Antes
sem-terra,
"agora
sem-lei
Florianópolis,
Maio-Junho
de 1988REFORMA
AGRÁRIA:
NaCentral
Relatório:
Hospital
'Rodolfo
de
prometeu
Risco:
na
Diga
33,
entrada
sua
e
mentiu
consulta
- ona
saída
terminou!
Páginas
2e4Págína-S
Melhor
Peça
Gráfica
ISet
Universitário
Maio 88
ZEBO
Jornal Laboratório do Curso de Comunicação
Social da Universidade Fede ra de Santa Cata rina.Texto: Analü Zidko,
Arley
Machado,Clâu diaCarvalho.ClâudíaFinardi, DauroVeras, Elaine,Ewaldo W.Ne
to, Fernando Croco
mo,HeloisaDallanhol,
Ilka Goldschmidt, Is mailAhmadIsmail,Ja
ques Mick,
Ligia
Gastaldi.Mârcla Carvalho
Marcos Cardoso, M&:.
rio OtâvíoVaz', Marí
laine Sulzbach, Marta
Moritz,
Monique
Vandresen, Rafael Masse
li,
RubensVargas,
Ru chelle Zandavalle, Sa brina Franzoni, SílviaZamboni, Taciana
Varnning
Xavier,Diagramação:
AnalüZidko,
Clâudia Carvalho,
IlkaGoldschmidt,Ivan Santos, Rute En
riconi,
Sabrina Franzoni.
Arte: Paulo Caruso,
Milton
Alves,
Fotografia: SabrinaFranzoni,
Philippe>
Arruda, Ilka Goldsch
midt, Fernando Cro
como"
Laboratório Foto
gdfico:
Carlos Locztelli,
'Marques
Indio Casara,Philippe
Arruda, Pedro Mello,
Edição,
coordenaçãoe
supervisão:
Profes sores Eduardo Meditsch, Luiz Alberto
Scotto, Ricardo Bar
reto,
Ediçã�
Gráfica: Ri cardo Barreto Telefone:(0482)
33-9215Telex:
(0482)
240 BRCorrespondência:
Caixa Postal472,De
partamento de Comu
nicação
eExpressão,
Curso de Jornalismo,F1orian6polislSC
Acabamento e Impressão:
Fundaçãoda Produtividade, fones 2'b7756 e 22-6312, PortaAlegre,
RS.Distribuição
Gratui taCirculação Dirigida
QUÉREMOS
•MAIS
"" 0"0 ," ... ,Jacques
Mick
"Gaúcho s6 vem pra SantaCatarina pra chamar a Polícia Militar de
Brigada',
pescartainha'
com anzol e
xingar
oscatarina". Foi assim quereagiu
umarepõr
ter
quando perguntada
sobre a"invasão" de jornalistas do Rio Grande do Sul no mercado de Santa Catarina.
Apesar
do bomhumor,arespostacarregaum
quê
de reserva,um certo
pessimismo
quanto ao futuro dos profissío nais de
comunicação,
vítimasdoterrorismo do"mercadodereser
va"e,em
conseqüência,
dos baixos
salários,
da falta deopções
e,
até,
de seuspr6prios
preconceítos,
Das 66
instituições
deensino que oferecem cursos de Co
municação
SocialnoBrasil,seteestão no Rio Grande do Sul.
Cinco delas
(PUC,
UFRGS,ICPel, UNiSINOS e
UFSM)
têmhabilitação
emJornalismo,oquegarante, a cada final do ano,
um
grande contingente
denovos.profissionais
para invadir as rádios, televisões e
jornais
à catade empregos.Issoquando
já
nãoO ex-reitor
Rodolfo
PintodaLuzdespe-
Pelo.contrário,
foi
duranteaúltima
ges-diu-se do cargo onerando os
cofres
da Uni- tão na Reitoria que o Curso de Jornalismoversidade com um caro e bem
impresso
"Re-
da UFSC deixou defreqüentar
alista
doslatório
deAtividades".
A utilidade do citadomelhores
dopaís,
ondechegou
afigurar
em"Relatório"
para as atividades deEnsino,
-sétimo
lugar,
de acordocom aRevistaPlay
Pesquisa
eExtensão quejustificam
odinheirolfoy. En: gra,!de
parte,
estaqueda,
4eveu-se
quea sociedade investeem nossa
instituição
adeterioração
de nossoslabo�atorzos,
quepoderia
serargumentada
sobre seu-testemu-nunc.a
cp,:taram
c£?m
.ma�utençao a.d�CJ.uada,
nho como
registro
histórico,
nãofosse
elejunclOna,:zo.s
f!.speczalzzCfdos
oupossibilidades
, um documento mentiroso. O ex-reitor
"rela-de
substituição
deequipamentos obsoletos.
ta",
porexemplo,
terexpandido
o espaço Nopresen!
emome'!to,.
quando.
se iniciaflsico
doCurso
deJornalismo,
o que nãouma
n,0�a
gestao
naRe!to!za,
esteJornal-la
fez jamais.
Nosso
espaço não aumentou se-boratorzo recebe
o premzo de melhor peçaquerum centfmetro
quadrado
durante ages-gráfica
no"1
� SetUniver�itário",
promovido
tão de
Rodolfo
Pinto da Luz:pela
RBS e PUC do RioGrande
doSul,
Salários
baixos,
,... .
concorrencia
desleal,
etc
....Apesar de 20% dasescolas
de
Comunicação
Social doBrasilestaremna
Região
Sul,o mercado detrabalho é escasso, sendo
ocupado
muitas vezespor traba lhadores semregulamentação
para atuaremcomo
jornalistas.
