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O círculo trigonométrico & As propriedades fascinantes de sinc

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O círculo

trigo

nométrico

&

As propriedades

fascinantes

de

sinc

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Rela tó ri o d e e stá g io a p rese n ta d o à Fa cu lda d e d e Ci ê n cias d a Univ e rsi d a d e d o P o rto e m E n sino d e M a te m á tica n o 3 º Ci clo d o E n sino B á sico e n o S e cu n d á ri o

2020

O círculo trigonométrico & As propriedades fascinantes de sinc Flávia Carolina Ribeiro Vasconcelos

MSc

FCUP A NO 2020 2.º CICL O

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O círculo

trigonométrico &

As propriedades

fascinantes de

sinc

Flávia Carolina Ribeiro Vasconcelos

Mestrado em Ensino de Matemática no 3º Ciclo do Ensino

Básico e no Secundário

Departamento de Matemática Ano 2020

Orientador

Ana Oliveira, Professora Auxiliar, Faculdade Ciências da Universidade do Porto

Coorientador

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Todas as correções determinadas pelo júri, e só essas, foram efetuadas.

O Presidente do Júri,

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Agradecimentos

Estou extremamente agradecida `a minha colega de est´agio, Patr´ıcia Oliveira, que foi a pessoa que mais esteve presente em toda esta experiˆencia (n˜ao ´e que tivesse muita hip´otese). Agrade¸co todo o companheirismo, todo o apoio e toda a energia contagiante que tem dentro dela.

Um sincero agradecimento `a Professora Ana Oliveira por toda a disponibilidade e dedica¸c˜ao prestada na elabora¸c˜ao deste Relat´orio de Est´agio como tamb´em agrade¸co todo o apoio e preo-cupa¸c˜ao no decorrer do mesmo.

Agrade¸co ao Professor Vladimiro Machado pela constante aprendizagem que me proporci-onou, pelas discuss˜oes saud´aveis sobre a atualidade e toda a bagagem que levo comigo para a minha pr´atica profissional futura.

Agrade¸co a todos os professores e auxiliares da Escola Secund´aria de Valongo por me terem recebido de bra¸cos abertos e com uma incr´ıvel simpatia.

Agrade¸co aos pupilos do 10oCT2 e 12oCT1 que entenderam que era tanto como eles, algu´em que tamb´em est´a em aprendizagem, e me fizeram sentir, mesmo assim, uma professora. A todos eles desejo o melhor deste mundo.

Agrade¸co ao Ivo Ribeiro por todas as horas de apoio inform´atico, nas quais aprendi muito. Sem ti, o site n˜ao tinha passado de uma ideia.

Agrade¸co ao Micael Sampaio tamb´em pelo apoio inform´atico (sem ti, n˜ao era poss´ıvel o upload dos v´ıdeos no site), pela ajuda na est´etica e todo o apoio constante dado ao longo da elabora¸c˜ao do relat´orio.

Agrade¸co aos meus amigos por me terem tirado de casa para apanhar ar fresco e me darem todo o suporte emocional e motiva¸c˜ao nesta experiˆencia.

Agrade¸co todas as mensagens de apoio recebidas ao longo deste ano letivo, principalmente, nesta reta final que se tornou bastante esgotante. Sinto-me agradecida por a minha vida estar preenchida de pessoas que sentem orgulho em mim e fazem quest˜ao que o saiba.

Agrade¸co `a minha irm˜a por ter mantido a minha sanidade mental, principalmente, neste per´ıodo de enclausuramento, obrigando-me a ver s´eries e a cantarolar pela casa. Thanks for the abstract.

Deixo o melhor para o fim, n˜ao havendo palavras que cheguem para tamanho agradecimento, aos meus pais que tornaram tudo isto poss´ıvel: a concretiza¸c˜ao de um sonho.

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Resumo

Este presente relat´orio de est´agio divide-se em trˆes grandes partes: a an´alise cr´ıtica do est´agio, uma parte did´atica e uma parte cient´ıfica.

