• Nenhum resultado encontrado

Repensar a prática de leitura, é preciso.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Repensar a prática de leitura, é preciso."

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAiBA CENTRO DE FORMA£XO DE PROFESSORES DEPARTAKENTU DE LETRAS

REPENSAR A P R A T I C A DE LEITUBA, ± PHBCISO

i

PilLMA MARIA ELIAS RAMOS

(2)

[

M L o r a i g n i f i c a inteirar-a® do mundo, sendo tambem uma forma, de c o n q u i s t a r autonomla, de d e l x a r de 1 l e r peloo olhoa de

(3)

Ha i n t r o d u c a o do t e x t o s P r a t i c a da L e i t u r a -de Textos na Eecola, Joao Vranderley G e r a l d i Q a f a v o r do que o ensino de Lingua Portuguesa d e v e r i a c e n t r a r - e e em t r e e p r a t i c a s t

1. p r a t i c a da l e i t u r a de textos 2. p r a t i c a da producao de textos 3. p r a t i c a da a n a l i s e l i n g u i s t i c a .

Nesta t e x t o em estudo, o a u t o r procura aprofundar

apenas o i t s m 1 ( p r a t i c a da l e i t u r a de t e x t o s ) , a p a r t i r de uma conceituagao de l e i t u r a e das p o s s f v e i s posturas de l e i t o r e s ante o t e x t o s

a) a l e i t u r a - busca de informagoes b )\ a l e i t u r a - estudo do t s x t o

c ) a l e i t u r a do t e x t o - p r e t e x t o d) a l e i t u r a - f r u i g a o do t e x t o .

Ao estudar o t e x t o do G e r a l d i , pode-se perceber quo ha uma o s t r e l t a r e l a g a o das i d e l a e do a u t o r com una t o o r i a da l e i t u r a dofendida pelo p r o f e s s o r Mario A l b e r t o P e r i n i e

Michael, S c o t t .

E i s os pontos de c o n t a t o encontradoss 1. CONCEITTJAQlC BE LEITURA

Para G e r a l d i , a l e i t u r a e urn processo do i n t e r l o c u -cao e n t r e l e i t o r / a u t o r m e d l a d o p o l o t e x t o . E o l e i t o r , neste processo, e o a g e n t e que busca s i g n i f i c a g o e s , r e - c o n s t r o i o

t e x t o . £ p o r i s s o que so pode f a l a r em l e i t u r a s p o s s f v e i s o em l e i t o r maduro.

Para P e r i n i , em t e r m o s muito g e r a i s , a compreensao de um t e x t o pode ser v i s t a como urn processo que tern como en-t r a d a uma s e q u e n e i a de sons ou de s i n a i s g r a f i c o s , ( I n f o r m a -gao V i s u a l - I V ) e como safda uma c e r t a " e s t r u t u r a de conheci

mentOB" na mente do o u v i n t e ou l e i t o r , que c o n s t l t u i p r e c i s a -mente a sua compreensao do t e x t o (Informacao Nao V i s u a l -

iRv),

(4)

2

-Ho a r t i g o "Lendo nas E n t r e l i n h a s " , Michael S c o t t d i z que o l o i t e r competent© normalmente nao l e l i t e r a l m e n t e , mas sim* busca o s i g n i f i c a d o . De urn. c e r t o Eiodo, prooura a l g o que nao as encontra no t e x t o e nessa busca c r i a s i g n i f i c a d o • E n t r e t a n t o , o f a t o de ge raiment e haver concordancia entre os l e i t o r e s i n d i e a que este processo nao © completamento a r b i t r a r i o ou i d i o s s l n c r a t i c o e que ha urn s l g n i f i c a d o p o t e n o i a l em comum a s o r c r i a d q .

2. A FUSgXO DO TEXTO DIDXTICO

G e r a l d i a f i r m a que grande p a r t e dos l i v r o s d i d a t i c o s de "oomunicagao e expreesao" e de o u t r a s d i s c i p l i n e s do c u r r i c u l o , nao respondem a qualquer " p a r a que" - e n s i n a r e/ou

aprender. As respostas a estas questoes envolvem uma perspec t i v a p o l i t i c s t a n t o do p r o f e s s o r como do aluno. Mas 9 OB t e r — mos motodologicost e l e apresenta duas formas que podem o r i e n -t a r ©a-te -t i p o de l e i -t u r a s a busca de informagoes com r o -t e i r o previamente elaborado e a busca de informagoes sem r o t e i r o previamonte elaborado* £ necessario que o p r o f e s s o r t r a b a l h e com o aluno em d o i s n i v e i s de profundidades e x t r a i n d o i n f o r a a goes quo estao n a s u p e r f i c i e do t e x t o e e x t r a i n d o informagoes que estao em n i v e l male profundo.

