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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Galileu Norte, S.A. (OTOC)

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Gesp.007.03

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

RELATÓRIO DE

ESTÁGIO

AO ABRIGO DO PROTOCOLO DA OTOC - ESTG

GALILEU NORTE SA.

SANDINO CABRAL DELGA DO

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIATURA EM GESTÃO

ORIENTADORA: ERMELINDA OLIVEIRA

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Sandino Delgado - Gestão i

Nome: Sandino Cabral Delgado Nº de Aluno: 8224

Estabelecimento de Ensino: Instituto Politécnico da Guarda Escola: Escola Superior Tecnologia e Gestão

Curso: Gestão

E-mail: sannyscd@hotmail.com

Local de Estagio: Galileu Norte SA.

Morada: Rua Oliveira Monteiro nº 168 4050- 438 Porto Telefone: 226073090

Fax: 226073099

E-mail: porto@galileu.pt

TOC Supervisor: Dra. Inês Vasconcelos Nº de Identificação na OTOC: 20218

Orientadora de Estágio na ESTG: Prof. Ermelinda Raimundo de Oliveira Área de Estágio: Contabilidade

Data de Início de Estágio: 20/09/2010 Data de Término do Estágio: 20/12/2010

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Sandino Delgado - Gestão ii

AGRADECIMENTOS

Hoje, estou aqui, preste a terminar uma das fases mais importante da minha vida. Em primeiro lugar, quero manifestar o meu agradecimento à minha família, aos meus irmãos, aos meus tios, ao meu avô que já não está entre nós e em especial à minha mãe, pela constante motivação, carinho, compreensão e pelo esforço económico. Estarão sempre no meu coração.

Quero também agradecer aos meus amigos que sempre estiveram do meu lado para me ouvir e ajudar neste difícil caminho que percorri. Um profundo Bem-haja a todos os professores, pelos preciosos ensinamentos, apoio e atenção indispensáveis à concretização deste projecto. Estou especialmente grato ao Dr. Vítor Simões por ter me facultado o local do estágio e pelo valioso apoio durante o período do curso. Um especial agradecimento à professora Ermelinda Oliveira, que muito me ajudou na elaboração deste trabalho, e pela disponibilidade e atenção que sempre manifestou.

Por último, não posso deixar de manifestar o meu apreço ao Director Geral da empresa receptora do estágio, Dr. Hugo Alves, pela oportunidade de estagiar na sua empresa e pela disponibilidade despendida. Sem todas estas pessoas, nada disto seria possível.

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Sandino Delgado - Gestão iii

PLANO DE ESTÁGIO

A realização deste estágio vem ao encontro do cumprimento dos conteúdos exigidos pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contabilidade (OTOC).

O estágio decorreu, no período de 20 de Setembro a 20 de Dezembro de 2010, na empresa Galileu Norte S. A., situada na cidade do Porto.

O primeiro contacto com a empresa receptora do estágio consistiu na aprendizagem da estrutura da organização e funcionamento da empresa Galileu Norte SA., seguindo-se a realização das actividades estabelecidas no artigo 6.º do Regulamento de Estágios da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC), nomeadamente:

 Aprendizagem relativa a forma como se organiza a contabilidade nos termos dos planos de contas de contas oficialmente aplicáveis, desde a recepção dos documentos até ao seu arquivo, classificação e registo;

 Práticas de Controlo Interno;

 Apuramento de contribuições e impostos e preenchimento das respectivas declarações;

 Encerramento de contas e preparação das demonstrações financeiras e restantes documentos que compõem o dossier fiscal;

 Preparação da informação contabilística para relatórios e análise de gestão;

 Identificação e acompanhamento relativo à resolução de questões da organização com recurso a contactos com os serviços relacionados com a profissão;

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Sandino Delgado - Gestão iv

ÍNDICE GERAL

ÍNDICE DE QUADROS ... viii

GLOSSÁRIO DE SIGLAS ... ix

INTRODUÇÃO ... 1

CAPÍTULO 1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ... 2

1.1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA ... 3

1.2. BREVE HISTORIAL DA EMPRESA GALILEU ... 4

1.3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA ... 5

1.3.1. DIRECÇÃO E CONSELHO ADMINISTRATIVO ... 5

1.3.2. COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E RECURSOS HUMANOS ... 5

1.3.3. COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA ... 6

1.3.4. COORDENAÇÃO COMERCIAL ... 6

1.3.5. COORDENAÇÃO CONTABILIDADE ... 7

1.3.6. COORDENAÇÃO TÉCNICA ... 8

CAPÍTULO 2 ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 9

2.1. ENQUADRAMENTO ... 10

2.2. SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA ... 10

2.3. PROCESSOS CONTABILÍSTICOS ... 13 2.3.1. SUBSCRIÇÃO DE CAPITAL ... 13 2.3.2. REALIZAÇÃO DE CAPITAL ... 14 2.3.3. DESPESAS DE CONSTITUIÇÃO ... 14 2.4. PROCESSO DE CONTABILIDADE ... 15 2.4.1. RECEPÇÃO DE DOCUMENTOS ... 15

2.4.2. SEPARAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE DOCUMENTOS ... 16

2.4.3. CLASSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS ... 16

2.4.4. LANÇAMENTO DE DOCUMENTOS ... 29

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Sandino Delgado - Gestão v 2.5. IMPOSTOS ... 31 2.5.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS... 31 2.5.2. IMPOSTOS DIRECTOS ... 32 2.5.3. IMPOSTOS INDIRECTOS ... 41 2.6. PROCESSAMENTO DE SALÁRIOS ... 49 2.6.1. ENQUADRAMENTO ... 49 2.6.2. SEGURANÇA SOCIAL ... 50 2.6.3. RETENÇÃO NA FONTE ... 52 2.6.4. PROCEDIMENTO CONTABILÍSTICO ... 52

2.6.5. PAGAMENTOS ÀS RESTANTES ENTIDADES ... 55

CAPÍTULO 3 ... 57

ENCERRAMENTO DE CONTAS ... 57

3.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS... 58

3.2. OPERAÇÕES DE FIM DE EXERCÍCIO ... 58

3.3. REGULARIZAÇÃO DE CONTAS... 60

3.3.1. CONTROLO INTERNO - CLASSE 1 – DISPONIBILIDADES ... 61

3.3.2. CONTROLO INTERNO - CLASSE 2 – TERCEIROS ... 62

3.3.3. CONTROLO INTERNO - CLASSE 3 – EXISTÊNCIAS ... 64

3.3.4. CONTROLO INTERNO - CLASSE 4 – IMOBILIZAÇÕES... 65

3.3.5. CONTROLO INTERNO - CLASSE 5 – CAPITAL, RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS ... 66

3.3.6. CONTROLO INTERNO - CLASSE 6 - CUSTOS E PERDAS E CLASSE 7 - PROVEITOS E GANHOS ... 66

3.4. BALANCETE RECTIFICADO ... 66

3.5. APURAMENTO DE RESULTADOS – CLASSE 8 ... 67

3.5.1. RESULTADOS OPERACIONAIS – CONTA 81 ... 67

3.5.2. RESULTADOS FINANCEIROS – CONTA 82 ... 68

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Sandino Delgado - Gestão vi

3.5.4. RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS - CONTA 84 ... 69

3.5.5. RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS (RAI) – CONTA 85 ... 70

3.5.6. APURAMENTO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO – CONTA 86 ... 70

3.5.7. RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (RLE) – CONTA 88 ... 71

3.6. BALANCETE DE APURAMENTO OU ENCERRAMENTO ... 72

3.7. LANÇAMENTOS DE FECHO DE CONTAS ... 72

3.8. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - PRESTAÇÃO DE CONTAS ... 72

