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MathTutor - Uma Ferramenta de apoio a Aprendizagem

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Academic year: 2021

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MathTutor - Uma Ferramenta de apoio a Aprendizagem

Luciana Bolan Frigo , Guilherme Bittencourt

½

Universidade Federal de Santa Catarina P´os-Graduac¸˜ao em Engenharia El´etrica Departamento de Automac¸˜ao e Sistemas

Caixa Postal 476 – CEP 88040-900 Florian´opolis, SC

lu@das.ufsc.br, gb@das.ufsc.br

Abstract. MathTutor is an Intelligent Tutor System (ITS) that has been develo-ped at Universidade Federal de Santa Catarina by the Math net group. Math-Tutor intends to show the main concepts of data and procedure abstraction for Fundamentals of Information Structure students in the Automation and Control Engineering undergraduate degree. This ITS uses cognitive agents technology what allows the construction of perceptive systems, improving the pedagogycal quality. To add new funcionalities in the system we use a set of tools that will be presented during the MathTutor description.

Resumo. MathTutor ´e um Sistema Tutor Inteligente desenvolvido, pela equipe do projeto Math net, na Universidade Federal de Santa Catarina, que pretende apresentar os principais conceitos de abstrac¸ ˜ao de dados e de procedimentos aos alunos de Fundamentos da Estrutura da Informac¸ ˜ao, aplicada no curso de Engenharia de Controle e Automac¸ ˜ao Industrial. MathTutor utiliza a tecno-logia dos agentes cognitivos que permitem gerar um sistema mais perceptivo, aumentando a qualidade sob o ponto de vista pedag ´ogico. Para a inserc¸ ˜ao dos agentes, assim como, outras funcionalidades ao sistema, utiliza-se um conjun-to de ferramentas dispon´ıveis que ser˜ao apresentadas durante a descric¸ ˜ao do MathTutor.

Palavras-chave: Sistema Tutor Inteligente, Sistemas Multiagentes, Ensino

1. Introduc¸˜ao

A Inteligˆencia Artificial (IA) oferece m´etodos e t´ecnicas para simular algumas atividades humanas como por exemplo, a de um tutor. Mesmo com uma significativa evoluc¸˜ao dos

softwares educacionais muitos deles ainda s˜ao do tipo Instruc¸˜ao Assistida por

Compu-tador (CAI- Computer Aided Instruction), apresentando limitac¸˜oes nos aspectos cogniti-vos, n˜ao permitindo uma utilizac¸˜ao personalizada e adaptada ao aluno. Visando superar estas limitac¸˜oes surgiram os sistemas de Instruc¸˜ao Assistida por Computador Inteligen-tes (ICAI), o qual pertencem os Sistemas Tutores InteligenInteligen-tes (STI) [Knezek, 1988]. Os STI’s s˜ao ferramentas de software que utilizam t´ecnicas de IA para ensinar algum tema ou habilidade. A principal diferenc¸a entre CAI e ICAI, ´e que este ´ultimo possui uma maior

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preocupac¸˜ao em como apresentar o conte´udo ao estudante. Para representar o conheci-mento existem diversos tipos de formalismos como por exemplo, regras de produc¸˜ao e l´ogica.

1.1. Motivac¸˜ao

Este artigo apresenta um Sistema Tutor Inteligente (STI) chamado MathTutor, que uti-liza IA para apoiar o aprendizado atrav´es de t´ecnicas cognitivas. O sistema ´e formado por agentes distribu´ıdos que interagem entre si possibilitando ao estudante assistir aulas, resolver exerc´ıcios e auto-avaliar-se, al´em de navegar livremente pelo curso.

MathTutor ser´a aplicado no curso de Engenharia de Controle e Automac¸˜ao In-dustrial na Universidade Federal de Santa Catarina para apoiar o ensino dos principais conceitos de abstrac¸˜ao de dados e de procedimentos da disciplina de Fundamentos da Estrutura da Informac¸˜ao [Bittencourt, 1998].

O MathTutor est´a baseado em um modelo para concepc¸˜ao e desenvolvimento de ambientes de aprendizagem assistidos por computador, chamado MATHEMA. Este mo-delo necessita de um ambiente computacional onde seja poss´ıvel construir uma sociedade de agentes cognitivos, isto ´e, agentes que incorporem um sistema especialista. Al´em disto ´e necess´ario dispor de um mecanismo de interface.