A an´alise cr´ıtica do est´agio concede ao leitor uma vis˜ao global do que constituiu o mesmo, descrevendo e analisando detalhes relevantes que impulsionaram momentos de aprendizagem e de crescimento pessoal e que gra¸cas a estes foi poss´ıvel construir uma bagagem diversificada para a minha pr´atica profissional futura.

Para a segunda parte do presente relat´orio baseei-me no contacto frequente com alunos do ensino secund´ario. Este mostrou-me que os alunos tendem a n˜ao fazer uso do c´ırculo trigo-nom´etrico, apresentando bastantes dificuldades na sua compreens˜ao e o n˜ao aproveitamento das suas potencialidades. Portanto, nesta parte did´atica, apresento o site que desenvolvi, intitulado de C´ırculo Trigonom´etrico, dirigido a alunos do 11o ano e a todos os interessados por esse tema. Inspirada no facto dos alunos do 12oano de escolaridade estudarem o limite not´avel limx→0sin(x)x para determinar as derivadas das fun¸c˜oes seno e cosseno, a parte cient´ıfica, apresenta trˆes al-ternativas diferentes para determinar o valor desse limite not´avel e uma alternativa para deter-minar essas derivadas usando integrais das fun¸c˜oes seno e cosseno e propriedades dos mesmos. Definindo uma nova fun¸c˜ao, designada por fun¸c˜ao sinc, ser´a feito o seu estudo e analisadas propriedades fascinantes da mesma.

Palavras-Chave: C´ırculo trigonom´etrico; Potencialidades; limx→0 sin(x)x ; Fun¸c˜ao sinc; De-rivada; Propriedades; F´ormula de Vi`ete

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Abstract

This present internship report is divided into three big parts: the critical analysis of the internship, a didactic component and a scientific component.

The critical analysis of the internship provides the reader with a global vision of what formed it, by describing and analysing relevant details, that promoted learning and personal growth mo-ments. It was thanks to those that it was possible to build diversified baggage to my future professional practice.

The second part of this report is based on the regular contact I had with the high school stu-dents. This experience revealed to me that students usually do not use the trigonometric circle since they have many difficulties in understanding it, which results in not taking advantage of its potential. As a way of overcoming this challenge, I developed a website for this didactic part called ”Trigonometric circle”, dedicated to the 11th-grade students and all people interested in this subject.

The scientific section was inspired by the fact that 12th-grade students learn the notable limit limx→0 sin(x)x to determinate the derivatives of the functions of the sine and cosine. This section presents three different alternatives to calculate the value of this notable limit and an alternative to determinate the derivatives using integrals of the sine and cosine functions and their properties. This section will also define a new function, called the sinc function, and examine all of its fascinating properties.

Keywords: Trigonometric circle; Potential; limx→0 sin(x)x ; Sinc Function; Derivatives; Pro-perties; Vi`ete Formula

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Conte´

udo

1 Introdu¸c˜ao 1

2 Reflex˜ao do Est´agio 3

3 Parte Did´atica 9

4 Parte Cient´ıfica 11

4.1 Trˆes formas diferentes de determinar limx→0 sin(x)x . . . 11

4.2 As derivadas de sin(x) e cos(x) . . . 15

4.3 Estudo da fun¸c˜ao sinc . . . 19

4.4 Integrais e Igualdades . . . 23

5 Considera¸c˜oes Finais 29

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Lista de Figuras

3.1 Menu do site . . . 9

3.2 Os trˆes n´ıveis de Aprendendo . . . 10

4.1 Circunferˆencia trigonom´etrica e os pontos O, A, B e C . . . 11

4.2 Pol´ıgono inscrito na circunferˆencia trigonom´etrica . . . 12

4.3 Triˆangulo is´osceles . . . 13

4.4 Gr´aficos das fun¸c˜oes tan(x) e x . . . 20

4.5 Gr´aficos das fun¸c˜oes sinc, −sinc e sinc00 . . . 22

4.6 Gr´afico da fun¸c˜ao sinc . . . 23

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Cap´ıtulo 1

Introdu¸

ao

Este presente relat´orio de est´agio ´e realizado no ˆambito do Mestrado em Ensino de Ma-tem´atica no 3ociclo do Ensino B´asico e no Secund´ario. Este ´e a integra¸c˜ao de conhecimentos te´oricos, adquiridos ao longo do mestrado, na pr´atica educativa, que conduziu a um processo de reflex˜ao e aperfei¸coamento constante sobre estas mesmas pr´aticas.

