CENTRO
DE
CIÊNCIAS
AGRÁRIAS
.ÇDEPARTAMENTO
DE
EITOTECNIA
EsTÁG1o
LIVRE
DE
CoNCLUsAo
DE
CURso
PRODUÇÃO
DE
MUDAS
DE
TOMATEIRO
COM
DIFERENTES
SUBSTRATOS
EM
CULTIVO PROTEGIDO
E
PRODUÇÃO
TRADICIONAL
À
~.-....__.`.‹. ...._...._.__
ACADÊMICO
:AVELINO
FIORINI
JUNIOR
JUNHO
DE
1996.~ z
“DEDICO
À
minha mãe,
MARIA,
e ameu
irmão,VINÍCIUS,
que
apesarde não
estaremmais
presentes fisicamente, continuarão
sempre
presentesem meu
coração.”A
DEUS,
por
terme
permitido chegar até aqui,ajudando-me
a transportodos
os obstáculos e alcançar esta importante vitóriana
minha
vida..AOS
MEUS
FAMILIARES,
que
estiveramsempre
ameu
lado, incentivando eme
amparando
nos
momentos
dificeisque
passei duranteo
curso.AOS
MESTRES,
pelosconhecimentos
transmitidos,que
propiciaramminha
formação.
Ao
Profg
LINEU SCHNEIDER,
por
ter aceitoo
convite parame
orientar nestatarefa tão importante, estando
sempre à
disposição para tirar dúvidas enão
medindo
esforços para
me
auxiliar.A
EPAGRI, em
especialao
Eng?
Agrônomo
JUAREZ
JOSÉ
VANNI MULLER,
supervisor
do
meu
estágio, pela paciência, pelosensinamentos
e pela ajuda prestada durantetodo o
períodode
estágio.AOS
COLEGAS,
que
fizeram
partedo
meu
dia-a-dia durantetodos
estes anos, eque
jamais esquecerei.Nome
do
Estagiário :Avelino
Fiorini JúniorTítulo 1
Produção
demudas
de Tomateiro
com
diferentessubstratos
em
cultivo protegido eprodução
tradicional.Área
: Horticultura/Produção
de
Mudas
Local
1EPAGRI/
Estação Experimental de
ItajaíOrientador :
Pro?
Lineu
Schneider`
Supervisor 1
Engg
Agrônomo
Juarez JoséVanni Müller
1.
INTRODUÇÃO
... ..o22.
CULTIVO
PROTEGIDO
DE
HORTALIÇAS
2.1.
Definição
... ..032.2. Situação
em
Santa Catarina ... ..032.3.
Vantagens
do
Cultivo Protegido ... ..042.4.
Tipos de Abrigos
... ..O5 2.5. Materiais Utilizadosem
Abrigos
... ..062.6. Localização
dos Abrigos
... ..O6 3.CONDUÇÃO
DE
PROJETO
DE
PESQUISA
3.1. Introdução ... ..¿¿ ... ... ..O7 3.2.Revisão da
Literatura :Produção
de
Mudas
de
Hortaliçasde
AltaQualidade
...O7 3.3.Hipótese
... ..173.4. Materiais e
Métodos
... .. 173.5. Resultados e
Discussão
... .. l9 3.6.Conclusões
... ..224.
VISITA
E
ENTREVISTA
COM
AGRICULTORES
QUE
UTILIZAM
O
CULTIVO
PROTEGIDO
4.1. Introdução ... ..23 4.2.Metodologia
... ..23 4.3. Resultados eDiscussão
... ..24 4.4.Conclusões
... ..26 5.CONSIDERAÇÕES
FINAIS
... ..2s 6.LITERATURA CITADA
... ..29 7.ANEXOS
... ..31Figura 1 -
Abrigo
tipoTúnel
Alto ... ..Figura
2
-Abrigo
tipoCapela
...Figura 3 -
Gráfico do
alturamédia
dasmudas
de
tomateirox
tratamentosTabela
1 -Tempo
e temperatura parao
tratamento hidrotérmicode sementes de
várias espécies
de
hortaliças ... ..O9
Tabela 2
-Resumo
dos
valoresda
Análiseda
variância edo
testede
separaçãode
médias
utilizado para análiseda
Alturamédia
edo
Peso
seco dasmudas
de
1.
INTRODUÇÃO
No
períodode
15/O1/96 a 15/02/96, foi realizadoo
estágio curricularde
conclusãode
cursona
Empresa
de
PesquisaAgropecuária
eExtensão
Ruralde
Santa Catari-na/EPAGRI-
Estação Experimental de
Itajaí-EEI, localizadana
cidadede
Itajaí-SC.Durante
este períodoforam
desenvolvidasduas
atividades distintas: - Instalação econdução
de
projetode
pesquisade
Produção
mudas
de Tomateiro
com
diferentes substra-tos ,
em
cultivo protegido eProdução
tradicional; - Visita e entrevista a agricultoresde
In-daial e
Blumenau
que
utilizamo
cultivo protegidode
hortaliças.Este trabalho
tem
o
objetivode
relatar sobreo
cultivo protegido e,mais
especifica-mente, sobre as atividades
por
mim
desenvolvidas duranteo
períododo
estágio.2.
CULTIVO PROTEGIDO DE HORTALIÇAS
2.1.
Definição
É
a artede
cultivar hortaliçasprotegendo
as plantas das intempéries (ventos, chuvas,geadas, secas, inundações, etc.) durante
todo o
seu ciclo.Contudo, o
cultivo protegido reúne várias técnicasque
devem
ser adotadas para aobtenção dos melhores
resultados.Essas
técnicas serão descritas a seguir.É
importante observarque não
sedeve
confundir cultivo protegidocom
plasticultu-ra,
uma
vez
que
plasticultura é a artede
usar0
plásticona
agricultura,como
na
forma de
embalagens,
na
coberturado
solo,na
impermeabilizaçãode açudes
e valas, ena
construçãode
túneis, abrigos e estufas, entre outros.2.2. Situação
em
Santa CatarinaEm
Santa Catarinao
cultivo protegidode
hortaliças apresentou , a partirde
1993,um
grande
incentivo, a partirda
instalaçãodo
projetode
pesquisaem
cultivo protegidona
EEI
de
Itajaí, apresentandoaumento
na
área plantada eno número
de
produtores acada
ano.
A
difusão desta tecnologiatem
sido feita atravésdo Programa
Catarinensede
Profissi-onalização
de
Produtores,na Estação Experimental de
Itajaí/EEI,que
realiza pesquisasnesta área.
Atualmente, cerca
de
207
produtores utilizam esta tecnologiaem
nosso
estado, sen-do
que
amaior
concentração ocorreno
Vale
do
Itajaí, principalmente Indaial,Blumenau
eAgronômica,
no
LitoralNorte
(Joinville),no
PlanaltoNorte (Major
Vieira) ena Região
Oeste (Xanxerê
eQuilombo).
