UMA NOVA ESPÉCIE DE CYRTONEURINA GIGLlO-TOS DO BRASIL (DIPTERA, MUSCIDAE)
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( r r lO//I'IIIÚIIl !llImrcscilll, sp,n, foi encolltrada em material ell,'iad() para identific"H;úo p,'lo Dr. Carlos lI., H, Fkdltmallll (LJllinc'rsidad,c' Estadllal !'aullsta JlIlio dl' 1\le:--quita Filho, Campus llt: Ilha Soltc'ira, Súo Paulp), A ,lhkll\'Ú() dos adultlls sv tez a partir dc' lalYas l'olc'!adas t'1ll I~Le, de ho,'ino da ra,;a Clult'rá elll Seh-íri:t, 1\lato (Jr()"" do Sul.
Cyrtoneurina pararescita,
sp,n, Flgs '-10IIoltítipo madlo, I3r-MS-Seh'íria !Brasil, Mato Grosso do Sull/ U:--.JES!" , tÚIllI Ex GUI.l'r;í c'attle dr()p/ping -Umc//illrilllll'/CII///(/I'//S pa,tllrc'/ '-I\IA, /\,C.
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!mallusl'ritll!, Pup;íri() no IllcSIllO alfinc'l,' d,) adulto, alllhos l'lll Illolltagl'm dupla (t\1theU Naciollal do Rio de Jallc'iro - ~1;\iR.lj, Em hOllle,tado, tarso da perna anterior c',qul'nla e pl'ma po,krior c',qul'nla qUc'hrado" seg ml'nto, krminais d() ahd')Illc'n l' krmill;ílla ac()ndil'ionados em tuhlnho dc' ,'idru C'lI11 glicerina,Par;ítipo t~'mea, ~ksmo rútulo do holútipo, Metade ankrior tio pupário no
llleSIllO alfinde do adulto, alllhos c'1ll Illolltagem dupla (MNKJ), EIIl hom estado,
tarso da pl'rna média l',~qul'nla qUt'hrad(), alxliimen, knnin:ílla
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' !lldad
.. pw,tc-rior do I'lIP;'Í1lo <ic'ondl,'ionado,: l'm tuhinho de ,'idro com glll'c'rilla,i{c'l'Ollh .. c i 1l11'nt(l , I'rosll'llo nu, l','rda pré-alar des"Il,'oh'ida, ClTl'i' lk ! I:! do l"<)lllprilllc'nto da prilllelra ,upra-alar. temea C,llll IIIll par dc' l'c'rdas inkr-frtllll;tis l'ru7.ada~, anc'piskrno l',lIn trl:S c'ílios ahaixo da ú:rda n'ltopkural ankri()J, /\-;a
hialina, l'OIllUIll:t malll'ha l'astanha nt) ápi,'c' da R Iv elll "/lI ta da~ "cia, trans''c'r''lis
r-Ill l' Ill-Ill, esta líltlma muito h'a,'a, R I na Ltl'l' "c'lltral l"II11 dlios 111) 1/4 :tpical. Pernas Gt,tallh"-l'sl'uras, Tíhia jl'hlL'rior nas Etct', ;1 II te ro-Llorsa I. úntc-ro-,-.'ntral t'
p"hkro-"c'ntral l'OIll Ullla c'urta l'erda nll'tllana, Tt.'rlllin;ília kllllllllla l'(11ll l'\'I"\"()S c'mto, e arrl'tlolldado" l'OIll mlCfotríquia', ,egllll'llhl Vll/ l'uIY(!. com ,',pinho, lc'
I) ~ILJ~LlI Na~'Hlllal ()uillt:t da Bua Vi~la. S"in Cri:--tl·\\~ip. :!()l)-tO 04n Rill ti.: .1~lIl~lrtl. Ri,) d~' .Ian~ln).
Bra~il. Htll ... j ... ta d,\ CNP~.
230 COURI
microtríquias e com oito espinhos desenvolvidos no ápice. T erminália masculina
com edeago C'om espinhos em enlumescimento mediano.
Colora<.;ào. Castanho-esl"llra. Frontália, parafront,ília, fac'iália e ltínula
castanhas com polinosidade prateada. Antena com terceiro artÍl"ulo ,'astanho com polinosidade cinza, amarelo na hase e segundo artículo amarelo na mc'lade apic·al.