O relat´orio divide-se em trˆes grandes partes: a an´alise cr´ıtica do est´agio, uma parte did´atica e uma parte cient´ıfica.

A primeira correspondente `a an´alise cr´ıtica do est´agio descreve globalmente a pr´atica edu-cativa, analisando com detalhe alguns aspetos que considero relevantes para a minha pr´atica profissional futura.

Para a parte did´atica, foi desenvolvido um site intitulado de C´ırculo Trigonom´etrico, que ´e dirigido a alunos do 11o ano e a todos os interessados por esse tema. Neste relat´orio, ´e explicado como est´a organizado o site e a sua importˆancia educativa.

Na ´ultima parte, a parte cient´ıfica, apresenta trˆes alternativas diferentes para determinar o valor desse limite not´avel e uma alternativa para determinar essas derivadas usando integrais das fun¸c˜oes seno e cosseno e propriedades dos mesmos. Definindo uma nova fun¸c˜ao, designada por fun¸c˜ao sinc, ser´a feito o seu estudo e analisadas propriedades fascinantes da mesma.

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Cap´ıtulo 2

Reflex˜

ao do Est´

agio

Esta an´alise cr´ıtica ´e sobre a minha pr´atica pedag´ogica que decorreu na Escola Secund´aria de Valongo, situada no distrito de Porto, desde Setembro de 2019 at´e Maio de 2020. Eu e a minha colega Patr´ıcia Oliveira formamos o n´ucleo de est´agio, orientado pelo Professor Vladimiro Machado. Esta pr´atica apenas abrangeu o ensino Secund´ario, tendo possibilidade de trabalhar com a turma CT2 de 10o ano e com a turma CT1 de 12oano. Ambas as turmas eram bastante heterog´eneas.

As turmas

A turma de 10oano era constitu´ıda, inicialmente, por 28 alunos, 21 dos quais eram raparigas e 7 rapazes. Como um aluno, no final do 1o per´ıodo, decidiu mudar de biologia para geometria descritiva, a turma ficou apenas com 27 alunos. Todos eles, no in´ıcio do ano, apresentavam elevadas expectativas para o seu futuro, tendo a maior parte afirmado querer seguir o ensino superior, ap´os o t´ermino do secund´ario. Por´em, o comportamento e o aproveitamento, em geral, no primeiro per´ıodo, n˜ao foram muito satisfat´orios. O facto de os alunos estarem a frequentar o 10oano pela primeira vez, que corresponde `a passagem do ensino b´asico para o ensino secund´ario, exige ao professor uma empatia para com esta adapta¸c˜ao, distinta em cada aluno, ao novo ciclo que se inicia.

J´a a turma de 12oano era constitu´ıda por 28 alunos, dos quais 15 raparigas e 13 rapazes, estando todos eles a frequentar o 12oano pela primeira vez. Esta turma resultou de uma fus˜ao de duas turmas distintas, o que foi not´orio no que concerne `a pontualidade e comportamento. Uma parte da turma era bastante brincalhona e um pouco imatura, chegando, por vezes, a perturbar a funcionalidade da aula.

As reuni˜oes

Para al´em do hor´ario relativo `as aulas, o n´ucleo de est´agio reunia-se uma hora semanalmente com o professor cooperante, onde nos era dado feedback sobre as regˆencias, elogiando os nossos pontos fortes e identificando pontos a serem melhorados, como tamb´em nos aconselhava e escla-recia aquando a prepara¸c˜ao de uma regˆencia.