As
culturasmais
utilizadas são tomate,com
quase
ametade
da
área explorada, alfa-ce, pepino, feijão-de-vagem e pimentão.
As
principaisdoenças
sãoRequeima
(Phytophtora
infestans),Antracnose
(Alternaria solapi),
Podridão de
escleródio ( Sclerotium rolƒsii),Murchadeira
(Pseudomonas
solanacearum),
Septoriose (Septoría lactucae),Podridão
esclerotinia(Sclerotinia sclerotiorum),
Talo
oco
(Erwinia
carotovora),Bolor
cinzentodo
fruto(Bohytis
cinerea),Mancha
de
Leandria(Leandría
momordicae),
oídios e viroses.As
principais pragas são Trips(T
ríps tabaci e Frankiniella),Pulgões
(Myzus
persi-cae
eMacrosiphum
spp),Ácaros
(T
elranichus urticae eAculops
licopersici),Mosca
mina-
dora
(Líriomyza spp),Broca Pequena
dos
Frutos (Neoleucinoídes elegantalis),Broca
dos
Frutos
(Spodoptera
spp), eTraça
(Scrobipalpuloides absoluta).A
produção
é comercializadaem
supermercados,
feiras livres eCEASAS,
princi-palmente.
O
litoral é amaior
regiãoprodutora
de tomate
do
estado, seguidado
planalto.Devi-
do
às condições edafoclimáticas, é possível produzir-sena
entressafra (inverno)com
a se-meadura
sendo
feitaem
fevereiro(SILVA
JUNIOR
&
VISCONTL1991).
2.3.
Vantagens
do
Cultivo ProtegidoAs
principaisvantagens
do
cultivo protegido são as seguintes:0 garantia
de produção
0
aumento
de
produtividade0
melhora
na
qualidade e aspecto0 diminuição
de
custos0
programação
da
produção
0
redução de
perdas0
tamanho
de
plantas e frutosmais uniformes
0 proteção contra agentes naturais 0 preservação
do
solo0
menor
utilizaçãode
agrotóxicos0
economia
no
consumo
de água
0
humanização
do
trabalho2.4.
Tipos
de Abrigos
Vários são os tipos
de
abrigos utilizados parao
cultivo protegidode
hortaliças.Para
a
produção de
mudas
o mais
utilizado éo
tipo túnel alto,com
dimensões de
5x
8m
(Figura1).
Para
o
cultivoapós o
transplanteo
mais
utilizado éo
tipo capela (tetocom
2
águas),com
dimensões de
10x28m
e10x50m
(Figura 2).Figura 1 -
Abrigo
tipoTúnel
alto\
ÊÊÊIÂ ÊÊÉIÂ ÊÊÊÍC 1:-.aalt 'às-.alt 'êëâlt 1:-.aaa/
ÊÉEÊÍ/
Figura
2
-Abrigo
tipoCapela
O
Abrigo
tipo túnel alto,além
da
madeira, utilizabambu
e os arcos são feitoscom
barras
de
ferro (3/8”) recobertoscom
mangueiras
ou
fita crepe,enquanto que o
tipo capelaA
coberturados
abrigos é feitacom
polietilenode
baixa densidade, transparente,aditivado contra os raios ultra-violeta,
com
espessurade
-100 a150
micra.2.5. Materiais Utilizados
em
Abrigos
A
principal característicade
interessenos
materiais utilizados para coberturados
abrigos é a transparência.
Só
essa propriedade permite satisfazer as condições ambientaisfavoráveis
ao desenvolvimento
das espécies cultivadas(ALPI
&
TOGNONI,
1988).O
polietileno,por
sero
material para coberturade
menor
preço
no
mercado,
éo
mais
utilizado pelos produtores brasileiros.É um
materialque
apresentaboa
resistênciamecânica
( granizo, ventos, etc.), apresentaboa
transparência e possuiboa
inércia química,não
se deteriorandoem
contatocom
substâncias químicas introduzidasnos
abrigos para tratamentos fitossanitários, adubações, etc(ALPI
&
TOGNONI,
1988).Os
demais
materiais utilizados,bem
como
a relaçãode
preços estãonos anexos
1 e2.
2.6. Localização
dos Abrigos
Para
a instalaçãodos
abrigos deve-se dar preferência para locais planos,em
terrenosbem
drenados,de
fácil acesso,que não
tenham
apresentadoproblemas
com
doenças de
solo e construídosno
sentido Norte-Sul, para propiciar amaior
insolação possível, enão
secontrapor aos ventos dominantes. Portanto, se as condições naturais
não
propiciaremboa
3.
coNDUÇÃo
DE PROJETO DE
PESQUISA
3.1. Introdução
Foi
conduzido
um
projetode
pesquisade produção de
mudas
de
tomateirocom
diferentes substratos,
em
cultivo protegido eProdução
tradicional,na Estação Experimen-
tal
de
Itajaí/EEI, localizadano
municípiode
Itajaí-SC,no
períodode
15/01/96 a 15/02/96.3.2.
Revisão
da
Literatura :Produção
de
mudas
de
hortaliçasde
alta qualidadeUma
das etapasmais
críticasna produção de tomate
tem
sido aprodução de mudas,
uma
vez que o
desempenho
fitossanitário, nutricional e produtivoda
culturano
plantio de-finitivo está estritamente associado
à
qualidadeda
muda (SILVA
JÚNIOR
&
VISCONTI,
1991)
Para
aprodução de
mudas
de
alta qualidade é necessário observar-se alguns fatoresque afetam
aprodução de mudas,
como
sementes de
alta qualidade,umidade,
nutrição, lu-minosidade, profiindidade
de semeadura,
controle fitossanitário e temperatura(FILGUEIRA,
1981).'
Estes fatores serão
abordados
a seguir :SEMENTES:
Para
obter-seboas mudas,
é imprescindível a utilizaçãode sementes de
qua- lidade.Como
assementes
podem
ser importantes vetoresde
viroses, é necessárioque
se-jam
tratadas, paraque
originemmudas
sadias.Por
isso, foi realizadoo
tratamento hidro-térmico das sementes,
de acordo
com
arecomendação
técnicada
EEI
(SCHALLENBERGEK
et al. 1995).O
tratamento hidrotérmicode sementes
consistena
utilizaçãode
água quente
para eliminaçãodos microorganismos danosos
às sementes.As
sementes, paraserem
submetidasao
tratamento hidrotérmico,devem
ser: 0 novas; 0 secas; 0 vigorosas; 0 intactas; 0nao
peletizadas;0
de
bom
poder
genninativo.O
material necessário para se fazero
tratamento hidrotérmico éo
seguinte:0 garrafa térmica
com
capacidadede
um
litro;0 pedrinha (peso);
0
termômetro graduado
até 609 C;0
pano
tipo tule;0 SCITICIIÍCS.