Emconseqüência,
surge umgrande
nâmero de
desempregados
quebusca,detodasasformas,espaço
para
exercer
aprofissão,
Diantedarealidade,sãoforçadosaabdi
car dosonhoda
"grande impren
sa" e aassumirem meios de "comunicação
institucional" que,namaioria das vezes, não são bem
vistos
pelos
demaiscompanheiros
de
profissão,
Issofreqüentemente
provoca rivalidades
regionais,
eo
surgimento
depreconceitos
com
relação
àsdiversas
faces doJornalismo.
Jornalismoexíge
a
promessa
'concorrendocom
jornais
universitârios
detodo o
sul
dopaís.
É
umaprova de que, dadasas
condições,
sabemos trabalhar. Odinheiro
público
investido
aqui'
tem tido retorno,é
um
bom
investimento. Não sepode
dizer o,
mesmode
alguns folhetos
depropaganda
pes-,soai
impressos
a'cores.
Quando
asinstituições
nacionaisentramem
crise;
quando
a sociedadeperde
suas referências, quando
ofuturo
parecenebuloso,
o
bom
jornalismo
é'
umproduto
deprimeira
qualidade
iNão se acha um caminho sem averdade. E nisso que
jogamos
o nosso trabalho.
Mercado
escasso e,
convulsionado
)
Gorbatchev
até
na
tv
brasileira.
Reagan?
Ora
...O jornalismo custa pra dar
caras na televisão brasileira.
":obrindo a reunião de
cúpula
em Moscou, Luís Carlos Aze
nha,
rep6rter
da TV Manchete,descrevia a
arquitetura
da Praça, Vermelha, quando viu passar opresidente
Gorbatchev com suacomitiva.Oque
podia
não passarde mais uma
pauta
para encher
lingüiça
nos noticiários se transformou numa,entrevista inédita.
Era a
primeira
vez que o líder soviético falava a, umrepõrter
da América Latina. /
Ocasogeroutantarepercus
sãoque atéaRede Globotrans-:
mitiu a matéria. Aos
gritos
de/
"Mr.
Gorbatchev!", de repente,
o
rep6rter interpelava
acomitiva econseguia,
sem'muitoesforço,
falar com o
presidente
atravésde um
intérprete.
Gorbatchevmostrou interesse em visitar a
América Latina e evitou fa:lar
na
questão
da dívida dospaíses
do Terceiro Mundo. Para ele,
também, ,é um assunto muito
complicado
...estão trabalhando hámaistempo,
irregularmente,
sem oregistro
profissional
e nemdiploma.
Essa
espécie
deproblema
ocorre emtodoo País.EmSanta
Catarina,além das demissõesque
enxugam o mercado de vagas,
o Sindicato dos Jornalistas luta para diminuir o númerode pro flssionais em
situação irregular
e que não têm o
registro
masassim mesmo exercem a
função.
O acordo salarial realizado em
finsde maiotrouxediversascon
quistas,
acompanhadasdeumrea-Os
Cursos
deComu
nicação
Social
dosul
do,país, participaram
nomês
de
maio
do ISet
Universi
tário, promovido
pela
Fa
mecos
(Faculdade
dos
Meios
deComunicação
Social
daPUC
dePorto
Alegre).
O coucurso envolveu laboratórios
deáu
dio, cinema,
fotografia,
peças
gráficas,
redação
evídeo.
'
Com
exceção
da'UFSC
queganhou
opre-
A
Edição
premiada
mio de melhor
peçagrãfi-ca com o
"ZERO"
e dedois
outrosprêmios
con-quistados pela UF'RGS,
apromotora
do
eventofoi
a
"estrela" do
concurso.Em
áudio,
tanto naparte
de
jornalismo
comopublí-juste
de405,7%
sobre opiso
de maio de 87.
ALTERNATIVAS
Aafaculdades
"preparam
oaluno para a
grande imprensa",
nodizerdeHenrique
Finco,pro fessor da UFSC,que alerta paraanecessidade
profissional
valorizarmaisosveículosalternativos,
ou a
"comunicação
institucional".EmSãoPaulo,por
exemplo,
um\diagramador
ganha
menos na"Folha de São Paulo", do que
receberia trabalhando num dos
muitos jornais
de bairro dacida-de. "Elerecebeo
status",
analisa Finco. Assim, trabalhar numgrande jornal
consistenarealização profissional
de muitos estudantes.
Diante
disso,
as Assessoriasde-Imprensa
deindústrias,
empresas, sindicatos ou
organizações
políticas
se constituem numa al ternativa de mercado, No entanto, elas aindasão rnal
vistas,
porcausa da fama de "cabides de
emprego"
queadquiriram
nessesmuitos anos de uso indíscrimi
nado da
"comunicação
institucional". Quadro quevemmudando,
com a
afirmação
derevistasbem- .elaboradas,
como a"Via Cinturato",
daPirelli,a"{caro",
daVarig
-ou à"Apoio
Sindical",
do Sindicato dosMetalúrgicos
de São Paulo. Dequalquer maneira,há sempre o inconveníente .de
ser a "voz do dono", mas essa
realidade aindaestá muito distan
te de ser modificada.
Código
ficou
sem
três
artigos.
Leia
e
-,pense
Por um lamentável erro de
cálculo,
nadiagramação,
o texto-da
edição
passada
que reprodu--zia oCódigo
de�tica
doJorna-lista, foi
publicado íncompleto.>
semtrêsos
artigos
finaisdocapí
tulo III, "da
responsabilidade
profissional
dojornalista".
Assim,
publicamos
agoraosreferi dosartigos, reparando
nossa fa lha:Art.