O objetivo deste artigo ´e descrever como o modelo MATHEMA foi utilizado para o desenvolvimento do MathTutor, que ferramentas foram utilizadas para implementar as diversas funcionalidades do sistema e, finalmente, como estas foram integradas.

O artigo est´a organizado da seguinte forma. Na sec¸˜ao 2 apresenta-se o modelo MATHEMA. Nas sec¸˜oes 3 e 4 descreve-se como o MathTutor est´a organizado e quais ferramentas foram utilizadas, respectivamente. E finalmente, na sec¸˜ao 5 tem-se as con-clus˜oes deste artigo.

2. Modelo MATHEMA

O MathTutor est´a baseado no modelo MATHEMA. Segundo o MATHEMA a adoc¸˜ao de uma abordagem multiagente na definic¸˜ao do sistema tutor ocorreu motivada pelos seguintes objetivos [Costa, 1997]:

1- propor um modelo para o dom´ınio de conhecimento levando em conta um compromisso entre aspectos de riqueza e estruturac¸˜ao relativo a um tal dom´ınio, como elementos de requisito para assegurar sua qualidade.

2- com a realizac¸˜ao da proposic¸˜ao feita para o modelo do dom´ınio, espera-se contribuir para tornar o sistema tutor mais perceptivo.

Nesse sentido, pretende-se investir na modelagem do estudante, propondo um m´odulo de diagn´ostico de qualidade, aproveitando do modelo do dom´ınio nos termos propostos.

3- definir um modelo de ambiente interativo de aprendizagem, considerando um enfoque multiagente e a noc¸˜ao de aprendizagem cooperativa.

Em decorrˆencia da adoc¸˜ao da abordagem multiagente uma s´erie de problemas surgiram e as tentativas de soluc¸˜oes para estes passaram a compor os novos objetivos do

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MATHEMA.

4- definic¸˜ao de modelos de cooperac¸˜ao e comunicac¸˜ao entre os agentes tutores. 5- definic¸˜ao da arquitetura do agente tutor.

6- definic¸˜ao da linguagem e protocolos necess´arios para viabilizar a interac¸˜ao entre os agentes tutores envolvidos.

7- elaborac¸˜ao de um modelo que descreva as interac¸˜oes did´aticas entre o estudante huma-no e a sociedade de agentes tutores.

8- definic¸˜ao da arquitetura interna da componente tutorial no agente: o sistema tutor, mo-delando as interac¸˜oes envolvendo os seus elementos. ´E aqui onde se localizar´a o modelo de dom´ınio, o modelo do estudante e o modelo pedag´ogico pertinentes a cada agente tutor. 9- desenvolvimento de um prot´otipo em um certo dom´ınio, como forma de validac¸˜ao dos resultados obtidos no ˆambito do ambiente MATHEMA [Costa, 1997].

A arquitetura do modelo MATHEMA ´e apresentada na Figura 1.

SATA Motivador Externo Aprendiz Humano Sociedade de Especialistas Humanos Agente de Interface Agente de Manutenção AT AT AT AT AT AT AT AT AT

Figura 1: Arquitetura do MATHEMA[Costa, 1997]

onde:

SATA - Sociedade de Agentes Tutores Artificiais AT - Agente Tutor

3. Sistema MathTutor

A interface apresenta ao usu´ario o ambiente de aprendizagem atrav´es de um navegador da Internet (Figura 2). Para gerar a interface foi utilizado o protocolo HTTP, que permitir´a a utilizac¸˜ao do sistema para ensino `a distˆancia. A interface apresentada ao estudante cont´em quatro campos:

 Busca  Navegac¸˜ao  Conte´udo

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 ´Indice das lic¸˜oes

A navegac¸˜ao permite: seguir para o pr´oximo t´opico da lic¸˜ao, mudar de texto para exerc´ıcio, de exerc´ıcio para texto e ainda visualizar seus dados cadastrais, suas anotac¸ ˜oes, solicitar a interpretac¸˜ao de um c´odigo solicitado etc. O ´ındice possui uma estrutura convencional de um livro. Todas as ac¸ ˜oes do aprendiz s˜ao enviadas para o m´odulo do estudante permitindo assim, a atualizac¸˜ao das vari´aveis referentes ao estudante. Estas informac¸˜oes facilitam a inferˆencia de qual a melhor traget´oria de aprendizagem para aque-le estudante.

