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Prospecção de lepidópteros e parasitóides oófagos na ilha Terceira

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Expediyao Cientffica Terceira 1994, Rei. Com. Dep. BioI. 23: 10-14, 1996

PROSPEC<;AO DE LEPIDOPTEROS E PARASITOIDES OOFAGOS NA ILHA

TERCEIRA

V. VIEIRA!, P. GARCIAI, L. SILVAI, J. TAVARES 1& J. McNElL 2 I Departamento de Biologia, Universidade dos A"ores, PT-9S00 Ponta Delgada, Portugal

2Universite Laval. Dep. de Biologie, Ste-Foy, Quebec. Canada G I K 7P4, Canada.

RESUMO

Durante a "Expedic;:ao Cientffica Terceira 94", foi elaborado urn inventario das borboletas e trac;:as observadas em Junho/Julho na ilha Terceira. Esta lista inelui 34 especies pertencentes a diferentes fa'mflias (Tineidae 2, Gracillariidae I, Yponomeutidae 2, Blastobasidae I. Cosmopterigidae I. Tortricidae I, Choreutidae I, Pyralidae 5, Geometridae 3, Pieridae 2, Noctuidae IS), sendo 7 especies consideradas endemicas dos Ac;:ores. Em varias localidades tambem foram recolhidos 839 ovos de insectos, pertencendo 98.3%

a

ordem Lepidoptera e 1.7% as ordens Diptera e Neuroptera. Apenas urn parasit6ide o6fago foi observado. Telenomus sp. (Hymenoptera. Scelionidae), sendo considerada uma especie nova para a ilha Terceira.

Realizou-se tarnbem urn estudo comparativo entre os perfodos de actividade dos adultos de Myrhimno unipuncra (Haworth) (Lepidoptera. Noctuidae) e os do morcego predador Nycralus azoreum Thomas (Chiroptera, Mammalia). Os padroes gerais da actividade de ambos os sexos da "Iagarta das pastagens" foram estimados usando armadilhas luminosas, e foram obtidas informac;:oes adicionais sobre os machos atraves de armadilhas sexuais II base de feromonas sinteticas ou femeas virgens. Ambos os sexos de M. unipuncra estavam activos no infcio da noite (associ ado com a alimentac;:ao), mas na segunda metade da scotofase s6 os machos permaneciam activos (associado

a

procura da femea). Os morcegos estavam activos durante toda a noite, pelo que nao se detectou nenhum perfodo de tempo em que os adultos de M. unipuncla estivessem livres da sua acc;:ao predadora.

ABSTRACT

During the "Terceira 94 Scientific Expedition" an inventory of butterflies and moths was made in June and July. This survey identified 34 confirmed species (Tineidae 2, Gracillariidae I, Yponomeutidae 2, Blastobasidae I, Cosmopterigidae I, Tortricidae I, Choreutidae I. Pyralidae 5, Geometridae 3, Pieridae 2, Noctuidae IS), of which seven species are endemic to the Azores. We also collected 839 insect eggs at several localities: 98.3% were Lepidoptera, with the remaining 1.7% being Diptera and Neuroptera. The only egg parasitoid found was a Telenomus sp. (Hymenoptera, Scelionidae) and represents a first mention for Terceira."

A study was undertaken to compare the activity periods of Myrhimna unipuncra (Haworth) (Lepidoptera. Noctuidae) adults and that of predatory bats, Nycralus al.Oreum Thomas (Chiroptera. Mammalia). The general activity patterns of both sexes of the armyworm were estimated using light traps. and additional information on males was obtained using pheromone traps baited with synthetic lures or virgin females. Both sexes of moth were active early in the night (associated with feeding). while only males remained active in the latter half of the scotophase (associated with mate location}. As bats were active throughout the night there was no predator free space, on a temporal sole. for armyworm adults.