15
- Ojornalista
devepermitir
o direito derespostaàs pessoa'>envolvidas ou mencionadas emsua
matéria, quando
ficardemonstradaaexistência de
equf-vocos ou incorreções.
'
,
Art. 16- O
jornalista
deve puguar pelo exercício da soberania nacional, em seus aspectos
político,
econômico e social, epela prevalência
da vontade damaioria dasociedade,
respeitados
os direitos das minorias. Art. 17'- O'jomalista deve
preservar a
língua
e a 'cultura nacional.Zero
e
vídeo
premiam
'O
Curso
e
sua
®
combatividade
-�- cidade e
categoria
Iivre,
aPUC tirouo
primeiro
lu
gar, o mesmo acontecen
do em documentário
cine
matográfico, fotografia
eredação.
Em peçagráfica,
a PUC ficou apenas com a
parte
dapublicidade,
deixaudo
ade
jornalismo
com o
Zero,
da UFSC. Osmelhores vídeos
jornalís
ticos epublicitários
foram
da
PUC,
mas emcatego-'
ria
livre
aUFRGSsaiu
ganhando.
Os estudantes deTelejornalismo
1,
da
UFSC,
ganharam
com ovídeo "Bom dia
presiden
te",
umamenção
honrosa.
Ilka Goldschmidt
HOSPITAL
DE RISCO
OS'
fantasmas
andam de branco
tam na falta de estoque do banco desangue. Mas odiretor acredita que o banco, que fica sob a chefia do cauteloso dr, GiImar Pachecoéextre
mamente bem
organizado
e"até cede'saague
paraoutrasinstituições
quene'cessitam",
Para ele oünícoproblema
'é'
novamentecom oespaço'
físico,
"eledeveser
ampliado
oquantoantesparaque os acadêmicos possam passar a
trabalhar lá dentro".
Mas quem resolve essa
"repen
tina",
faltade
sanguenoHU ,porexemplo,
é uma comissão deSindicância,
"que
s6serve paraamedrontar,nuncapara apurarosfatos",contaumfuncio nário.Ele
já
participou
deumadessas comissões e afirmaque antesdequal
quer coisa as pessoas são chamadasealertadasde quenadadeveserdesco
berto,
pois
oobjetivo
"é s6 metermedo". Esse "incidente" do dia 5
já
'foi
entreguepara acomissãoqúe
pro'meteu
estudaro caso. Atéagoranada foi apurado, mas é que os diretoresdo
hospital
andam bastante preocupados
comoutros eventosimportantes.
A "Gincana"do dia 22 de maio, por
exemplo,
revirou o hospital duranteuma semana inteira.
Os
médicos do
HU
"-so sao
encontrados
no
pagamento
Enquanto o diretor do
Hospital
Universitário sepreocupaem
arranjar
verbas paraacabarasobrasecontratar
mais funcionários, os médicos
já
des cobriramumamaneiramais fácflparaconseguir
dinheiro,É
s6 sumir dohospital
eesperarpelo
salãríonofinllldomês.Parecequeestádando resulta
do. Alitemmédicocommais de cinco
empregos, enfermeiros descuidados,
médicoscommeiahora de
expediente,
bancode sanguesemsangue,conselho que não é conselho. Ali tem muitascoisasqueo diretor
geral
desconhece.Tem
sempre gente nafila
para marcar Consultas mas nuncaninguém
para atender. Isso
já
virou rotina noHospital
Universitário. Ospacientes
mais
corajosos
ainda'conseguem esperar
quinze,
às vezes vinte dias porum atendimento, os
outros
desistemou procuram outros
hospitais.
Isso porqueoHUcontacom900 funcionários,
entreeles 120médicosque deveriam
cumprir
vinte horas semanais. Masisso nãoacontecejá
queonúmero
mãxímo
para cada médico é dedez
pacientes
por dia e quealguns
deles pomo o dr, Renato da Rosa,
quetemumconsultóriona ruaJerôni
mo Coelho, trabalhanoCentro Médi
co do Estreitoeno
Hospital
ColôniaSantana, reservam para o
Hospital
,
Universitário
apenas'
senshorários defolga.
CAUfELOSA E DESCUIDADA Outros casos-de
negligência
envolvem a chefe de enfermagem, mas os funcionários preferem não'falar,
"porque
se agentefalanãoconsegue
maisempregonemaqui
nememcantonenhum".
Alguns
'ainda arriscam acontaralgo e é assimque ashistórias
aparecem. No verão do ano
passado,
o HU fezumconvênio comoCorpo
deBombeiros onde
alugaram
umhelic6ptero
paraseremexecutados os sal-.vamentos, Os contatos eram feitos através do telefone, assimquando
ohelicóptero
estivessepr6ximo
do hospital
se comunicaria com o motorista da ambulância para que o processode salvamento fosse acelerado. Num
dessessalvamentos,a
comunicação
não teriasidoprocessada
equandoohelíc6ptero
chegou
ao HU a ambulânciaestava se
dirigindo
para o local depouso;
,Na
tentativa de salvar maisrapidamente 'a
vida dapaciente,
umtenentedo
Corpo
de Bombeiros teria-alevado nocolo atéa
emergência
ondea enfermeira Paula se, recusou a dar atendimento porque amoçanãohavia
chego
na ambulância. "Foi uma cenahorrível,
o tenente com apaciente
nocolo e aPaulaaosberrosgritando
quenão
atendia",
contaofuncionárioque assistiu a
tudo:
Depois
de muitadiscussãoa
paciente
teria sidoatendida
e tudo voltava ao normal. Ao "nor mal" do HU.
Para odiretor do
hospital
oproblemada
emergência
éoespaçofísico."Ela não tem
capacidade
paraatender120
pacientes
por dia comoestáatendendo.