Para
o
tratamento hidroténnicode
sementes, os seguintes passosdevem
ser seguidos 10
Pega-se
o
pano
tipo tule, assementes
aserem
tratadas e a pedrinha. Faz-seuma
trouxi-nha
bem
frouxa, colocando-seno
interiorda
mesma
assementes
e a pedrinha.A
trouxi-nha deve
ser frouxa para passar pelaboca
da
garrafa térmica;0
Aquecer
aágua
em
chaleira até60°C,
despejandoem
seguidana
garrafa térmica atécompletar 3/1
do volume
totalda
garrafa;0 Deixa-se a garrafa térmica aberta e coloca-se
um
termômetro
dentroda
água,acompa-
nhando
seu resfriamento atél°C acima da
temperatura indicada parao
tratamentoda
semente
a ser utilizada,mexendo
de vez
em
quando;
0
Em
seguida, passa-se a trouxinhaem
álcool, rapidamente, e mergulha-sena
garrafa tér-mica, fechando-a;
0 Espera-se
o
tempo
recomendado,
retira-se a trouxinha e esfria-se assementes
em
água
a temperatura ambiente;0 Depois, espalha-se as
sementes
sobre jomal, àsombra,
para secá-las;As
sementes de cada
espéciede
hortaliçaapresentam
um
tempo
euma
temperaturaideais para
o
tratamento,como
pode-se
observarna Tabela
1.Tabela
1.Tempo
e temperatura parao
tratamento hidroténnicode sementes de
várias es-pécies
de
hortaliças. . z «f f az / z z ,. z. V › Ç ez. ~, ›.= »~<›,4*.~.»:›z=.z_‹»z‹z››r.~›r z.›>,z.~€~‹“*. ga- -_ .L ~. fz ^?›í‹-'~‹›<›‹âl>í§¢wà.=1f~‹&šv:z¢Izil; ',._.,..z«~.w~.‹.~ z. ~ *.‹-f¬;`. X ~l'.-«M z/...V .f~;,.:‹z ...z ft vê-1 .×\“~;>;«~ë'f;êé›*š~›rzš>§\‹' Z :^›.,» í ;*,;-f.<¬':.';@.< =z\f:>>¢,«â('.¢.*f,»'z:1".›'«\.›-¬\. â ¢<.š*\«.:»?,5>»z1.â*'-'z?âm\' “ “,,ú,~.,=-' '-z.-\*;$‹.<-;'»âzz > . '.‹.× zzzfzz-B z>z›ã~.›..f:.›-zzffir, -¿1.\%~›:'*_\aíø¿.<,;-:'› §2â›i~*1~z. *§?¢°1› em Alface .45
30
Salsão45
30
Pimentão
50
25
Repolho
50
25
Tomate
50
25
Couve-de
Bruxelas50
25
Espinafre50
25
Brócolis50
20
Cenoura
50
20
Couve-Flor
50
20
Couve-Galega
50
20
Nabo
50
20
Pepino
50
20
Rábano
50
20
Repolho
Chinês
50
20
Mostarda
50
15Rabanete
50
15Fonte:
SCHALLENBERGER
et al. 1995.BENJAMIM,
inMINAM1
(1995),afinna
que
aspequenas
diferençasno
tempo
de
emergência
das plântulaspodem
resultarem
grandes diferenças duranteo desenvolvimento
das plantas, e acrescenta
que
a idade,o
estado fisiológico, a variedade,o conteúdo de
re-serva,
o
tamanho do
embrião
e outrosparâmetros de
qualidadeinfluem
na germinação
eé interessante
que
ocorragenninação
eemergência
simultaneamente,em
curtoespaço de
tempo.
UMIDADE:
'A água
desempenha
papelfimdamental
na emergência
efonnação da
plântula,não podendo,
portanto, faltar neste período.Também
o
excessode água
é prejudicial, tantopela quantidade
em
sicomo
pelaredução
do
arejamentodo
soloou
substrato.Além
disso,muita água
pode
originar efeitos inibidoresna
germinação,devido ao
aumento
na
demanda
de
oxigênio,diminuindo
a solubilidade.Contudo, mais
importanteque
a quantidade -faltaou
excessode água
- é aforma de
aplicação.Deve-se
procurar irrigarde forma
homogênea,
para evitarque
as plantas sedesenvolvam de forma
irregular(MINAMI,
1995).TEMPERATURA:
A
temperatura exercemuita
influênciano
desenvolvimento
dasmudas
ena germinação
eemergência
das sementes.É
preciso estar atento para as exigênciasde cada
espécie
com
relação a temperatura.Também
asflutuações na
temperatura, oramuito
altas, oramuito
baixas,podem
afetar a
germinação
eemergência
e, principalmente,o desenvolvimento
dasmudas
(l\/lINAMI,1995).
LUMINOSIDADE:
A
luz é fator importantíssimona produção de mudas,
assimcomo
também
no
desenvolvimento da
planta.É
atravésda
atuaçãoda
luminosidadeque
as plantasfarão
um
equilíbrio entre a parte aérea e sistema radicular.Tem-se
verificado que,em
con-dições
de
baixa luminosidade as plantasapresentam
crescimentodemasiado
em
busca de
luz(MINAMI,
1995).MC
COLL,
in l\/IINAMI (1995),obteve
resultadosmuito bons
com
a utilizaçãode
luz suplementarna produção de
mudas
de
tomate,com
reflexos na
partede campo, após
serem
transplantadas.Porém,
BOIRIM
et al, inMINAMI
(1995),não obtiveram
resultadospositivos
na
produção de
campo
utilizando luz suplementarem
tomateiro,embora
asmudas
PROFUNDIDADE DE
SEMEADURA:
A
importânciada profundidade de semeadura
estáligada
ao
fatode
que, geralmente,quando
assementes
são colocadasmuito
profundas,0
embrião
é incapazde vencer a
camada
coberta,além de
causar lesões cotiledonares e insu-ficiência
de
materialde
reserva nassementes
parao
iníciode desenvolvimento
das plântu-las.Também o
substratopode
afetar negativamente, reduzindoo
contatoda semente
com
aágua
e reduzindo a aeração(MINAM1,
1995).SHANMUGANATHAN
&
BENJAMIN,
inMINAMI
(1995),obtiveram
diferençasno
desenvolvimento de
mudas
de
repolho,quando
submetida
asemeadura
em
diferentesprofundidades,
além de reflexos na percentagem de
emergência, até atingirO
(zero).NUTRIÇÃO:
Este
éum
ponto muito
delicadona produção de mudas,
poismesmo
que o
substrato
contenha
solo, as características químicas são alteradas.Para obtenção de melhores
resultados é necessário fazeruma
análisedo
substrato esaber quais as exigências
da
cultura a ser produzida, para então proceder-sea
adubação.BOR-TAL
et al,FISCHER
& MACKAY
eNELTON
eDUFANT,
inMINAMI
(1995), relatam que,
em
mudas
de pimentão
e tomate, a aplicaçãode
adubo
nitrogenado foimuito
positivona formação
e crescimentode
raízes eda
parte aérea.SUBSTRATO:
O
substrato é0
meio
em
que
asmudas
permanecerão desde
agerminação
até
o
momento
do
transplante parao
local definitivo.Para que
um
substrato seja considera-do bom,
deverá apresentarboa
estrutura fisica ecomposição
química,de
modo
a pemiitirboas
condiçõesde
aeração,umidade
edesenvolvimento de
raízes, paraque
asmudas
sejam
vigorosas (GI-IINI et al, 1992).
