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Custo energético, número de repetições máximas e percepção subjetiva do esforço no exercício resistido em plataformas estáveis e instáveis

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2011

PATRÍCIA SILVA PANZA

CUSTO ENERGÉTICO, NÚMERO DE REPETIÇÕES

MÁXIMAS E PERCEPÇÃO SUBJETIVA DO ESFORÇO

NO EXERCÍCIO RESISTIDO EM PLATAFORMAS

ESTÁVEIS E INSTÁVEIS

Dissertação de Mestrado em Ciências do Desporto

Especialização em Actividades de Academia

(2)

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

 

PATRICIA SILVA PANZA

CUSTO ENERGÉTICO, NÚMERO DE REPETIÇÕES MÁXIMAS

E PERCEPÇÃO SUBJETIVA DO ESFORÇO NO EXERCÍCIO

RESISTIDO EM PLATAFORMAS ESTÁVEIS E INSTÁVEIS

Dissertação de Mestrado em Ciências do Desporto Especialização em Actividades de Academia

Orientador: Professor Doutor Jeferson Macedo Vianna

Este trabalho foi expressamente elaborado com vista à obtenção do grau de mestre em Ciências do Desporto Especialização em Actividades de Academia, nos termos do decreto-lei nº 107/2008, de 25 de Junho.

Vila Real, Portugal,

(3)

AGRADECIMENTOS

Agradeço à minha mãe Hermínia, que me deu a vida e me ensinou a viver com dignidade. Eu gostaria de agradecê-la pelas inúmeras vezes que ela me enxergou melhor do que eu sou, pela sua capacidade de me olhar devagar, já que nessa vida muita gente já me olhou depressa demais. Sou o resultado da sua confiança e da sua força. Seu amor e incentivo foram primordiais para essa conquista.

Impossível encontrar palavras que traduzam minha gratidão a Jeferson Vianna, que soube dividir seu tempo para cumprir seus vários papéis em minha vida, como orientador, marido e pai da nossa pequena Zaira, que foi nossa maior conquista juntos. Obrigada pela ajuda incondicional e principalmente pela oportunidade a mim confiada.

Agradeço à minha filha Zaira, por ter me ensinado o verdadeiro sentido da vida. Por me proporcionar a minha maior vitória pessoal, que foi a de ser MÃE!

Aos professores Vinicius Damasceno, Fernando Policarpo e Jeferson Novaes pelas sugestões que foram essenciais no desenvolvimento deste trabalho.

Aos alunos da Faculdade de Educação Física e Desportos da UFJF, em especial a Liliane Aranda, Arthur Bossi e Augusto Pedretti.

Aos meus amigos do mestrado, pela ótima convivência, e principalmente à amiga portuguesa Nádia Magalhães, pelo seu bom humor e pelos carinhos na Zaira, quando essa ainda estava em meu ventre.

Agradecimento a Faculdade de Educação Física e Desportos da UFJF, por permitir o uso de suas instalações e equipamentos para que eu pudesse realizar minha pesquisa.

Obrigado a todas as pessoas que contribuíram direto ou indiretamente para meu crescimento pessoal e científico.

Por último, mas não menos importante á DEUS, por ter sido lâmpada para os meus pés e luz para meu caminho.

(4)

ÍNDICE GERAL

AGRADECIMENTOS ... II 

ÍNDICE GERAL ... III 

ÍNDICE DE TABELAS ... IV  ÍNDICE DE FIGURAS ... V  LISTA DE ABREVIATURAS ... VI  RESUMO ... VII  ABSTRACT ... VIII  I. INTRODUÇÃO ... 1 

II. REVISÃO DE LITERATURA ... 6 

2.1- Exercício resistido ... 7 

2.2- Exercício resistido e custo energético ... 8 

2.3 - Plataformas Instáveis ... 10 

2.4 - Exercício resistido e percepção subjetiva do esforço ... 13 

III. METODOLOGIA ... 15  3.1 - Amostra ... 16  3.2- Procedimentos ... 17  3.3 Procedimentos Estatísticos ... 21  IV. RESULTADOS ... 22  V. DISCUSSÃO ... 26  VI. CONCLUSÃO ... 31 

VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 33 

(5)

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Características antropométricas da amostra (n=10) ... 16 Tabela 2: Valores absolutos do supino reto na plataforma estável (banco) e na

(6)

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Desenho das sessões do estudo. ... 17 Figura 2: Valores absolutos do supino reto no banco e na bola suíça da variável

Custo Energético (kj). p = nível de significância; *diferença significativa entre o CE no supino reto (banco) e supino reto (bola) ... 24

Figura 3: Valores absolutos do supino reto no banco e na bola suíça da variável

Percepção Subjetiva do Esforço – OMNI. p = nível de significância ... 24

Figura 4: Valores absolutos do supino reto no banco e na bola suíça da variável

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LISTA DE ABREVIATURAS

ACSM American College of Sport Medicine

ATP adenosina trifosfato

cm centímetro

CE custo energético

DOA déficit de oxigênio acumulado

EPOC excesso de consumo de oxigênio pós exercício

ER exercício resistido

FC frequência cardíaca

ICC coeficiente de correlação intraclasse kcal calorias

Kj kilojoule

Kg kilograma

L litro

MLG massa livre de gordura

min minuto

ml mililitro

O2 oxigênio

OMNI-RES escala de exercício resistido

PSE percepção subjetiva do esforço

RER taxa de troca respiratória

VO2 consumo de oxigênio

VO2max consumo máximo de oxigênio

VO2R consumo de oxigênio de reserva

(8)

RESUMO

Acredita-se que o exercício resistido (ER) em plataformas instáveis pode resultar em uma maior demanda para o sistema neuromuscular, aumentando a ativação dos músculos estabilizadores do tronco, representando um estresse adicional aos músculos esqueléticos quando comparados com a superfície de plataforma estável. O objetivo foi comparar o custo energético (CE), o índice de percepção subjetiva do esforço (PSE) por meio da escala OMNI-RES e o número de repetições máximas (RM), realizada a 80% de 1RM no exercício supino reto entre a superfície instável e estável. A amostra consistiu de 10 homens treinados (idade 23 ± 2,16 anos). O teste de 1RM foi aplicado para a previsão da ação muscular voluntária máxima (AMVM), descrito por KRAEMER & FLECK (2004), e 48 horas após, o teste foi executado a 80% de 1RM, até a falha muscular concêntrica, sem alterar o padrão de movimento. Com intervalos de 48 horas, foi realizado o supino reto na superfície instável e estável. Para comparação do consumo de oxigênio, da percepção subjetiva de esforço (OMNI-RES) e do número de repetições em relação ao teste na plataforma estável e instável, foi aplicado o teste t de Student para amostras pareadas. Em todos os casos, adotou-se o nível de significância de p < 0,05. A análise de todos os dados foi efetuada pelo software de tratamento e análise estatística “Statistical Package for the Social Sciences” (SPSS Science, Chicago, EUA), versão 17,0. Não houve diferenças significativas para classificação da PSE (7,3 ± 1,4 vs 6,6 ± 1,8 p = 0,352) e o número de repetições (10,1 vs 10,1 ± 2,02 ± 2,08 p = 1,00) entre a superfície instável e estável, respectivamente. Porém, observou-se diferença significativa entre a plataforma instável e estável para o custo energético (26,60 kj ± 5,92 vs 20,74 kj ± 4,28 p = 0,02) respectivamente. A partir dos valores encontrados no presente estudo, podemos sugerir que exercícios resistidos executados em plataformas instáveis e com o mesmo percentual de carga das plataformas estáveis causam maior dispêndio energético, e, portanto, em programas de redução de peso, poderiam contribuir positivamente para um maior impacto metabólico na sessão de treino.