Inicialmente, nas reuni˜oes, foi analisado o perfil dos alunos `a sa´ıda da escolaridade obri-gat´oria, como as aprendizagens essenciais, o programa de matem´atica do ensino secund´ario e os cadernos de apoio. Com o decorrer do est´agio, foram discutidos alguns temas sobre a pr´atica pedag´ogica e foi-nos dado a conhecer dois novos dispositivos reguladores da aprendizagem, os

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testes em duas fases e as tarefas de n´ıvel. Um teste em duas fazes ´e um teste que ocorre em dois momentos distintos, permitindo ao aluno, atrav´es do feedback escrito dado pelo professor na primeira fase, confrontar-se com os erros cometidos, dando-lhe oportunidade de refletir sobre eles e tentar ultrapass´a-los. Enquanto que uma tarefa de n´ıvel corresponde a uma quest˜ao que vai sendo alterada aumentando o seu n´ıvel de dificuldade. Todos os alunos iniciam no n´ıvel um e s´o passam ao pr´oximo n´ıvel se acertarem toda a quest˜ao, caso n˜ao aconte¸ca, voltam a repetir o n´ıvel. Estas tarefas s˜ao indicadas para refor¸car procedimentos, por exemplo: regras das potˆencias, resolu¸c˜ao de equa¸c˜oes, ...

Quanto `as reuni˜oes de concelho de turma, estas foram um meio de maior aproxima¸c˜ao com os restantes professores, nas quais me senti completamente integrada. No in´ıcio do ano, decorreu uma reuni˜ao de cada turma para dar as boas vindas ao novo ano letivo. Em cada per´ıodo e em cada turma, houve sempre uma reuni˜ao intercalar com a presen¸ca dos professores da turma, os representantes dos encarregados de educa¸c˜ao, o delegado e subdelegado da turma, que servia para discutir o aproveitamento dos alunos e o seu envolvimento e interesse em sala de aula. E, tamb´em, uma reuni˜ao no t´ermino do per´ıodo, para a discuss˜ao das notas e decidir que medidas tomar para um melhor funcionamento do pr´oximo per´ıodo.

As aulas

Nas aulas do professor cooperante, o est´agio cingiu-se `a observa¸c˜ao das aulas e ao esclareci-mento de d´uvidas nas aulas de resolu¸c˜ao de exerc´ıcios. Fiz um registo dessas aulas num caderno di´ario e resolvi todas as fichas de trabalho dadas pelo professor cooperante, de forma a sentir-me preparada para eventuais quest˜oes feitas pelos alunos, sempre ciente que poderiam haver outras formas de resolu¸c˜ao.

Quanto `as minhas regˆencias, ao todo foram 30 aulas de 45 minutos: no primeiro per´ıodo foram dadas 6 aulas a cada turma; no segundo per´ıodo foram dadas 6 aulas no 10oano e 10 aulas no 12oano; e, por fim, no terceiro per´ıodo foram dadas apenas 2 aulas ao 10oano. Tendo em conta que auxiliei em 3 aulas `a distˆancia no 10o ano na resolu¸c˜ao de exerc´ıcios ou corre¸c˜ao dos trabalhos de casa.

Os aspetos mais importantes das aulas

As minhas regˆencias iniciaram com o 12oano, na unidade de limites do tema das fun¸c˜oes reais de vari´aveis reais. Os objetivos delineados para estas aulas eram rever o conceito de limite de uma sucess˜ao e determinar esses limites e lecionar os teoremas de compara¸c˜ao e teorema das sucess˜oes enquadradas.

Os alunos, na primeira aula, demonstraram grandes dificuldades em entender o conceito de limite e, consequentemente, dificuldades na determina¸c˜ao dos mesmos. Eu n˜ao conhecia as di-ficuldades dos alunos nesta unidade e, portanto, tinha criado um plano de aula completamente inadequado para a situa¸c˜ao dos alunos. Senti-me completamente perdida e acabei n˜ao saber fazer uma boa gest˜ao da aula, focando-me no individual, em vez num todo.

Ap´os este desastre de aula, preparei uma aula apenas de revis˜oes para que os alunos se sentissem mais confiantes a trabalhar com limites. Senti-me muito mais segura no papel que me estava a ser confiado, chamando alunos ao quadro para a resolu¸c˜ao de exerc´ıcios. Comecei a ter uma pequena no¸c˜ao do todo, criando momentos de turma quando era uma d´uvida comum.