INTRODU<;::Ao

A "Expedi.;ao Cientffica Terceira 1994" contribuiu para urn maior conhecimento geral dos Artr6podos desta ilha, especialmente da elasse dos Insectos, e pennltiu dar continuacao aos inventarios dos Lepid6pteros e dos

Hime~6pteros

parasitas o6fagos dos Ac,:ores, iniciados com as Expedic,:oes Cientfficas as ilhas Graciosa (Vieira, 1989). Flores (Vieira et aI., 1990), Santa Maria (Tavares et al.. 1991), Pico (Tavares el al., 1992), Sao Jorge (Tavares et al .. 1993) e Faial (Tavares et al.. 1994).

primeira ordem inelui algumas das mais importantes pragas agrfcolas dos Ac,:ores. nomeadamente a "lagarta das pastagens". Myrhimna unipuncra (Haworth) (Lepidoptera. Noctuidae): por outro lado, pertencem

a

ordem Hymenoptera os parasit6ides 06fagos e larvfcolas que sao potenciais controladores dessas pragas agricolas no Arquipelago. Saliente-se, por exemplo. 0 caso de Apanreles miliraris Walsh (Hymenoptera, Braconidae) que desempenha urn papel imp0rlante na regulac,:ao das populac,:oes larvares de M. unipuncta.

o

estudo das ordens Lepidoptera e Hymenoptera reveste-se de particular relevancia, uma vez que a

Neste contexto, tambem foram estudados os perfodos de actividade dos adultos desta praga em relac,:ao

a

actividade do morcego predador Nyctalus azoreum Thomas (Chiroptera, Mammalia).

(2)

MATERIAL E METOOOS

Durante a "Expedi~ Cientffica Terceira 94".

varias u!cnicas foram usadas para capturar

especimens de Artr6podos, especialmente da ordem Lepidoptera: (i) para os NocLUfdeos, uma annadilha luminosa do tipo "Pensylvannia" adaptada, munida duma lampada TLD 15 W

105,

sendo alimentada por uma bateria de 12 V; (ii) para as borboletas e tra~as diurnas, uma rede entomol6gica; (iii) para os estados larvares, 0 metodo das pancadas

e/ou

observa~ao directa das plantas hospedeiras (nas pastagens. campos de milho, culturas do tomate e de oulroS vegetais e plantas endemicas).

As famflias dos Lepidapteros foram listadas de acordo com Vives Moreno (1991). Desta !ista lepidoplerol6gica constam quer as especies diumas observadas, quer as noclurnas capturadas nas armadilhas luminosas, instaladas em Terra Cha. Granja e Santa Barbara, entre 25 de J unho e 0 I de Julho de 1994.

A prospec~ao dos parasit6ides oaragos foi realizada atraves de uma amostragem direcLa e aleatoria de ovos de Lepidoptera, Diptera e Neuroptera, recolhidos em 16 biotopos da ilha Terceira (Quadro 2). Para tal, em cada bi6topo, foram seleccionadas as especies vegetais que

apresentavam maior abundancia, procedendo-se

a

prospect;:ao em tres folhas per planla, no lOtal de duzentas plantas para cad a uma das especies. A detect;:ao dos ovos foi feita com 0 auxflio de uma lupa de bolso, sendo recolhidos com a parte da planta hospedeira que Ihes servia de suporte. No laboratorio, os ovos foram isolados em tubos de

vidro (70x8 mm), fechados com urn pouco de

algodAo e identificados com uma etiquela, na qual se

registava 0 local, data e planta hospedeira.

Diariamente, procedeu-se a sua observat;:ao. a fim de regisLaI a eclosao de larvas ou de parasit6ides.

o

estudo da actividade dos adultos de M. unipuncta com a de N. azoreum foi realizado na

quinta da Granja, junto

a casa enos pastos

circundantes. Os padroes gerais de actividade dos adultos de ambos os sex os deste insecta foram . estimados usando arrnadilhas luminosas do tipo "Pensylvannia" (descrita acima). enquanto infonnat;:oes adicionais sobre os machos foram obtidas por meio de annadilhas sexuais

a

basc de feromonas sinteticas (Turgeon el al .. 1983) ou fcmeas virgens. Os adultos de

M

.

unipuncta cram rccolhidos tadas as horas em todas armadilhas. desde o por do Sol ale ao nascer do Sol. A actividade do morcego era estimada hora a hora. usando urn detector de morcegos e conlando 0 numero de passagens registadas num periodo de 10 minutos.

RESULTADOS E DISCUSSAO

Lista dos Lepid6pteros

Os Lepid6pteros observados na ilha Terceira (Quadro 1) totalizaram 34 especies. pencncendo as

familias Tincidae (2). Gracillariidae (1).

Yponomeulidae (2). B laslobaside (1).