Ao defender o papel do t e x t o d i d a t i c o como apoio para a a q u i s i g a o da l e i t u r a f u n c l o n a l , P e r i n i v e , em urn t e x t o d i d a t i c o dos p r i m e i r o s n i v e i s , uma dupla fungao s p r i m e i r o , s u a fungao geralmente reconhecida de f o n t e de informagao do car a-t e r a-t e o n i c o ; eegundo, n a v e r d a d e em p r i n c i p i o a male importan te« que o a de fomecer o m a t e r i a l para que o aluno. lendo, aprenda a l e r ; p o i s a r e s p o n s a b i l i d a d e de e n s i n a r a l e i t u r a f u n c i o n a l i da escola como urn todo, e nao apenas da d i s c i p l i -ne e do p r o f e s s o r de Lingua Portuguesa; e que os a u t o r e s de

(5)

l i v r o s d i | i a t i c o s de qualquer d i s c i p l i n e preoisam s e n s i b i l i z e r se para as e x i g e n c i e s da fungao a l f a b e t i z a d o r a de seus t e x -t o s •

3. HABILIDADES DE LER UM TEXTO G e r a l d ! sugerej

. a l e i t u r a - busca de informagoes* 0 o b j e t i v o do l o i t o r e e x t r a i r do t e x t o informagoes;

• a l e i t u r a - estudo do t e x t o . Deve desenvolver as mala v a r i a d a s formas de i n t e r l o c u g a o l e i t o r / t e x t o / a u t o r ;

• a l e i t u r a do t e x t o p r e t e x t o . 0 texto que o l e i -t o r e s -t a es-tudando podera s e r p r e -t e x -t o para a produgac de ou-t r o ou-t e x ou-t o ;

. a l e i t u r a f r u i g a o do t e x t o . Ler p o r l e r , g r a t u i -tamente. L e r p o r prazer e nao p o r obrigagao. 0 quo define este t i p o de i n t e r l o c u g a o i o 'desinterosso9 p o l o c o n t r o l s do r e s u l t a d o *

Michael Scott no t e x t o "Lendo nas e n t r e l i n h a s " defen de oa seguintes f s t o r e s :

. conhecimento p r e v i o . 0 l e i t o r t r a z para o texto an t o s de l e - l o . Esse conhecimento adoquado abrango t a n t o o

conhecimento do mundo como o conhecimento da l i n g u a ;

. compreensao do c o - t e x t o * Refere-se a h a b i l i d a d e do l e i t o r perceber as l i g a g o e s i n t e r n a s do t e x t o * 0 l e i t o r quo nao oonseguir perceber as l i g a g o e s , a t e x t u a l i d a d e * a coosao de urn t e x t o , nao sera oapaz de l e - l o s a t i s f a t o r l a m e n t e j

• h a b i l i d a d e s de r a c i o o i n i o * £ de grande i n t e r e s s e para a n a l i s a r a h a b i l i d a d e de l e i t u r a nas e n t r e l i n h a s * Embo r a nao so saiba o s u f i c i e n t e sobre os f a t o r e s que tornam urn t e x t o f a c i l ou d i f f c i l de l e r .

(6)

A p a r t i r dos estudos r e a l i z a d o s deve-ae buscar um aprofundamento do conteudo, visando uma p r a t i c a docente mala o f i c i e n t o o mais coerente.

0 texto do Goraldi faz a c r e d i t a r que "na eecola nao ae loom t e x t o s , fazemse e x e r c i c i o s de i n t e r p r e t a g a o e a n a l i -so do t e x t o . E i s t o nada mais e do que s i m u l a r l e i t u r a s " .

£ necossario e urgente que a e s c o l a repense o sou t r a b a l h o e< comece a i n t e g r a l * a p r a t i c a da l e i t u r a de t e x t o s ao v e r d a d e l r o processo de ensino-aprendizagem, ondo o aluno

se;ja o s u j e i t o que l e , d i s c u t e , f a l a , escreve, produz 1 i n g u l f t i c a m e n t e , e nao o r e - p r o d u t o r da f a l a do eu-professor-escola.

