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Diabetes mellitus gestacional: metodos diagnosticos e incidencia.

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(1)

DIABETES HELLITUS GESTÊCIONÊLI MÉTODOS DIAGNÓSTICOS E INCIDÊNCIÉ .

(2)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE TOCOGINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

Wôgfi

Diabetes Mellitus Gestacionali métodos diagnósticos e incidência.

DEISI MARIA VARGAS

ISABELA DE CARLOS BACK

Internas da 119 Fase do Curso de Graduação em Medicina da

Universidade Federal de Santa Catarina.

Orientadora: Professora Marisa Helena Cesar Coral

(3)

AGRADECIMENTOS

à orientadora por todo apoio recebido.

Às senhoras Maria Joeé de Melo

e Idenilde Albino pela colabo- ração na coleta dos dados. Ao professor Sérgio de Carva-

lho pelo empréstimo de biblio-

grafia.

A Sra. Maria Helena de Carlos

Back pela ajuda na elaboração

do texto.

Ao ProF. Dr. Nelson Back.

Ao Prof. Carlos Eduardo.

Ao interno Romero Fenilli sem o

qual o trabalho não teria sido

(4)

SUMÁRIO

Página

Lista de Abreviaturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _. 04

Resumo ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. ®5

I. Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . ... 06

II. Material e Métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 10

III. Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 12 IU. Discussão . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . .. E6 U. Conclusões . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . .. E5 Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 26 Abstract . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . .. 87 Referências Bibliográticaâ . . . . . . . . . . . . . . . . . . ._ ea

(5)

LISTA DE ABREUIATURAS

1. DM - Diabetes Mellitus

DMG - Diabetes Mellitus Gestacional

MCD - Maternidade Carmela Dutra

(6)

RESUMO

Este è um estudo sobre os métodos diagnósticos

e incidência do UHE encontrados em 546 pacientes que fi-

zeram seus exames de pré-natal na MED nos anos de 1988 e

1989. Os dados foram comparados com os da literatura ha-

vendo discordância. O metodo diagnostico encontrado com maior Frequência foi a glicemia de jejum íB4%)ze a glice-

mia pós-prandial, raramente utilizada (0,672). O método

de Ú'Bullivan e Cols. foi adotado em ii casos (2,443) e a

forma correta recomendada, apenas em E casos (0,442). Não

foi detectado caso de DMG. Em um TTG verificamos um valor

anormal. Eficluímos as pacientes cujos prontuários exibiam

dados incompletos, não compareceram a primeira consulta

ou não retornaram apos a mesmaâ menores de EQ anos e que

sofreram aborto durante a gravidez analisada, Concluímos

que não há uniformidade na rotina diagnóstica do DMG na MED.

(7)

I‹INTRODUCÃU

Diabetes Mellitus Gestacional é definido pelo

Second International work-shop Conference on Gestacional

Diabetes Mellitus, 1984, como sendo uma intolerância a carboidratos de severidade variada, com diagnostico pri-

mário, durante a gestação (85). É uma condição indepen~

dente do uso de insulina, desaparecendo com o término da

gravidez. V

Não se chega a um consenso da incidência exata

desta patologia na literatura mundial. É descrito, porém,

que a incidência provável varia entre 1 a 5% das gesta-

ções (6, 9, 19, EE, E3, 24).

A importância do diagnóstico da intolerância a carboidratos durante a gestação esta no aumento das taxas

de morbi-mortaidade materno-Fetal que podem decorrer des-

te disturbio. metabólico (Ó, 7, 12, 13 14, E4, E5, 28).