3.8.1. BALANÇO ... 73

3.8.2. DEMONSTRAÇÃO E RESULTADOS ... 74

3.8.3. ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ... 74

3.8.4. RELATÓRIO DE GESTÃO ... 75

3.8.5. CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS ... 76

3.8.6. RELATÓRIO ANUAL DA FISCALIZAÇÃO (SOCIEDADE ANÓNIMA) ... 77

3.9. OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS ... 77

3.9.1. DECLARAÇÃO DE INSCRIÇÃO, ALTERAÇÕES OU DE CESSAÇÃO ... 77

3.9.2. DECLARAÇÃO PERIÓDICA DE RENDIMENTOS MODELO 22 ... 78

3.9.3. DECLARAÇÃO ANUAL DE INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA E FISCAL (IES/DA) ... 80

CONCLUSÃO ... 85

BIBLIOGRAFIA ... 86

WEBGRAFIA ... 87

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Sandino Delgado - Gestão vii

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Estrutura organizacional da empresa ... 5

Figura 2: Primavera Executive V7.50 ... 8

Figura 3: Lançamento de documentos na contabilidade ... 29

Figura 4: Contabilização dos Movimentos ... 30

Figura 5: Impostos ... 32

Figura 6: Apuramento do IRC ... 34

Figura 7: Pagamentos por Conta ... 36

Figura 8: Esquema de Apuramento do IVA ... 46

Figura 9: TSU Aplicáveis aos Trabalhadores em Geral ... 50

Figura 10: TSU Aplicáveis aos Órgãos Sociais e Outros ... 51

Figura 11: TSU Aplicáveis ao 1º Emprego ... 51

Figura 12: Sequência do Processo de Encerramento de Contas ... 59

Figura 13: Apuramento de Resultados ... 67

Figura 14: Apuramento de Resultados Operacionais ... 68

Figura 15: Apuramento de Resultados Financeiros ... 68

Figura 16: Apuramento de Resultados Correntes ... 69

Figura 17: Apuramento de Resultados Extraordinária ... 69

Figura 18: Apuramento de Resultados Antes de Impostos (RAI) ... 70

Figura 19: Apuramento de Imposto Sobre o Rendimento do Exercício... 71

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Sandino Delgado - Gestão viii

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1: Subscrição de capital para Inicio de Actividade ... 13

Quadro 2: Realização de Capital Subscrito ... 14

Quadro 3: Despesas de constituição ... 14

Quadro 4: Factura de um fornecedor referente à Prestação de Serviços ... 18

Quadro 5: Nota de crédito relativa a uma compra de Materiais de Escritórios ... 19

Quadro 6: Factura de compra de mercadorias num país comunitário ... 20

Quadro 7: Factura de compra de Imobilizado ... 21

Quadro 8: Factura/ Recibo de Electricidade ... 22

Quadro 9: Factura/ Recibo de Água ... 22

Quadro 10: Factura/ Recibo de Comunicação ... 23

Quadro 11: Factura / Recibo de Deslocações ... 24

Quadro 12: Factura/ Recibo de contracto de Leasing ... 26

Quadro 13: Factura para um cliente relativa à Prestações de serviços ... 27

Quadro 14: Recibo de pagamento de cliente de Prestações de serviços ... 28

Quadro 15: Factura relativa à venda de imobilizado ... 28

Quadro 16: Adaptação do CIRC ao SNC ... 33

Quadro 17: Cálculo do PC ... 37

Quadro 18: Taxas de retenção na fonte ... 39

Quadro 19: Apuramento do IVA do 3º Trimestre de 2010 ... 47

Quadro 20: Processamento de salários e ordenados ... 54

Quadro 21: Processamento dos encargos sobre remunerações suportado pela entidade patronal ... 55

Quadro 22: Pagamento de IRS Retido ... 56

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Sandino Delgado - Gestão ix

GLOSSÁRIO DE SIGLAS

ABDR – Anexo ao Balanço e a Demonstração de Resultados

CIRC – Código de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas

CIRS – Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

CIVA – Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado CSC - Código das Sociedades Comerciais

CC - Código Comercial

CSC - Código das Sociedades Comerciais

DGCI – Direcção Geral de Contribuições e Impostos

DR – Demonstração de Resultados

ESTG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão

EC - Estrutura Conceptual

EIRL - Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada GPL – Gazes de Petróleo Liquefeito

IS – Imposto de Selo

IES/DA - Informação Empresarial Simplificada/ Declaração Anual IPG - Instituto Politécnico da Guarda

IASB - International Accounting standards Board IABA – Imposto sobre o Álcool e Bebidas Alcoólicas IAS – International Accounting Standard

IRC - Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas IRS - Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares IVA - Imposto Sobre o Valor Acrescentado

IGCP – Instituto de Gestão de Tesouraria e de Crédito Público ISP – Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos e energéticos

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Sandino Delgado - Gestão x NIF – Numero de Identificação Fiscal

NI - Normas interpretativas

NIPC - Número de Identificação das Pessoas Colectivas NCRF - Normas contabilísticas e de relato financeiro Nº – Número

OTOC – Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas

OBS – Outros Bens e Serviços PC – Pagamento por Conta

PEC – Pagamento Especial por Conta

POC – Plano Oficial de Contabilidade PE - Pequenas Entidades

RAI – Resultado Antes de Imposto

RLE – Resultado Liquido do Exercício RL – Resultado Líquido

RITI – Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias SNC - Sistema de Normalização Contabilística

SA – Sociedade Anónima

TIC - Tecnologias de Informação e Comunicação TSU – Taxa Social Única

TOC – Técnico Oficial de Contas VN – Volume de Negócios

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Sandino Delgado - Gestão 1 O estágio curricular, é das fases mais importantes da vida académica de um aluno, pois muitas das vezes é o seu primeiro contacto com o mercado de trabalho. Apesar de ser um momento tão desejado, é também um momento de muita ansiedade, e de certa forma algum nervosismo pelo que vamos encontrar.

O estágio curricular realizado na empresa “ Galileu Norte SA.”, visa cumprir a realização das actividades do protocolo estabelecidos no artigo 6.º do Regulamento de Estágios da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC). Assim, o presente relatório pretende dar a conhecer as actividades efectuadas durante as 400 horas de estágio, ocorrido desde o dia 20 de Setembro de 2010 até ao dia 20 de Dezembro de 2010, o qual permitiu por em prática e consolidar os conhecimentos adquiridos durante o curso de Gestão na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG).

O Relatório está dividido em três capítulos, sendo que, o primeiro capítulo visa uma breve apresentação da empresa receptora do estágio, através de um breve historial e da descrição da sua estrutura organizacional. No capítulo seguinte são descritas as actividades desenvolvidas pelo estagiário, durante o estágio, concretamente a forma como se organiza a contabilidade, desde a recepção dos documentos até ao seu arquivo, respectiva classificação e registo, assim como o apuramento de contribuições, impostos, preenchimento e envio das respectivas declarações. Finalmente, no terceiro e último capítulo, procede-se a ao encerramento de contas, enunciando todas as fases que lhe são subjacentes, nomeadamente a regularização e prestação de contas, apuramento dos resultados e as respectivas obrigações fiscais. Por último, são apresentadas algumas conclusões finais.

Convém salientar que com a realização do estágio, adquiriu-se conhecimentos que permitiram um desenvolvimento a nível pessoal e, mais importante, a nível profissional.