É
muitagenteparan6sselecio-,
narmos o
que-é
realmenteurgente".
Apesar
de"improvísada",
ele acha quea
emergência
do HU está dentro dospadrões
da saúde brasileira.,
Assim.funcionao HU. Compa
cientes
perdidos
pelos
corredores'sematendimento e sematenção.
Enquanto
isso 120
médicos,
120 leitos. Ospa cientes estão nohospital,
e os mé dicos?SEM RAIO-X
Talvez
sejaessa
máadministração
o"calo" do HU.O
'setor
deradiogra
fias é um dos locais ondenunca tem
ninguém. Principalmente
ã noite assalas ficam
completamente
vazias. Osresponsáveis
pelo
setoraparecem,
marcampresença-e
depois
dealguns
minu tos, tudo desertonovamente.Enquanto
isso tem
pacientes esperando
na filacom
radiografias
marcadas até parao dia 28 de
julhÇl.
to setores que·estão
parados",
diz.Mas a
situação
ébemmaisgravee
chega
atalponte
quealgunsmédicos trabalham somente umdianasemana.É
o caso dohematologista
dr, GilmarPacheco" que
além
de consult6riosnaRua OsmarCunhae noCeisaCenter,
deixa livre para oHUas terças-feiras
de manhã,
quando
não atende maisdo
queseusdezpacientes;
"Elenuncatem hora certa parasair.
Chega
aqui
às ,7:30 e
quando
a gente vêjá
sefoi",
contaamoçadas consultas. Muitos
problemas
também acontecem naortopedia.
Médicoscomo o dr, DaniloFerreira
Rodrigues
são desconhecidosmesmo pelos funcionários com mais
tempona casa."Acho
que
essemédicojá
não trabalha maisaqui",
diz umdeles.
que o sistema de saúde no Brasil é muito caótico e que a área de saúde é muito
complexa",
tentaexplicar
odiretor do
hospital.
Ele achaoatendimentodo HU muito bome osmédicos
muitocautelosos,"sõ não estámelhor porque não recebemos maiores aten
ções
das autofidadescompetentes",
-E é assim que anda o
Hospital
Universítãrio, Acadadiaumasurpre'sa. No último dia 5 de maio mais
um caso sem
explicação. Segundo
umfuncionário a
emergência
dohospital
recebeu'um
paciente
perdendo
muitosangue. O que_aconteceu
ninguém
sabe mas o
paciente
não recebeu osangue que
precisava
eacabou morrendo.Alguns culpam
acautelosa enfermeira chefe Paula Stela Leite,"que não
providenciou
osangue",
outrosapos-��
Sistema
de
saúde
no
Brasil
é caótico"
"O dr, Renato aparece
segunda,
terça esextaàs 14horas,quasenuncafica até as seis", diz a D. Eulina da
marcação.de
consultas. Jáoortopedista dr, -Abel do Rosário
pode
serencontrado no HU das 8 às 9 horas
da
manhã, depois
disso"ninguém
sabe,ninguém
viu". O Chefe doDepto,
Pessoal da UFSC,Nilto
Parma diz não ter maiores conhecimentos sobreos horários de trabalho no
hospital,
..os contratos são feitos paraosmédi
costrabalharemquatro horas por dia.
E
oproprio
hospital
que nosfornecea lista de
freqüência
nofinal do mêse n6s 56 encaminhamos os pagamen
tos".
"O que temos que entender é
"Este
doutor.é
picareta"
o
professor
Henrique
Finco,
doCurso
deJorna
lismo
daUFSC,
ficou duassemanas
internado
noHU
após
umacidente
automobílístico.
A,imperícia
de umdos médicos que o ateudeu
poderia
tê-lo
aleijado. Aqui,
o seu
depoimento:
"Fiquei
hospitalizado
durante
14 dias nonu,
comfraturas
múltiplas
e umpul
mão
perfurado.
Só
após
dozedesses dias
é
qUi!fui
encami- _nhado à
Ortopedia,
aos cuidados
do Dr.Abel
doRosá
rio. Este cidadão engessoumeu
braço
direito
eminha
perna
direita,
recomendando que voltasse dali a ummês,
-1lO
dia 10 de março. Tudobem.
Fiquei tranqüilo. Alguns
dias
depois, quando
mesentiamenos
pior,
fui
levado
aPorto
soasserá
que esse"doutor"
Alegre.
Como ogesso da per-está
/aleijando?
Este pensana
havia
quebrado, procurei
mentaé
deprimente.
Muitas
um
médico
pararefazer
otra-pessoas
quepassamali sãosebalho.
Elebateu
novasradio-
-gurados
do Inamps,sem recurgrafias
e constatou anecessi- sosparareagir
atamanha indade de uma
cirurgia
de ur-competência
eirresponsabili
gência
nopé
direito,
sob penadade,
Eopior
é
que
pagam
cade
perder
um ou doisdedos.
roporesse"tratamento": 8%
Um terceiro médico
confirmou
deseu.salãrio,
acadamês.
o
diagnóstico,
dizendoliteral
mente que
"este
doutor quete
atesdeu
lá
emFlorianópolis
é
umpicareta.
Merece serprocessado". Perguntei
seelesustentaria este parecer, no caso de um processo. A res
posta
foi afirmativa.
Não
irei.
processá-lo,
pois
-exigtrta existemmédicos assim".
muito de mim ç ainda estou
me
recuperando
de
toda essaconfusão.
Mas isso nãoimpe
de de
imaginar:
quantas
peso,Eparaquemquermarcarconsul ta com o
pneumologista
dr, PauloRoberto Zeni, são muitas as
opções.