Como
aprodução de
mudas
de
hortaliçasem
cultivo protegido éuma
técnica fácil eacessível a
todos
os agricultores inovadores, vários substratosque
utilizam materiais exis-tentes nas propriedades
têm
sido testados pelos técnicosda
EEI..Dentre
as altemativasde
substratos alternativos testados encontram-se: - terra-de-cultivo misturada
com
estercode
curral
bem
curtido,na proporção de
1,5: 1; tera-de-cultivocom
cama-de-aviáriode
corte,na
proporção de
1:2ou
1:3; eo
substrato caseiro,que
écomposto
de 9
partesde
terra-de-cultivo, 3 partes
de
cama-de-aviário curtida e 1 partede
areiade
rio, acrescidasde
100gde
superfosfato triplo para
cada
20
litrosda
mistura(SILVA
JÚNIOR
&
GIORGI,
1992).Há
difi-ceis
de
encontrar nas casas agropecuárias.Porém,
é necessárioque
se façauma
desinfec-ção
do
substrato, poisdo
contrário,de nada
adiantaria fazer-seo
tratamento dassementes
se elas
fossem semeadas
em
substrato infectado.Os
métodos
de
desinfecçãode
solos classificam-seem
fisicos e químicos,atuando
sobre os
organismos
atravésda
inativação enzimática,coagulação de
proteínas e inibiçãodos
processos respiratórios(NEWHLL
inVENÂNCIO,
1993).Patógenos
habitantesdo
solocausam
grandes
danos
a diversas culturas,com
reflexo
direto
na produção,
principalmente seocorrem
na
fase inicialde desenvolvimento da
planta.Este
tem
se constituídoem
um
sérioproblema
para os produtoresde
mudas
e para os labo-ratórios
que
trabalhamcom
ensaiosconduzidos
com
plantasenvasadas
(GHINI
et al, 1993).De
maneira
geral, a desinfecçãodo
solotem
sido feitacom
a utilizaçãode produtos
químicos
furnigantes, dentre os quaiso
brometo
de
metila éo mais conhecido
epropagado.
O
problema da
utilização deste tipode produto
é a alta toxidez,que
apresenta risconão
sópara
o
aplicador,mas também
ao
meio
ambiente,uma
vez
que
destrói acamada
de
ozônio,que
éo
nosso
filtro solar natural.Considerando-se
estes efeitos negativoscausados
peladesinfecção
do
solo atravésde produtos químicos
altamente tóxicos,o
cultivo protegido utilizaum
método
de
desinfecçãodo
soloque não
agrideo ambiente
enão
oferece riscosao
aplicador. Este processo foi desenvolvido
em
Israel,em
1976, echama-se
solarização(SOUZA,
1992).A
solarizaçãodo
solo éum
método
fisicode
controlede
fitopatógenos, pragas eplantas daninhas,
que
consistena
utilizaçãode
um
filme
de
polietileno sobreo
soloúmido,
para
provocar
a elevaçãoda
temperaturado
solo a partirdo
uso da
energia solar.O
plásticofunciona
annazenando
calor e gases e estes,por
sua vez, são efetivos agentes letaisdos
microorganismos
do
solo.Como
éum
processo seletivo, poisnão acaba
com
os microor-ganismos benéficos
do
solo,também
échamado
de pasteurização
(CUNHA
et al., 1993).Durante o
períodode
solarização,o
solodeve manter o
teorde
umidade
elevado,o
que melhora
a condutividade térmicado
solo eaumenta
a sensibilidade térmiçados
patóge-nos, possibilitando,
porém,
a sobrevivênciade microorganismos
responsáveis pela minerali-zação da
matéria orgânica, bactériasfixadoras de
nitrogênio,fungos
micorrízicos, organis-mos
antagônicos aos fitopatógenos, e outrosque
são eliminados pelobrometo
de
metila.O
pató-fI>
geno.
Porém,
estetempo
deve
ser suficiente para controlaro patógeno na
espessura totaldo
substrato a ser solarizado(GHINI
et al, 1992).MÚLLER
et al (1995),estudaram o
efeitoda
solarizaçãode
substratona produção
de
mudas
de
tomateiro,conduzindo
um
experimento na EEI,
em
93-94
e 94-95.Na
la fase,instalada
em
21/12, realizaram a solarizaçãocom
3 alturasde
substrato (15,20
e25cm),
cobertura e ausência
de
cobertura das parcelas e períodode
solarização (30,60
e90
dias).Na
2a
fase retiraram substratoda
fase 1,a
cada
30
dias, e utilizaramna produção de
mudas
de
tomateiro, cultivar Santa Clara,com
4
tratamentos (substrato solarizadocom
15,20
e25cm
de
altura enão
solarizado).Avaliaram
as temperaturas e fertilidadedo
substrato,ocorrência
de
plantas daninhas e pragas (fase 1) epopulação
e vigor dasmudas,
ocorrênciade
plantas daninhas e pragas, doenças, plantas daninhas e deficiências nutricionais (fase 2).Após
a análisedos
resultados,recomendaram
a solarizaçãopor
30
a60
diasno
verão, paraa
Região
Sul,com
20
a25cm
de
alturado
substrato.LEFÉVRE
&
SOUZA,
em
experimento
realizadoem
1993, determinaram,em
labo-ratório,
que
a temperatura letal paraRhizoctonia
solani e Sclerotium rolƒsíi foide
50°C.E
em
dois ensaiosde
solarização instalados acampo,
com
filme
de
polietilenode 35 micra de
espessura,
observaram que o
solo atingiu a temperaturade 50°C, determinada
como
letalpara estas espécies
de
patógenos.GHINI
et al (1993),observaram que
a solarizaçãodo
solopor
30
e50
dias reduziu a ocorrênciade
Verticillium dahliaena
culturado
tomate
e apresentou efeito residualno
controle
da doença
em
berinjelas transplantadas45
diasapós
a retirada das plantasde toma-
te.