Figura 2: Interface

´

E atrav´es da interface que o estudante ativa o agente de interface.

O agente de interface envia solicitac¸˜oes (mensagens) aos agentes da SATA provocando o disparo de regras.

A arquitetura de um agente da SATA no sistema MathTutor (Figura 3) apresen-ta trˆes m´odulos b´asicos: o m´odulo do estudante, o m´odulo do especialisapresen-ta e o m´odulo pedag´ogico.

O m´odulo do especialista possui as informac¸˜oes a respeito do conhecimento do conte´udo a ensinar; teoria e conceitos essenciais para que o estudante possa resolver um problema sozinho.

O m´odulo do estudante armazena as informac¸˜oes sobre a compreens˜ao do aluno sobre o dom´ınio de conhecimento. Obtemos esta informac¸˜ao construindo um modelo de como o estudante avanc¸a na aprendizagem do curso utilizando ferramentas de diagn´ostico contidas no modelo pedag´ogico.

O m´odulo pedag´ogico cont´em as regras para a tomada de decis˜ao que permitem determinar o quanto o aluno est´a aprendendo.

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Módulo Pedagógico Módulo do Estudante Representação do Conhecimento (Especialista ) Tutor Inteligente AT Agente de Interface Estudante Especialista Humano

Figura 3: Modelo do Agente Tutor

A concepc¸˜ao de um processo ensino-aprendizagem ´e centralizada no especialista, conforme mostra a Figura 4, podendo os agentes inteligentes assumirem algumas das tarefas destinadas `aqueles. Os agentes est˜ao organizados em sociedade onde existe um agente de interface respons´avel pela comunicac¸˜ao entre o aluno e o sistema. Atrav´es da interac¸˜ao entre os agentes, os alunos podem fazer as lic¸˜oes, resolver exerc´ıcios e navegar livremente pelo conte´udo.

Explica Conteúdo Especialista Planeja o Curso Planeja Exercícios Monitora os alunos Avalia Exercícios Esclarece Dúvidas

Figura 4: Func¸ ˜oes do Especialista

O sistema apresenta o conhecimento e interage com o estudante atrav´es de um navegador da Internet, seguindo as opc¸˜oes pedag´ogicas que o sistema tutor decide. O conhecimento ´e modelado utilizando regras. O tutor adquire conhecimento sobre o estu-dante atrav´es da sua interac¸˜ao com o navegador.

A Figura 5 apresenta como os agentes se relacionam e como se comunicam com o ambiente externo. Os agentes tomam suas decis˜oes baseados no modelo pedag´ogico e na base de regras do MathTutor.

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Agente de Interface

Agente Teórico Agente Prático Aprendiz

Figura 5: Modelo dos Agentes

3.1. M´odulo do Estudante

Para poder avaliar o que o aluno aprendeu ´e preciso interpretar seu avanc¸o no curso. A ´unica forma que o tutor interage com o aluno ´e por meio da interface, sendo necess´ario estabelecer algum crit´erio de avaliac¸˜ao que observa os seguintes aspectos:

 Se o estudante costuma rever o conte´udo  Se faz os exerc´ıcios

– exerc´ıcios corretos – exerc´ıcios errados  Se visualiza os exemplos

Estes dados s˜ao armazenados no banco de dados do MathTutor.

3.2. M´odulo do Especialista

O trabalho do especialista ´e elaborar as aulas, inserir o conte´udo referente a estas, cons-truir a base de conhecimento para o sistema especialista. Al´em de alimentar o MathTutor atrav´es de buscas na base de dados onde se armazena a informac¸˜ao de todo o trabalho realizado pelo estudante no curso. O especialista conta com um editor de conte´udo, que permite inserir textos, exerc´ıcios e, neste caso,interagir com o interpretador CLisp. Al´em disso, o especialista pode acessar uma ´area restrita e verificar os alunos que est˜ao matri-culados nas aulas e monitorar o desempenho deles.

3.3. M´odulo Pedag´ogico

O m´odulo pedag´ogico toma as decis˜oes sobre o que fazer a cada momento no tutor. A principal func¸˜ao do m´odulo pedag´ogico ´e aprofundar um t´opico caso o sistema perceba que o estudante esteja respondendo os exerc´ıcios com relativa facilidade, ou caso ele tenha dificuldades dever´a gerar um curso mais b´asico. Esta estrutura permite o sequenciamento curricular atrav´es das lic¸˜oes do tutor que determina o estilo de aprendizagem.