Como complicações maternas tem-se, principalmente, doença

hipertensiva especiëica da gravidez com incidência 25%

maior do que a habitual e polidrâmnios, que ocorre em

5,4% das gestações com diabetes (8, 9, 12, E0). Já os Fe-

tos podem apresentar, com maior Frequência: macrossomia e problemas relacionados, natimortalidade, neomortalidade,

(8)

abortamento, sindrome da angústia respiratória do recém-

natog policitemiaz distúrbios metabólicos como hipo9lice~

mia, hipocalcemiaz hiperbilirrubinemia (55 B, 195 145 265

25, E6, E8). Contudo, permanece discutivel o aumento nas

taxas de mal Formação Fetal, embora haja estudos descre- vendo uma Frequência de E a 5% maior de anomalias congê-

.Tú UI .._..

li

nitas em Filhos de mães diabéticas (ás 165 E4; Todos estes efeitos adversos podem ser minimiaados ou evitados

com o controle rigoroso das taxas glicêmicas (13, 14,

18).

O diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo I (in-

sulino-dependente) é eminentemente clinico, pois seu ini-

cio é caracterizado por um quadro clinico exuberante de

cetoacidose diabética que pode ser letal se não tratado precoce e adequadamente. D Diabetes Mellitus tipo II (näo

insulina-dependentelz em um servico de atendimento eri- mário eficiente, è suspeitado pela história clinica e contirmado atravez de uma glicemia de Jejum ä ou = a 146

mefdl ou uma glicemia pós-prandial > ou = a 189 mg/dl

(3). No caso do Diabetes Mellitus Gestacional, a aborda-

gem diagnóstica É dificultada por não haver concordância a respeito do método a ser usado, com maior sensibilidade e especiticidade para sua detecção (13). Provavelmenteâ

em conseqüência da associação de duas alterações metabo

licas: o aumento dos hormãnios de contra regulação e o

s

(9)

aumento da resistência insulinica periférica.

atualmente, a proposta mais aceita para o diag~ nóstico de Diabetes Mellitus Gestacional é o método de

0'Sullivan e Cols. que possui 87% de especificidade e 79%

de sensibilidade (15, 81). Este método consiste em um

teste de tolerância ä glicose, realizado após a ingestão

de 1009 de glicose. A seguir, a glicemia é verificada no

sangue venoso em quatro coletas com intervalo de uma hora

entre cada amostra , sendo a primeira colhida em jejum.

São considerados anormais os valores: > ou 2 a 105 mg/dl

para a glicemia de jejum; > ou = a 190 mg/dl após uma ho~

ra; > ou = a 165 mg/dl após duas horas e ) ou = a 145

mg/dl após três horas da ingestão. É considerado DMG a

presenca de dois ou mais valores alterados. Esta verifi- cacão deverá ser realizada em pacientes que Foram subme- tidas anteriormente a um teste de sobrecarga oral com 509 de glicose cujo valor glicêmico no sangue venoso (método glicose-oxidase) uma hora após a ingestão tor > ou = a

140 mg/dl (17). A idade gestacional ideal para realiza-lo

é entre 24 a 28 semanas de gestação, quando a resistência periiérica a insulina se acentuaz Caso o diagnostico seja

feito durante esta fase, a intervenção terapêutica trará

melhores resultados (1, 9, 85).

âventou-se como métodos diagnósticos al-

ternativos de triagem a dosagem da Frutosamina plasmática e da

.__

*_

(10)

.'-hemoglobina Aic glicosilada plasmática. Ueriticou-se po-

rém, que estes testes podem ser utilizados para controlar

a evolução das pacientes, não como triagem, devido a bai-

xa sensibilidade desses métodos (4, E3).

A OM$ preconiza o uso de 759 para a realização

do teste de tolerância a glicose sem a realização prévia

do teste de sobrecarga oral com 509 de glicose (7).

Considerando estes fatos surgiu interesse de

caracterizar qual a realidade no manejo das gestantes no

que se relaciona ao DMG na MCD, por ser esta instituição

o único hospital escola em Tocoginecologia e Obstetrícia

do Estado que Forma especialistas nesta área.Este traba-

lho se propõe a levantar quais os metodos diagnósticos

empresadusgqual a rotina diagnóstica seguida pela insti- tuição e qual a incidência encontrada na mesma no periodo