Ou
pode
receber atendimento noseuconsult6rio
particular
no centro, naEletrosul ou ainda numa Clínica de
Reabilitação
naAgronômica
onde eleexerce a função de "chefe". E no
HU? Lá ele aparece às 8 horas da
manhã,
senãotempaciente,
vai embora,se a
agenda
estiver"lotada",
antesdas 9:30 horas está tudo terminado.
"Minha sorte,
por
outrolado,
foi
poder
contar com otrabalho
doDoutor J. J.
Cardoso,
Pneumologista.
Estemédico
foi
além
dasimples
efi
ciência,
ele prestou
um atendimento
dedicado.
Bom que - Mas o diretorgeral
do HU, Al bertoChterspeski,
achaqueaconclusão das obrase a
contratação
demaispessoal
são fundamentais paraoboman�ento
dohospital.
"Faz vinte ecinco anos que as,obras começaram
e ainda não conseguimosconstruirtu
do
aqui
dentro. Precisamos tambémdeumnúmerobemmaiordefuncioná riosparacoloreamosem
funcionamen-Henrique
FincoProfessor
eJornalista
CláudiaCarvalho
JUN-88
'ZERO
I,
-, /P�3
, ... �. " , LCorredores
são
salas de
aula
Em 79,
quando
o Curso-de Comunicação
foi ciiado e instalado noprédio
daImprensa
Universitãria,
eramduas salas deaula, coordenadoria
e secretária,
Hoje,
nove anosdepois,
ascondições
docursocontinuam, totalmente
precárias.
Umcorredorcom umbanheiro no fundo, é nisso que se resume o espaço ffsico do curso.
São vintee um
professores
amontoadosem quatro salas,
junto
detodo o materialfotográfico,
arquivos
defotos,
laudas, além domíerocompu
tador que, porsinal,deveriaserinsta lado numasalacom ar condicionado,Nemos
professores
têmcondições
depreparar suas aulas no curso,nem os
materiais são devidamente instalados.
AIMs,
refrigeração
é luxo para quem temqueaprender
numlaboratório de
fotografia
comseteampliadores
e apenas um funciona
perfeitamente.
Ou numIaborat6rio dentdioquefica
ao lado da sala de vídeo e
quando
Jornalismo:
sem
espaço
físico
e, sem
equipamento
Quando oConselho
Departamen-1111 do Centro de Ciências Humanas
(CCH)
convocou umaAssembléia Ge ral)lara
decidirqual
seria oprocesso
utilizadoparaa
eleição
danovadiretoria,
nãoimaginava
que isso resultarianuma
experiência-inédita
no campus.Inédita e democrática: foi escolhida
a
votação universal,
onde os valores de voto são os mesmos para todas ascategorias, professores,
al_unos
eservidores,
Apesar
da escolhatersido quaseunânime,
aspolêmicas
dentro90 proprio
CCHj�
apareceram: servi dores senegando,
a votar nachapa
dn,ica
eprofessores
sesentindoameaçados pelas avaliações
a serem feitas."Essa sedumaforma de separar
de discutir anível de
categorias
para se discutir as propostas a nível de>
universidade",
declara, oprofessor
depsicologia
e candidato àvice-direção
CCH,
Marcos Ribeiro Ferreira. Provavelmente são essas discussões que
os alunos estão vendo
algum
filme,é
impossível
fazerqualquer
gravação
por causa do barulho. Além disso,o calor nasaladerãdio estragacons
tantemente a
aparelhagem.
Carregar
mãquínas
deescreverde'um lado para o outro do curso
jã
é comum. Como há apenas uma sala de
redação,
sempre queumprofessor
estãdandoaulas6 é
possível datilogra
far
algum
trabalho se houver outrasala
disponível,
se não ojeito
,é ir trabalhar nó corredor mesmo. Isso é muitocomum9,uando
há aula deredação
m,redaçao
V eedição
simultaneamente e todos os alunos
precisam
trabalhar. Quando sobram
niáquinas,
a
disputa
égrande
paraconseguir
umaboa,
pois
se não é a fita que estãgasta,
pode
ser uma tecla faltando.Peça
Iaraéuma salinha que fica embaixo da escada.
Lugar
reservado,quem for um
pouquinho
alto nãoen
-tra, Nessa"sala"
junto
demuitapoei
ra,
pode-se
ver os slides que irão formar os audiovisuais.Em outra sala de vinte metros
quadrados
funcionamassecretarias dodepartamento
e do curso, ondetrabalham cinco funcionãrios, Nessa sala ficam os documentos e osúnicosdois
telefones,.umfaz
ligações
s6 paradentroe outropara fora.
Esperar
nama dotelefonetambémé rotinanocurso.Promessas daReitoria para resol
ver o
problema
do espaço ffsico dojornalismo
não faltaram. Durantequa-levam os servidores a,pensar queaca
barão
perdendo
espaço."Elestêmumavisão
corporativista",
completa
M�cos.
Outros Centros
j�
estão utilizan do o CCH comoexemplo
paraumadiscussão sobre uma
democratização
doensinoedosespaçosdas
categorias.
Isso,
não se deve,no entanto,a umadivulgação
através daimprensa.
M�cosRibeirocontaqueprocurouoJor
nal Uníversítãrío para
divulgar
as novidades do CCH, masnada foi
publi
cado"por
falta deespaço".
Oprofes
sor acredita que a Reitoria receie a
generalização
dovotouniversal,
oque modificaria totalmenteaestruturapolí
tica dentro da Universidade. Eleacha
que
é um processolegítimo,
que nãopode
ser considerado umasolução,
esim uma maneirade viabilizar novos
avanços,
A
chapa
ãníca que concorre àseleições
do CCH temcomocandidataKAMPUS
tro anos o ex-reitor Rodolfo Pinto da Luz ficou
prometendo
o espaçoocupado
pela Psicologia.