Cosmopterigidae (I), Tortricidae (I). Choreutidae (l). Pyralidae (5). Geometridae (3). Pieridae (2) e Noctuidae (15). entre as quais 7 especies sao consideradas endemicas (Vieira & Pintureau. \993).

Alguns Lepidapteros encontravam-se associados a respectiva planta hospedeira. a saber:

- Caloplilia auranliuca -larvas em minas e folhas

enroladas de Myricafaya Aiton (Myricaceae), na Terra Cha, e em Hypericum foliosum Ailon (Hypericacear.), na CaldeirJ de Santa Barbara;

- Argyreslhia allanlicella - adultos sobre a urze,

[rica scoparia ssp. azorica Hochsl. (Ericaccae), no Juncal;

Scoparia luteusalis - larvas sobre Juniperus

brevifolia (Seubert) Antoine (Cupressaceae), na

Caldeira de Santa Babara;

- Tcbenna bjerkandrella -comum sobre Menlha

SULlveolens Ehrh. (Lamiaceae), na Salga;

- Pieris brassicae azorensis -varios adultos voanoo e larvas atacando repolho e couve (Pieris brassicae L. (Brassicaceae)), na Atalaia e Porto Judeu;

- Cyclophora azorensis -varias larvas sobre a une,

Erica scoparia ssp. azorica, na Lagoa Pico do Boi;

-AScolisforcunalaazorica -varias larvas sobre M.

faya, na Lagoa Pico do Boi;

- MYlhimna unipuncta - muitas larvas nas

gramineas das pastagefls da Atalaia. S.

Bartolomeu e Granja, encontrando-se associado aos cad;iveres larvares desta praga 0 seu inimigo

natural Apanleles mililaris Walsh. (Hym.,

Brnconidae);

- AUlOgrapha gamma -uma larva alimentando-se das folhas de feijoeiro, no Porto Judeu.

Pospec<;::io de parasit6ides oOfagos

No total, foram observadas 6.000 planlas das 7 especies seleccionadas. Das 16 est.a~oes estudadas (Quadro 2). apenas nas da Cruz das Duas Ribeiras e do Caminho de Baixo nao foram capturados ovos de Lepidoplcra. Contudo. na eSlac;ao Ca.minho de Baixo

rccolheram-se tres ovos de Diptcra e urn de

N(uroplera. Nos restantes locais de amostragem

capluram ·se 825 ovos de Lepidoptera,

nomea-damcnte A. gamma.

C.

chalcilcs (Noctuidae), P. b.

uzorcnsis (Pierioac), entre outras.

A

excep~ao oas

()oplacas de P. b. azorensis. os restantes ovos rccolhidos enconu'J\:a.m-se isolados sobre as djversa.s plantas amostradas (isto

C

,

23.6% dos ovos cncontravam-se isolados e 76,4% em ooplucas).

Em rela~Jo as ordens Diptera e Neuroptaa, ap(nas se detcctaram 10 e 4 ovos. respcctivamente,

n;io (Slando nenhurn parJsit.ado (Quaoro 2).

Tal como roi obscrvado na ilha de Sao Jorge por TJvar(s el

Ill.

(1993), podemos considerar que a pl<lntJ onde se encontrou maior numero de ovos isolados de Lepidoptera foi Menta sUl1veolens Erhn, amosuada nas seguintes localidadcs: N. S! do Mato,

(3)

Quadro 1-

Lista dos Lepid6pteros observados entre 25/06 e 01/07/94 em tres locais da ilha Terceira (A~ores),

durante a "Expedi~ao Cientifca Terceira 1994". As especies e subspecies assinaladas a carregado sao consideradas como endemicas dos A~ores (Vieira & Pimureau, 1993).