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Durante um mˆes tive oportunidade de refletir sobre as minhas atitudes em sala de aula e, portanto, aquando dadas as aulas ao 10oano, senti-me muito mais bem preparada. Os objetivos destas aulas eram lecionar os conceitos de distˆancia entre dois pontos no espa¸co, coordenadas do ponto m´edio de um segmento de reta no espa¸co, plano mediador de um segmento de reta, superf´ıcie esf´erica e esfera.

O programa de Matem´atica A d´a especial relevˆancia `a aplica¸c˜ao da matem´atica ao mundo real, portanto iniciei a minha primeira aula com um problema desse tipo, com o objetivo de me libertar da necessidade do contexto para obter algo mais abstrato. Ao intercalar a exposi¸c˜ao de mat´eria com a resolu¸c˜ao de exerc´ıcios e aliando o facto de ir circulando pela sala de aula, olhando para os cadernos dos alunos, percebendo se estavam a conseguir resolver ou de que forma estavam a resolver, dando dicas, identificando erros e encorajando durante o processo de resolu¸c˜ao, as aulas tornaram-se muito mais dinˆamicas.

Ser professor n˜ao ´e s´o lidar com os conhecimentos, mas tamb´em lidar com comportamentos e atitudes. Nas aulas, havia um grupo de alunos na turma que estava sempre distra´ıdo, n˜ao se em-penhava na resolu¸c˜ao dos exerc´ıcios e aquando a minha exposi¸c˜ao mantinha conversas paralelas. Portanto, numa das aulas, fiz uma pausa para mencionar sobre o respeito m´utuo. Expressei o meu desagrado quanto `as suas atitudes e expliquei que apenas conseguimos obter o respeito dos outros, quando somos capazes de os respeitar. Para que o clima n˜ao ficasse demasiado pesado, manifestei o meu agrado pela turma, indiquei algumas das suas qualidades e mencionei que n˜ao era o meu desejo apontar o desrespeito como uma caracter´ıstica do 10oCT2.

No segundo per´ıodo, comecei a lecionar novamente em finais de Janeiro, come¸cando com o 12oano. Os temas das aulas foram as f´ormulas da adi¸c˜ao e subtra¸c˜ao de ˆangulos e de duplica¸c˜ao de ˆangulos para o seno e cosseno, a resolu¸c˜ao de equa¸c˜oes trigonom´etricas, o limite not´avel de limx→0 sin(x)x e derivadas de fun¸c˜oes trigonom´etricas.

Neste conjunto de aulas aprendi muito sobre o prep´osito. Apercebi-me que os alunos sentem-se mais motivados para algo que tenha um prep´osito. Um exemplo disso foi a aula que preparei para introduzir o limite not´avel. No livro adotado tinha uma sec¸c˜ao dedicada a este limite, sem qualquer seguimento, sem qualquer explica¸c˜ao, sem qualquer intuito. Eu decidi que os alunos mereciam essa explica¸c˜ao. Iniciei a aula a interrogar os alunos como seria a derivada, por exem-plo, da fun¸c˜ao seno. Para isso, come¸caram por determinar a derivada do seno por defini¸c˜ao de limite, sendo que se existir limh→0 sin(x+h)−sin(x)h , o valor do limite ´e a derivada da fun¸c˜ao seno. Ao determinar esse limite, os alunos depararam-se com dois limites, um deles ´e, pois, o limite not´avel que eu queria trabalhar naquela aula.

Em finais de Fevereiro voltei a dar aulas ao 10oano. As aulas tinham como objetivo estudar a fam´ılia de fun¸c˜oes g(x) = af (x − b) + c, sendo a, b, c ∈ R \ {0}. Tinha decidido abordar este tema atrav´es de um ensino explorat´orio. O professor cooperante indicou-me o texto Forma¸c˜ao de pro-fessores dos primeiros anos em articula¸c˜ao com o contexto de pr´atica de ensino de matem´atica de Jo˜ao Ponte, Joana Pereira, Marisa Quaresma e Isabel Velez, que destaca a importˆancia de um ensino explorat´orio, tendo por base tarefas desafiantes e momentos de discuss˜ao coletiva.