Até umaplanta
baixa foi mandadaparaoCursode Jornalismo para que se estudasse
como funcionariam as ínstalacões de
pois
dadesocupação
daárea.Umaforma da Reitoria enrolar e
ganhar
tempo.
No ano
passado,
Rodolfo Pinto veio até o curso fazernovaspremessas, Ele prometeu que assim que o
prédio
do CCH(Centro
de CiênciasHumanas)
ficassepronto aPsicologia
semudaria. Masquando
oReitor fezo
balanço
de suagestão
numfolhetocolorido,
saiu-uma foto deufnprofes
sor do
jornalismo
dando aula com aseguinte legenda:
"Jornalismo,
maisespaço".
Aocontrãrio,
nessaépoca
ojornalismo perdeu
espaço,pois
o"laborat6rio de ratos" da
Psicologia
foidesocupado
elogo depois
ali foi instalada uma biblioteca setorial docurso de letras. A idéia era ocupar o espaço com um,
auditório,
jã
que o CCE é o único centro que nãopossui
um.Arley
Machado
ã
direção
aprofessora
deAntropolo
gia,
Ana MariaBeck, e foi compostaemAssembléia GeraI. A base daspro
postas é a
produção
de conhecimento através dapesquisa:
"Asuniversidades tendem a se transformar em um 3:grau",
afirma Ribeiro. Ele não acreditaque possa haverumensino acadêmi
coenquantoos
professores
e osalunosfiquem
restritos às salas de aula aoinvés de dinamizar e
aprofundar
osestudos através da
pesquisa.
E suasf!:0postas
não excluem os servidores: Naprodução
doconhecimento,oservidor deve
participar".
Para comprovaressatese, Marcos citacomo exem
plo,
duaspesquisas
suas,j�
publica
das, que têm servidores como co-au
tores.
Taciana Xavier
Baixa
Sociedade'
_Um
dosproprietários
daLoja
Beco,
do
calçadão
daDeodo
ro,abriu
acabeça
de
umdefí
ciente mental
nodia dois pas
sado.
Ainda não sabemos
oque ele procurava.
Segundo
populares
que
tentaramlin
char
oagressor,
suasférias
nacondicional
devem acabar.
e
Elliot Ness quer saber
odesti
no
dos
envolvidos
naapreen
são
de novequilos
de
pó pela
Polícia
Federal de
Itajaí,
•Zero recebeu denúncia
deque
.
a
Polícia Federal
deFlorianó
polis
estaria usando
como sede
social
afazenda
deJuca
Galeano,
omaior traficante do
sul do
país.
Temmais
A
Penitenciária
Estadual
deFlorianópolis
passou aexigir
das
mulheres
dos
hóspedes,
além da roupa de
cama,arti
gosde
usopessoal,
no"sexy
apple"
aque têm direito.
Odocumento não cita
acami
sinha.
•
Ignorante:
"João",
bêbado
num
bar
docontinente,
sebabava. Pela
PM,
no4 �Distrito
ele
chegou.
Não conheceu
umhospital
.••ali
mesmoele
morreu.
�.
O
chá-dançante promovido
nacadeia
pública
de
Floríanôpo
lis vai
entrar para ahistória:
alguns
presos"dançaram",
pelos
mais diversos
motivos,
levando
uma sova de mangueira
etoalha
molhada,
dada,
pela gentil
carceragem
daque
le estabelecimento corretivo.
Foram
servidos
alguns aperiti
vos e
salgadinhos
(água
epão
de
sal).
Estava
di-vi-no!l!
•
Rodinha,
-1 �de
junho.
Decuecas,
Buzunga
condecorado
por
duas
rajadas
de
INA da PMcarioca. Se não
morresse,dos
tiros,
morreria
pelo
modo
como
foi
carregado.
Elliot
Ness
Gatti
lança
livro sobre
filme de Glauber
Rocha
O fim das'taxas e dos Jetons
da UFSC, estã sendo proposta para
o
segundo
semestre deste anopelo
DCE.
Segundo Rejane Gomes, presi
dente da
entidade,
"seaReitorianãoprecisasse
pagarj
etons, não teria porque cobrar as taxas dos alunos". Só
com opagamento de Jetons,aUFSC
gastou, em 1987, a
quantia
de Cz$ 512.733,24, o queequivale, hoje,
a30.160 passagens da linha beira-mar.
Os
jetons
sãoumaespécie
de bonificação
pàga aosmembros dos Conselhos Centrais-Universitãrio,
deEnsino,
e de Curadores - da UFSC. Para
receber 65 por cento do salmo mÚli
mo de
referência,
porreunião,
basta assinaraIista depresença.
"Isto éum
absurdo",
protestaRe:.
jane,
"a maioria dosconselheiros
j�
recebe salmos da UFSC, e as reu
niões estão incluídas na carga horá
ria",
diz ela. Acomposição
de cadaum dos conselhos inclui oreitor, os
\
prõ-reítores,
o vice-reitoranterior,
o'
ex-reitor mais
antigo,
os diretores de centro, representantes dasfederações
patronais,
professores,
servidores e1/5 deestudantes. A
exceção
dosestudantes, que doam
bonificações
parao DCE - é
com essa grana que a
entidade sobrevive-, osdemaisconse
lheiros "embolsam"esta
quantia.