Palavras-Chave: custo energético, exercício resistido; plataforma estável e

(9)

ABSTRACT

It is believed that resistance exercise (RE) in unstable platforms can result in a greater demand for the neuromuscular system, increasing the activation of the stabilizing muscles of the trunk, representing an additional stress to skeletal muscle when compared with the surface of stable platform. The objective was to compare the energy cost (EC), the rating of perceived exertion (RPE) through the OMNI-RES scale and number of repetitions maximum (RM), held 80% of 1RM in the bench press exercise between the surfaces unstable and stable. The sample consisted of 10 trained men (age 23 ± 2.16 years). The 1RM test was applied to the prediction of voluntary maximal muscular actions (VMMA), described by Kraemer & Fleck (2004), and 48 hours after the test was run at 80% 1RM to failure concentric muscle without changing the movement pattern. With every 48 hours, was performed in the bench press unstable and stable. With every 48 hours, was performed in the bench press unstable and stable. To compare the oxygen consumption of perceived exertion (OMNI-RES) and the number of repetitions in relation to the test on the platform stable and unstable, we applied the Student`s paired samples t-test. In all cases, we adopted a significance level of p <0.05. The analysis of all data was performed by the processing software and statistical analysis "Statistical Package for the Social Sciences" (SPSS Science, Chicago, USA), version 17.0. There were no significant differences for classification of RPE (7.3 ± 1.4 vs. 6.6 ± 1.8 p = 0.352) and the number of repetitions (10.1 vs. 10.1 ± 2.02 ± 2.08 p = 1.00) between the unstable and stable, respectively. However, there was significant difference between unstable and stable platform for the energy cost (26.60 kj ± 5.92 vs. 20.74 kj ± 4.28 p = 0.02) respectively. From the values found in this study, we suggest that resistance exercises performed on unstable platforms and with the same load percentage of stable platforms cause higher energy expenditure, and therefore in weight reduction programs, could contribute positively to a greater metabolic impact on the training session.

Keywords: energy cost, resistance exercise, stable platform and unstable scale of

(10)

I. INTRODUÇÃO

I

INTRODUÇÃO

CUSTO ENERGÉTICO, NÚMERO DE REPETIÇÕES MÁXIMAS

E PERCEPÇÃO SUBJETIVA DO ESFORÇO NO EXERCÍCIO

(11)

I – INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, diversos estudos verificaram que o exercício resistido (ER) é um eficaz método para o desenvolvimento da força músculo-esquelética, bem como para o ganho de massa magra(1). Os ER vem sendo amplamente

utilizados em programas de condicionamento físico no fitness, na perda de peso e na a prevenção e reabilitação de lesões ortopédicas(2,3,4). Além disso, o ER é um importante componente utilizado na prescrição dos programas de saúde global promovidos pelas maiores organizações de saúde e fitness (ex: the National Strength and Conditioning Association, American College of Sports Medicine, American Heart Association, and the US Surgeon General’s Office).

De modo geral, acredita-se que o ER pode favorecer a diminuição da gordura corporal e que, uma vez controlada a ingestão calórica, contribuiria com um balanço energético favorável para a manutenção ou perda de peso. Embora o ER seja recomendado pelo ACSM como forma efetiva de prevenção, controle e tratamento da obesidade, poucos são os estudos, documentados que avaliam com precisão o custo energético (CE) durante os exercícios resistidos(5,6,7,8,9).

Os estudos mostram que durante os ERs, o custo energético varia entre 2,7 – 8,2 kcal.min-1 nos homens e 2,3 - 5,2 Kcal/min-1 nas mulheres(5,6,7,8,9), sendo

que essa variação pode ser decorrente dos estudos terem sidos efetuados com amostras de diferentes idades, diferentes níveis de condição física, diferentes metodologias e intensidades de treino utilizadas.

O CE no ER parece depender da manipulação de inúmeras variáveis tais como: volume e intensidade administrados(5) , intervalo de recuperação entre

séries e exercícios(10) e velocidade de execução(11), além do método de

treinamento utilizado. As diferentes combinações dessas variáveis podem influenciar tanto a magnitude quanto a duração do consumo de oxigênio no pós-exercício (EPOC) e consequentemente o CE.(12,13)

Tradicionalmente os ER são realizados em plataformas estáveis, usando máquinas e implementos que compõe uma sala de musculação. Porém, nos últimos anos, os aparelhos tradicionais estão dividindo o espaço com algumas plataformas instáveis como bola suíça, bosu, elásticos, TRX entre outros. Os artigos envolvendo o ER nas plataformas instáveis se limitaram a avaliar e descrever os efeito das bases de apoio instáveis em relação ao trabalho

(12)

produzido e a ativação eletromiográfica(14,15,16,17). No caso das plataformas instáveis, acredita-se que o sistema neuromuscular é mais exigido do que nas plataformas estáveis tradicionais, pois aumentam a ativação dos músculos estabilizadores do tronco(18). Isto representaria um stress adicional ao sistema músculo-esquelético, contribuindo assim, para maiores ganhos de força(19,20).

Essa modificação na estabilização do corpo durante os exercícios do ER poderia modificar o número de repetições máximas para uma determinada carga, a percepção subjetiva do esforço e o custo energético.

O uso de bolas suíças, como instrumento de apoio que provocam a instabilidade e geram maior dificuldade, tem sido amplamente difundido principalmente no treinamento com pesos livres(21).A execução de ER na bola suiça pode trabalhar diversas capacidades físicas, além de proporcionar a melhoria da percepção, controle motor, a consciência corporal e a postura. A bola também é utilizada como um acessório importante para a reablitação e prevenção de lesões (22). Entretanto, estudos sobre a influência da instabilidade provocada

pela bola no custo energético ainda não foi pesquisado na literatura.

A força máxima voluntária do indivíduo normalmente está associada nos ER aos valores de uma repetição máxima (1RM) e seus valores percentuais relacionados a um determinado número de repetições(23). Embora essa

associação seja frequentemente utilizada, resultados de estudos têm conduzido para o questionamento se esta poderia ser extrapolada para diferentes exercícios, indivíduos com distintos níveis de treinamento e experiências esportivas (24). Logo, o tipo de exercício, as características das amostras e a forma de execução do exercício parecem interferir na generalização das relações entre o percentual de 1RM e o número de repetições realizadas (23).