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Sandino Delgado - Gestão 2

CAPÍTULO 1

APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

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Sandino Delgado - Gestão 3

APRESENTAÇÃO DA ENTIDADE RECEPTORA DO ESTÁGIO

1.1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

Denominação Social: Galileu Norte SA – Especialistas em Tecnologia de Informação Morada: Rua Oliveira Monteiro nº 168 4050- 438 Porto

Contactos: Telefone: 226073090 Fax: 226073099

E-mail: porto@galileu.pt

Natureza Jurídica: Sociedade Anónima

Regime de IVA: Regime normal com periodicidade trimestral

Capital Social: 100 000 € representando 100 000 Acções, de valor nominal 1€ Data de Constituição da Sociedade: 28 de Agosto de 1991

Número de Identificação das Pessoas Colectivas (NIPC): 506 762 122 Matrícula: Nº. 5839 na Conservatória do Registo Comercial de Aveiro

Actividades: Prestação de Serviços na Área Informática, Comunicação e Formação

Profissional

Nº de Trabalhadores: 16, dos quais 3 são do conselho de administração, 1 é TOC, 1

Dir. Financeira e 1 Assistente de Contabilidade

Horário de Funcionamento:

De Segunda a Sexta-Feira: 09:00h – 22:00h Sábado: 09:00h – 18:00h

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Sandino Delgado - Gestão 4

1.2. BREVE HISTORIAL DA EMPRESA GALILEU

A Galileu Norte S.A. é uma empresa privada de capital nacional, cujo objecto social é a Prestação de Serviços na Área Informática, Comunicação e Formação Profissional, sendo a principal área de negócios formação em Tecnologias de Informação.

A Galileu foi criada a 28 de Agosto de 1991, por uma equipa multidisciplinar de profissionais com relação estreita à organização, preparação e monitoria de acções de formação. A experiencia acumulada, o conhecimento do mercado e a percepção do modelo de desenvolvimento que Portugal iria tomar, sustentaram a decisão de avançar para um projecto inovador na área da formação em Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).

Em 2008, devido ao crescente aumento de seu Volume de Negócios, aos aumentos de capital da empresa e alteração de número de sócios, a empresa procedeu à alteração da natureza jurídica da sociedade. Após a deliberação dos órgãos correspondentes ao capital social, proposto pelo Código das Sociedades Comercias (CSC), artigo 265 nº 1, a empresa passou de Sociedade Unipessoal por quotas (era representado por um único sócio – Anexo 1), denominado por “Activos e Recursos – Consultoria Informática Unipessoal, Lda” para Sociedade Anónima, com denominação de “Galileu Norte SA.”.

Actualmente a empresa Galileu tem uma cobertura nacional, detendo Centros de Formação nos Açores, Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Leiria, Lisboa e Porto. Assim, a rede Galileu é composta por 8 Centros de Formação Galileu, agrupados em 5 zonas de actuação:

 Galileu Norte (Aveiro, Porto e Braga)

 Galileu Centro (Leiria)

 Galileu Lisboa

 Galileu Sul (Beja e Algarve)

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Sandino Delgado - Gestão 5

1.3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA

Para melhor conhecimento da estrutura organizacional da empresa Galileu Norte SA, apresenta-se na figura 1 o respectivo organigrama.

Figura 1: Estrutura organizacional da empresa

Fonte: Elaboração própria

1.3.1. DIRECÇÃO E CONSELHO ADMINISTRATIVO

Compete a este Conselho controlar, orientar e compatibilizar as diversas áreas funcionais da actividade empresarial, como também, traçar o rumo da empresa e tomar decisões de maior importância e responsabilidade.

1.3.2. COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E RECURSOS HUMANOS

Este Departamento tem por finalidade seleccionar, gerir e nortear os colaboradores nos objectivos e metas da empresa. Trata de todos os processos relacionados com o pessoal,

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Sandino Delgado - Gestão 6 de forma a conseguir uma eficiente Gestão dos Recursos Humanos, quer da empresa, quer dos seus clientes e fornecedores.

1.3.3. COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA

O Departamento Administrativo e Financeiro coordena a elaboração da proposta de directrizes orçamentárias e propostas orçamentárias anuais, visando conciliar as necessidades operacionais com a disponibilidade financeira, coordenando as metas estabelecidas no Plano Plurianual. Propicia a elaboração e a implantação dos planos, programas e projectos estabelecidos, realiza o acompanhamento de todos os processos administrativos.

Também é neste departamento que se realiza o processamento de salários do pessoal e dos órgãos sociais da empresa Galileu Norte SA., através de um programa específico. O processamento de salários passa por:

 Elaboração das folhas de pagamento;

 Elaboração dos recibos de salários;

 Retenção na fonte e pagamento de IRS.

Todos os elementos que fazem parte da Galileu Norte SA, tem que prestar toda informação sintetizada no departamento administrativo e financeiro, para se poderem processar os salários, recibos e guias da Segurança Social dos trabalhadores.

1.3.4. COORDENAÇÃO COMERCIAL

O Departamento Comercial planeia, dirige e coordena as actividades relacionadas com a comercialização, venda de serviços da empresa e relacionamento entre clientes, fornecedores e empresa. É a origem da vida económica da empresa, onde obtém os recursos para a sobrevivência da mesma. Os Profissionais do Marketing são pessoas que colocam as suas capacidades ao serviço da conquista, manutenção e satisfação dos clientes. Estes têm como objectivos garantir à empresa um aumento sustentado e financeiramente sólido, satisfazendo um alargado número de intervenientes.

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Sandino Delgado - Gestão 7 1.3.5. COORDENAÇÃO CONTABILIDADE

A Galileu possui Contabilidade Organizada, onde tem a responsabilidade da organização contabilística, tratando com rigor todos os documentos enquadrados no regime de contabilidade organizada, com o objectivo de efectuar a sua contabilização de forma que se possa fazer uma boa gestão.

O Departamento de Contabilidade recebe os documentos que estão relacionados com a actividade de cada cliente ou fornecedores, nomeadamente facturas, recibos, prestações de serviços, notas de débito, notas de crédito, folhas de remunerações, entre outros, classificando-os e enquadrando-os nas respectivas contas, de forma a facilitar os lançamentos contabilísticos nas aplicações informáticas. Posteriormente todos os documentos são separados por grupos e arquivados em pastas, depois de devidamente classificados.

Nesta secção também são tratados os aspectos relacionados com a realização de reconciliações bancárias, o cumprimento das obrigações declarativas, como é o caso do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA), Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS).

O programa informático utilizado na contabilidade é o Primavera Executive V7.50 (Figura 2). Neste programa proceda-se todos os lançamentos de natureza contabilística e extraem-se os mapas necessários. Serve também para proceder ao processamento de salário.

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Sandino Delgado - Gestão 8

Figura 2: Primavera Executive V7.50

Fonte: Primavera v7.50

1.3.6. COORDENAÇÃO TÉCNICA

Cabe a este departamento coordenar todos os aparelhos técnicos da empresa, nomeadamente, computadores, com seus softwares e hardwares, para tudo estar pronto para ser utilizado pelos seus clientes (formandos), pelos seus formadores ou trabalhadores.

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Sandino Delgado - Gestão 9

CAPÍTULO 2

ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

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Sandino Delgado - Gestão 10

2.1. ENQUADRAMENTO

O estágio curricular representa algo de muito importante na vida profissional de qualquer aluno, visto ser o ponto de viragem para o mercado de trabalho. Para além de ser uma oportunidade de integração no mundo laboral, permite conhecer um verdadeiro ambiente de trabalho e tudo aquilo que o envolve, bem como adquirir ou relembrar conhecimentos.

O trabalho desenvolvido na empresa Galileu Norte SA. durante o tempo de estágio serviu para aplicar e consolidar conhecimentos adquiridos no decorrer dos três anos de curso, tendo proporcionado um contacto directo com a realidade de várias empresas, apresentando cada uma delas características bastante específicas e dessa forma obrigando a uma análise mais cuidada e pormenorizada sobre os factos.

O estágio ofereceu a oportunidade de proceder às actividades inerentes ao processo contabilístico, nomeadamente: recepção, organização, classificação e lançamento dos documentos contabilísticos, para depois extrair os mapas contabilísticos, e por fim proceder ao arquivo desses documentos, que devem permanecer na empresa por um período de 10 anos, para consulta e possível fiscalização.

Neste capítulo do relatório são apresentados alguns exemplos de classificação de documentos, feita de acordo como novo Sistema de Normalização Contabilística (SNC). No que se refere ao encerramento de contas da empresa (Capítulo 3), tendo existido dificuldade em consultar todos os documentos referentes a um único ano, são apresentados e trabalhados documentos de 2008 e 2009.