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4. Ferramentas

O STI proposto utiliza t´ecnicas de Inteligˆencia Artificial Distribu´ıda seguindo a aborda-gem de sistemas multiagentes. A principal raz˜ao de se introduzir agentes em um STI est´a nas propriedades que permitem ganho de qualidade sob o ponto de vista pedag´ogico como por exemplo a habilidade social e a flexibilidade. Adicionar agentes a um programa edu-cacional ´e intensificar os aspectos pedag´ogicos desej´aveis no ambiente [Giraffa, 1999].

Segudo a modelagem do dom´ınio do conhecimento, o MathTutor possui duas vis˜oes, uma pr´atica e outra te´orica. Fundamentado nestas vis˜oes temos os agentes te´oricos e os agentes pr´aticos. Os agentes se comunicam a fim de solicitar cooperac¸ ˜oes entre si, solucionando problemas mais rapidamente. O ambiente que permite a troca de mensagens entre os agentes ´e o JATLite (Java Agent Template Lite), atrav´es da linguagem KQML. O conte´udo destas mensagens s˜ao fatos que ser˜ao inseridos na m´aquina JESS, permitin-do que o sistema tome decis˜oes e mude o comportamento. A comunicac¸˜ao permitin-do estudante com o sistema ocorre atrav´es da interface, que ´e uma p´agina HTML com conte´udo ge-rado pelos Servlets. As p´aginas acessadas pelo usu´ario s˜ao armazenadas no banco de dados, assim como todas as informac¸˜oes referentes a ele, permitindo com que o sistema saiba exatamente que p´agina o usu´ario est´a acessando e o tipo de informac¸˜ao que ele est´a obtendo. As mensagens enviadas pelos agentes apresentam a seguinte forma:

(ask-one :sender AgenteInt :receiver ATProcedural :language KQML :content ”+id+”***”+paginaAtual+”) onde:

O agente de Interface envia uma mensagem para o agente te´orico, indicando qual o usu´ario e que p´agina ele est´a visualizando no momento e, a partir destas informac¸˜oes, o agente tomar´a alguma decis˜ao.

4.1. JATLite

O JATLite c[JATLite, 1997] - uma biblioteca de classes destinadas a implementac¸˜ao de

sistemas multiagentes - foi desenvolvido na Universidade de Stanford e fornece um mo-delo funcional para a construc¸˜ao de sistemas multiagentes usando o protocolo de rede TCP/IP e o protocolo de comunicac¸˜ao entre agentes KQML. O JATLite pode ser definido como um conjunto de classes escrito em linguagem Java que provˆe uma arquitetura b´asica para a construc¸˜ao de agentes que se comunicam atrav´es da Internet.

A arquitetura do JATLite ´e formada por cinco camadas: camada abstrata, camada de base, camada KQML, camada do roteador e camada de protocolo. Cada uma dessas camadas, possui um conjunto de classes que podem ser reutilizadas pelos usu´arios desen-volvedores. A camada do roteador garante a presenc¸a de um agente especial chamado Roteador que atua como um servidor de nomes dos agentes que fazem parte do sistema. Conhecer o enderec¸o dos agentes facilita a entrega das mensagens aos destinat´arios.

A transmiss˜ao das mensagens entre os agentes pode se dar atrav´es de um meca-nismo de pooling onde o agente emissor verifica se o receptor est´a conectado e envia a

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mensagem. As conex˜oes entre os agentes s˜ao feitas de uma maneira persistente, ou se-ja, fica ativa at´e que o agente resolva fech´a-la ou um tempo m´aximo de ociosidade seja atingido (timeout).

Uma das maneiras de se desenvolver um sistema multiagente fazendo uso da ferra-menta JATLite, ´e atrav´es da camada do roteador. Essa camada traz facilidades no sentido de abstrair detalhes de programac¸˜ao de baixo n´ıvel podendo-se reutilizar toda a infra-estrutura das camadas inferiores. A camada do roteador se caracteriza pela presenc¸a do agente Roteador que presta v´arios servic¸os aos agentes conectados a ele. Tais agentes en-viam as mensagens para o Roteador, e este as remete para o enderec¸o correspondente ao agente receptor. Se por algum motivo o agente receptor n˜ao puder receber a mensagem de outro agente, esta ser´a armazenada em arquivos at´e o momento em que esse agente entre em operac¸˜ao normal. O MathTutor utiliza o JATLite atrav´es da camada do roteador para construir seus agentes.