A
comunidade
de
plantas invasoras foi sensivelmente reduzidacom
a solarização,de
modo
que
a solarização eo brometo de
metilareduziram acentuadamente
aspopulações de
diversos
grupos de
ácaros e insetos,sendo que onze
meses
emeio
após o
tratamento aspopulações voltaram
a ser semelhantes à testemunha.Os
resultados destesexperimentos
sóvem
comprovar
a eficiênciada
desinfecçãodo
solo através
da
solarização.A
solarizaçãotem
apresentadobons
resultadosno
controlenão
sóde fungos
e bac-térias patogênicas,
como
também, no
controlede
nematóides,que apresentam
sensibilidade a temperaturas elevadas.Um
fenômeno
observado
com
freqüênciaem
trabalhoscom
solari-zação
éo
ganho
de
crescimento das plantasquando comparado
com
culturasonde
o
soloni-trogênio e potássio, e biológicas,
por
não
afetargrandemente populações de
antagonistas ereduzir a
população de patógenos
menores
(SOUZA,
1992).De
acordo
com
KATAN
et al (1976), existem pelomenos
e maneirasde
atuaçãodo
controle biológico
em
solo coberto: - a fungistase,que
mantém
ospropágulos
do
grupo
em
estágio
de
resistência passiva, é parcialmente anulado a45-50°C,
desta forma,os propágu-
los sensíveis
genninam,
ficando
expostos àação de microorganismos
líticos e outros fatoresdeletérios existentes
no
solo; - as temperaturas subletaispodem
enfraquecer as estruturasde
resistência,
tomando-as
mais
vulneráveis àação da
microbiota antagônica: - e, alterando apopulação microbiana
do
soloem
favordos
saprófitos resistentesao
calor,uma
vez que
amaioria
dos patógenos
sãomenos
resistentesao
calorque muitos
saprófitos.A
reinfestação nestes solos émuito mais
lentado
que
quando comparada
com
o
emprego
de produtos
químicos,onde
elapode
sermais
rápida e intensa,devido
à destruiçãoindiscriminada
dos microorganismos
do
solo(VENÂNCIO,
1993).Em
1979, japoneses relataramo
primeiro trabalho sobre solarizaçãoem
túneisde
plástico.
Em
Israel, trabalhos relatam a ocorrênciade
temperaturas entre2
e5°C
superioresà solarização
em
campo,
em
condições de
casade
vegetação, paraprofimdidades
entre 10 e30cm,
fatoque
possibilitouo
controlede
Verticillíum dahliae eFusarium oxysporum
f.sp.niveum,
fungos
causadoresde murcha,
em
casade vegetação nos meses de
maio
esetembro
que, naquele país, são
épocas
marginais para a solarizaçãoem
condições de campo.
Simi-larmente,
na
Bélgica, foi detectadoque a
solarizaçãodo
solo, para as condições locais, so-mente
era efetivoem
casade vegetação
em
função da
retençãoda
energiaacumulada,
sen-do
possível observarredução
significativana população de Rhízoctonía
sp,que manteve
baixo
o
potencialde
inóculomesmo
após 6
meses da
retiradado
plástico(SOUZA,
1992).BROMETO
DE
METILA
-É um
fiimigante muito
volátil eextremamente
tóxico, larga-mente
utilizadona
agricultura para desinfecçãode
solos, e que,quando
aplicadoao
solode
fonna
correta, controlaquase todos
osorganismos
vivos, eliminando insetos,nematóides
(exceto alguns
fomiadores de
cistos), a maioria dassementes
de
plantas daninhas, bactérias e fungos, tanto patogênicasquanto
saprófitas.A
base tóxica, assimcomo
a taxade
difusãode brometo de
metilaaumentam
com
o aumento
da
temperatura(VENÂNCIO,
1993).EKINSON
&
POWLSON
inVENÂNCIO
(1993),após
análisedo
efeitode
fumigantes sobre a respiração e a mineralizaçãodo
solo, constataramque há
uma
menor
respiraçãoem
solo tratado
com
brometo
de
metila, atribuindo estes resultados à eliminação parcialda
bi-omassa do
solo durante a fumigação,não ocorrendo recuperação completa
mesmo
após
vários anos.
A
mineralizaçãode
Nitrogêniotambém
foimenor no
solo fumigado.RECIPIENTES:
basicamente são dois os tiposde
recipientes utilizados para aprodução de
mudas
de
hortaliças:copos de jomal
e canteiros móveis.A
produção de
mudas
tem
sido feita,normalmente,
em
canteiros(sementeira/viveiro) nesta região.
O
que
se pretende é fazercom
que
os produtoresadotem
a tecnologia
da produção de
mudas
em
recipientes (copinhosde
jomal, e canteirosmóveis
feitos
de
plástico, isopor e polietileno), pois asmudas
produzidasem
recipientes apresen-tam
maior
uniformidade, precocidade e sanidade.Devido
ao
fatode
não haver
rompimento
de
raízes,na
ocasiãodo
transporte, evita-seou
diminui-se a incidênciade
váriasdoenças
(principalmente bacterianas e fúngicas) e
aumenta-se o
índicede
pegamento
acampo,
que
se
aproxima de
100%.