2.2. SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA

O Sistema de Normalização Contabilística (SNC) entrou em vigor em 2010, veio substituir o "antigo" Plano Oficial de Contabilidade (POC), em vigor desde 1977. Esta alteração veio elevar as práticas dos processos contabilísticos para um nível superior, já que, este novo modelo é uma grande aproximação às práticas de contabilidade utilizadas

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Sandino Delgado - Gestão 11

internacionalmente. Este sistema é aplicado a todos as empresas que dispõem de contabilidade organizada.

O Sistema de Normalização Contabilística é um conjunto de normas de contabilidade e de relato financeiro interligadas, que prefigura um modelo assente mais em princípios orientadores do que em regras explícitas. É um modelo flexível que se adapta às diferentes necessidades de relato financeiro de cada empresa.

O SNC é constituído por sete elementos fundamentais, dos quais seis são instrumentos e um é enquadrador. Os seis instrumentos são:

 Bases para a apresentação de demonstrações financeiras (BADF);  Modelos de demonstrações financeiras (MDF);

 Código de contas, incluindo o quadro síntese de contas e as notas de enquadramento às contas;

 Normas contabilísticas e de relato financeiro (NCRF);

 Norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades (NCRF-PE);  Normas interpretativas (NI).

O sétimo elemento, o de enquadramento, é a Estrutura Conceptual (EC), um elemento de referência para o desenvolvimento dos seis instrumentos acima citados e que no seu Prefácio indica que as demonstrações financeiras devem ser preparadas com o objectivo de proporcionar informação que seja útil na tomada de decisões económicas, nomeadamente:

a) Decidir quando comprar, deter ou vender um investimento em capital próprio;

b) Avaliar o zelo ou a responsabilidade do órgão de gestão;

c) Avaliar a capacidade de a entidade pagar e proporcionar outros benefícios aos seus empregados;

d) Avaliar a segurança das quantias emprestadas à entidade; e) Determinar as políticas fiscais;

f) Determinar os lucros e dividendos distribuíveis;

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Sandino Delgado - Gestão 12

h) Regular as actividades das entidades.

Este documento tem por base a Estrutura Conceptual do IASB (International Accounting standards Board), constante do Anexo 5 das “Observações relativas a certas

disposições do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho”, publicado pela Comissão Europeia em Novembro de 2003.

A estrutura normativa do SNC assenta em três níveis:

1) IAS/IFRS - Correspondente à adopção das normas IAS/IFRS no seu estado puro, sendo obrigatório às empresas cujos valores mobiliários estejam admitidos à negociação num mercado regulamentado de qualquer Estado membro da União Europeia ou para contas consolidadas, desde que dois dos três elementos sejam ultrapassados:

 Vendas Líquidas > 15 M€;

 Total do Balanço > 7,5 M€;

 N.º de trabalhadores: 250 (número médio durante o exercício).

Este nível já se encontra coberto por instrumentos legislativos desde 1 de Janeiro de 2005.

2) NCRF -

O segundo nível é aplicável à generalidade das empresas, que para tal terão que aplicar as Normas de Contabilidade e Relato Financeiro (NCRF/NI) adaptadas às suas menores exigências de relato financeiro e à sua menor dimensão e grau de divulgações.

3) NCRF - PE (Regime Simplificado)

A Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas Entidades (NCRF-PE) é aplicável a entidades de menor dimensão, enquadrando-se neste nível as PMEs cuja dimensão não ultrapasse dois dos seguintes limites:

 Total de Vendas Líquidas e Outros Proveitos: 1.000.000 €;

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Sandino Delgado - Gestão 13

 N.º de trabalhadores: 20 (número médio durante o exercício).

A empresa Galileu Norte SA está enquadrada neste nível. Qualquer empresa pode optar pelo primeiro nível, desde que as suas contas sejam objecto de certificação legal. O SNC foi aprovado pelo DL 158/2009 de 13 de Julho e está em sintonia com as normas do IASB adoptadas na União Europeia.

2.3. PROCESSOS CONTABILÍSTICOS

2.3.1. SUBSCRIÇÃO DE CAPITAL

A subscrição de capital consiste num acto em que os futuros sócios assumem o compromisso de entrar para a sociedade com os valores definidos no contrato de sociedade para a formação do capital social. O capital mínimo exigido por lei na subscrição de uma sociedade anónima é de 50.000,00 € segundo a artigo 276º do CSC.

A empresa Galileu Norte SA quando foi criada era uma sociedade unipessoal por quotas, como referido anteriormente, com capital mínimo exigido por lei 5.000,00 €, representado por um único sócio:

Quadro 1: Subscrição de capital para Inicio de Actividade

CONTAS VALOR D É B ITO 26.1.1 5.000,00 € C R É D ITO 51 5.000,00 € Em que:

26 -

Accionistas/ Sócios

26.1 -

Accionistas com subscrição

26.1.1 -

Sócio 1

(26)

Sandino Delgado - Gestão 14 2.3.2. REALIZAÇÃO DE CAPITAL

A Realização de Capital corresponde ao pagamento por parte dos sócios, do valor que se obrigaram aquando da subscrição. Actualmente o capital social é de 100.000,00 € neste caso na realização de capital, podia ser diferida segundo o Artigo 277º, nº 2 – “Sociedades anónimas só pode ser diferida a realização de 70 % do valor nominal das

acções, mas o prémio de emissão não pode ser diferida”. Mas na altura da constituição

da sociedade capital social era de 5.000,00 €, logo a não pode ser diferido nenhuma percentagem de realização, uma vez que é o capital mínimo fixado por lei.

Quadro 2: Realização de Capital Subscrito

CONTAS VALOR D É B ITO 11.1 ou 12.1 5.000,00 € C R É D ITO 26.1.1 5.000,00 € Em que:

11

- Caixa

11.1 -

Caixa A

12 -

Depósito à Ordem

12.1 -

Banco A 2.3.3. DESPESAS DE CONSTITUIÇÃO

A constituição de uma sociedade implica que ocorram despesas, como sejam: Quadro 3: Despesas de constituição

CONTAS VALOR D É B ITO 62.2.8 90,00 € C R É D ITO 11.1 ou 12.1 90,00 €

(27)

Sandino Delgado - Gestão 15 Em que:

62 -

Fornecimentos e Serviços Externos

62.2 -

Serviços Especializados

62.2.8 -

Outros

2.4. PROCESSO DE CONTABILIDADE

2.4.1. RECEPÇÃO DE DOCUMENTOS

A recepção dos documentos é a primeira fase do tratamento, e consiste em receber os documentos da actividade económica entre a Galileu Norte SA. e as entidades envolvidas. A recepção dos documentos é feita através do correio electrónico ou da entrega directa no Departamento de Contabilidade, onde se realiza uma revisão geral dos documentos, para verificar as suas condições qualitativas, valores impressos, datas de registo, etc.

Uma vez verificados, os documentos são guardados num arquivo, devidamente identificadas até se proceder à sua separação e Organização (Estes documentos são entregues pelos clientes, fornecedores no final de cada trimestre uma vez que a empresa está enquadrado no regime de IVA trimestral).

A contabilidade organizada está enquadrada em dois regimes no que diz respeito à periodicidade da entrega da declaração do IVA, especificamente:

 Regime normal mensal - ficam enquadrados neste regime os sujeitos passivos com um volume de negócios igual ou superior a € 650.000,00 no ano civil anterior, nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 41.º do CIVA.

 Regime normal trimestral - por conseguinte, os sujeitos passivos com um volume de negócios inferior a € 650.000,00 no ano civil anterior ficam enquadrados no regime normal de periodicidade trimestral, de acordo com a alínea b) do n.º 1 do artigo 41.º do CIVA, que é o caso da Galileu Norte SA.

(28)

Sandino Delgado - Gestão 16 2.4.2. SEPARAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE DOCUMENTOS

Os documentos são retirados do arquivo de recepção e separados consoante a sua natureza, de acordo com o método utilizado na Galileu Norte SA., para posteriormente serem organizados em seus respectivos arquivos. São organizados e arquivados no dossier contabilístico ou dossier fiscal.