4.2. JESS

Um conjunto de regras representam o conhecimento heur´ıstico de um especialista humano em determinado assunto, neste caso abstrac¸˜ao de dados e abstrac¸˜ao de procedimentos. J´a a base de conhecimento representa o estado de uma determinada situac¸˜ao, formando o que chamamos de um sistema especialista.

O JESS ´e utilizado em diversas aplicac¸˜oes, mas o uso do JESS com a tecnologia dos Applets [Friedman-Hill, 1997] deixa o sistema muito pesado. Por isso quando a id´eia ´e utilizar aplicac¸˜oes com JESS via navegador, devemos considerar o uso do JESS do lado do servidor, como o que ocorre no caso dos Servlets. Assim enviamos apenas o resultado do processamento para o estudante, dispensando-o de carregar grande parte do sistema para sua m´aquina o que torna a interac¸˜ao com o sistema bastante lenta e entediante do ponto de vista do estudante. O MathTutor utiliza a biblioteca do JESS atrav´es de uma aplicac¸˜ao Java.

Pode-se exemplificar o funcionamento do JESS atrav´es da busca do estudante por um determinado conte´udo no sistema. O estudante digita uma palavra ou uma frase. Caso o estudante tenha digitado uma frase, uma func¸˜ao Java separa as palavras da frase extraindo as palavras-chaves. A partir da´ı o JESS verifica qual ou quais palavras est˜ao contidas na base de conhecimento do sistema. ´E apresentado o resultado da busca para o usu´ario. A regra apresentada a seguir mostra como funciona a busca pela palavra Pascal, por exemplo.

(defrule Pascal

(preferˆencia Pascal)



(store “exibir1” “http://baker.das.ufsc.br:8080/tutor/servlet/...”) (store “titulo1” “Pascal”))

Tanto os exerc´ıcios como os exemplos do MathTutor s˜ao realizados em CLisp. O CLisp lˆe os dados de entrada de um arquivo, onde s˜ao gravadas as func¸ ˜oes criadas pelo usu´ario, e faz a interpretac¸˜ao. O resultado ´e ent˜ao armazenado em um arquivo e os erros sint´aticos s˜ao armazenados em outro. Estes arquivos s˜ao ent˜ao lidos por m´etodos res-pons´aveis por apresentar ao estudante, atrav´es da interface, os resultados da interpretac¸˜ao

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do algoritmo por ele apresentado [Faria and Bittencourt, 2000].

4.3. Java Servlets

Java Servlets s˜ao aplicac¸˜oes Java que rodam dentro de um servidor web. Os Java Ser-vlets possuem um modelo de programac¸˜ao similar aos scripts de CGI1, na medida em

que eles recebem uma solicitac¸˜ao HTTP de um navegador web como entrada e espera-se que localizem e/ou construam o conte´udo apropriado para a resposta do servidor. To-dos os Servlets associaTo-dos a um servidor web rodam dentro de um ´unico proceso. Ao inv´es de criar um processo para cada solicitac¸˜ao, o JVM (do inglˆes Java Virtual

Machi-ne, programa espec´ıfico da plataforma para rodar programas Java compilados) cria um

encadeamento Java para tratar de cada solicitac¸˜ao de Servlet.

J´a que a JVM persiste al´em de uma ´unica solicitac¸˜ao, os Servlets tamb´em podem evitar muitas operac¸ ˜oes demoradas, como conex˜ao a um banco de dados, ao compartilh´a-los entre as solicitac¸˜oes.

Pelo fato de serem escritos em Java, os Servlets aproveitam todos os benef´ıcios da plataforma Java b´asica como: um modelo de programac¸˜ao orientado a objetos, ge-renciamento autom´atico de mem´oria, portabilidade compat´ıvel com v´arias plataformas etc.

Os Servlets fornecem uma metodologia baseada em Java para mapear solicitac¸˜oes de HTTP em respostas HTTP(Figura 6). A gerac¸˜ao do conte´udo da web dinˆamico usando Servlets ´e realizada atrav´es de c´odigo Java que fornece a HTML representando aquele conte´udo [Fields and Kolb, 2000].