Além
disso,o
sistema permite aindaum
melhor aproveitamento
dassementes que
sãode
alto custo,proporcionando
um
maior
número
de
mudas
por
grama
de
semente
utilizada(s1LvA
JÚNIOR
&
vrscoNT1,
1991).Embora
seuuso
ainda seja incipiente,o copinho
feitocom
folhasde
jomal
éo mais
utilizado, entre
todos os
recipientesem
SC. Apresenta
avantagem
sobre osdemais
recipien-tes
por
ser transplantadopor
completo, acampo,
sem
necessidadeda
retiradado
torrãode
substrato
do
invólucrode
papel.Não
obstante, apresentao
inconvenienteda
altademanda
de mão-de-obra
para a sua confecção.Uma
pessoa
treinadaconsegue
preparar400
a500
copinhos por
hora.A
utilizaçãode
recipientesmodulados
(tubetes,bandejas,etc.) para aprodução de
mudas
de
olericolasvem
ao
encontrode
uma
limitação crescentede mão-de-
obra
para aconfecção de copinhos
de
jornal.Neste
trabalho,SILVA JÚNIOR
&
VISCONTI
(1991), constataram,no
entanto,algumas vantagens
em
favordo
tradicionalcopinho de
jomal, utilizando-seuma
proporção
adequada de
solo e estercocomo
substrato.Veiificaram,
também,
que
asmudas
produzidasem
copinhos de
jornal,nos
diferen-tes substratos utilizados, apresentaram-se
mais
vigorosas ecom
reduzida sintomatologiade
deficiência
de
fósforo nas folhas independentedos
recipientes.Observaram,
ainda,uma
tendênciade desenvolvimento precoce da
muda,
atravésos recipientes
na forma de
tubetes e bandejade
isoporfavoreceram
uma
acentuada
defici-ência
de
fósforo,provavelmente
como
resultadodo menor
volume
de
substrato.Quando
seutilizaram substratos
com
menor
percentualde
matéria orgânica(cama
de
aviário),houve
maior
predisposiçãode
tubetes eda
bandejade
isopor aperderem
solopor
gravidade (nofundo
do
recipiente) ea
ocorrercompactação,
quando eram
feitas as irrigações. Recipientescom
pouca
área superficialpodem
também
afetar a qualidade dasmudas
devido
à reduzidaaeração
na
superficiedo
substrato.Devido
àgrande proximidade
das célulasque
compõem
a bandejade
isopor, verifi-caram
maior
estiolamento dasmudas,
comprovado
pelamaior
alturade
plantaem
relação àespessura
de
caule.Quanto
à retiradada
muda,
o
plástico é melhor, poiso
isoporcausa
forte atrito
com
o
torrãode
substrato devido a alta rugosidadeintema
das células.O
número
de
folhas e a altura dasmudas
são indicativos práticos parao ponto
ade-quado
de
transplante, assimcomo
a
espessurade
caule é indicativode
plantas vigorosas .Mudas
com
excessode
folhas sãomais
sensíveisno
transplante devido àperda
excessivade
água por
transpiração. Já asmudas
demasiadamente
altas efinas
são resultadosde
estiola-mento, sendo normalmente
pouco
vigorosasquando
transplantadas acampo
(SILVA
JÚNIOR
&
v1scoNT1,
1991).Copos
de
jomal de
7cm
x
6cm
tem
capacidadeaproximada de 2O0cm3.
Em
média, 1litro
de
substrato permite encher 5 copinhos.Para o
transplante asmudas devem
ter 10 a12cm
de
altura e4
a 5 folhas definitivas(SILVA
JÚNIOR
&
VISCONTI,
1991).Os
canteirosmóveis
são utilizados paraa
produção de
mudas
em
cultivo protegido,visando garantir a
produção minimizando
os efeitos negativosdo
ambiente que
podem
afe-tar a
formação
dasmudas.
Os
canteirosmóveis mais
utilizados são feitosde
isopor,com
128,
200 ou 288
células.A
alturados
canteirosmóveis
pode
serde
60,120
ou
150mm
MINAMI
(1995),enumera
as seguintesvantagens
de
seproduzirem
mudas
em
recipientes:0
maior
precocidadeø
menor
possibilidadede contaminação
fitopatogênica0
melhor
controle ambiental0
maior
facilidade parao
controlede
ocorrênciasde
doenças, pragas e plantas daninhas0
maior
relação percentual entre assementes
plantadas e asmudas
obtidas0
melhor aproveitamento da
área destinada àprodução de
mudas
0
maior
facilidadena execução de
tratos culturaiscomo
desbaste, irrigação e tratamentofitossanitário
0
menor
stressno
transplante.3.3.
Hipótese
O
tratamento7 (produção
tradicional) irá produzir asmelhores
mudas.
3.4. Materiais e
Métodos
Foi
conduzido
um
projetode
pesquisade “Produção de
mudas
de
tomateirocom
diferentes substratos
em
cultivo protegido eProdução
tradicional” ,na EEI,
no
períodode
15/01/96 a 15/02/96.
No
experimento
foi utilizada a cultivar Santa Clara,por
ser cultivadaem
grande
escala pelos olericultoresde
Santa Catarina.Primeiramente
foi realizadoo
tratamentohidrotémnco
das sementes,de acordo
com
a
recomendação
técnicada EEI.
Foi feita
uma
análisede
solodo
substrato, cujo laudo estáem
anexo
(Anexo
7).O
delineamento utilizado foio
de
blocosao
acaso,com
7
tratamentos e 3 repeti-ções.
Cada
parcela foi constituídade
30
plantas.Os
tratamentos 1 a6 foram conduzidos
em
um
túnel alto(5x8m)
e, as parcelas, instaladasem
canteirosmóveis de 128
células,o
canteiros
móveis
utilizados.O
tratamento 7 foi instaladoem
copos de jomal
econduzido
sem
cobertura,em
condiçõesnormais
de
ambiente.Os
tratamentos utilizadosforam
os seguintes:1. Substrato solarizado
com
espessurade
15cm
2. Substrato solarizado
com
espessurade
20cm
3. Substrato solarizado
com
espessurade
25cm
4. Substrato
não
solarizado5. Substrato tratado
com
brometo
de
metila6. Substrato comercial
7.
Produção
tradicionalde mudas.
O
substrato utilizado foio
caseiro, cujacomposição
é9
partesde
terrade
cultivo, 3partes
de
cama
de
aviário curtida e 1 partede
areiade
rio. Utilizou-se100g
de
Superfosfatotriplo para
cada
20
litrosda
mistura.A
solarização foi realizada durante30
dias (22/ 12/95 a 22/Ol/96),na EEI.
O
subs-trato comercial utilizado foi
o
Plantmax.Como
“produção
tradicionalde mudas”,
entenda-se aprodução
utilizando-se amistura citada
sem
solarização, cujos recipientes sãocopinhos de
jomal, econduzidos
acéu
aberto.Os
parâmetros
avaliados foram:0
Número
de
plantas0
Vigor
das plantas0 Altura das plantas
0
Número
de
dias parao
transplante,desde
asemeadura
0 Ocorrênciade
doenças, pragas e plantas daninhas 0 Deficiências nutricionais3.5. Resultados e discussão
O
projetode
pesquisade “produção de
mudas
de
tomateirocom
diferentes substra-tos
em
cultivo protegido eProdução
tradicional”, apresentou os seguintes resultados:O
número
de
plantas viáveis varioude 21
a30
plantaspor
parcela,sendo que
o me-
nor
número
de
plantas foiobservado
nas parcelas 19 e 20,que fazem
partedo
tratamento7
(produção
tradicionalde mudas).
Entre os outros tratamentos'o
menor
número
de
plantasfoi
de
27
plantas.O
menor
número
de
plantas viáveis nas parcelas 19 e20 pode
ter sidoocasionado
pelo fatode
estasterem
sidoconduzidas
em
condiçõesnormais de
ambiente,ficando
sujeitas às intempéries eao
ataquede
pragas.Também
agrande
ocorrênciade
chu-vas durante
o
períodode observação
pode
ter contribuídode maneira
decisivapor
causarencharcamento
do
substratodos copinhos de
jomal, prejudicando agerminação
dassemen-
tes.