A
possibilidade
do DCEperder
Sua maior fonte dearrecadação
nãopreocupa
Rejane
Gomes,"nós nãopodemos é
permitir
que taldespesa
ab surda continueaexistir".Mas ela lem braquesempreciso
oapoio
detodosCom
lançamento
pela,
Editora
daUFSC
nanoite
dodia três
dejunho
noauditório
do Centro
deConvivência da
Universidade
Federal,
foi
apresentado
aopúblico
olivro
"Barravento:
aestréia
de
Glauber",
do
professor
José
Gatti,
doCurso de Comuni
cação
Social.
Os
presentes
foram
recepcionados 'pela professora
Gilka
Girardello,
emrazão
do autor encontrar-se em NovaYork
completando
curso dedoutorado.
A obra é
resultado
date
se
de
mestrado
deGatti,
eanalisa
aposição
de Glauber
notrabalho frente às realida
des
místicas dos
costumes ecrendices africanos
impregna
dos nacultura
dopovo baia
no.A
preocupação
comascaracterísticas
técnicas
da fitaemerge
intensamente do
textopelo prisma
crítico
de um dosinspiradores
da
Cinemateca
Catarinense.
os
estudantes,
afinal,diz ela"o DCEpassam
a viver de suaspróprias
per nas". Não seconhece aindaaposição
oficial das
associações
deprofessores
e de servidores da UFSC,mas a ex
pectativa
do DCE é que elas tambémap6iem
esta luta.Quem
jã garantiu,
caso amatériavã paraoConselho Uníversítãrío,seu
voto a
favor,
foiadiretora do CentroTecnológico,
Helena Sterner. Ela, aexemplo
deRejane,
também considera "um absurdoalguém
receber para participar
de reuniões". Outro que também estaria
disposto
aapoiar
apropostadosestudanteséodiretor do Centro
de
Saúde, Jorge
Polidoro, mas,o seuvoto
"dependeria
dapropostaapresentada
pelo
relator doprocesso".
Esta nãoseda
primeira
vezque oDCEapresentam
umapropostareferente àopagamentodos Jetons. Embo
ra,
seja
aprimeira
emtermosde"cancelamento".Ano
passado,
foi apresen tada uma propostasegundo
aqual
todososconselheiros doariamseusbe
neffcios
paraaconstrução
damoradiaestudantil. Mas, ela nao foi aceita
pela
maioria dos membros do Conse lho Uníversitãrio,Categorias
têm
o
mesmo
peso
na
eleição
do
CC"
7 '_P,4
_ZERO'
',.i,,,,,_JUN-88
, ' , ,/,Carlos Eduardo Caê
B�.
aestréiade I' "
m.
, gal.JberioSégaUi
O
professor
Mauro Pom
mer,
especialista
naárea
e ocineasta catarinense
ZecaPi
res,
colega
de
Gatti
naCine
mateca, enalteceram
o estudo _contido
naobra,
sendoexibi
do emseguida
ofilme
de
Glauber
Rocha,
umdos
mar cosiniciais
de suacarreira,
Sérgio
Machado
EI.ES
DECIDEM
Era
uma
vez
a
tal da
tesoura
A Constituinte
faz
conto-de-fadas
coma
comunicação
1988. Ano daabolição
àcensurada
informação jornalísti
ca. Desta vez não foi a
princesa
Isabel
aresponsável pelo
grito
deliberdade e sim a
rainha
dapolítica
atual: A Constituinte. Ainformação
se livrou enfim daschibatadase as
portas
dassenzalas
foram abertas para que o pensa
mento
seja livre
...Será???.
o
capítulo
da
Comunicação
foi
votadodia
24 de maioe os443 votos aprovaram o texto
elaborado
pelas lideranças parti
dárias. A rainha resolveumesmoacabarcom ostiranos deseureino
e
proibiu
omonopólio
dos
meios
de
comunicação...
Burocracia éoutra
palavra
proibida.
Agora
revistase
jornais
nãoprecisam
delicença
para serempublicados.
Brasileiríssima,
arainha disse que as empresasjornalísticas
e deradiodifusão deverão
pertencer
abrasileiros
natosounaturalizadoshá mais de
10
anos(como
o Mr.Victor Civita e o Mr. Senor
Abravanel).
Os
súditosdopoder
executivo serão
encarregados
de
outorgar e renovar as concessões das
emissoras que terão um
prazo
de.
10anospara
rádio
e15anosparaTV. Um
mensageiro
dopalácio
chamou
aatenção
do
povopara
asexigências
reais: Todaprograma-A Constituinte aprovou o
capítulo
referente àEducação,
estabelecendo que a "educação é
direitodetodosedeverdoestado,e
da
família",
nos estabelecimentospúblicos
"o ensino serágratuito",
todos terão
"igualdade
decondições
para acesso ao ensino
público",
asuniversidadesgozarãode "autonomia
dídãtíco-cíentffíco,
administrativa ede gestão financeira", e que
o
governo federal
"aplicará
anualmente 18 por cento dos impostos naeducação".
Na realidade,"segunde
afirmou o
pró-reitor
da UFSC- Gilberto
Ãngelo,
"pouca
coisa muI,;A:::':::B:::'
rux=:::a:::M=a:::lv:::a:::d=e:::za=j;::o:::g:::o"'õ';=se":".ll:::"'e-n-c-a-n":"t-o:':a:::q:::u:::i=========::::::"::"'::"":":::::::::":"::::""=::::::"::"'::":::::::::"':::::::::"':::::::::"'::::::::.J
douemrelaçãoaoQuesetinha".ção
de emissoras de rádio e 1Vdeveráter
preferências
por fínalidades
educativas,
informativas eculturais,
promover acultura
nacional é
regional
erespeitar
osvalores éticosesociais
da
pessoaeda família
(como
porexemplo
oseducativos enlatados americanos
e a ética
de
um filme em queRonald
Reagan
massacra os índios
dooeste).