(11)

id

IrMATERIâL E MÉTODOS

ânalisamos retrospectivamente 546 prontuários referentes às consultas de pré-natal executadas nos ambu- latórias da MCD em Florianópolis, no periodo de janeiro

de 1988 a dezembro de 1989. Foram excluídos os prontuá-

rios cujas informações eram insuficientes e aqueles cujas

pacientes não "" compareceram a primeira consultas não re-

__. ___ __ _ __ _ _, - -'

;¡. ,,,....‹›----‹=-¬~~¬-›-z..._

tornaram apos a mesmas sofreram abortamento ou tinham

rave _›..“`..`M-*À Í

'°'*"*I--mw----~‹›-~'-**'*"""*”'*'---~‹..¬., ,_

idade menor que EQ anos, perfazendo um total de 96 pron-

tuários exclusos.

Levamos em consideração a idade materna na oca~

sião da consultas o número de gestações, as gestoses pre~

gressas e atuais, antecedentes familiares e pessoais de DM, antecedentes de DMG, métodos diagnósticos empregados e valores encontrados, bem como o_número de fatores de

risco. V

Foram considerados fatores de risco: idade ma-

Px! Ia-I 1' ‹

terna > ou = a Eš/anosšygestacoes multiplas C > ou = a

4), história familiar de DM, historia familiar de DMG,

candidiase de repetição, aborto de repetição () ou = a E

sem .causa esclarecida), história de macrossomia, mal

formações fetais e natimortalidade.

(12)

Il. I

lizamos tabelas de distribuição de lreqüência.

Para os cálculos de tendência central usou-se

média aritimética, moda, tabela estatistica do xâ

Na coleta dos dados, usamos o protocolo abaixo:

Qi. nome ÉE. idade QB. peso 64. altura QS. numero de gestações 06. gestoses pregressas @?. gestoses atuais 98. hidrâmnios ®9. abortos e natimortos

iø. história mórbida pregressa

11. história mórbida tamiliar

12. métodos diagnósticos utilizados

13. valores glicêmicos

(13)

Os resultados encontrados estão descritos nas

tabelas a seguir.

TABELA I - Diabetes Mellitus Gestacional

< §Dã:×

Distribuição de Frequencias da amostra de mu-

lheres que fizeram pré-natal na MCD nos anos

de 1988 e 1989, com mais de E0 anos na oca-

sião da primeira consulta, segundo o número

de gestações

NÚMERO DE FREQUÊNCIA(1) FREQUÊNCIA

GESTACÕES n RELATIUA 01 02 03 GÂ 05 0ó 07 08 09 10 11 12 13 14 TOTAL IILRESULTADQS '41 50 82 BE 60 58 25 19 15 08 QE 02 03 03 450 ¿n 9511 11,11 18522 1B5ÊÊ 13:33 12,89 5556 4,22 3533 1578 0,44 0,44 0,67 0,67 100500 _-___---_-._...___.__._--_

Fontei Arquivos dos ambulatórios da MCD.

Nota: Foram excluídos do trabalho pacientes que não com~

pareceram a primeira consulta, não retornaram

após a mesma, tiveram abortamento e cujos prontua-

rios estavam incompletos.

= 4,51 gestacões

= bimodal: 3 e 4 gestações

(14)

TABELAV FAIXA IDfiDE E@I~EE ›-Y 2E|~24 /4 84!-Eó Eól-E8 E8!-36 3®I-38 '-34 LJ RJ 34!-36 Bál-38 BBI-46 49!-42 42I-44 #4!-Ãá 46!-48

II - Diabetes Mellitus Gestacional

1*

Distribuicão de Freqüências da amostra de

gestantes que Fizeram seu acompanhamento de

pré-natal nos ambulatórios da MCD nos anos de

1988 e 1989, com mais de E0 anos na ocasião

da primeira consulta, segundo a idade.

DE PONTO FREQUÊNCIA(1) FREQUÊNCIA HÉDIU Ei 3? 23 34 as 39 27 sø ea 72 31 53 33 59

as

ef 3:? E4 39 _ as 41 15 43 9 45 3 - 47 1 RELâTIUê

"šlššm"

7,56 8,67 11511 16,60 11558 13511 ósüë 5533 5z5ó 3,33 2,69 Êzá? ' QEEE TOTAL 450 100,90

Fonte: Arquivos dos ambulatórios da MCD.