As
plantas pertencentes aos tratamentos 1 a 6, apresentaram-semais
vigorosasdo
que
as plantasdo
tratamento 7,sendo
que
destacaram-se asmudas
do
tratamento6
(Substrato comercial).
O
maior
vigor apresentado pelas plantasdo
tratamento6
deve-seao
fato
de o
substrato comercial apresentarbom
equilíbrio entre os nutrientes essenciais, epropiciar
boas
condiçõesde
aeração parao desenvolvimento
das plantas.O
número
de
dias parao
transplante dasmudas
do
tratamento6
(substratocomer-
cial), foi
de
21 dias, valor significativoquando comparado
com
o
número médio
de
diaspara transplante
de
mudas
produzidas pelo sistema tradicional,que
situa-seem
tomo
de
30
dias. Este valor é
muito
significativo, pois permite aobtenção dos
frutosnum
períodode
escassez
na
oferta possibilitando avenda por preço mais
elevado,que
éo
principal objetivodo
cultivo protegido.Não
houve
ocorrênciade doenças nos 7
tratamentos.Danos
ocasionados por
pra-gas (desfolhamento)
foram
constatadossomente
nas parcelasdo
tratamento 7,porém, não
foram
suficientes paracomprometer
o desenvolvimento normal
das plantas.Somente
os
tratamentos 5 e
6 não apresentaram
ocorrênciade
plantas daninhas,sendo que
amaior
ocorrência
de
plantas daninhas entre os tratamentosconduzidos
em
túnel alto foi nas parce-las
que
compunham
o
tratamento4
(substratonão
solarizado).As
plantas daninhasde
folha3, deve-se
ao
elevadonúmero
de
diaschuvosos
ocorridos duranteo
períodode
solari-zação, fato
que
diminuiu a eficiência desta técnica, poisnormalmente não
deveria ter ocor-rido infestação
de
plantas daninhas nestes tratamentos.A
ocorrênciade
plantas daninhas,em
maior número,
nas parcelasdo
tratamento4
é devidaao
fatode
as condições climáticasdentro
do
Túnel
altofavorecerem
agerminação
dassementes
tanto das espécies cultivadasquanto
das plantas daninhas.A
ocorrênciade
plantas daninhasno
tratamento7
já era espe-rada, pois tal tratamento foi
conduzido
em
condiçõesnormais de ambiente
eo
seu substratonão
recebeunenhum
tratamento.A
não
ocorrênciade
plantas daninhas nas parcelasdo
tra-tamento 6 demonstra
aboa
qualidadedo
substrato utilizado,que
está livrede sementes de
plantas daninhas.
No
tratamento 5,como
erade
se esperar,não
houve
ocorrênciade
plan-tas daninhas.
Todas
as plantas,de
uma
maneira
geral, apresentaram deficiênciade
nitrogênio ede
fósforo.
Nos
tratamentos l a 6,o aparecimento de
sintomasde
deficiências nutricionaispode
ter sidoocasionado
pela irrigaçãocom
regador
de
bico fino,que
apesardo
nome
pro-duz
gotas relativamente grandes,provocando
a lixiviaçãodos
nutrientes.Nas
parcelasde
tratamento 7, os sintomas
de
deficiênciadevem
ter sidoocasionados
pelo lixiviaçãodos
nutrientes
do
substrato pelaschuvas
ocorridas.O
tratamento6
apresentoumudas
com
maior
alturamédia
(14cm),enquanto
que
os tratamentos4
e 7apresentaram
asmenores
alturasmédias
(7,5 e 7,0cm), respectivamente. Já os tratamentos 3 e 5apresentaram
alturamédia de
9,0cm,o
tratamento 1 apresentoualtura
média de
8,5cm, eo
tratamento2
apresentou alturamédia de
8,5cm.Na
avaliaçãodo
Peso
seco das plantas,o
tratamento6
apresentouo melhor
resulta-do
(4,01 g), seguidodos
tratamentos2
e 5ambos
com
2,l6g.Depois
veioo
tratamento 3(2,11g),
o
tratamento 1 (2,03g), e,com
o
menor
resultado,o
tratamento 7 (l,45g).Para melhor
visualizaçãodos
resultadosde
alturade
plantas epeso
seco, serão utili-Figura 3 -
Gráfico
da
alturamédia
dasmudas
de
tomateirox
tratamentos. Altura média l l I r I1 - Altura 15cml2
- Alturahm
I3
- Altura 25cmI4
- Não solarizadoI5
- Tratado cl bmI6
- ComercialE
7 - TradicionalFigura
4
-Gráfico do
peso
seco dasmudas
de
tomateirox
Tratamentos.gramas Peso Seco I1 - Altura 15cm
I
2 - Altura 20cmI3
- Altura 25cmI4
- Não solarizadoI5
- Tratado cl bmI6
- Comercial II 7 - TradicionalNa
tabela2
está apresentadoum
resumo
da
Análiseda
variância edo
testede
sepa-ração
de médias
utilizado para análise estatísticados dados de
Alturamédia
ePeso
seco das plantas.Tabela 2
-Resumo
dos
valoresda
Análiseda
variância edo
testede
separaçãode médias
utilizado para análise
da
Alturamédia
edo
Peso
seco dasmudas
de
tomateiro.Tratamento
Alturamédia (cm)
Peso
seco (g)ó
14.oooa
4,01a
4
9.000
b
1,84b
2
9.000 b
2,16b
3 8.533b
2,11b
18.000
b
2,03b
5 7.533b
2,16b
7 6.833b
1,45b
* Teste
de Tukey, ao
nívelde
5%
de
probabilidade3.6.
Conclusões
:1 -
Houve
diferença estatística entre os tratamentos,em
relação a alturamédia
eao peso
seco das plantas,
sendo que
em
ambos, o
tratamento6
apresentou osmelhores
resultados,diferindo estatisticamente
dos demais
tratamentos.a.
2
-O
tratamento7
apresentou os piores resultados para osparâmetros
analisados,o que
nos
leva a rejeitara
hipótese levantada. V3 -
Os
tratamentos 1, 2, 3,4
e 5,apresentaram
resultados intermediários,sendo que o
tra-4.
VISITA
E
ENTREVISTA
COM
AGRICULTORES
QUE
UTILIZAM
O
CULTIVO
PROTEGIDO.