Pr~-escuto com quatro listras castanhas e escuto com três. a mediana atingindo a
hase do eSl'1.1telO. Pós-pronoto e escutdo da mesma cor qUe o mesonoto. Calíptras
hialinas. Halter amarelo. EsplnÍl"ulo posterior castanho. Asa hialina, com uma mancha castanha no ápic'e da R I e em volta das veias transversais r-m e m-m, esta lÍltima muito fraca. Pernas castanho-escuras com articula,,'úes fé'moro-tlhiais
amarelas. Ahdtllllen com manchas castanhas laterais nos tergitos.
Descri<.;ào. Macho. Comprimento: 4,6mm: asa: 6mm.
Cahel,'a. Olhos nus, afastados por um espa~o 4.4 VeZes menor qUe a largura da cahe,,'a, no nível do ocelo anterior. FaCc'las úntero-internas um pouco maiores
qUe as del11ais. Cerdas frontais em IllÍl11ero de nove pares, o tíltimo voltado para
trás. Antena inserida pouco ahaixo da métade dos olhos, com terceiro artículo
medindo cércadé 3.4 VeZeS o comprimento do segundo. Arista plumosa, com cerca
de II cílios. Vihrissa túrte acompanhada de duas suh-\'ihrissais túrtes. Palpo
levemente espatulado no ápice.
Tórax. Cerdas al"rosticais O: I. Cerdas dorso-centrais 2 +4. os dois
primei-ros pares p<ís-suturals semelhantes entre si e cerca da mc'lade do compri Illento do
terceiro par. quarto par cerca de 1,8 Vezes o cOlllprimento do lerc·eiro. Duas cerdas
ul11erais, a externa cerca do dohro da interna: uma pós-umeral. uma pr~-sutural longa. Cerda pr~-alar desenvolvida, cerca de 1/3 do comprimento da pril11eira
supra-alar. duas supra-alares, a anterior mais longa, duas p<Ís-supra-alares, a
posterior o dohro da anterior, cerda intra pós-alar ausente. Notopkura ,'om duas
cerdas semelhantes entre si. Escutelo comum par de cerdas hasais e Ulll de apicais,
amhos longos, dois pares de laterais, cerca da metade do c'olllprimcnto dos demais.
Prosterno nu. Anepisterno com três cílios longos ahaixo da cerda notopleural
anterior e hordo posterior com uma s~rié de 6 cerdas fortes. Ccrdas cakpisternais
1:2. Caliptra inferior medindo Cérca de 2,3 vezes a posterior. R I COIll cílios na face dorsal. desde a transversa llllléral at~ quase o ápice, túce ventral c'OIll c'íI ios no quarto apical. MI
+
2
com cílios nas duas túces, próxilllos ao n<Ídulo. Fêmllranterior nas faCes p<ístero-\'entral, póstero-dorsal é posterior COIll Ullla s~rie de
cerdas. Tíhia nas faces úntero-dorsal e póstero-dorsal COIll ullla cerda pr~-apil'al.
face úntero-ventral com uma cerda apical. Tarso com primeiro segmento longo.
com cOl11primento semelhante
à
soma dos demais tarS{lmeros. Unhas e pulvilospequenos. Fêmur m~dio na túce ,lntero-véntral com uma s~rie de l'erdas curtas,
mais l'urta~ na métade apical: hlCe pústero-ventral com uma s~rie de cerdas, as da
metade hasal mais desenvolvidas: face posterior com duas c'erdas pré-apic'ais semelhantes entré si. TI11ia na túce posterior com uma cerda no ter<.;o m':'dio e uma suhapical: t~ICéS úntero-ventral. p<ístero-ventral e posterior l"<1I11 lima c'erda apical. Tarsi)Illeros, unhas e puh'ilos como no primeiro par de perna~. fêmur posterior nas hlces ,lntero-ventral e úntero-dorsalc'olll uma sérié completa de c·erdas. as do 1/3 apical da face' ântero-\'entral mais longas e fortes. Tíhia nas fac'es <ln
Uma nova espécie de Cyrtoneurina ... 231
ventral, ântero-dorsal e póstero-dorsal com uma cerca mediana; tace póstero-dorsal com uma série de cerdas curtas no terço apical; faces ântero-dorsal e ventral
com uma cerda apical. Tarso, unhas e pulvilos como nos outros pares.