Shimano et al.(25) observaram variações entre diferentes exercícios nos números de repetições máximas (RM) realizados com mesma intensidade. Neste estudo oito indivíduos treinados e oito destreinados realizaram testes de 1RM no supino reto, na rosca bíceps e no agachamento e posteriormente eram instruídos a realizar o maior número de repetições possíveis com cargas de 60, 80 e 90% de 1RM. Apesar do nível de treinamento não ter influenciado o número de RM de forma diferenciada, a quantidade de massa muscular envolvida no exercício agachamento, possibilitou a realização de um maior número de RM que nos demais ER em todas as intensidades. Este fato foi atribuído pelos autores ao

(13)

recrutamento assincrônico, que se refere à capacidade de revezamento das unidades motoras em funcionamento devido a grande quantidade destas unidades ativas em exercícios multiarticulares.

O treinamento de força tradicional, com intensidades entre 60-80% de 1RM, 8 a 10 repetições por série, e 2-3 séries com intervalos entre 1-2 minutos entre elas (26), parecem promover um significativo impacto metabólico.

O número de repetições máximas entre plataformas instáveis e estáveis com cargas altas não é muito bem esclarecido. Anderson e Behm(15) sugeriram que cargas superiores a 75% da 1RM podem deformar a circularidade de uma superfície como uma bola suíça, produzindo uma forma mais horizontal. Conseqüentemente, a massa de um sujeito e a resistência em uma bola suíça pode aumentar a superfície de área da plataforma instável e seu contato direto abaixo da superfície, criando uma superfície mais estável.

A identificação do nível de esforço nos ER não se faz apenas pela quantificação dos valores correspondentes ao peso levantado, a percepção cognitiva também é relevante nesse sentido. Apesar de ser principalmente empregada em exercícios de características aeróbicas, o uso de escalas de percepção do esforço nas salas de musculação para o auxílio na determinação da intensidade tem sido utilizadas(27). Assim, Robertson et al.(28) validaram a escala

de OMNI-RES que tem o intuito de descrever como seu corpo se sente durante o exercício proposto através de siluetas. Este procedimento instrui o assunto para estabelecer cognitivamente uma intensidade de percepção de esforço que é consonante com o representado visualmente pelo levantador na parte inferior e no topo da escala de OMNI-RES.

A Percepção subjetiva do Esforço (PSE) aumenta de acordo com o incremento do número de repetições para uma mesma carga(29,30). Ou seja, em termos de aplicação prática da PSE no ER, está diretamente relacionada à quantidade de repetições realizadas. No entanto, carece a literatura especializada de investigações sobre o mesmo percentual da carga de treino, modificando a base de estabilização do exercício resistido em relação à PSE.

.

Desta forma com base na lacuna observada no conhecimento, o presente estudo tem por objetivo geral investigar e comparar o custo energético no exercício resistido entre praticantes de musculação do sexo masculino no

(14)

exercício supino reto a 80% de 1RM em plataformas estáveis e instáveis. Tendo ainda como objetivos específicos comparar o número de repetições máximas executadas e a percepção subjetiva do esforço entre as plataformas.

(15)

II. REVISÃO DE LITERATURA

II

REVISÃO DE

LITERATU

RA

CUSTO ENERGÉTICO, NÚMERO DE REPETIÇÕES MÁXIMAS

E PERCEPÇÃO SUBJETIVA DO ESFORÇO NO EXERCÍCIO

(16)

II – REVISÃO DE LITERATURA

2.1- Exercício resistido

Até a pouco mais da metade do século passado, o exercício resistido (ER) somente era aplicado aos atletas que visavam melhorar a força de sustentação, força rápida ou ganhos hipertróficos(31). O uso do trabalho de força era específico

dos competidores de provas de levantamento de peso, culturistas, alguns lutadores e atletas de determinados tipos de arremessos. No entanto, os ERs tornaram-se uma das formas mais conhecidas de exercício, tanto para o aprimoramento da força específica dos atletas, tendo uma importância significativa em todas as modalidades desportivas, como para a melhora do condicionamento físico de não atletas, ganhando um novo público com o surgimento das “academias de musculação” com fins estéticos, preventivos relacionados com a saúde.

O ER foi reconhecido como meio eficaz de desenvolvimento e manutenção da força muscular, resistência, potência e hipertrofia(32,33), além de trazer

benefícios para a saúde e doenças crônicas(34,35). Com isso, passou a ser incorporado definitivamente nos programas de exercícios visando saúde(36). Recentemente o ACSM(37), apresentou novo posicionamento em relação ao treinamento de força para adultos saudáveis, confirmando a tendência de evolução na prescrição e fundamentação científica que se observou nos anos 90 e no posicionamento de 2002(38).

O ER tem sido apontado como método efetivo para aumento da capacidade funcional do sistema neuromuscular(39). E, dependendo da especificidade do programa, pode aumentar a força, a hipertrofia, a potência, a resistência muscular localizada, o equilíbrio e a coordenação motora(40).

Também nos últimos anos, o ER assumiu uma importância significativa em programas de intervenção direcionados a indivíduos com excesso de peso e/ou obesos. Os principais argumentos que justificam a sua proposição são o incremento da massa livre de gordura (MLG) e o conseqüente incremento das taxas metabólicas de repouso e diária (24-h), o qual repercute decisivamente no balanço energético diário(41,42). No entanto, um dos pontos negativos associados

(17)

ao ER está relacionado à sua eficiência em termos de composição corporal e o reduzido impacto metabólico promovido numa sessão de treino desta natureza, que parece apresentar um custo energético (CE) inferior ao de modalidades aeróbias com intensidades moderadas a altas, fato este já referido por alguns investigadores (43).

2.2- Exercício resistido e custo energético

Nos últimos anos estudos procuram documentar o custo energético (CE) durante o ER(7,9). Alguns estudos têm demonstrado que o CE no ER é insuficiente para atingir os níveis mínimos de custo energético recomendados por agências normativas da área da saúde em relação a população(44,45). No entanto, diversos

estudos, constataram que o ER pode contribuir com um balanço energético favorável, com um aumento da taxa de oxidação lipídica, independente da forma de treinamento(46,10).

Aspectos como o tipo do exercício, a intensidade, a freqüência semanal, a duração, dentre outros, irão influenciar a magnitude do custo energético acumulado em uma semana, e assim, dependendo da dieta habitual, o exercício pode contribuir para o balanço energético favorável à diminuição do peso corporal, com preservação da massa corporal magra(47).

Na maioria dos estudos relativos ao ER, foi utilizado o consumo de oxigênio (VO2) para a estimativa do CE, sendo que a determinação da taxa de

troca respiratória (RER) não pode ser utilizada para quantificar a proporção dos principais substratos oxidados (carboidratos e gorduras) neste tipo de exercício, pelo fato da inexistência de estado estável fisiológico(48). Wilmore et al.(49)

realizaram um dos primeiros estudos para quantificar a demanda metabólica em resposta a um protocolo de treino em circuito (3 séries a 40% de 1RM), em homens e mulheres, e observaram um CE líquido de 130.6±34.5 e 95.1±18.4 kcal, respectivamente. Melanson et al.(50) , ao aplicarem o mesmo tipo de treinamento em homens jovens, observaram um CE líquido de 322±19kcal, sendo este valor maior do que o observado no estudo anterior devido ao maior volume (4 séries) e intensidade (70% de 1RM) utilizados.