4.1. Introdução
Devido
ao grande
potencial e à tradiçãoda
regiãodo
Vale
do
Itajaí para aprodução
de
hortaliças, vislumbrou-se a possibilidadede
realizaçãode
visitas a agricultoresque
utili-zam
a técnicado
cultivo protegidocomo
uma
grande oportunidade
de
comprovar
na
práticaa viabilidade
da
utilização deste sistemade produção de
muda
de
hortaliças,que
foio
obje-to
de
estudodo
estágio.Para
a realização das entrevistas, foi elaboradoum
questionárioque procurou
abor-dar os rinci ais ontos
do
cultivo rote ido ›de
modo
aserem
obtidos resultadosQ
ue
possibilitem
uma
análisemais
ampla
desta técnica.A
escolhados
municípiosde
Blumenau
e Indaial para a realização destas visitas,ocorreu
devido ao
fatode
Blumenau
ter apresentado0 maior
número
de
agricultoresque
realizaram
o
cursode
cultivo protegidona EEI,
e Indaial,por
sero
municípiode maior
par-ticipação
na
comercializaçãode produtos
no
posto
da
CEASA,
em
Blumenau.
Em
Blumenau
foram
visitados4
produtores, eem
Indaial 7 produtores.Esta
dife-rença
no
número
de
produtores visitadosem
cada
município foimotivada
pelo fatode
que,dos
14 agricultoresde
Blumenau
que
realizaramo
cursode
cultivo protegido,apenas 4
instalaram túneis altos e capelas para a
produção de
hortaliçasem
cultivo protegido. Jáem
Indaial,
o
número
foimaior porque muitos
produtores instalaramo
cultivo protegidode
hortaliças
por
conta própria,sem
assessoramento técnico esem
terem
participadodo
cursode
cultivo protegido4.2.
Metodologia
Para
a realização destas visitas e entrevistas aos agricultores, foide grande
auxílio acolaboração
de
técnicosda
Secretariade
Agriculturados
municípios,que escolheram
quaisas propriedades a
serem
visitadas eacompanharam
as visitas, facilitando a realizaçãodo
trabalho.
Uma
cópiado
questionário utilizadona
entrevista aos agricultores encontra-seno
anexo
3.4.3.
Resultados
e discussãoAs
culturas e cultivaresde
hortaliças produzidasnos
dois municípiosnão
apresentamuitas variações,
bem como
as pragas,doenças
eprodutos
utilizados para seus controles.Entre as culturas e cultivares
mais
produzidasencontram-se tomate
(Santa Clara e Saladi-nha),
pimentão
(Magali eMagda),
alface(Regina
eVerônica),pepino
(Premium
e Premier),couve-flor
(Verona).Todos
os agricultores entrevistados já trabalhamcom
produção de
hortaliçasdesde
a infância, pois esta é
uma
atividadepassada de geração
parageração
nestes municípios.Uma
diferença crucial entre os municípiosde
Blumenau
e Indaial, resideno
fatode
que
em
Blumenau
existeum
trabalho bastante forteno
sentidode
levar aos produtores asvantagens e `as técnicas
do
cultivo protegido,enquanto que
no
municípiode
Indaialnão
existia, até
o
inicio deste ano,um
técnico específicona
áreade
horticultura, apesarde toda
a importância desta atividade para
o
referido município.Os
abrigosmais
utilizados são os túneis altos para aprodução de
mudas
e capelaspara
produção
das culturasapós
o
transplante. Infelizmente,nenhum
dos
agricultores visi-tados apresentava abrigos
que atendessem
todas as exigências para aprodução de mudas.
As
principais deficiências destes abrigoseram
a faltade
pano
tipo tule para evitar a entradade
insetos vetoresde
viroses e outras doenças, solosmal
drenados, existênciade
plantashospedeiras
de
insetos dentrodos
abrigos e nas proximidades.Em
grande
partedos
abrigos,a irrigação,
que
éum
fatorde extrema
importânciana
fasede produção de mudas,
é feitaatravés
de
mangueiras,que por
causado
grande
tamanho
das gotasprovoca
lixiviaçãodos
nutrientes e
compactação
do
substrato, afetandonegativamente
asmudas.
O
substratomais
utilizado pelos agricultoresde
Indaial éo
substrato comercialPlantmax.
Em
Blumenau, o
substrato comercialtambém
é utilizadopor
dois produtores,enquanto
outros dois utilizamum
substratocomposto
por
uma
misturade
terrade
cultivocom
resíduode
algodão,que
existe éabundante
devido à existênciade grande
número
de
As
pragasde maior
ocorrência são trips, pulgões, vaquinha, traça-do-tomateiro ebroca-do-fruto.
As
doenças de maior
ocorrência são pinta-preta e murchadeira.Os
princi-pais inseticidas utilizados são Orthene, Cartap, Decis, Dipel e Folidol.
Os
fungicidasde
maior
utilização sãoFunguran,
Dithane, Daconil, Cupravit azul, Cerconil, Benlate,Manzate
e Ridomil.
Dentre todos
estes produtos, é necessário fazer-seuma
ressalva parao
Folidol(parathion metílico),
um
produto
organofosforadode
classe toxilógica I.A
utilização desteinseticida apresenta
ótimos
resultadosno
controlede
insetos e ácaros,mas, por
outro lado,elimina tanto os insetos daninhos
quanto
os inimigos naturais, poisnão
é seletivo.Apresenta
ainda
grande
perigoao
aplicador,devido
ao
seu altograu de
toxidade, e,por
último,o
seuperíodo
de
carênciade
14 dias,que
para culturasonde
a colheita é feita seguidamente,como
éo
casodo
tomateiro,toma-se
um
empecilho.Um
detalhe citadopor todos
os en-trevistados é
que
a utilizaçãode
fungicidas é feitade forma
preventiva, enão após
a instala-ção da
doença.Durante
a fasede produção de mudas, o
método
de
irrigaçãomais
utilizado pelosentrevistados é através
de
mangueiras,enquanto
que, para aprodução
das culturas, a fer-tiirrigação é largamente utilizada.
Os
aspectos positivosdo
cultivo protegidosegundo
os agricultores são a possibili-dade de
trabalharmesmo em
dias chuvosos, amelhor
qualidade e aspectodos
frutos, a ga-rantia
da produção, maior
produtividade,menor
incidênciade
pragas e doenças, facilidadede manuseio dos
canteiros móveis,menor
utilizaçãode
agrotóxicos,maior
qualidade dasmudas
eeconomia
de sementes
ede
água.Não
fizeram
nenhuma
referênciaquanto
a aspec-tos negativos
do
cultivo protegido.Após
a realização das visitas e entrevistas eda
análisedos
resultados,algumas
con-siderações se
fazem
necessárias.A
primeira consideração está relacionadacom
aforma equivocada
com
que
a pro-dução de
mudas
é vista pela maioriados
produtores entrevistados.Na
visão deles, fatoque
pôde
ser constatado pela precariedade das instalações utilizadas para esta finalidade, a faseque
apresentamaior
importância é a fasede
produção
nas capelas,que
éonde
asdoenças
semanifestam.
Porém, ignoram o
fatode
que
a ocorrênciade
muitas destasdoenças
poderiaser evitada se fosse