Não
àcensuraartistas
poderão finalmente
mostraros
trabalhos
quetantasvezesforam
destruidospela
maldosasenhora
que osimpedia
dedenunciar através daarte.Umalei
federal,
vaiinstituir
horários e acensuraetária para queosconcei
-tos
moraisdainstituição
chamkda
família
nãosejam
afetados.
-nenhum desses
vícios.
Oobjetivo
do conselheiro éproteger
ascrianças
dóscomerciais
que engrandecem
'0fumo,
as bebidasalcoólicase osmedicamentos.
A rainha concedeu urna
entrevista coletiva à
imprensa
edisse que
pretende
arquivar
ostextos
aprovados.
Ela
vai tirarumas férias e onde estiver teráa
certeza de que tudo estará acontecendo conforme as leis
reais,
e seremos felizes para sempre...Sua
majestade
ainda anunciou a
proposta
de umdos
conselheiros,
odeputados
José EliasMurad;
osfumantes,
osadeptos
dohalterocopismo
e oshípocondrfacos
. vão assistir àspropagandas
de
seusprodutos
prediletos, acompanhada
de
uma _contrapropaganda
que mostra osmales
queoproduto
causa, istose o dono da emissora não tiverA
Sra.
Censura,
uma dascostureiras do
palácio,
perdeu
atesourae não
poderá
mais cortaras diversas
manifestações
do povo.Os
paletós
e ascalças
jeans
vão se encontrar nos microfones para exporsuasidéias
(os paletós
falamprimeiro,
éclaro),
Os
Márcia Carvalbo
Fenaj
faz
concurso
fotográfico
para
(jornalistas
de todo
o
país
(Estão abertas atéo dia 10 de
junho
asinscrições
para oprêmio
Kodak-Fenaj
deFotojomalismo
88. Esse concurso é aberto àfotógrafos
portadores de registroprofissional
efiliados à
algum
Sindicato deJornalistas Estadual. Podem concorrer
fotos em cores e preto e branco,
publicadas
ounão,quetenhamsidorealizadas no
período
de21/6/87
a10/7 /88.
Ostrabalhospodemserinscri
tos nas categorias reportagem,
polí
cia,esportes,seqüência
geraleensaiofotogéãfico
(reportagemfotográfica),
sendo\
que cada profissional pode ,inscrever até três trabalhos por
categoria.
Asfotos,
sem moldura,devem conter no verso o nome do
autor,endereçoetelefone além dolo caledataemqueforamrealizadas.
O vencedor do concurso vai
receber 100
OTNs,
diploma
emedalha,
e os primeiros e segundolugares
nas demais categorias serãopremiados com filmes
fotográficos.
Além disso, os autores selecionados
receberão seus direitos autorais em
forma de premiação. Todas as
fotografias
premiadas não vão serdevolvidasaosautores.
Um representante da
Kodak,
umeditore umcríticode
fotografia
e um'membro da comissão de
Representantes
Fotográficos
de São Paulojulgarão
ostrabalhos.As fotografias acompanhados de fichas de
inscrição
deverão.�ser
remetidosaosSindicato dosJ ornalis
tas Profissionais no Estado de São
Paulo, rua
Rego
Freitas, .530-Sobreloja, C�P 01220,
VilaBuarque
- SP. Outras
informações
e oregulamento do concurso
podem
serconseguidos
tambémnesseendereço.
Arley
MacbadoUmadas
principais
reivindicações
dos estudantes eprofessores,
"verbas
públicas
apenas para asescolas
públicas",
nãofoiaprovada.
Pelanovaleiasescolasprivadas "que
não apresentam finslucrativos",
poderão
receber verbas dogoverno;
ApresidentedoDCE,
Rejane
Gomes,
consídera a aprovação deste item
como
"prejudicial
paraaeducação".
Ela,
acredita emgrandes
mudanças
paraoensino
público, pois, segundo
ela "a onda de
privatização
doensinovai continuar".
Alíder estudantil
destaca
que não basta apenas aprovar um item queobrigue
o estado a dar 18 por cento para aeducação.
"f.preciso
saber como esse dinheiro será aplicado".Entre
os
estabelecimentosq�e
.c0!l�inuaram
arec;e_?er
ver�aê>
do Mínistérió daEducaçao,
estao asescolas militares.
E,
apesar doaumento do percentualde verbas, é:
bem
provãvel
queo dinheiro paraaconstrução
demoradias estudantiseparaamanutençãodosRestaurantes,
Univesitários continue bloqueado.
Rejane
afirma que "nem mesmo asuplementação
de verbas 'para aUFSC,
neste semestre, estágaranti
da",
A
dirigente
estudantílfaz
questão
de ressaltar que "apesar de não conseguirmos tudo o quepretendíamos,
obtivemos uma importante vitória ao derrotarmos a
proposta do,centrão". A proposta
inicial
daquele
grupodeparlamentares,apontavaofimdoensino
público
noBrasil.
Rejane
nãoconcordacom aafirmação
de que tal "vitória" deveu-seaoacordo de cúpulas.
Na sua
opinião,
"foi funda mentalamanifestação
realizadapelosestudantesno
plenário
daConstituin te". Na semana que ocorreu avotação do item
"educação",
oCongresso
Nacionalfoiinvadido por estudantes de. diversosestados,
quevisitavamosparlamentaresembusca
de
apoio
parasuaproposta. De SantaCatarina foram 39
alunos,
levadospelo DCE;UFSC,
e mesmo semsaberinformaronúmerototaldeacadêmi
cos
.presentes
emBrasilia,
Rejaneafirma ter sido esta "a maior