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Programa Sanitário Apícola

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Campo Grande 50, 1700-093 LISBOA

Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 1 de 22 – 26 fevereiro 2015

Programa Sanitário Apícola

2015

Direção Geral de Alimentação e Veterinária

Direção de Serviços de Proteção Animal

Divisão de Epidemiologia e Saúde Animal

(2)

Campo Grande 50, 1700-093 LISBOA

Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 2 de 22 – 26 fevereiro 2015

Índice

Página

A - INTRODUÇÃO

3

A .1- OBJETIVO

3

A.2- LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

3

A.3 - MODELOS PARA ACTIVIDADE APÍCOLA

3

A.4 – EFETIVO APÍCOLA

4

A.5 – SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

6

A.6 – APLICAÇÃO DO PROGRAMA

8

A.7 – ENTIDADES COMPETENTES

9

A.8- ANÁLISES LABORATORIAIS

9

A.9 - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CERA DESTINADA À ATIVIDADE APÍCOLA

10

B - MEDIDAS GERAIS

11

C. ZONAS

12

D. PLANO INTEGRADO DE CONTROLO OFICIAL A APIÁRIOS - PICOA

13

E. AETHINA TUMIDA NA EUROPA

14

F. INDEMNIZAÇÕES

20

G. DIVULGAÇÃO

20

G.1 AÇÕES DE DIVULGAÇÃO

20

G.2 FOLHETOS DE DIVULGAÇÃO

22

ANEXOS

ANEXO I - PLANO DE LUTA CONTRA A VARROOSE

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 3 de 22 – 26 fevereiro 2015

A - INTRODUÇÃO

A.1- OBJETIVO

O programa sanitário apícola 2015 foi elaborado ao abrigo do disposto no artigo 10º do Decreto-Lei nº 203/2005 de 25 de Novembro, visando o estabelecimento das medidas de sanidade veterinária para defesa do território nacional das doenças das abelhas bem como dos requisitos a que devem obedecer as zonas controladas.

A.2- LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Legislação Nacional

 Decreto-Lei 39 209, de 14 de Maio de 1953  Decreto-Lei nº 203/2005, de 25 de Novembro

 Decreto Legislativo Regional n.º 24/2007/A, de 7 de Novembro  Despacho nº 3838/2006, de 17 de Fevereiro

 Despacho nº 14536/2006, de 21 de Junho

Legislação Comunitária

 Diretiva 92/65/CEE do Conselho, de 13 de Julho, na sua versão atual de 13 de Julho de 1992  Regulamento (UE) nº 206/2010 da Comissão, de 12 de Março de 2010

A.3 - MODELOS PARA ACTIVIDADE APÍCOLA

Mod. 490/DGAV - Registo de Apicultor e Declaração de Existências de Apiários – O modelo 490/DGAV pode ser preenchido diretamente online no IDIGITAL (www.ifap.pt – Área reservada)

Mod. 488/DGAV - Comunicação de Deslocação de Apiários

Mod. 507/DGAV - Boletim de Apiário de Zona Controlada (revisão janeiro 2015)

Mod. 555/DGAV - Registo da Indústria e Comércio de Cera destinada à atividade apícola Os modelos encontram-se disponíveis no portal da DGAV nos temas:

 ANIMAIS>>ANIMAIS COM INTERESSE PECUÁRIO>>ABELHAS  DOENÇAS DOS ANIMAIS>>DOENÇAS DAS ABELHAS.