I1ha Terceira

Familia

/

Especie Terra Cha Granja S.la fiarbara

Tineidae Latreille, 1810

Oinophila v-flava

(Haworth, 1828) 5 0 0

Opogona sacchari

(Bojer, 1856) 7 0 0

Gracillariidae Staimon, 1854

Caloptilia aurantiaca

(Wollastor'l, 1858) 10 0 10

Yponomeutidae Stephens, 1829

Argyresthia atianticella

Rebel, 1940 50 50 0

Plutella xylostella

(Linnaeus, l7 58) 8 0 0

Blastobasidae Meyrick, 1913

B lastobasis

sp. 3 0 0

Cosmopterigidae Heinemann &Wocke, [1876]

Cosmopterix panetanae

Hering, 1931 15 0 0

Tortricidae Latreille, [1802]

Crocidosema venosanaZeller,

1847 5 0 0

Choreutidae Stainton, 1854

Tebenna bjerkandrella

(Thunberg, 1874) 10 6 9

Pyralidae Latreille, [1802]

Ephestia kuehniella

Zeller, 1879 0 0

Hymenia recurvalis

(Fabricius, 1775) 11 0 0

Nomophila noctuella

(Denis & Schiff., 1775) 2 2 0

Scoparia luteusalis

Hampson, 1907 0 0 8

Udeaferrugalis

(HUbner, 1796) 18 16 6

Geometridae Le3ch, [1815] in Brewster

Ascotis fortunata azorica

Pinker, 1969 *

Cyciophora azorensis

(prout, 1920) *

Gymnoscelis rufifasciata

(Haworth, 1809) 0 0

Pieridae Duponchel, [1835]

Colias crocea

(Geoffroy, 1785) 14 9 0

Pieris brassicae azorensis

Rebel, 1917 24 12 0

Noctuidae Latreille, 1809

Agrotis segetum

(Dennis

&

Schiff., 1775) 0

2

I

Autographa gamma

(Linnaeus, \758) 0 ()

Chrysodeixis chalcites

(Esper, \789)*

*

Galgula partita

Guenee, 1852 2~ 8

::.

1-1

eliothis armigera

(Hiibner, 1808) H'"

Mesapamea storai

(Rebel, 1940) ()

::.

7

Mythimna loreyi

(Duponchel.1827) () 8 0

MYlhimna unipuncta

(Haworth, 1809)

45

52 5

Noctua atlantica

(Warren, 1905) () 0

Noctua pronuba

(Linnaeus, \758) () 3

Peridroma saucia

(Hiibner, [1808]) I

Phlogophora interrupta

(Warren, 1905) ()

0

Phlogophora meticulosa

(Linnaeus, \758) () 8

Trichoplusia orichalcea

(Fabricius. 1775) ()

6

3

X eSlia c-nigrwn

(Linnaeus. \758) I 14 28

*

Observados varios adultos de cada especie na Llgoa Pica do [3()i.

**

Ver texto e Quadro 2.

***

Observada uma larva sabre tamale na Salga.

(4)

Santa Barbara, Doze Ribeiras, Serreta, Altares,

BiscoiLOS e Agoalva (Quadro 3). ConLUdo, nao

foram detectados ovos parasitados sobre esta planta.

o

numero de ovos de Lepidoptera observado

sobre as restantes especies de plantas foi muiLO

baixo ou mesmo nulo, caso de

Zea mays

L.

(Quadro

3). No entanto, foi sobre

Lycopersicon esculentum

Miller, na localidade da Fontinhas, que se captUTou

o unico ovo de lepid6ptero parasitado (Quadro 2).

Este ovo enconLrava-se parasitado por

Telenomus

sp. (Hym., Scelionidae) e dele emergiu apenas uma

temea.

Relativamente aos ovos capLUrados em ooplaca,

verificou-se que, em bora as posturas de

P. b.

azorensis lOtalizassem 620 ovos colhidos sobre

Brassica oleracea, nenhuma

das

ooplacas apresentava

parasitismo (Quadro 2).

Relac;;lO

M. ullipunctalN. a:.oreum

Na ilha Terceira. tal como se registou para a de

Sao J\1iguel (dados nao publicados), ambos os sexos

de

M. unipuncta estavam activos no infcio da noite

(associado com a alimentar,;ao), mas na segunda

metade da scoLOfase s6 os machos permaneciam

activos (associado

a

procura

cia

!emea). Os morcegos

estavam aC!ivos dl,lrante toda a noite, pelo que nao

se observou nenhum perfodo de tempo em que os

adultos de

M. unipuncIQ estivessem Iivres da sua

acr,;ao predador..L

Quadro 2. Numero de ovos de Lepidoptera, Neuroptera e Diptera, e numero de ovos parasitados por

Telenomus

sp., observados sobre diferentes plantas das 16 estar,;oes estudadas na ilha Terceira.

Numero de ovos

Telenomus

Estac;ao

Plantas

Lepidoptera Neuroptera

Diptera

sp.