Ahdômen. Tergitos II-IV com uma série de cerdas marginais. Tergito V
com uma série de cerdas discais. Estemito V com profunda incisão posterior
(Fig. I).
04
Figs 1-10. Cyrtoneurina pararescita, sp.n. (1) Quinto tergito, macho; (2) placa cereal e
sustilos, vista dorsal; (3) placa cereal e sustilos, vista lateral; (4) edeago, vista lateral; (5)
ovipositor, vista dorsal; (6) ovipositor, vista ventral; (7) ovipositor, vista lateral. (8) espermatecas; (9) espiráculos posteriores, pupário; (10) fendas espiraculares posteriores,
pupário.
Tenninália. Placa cercaI estreita, sustilos alongados (Figs 2-3). Edeago com
espinhos em entumescimento mediano; parâmero com cílios no ápice (Fig. 4). Fêmea. Similar ao macho, dikrindo no que segue: espaço interocular, no nível do ocelo anterior, cerca de 1/3 da largura da cabeça. Cerdas interfrontais
cruzadas presentes. Cerdas frontais em número de oito pares.
Termjnália. Ovipositor de tamanho mediano, cercos curtos e arredondados e com microtríquias, hipoprocto e epiprocto curtos, segmento VIII curvo, com
espinhos e microtríquias e com oito espinhos desenvolvidos no ápice (Figs 5-7). Espermatecas piriformes, em número de três (Fig. 8).
Pupário: Castanho médio, extremidade distal convexa. Espiráculos poste-riores fortemente aproximados e com dois processos espinhosos (Fig. 9). Fendas espiraculares sinuosas (Fig. 10).
Etimologia. O nome específico se refere
à
semelhança morfológica daespécie descrita com
C.
/"escira.232 COURI
()i~l'lI~~;i(), C /Nlmre.l'l'Írll é 1l1()rf()logi.:amenk mllit() senwlhank a C.
re"l'irll Walker. 1 fiM), diferind() principalmente' pela cnlo!'<lI,'Ún da~ perna~ e pela
te:rmin;ília lemlllina, SNYDER (1954: 4:11) faz o ~egllllllc' l'(llllent,if'l() ~ohre a"
e~pécie~ de~te gênero: "S()me dw;e1y allied ~peCle~ Whll'h exhd11t ,tnking
chadotaxic dint:rence~ have remarkahly ~imilar genitalia. \\'hile l'ertain 'I)el'ie"
which are ~cparahle nnly on ~Iight color diftt:renl'e~ exhihit dl,tinl'l difkrenl'e~ in
lhe felllale te:rminalia (e,g,. I \'III/li. Fig. 14: /w/y.l'rit;lIIl1. Fig, ICl: and il/mgllirll.
Fig. 17)", E~k alltor examinoll 250 eSpél'il11en~ de C rl'.I'l'Írll de alllhn~ ()~ ~eX()~.
além de algllm makrial-lipo, Pro\'a\'elmenk nem loda~ a~ temea~ foram dis~ecada"
e é p()~~í\'e1l\lIe haja ma i~ de lima e~pél'ie no material pi Ir ele ()h~en'ado. A~ tellla~ di~~ecada" de C re.l'cirll da Co!et.;ào de Diptera do M NR.I apre~entam ()\'ip()sitor (nmo a figllra 12 de SNYDER (of1. cir) para esta e~pé(le. As termlmilia~ ma~cll"nas de C. f'('.I'cirll. C. I\'II//Ii e C /NIUI/'I','Tirll ~ào hastante: semelhante~.
AGRADECJr\'IENT()S, A" Dr, Carl", A, H, Fkdllll"'lIlI (L1l1i,.:,.,i",,".: [,'adual Pauli,l"
.Iulil) d~ f\k .... quila Filh". CamIHJ' d~ Ilha Snltl.'ira. Sao Paul,)). pl..'l:.l nptlrlllllid,llk' d\,., l.':-.tudar l.':-.h: Illakrial.
REFERÊNCIAS
SNYDER. F, M. 1954. A re\'is()n ()fC\'/'II!IIl'lIril/lI Gigllll-T\h.with n()k, IlIl rclakd
genera (Dlpkra. MIN'ldae). BulI. Amcl'. I\lus. Nal. IIi" .. IOJ «()): 4~1-461.
Recebido em 10 XI, 199-1, aceito em 2S VI 1995