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 4 de 22 – 26 fevereiro 2015 A.4 – EFETIVO APÍCOLA

 De acordo com o disposto no Despacho nº 3838/2006, de 17 de Fevereiro, é obrigatória a declaração anual de existências de apiários, que decorre durante o mês de junho. Os dados das declarações

Quadro 1 - Declarações de atividade apícola

Regiões NÚMERO 2011 2012 2013 2014 NORTE Apiários 6.010 6.712 7.312 8.042 Colmeias 115.415 127.963 145.680 171.237 Cortiços 3.859 4.144 5.256 6.173 CENTRO Apiários 6.317 6.652 7.329 8.090 Colmeias 84.564 90.131 107.203 114.817 Cortiços 7.950 7.782 9.052 9.246

LISBOA E VALE DO TEJO

Apiários 400 441 445 473 Colmeias 7.243 7.792 7.373 7.528 Cortiços 358 548 511 464 ALENTEJO Apiários 5.091 4.493 4.925 5.060 Colmeias 83.048 92.623 94.734 100.258 Cortiços 4.260 4.421 4.255 3.488 ALGARVE Apiários 5.576 6.320 7.030 7.910 Colmeias 72.504 76.575 83.793 98.125 Cortiços 2.033 2.217 2.735 2.291

REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

Apiários 536 632 633 524

Colmeias 4.413 4.701 4.707 4.331

Cortiços 228 292 310 245

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

Apiários 345 326 328 334 Colmeias 3.948 4.077 3.441 3.482 Cortiços 0 0 0 0 TOTAL Apiários 24.275 25.576 28.002 30.433 Colmeias 371.135 403.862 446.931 499.778 Cortiços 18.688 19.404 22.119 21.907

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 5 de 22 – 26 fevereiro 2015

Gráfico 1 Gráfico 2 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000

Apiários Apiários Apiários Apiários Apiários Apiários Apiários Norte Centro Lisboa e Vale

Tejo

Alentejo Algarve R.A.Açores R.A.Madeira

Evolução do nº de apiários

2011 2012 2013 2014 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 160.000 180.000 200.000

Efetivo Efetivo Efetivo Efetivo Efetivo Efetivo Efetivo Norte Centro Lisboa e Vale

Tejo

Alentejo Algarve R.A.Açores R.A.Madeira

Evolução do efetivo apícola (colmeias e cortiços)

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 6 de 22 – 26 fevereiro 2015 A.5– SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Doença das abelhas de declaração obrigatória a nível nacional Decreto Lei nº 203/2005, de 25 de novembro

Doença endémica em Portugal

Loque americana.

x

Loque europeia

Acarapisose.

x

Varroose

x

Aethinose por Aethina tumida.

Tropilaelaps por Tropilaelaps sp.

Ascosferiose (unicamente em zonas controladas).

x

Nosemose (unicamente em zonas controladas).

x

A representação gráfica do número de análises efetuadas no gráfico 3 demonstra o trabalho conjunto do Estado e do sector, nomeadamente das entidades gestoras de zonas controladas, na sensibilização dos apicultores para a importância das análises laboratoriais para um correto diagnóstico das doenças nos apiários e assim fazer os tratamentos adequados e melhorar as condições sanitárias dos apiários. Assim foi possível determinar a prevalência de doenças de abelhas no território nacional, patente no gráfico 4, confirmar que a varroose é a doença que prevalece nas colónias nacionais e assim aferir da importância de um controlo eficaz da mesma. A estratégia de controlo da varroose encontra-se delineada no do “Plano de Luta contra a varroose” que é parte integrante do Programa Sanitário (ANEXO 1).

A análises comparativa contempla o período de 2008 a 2012, tendo em conta que em 2013 e 2014 decorreu o projeto piloto de perda de colónias, projeto em que foram efetuadas 3 visitas aos mesmos apiários, por ano, pelo que os dados analíticos obtidos não são comparáveis com os anos anteriores.

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 7 de 22 – 26 fevereiro 2015

Gráfico 3

Nº total de apiários analisados

Gráfico 4

% doenças diagnosticadas nos apiários analisados

55% 26% 29% 35% 34% 2% 1% 1% 1% 1% 12% 1% 3% 3% 2% 0% 5% 21% 17% 18% 5% 1% 2% 1% 1% 2008 2009 2010 2011 2012

% Varroose % Acarapisose % Ascosferiose % Nosemose % Loque americana 1.555 2.757 3.730 4.030 4.526 2008 2009 2010 2011 2012

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 8 de 22 – 26 fevereiro 2015 A.6– APLICAÇÃO DO PROGRAMA

O programa será aplicado em todo o território de Portugal Continental e nas Regiões Autónomas de Madeira e Açores (ver mapa1) de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2015.