I n f e l i z m e n t O f uma minor!a de p r o f e s s o r s s tern acesso a essa t e o r i a e ao t e x t o estudado, d i f i c u l t a n d o , assim,

mu&anga mais r a p i d a na p r a t i c a de l e i t u r a de t e x t o s .

Michael S c o t t , ao c o n c l u i r o seu a r t i g o , a f i r m o u que, l o r nas e n t r e l i n h a s e urn problema que mereoo atengao, ji que

os alunos frequentemente nao vem para a a u l a do l i n g u a equips.' doe com as h a b l l i d a d e s , e s t r a t e g i e s o o conhecimento necessa-r i e s panecessa-ra lenecessa-rem nas e n t necessa-r e l i n h a s e f i c i e n t e m e n t e . £ p necessa-r e c i s o que a esoola e n f a t i z e as h a b l l i d a d e s do r a c i o c i n i o , i n t r f n s e c o k l e i t u r a , que tern s i d o t r a b a l h a d a s menos do que s e r i a d e s e j a -v e l o em e x e r c i c i o s que procurem desen-vol-ver aspectos l e x i c o s ,

s i n t a t i c o s ou coeslvos de forma m u i t o me card ca.

Acred!ta-se quo, urn d i a , a escola a t i n g i r a urn de sens p r i n c i p a l s o b j e t l v o s , assumindo com r e s p o n s a b i l i d a d e , ~ eeriedada e competenoia a t a r e f a de a l f a b e t i z a r

(7)

funcionalmen-- 5

REPERJJNCIAS BIBLIOGR/FICAS 1 9

1* FULGSJTCIO, Lucia & PERINI, Mario Alberto. Fatorea U n g u i s -t i e o s da 1©gibilldad© dos -tex-tos* Ins Redagao e Lei-tura. I Sncontro Hacional para Professores do 3f t grau, PUC/8P, Sao Paulo, 1983, p. 163-70.

Joao Wanderley. P r a t i c a da l e i t u r a de t e x t o s na escola. Ins 0 texto na sala de aula. L e i t u r a & Produgao. 2s ed., Cascavel Pr*, Assoeste Editors Educative, 1985*

3. MARTINS, Maria Helena* 0 que e L e i t u r a . 2a ed., Sao Paulo, E d i t o r s B r a s l l i e n s e , 1983. p. 23.

4. PERINI, Mario A l b e r t o . Informagao v i s u a l e n a o - v i s u a l . I n i Texto miaeo&rafado. UFHG, Belo H o r i a o n t 8P 1987,p. 1-5. 5. A l e i t u r a funcional e a dupla

fun-gao do t e x t o d i d a t i c o . Ins Textomimeografado. TJFMG, Belo H o r i z o n t e , 1987, p. 1-10.

6. SCOTT, Michael. Lendo nao entrelinhas* Ins Cadernoe PuQ* H« 16, Sao Paulo, Cortez, p. 101-23.

* * . « * « > « * '

Referências

Documentos relacionados

3.1 As atribuições dos cargos/funções encontram-se no anexo I deste Edital. 3.2 O cronograma previsto para este Processo Seletivo Simplificado de Títulos, encontra-se no anexo II

Inconformado, o réu apelou aduzindo, preliminarmente, a necessidade de suspensão do feito, em virtude da repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, acerca

da Silva 74 Ludimila Ferreira e Santos 75 Luiz Pedro Costa Xavier 76 Mara Ferreira de Souza Costa 77 Marcelo Antônio Gomes de Oliveira 78 Marcelo Carneiro de Oliveira 79

(Orgs.), Serviço Social, Pós- graduação e Produção de Conhecimento no Brasil, São Paulo: Cortez Editora, 2005. 7ª ed; São Paulo: Cortez

Considera-se como custos indiretos todos os custos envolvidos no custo h a l dos servicos mas que nao foram considerados nos custos diretos. Neste item sao considerados

O objetivo geral deste trabalho é identificar a concepção dos gestores com relação a burocracia presente nas práticas administrativas e pedagógicas da Instituição de

Desde o princípio também, e antes de ensinar oficialmente na Faculdade de Le- tras de Lisboa, a Professora Suzanne Daveau preocupou-se com a preparação científica dos

Ao iniciarmos o ano de 2016, em sessão solene na Câmara dos Deputados para comemorar os 30 anos do SINDPD-DF, levantamos mais uma vez a bandeira de luta pela regulamentação da