(18)

Estudos têm apresentado valores de CE líquido próximos de 6 a 9 kcal por minuto(11,49,50) em resposta ao treino em circuito, sendo que protocolos com 15-18 repetições em intensidades de, aproximadamente, 40% de 1RM e intervalos de recuperação de 15 segundos entre as séries, parecem incrementar de forma mais significativa o CE. Outros métodos aplicados de ER parecem também ser efetivos no incremento do CE. O ER tradicional, por exemplo, intensidades entre 60-80% de 1RM, 8 a 10 repetições por série, e 2-3 séries com intervalos entre 1-2 minutos entre elas(26,51,52) , parecem promover um significativo impacto metabólico. A maioria dos estudos relativos ao CE no ER utilizaram sessões de treino de diferentes configurações (intensidade, volume, número de séries, intervalos de recuperação, etc.), o que dificulta a comparação dos resultados destes estudos.

A mensuração do VO2 durante ER representa, parcialmente, o CE, neste

tipo de exercício, subestimando o CE total decorrente desse tipo de exercício

(53,54). A oclusão do fluxo sanguíneo durante a contração muscular, a manobra de

Valsalva, a presença do déficit de oxigênio e a ausência de um estado fisiológico estável revelam a incapacidade de, por meio do VO2, ser quantificado o CE

durante a realização de exercícios de força(55). Atualmente, parece não haver dúvidas sobre a relevância do metabolismo anaeróbio no CE total em exercícios de força (53,54,56).

Os métodos que são tipicamente usados para avaliar a CE anaeróbios são menos precisos em comparação com aqueles avaliam o CE aeróbico. Uma variedade de métodos indiretos têm sido utilizados, mas nenhum deles é, indiscutivelmente, aceito como o mais preciso. O método padrão-ouro para avaliar liberação de energia alática e anaeróbio lático seria através da biópsia muscular, permitindo a quantificação das fontes de energia dentro da célula muscular (ou seja, fosfatos de alta energia e glicogênio), bem como uma medida precisa do acúmulo de metabólitos no músculo (lactato muscular, por exemplo). A limitação dessa técnica é devido ao fato de que apenas uma pequena porção do tecido muscular humano pode ser submetido a uma biópsia, além de ser altamente invasivo.

A mensuração do CE anaeróbio tem sido mensurada a partir do VO2

durante o exercício somado ao débito de oxigênio; ou mensurando o lactato somado ao VO2 durante e pós-exercício (56). Estimativas da concentração de

(19)

no CE total. Mensurações das concentrações de lactato (mmol) são convertidas em valores equivalentes de oxigênio. Tem sido proposto que, para cada milimole de lactato seja computado 3ml de O2 por quilograma de massa corporal(53), e

posteriormente, convertido para quilocalorias a partir da relação: 5,05 kcal para cada litro de oxigênio(7). Os estudos sobre o CE durante os ER utilizando o lactato

sanguineo são limitados a poucos exercícios, tais como o supino horizantal, leg press e a rosca bíceps (53,57,58).

Uma alternativa aos métodos atuais evitando técnicas invasivas seria o déficit de oxigênio acumulado (DOA). A determinação DOA é possível medir VO2 e quantificar as frações aeróbios e anaeróbios de liberação de energia em

relação ao CE total. O único estudo existente na literatura atual que apresenta tais resultados, refere-se exclusivamente as frações aeróbias e anaeróbias em quatro ER à 80% de 1RM (59). Segundo Reis et al.(60), o conhecimento sobre o CE nos ER ainda estão nos primeiros dias, muita pesquisa ainda será necessária antes de obtermos valores confiáveis. A grande varibilidade de métodos de treinos e formas de execução, implica uma gama de possíveis estudos.

2.3 - Plataformas Instáveis

Os exercícios com peso livre são tradicionalmente realizados em plataformas estáveis. Contudo, nos últimos anos tem crescido a utilização de exercícios sobre plataformas instáveis. O principal objetivo ou meta de treinamento sobre uma superfície instável é diminuir os pontos de contato do corpo com uma superfície sólida. Isto pode potencialmente ser feito em qualquer interface entre o corpo humano e uma superfície que contata.

Normalmente, o treinamento em uma superfície instável é um método usado para treinar a região central do corpo(18). É comum se observar, nos dias atuais, a execução de agachamento, desenvolvimento, rosca bíceps e supino horizontal em discos de equilíbrio ou bolas suíças em academias de ginástica e em ginásios esportivos. Há um número quase infinito de maneiras ou aparelhos que poderiam ser usado para provocar um ambiente de treinamento instável. A maioria dos equipamentos disponíveis no mercado são balance disc, plataformas de equilíbrio, bolas suíças e o bosu.

(20)

O exercício realizado em plataformas instáveis pode ser considerado um importante parâmetro para a reabilitação e condicionamento neuromuscular. Consequentemente, proporciona a melhora da coordenação e do padrão de recrutamento neuromuscular(61). Esse tipo de treinamento auxilia na maior ativação do sistema proprioceptivo em atividades estáticas e, principalmente, dinâmicas(62). Durante a realização do treinamento, a instabilidade dos movimentos proporciona situações de risco às articulações. Assim, a ativação dos impulsos proprioceptivos que são integrados em vários centros sensório-motores regula automaticamente os ajustes na contração dos músculos posturais, mantendo o equilíbrio postural geral(63). Estudos recentes concluem que o

treinamento regular previne possíveis danos articulares e são eficientes na melhora da força muscular, velocidade de reação e equilíbrio(19).

Behm et al.(19) concluiram que os ganhos de força obtidos através do treinamento realizado em plataforma instáveis são atribuídos ao aumento da área de secção transversa do músculo e a melhora da coordenação neuromuscular (agonista, antagonista, sinergistas e estabilizadores) proporcionado pelo exercício executado.

Atualmente, a influência da base de apoio, principalmente utilizando bola suíça, para a realização dos exercícios, em relação à ativação muscular, tem sido alvo de algumas pesquisas(64,16). Especificamente para o supino, os estudos

sugerem que a instabilidade promovida pela superfície pode causar maior ativação mioelétrica, menor ou similar produção de força dos músculos envolvidos

(64,65) e maior ativação muscular dos estabilizadores para a articulação do ombro e

tronco(16,66). Uribe et al.(65) compararam a ativação mioelétrica dos músculos

peitoral maior, deltóide parte clavicular e do reto do abdome na realização do supino com halteres (dumbells) em diferentes bases (estável; realizado no banco; instável, sobre a bola suíça). Foram analisados 16 sujeitos treinados, utilizando 3 séries com 80% 1RM. Os resultados não apresentaram diferenças na ativação mioelétrica em ambas as bases entre grupos.

Goodman et al.(16) investigaram as diferenças na força máxima dinâmica e na ativação mioelétrica (peitoral maior, deltóide parte clavicular, latíssimo do dorso, obliquo externo do abdome, tríceps braquial e bíceps braquial), utilizando o exercício supino em diferentes bases (banco estável e bola suíça) em indivíduos treinados. Os resultados não revelaram diferença entre bases para força máxima

(21)

(1RM), amplitude de movimento, duração do levantamento ou ativação mioéletrica.