Na organização de documentos, a primeira fase é a sua divisão por datas, onde é necessário considerar o mês a que respeitam, assim como onde estes serão arquivados. São utilizadas duas pastas, nas quais se distribuem todos os documentos referentes a actividade de cada cliente, nomeadamente:

O “Dossier Contabilístico” onde se encontram arquivados os documentos como: facturas, Recibos, Despesas electricidade, água, comunicações, seguros, refeições, combustíveis, transportes, rendas e documentos bancários, Processamento de salários, entre outros.

O “Dossier Fiscal”, onde se arquivam documentos oficiais, tais como: declaração de inicio de actividade, copia da escritura de constituição da sociedade, declaração do IVA, a Modelo 22 do IRC, a Modelo 3 do IRS, Balanços, balancetes, demonstração de resultados, entre outros.

2.4.3. CLASSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

2.4.3.1.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

A classificação dos documentos é um processo fulcral para se processar um correcto registo contabilístico. Após a correcta organização de documentos, procede-se à sua classificação, sendo esta uma das fases mais importantes, reconhecida por qualquer Técnico Oficial de Contas (TOC). Dada a importância desta fase, exige rigor, concentração e responsabilidade de forma a espelhar de forma clara e concisa da situação económica e financeira da empresa. É realizada após a sua separação e organização e arquivo, de acordo com os Princípios Contabilísticos, do SNC.

(29)

Sandino Delgado - Gestão 17 A classificação de documentos consiste em escrever num documento interno, chamado comprovante, os respectivos valores a débito e a crédito. Os documentos são tratados individualmente, a partir dos documentos originais, sendo classificados de acordo com os princípios contabilísticos estabelecidos no SNC, respeitando os princípios contabilísticos e os critérios de valorimetria.

Antes da classificação deve verificar-se se as facturas ou documentos equivalentes estão datados, numerados sequencialmente e se possuem, nos termos do n.º 5 do artigo 36.º do CIVA, os seguintes elementos:

“a) Os nomes, firmas ou denominações socais e a sede ou domicílio do fornecedor de bens ou prestador de serviços e do destinatário ou adquirente, bem como os correspondentes números de identificação fiscal dos sujeitos passivos de imposto;

b) A quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços prestados, com identificação dos elementos necessários à determinação da taxa aplicável (…);

c) O preço, líquido de imposto, e os outros elementos incluídos no valor tributável;

d) As taxas aplicáveis e o montante de imposto devido;

e) O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se for caso disso;

f) A data em que os bens foram colocados à disposição do adquirente, em que os serviços foram realizados ou em que foram efectuados pagamentos anteriores à realização das operações, se essa data não coincidir com a emissão da factura.”

A empresa Galileu Norte SA. tem uma listagem de contas próprias para cada cliente e fornecedor no plano de contas (Anexo 2), onde inclui o numero contribuinte de cliente nas contas destes respectivamente, atendendo as suas especificidades.

2.4.3.2. EXEMPLOS DE CLASSIFICASSÃO DE DOCUMENTOS –

FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Neste ponto serão apresentados alguns exemplos de classificações e medidas de controlo interno que frequentemente intervêm na vida económica das empresas. As

(30)

Sandino Delgado - Gestão 18 empresas ao desenvolverem a sua actividade consomem diversos serviços prestados, os quais serão contabilizados nas respectivas contas. Destes diversos serviços, vão ser exemplificados aqueles que são mais comuns na vida económica de uma empresa. A título de exemplo salientam-se as seguintes operações objecto de contabilização:

1. Factura de um fornecedor referente a um Prestação de Serviços com IVA à taxa de 21% (Anexo 3):

Todas as compras efectuadas pela empresa devem ter passagem expressa pela conta do fornecedor correspondente, estando esta conta liquidada ou não, isto para que no final do ano seja possível determinar o valor correcto de transacções realizadas entre a empresa e o seu fornecedor. Como a Galileu Norte SA é uma empresa de prestações de serviços, as compras são em maioria de serviços.

Lança-se a conta de serviços adquiridos no mercado nacional (62.2.2.21) e a respectiva conta do IVA dedutível à taxa normal (24.3.2.3.1.3.21.1.1) a débito, em contrapartida da conta de fornecedor (22.1.1.1.00288) definido na contabilidade, a crédito:

Quadro 4: Factura de um fornecedor referente à Prestação de Serviços

CONTAS VALOR B IT O 62.2.2.21 2622,40 € 24.3.2.3.1.3.21.1.1 550,70 € CRÉD IT O 22.1.1.1.00288 3173.10 € Em que:

62 -

Fornecimentos e serviços externos

62.2 -

Serviços especializados

62.2.2 -

Publicidade e Propaganda

62.2.2.2 -

Taxa Normal 21 %

24 -

Estado e Outros Entes Públicos

24.3 -

IVA

24.3.2 -

Dedutível

(31)

Sandino Delgado - Gestão 19

24.3.2.3.1 -

Obs Nacional - Continente

24.3.2.3.1.3 -

Obs Taxa Normal

24.3.2.3.1.3.21 -

Obs Taxa normal 21 %

24.3.2.3.1.3.21.1 -

Obs Tx normal Mercado Nacional

24.3.2.3.1.3.21.1.1 -

Obs tx nm mn dedutível 21 %

22

-

Fornecedores

22.1 -

Fornecedores c/c

22.1.1 -

Fornecedores gerais

22.1.1.1

-

Fornecedores mercado nacional

22.1.1.1.288

-

Número do Fornecedor

2. Nota de crédito relativa a uma compra de Materiais de Escritórios (anexo 4):

No caso de se proceder a uma devolução de compra de material de escritório, a empresa terá de receber do fornecedor uma nota de crédito relativa à devolução realizada. A sua classificação seria a seguinte:

Quadro 5: Nota de crédito relativa a uma compra de Materiais de Escritórios

CONTAS VALOR B IT O 22.1.1.1.0354 40,17 € CRÉD IT O 62.3.3.21 33,20 € 24.3.4.2.2.3.1.3.2.0.1.1 6,97 € Em que:

22.1.1.1.0354 -

Número do Fornecedor

24.3.4 -

Regularizações

24.3.4.2 -

Rg mens/trim a favor do estado

24.3.4.2.2 -

Rg fv est. Devolução ao fornecedor

24.3.4.2.2.3 -

Rg fv est. Dev Outros bens e serviços

24.3.4.2.2.3.1 -

Rg fv est. Obs Continente

24.3.4.2.2.3.1.3 -

Rg fv est. Obs Taxa normal

24.3.4.2.2.3.1.3.21 -

Rg fv est. Obs Taxa normal 21 %

24.3.4.2.2.3.1.3.21.1 -

Rg fv est. Obs tx nm mercado nacional

(32)

Sandino Delgado - Gestão 20

3. Factura de um fornecedor relativa à compra de mercadorias num país comunitário com IVA a 21 %(Anexo 5):

Nos termos do Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias (RITI), artigo 3º,

“considera-se, em geral, aquisição intracomunitária a obtenção do poder de dispor, por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, de um bem móvel corpóreo cuja expedição ou transporte para território nacional, pelo vendedor, pelo adquirente ou por conta destes, com destino ao adquirente, tinha tido inicio noutro Estado Membro”. Assim quando se efectua uma compra num país Estado-Membro,

trata-se de uma operação isenta do IVA (nº 1 do artigo 14 do CIVA): “Estão isentas do

imposto: As transmissões de bens expedidos ou transportados para fora da Comunidade pelo vendedor ou por um terceiro por conta deste.”