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Portanto, na primeira aula, decidi organizar a turma em grupos para trabalharem numa tarefa explorat´oria sobre as fam´ılias de fun¸c˜oes f (x) + c e f (x − c), onde c ∈ R \ {0}, que consistia na observa¸c˜ao das fun¸c˜oes atrav´es da calculadora gr´afica e retirar conclus˜oes.

Esta aula n˜ao correu muito bem e passo a explicar o porquˆe: em primeiro lugar, maior parte dos alunos n˜ao tinham trazido calculadora gr´afica, haviam ao todo umas 7 calculadoras e a minha ideia inicial era agrupar a turma em grupos de pequena dimens˜ao (2 ou 3 elementos), portanto passaram a ser grupos de maiores dimens˜oes (4 ou 5 elementos); e, em segundo lugar, deixei que eles formassem os seus pr´oprios grupos, o que resultou em grupos que trabalhavam muito bem juntos ou em grupos que n˜ao trabalhavam sequer, portanto a gest˜ao de sala de aula passou a ser mais complicada. Como tinha decidido no plano de aula organizar apresenta¸c˜oes sobre a tarefa, para contornar esta situa¸c˜ao imprevista, informei os alunos que, na aula seguinte, teriam de apresentar aos colegas as conclus˜oes que tinham retirado ao longo da tarefa, dando, assim, oportunidade aos grupos que pouco tinham trabalhado em contexto de sala de aula para trabalhar em casa.

Acredito que a Escola ´e a principal respons´avel por promover valores como a coopera¸c˜ao, o respeito e solidariedade e, portanto, esta aula impulsionou-me a descobrir mais sobre grupos de trabalho, de forma a melhorar numa pr´oxima aula deste tipo. Os grupos de trabalho promovem uma aprendizagem cooperativa, garantindo o desenvolvimento de competˆencias sociais dos alu-nos, sendo estas fundamentais para serem capazes de viver em sociedade. ´E, tamb´em, essencial que o professor conhe¸ca os alunos da turma para poder definir bem os grupos de trabalho, for-mando grupos heterog´eneos, para que os alunos possam interagir e comunicar diversificadamente. Quanto `as apresenta¸c˜oes, aprendi que os alunos devem ser incentivados a expor os seus pen-samentos e ideias para que possam gradualmente melhorar a sua comunica¸c˜ao. O comentar as afirma¸c˜oes dos seus colegas ou, at´e, complementar promove a interajuda e cria ambientes de solidariedade, em contexto de sala de aula. Ainda, aliando um bom questionamento oral pelo professor, favorece o reconhecimento por parte dos alunos dos seus erros e, consequentemente, aumenta a possibilidade de aprendizagem efetiva. Para o professor, ´e um bom meio para regu-lar as aprendizagens dos seus alunos e, tamb´em, aumentar o seu conhecimento acerca dos seus pr´oprios alunos.

O uso da calculadora, nesta tarefa, acompanhado de uma an´alise cr´ıtica das experiˆencias feitas nela ´e um meio incentivador do esp´ırito de pesquisa. A calculadora foi usada para uma abordagem mais experimental do estudo de fun¸c˜oes, onde os alunos tiveram hip´otese de explorar as suas potencialidades: pedir os zeros da fun¸c˜ao, ajustar a janela ao dom´ınio e contradom´ınio da fun¸c˜ao. Para as restantes transforma¸c˜oes recorri `as potencialidades do GeoGebra, sendo os alunos a dar exemplos de fun¸c˜oes e a prever os resultados, que tamb´em se revelou interessante.