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 9 de 22 – 26 fevereiro 2015 A.7 – ENTIDADES COMPETENTES

A Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) é autoridade competente a nível central é responsável pela elaboração, coordenação e acompanhamento do programa.

Às 5 Direções de Serviços de Alimentação e Veterinária das Regiões da DGAV (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve), à Direção de Serviços de Veterinária da Direção Regional Desenvolvimento Agrário na Região Autónoma dos Açores e à Direção Regional de Veterinária na Região Autónoma da Madeira, compete o controlo e execução das diferentes ações nas suas áreas de influência.

A.8- ANÁLISES LABORATORIAIS

O Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I. P é o laboratório nacional de referência para as doenças de abelhas – a quem compete coordenar e aprovar os laboratórios de rastreio oficiais e privados.

Pólo da Tapada da Ajuda Posto Apícola

Tapada da Ajuda 1300-596 Lisboa Tel: (+351) 211 125 547

Outros Laboratórios reconhecidos:

Laboratório de Sanidade Animal da DRAP Centro - Alcains

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 10 de 22 – 26 fevereiro 2015 A.9- INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CERA DESTINADA À ATIVIDADE APÍCOLA

Ao abrigo do Decreto-Lei nº 203/2005 de 25 de Novembro, a DGAV efetua os registos da Indústria e Comércio de Cera destinada à atividade apícola (ver lista disponível no portal da DGAV).

Em 2009, a Federação Nacional dos Apicultores de Portugal publicou, ao abrigo do Programa Apícola Nacional, um manual de boas práticas na produção de cera de abelha, que poderá ser consultado no respetivo portal (www.fnap.pt).

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 11 de 22 – 26 fevereiro 2015 B - MEDIDAS GERAIS

 Destruição de todas as colónias dos apiários em que seja diagnosticada doença considerada exótica no território nacional, com adoção de medidas de destruição, desinfeção e de vigilância adequadas à erradicação do agente etiológico. Estas ações são dirigidas, caso a caso, pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária e entidades competentes das Regiões Autónomas.

Plano de Luta contra a Varroose ( ANEXO I)

 Prestação de informação aos apicultores através de ações de divulgação, com recurso às organizações de apicultores e aos técnicos contratados por estas.

 No caso de início de atividade apícola, deverá ser apresentada à entidade recetora declaração justificativa da origem do efetivo.

 É obrigatória a aposição do número de registo do apicultor em local bem visível dos apiários.

 Sempre que ocorram alterações significativas superiores a 20% do número de colmeias, o apicultor deverá fazer a declaração de alterações à declaração de existências, no prazo máximo de 10 dias úteis após a sua ocorrência (Mod. 490/DGAV). As declarações de alterações deverão ser efetuadas a partir de alterações superiores ou iguais a 20 colónias do efetivo.

 Sempre que pretendam deslocar o(s) apiário(s), os detentores devem comunicar previamente às Direções de Serviços de Alimentação e Veterinária das Regiões a futura implantação do(s) mesmo(s) (Mod. 488/DGAV )

 No caso específico de deslocações para Zonas Controladas, deverão ser anexos à declaração os resultados de análises laboratoriais realizadas nos 3 meses prévios à deslocação. A Direção de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região de destino autorizará a deslocação, após análise dos resultados laboratoriais, excetuando em 2 situações:

 Resultados laboratoriais positivos a doenças de declaração obrigatória que não estejam comprovadamente presentes na Zona Controlada há mais de um ano

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 12 de 22 – 26 fevereiro 2015

 Resultado laboratorial positivo à Loque Americana, tendo em conta que, para a doença em causa, existem restrições de movimentação previstas nos certificados sanitários comunitários e internacionais.