Nota: Foram excluídos do trabalho pacientes que não com-

pareceram a primeira consulta, não retornaram

após a mesma, tiveram abortamento e cujos prontuá-

:$ã:m

= Bøg = id = 30

rios estavam incompletos.

21 anos

ade de EBI-30 anos

(15)

:

TABELA III - Diabetes Mellitus Gestacional

Distribuição de frequências da amostra de

gestantes que Fizeram acompanhamento de pré-

natal nos ambulatórios da MED nos anos de

1988 e 1989 com mais de 20 anos na ocasião

da consultas segundo Fatores de risco surgi~

dos durante a gestação.

....__.__._..._...__.-..-______-___-__.___._.__._...-_.-..._-___.--__.-.______._-_

FATORES DE FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA

RISCO RELATIUA Nenhum relatado 484 V 94,22 Candidiase de repetição 06 1,33 DHEG(I) 16 3,56 Púliórãmnioâ øa ø,ó7 Macrossomia 01 0,22 TOTAL 450 100,00

Fonte: Arquivos dos ambulatórios da MCD. _

Nota: Foram excluídos do trabalho pacientes que não com-

pareceram a primeira consulta; não retornaram

após a mesma, tiveram abortamento e cujos prontuá-

rios estavam incompletos.

Chamada I. Doenca Hipertensiva Específica da Gravidez.

(16)

z 1

TABELA IU - Diabetes Mellitus Gestacional

Distribuicão de Frequências da amostra de

gestantes que Fizeram acompanhamento de pré-

natal nos ambulatórios da MCD nos anos de

1988 e 1989 com mais de 20 anos na ocasião

da consulta; segundo fatores de risco surgi-

'

dos durante as gestações pregressas.

__--ú--_-__-z.--___--___--.-__.--_____._..-_-.-_.--___-_..--.__-_-__;--__ FATORES DE FREQUÊNCIA(1) FREQUÊNCIA

RISCO RELATIUA "f1;ͧ§l.]§z`.š§»;E.ÍIš; ```````` "Izšš ```````````````

"šš‹Çš;`""

DHEGCI3 B i5?B Eclâmpsia E @,44 Hacrossomia 1 @,EE TOTAL 459 100506

Fonte: Arquivos dos ambulatórios da MED.

Nota: Foram excluídos do trabalho pacientes que não com-

pareceram a primeira consulta, näo retornaram

apos a mesma, tiveram abortamento e cujos prontuá-

rios estavam incompletos.

(17)

2. c.:«

TABELA V - Diabetes Mellitus Gestacional

Distribuicão de treqüências da amostra de

gestantes que fizeram acompanhamento de pré-

natal nos ambulatórios da MCD nos anos de

1988 e 1989 com mais de 80 anos na ocasião

da consulta, segundo o número de glicemias

de Jejum Feitas durante a gestação.

NÚMERO DE FREOUÊNCIA(1) FREQUÊNCIA

GLICEMIAS RELATIUA Nenhuma descricão(I) _ 78 16,90 01 286 63,56 02 . 88 19,56 ' ®3 3 0,67 94 1 0522 TOTAL 450 100,69

Fonte: Arquivos dos ambulatórios da MCD.

Nota: Foram excluídos do trabalho pacientes que não com-

pareceram a primeira consulta, não retornaram

após a mesma, tiveram abortamento e cujos prontuá-

rios estavam incompletos.

Chamada I. Não podemos afirmar com certeza que as glice-

mias não foram feitas, apenas que não estavam

descritos pedidos deste exame nem valores en-

contrados

É

= 1,06 vezes

No = 1 vez

(18)

TABELA UI - Diabetes Mellitus Gestacional

Distribuição de Freqüências da amostra de

gestantes que Fizeram acompanhamento de pré-

natal nos ambulatórios da MCD nos anos de

1988 e 1989 com mais de E0 anos na ocasião

da consulta, segundo valores glicêmicos e

idade gestacional em que toram pedidos.