Behm et al.(67), Marshall e Murphy(68), e Norwood et al.(66), examinaram os efeitos do desempenho das repetições máximas nos exercícios supino horizontal e leg press, sob condições estável e instáveis. Os resultados demonstraram que na condição instável em ambos os ER, ocorreu um aumento da atividade muscular na parte central do corpo, superior do que a condição estável. Estes estudos sugerem que parece haver uma associação entre o nível de instabilidade que um exercício é realizado e os níveis de atividade muscular. Esta associação parece ocorrer um pouco de forma linear, quando a instabilidade aumenta, a ativação muscular também aumenta, como demonstrado por Norwood et al.(66).

Anderson e Bhem(15) investigaram a influência de uma bola suíça na ativação muscular de membros superiores e de produção de força durante a execução do exercício supino horizontal. O estudo constatou que, embora a ativação muscular nos motores principais não foi diferente entre as superfícies, a quantidade de força gerada foi significativamente menor em uma bola suíça.

Em relação ao custo energético nos exercícios realizados em plataformas instáveis, poucos estudos existem na literatura sobre a temática. Lagally et al.(69), ao avaliar as respostas fisiológicas e metabólicas de exercícios funcionais executados de forma contínua, e ao comparar com as recomendações do ACSM para desenvolvimento cardiovascular verificou que apesar de esse exercício apresentar um custo energético médio de 289 kcal, em uma sessão de 28,5min, encontrando-se dentro dos valores de referência (150 - 400 kcal), a intensidade média atingida 47,8% do VO2Reserva, encontra-se abaixo dos valores

recomendados pelo ACSM (50 – 85% VO2R). Cabe salientar, que o VO2 máx foi

obtido através do teste de Bruce em esteira, ou seja, em um movimento inespecífico em relação a sessão de treino executada. A média da frequencia cardíaca (FC) encontrada no citado estudo ficou em 83%, o que demonstra uma desproporção em relação aos valores encontrados no VO2. Estudos mostram que

exercícios resistidos provocam restrição no retorno venoso e redução do volume de ejeção, consequentemente provocando aumento da FC(70). Entretanto, Scott, Croteau, Ravlo(57)demonstraram que a mensuração do custo energético durante uma sessão de exercício resistido pode ser subestimada quando não se levam em conta as participações dos metabolismos anaeróbios, o que poderia ter

(22)

ocorrido no estudo anterior, devido aos elevados valores encontrados na média do lactato sanguíneo (4,5 Mmol.l-1) na sessão de exercícios funcionais.

2.4 - Exercício resistido e percepção subjetiva do esforço

O conceito de esforço percebido foi introduzido por Borg e Dahlströn, entre as décadas de 50 e 60, através de uma escala que demonstrou que a resposta fisiológica aumenta de forma linear com a intensidade e a percepção do esforço(71). É uma escala que reflete a interação das respostas fisiológicas com a percepção psicológica, com o objetivo classificarem um determinado esforço. Assim, a escala de percepção subjetiva do esforço (PSE) tem sido utilizada para estabelecer as sensações de esforço com a, tensão muscular, desconforto, e fadiga no treino cardiovascular. A percepção do esforço físico é um parâmetro subjetivo que considera informações provenientes do meio intrínseco e extrínseco. Quanto maior a frequência destes sinais, maior é a intensidade da percepção física do esforço(72,73). Porém, essas escalas não foram elaboradas

com o objetivo específico de avaliar as intensidades do exercício resistido. Para tanto, Robertson et al.(74) desenvolveram uma escala, a OMNI-RES (OMNI-Resistance Exercise Scale), especialmente para classificar a intensidade no ER e apresenta como diferenciais descritores visuais, além dos descritores numéricos e verbais similares aos da escala de Borg. Essa escala apresenta relação forte e significativa com a intensidade e o volume do treinamento(25,75,76).

A carga utilizada é considerada como a principal variável moduladora da intensidade deste tipo de treinamento(77). Outras variáveis, como o tipo de

contração utilizada, a utilização de repetições máximas (RMs), a velocidade de execução das repetições, o tempo de intervalo entre as séries, a ordem dos exercícios e o número de sessões em um mesmo dia, também são consideradas variáveis de intensidade(78). O número de repetições e séries de uma sessão, bem

como o número de sessões semanais são considerados variáveis de volume do treinamento(78).

Através da manipulação das diferentes variáveis do ER em que foram utilizados protocolos com diferentes intensidades, alguns estudos têm relacionado o aumento da PSE com o concomitante aumento dos sinais eletromiográficos da

(23)

musculatura ativa(79,76), das respostas hormonais(80) e das concentrações de lactato sanguíneo (28,76). Contudo, é fundamental que se possa compreender de que maneira a PSE se comporta através da manipulação das variáveis dos ER. Comparações dos valores absolutos dos PSE entre os diferentes estudos são limitadas, principalmente pelas grandes diferenças entre os protocolos utilizados no treinamento resistido, bem como aos aspectos diferenciados quanto à PSE. Além disso, nenhum experimento analisou os efeitos agudos da PSE comparando ER em plataformas estáveis e instáveis no exercício supino horizontal e o custo energético.

(24)

III. METODOLOGIA

III

MET

ODOL

OGIA

CUSTO ENERGÉTICO, NÚMERO DE REPETIÇÕES MÁXIMAS

E PERCEPÇÃO SUBJETIVA DO ESFORÇO NO EXERCÍCIO

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III – METODOLOGIA

3.1 - Amostra

O recrutamento da amostra foi do tipo intencional visando uma população de adultos praticantes de exercícios resistidos não competitivos e frequentadores de academias de musculação.

Para a constituição da amostra deste estudo recorreu-se a uma técnica de amostragem aleatória dentre os sujeitos que cumpriram os critérios de inclusão e manifestaram concordância na participação no estudo, de forma a evitar qualquer enviesamento de seleção, isto é, “afastar-se qualquer tendência sistemática para sub-representar ou sobre-representar na amostra alguns elementos da população”(81). Os sujeitos selecionados foram 10 homens, aparentemente saudáveis, com idades compreendidas entre os 20 e os 26 anos, praticantes de musculação há pelo menos um ano com uma frequência semanal de treino igual ou superior a três sessões. Não foram incluídos, na amostra, indivíduos que utilizavam medicação, passível de influenciar a resposta ao esforço. Na tabela 1 são apresentadas as características dos sujeitos que constituíram a amostra deste estudo.

Tabela 1: Características antropométricas da amostra (n=10)

Média ± DP* Mínimo Máximo

Idade (anos) 23 ± 2,16 20 26 Massa Corporal (kg) 81,13 ± 9,86 67,5 100,3 Estatura (m) 1,80 ± 7,57 1,68 1,91 IMC (kg/m2) 25,08 ± 2,54 22,0 30,4 Percentual de Gordura (%G) 12,3 ± 2,62 8,83 16,23 *DP = Desvio Padrão

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3.2- Procedimentos

Os testes foram realizados no Laboratório de Avaliação Motora – LAM, da Faculdade de Educação Física e Desportos da Universidade Federal de Juiz de Fora. No período das 14 às 16 horas. O projeto de pesquisa foi aprovado através do Parecer nº 101/2010 do Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Juiz de Fora. Na figura 01 é apresentado o desenho experimental do estudo.