 O Boletim de Apiário de Zona Controlada (Mod. 507/DGAV – versão janeiro 2015) é obrigatório para apiários sediados em zona controlada mas pode ser usado facultativamente para apiários sediados em zonas não controladas. Nele devem ser registadas as ações de tratamento, colheita de amostras, desinfecção, introdução de abelhas, ceras ou materiais, alimentação artificial e movimentação (transumância, deslocação).

 Todos os apicultores devem possuir um documento de registo dos medicamentos utilizados no(s) respetivo(s) apiário(s), podendo ser utilizado o modelo próprio para apiários disponível no portal da DGAV.

C. ZONAS

Para efeito de execução de ações, são diferenciadas as seguintes zonas na dispersão e controlo das doenças das abelhas:

I - Zonas endémicas não controladas – zonas em que a ausência da doença não foi demonstrada, não se procedendo a controlo sistemático das doenças.

II - Zonas controladas (lista e mapa disponíveis no portal) - zonas em que a ausência da doença não foi demonstrada, na qual se procede a controlo sistemático das doenças, levadas a efeito por entidade gestora reconhecida pela DGAV. As entidades Gestoras das Zonas Controladas devem cumprir o disposto no Normativo elaborado pela DGAV.

A lista de zonas controladas e respetivo mapa, com as devidas atualizações, encontram-se disponíveis no portal da DGAV.

III - Zonas indemnes - zonas em que a ausência da doença é demonstrável, e na qual se procede a ações de amostragem das doenças e dos trânsitos para essas zonas de abelhas, materiais ou produtos suscetíveis de contaminação.

Corresponde a área geográfica definida onde decorra um programa de vigilância para a as doenças de abelhas, e onde nunca tenham existido ou não existam resultados positivos à análise anatomopatológica para essa(s) doença(s) há mais de dois anos.

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 13 de 22 – 26 fevereiro 2015

Na zona indemne deve existir um plano de vigilância que permite demonstrar, através de amostragem representativa, a indemnidade em relação às doenças.

O reconhecimento da indemnidade é da responsabilidade da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, devendo ser submetida a proposta à Comissão Europeia, nos termos da legislação sanitária aplicável.

D. PLANO INTEGRADO DE CONTROLO OFICIAL A APIÁRIOS - PICOA

O Plano Integrado de Controlo Oficial de Apiários – PICOA - (ANEXO II) integra várias matérias da competência da DGAV, designadamente a saúde das abelhas, a utilização/ detenção ou posse de medicamentos veterinários e a segurança do mel.

O PICOA planifica as ações a realizar pelos serviços da DGAV uniformizando os procedimentos de controlo oficial nos apiários e integrando os diversos âmbitos de atuação acima referidos, de forma a melhorar a gestão dos meios e recursos envolvidos, nomeadamente os afetos às Direções de Serviços de Alimentação e Veterinária das Regiões (DSAVR).

Com a aplicação do plano, pretende-se obter uma melhoria do nível de proteção da saúde animal das abelhas e da segurança do mel, contribuindo para o desenvolvimento do setor apícola, nomeadamente pelo reconhecimento interno e externo da validade dos procedimentos implementados nos controlos oficiais.

No âmbito da Saúde Animal, os objetivos específicos do Plano são:

 Vigilância das doenças de abelhas de declaração obrigatória

Vigilância específica de doenças exóticas, designadamente Aethinose por Aethina tumida e Tropilaelaps por Tropilaelaps sp.

 Vigilância Sanitária com colheita de amostras de abelhas e favos para exame laboratorial  Verificação do cumprimento dos requisitos gerais do Decreto-lei nº 203/2005 de 25 de novembro

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 14 de 22 – 26 fevereiro 2015 E. AETHINA TUMIDA NA EUROPA

A aethinose por Aethina tumida é uma doença de declaração obrigatória ao abrigo do Decreto-lei nº 203/2005, de 25 de novembro, transmitida por um pequeno escaravelho das colmeias, Aethina tumida , da ordem Coleoptera e família Nitidulidae. A Aethina tumida é oriunda da África Sahariana mas foi reportado nos Estados Unidos da América (1996), no Egito (2000) e na Austrália (2002). Foram também reportadas ocorrências em diferentes regiões do Canadá, em 2002, 2006 e anualmente a partir de 2008 a 2012. (ver mapa 2).