HTTP Servlet Recebe

solicitação

Cria

encadeamento

Gera resposta Envia resposta

Figura 6: Servlets 4.4. Banco de Dados

O banco de dados utilizado ´e o PostgreSQL, que armazena as informac¸˜oes do sistema. Estas informac¸˜oes se referem principalmente ao estudante e s˜ao utilizadas para trac¸ar o perfil do mesmo. O acesso ao banco de dados tamb´em ´e feito atrav´es de programas Java.

4.5. Integrac¸˜ao

A integrac¸˜ao das ferramentas s´o foi poss´ıvel pois, a linguagem escolhida foi Java. Esta decis˜ao visa a portabilidade do sistema e sua independˆencia em relac¸˜ao a plataformas. Uma vez definida a linguagem de programac¸˜ao, buscaram-se ferramentas de dom´ınio p´ublico com as caracter´ısticas desejadas. Aplicac¸ ˜oes JESS e JATLite podem ser escritas e controladas em um c´odigo Java, atrav´es do uso de suas bibliotecas.

1COMMON GATEWAY INTERFACE Mecanismo para servidores web passarem as informac¸˜oes

soli-citadas para programas externos, que foram executados pelo servidor para gerar respostas no tempo de execuc¸˜ao.

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5. Conclus˜ao

O desenvolvimento de um STI n˜ao ´e uma tarefa simples, pois al´em da arquitetura do sistema, que envolve diversas ´areas da engenharia e computac¸˜ao, exige a interdiscipli-nariedade com ´areas pedag´ogicas essenciais a um sistema que tem por objetivo aliar a tecnologia com a educac¸˜ao. Ap´os a composic¸˜ao do modelo te´orico, ´e necess´ario buscar as ferramentas adequadas para que o resultado pr´atico seja o mais pr´oximo poss´ıvel do modelo idealizado.

O MathTutor pretende mostrar que apesar de todas as dificuldades encontradas, um STI pode se tornar um grande aliado em sala de aula, contribuindo para o enrique-cimento das aulas e fixac¸˜ao do conte´udo apresentado. Resumindo as principais carac-ter´ısticas do MathTutor podemos dizer que utilizamos a linguagem Java, por sua inde-pendˆencia de plataforma e popularidade; a KQML como padr˜ao de comunicac¸˜ao entre agentes; e o mecanismo de heranc¸a da programac¸˜ao orientada a objetos, s˜ao pontos mar-cantes dentro do JATLite que a identifica como uma ferramenta de grande funcionalidade e produtividade para construc¸˜ao de agentes na rede Internet. Fica em aberto trabalho futu-ro no campo de ferramentas para gerar os t´opicos, criac¸˜ao de novos dom´ınios espec´ıficos, acrescentar vari´aveis ´uteis `a caracterizac¸˜ao do estudante que permitam ajustar melhor o tutor `as necessidade do estudante.

Referˆencias

Bittencourt, G. (1998). Fundamentos da Estrutura da Informac¸˜ao, Florian´opolis: UFSC.

http://www.lcmi.ufsc.br/ gb/fei/.

Costa, E. d. B. (1997). Um Modelo de Ambiente Interativo de Aprendizagem Baseado

numa Arquitetura Multi-Agentes. PhD thesis, Universidade Federal da Para´ıba, Brasil.

Faria, T. d. F. and Bittencourt, G. (2000). Um ambiente interativo multiagentes para o ensino de estrutura da informac¸˜ao. XI Simp ´osio Brasileiro de Inform ´atica na Educac¸˜ao

(SBIE’2000).

Fields, D. and Kolb, M. (2000). Desenvolvendo na Web com Java Server Pages. Editora Ciˆencia Moderna, Rio de Janeiro.

Friedman-Hill, E. (1997). Jess, the Java Expert System Shell. Technical report, Livermo-re, CA, http://herzberg.ca.sandia.gov/jess/.

Giraffa, L. M. M. (1999). Comparac¸ ˜oes entre sistemas de ensino inteligente. Porto Alegre: PUCRS,http://www.inf.pucrs.br/ giraffa.

JATLite (1997). Java agent template lite. Technical report, Stanford University, http://java.stanford.edu/java agent/html/index2.html.

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