez /2007 6,48 0,26 5,26 6,60

Fonte: idem Tabela 1.

O acompanhamento da projeção da inflação do setor segundo cada tipo de obra pode ser observado na Ta-bela 3. Pode-se notar que as variações no ano de 2007 foram todas positivas e em dois casos apresentaram variações acima de 5%: iGE (6,48%) e PAV (5,26%). no caso do índice TER a tendência de variações negativas foi revertida ao longo dos últimos meses, de modo que, no acumulado anual, o valor se estabilizou em 0,26%. Este valor é praticamente o mesmo que foi acumulado no ano de 2006, mostrando uma estabilidade no com-portamento desse índice.

Este mesmo efeito pode ser observado no Gráfico 1, no qual a coluna de TER fica estabilizada de 2006 para 2007 no mesmo patamar, pouco acima de 100. Ainda na comparação 2006-2007, destaque-se o comportamento do índice PAV que apresentou um comportamento de

gráfico 1 – inflação anual segundo tipo de obras públicas

(*) Professores da FEA-USP. (E-mails: dccyrill@usp.br; aecomune@usp.br).

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janeiro de 2008

ÍNDICES DE PREÇOS DE OBRAS PÚBLICAS - março de 1994 = 100

Edificações Pavimentação Terraplenagem Serv. Gerais

Geral Mat. 

Constr. Mão-de- Obra Equip. Geral Constr.Mat.  Mão-de- Obra Equip. Geral Constr.Mat.  Mão-de- Obra Equip. Predom. M. O .

Maio/07 333.667 298.572 403.539 295.322 463.458 521.049 396.375 278.750 315.297 482.526 397.374 230.987 362.657 Jun 334.406 299.042 404.297 296.249 465.395 523.133 396.908 280.700 314.089 483.483 397.591 228.963 363.456 Jul 334.794 299.455 404.697 296.314 466.983 524.609 397.365 283.119 313.296 484.295 398.620 227.466 363.937 Ago 335.868 301.275 404.720 298.450 468.528 526.286 397.183 284.870 316.187 483.253 398.602 231.806 364.792 Set 337.494 304.023 404.980 298.188 468.794 526.447 397.525 285.476 314.002 482.226 398.787 229.121 366.142 Out 340.364 308.759 405.709 299.541 472.842 531.875 397.828 286.038 311.070 482.867 399.023 224.797 368.626 Nov 341.449 310.684 405.789 301.120 473.789 532.762 397.700 287.613 310.518 483.807 399.001 223.720 369.520 Dez 342.497 311.627 405.878 302.481 476.077 535.562 397.730 288.943 311.722 484.726 398.969 225.094 370.534

ÍNDICES

séries estatísticas

ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO - julho de 1994 = 100

Alimentação Habitação Transportes

Índice 

Geral Geral Industr. ElaboradoSemi  NaturaIn  Geral  Aluguel  Geral  Veículo Próprio ColetivoTransp.  Despesas Pessoais Vestuário Saúde Educação

Maio/07 277.2319 215.1318 178.0657 220.1645 242.7588 371.9786 674.0427 422.1934 354.9442 524.3349 225.7264 115.6445 374.6890 401.2920 Jun 278.7492 219.2163 180.2445 229.6347 243.5572 372.4711 675.6004 421.5348 353.7356 524.3349 227.0941 115.7894 375.5662 401.5525 Jul 279.5152 221.5450 181.8857 239.8112 233.6496 372.1266 675.9470 419.9165 350.9439 524.3349 229.0614 115.0704 377.8537 402.6310 Ago 279.7072 224.7764 183.8273 247.2758 233.7533 369.0796 677.3543 419.7111 350.5979 524.3349 229.4909 113.8596 380.3967 402.8944 Set 280.3657 226.3031 185.5911 248.2745 233.6191 369.9015 678.5952 419.6553 350.1705 524.3349 229.5398 113.7811 380.9167 403.0817 Out 280.5919 226.8551 185.5436 245.7215 240.0871 369.7739 680.1533 419.8467 350.5200 524.2153 229.8161 113.3804 382.6689 403.1595 Nov 281.9149 230.8343 185.1710 254.2608 249.1890 369.2222 681.7027 421.9501 353.7567 523.8568 229.2386 114.0095 385.0893 403.2736 Dez 284.2269 235.4949 186.9505 267.0596 247.5643 369.9031 683.7893 424.1865 356.9126 523.8568 231.9395 115.0818 386.1768 403.6745

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