Quadro 6: Factura de compra de mercadorias num país comunitário

CONTAS VALOR B IT O 22.1.1.1.0282 340,5 € 24.3.2.3.1.3.21.2.1 71,5 € C D IT O 62.3.2.97 340,5 € 24.3.3.6.3.1.3.21 71,5 € Em que:

24.3.2.3.1.3.21

- Obs Taxa normal 21%

24.3.2.3.1.3.21.2 -

Obs Taxa normal Mercado Intracomunitário

24.3.2.3.1.3.21.2.1 -

Obs Tx nm merc. Int. dedutível

22.1.1.1.0282 -

Número do Fornecedor

62.3.2 -

Livros e documentação técnica

62.3.2.97 -

Mercado Intra 21%

24.3.3

- Iva liquidado

24.3.3.6 -

Iva liq Aquisição Intracomunitária

24.3.3.6.3 -

Outros bens e serviços

24.3.3.6.3.1 -

Iva liq aq.it Obs Continente

24.3.3.6.3.1.3 -

Taxa Normal

(33)

Sandino Delgado - Gestão 21

4. Factura de um fornecedor de Imobilizado:

Imaginando que se trata de uma compra de um imobilizado, com IVA à taxa de 21%: Quadro 7: Factura de compra de Imobilizado

CONTAS VALOR B IT O 43.5.1.1 206,61 € 24.3.2.2.1.3 43,39 € CRÉD IT O 27.1.1.0150 250,00 € Em que:

43 -

Activos Fixos Tangíveis

43.5 -

Equipamento administrativo

43.5.1 -

Próprio

43.5.1.1 -

Mercado Nacional

24.3.2.2 -

Imobilizado

24.3.2.2.1 -

Continente

24.3.2.2.1.3 -

Taxa Normal

27 -

Outras contas a receber e a pagar

27.1 -

Fornecedores de Investimento

27.1.1 -

Contas gerais

27.1.1.0150 -

Número do fornecedor

No caso de a factura ser paga, debita-se a conta 27.1.1.023 em contrapartida da conta 11.1 ou 12.1 conforme o método de pagamento.

5. Factura/ Recibo de Electricidade com IVA dedutível à taxa de 6% (anexo 6)

O lançamento feito nesta operação é o seguinte: Debita-se a conta de electricidade e a respectiva conta de IVA em contrapartida da conta do fornecedor. Quando a factura for paga Debita-se a conta do fornecedor e credita-se 11.1 ou 12.1 conforme a forma do pagamento.

(34)

Sandino Delgado - Gestão 22

Quadro 8: Factura/ Recibo de Electricidade

CONTAS VALOR B IT O 62.4.1.06 27,64 € 68.1.3.1 1,74€ 24.3.2.3.1.1.06.1.1 1,76 € CRÉD IT O 22.1.1.1.0050 31,14 € Em que:

62.4 -

Energia e fluidos

62.4.1 -

Electricidade

62.4.1.06 -

Electricidade - 6%

68 –

Outros gastos e perdas

68.1 -

Impostos

68.1.3 –

Taxas

68.1.3.1 –

Dedutível

24.3.2.3.1.1.06 -

Obs - taxa reduzida tx.rd.-6%

24.3.2.3.1.1.05.1 -

Mercado nacional

24.3.2.3.1.1.05.1.1 - O

bs - tx. rd. - mn-dedutivel

22.1.1.1.0050 -

Número do fornecedor

6. Factura/ Recibo de Água com IVA dedutível à taxa de 6% (Anexo 7)

Lança-se a débito a conta de água 62 e a respectiva conta do IVA dedutível de outros bens e serviços, adquiridos em território nacional, à taxa reduzida, em contrapartida da conta do fornecedor, a crédito. Quando a factura for paga Debita-se a conta do fornecedor e credita-se 11.1 ou 12.1 conforme a forma do pagamento.

Quadro 9: Factura/ Recibo de Água

CONTAS VALOR B IT O 62.4.3.06 35,43 € 24.3.2.3.1.1.05.1.1 1,60 € CRÉD IT O 22.1.1.1.0086 37,03 €

(35)

Sandino Delgado - Gestão 23 Em que:

62.4.3 -

Água

62.4.3.06 -

Água - Taxa 6%

22.1.1.1.0086 -

Número do fornecedor

7. Factura/ Recibo de Comunicação (TMN) com IVA à taxa de 21 % (Anexo 8)

Lança-se a débito a conta de comunicação 62 e a respectiva conta de IVA dedutível 2432 em contrapartida da conta do fornecedor. Quando a factura for paga Debita-se a conta do fornecedor e credita-se 11.1 ou 12.1 conforme a forma do pagamento.

Quadro 10: Factura/ Recibo de Comunicação

CONTAS VALOR B IT O 62.6.2.2.21 25,46 € 24.3.2.3.1.3.21.1.1 5,34 € CRÉD IT O 22.1.1.1.0049 30,81 € Em que:

62.6 -

Serviços externos

62.6.2 -

Comunicação

62.6.2.2 -

Telefonee outros

62.6.2.2.21 -

Taxa 21%

22.1.1.1.0049 -

Número de fornecedor

8. Factura / Recibo de deslocações e reparações (Anexo 9):

Trata-se de gastos realizados nas deslocações que o gerente ou os funcionários da empresa necessitem de efectuar, regularmente entre os centros da Galileu por todo o país, referente à actividades da empresa. Estas despesas estão sujeitas a IVA, porém são excluídas de direito a dedução como consta do artigo 21º n.º1 alínea c) do CIVA:

“1- Exclui-se, todavia, do direito à dedução o imposto contido nas seguintes despesas:

c) Despesas de transportes e viagens de negócios do sujeito passivo do imposto e do seu pessoal, incluindo as portagens”

(36)

Sandino Delgado - Gestão 24 A alínea d) deste mesmo artigo prescreve outras despesas que não conferem direito a dedução:

Quadro 11: Factura / Recibo de Deslocações

CONTAS VALOR B IT O 62.2.6.3.99 90,75 € CRÉD IT O 11.2.1.1 90,75 € Em que:

62.2 -

Conservação e reparação

62.2.6.3 -

Conservação-equip. básico

62.2.6.3.9.9 - N

ão Dedutível

11 –

Caixa

11.2 -

Caixa e recebimentos

11.2.1 -

Pagamentos a Fornecedores

11.2.1.1 -

Pag. a Fornecedores Nacional

A empresa Galileu inclui Facturas/Recibos de Gasóleo nesta conta de pequenas despesas. Assim sendo não faz deduções de imposto. A meu ver a empresa comete erro, no entanto devia deduzir 50% do imposto do valor base tributável.

Existem três situações de deduções diferentes relativamente ao IVA. Este pode ser totalmente dedutível, parcialmente dedutível ou não ter qualquer direito a dedução. Nos termos da alínea b) do artigo 21.º do CIVA excluem-se do direito à dedução as:

“Despesas respeitantes a combustíveis normalmente utilizáveis em viaturas automóveis, com excepção das aquisições de gasóleo, de gases de petróleo liquefeitos (GPL), gás natural e biocombustíveis, cujo imposto é dedutível na proporção de 50 %, a menos que se trate dos bens a seguir indicados, caso em que o imposto relativo aos consumos de gasóleo, GPL, gás natural e biocombustíveis é totalmente dedutível:

i) Veículos pesados de passageiros;

(37)

Sandino Delgado - Gestão 25

iii) Máquinas consumidoras de gasóleo, GPL, gás natural ou biocombustíveis, que não sejam veículos matriculados;

iv) Tractores com emprego exclusivo ou predominante na realização de operações culturais inerentes à actividade agrícola;

v) Veículos de transporte de mercadorias com peso superior a 3500 kg.”

Exemplo de cálculo de uma factura de combustível no valor de 450 €:

 Valor Total = Valor Base 1,21

 Valor Base: 450,00 = 371,90

1,21

 IVA: 371,90*21% = 78,10

 IVA 50 % a debitar: 78,10 / 2 = 39,05 €

O Valor da conta do custo a debitar = 450 - 39,05 = 410,95 € Conta 62421 - Combustíveis – gasóleo, com o respectivo IVA dedutível, em contrapartida a conta 22 – Fornecedores.