1ª Sessão

 TCLE*

 Variáveis antropométricas (massa corporal, estatura, densidade corporal)

 Teste 1RM Intervalo 48 h 2ª Sessão  Reteste 1RM Intervalo 48 h 3ª / 4ª / 5ª Sessões

 Programa de Adaptação (familiarização)

Intervalo 72 h 6ª Sessão

 Supino no Banco (80% 1RM) Variáveis Coletadas

 Frequência Cardíaca

 . Custo Energético (calorimetria indireta)

7ª Sessão

 Supino na Bola (80% 1 RM) Variáveis Coletadas

 Frequência Cardíaca

 Custo Energético (calorimetria indireta)

Figura 1: Desenho das sessões do estudo.

Na primeira sessão, os voluntários foram esclarecidos sobre os propósitos e procedimentos referentes ao estudo, dos quais foram submetidos. Foram orientados a não realizarem atividades físicas 48 horas antes do dia de se apresentarem para os testes nas plataformas, devendo se alimentar no mínimo 2 horas antes do teste e se hidratar. Receberam o termo de consentimento livre e esclarecido* (TCLE) (Anexo A) e assinaram. Subsequente à assinatura do termo

(27)

de consentimento, nessa mesma sessão, seguiu-se o preenchimento de dois questionários cuja aplicação teve o objetivo de avaliar a inclusão ou rejeição dos indivíduos na amostra: o parQ-test; (anexo B) e uma anamnese (anexo C). Foram medidas as seguintes variáveis antropométricas: a) massa corporal foi determinada em balança de plataforma da marca Filizola digital (Brasil) com precisão de 100g, onde o avaliado estava vestindo calção, descalços, posicionado no centro da plataforma da balança, permanecendo imóveis até a leitura da massa corporal. A qual foi expressa em quilogramas (kg); b) A estatura foi obtida em estadiômetro da marca Sanny® (Brasil) com precisão de 0,1 cm, de acordo com os procedimentos descritos por Gordon et al.(82). A leitura foi expressa em

metros (m). c) Para determinação da composição corporal foi utilizada o método de dobras cutâneas. As aferições foram realizadas por um único avaliador experiente, com um lipocalibrador científico da marca Lange® (USA), de acordo com as técnicas descritas por Slaughter et al.(83). A gordura corporal relativa foi

estimada pela fórmula de Siri(84), a partir da densidade corporal calculada pela

equação de sete dobras cutâneas de Jackson & Pollock(85) para homens.

Após a mensuração das variáveis antropométricas os indivíduos foram submetidos ao teste de uma repetição máxima (1RM) na plataforma estável, representada pelo exercício supino reto no banco. A carga usada para a determinação de 1RM foi conseguida através da utilização de anilhas revestidas “Righetto Fitness Equipment” de 2kg, 5kg, 10kg, 15kg e 20kg na plataforma estável. O teste de 1RM só foi realizado na plataforma estável por questões de segurança. Decorrendo de acordo com o protocolo descrito por Kramer e Fry(86): 1) Ativação geral com cinco a dez repetições com uma carga entre 40 a 60% do máximo percebido; 2) depois de um minuto de descanso, realizando alongamentos, executar três a cinco repetições com uma carga de 60 a 80% do máximo percebido; 3) o indivíduo descansa por dois minutos, sendo colocada, uma carga próxima da máxima percebida e tentar realizar uma repetição máxima e; 4) após esta carga ser ou não vencida, permite-se um descanso de 5 minutos aumentando ou diminuindo, respectivamente, o valor da carga. A carga máxima foi aquela em que o sujeito foi capaz de executar uma única repetição.

Durante a segunda sessão, quarenta e oito horas após, um reteste do

1RM foi realizado, a fim de aferir a confiabilidade da carga. Foi considerado o maior peso obtido em ambos os dias (teste e reteste) com diferença menor que

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5%. No caso de diferença maior, os sujeitos deveriam comparecer ao local do teste mais uma vez para a realização de novo teste, para cálculo da diferença entre as sessões dos testes, não foram permitidas a realização de exercícios que pudessem interferir nos resultados obtidos. As medidas e testes foram realizados por um profissional com experiência nos procedimentos.

Os indivíduos foram submetidos ao programa de adaptação (terceira,

quarta e quinta sessão) na plataforma instável, representada pelo exercício

supino reto na bola suíça, que foi executado da seguinte forma: o sujeito deitado sobre a bola Thera-band 75 cm Professional Exercise Ball, com a parte posterior dos ombros, pescoço e cabeça em contato com a mesma, os pés apoiados contra o solo na largura dos ombros e da coxa, e quadris e torso paralelos ao chão. Deve segurar a barra que se encontra fixa no suporte com as mãos em pronação e a uma distância superior à largura dos ombros. Ao inspirar, desce a barra controlando o movimento até o peito e desenvolve expirando ao final do esforço. Foi realizado também, a familiarização com a escala OMNI-RES.

Após setenta e duas horas da última adaptação, foi realizada a sexta

sessão, onde decorreu a mensuração do CE no exercício supino reto no banco

da “Righetto Fitness Equipment® (FS3060). Antes da execução do exercício, os indivíduos fizeram um aquecimento específico com uma carga de 40% 1RM. Em seguida, foi ligado e ajustado o analisador de gases. Ao nível do apêndice xifóide do sujeito foi fixado o transmissor de freqüência cardíaca (FC), e esta foi medida durante todos os testes de repetições máximas, através do monitor portátil S810i (Polar, Electro, Finlândia). O indivíduo permaneceu sentado no banco durante 5 minutos para a identificação dos valores de repouso pré-exercício. Iniciou-se o exercício proposto com intensidade de 80% 1RM e o executou até a fadiga voluntária da seguinte forma: O sujeito deitado no banco reto com as costas totalmente encostadas e os pés apoiados no chão numa posição confortável. Segura na barra que se encontra fixa no banco reto. a) Posição inicial – na fase excêntrica do movimento sua execução será iniciada com os cotovelos em extensão completa; b) Posição intermediária – fase concêntrica do movimento, com os cotovelos formando um ângulo de 90º de flexão, com o úmero em paralelo ao solo (limitador de amplitude), retornando, então, a posição inicial. Ao término do exercício, permaneceram sentados até que os valores do CE retornassem aos

(29)

valores pré-exercício. O gás expirado foi medido de forma continua a partir dos cinco minutos pré-exercício, durante e após o exercício.

A mensuração do CE foi através da calorimetria indireta com a utilização do analisador metabólico VO2000- Medical Graphics. O aparelho analisou micro amostras da expiração (VO2 - volume de oxigênio consumido; VCO2 - volume de

dióxido de carbono produzido e VE – Volume de ar expirado, todos em litros por minuto), pelo método de seleção de tempo, a cada 20 segundos e foi ajustado de forma a realizar as análises dos gases expirados a cada três incursões ventilatórias. Antes dos testes o analisador foi calibrado seguido às recomendações do fabricante.