\*1 \ 2 *2 \ 50!-60 *3 0 0 *4 0 0 60!-70 0 1 0 0,21 70!-80 2 9 0,42 1,89 80!-90 1 5 0,21 1,05 90l~100 1 1 0,21 0,21 100|-110 0 1 ' 0 0,21 110|-120 0 0 0 0 120I~130 0 0 0 0 130 e + 0 0 0 0 TOTAL 4 17 0,84 3,58 0 0 6 1,26 24 5,05 19 4,00 11 2,32 5 1,05 0 0 0 0 1 0,21 67 1 0,21 8 1,68 36 7,58 31 6,53 16 3,37 1 0,21 7 0 0 1 0,21 1 0,21 95 3 0,63 14 3,11 30 6,67 37 6,53 14 3,11 1 0,21 0 0 1 0,21 0 0 99 14,11 20 20,84 0 0 13 2,74 17 3,58 21 4,42 6 1,26 0 0 0 0 0 0 0 0 57 12

Fonte: arquivos dos ambulatórios da MCD

1 0,21 5 1,05 26 5,47 14 2,95 5 1,05 4 0,84 1 0,21 0 0 0 0 56 11579

Nota 1: Foram excluídos do trabalho pacientes

compareceram a primeira consulta, não

_ após a mesma, tiveram abortamento e cujos pron-

tuários estavam incompletos

Nota 2: Total de glicemias executadas: 475

Nota 3: Retiramos o primeiro mês por não haver glicemias

neste periodo

Nota 4: As maiores lrequëncias estão em destaque.

*1. idade gestacional em meses

*2. valores glicêmicos *3. freqüência absoluta *4. freqüência relativa 1 0,21 8 1,68 17 3,58 13 2,78 5 1,05 1 0,21 0 0 1 0,21 2 0,42 48 10511. -___--Q 3 4 5 6 7 8 9 10 0 0 6 1,26 15 3,16 9 1,89 2 0,42 1 0,21 0 0 0 0 0 0 33 6,75 que não b retornaram 1/

(19)

Diabetes Mellitus Gestaciüflal

Distribuição de $reqüências da amostra de

TABELA UII -

gestantes que Fizeram acompanhamento de

pré-natal nos ambulatórios da MED nos anos

de 1988 e 1989 com mais de E0 anos na oca-

sião da consulta, segundo o número de fa-

tores de risco <e×cetuando-se obesidade) encontrados nas pacientes,

NÚMERO DE FREGUÊNCIA(1) FREQUÊNCIA

FÊTURES DE RISCO RELATIUÊ

lã Nenhum relatado 47 1 124 E i7@ 10544 E?s5â 3?57E 3 B0 i?5?B 4 E6 5,78 5 3 Gzó? TOTAL 450 100,00 --__.-__-__.--u-._-z-...nz-__-.ez--.z-z--._--z-_--_-.uu-qn-z--.~__z-._-_----›_;u-.pu-n--u.--1

Fonte: arquivos dos ambulatórios da MEU.

Nota: Foram excluídos do trabalho pacientes que não com-

'

pareceram a primeira consulta, não retornaram

após a mesma, tiveram abortamento e cujos prontuá-

rios estavam incompletos.

R = 1,06 Fatores de risco

Mo = 2 fatores de risco

xa = 2,12 Fatores de risco

(20)

_.. '13

Encontramos 3 casos de DM pré-gestacional

(0,672), 19 casos com história de natimortalidade

64,22%), 69 casos com história de abortos de repetição

(i5533%) e 91 casos com história mórbida Familiar de DM

(29,22%).

Foram executados ii TTG com sobrecarga de 1099

(2,44%)z 9 Feitos com intervalo de umna hora e trinta mi-

nutos (8,442) e apenas dois com três horas (05222).

Como indicações do pedido de TTG encontramos:

cinco glicemias de jejum acima de 90 mg/dl (1,11%), uma

história prévia de DM (®,22%>, duas pacientes com três

fatores 'de risco (ø,44%), uma com quatro (@,22%) e outra

com cinco (0,22%). Em apenas um caso encontramos um valor

anormal no TTG (®,22%)§ esta paciente tinha como indica-

cão glicemia de jejum igual a 95 mg/dl.