9. Factura/ Recibo leasing (Anexo 10)

Segundo o Decreto-Lei nº 149/95 de 24 de Junho, por contrato de Leasing entende-se

“como sendo um contrato pelo qual uma das partes se obriga, mediante pagamento de uma renda, a ceder à outra o gozo temporário de uma coisa, móvel ou imóvel, adquirida ou construída por indicação desta, e que o locatário poderá comprar, decorrido o período acordado, por um preço nele determinado (Valor Residual).”

Lança-se a débito Outras contas a receber e a pagar (27), juros suportados (691), calcula-se o IVA desses dois valores que vai para a conta de IVA dedutível a débito. Também debita-se a conta de outras comissões e o respectivo IVA suportado, em contrapartida da conta depósito a ordem (12) a crédito.

(38)

Sandino Delgado - Gestão 26

Quadro 12: Factura/ Recibo de contracto de Leasing

CONTAS VALOR B IT O 27.1.11.1.001 371,19 € 69.1.1.02.1 24,21 € 69.8.1.3.9 1,25 € 24.3.2.3.1.3.21.1.1 83.29 CRÉD IT O 12.04 479,94 € Em que:

12 -

Depósitos à ordem

12.04 -

Banco CGD

27 -

Outras contas a receber e a pagar

27.1 -

Fornecedores de investimentos

27.1.11 -

Contas gerais

27.1.11.1 -

Mercado nacional

27.1.11.1.001 -

Número do contrato

69 -

Gastos e perdas de funcionamento

69.1 -

Juros suportados

69.1.1 -

Juros de financiamentos obtidos

69.1.1.02 -

Juros Leasing

69.1.1.02.1 -

Leasing Equipamento

69.8 -

Outros gastos

69.8.1 -

Relativos a financiamento obtidos

69.8.1.3 -

Comissões

69.8.1.3.9 -

Outras comissões

2.4.3.3. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS / CLIENTES

As relações da empresa com os que lhe compram serviços, mercadorias e /ou produtos, independentemente da entidade que efectue essa compra (ainda que sejam sócios, o pessoal, o Estado e outros entes públicos, etc.), são registadas na conta de clientes. Todos os lançamentos deverão ir à conta corrente do cliente ou do fornecedor, para um melhor preenchimento dos mapas recapitulativos dos clientes e fornecedores.

(39)

Sandino Delgado - Gestão 27 As vendas devem ser registadas pela ordem de data da emissão das facturas e pelo seu valor líquido (valor bruto da venda menos descontos e abatimentos de natureza comercial incluídos na factura menos IVA). As vendas da empresa Galileu Norte SA são quase no seu todo de Prestações de Serviços, e as contas registadas devem ser divididas em subcontas de acordo com as naturezas dos serviços vendidos.

1. Factura de um cliente relativa à Prestações de serviços à taxa de 21% (Anexo 11):

De referir que nas contas dos clientes criadas pela empresa Galileu Norte, são incluídos o seu Número de Identificação Fiscal (NIF) na conta de cada um. Lança-se a conta de clientes a débito, em contrapartida da conta de prestações de serviços no mercado nacional e a respectiva conta de IVA liquidado a crédito.

Quadro 13: Factura para um cliente relativa à Prestações de serviços

CONTAS VALOR DÉB IT O 21.1.1.1.NIF 465,85 € C D IT O 72.1.1.21 385,00 € 24.3.3.1.2.1.3.21.1 80,85 € Em que:

21

- Clientes

21.1

- Clientes c/c

21.1.1

- Clientes gerais

21.1.1.1

- Mercado nacional

21.1.1.1.

NIF – Número do cliente

72

- Prestações de serviços

72.1

- Serviço A (Formação)

72.1.1 -

Mercado nacional

72.1.1.21 –

Taxa 21%

24.3.3 -

IVA – Liquidado

24.3.3.1 -

Operações gerais

24.3.3.1.2 -

Prestações de serviços

(40)

Sandino Delgado - Gestão 28

24.3.3.1.2.1 -

Continente

24.3.3.1.2.1.3 -

Taxa normal

24.3.3.1.2.1.3.21 -

Taxa 21%

24.3.3.1.2.1.3.21.1 -

Mercado nacional

2. Recibo referente a várias facturas de prestações de serviços:

Quando ao valor da dívida é depositado na conta da empresa, contabiliza-se: Quadro 14: Recibo de pagamento de cliente de Prestações de serviços

CONTAS VALOR B IT O 11.1 ou 12.1 1000,00 € CRÉD IT O 21.1.1.1.NIF 1000,00 €

3. Factura relativa à venda de imobilizado:

Suponhamos que no ano N a empresa vendeu um imobilizado, a pronto pagamento, obtendo uma mais-valia de € 200,00. Supondo que, é um bem que em N-1 teve um custo de aquisição de € 3.000,00 e que tem depreciações acumuladas no valor de € 1000,00 a sua classificação seria a seguinte:

Quadro 15: Factura relativa à venda de imobilizado

CONTAS VALOR B IT O 43.8.1.5 1 000,00 € 11.1 ou 12.1 2 200,00 € 78.7.1 2 000,00 € CRÉD IT O 43.5.1.1 1 000,00 € 78.7.1 2 200,00 € 43.5.1.1 2 000,00 € Em que:

43 -

Activos Fixos Tangíveis

43.8 -

Depreciações acumuladas

(41)

Sandino Delgado - Gestão 29

43.8.1.5 -

Equipamento administrativo

78 -

Outros Rendimentos e Ganhos

78.7 -

Rend. e ganhos em investimentos não financeiros

78.7.1 –

Alienações

43.5 -

Equipamento administrativo

43.5.1 -

Equip. admin. – Próprio

43.5.1.1 -

Mercado nacional

No caso de se obter uma menos valia, o procedimento contabilístico era o mesmo com a diferença de, em vês de se debitar e creditar a conta 78.7, era creditada e debitada a conta 68.7 - Outros Gastos e Perdas - Gastos e Perdas em investimentos.

2.4.4. LANÇAMENTO DE DOCUMENTOS

Após todo o processo de separação e classificação dos documentos procede-se ao seu lançamento no programa informático utilizado na empresa Galileu Norte SA., designado por “Primavera”. No lançamento introduz-se vários elementos tais como a data, contas movimentadas, número dos documentos, número de lançamento, importâncias envolvidas, se vai a crédito ou a débito, dedução de IVA, centro de custo (Aveiro, Porto ou Braga).

Figura 3: Lançamento de documentos na contabilidade

(42)

Sandino Delgado - Gestão 30 À medida que se vai procedendo ao lançamento dos documentos é atribuído diário e número de lançamento para sua identificação, o que garante uma pesquisa eficaz posteriormente.

Na Figura seguinte podem observar-se alguns exemplos de lançamentos contabilísticos neste programa.

Figura 4: Contabilização dos Movimentos

Fonte: Primavera v7.50

Por mais cuidado que haja na contabilização das operações, por vezes cometem-se omissões ou praticam-se erros que importam corrigir assim que se detectam. Nos termos do artigo 39º do Código Comercial (CC) preceitua-se que “(…) se houver cometido erro

ou omissão em qualquer assento (lançamento), será ressalvado por meio de estorno”.

Assim, os lançamentos de estorno destinam-se a anular e a rectificar os lançamentos incorrectos.

(43)

Sandino Delgado - Gestão 31 Este programa permite ainda consultar os diários realizados, reconciliação bancária, extractos de contas, balancetes, balanços, demonstrações de resultados bem como outros mapas que contenham características da empresa.