Na sétima e última sessão, foi determinado o CE nas repetições máximas no exercício supino reto na bola suíça com intensidade de 80% 1RM, seguindo os mesmos procedimentos supracitados, ressaltando que nos tempos de descanso antes e após o exercício, o indivíduo permaneceu em um colchonete que estava ao lado da bola suíça. O design do estudo está representado na figura 01.

Logo após o término do exercício, os sujeitos tiveram que selecionar um número da escala OMNI-RES(27,28) que representasse o esforço dos músculos em utilizaçã (Anexo D). Para o acompanhamento do ritmo dos exercícios utilizou-se um metrônomo eletrônico (Qwick TimeTM, China) que produz flashes de luz e som

que irá impor o ritmo de execução dos exercícios, 2 segundos para a fase excêntrica e 1 segundo para a fase concêntrica (40 bpm = 20 repetições por minuto) de forma a assegurar com rigor que todos os sujeitos fizessem o mesmo tempo para cada repetição (11).

Scott et al(58) ressalta que a maioria das investigações sobre a estimativa

do CE para o ER só usam a captação de O2 durante a execução do exercício. A

justificativa, portanto, existe para quantificar todos os componentes do CE (anaeróbico e aeróbico, exercício e recuperação) para determinar sua potencial importância. O presente estudo utilizou protocolo de acordo com o trabalho de Scott et al.(58). Sendo assim, empregamos para abordar apenas a estimativa do

CE para uma série única. Para o cálculo do EPOC (consumo de oxigênio pós-exercício), foi utilizado o somatório do CE total até que os valores retornassem ao do pré-exercício. O EPOC foi convertido para o custo energético de 1L de O2 =

19,6 kj para descartar qualquer componente glicolítico a partir da medição de

(30)

3.3 Procedimentos Estatísticos

A reprodutibilidade das cargas para 1RM foi determinada pelo coeficiente de correlação intraclasse (ICC). A distribuição normal dos dados foi verificada por meio do teste de Shapiro-Wilk. Para comparação do custo energético, da percepção subjetiva de esforço (OMNI-RES) e do número de repetições em relação ao teste na plataforma estável e instável, foi aplicado o teste t de Student para amostras pareadas. Em todos os casos, adotou-se o nível de significância de p < 0,05. A análise de todos os dados foi efetuada pelo software de tratamento e análise estatística “Statistical Package for the Social Sciences” (SPSS Science, Chicago, EUA), versão 17,0.

(31)

IV. RESULTADOS

IV

RESULTADOS

CUSTO ENERGÉTICO, NÚMERO DE REPETIÇÕES MÁXIMAS

E PERCEPÇÃO SUBJETIVA DO ESFORÇO NO EXERCÍCIO

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IV – RESULTADOS

O presente estudo comparou as possíveis diferenças do exercício supino reto em plataformas estáveis e instáveis quanto ao custo energético, número de repetições máximas e a percepção subjetiva do esforço através da Escala de OMNI-RES.

O teste de 1RM foi realizado somente na plataforma estável (banco de supino). A fim de aferir a confiabilidade do teste foi feito um reteste com intervalo de 48 horas. O coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC) foi 0,989 com p<0,01. Foram encontrados valores mínimos e máximos de 79,0 – 129,0 kg respectivamente, com média de 97,91±16,66 kg.

Na tabela 2 são apresentados os resultados do estudo. Foram encontradas diferenças significativas apenas no CE em kilojoules entre as plataformas estáveis e instáveis.

Tabela 2: Valores absolutos do supino reto na plataforma estável (banco) e na plataforma instável

(bola suíça) das variáveis analisadas a 80% 1RM. (n=10).

Supino Reto - Banco Supino Reto – Bola

Média Min Máx Média Min Máx

CE (Kj) 20,74* ± 4,28 13,52 26,26 26,60* ± 5,92 19,80 36,26

RM (reps) 10 ± 2,10 7 14 10 ± 2,02 7 14

PSE (Omni-Res) 6,6 ± 1,84 2 9 7,3 ± 1,42 5 10

FC (bpm) 127,7 ± 20,58 103 157 127,0 ± 16,69 108 153

* diferença significativa entre as plataformas (p<0,05) CE = Custo Energético

Kj = kilojoules

RM – repetições máximas executadas PSE – percepção subjetiva do esforço

Quanto ao número de repetições máximas e a percepção subjetiva do esforço não foram encontrados valores significativos. Nas figuras 2 e 3 são apresentados os valores do p = nível de significância do CE e a PSE respectivamente entre as plataformas.

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Figura 2: Valores absolutos do Custo Energético (Kj) no supino reto no banco e na bola suíça. p = nível de significância. *diferença significativa entre o CE no supino reto (banco) e supino reto (bola suíça)

Figura 3: Valores absolutos do supino reto no banco e na bola suíça da variável Percepção

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Figura 4: Valores absolutos do supino reto no banco e na bola suíça da variável repetições máximas. p = nível de significância

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V. DISCUSSÃO

V

DISCUSSÃO

CUSTO ENERGÉTICO, NÚMERO DE REPETIÇÕES MÁXIMAS

E PERCEPÇÃO SUBJETIVA DO ESFORÇO NO EXERCÍCIO

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V – DISCUSSÃO

A proposta do estudo foi comparar o custo energético, o número de repetições máximas realizadas e a PSE em plataformas estáveis e instáveis no exercício resistido.

Scott et al.(58), em seu estudo, comparou o custo energético absoluto e relativo aeróbico e anaeróbico para um set único no supino reto Smith nas intensidades de 37%, 46%, 56% (exercício de resistência muscular) juntamente com 70%, 80% e 90% (exercício de força) de 1RM máximo. Na intensidade de 80% de 1RM, foram encontrados valores para CE de 20,7kj ± 6,5. Em nosso estudo, o CE na bola suíça foi 26,6kj ± 5,92 vs 20,74 ± 4,28 no supino reto no banco, ou seja, o valor encontrado em nosso estudo é semelhante ao estudo de Scott et al., realizado em plataforma estável.

Estudo de Vianna et al.(59) com 14 indivíduos do sexo masculino em set único no supino reto com peso livre no banco, encontraram um CE na intensidade de 80% de 1RM de 28,88kj ± 5,12. É importante salientar que neste estudo o autor utilizou como metodologia para identificar o CE o Déficit de Oxigênio Acumulado (DOA).

O principal achado do nosso estudo foi que o CE no supino reto na bola (superfície instável) foi maior com diferença significativa quando comparado ao CE no supino reto no banco (superfície estável). Os valores encontrados no presente estudo, podem ser justificados pela afirmação de Behm e Anderson(19)

que a ativação muscular elevada de membros e tronco em superfícies instáveis pode ser atribuída ao aumento das funções dos músculos estabilizadores. O aumento do estresse associado com a instabilidade tem sido postulado para promover uma maior adaptação neuromuscular. O maior CE encontrado na atividade realizada em superfície instável pode estar associado a uma maior necessidade de estabilização dos músculos antagonistas e sinergistas durante o exercício(15;19).