Foram solicitadas três glicemias pos-prandiais

10,67%); uma na vigésima semana de gestação; em uma pa-

ciente com dois fatores de risco, obtendo-se valor isual

a 90 mg/dl; as outras duas, na vigésima segunda semana de

gestação em pacientes com três e um fatores de risco, ob-

tendo-se taxas iguais a 78 mg/dl e 74 mg/dl respectiva-

(21)

É

I¶¬DISCUSSÃO

Através do estudo da média quadrática podemos inFerir que o pertil da gestante nos ambulatórios da MCD

é a paciente com 30,76 anos, com história de 5,15 gesta~

ções, portadora de 2,12 Fatores de risco para DMG que foi

submetida a 1,23 glicemias de jejum no transcorrer de seu

acompanhamento pré-natal.

Foi raro a ocorrência de DM previamente diag- nosticada: encontramos apenas 3 casos, o equivalente a

6,6% da amostra. Este Pato toi previsível, visto que a

Fonte não é ambulatório de alto risco.

O trabalho demonstra o emprego de E métodos de

triagem das pacientes: glicemia de jejum,optada 378 vezes

(84%>ye glicemia pós-prandial,optada em 3 vezes (0,ó7%).

Não ticou claro qual a razão desta divergência¡pois não

foi veriticada uma uniformidade clinica entre os grupos.

Tais condutas não estão de acordo com os critérios de

0'Sullivan, o mais aceito atualmente para este Fim pela maioria dos trabalhos analisados, ou com os da DMS. Fica um adendo quanto a glicemia pós-prandial,deFendida por

dois trabalhos como o método mais fisiológico, com uma

sensibilidade aceitável e de baixo custo (11, 15).

Foi utilizado para diagnóstico do DMG especiFi~

(22)

Et

camente o TTG, visto numa Frequência de 11 vezes (2,442).

Dois deles (0,44%) Peitos conforme os critérios de D'Sul-

livan. Entretanto, no restante (EX) utilizou-se a curva

glicêmica preconizada para não gestantes, isto é, sobre- carga oral de 1009 de glicose com verificação da glicemia (método glicose-oxidase) através de 4 amostras com inter-

valo entre elas de 39 minutos. ñnalisando as condições clinicas e as indicações para a realização do TTG e ao

mesmo tempo comparando-as com as das pacientes restantes, notamos uma talta de uniformidade na rotina diagnóstica

do DMG nos ambulatórios da MCD.

A obtenção das taxas glicêmicas foram mais

frequentes entre a idade gestacional de 5 a Ó meses (16 a

E4 semanas). O Pato de haver uma certa Frequência de pe-

didos de dosagem glicêmica durante o primeiro trimestre

como parte da rotina laboratorial da primeira consulta de

pré-natal, leva a crer que a idade gestacional não Foi

valorizada na ocasião do pedido do exame. Considerando a tisiologia do metabolismo dos carboidratos durante o pe-

riodo gravidico, não há razão para que sejam solicitadas glicemias de jejum no primeiro trimestre. Isto é explica-

do por haver nesta tese uma ”inanição acelerada” determi-

nada pelo aumento das necessidades calóricas e pela dimi-

nuição da ingesta devido a náuseas e vômitos. Embora haja

(23)

Éffr*

das taxas de certos hormônios (Estrogênio5 Progesteronaä

Prolactina, Hormônio Lactogënio Placentário), há ainda

uma compensação pancreática através do aumento da produ-

cão e liberação de insulina. O resultado disto e uma gli-

cemia em niveis normais ou abaixo deles.

Os valores Qlicêmicos irão alterar-se somente entre a E4 - EB semanas de gestação quando existir um de-

sequilíbrio entre a produção de insulina e a dos hormô- nios de contra regulação levando a um grande aumento da

resistência perilérica à insulina (15 E5). Logo, esta è a

idade gestacional ideal para a triagem das pacientes.