2.4.5. ARQUIVO DE DOCUMENTOS

A fase seguinte e final consiste no arquivo dos documentos. Assim, após a classificação dos documentos e do consequente lançamento no programa informático, os documentos são guardados num dossier de arquivo relativo a cada cliente, onde fica indicado o ano a que respeita e o período de tributação. Estes permanecem numa secção do gabinete própria para o efeito pois, e de acordo com o nº 1 do artigo 52º do CIVA, torna-se necessário conservar os documentos durante dez anos“os sujeitos passivos são

obrigados a arquivar e conservar em boa ordem durante 10 anos civis subsequentes todos os livros, registos e respectivos documentos de suporte, incluindo, quando a contabilidade é estabelecida por meios informáticos, os relativos à análise, programação e execução dos tratamentos.”

2.5. IMPOSTOS

2.5.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Imposto é uma taxa ou quantia, paga obrigatoriamente por pessoas ou organizações ao Estado ou entes públicos, a partir da ocorrência de um facto gerador, com vista a realização de fins públicos. Segundo o sistema fiscal português, o imposto é uma prestação pecuniária, de carácter definitivo e coactivo. É devido por quem demonstre capacidade contributiva a favor do Estado ou de instituições de poder público.

Com isto temos 2 tipos de impostos e seus respectivos elementos:  Impostos Directos

(44)

Sandino Delgado - Gestão 32

Figura 5: Impostos

Fonte: PEREIRA, M. H. F. (2007)

2.5.2. IMPOSTOS DIRECTOS

Os impostos directos incidem directamente sobre o rendimento ou sobre o património das empresas ou dos particulares, obtido por um determinado contribuinte, que pode ser uma pessoa singular ou uma pessoa colectiva, e que são definitivamente suportados por estes.

2.5.2.1. IRC

IRC é a sigla de Imposto sobre o Rendimento das pessoas Colectivas, um imposto aplicado ao rendimento das empresas a trabalhar no país, incide sobre a manifestação directa ou imediata da capacidade contributiva. Estão sujeitas a IRC, as pessoas colectivas com sede ou direcção efectiva em território português, ou seja, residentes, como disposto no artigo 2º do CIRC.

(45)

Sandino Delgado - Gestão 33  Real: porque visa a tributação das pessoas colectivas sem atender à sua situação

pessoal;

 Periódico: porque se renova nos períodos de tributação, que normalmente são anuais;

 Estadual: porque é o Estado o sujeito activo da relação jurídico-tributária;  Proporcional: porque a taxa mantém-se constante, independentemente da

matéria colectável apurada;

 Global: porque incide sobre um conjunto de rendimentos provenientes de diversas fontes;

 Principal: porque goza de autonomia quer ao nível normativo quer ao nível das relações tributárias;

Na sequência da adopção do SNC o Código do Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas foi obrigado a sofrer algumas alterações, nomeadamente com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 159/2009, de 13 de Julho que alterou o Código do IRC adaptando-o às novas regras do SNC, como também, do Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de Setembro que estabelece o novo regime das depreciações e amortizações para efeitos de IRC.

A adaptação do CIRC ao novo SNC passa desde logo pela adaptação da nova terminologia, expressa no quadro seguinte.

Quadro 16: Adaptação do CIRC ao SNC

CIRC SNC Custos Proveitos Imobilizado Corpóreo Imobilizado Incorpóreo Exercício Existências Reintegrações e amortizações Provisões deprec. Existências

Gastos

Rendimentos/Réditos Activo fixo tangível Activo intangível Período

Inventários

Depreciações e amortizações Ajustamentos em Inventários

(46)

Sandino Delgado - Gestão 34

Outras provisões (bens activo) (…)

Perdas por imparidade (…)

Fonte: Decreto-Lei n.º 159/2009, de 13 de Julho.

O apuramento do IRC obtém-se seguindo o seguinte esquema, expresso na figura 6.

Figura 6: Apuramento do IRC

Resultado Líquido

(+ ou -) Variações Patrimoniais (artigo 21º e 24º do CIRC) (+ ou -) Correcções Fiscais (artigo 63º do CIRC e sgts)

Resultado tributável (artigo 17º do CIRC)

(-) Benefícios Fiscais (artigo 92º, nº2) (-) Prejuízos Fiscais (artigo 52º do CIRC)

Matéria Colectável (artigo 15º do CIRC)

(*) Taxa de IRC (artigo 87º do CIRC)

Colecta

(+ou -) Dedução/acréscimo à colecta (nº 2 artigo 90º do CIRC)

IRC

Fonte: Elaboração Própria.

O Anexo 12 comporta o comprovativo de pagamento de IRC no valor de 3.960,43 € referente a Dezembro de 2009 da empresa Galileu Norte SA. O pagamento do IRC, quando efectuado no prazo de cobrança voluntária, pode ser feito nos bancos, correios e tesourarias de finanças, através de moeda corrente, cheque, vale postal, débito em conta ou transferência conta a conta. No caso da cobrança coerciva, o pagamento é efectuado nas tesourarias de finanças que funcionem junto dos serviços de finanças ou tribunal tributário onde ocorrer a execução, como nos indica o artigo 113º do CIRC.

(47)

Sandino Delgado - Gestão 35

2.5.2.1.1 PAGAMENTOS POR CONTA

Nos termos do n.º 1, do artigo 104º do CIRC “As entidades que exerçam a título

principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola e as não residentes com estabelecimento estável em território português, devem proceder ao pagamento do imposto, …, em três pagamentos por conta, com vencimento em Julho, Setembro e 15 de Dezembro do próprio ano que respeita o lucro tributável…”.

Segundo o nº 1 do artigo 105º do CIRC, “os pagamentos por conta são calculados com

base no imposto liquidado, …, relativamente ao período de tributação imediatamente anterior àquele em que se devem efectuar esses pagamentos… .”Assim, para os

contribuintes cujo ano económico coincida com o ano civil, os pagamentos por conta são calculados com base na colecta do IRC do exercício anterior, líquida das retenções na fonte.

O nº 2 do mesmo artigo diz-nos que os pagamentos por conta dos contribuintes, se o volume de negócios do exercício imediatamente anterior foi igual ou inferior a €

498.797,90 são calculados aplicando-se a seguinte fórmula:

Por seu lado, o nº 3 do mesmo artigo refere que para o cálculo dos pagamentos por conta dos contribuintes cujo volume de negócios seja superior a 498.797,90€, aplica-se a seguinte formula:

Se o contribuinte verificar, pelos elementos de que disponha, que o montante do pagamento por conta já efectuado é igual ou superior ao imposto que será devido com base na matéria colectável do exercício, pode deixar de efectuar novo pagamento por conta. Em conformidade com o nº 4 e 7 do artigo 104º do CIRC, estão dispensados do

Valor de cada pagamento por conta = 70% *(Colecta N-1 – Retenção Fonte N-1) 3

Valor de cada pagamento por conta = 90% *(Colecta N-1 – Retenção Fonte N-1) 3

(48)

Sandino Delgado - Gestão 36 pagamento por conta os contribuintes cujo imposto a pagar seja inferior a € 24,94 e também quando o IRC do ano anterior tiver sido inferior a € 199,52.

Em suma, a Figura 8 sintetiza o esquema do cálculo de pagamento por conta. Figura 7: Pagamentos por Conta

Sim Não

Fonte: Elaboração própria

Se os pagamentos por conta não forem efectuados nos prazos devidos, começarão imediatamente a correr juros compensatórios, que serão contados: até à data do pagamento, no caso de mero atraso; até ao termo do prazo para apresentação da declaração (modelo 22 de IRC); até à data do pagamento da autoliquidação.

Encontra-se em Anexo 13 o comprovativo do 2º pagamento do ano 2010 referente à empresa Galileu. Pelo facto de não se dispor de informação da Modelo 22 em relação a A colecta é <199,52 €

Não existe obrigatoriedade de efectuar pagamentos por conta nº 4 art. 104º CIRC A colecta é> =199,52 € O volume de negócios é <=498.797,90 € 70% IRC - nº 2 art. 105º CIRC 90% IRC - nº 3 art. 105º CIRC

Obrigatoriedade de efectuar 3 pag. P/C. Julho, Setembro e Dezembro – nº 1 al. a) art. 104º CIRC

Referências

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