Os ER realizados em superfícies instáveis não só pode aumentar a ativação da musculatura central do corpo, mas também pode aumentar a ativação da musculatura dos membros(68;87). Marshall e Murphy(68) ressaltam que a bola

(37)

superfície instável é a principal base de apoio. Os autores citados, compararam a atividade EMG do músculo durante supino reto em exercício dinâmico submáximo (excêntrico e concêntrico) na bola suiça e em uma bancada estável utilizando halteres com a mesma carga absoluta (equivalente a 60% de 1RM determinada no banco). Neste estudo foi mostrado que o exercício realizado na bola suiça provocou uma maior atividade EMG dos músculos deltóide anterior, transverso abdominal / oblíquo interno e dos músculos retos abdominais em relação a superfície estável. Os resultados do estudo de Norwood et al.(66) corroboram com o estudo supracitado, ao comparar a ativação mioelétrica dos músculos latíssimo do dorso, reto do abdome, oblíquo interno do abdome, sóleo, bíceps femoral e músculo eretor da espinha em quatro situações diferentes, utilizando o supino com barra: (A) base estável, (B) instabilidade no tronco, (C) instabilidade no apoio de membros inferiores, (D) instabilidade no tronco e nos membros inferiores. Os resultados obtidos apresentaram diferenças na ativação muscular para o latíssimo do dorso, oblíquo interno, eretores da coluna, bíceps femoral e sóleo entre a base estável e instável, sendo que a maior ativação ocorreu durante o exercício realizado na base instável.

Os resultados encontrados neste estudo para o CE nos ER em plataformas instáveis, não permitem elucidar os motivos do comportamento do VO2. Estudos

comparando a ativação elétrica e CE entre as plataformas estáveis e instáveis poderiam no futuro contribuir positivamente para o estado da arte sobre a temática apresentada.

Em relação ao número máximo de repetições realizadas, os resultados do nosso estudo mostram não haver diferença significativa entre os exercícios executados no banco e na bola a 80% de 1RM. Estudo de Shimano et al.(25) e Scott et al.(58) apresentaram uma média de 9 e 8 RM para indivíduos treinados no

supino reto, respectivamente, identificando semelhança com nossos resultado (supino no banco = 10 ± 2,10; supino na bola = 10 ± 2,02 RM). Tais resultados vão de encontro com o consenso de que a 80% de 1RM são realizadas de 8 a 10 RM(23).

Um dos fatores limitantes do nosso estudo foi a não realização do teste de 1RM na plataforma instável, por motivo de segurança. Porém, Goodman et al.(16),

(38)

reto no banco e na bola suíça afim de evidenciar sua aplicabilidade nas plataformas instáveis. Após familiarização, 13 indivíduos foram submetidos ao teste de 1RM em ambas as plataformas (banco - estável e bola suíça - instável) com intervalo de 7 dias de um teste para o outro. Os resultados mostram que não houve diferença significativa (P = 0,68) em 1RM de força entre a plataforma estável (73,4kg) e a plataforma instável (73,0kg). Os autores ressaltam que é importante notar que não houve quedas ou ferimentos sofridos durante o teste de 1RM realizado para este estudo. Assim, desde que os voluntários adquiram familiarização nos exercícios realizados, o teste de força máxima em uma plataforma instável é um procedimento viável e relativamente seguro.

Os achados do nosso estudo mostram não haver diferenças nas repetições máximas entre as superfícies a 80% da 1RM, a questão é saber se há algum benefício adicional em realizar o ER no supino reto na bola suiça em comparação ao banco tradicional de supino.

Os resultados do presente estudo quanto a PSE relatam uma maior sensibilidade ao esforço por parte dos avaliados no exercício supino reto na bola suiça (7,3 vs 6,6), porém não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. Observando as prováveis diferenças que podem ocorrer nas plataformas instáveis, com o mesmo percentual da carga, estudos mostram que a PSE aumenta conforme o aumento do número de repetições(88), sendo este

incremento linear em conformidade com o incremento das repetições(89), Este comportamento da PSE em relação ao número de repetições é normalmente explicado pelo fato de que maior quantidade de trabalho (repetições e/ou cargas) pressupõe maior PSE. Lagally et al.(75) encontraram em seu estudo um aumento

significativo da PSE e da atividade eletromiográfica (EMG) à medida que a intensidade do exercício foi aumentando de 30% para 90% de 1RM. Contudo, neste estudo, as repetições realizadas e a carga utilizada foram à mesma, porém, os maiores valores da PSE na plataforma instável podem ser explicada pelo maior trabalho relacionado ao maior custo energético produzido pelo exercício, e/ou, pela maior dificuldade de realizar o movimento com menor base de apoio.

Marshall e Murphy(87), encontraram uma PSE significativamente maior para a plataforma instável se comparado com a estável através da escala de Borg. No estudo participaram 14 sujeitos (9 homens e 5 mulheres) com no mínimo de seis

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meses de experiência na musculação. A PSE foi analisada no exercício supino reto na máquina e com pesos livres (dumbbells) na bola suíça para 60% de 1RM.

Naclerio et al.(90), verificaram que a PSE (OMNI-RES) de uma carga entre 70-80% de 1RM, em 11 estudantes praticantes de exercícios resistidos de forma recreacional, em diferentes exercícios incluindo o supino reto no banco, ficaram entre 6,4 a 6,8. Valores próximos aos encontrados em nosso estudo, mesmo variando a plataforma.

Entretanto, alguns fatores limitam nosso estudo, utilizamos apenas o efeito agudo em uma única série de exercícios, o teste máximo foi realizado apenas na plataforma estável, e, somente em uma porção muscular. Também podemos citar o fato de medirmos o CE através do método EPOC, existem discordâncias atuais de qual seria a melhor forma de medirmos o CE nos ER.

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VI. CONCLUSÃO

VI

CONCLUSÃO

CUSTO ENERGÉTICO, NÚMERO DE REPETIÇÕES MÁXIMAS

E PERCEPÇÃO SUBJETIVA DO ESFORÇO NO EXERCÍCIO

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VI – CONCLUSÃO

Os resultados do estudo sugerem que tanto o custo energético (de forma significativa) e a percepção subjetiva (não significativa) são diferentes quando executados em plataformas instáveis, porém o número de repetições para um mesmo percentual de carga não foram diferentes.

A partir dos valores encontrados no presente estudo, podemos sugerir que exercícios resistidos executados em plataformas instáveis e com o mesmo percentual de carga das plataformas estáveis causam maior dispêndio energético, e, portanto, em programas de redução de peso, poderiam contribuir positivamente para um maior impacto metabólico na sessão de treino.

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VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VII

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CUSTO ENERGÉTICO, NÚMERO DE REPETIÇÕES MÁXIMAS

E PERCEPÇÃO SUBJETIVA DO ESFORÇO NO EXERCÍCIO

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VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Tabela 1: Características antropométricas da amostra (n=10)
Tabela 2: Valores absolutos do supino reto na plataforma estável (banco) e na plataforma instável  (bola suíça) das variáveis analisadas a 80% 1RM
Figura 2: Valores absolutos do Custo Energético (Kj) no supino reto no banco e na bola suíça
Figura 4: Valores absolutos do supino reto no banco e na bola suíça da variável repetições  máximas

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