`

â incidência da une foi ex, cansideranaú-se as

critérios de O'Sullivan e Col. e os da OMS. Este dado di-

fere da literatura que relata em média sua ocorrência em

i a 5% das gestações.

Em 1 caso houve alteração do TTG com um valor

acima da normalidade. Alguns trabalhos demonstram que a existência de apenas um valor alterado no TTG já está re-

lacionado com prejuizos perinatais; portanto esta gestan-

te mereceria tratamento (12, E4, E7).

Embora a amostra seja por conveniência, anali-

sando dados provenientes de uma unica instituição, ela

pode ser considerada válidag pois sendo a MCD o único

servico no Estado a formar especialistas em Tocoginecolo-

(24)

.¬. .› s'.'.`.z

a mais freqüente conduta Frente ao DMG.

A obesidade, embora sendo um fator de risco im-

portante no desencadeamento desta doença, não_pode ser

analisada em decorrência da falta de dados como: relação peso/altura, peso pré-gestacional e relação idade gesta- cionalƒpeso.

Não pode ser analisado como Fator de risco a

macrossomia em gestações anteriores devido a frequência baixa (estatisticamente insignificante) do relato do peso ao nascimento dos fetos de gestações pregressas.

A gravidez em pacientes < de 29 anos toi ex-

cluída deste estudo porque é raro a ocorrência deste dis- túrbio metabólico nesta taixa etáriaíâál

Existem trabalhos que põe em duvida a validade

da triagem e da detecção desta patologia a Fim de previ-

nir e tratar as complicacões materno-fetais descritas

(1). Mas, considerando que 30% das pacientes que apresen-

tarem DMG desenvolverão DM tipo II, um problema de saúde publica, com prevalência de 5%, taxa de mortalidade de

i6:100.@®0 habitantes, principal causa de cegueira em

pessoas acima de E9 anos, probabilidade i7 vezes maior de

desenvolver nePropatia e 40 vezes maior de sofrer ampu- tacão de membros, justifica-se o rastreamento do DMG(2).

(25)

É

os efeitos colaterais da ingestão da glicose tais como

náuseas, vômitos, mal estar e diarréia, são desvantagens

dos métodos diagnósticos. O uso de polímeros da glicose

pode amenizar estes problemas, pois apresenta menos-eFei-

tos colaterais e um custo menor (18, 19).

(26)

r'1

I*CONCLUSÕES

1. Não hà uniformidade na rotina diagnóstica do

DMG nos ambulatórios da HCD.

zu

E. A incidência encontrada foi de ®%, porém nao Foi determinado pelo trabalho a razão desta discordância

(27)

Êo

RECOMENDAÇÕES

M A realização de trabalhos que tenham um grupo

controle com screening e TTG, ou que analisem o peso ou

outras alterações nos ietos das pacientes do presente trabalho que possam ser relacionadas com DMG.

(28)

ABSTRACT

This is a study about diagnostic methods to de-

tect Gestational Dibetes and the incidence founded in 546

patientes who did their phisician examinations during pregnancy at MCD from 1988 to 1989. The obtained data was

compared with the literature and we didn't found,simila- rities betwen the raised data and the specialized litera-

ture about the subject. The most frequent method used was

the fast plasma glucose (84%) and the postprandial plasma

glucose, rarely ¿0.ó7%). The O'Sullivan and Col. method

was adopted in 11 cases (8,442) and the correct form re-

comended, only in two times (0,44%). No cases of Gesta-

cional Diabetes Mellitus was founded, and only one TTG

presented one abnormal value. we excluded patientes whose

data were incomplete, who didn't attend at the interviews

or didn't returned after that, were less than B0 years

old and the ones who suffered abortion during the studied

pregnancy. The conclusion is that we didn't find a uni-

form diagnostic routine to detect Gestational Diabetes

(29)

I

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'

(34)

TCC

UFSC'

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Autor: Vargas, Deisi Mari '

Título: Diabetes mellitus gestaeinnal

Em uifsc Bsccsivi 7 `

Referências

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