Alalaia Lycopersicon esculenJum Miller

16

0 0 0

Phaseolus vulgaris L.

3

0 0 0

PorlO Judeu Lycopersicon esculenJum Miller

6

0 0 0

Ponta das Comendas Lycopersicon esculenJum Miller 6 0 0 0

Granja Rumex L.

17

1 0 0

N~ SI do MalO Rumex L.

9

0 0 0

MenJa suaveolens Erhn

45

0 0 0

Fontinhas Lycopersicon esculenJum Miller I 0 0 1

St' B<iIbara MenJa suaveolens Erhn

10

0 0 0

Cinco Ribeiras Lycopersicon esculenJum Miller

6

0 0 0

Phaseolus vulgaris L. -4 0 0 0

Cruz Duas Ribeiras Lycopersicon esculenJum Miller 0

0

0

0

Phaseolus vulgaris L.

0

0

0

0

Doze Ribeiras Lycopersicon esculenJum Miller I

0

0 0

MenJa suaveolens Erhn

6

0

0

0

Serreta MenJa suaveolens Erhn 10

0

()

0

Allares MenJa suaveolens Erhn -,

-

0 0 0

BiscoilOS Men1.a suaveolens Erhn )3 0

Caminho de Baixo Lycopersicon esculenJum Miller () ()

3

()

Zea mnys L. I) I 0

0

Phaseolus vulgaris L. () U () (J

Solanum luberosum (L.l () () ()

0

Agoalva Lycopersicon esculenJum ~vl iller .:\

0

() 0

MenJa suaveolens Erhn 13

3

0

Phaseolus vulgaris L. () () --, 0

Rume;; L. (J

0

()

0

Brassica oleracea L. .:\1\ 1 (oopiac:1) () () 0

Quatro Ribeiras Lycopersicon esculen1.um Miller

J

0 I ()

P haseolus vulgaris L. () 0 ()

0

Brassica oleracea L.

149

(ooplacal

0 () 0

(5)

Quadro 3. Numero de amostras e numero total de ovos de Lepidoptera isolados

observados para cada especie de planta. Plantas

Menta suaveolensErhn

Lycopersicon esculenlum Miller P haseol us vulgaris

L.

Solanum tuberosum (L.) Zea maysL. Brassica oleracea

L.

Rumex

L.

CONCLUSOES

Uma lista de Lepid6pteros capturados na ilha Terceira

durante

a Expedir;:ilo Cienlifica foi elaborada,

e~globando 11 famflias e 34 especies, entre as quais

7

especies sao consideradas endemicas (Vieira

&

Pintureau, 1993).

Na ilha da Terceira foi assinaiada, pela primeira vez, a presenr;:a de parasitas oaragos do genero

Telenomus. Este tambem foi capturado aquando das

prospecr;:Oes de parasit6ides oaragos nas ilhas de Santa Maria (Tavares et al., 1991), Pico (Tavares et

al., 1992), Sao Jorge (Tavares el al., 1993) e Faial

(Tavares el al., 1994).

o facto dos parasit6ides do genero Telenomus

ocorrerern natural mente nestas ilhas do Arquipelago constitui urn resultado promissor, principalmente quando se tern como objectivo 0 controlo biol6gico de pragas agrfcolas, pois as popular;:oes destes oaragos nao s6 estao bern adaptadas as condir;:oes edafo-climaticas das ilhas como parasitam preferencialmente lepid6pteros noctufdeos.

Na Terceira, tal como nas ilhas de Santa Maria e do Faial (Tavares el al., 1991, 1994), nao foram encontrados parasit6ides do genera Trichogramma, contrariamente ao observado nas ilhas de S. Miguel (pintureau el al., 1990), Pico e S. Jorge (Tavares el

al., 1992, 1993).

Finalmente, 0 estudo da actividade do morcego em funr;:ao da actividade da lagarta das pastagens revelou nao haver urn perfodo da noite onde os adultos deste lcpid6ptcro estejam isentos da preday:io de

N.

azoreum.

AG RADEClMENTOS

Os autores expressam 0 seu agradecimento ao Manuel Almeida (Departamento de Biologia) e aos alunos Helena Gago da Camara, Pedro Cerqueira e Jorge Medeiros, pela colaborar;:ao nos trabalhos de campo.

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