Mapa 2 .Fonte: Manual práctico contra Aethina tumida y Tropilaelaps spp

Em setembro de 2004, Portugal recebeu uma remessa de abelhas rainhas importadas dos Estados Unidos. Por imposição da Direção Geral de Veterinária e atendendo ao disposto na Decisão Comunitária 2003/881/CE, os Serviços Regionais do Alentejo (região de destino da remessa) enviaram ao Laboratório Nacional de Investigação Veterinária de Lisboa, para análise, as gaiolas e abelhas acompanhantes importadas.

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 15 de 22 – 26 fevereiro 2015

A 22 de Setembro de 2004, o laboratório informou que foram encontradas larvas com características morfológicas que poderiam corresponder às da larva da Aethina tumida. Foram imediatamente enviados exemplares para o laboratório de referência europeu para confirmação.

A 28 de Setembro de 2004, o Sr Diretor Geral de Veterinária exarou o Despacho nº 24/G-2004, determinando o sequestro e colheita de material para análise, de todos os apiários existentes no raio de 5 km e respetivo inquérito epidemiológico.

Foi também imediatamente notificada a Comissão da Comunidade europeia, quer da suspeita da presença de Aethina tumida, quer das medidas adotadas pelo Estado Português.

A 6 de Outubro de 2004 foi confirmada a suspeita de Aethina tumida pelos laboratórios envolvidos, e todo o apiário (colmeias onde foram introduzidas as abelhas rainhas e todas as colmeias coabitantes) foi destruído por incineração, tendo o solo sido removido e desinfetado.

A deteção precoce e as medidas extremas imediatamente adotadas na eliminação do foco permitiram um controlo eficaz da Aethina tumida em Portugal e evitaram a sua disseminação no país e na Europa.

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 16 de 22 – 26 fevereiro 2015

Em setembro de 2014, os serviços veterinários oficiais italianos detetaram um foco de Aethina tumida em Itália, na região de Calábria, região do sul da Itália que ocupa a extremidade sul da península itálica ao sul de Nápoles. A Calábria é separada da Sicília pelo estreito de Messina. Em novembro de 2014 confirmou-se a presença de Aethina tumida na Sicília, em Siracusa

Fonte - Autoridades oficiais italianas As medidas adotadas pela autoridades italianas foram as seguintes:  Notificação imediata do foco de Aethina tumida

 Restrição de qualquer movimento de colónias de abelhas (quer para fora quer para dentro da região).  Recenseamento de todos os apíários existentes na região.

 Criação de uma zona de proteção com 20 km de raio, onde se procedeu ao: a) Recenseamento dos apiários.

b) Visita a todos os apiários.

c) Inspeção a 5% das colónias de cada apiário ( para detetar um nível de prevalência de 5% por apiário). d) Destruição dos apiários infetados.

e) No caso de inspeção negativa, aplicação de armadilhas e medidas de vigilância do apiário. f) Rastreabilidade de todos os movimentos comerciais e de transumância, dentro e para fora da zona.

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 17 de 22 – 26 fevereiro 2015

Na presente data, a situação mantém-se estável, com a presença da Aethina tumida na Europa limitada a Itália, nas regiões acima mencionadas.

Face à presença da Aethina tumida em Itália, Portugal mantém o estado de alerta através de medidas de vigilância passiva e ativa, face a qualquer possibilidade de entrada da doença no território nacional.

A vigilância passiva tem consistido em duas vertentes:

 Divulgação da doença:

o toda a informação sobre a matéria enviada pela Comissão Europeia e pelo Laboratório Europeu de Referência para as doenças das abelhas, é enviada para os Serviços Regionais da DGAV, o INIAV e à Federação Nacional dos Apicultores de Portugal, como representante do setor.

o Nova divulgação do folheto específico da doença elaborado pela DSPA, que constitui uma ferramenta de apoio à identificação (ou suspeita) da presença da Aethina tumida, reforçando também que qualquer suspeita deve ver comunicada à Direção de Serviços de Alimentação e Veterinária da respetiva Região.

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 19 de 22 – 26 fevereiro 2015  Vigilância clínica

o avaliação in loco pelos serviços regionais da DGAV de todas as suspeitas clínicas notificadas, com colheita de material para análise laboratorial (à data, não houve qualquer comunicação de suspeita de Aethina tumida).

A vigilância ativa baseia-se numa estratégia integrada com as seguintes vertentes e intervenientes:

Plano Integrado de Controlo Oficial de Apiários – PICOA - controlos sanitários oficiais executados pelos serviços regionais da DGAV, com colheitas de amostras para realização de análises anatomo-patológicas a favos e abelhas.

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 20 de 22 – 26 fevereiro 2015

Programas Sanitários de organizações de apicultores (que incluem entidades gestoras de Zonas Controladas) – elaborados e executados pelas organizações de apicultores. Estes Programas, incluem

entre outras medidas, visitas aos apiários, tratamentos contra a varroose e análises. Nas zonas controladas, é obrigatória a realização anual de colheitas de amostras, para análises laboratoriais a favos e abelhas, a todas as unidades epidemiológicas.

F. INDEMNIZAÇÕES

A atribuição de indemnizações por abate sanitário será acionada apenas em situação de doenças de declaração obrigatória consideradas exóticas em Território Nacional.

No caso específico de Loque americana, doença de declaração obrigatória constante no certificado sanitário internacional e intra-comunitário, e que atualmente é endémica no território nacional, a atribuição das indemnizações aos apicultores será acionada apenas para abates sanitários de apiários implantados em zona controlada indemne e caso a doença não tenha sido comprovadamente diagnosticada na zona há mais de 2 anos, com análises realizadas a todos os apiários pelo menos uma vez por ano, em Laboratórios autorizados pela DGAV.

G. DIVULGAÇÃO

G.1 AÇÕES DE DIVULGAÇÃO

A DGAV divulga as medidas constantes no programa sanitário e fomenta a criação de zonas controladas e de zonas indemnes através de ações de divulgação junto dos apicultores, nomeadamente através de organizações de apicultores.

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Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 21 de 22 – 26 fevereiro 2015

Em 2014, a DGAV (DSPA/Serviços Regionais) participou ativamente em várias ações de divulgação

Região

Nome da ação

Organização

Local

Data

Centro Legislação Apícola GNR Castelo Branco 15.01 2014

Centro coordenação Reunião de DGAV-DSAVRC Coimbra 14.03.2014

Centro IV Seminário de Apicultura Associação de Apicultores do Litoral Centro Mealhada 01.05.2014

Centro Ação de Sensibilização Associação de Apicultores da Beira Alta Viseu 03.05.2014

Lisboa e Vale

do Tejo Os segredos da abelha

Assoc. para o estudo e defesa do património

cultural e natural do concelho de Coruche

Coruche 10.05.2014

Alentejo Colóquio sobre apicultura Apilegre Alpalhão 21.06.2014 Norte Sanidade Apícola Reunião sobre APIMIL Vila Nova de Cerveira 21.06.2014

Centro Sanidade Apícola DRAPC Sortelha 26.09.2014

Algarve VII Encontro Regional

de Apicultura Melgarbe Patacão 18.11.2014

Lisboa e Vale

do Tejo Concurso Nacional de Méis 2014

Sociedade dos Apicultores

de Portugal Lisboa 28.11.2014

Centro Ação de divulgação -

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Campo Grande 50, 1700-093 LISBOA

Programa Sanitário Apícola 2015 - Página 22 de 22 – 26 fevereiro 2015 G.2 FOLHETOS DE DIVULGAÇÃO

A Direção de Serviços de Proteção Animal elaborou vários folhetos informativos sobre as doenças das abelhas, que se encontram disponíveis no portal da DGAV.

Referências

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