Para estas aulas sobre transforma¸c˜oes de gr´aficos de fun¸c˜oes, desafiei-me a criar um quiz que usei como um promotor de feedback para os alunos. Com acesso `a internet da escola, os alunos puderam usar o telem´ovel para participar no quiz e foram incentivados `a obten¸c˜ao da melhor pontua¸c˜ao da turma. Com a concretiza¸c˜ao desta atividade, concluo que ´e necess´ario criar am-bientes estimulantes para aumentar o interesse e a motiva¸c˜ao dos alunos pela matem´atica.

Falando em ambientes estimulantes, o professor cooperante iniciou o ano letivo, em ambas as 6

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turmas, com uma aula dedicada a jogos e desafios matem´aticos que estimulavam a capacidade de identificar rela¸c˜oes entre n´umeros ou padr˜oes e que desenvolviam a l´ogica e o racioc´ınio. Para al´em de desenvolver certas capacidades, gerou-se interesse e motiva¸c˜ao nos alunos para partici-par nos jogos ou resolver os desafios.

Aulas `a distˆancia

J´a em regime de aulas `a distˆancia, tive oportunidade de lecionar uma aula, que foi assistida pela orientadora cient´ıfica. Os objetivos da aula eram apresentar uma nova fun¸c˜ao, a fun¸c˜ao m´odulo, e estudar a fam´ılia de fun¸c˜oes do tipo f (x) = a|x − b| + c, onde a, b, c ∈ R \ {0}. Para esta aula tive acesso a um quadro branco e, portanto, o computador projetava-o no ecr˜a. Apoiada no quadro branco, o ambiente criado era parecido ao de sala de aula, apesar de cada um de n´os estar em sua casa. Alternei o uso do quadro com o recurso ao GeoGebra para que fossem facilmente identificadas as transforma¸c˜oes que ocorriam nos gr´aficos quando se alteravam os parˆametros.

Nas aulas `a distˆancia, verifiquei que os alunos tendiam a participar pouco e, inclusive, al-guns mantinham as cˆamaras desligadas e/ou microfones desligados. Estas aulas exigiram muito mais ao professor e ao aluno. Em algumas das aulas, o professor consegue desanimar um pouco quando sente que ningu´em est´a a ouvir e torna-se desgastante chamar constantemente a partici-par. Por´em, reconhe¸co que ´e necess´ario ser-se perseverante, mantendo essa atitude de estimular os alunos a participar, porque s´o assim conseguimos um feedback sobre as suas aprendizagens. Manter um questionamento oral frequente, de maneira a chegar a todos, ´e importante para que sintamos os alunos presentes na aula.

Os trabalhos de casa e o questionamento oral foram os principais regulares da aprendizagem, nestas aulas `a distˆancia. Uma quantidade razo´avel de trabalhos de casa foram uma forma de os alunos acompanharem as aulas e, ainda, o professor entender se realmente os alunos est˜ao a aprender ou quais as suas dificuldades.

Atividades da Semana Aberta

Quanto `as atividades extracurriculares, decorreram as atividades da Semana Aberta que s˜ao uma oportunidade de os pr´oprios alunos conhecerem a oferta formativa que a sua escola proporciona assim como de participar numa s´erie de atividades. Neste caso, a semana aberta correspondeu a dois dias de atividades de diversas ´areas, desenvolvidas pelos alunos para a comunidade escolar. As atividades envolviam desde o 7o ano at´e ao 12o ano de escolaridade. Decorreram exposi¸c˜oes, palestras, jogos educativos, torneios de diferentes desportos, olimp´ıadas, entre outros.

No ˆambito da matem´atica, ocorreram as Olimp´ıadas da Matem´atica, que contaram com a participa¸c˜ao de 6 alunos de cada uma das nossas turmas. As olimp´ıadas consistiam em 3 problemas e funcionava da seguinte forma: apenas era entregue o pr´oximo problema quando terminavam o que estavam a fazer e os tempos que demoravam a resolver cada um deles era contabilizado. Nesta atividade, ajudei a vigiar os alunos, a auxiliar na distribui¸c˜ao de material para as provas e a apontar os tempos.

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Atividade do Dia Nacional da Matem´atica

O n´ucleo de est´agio desenvolveu uma atividade para o Dia Nacional da Matem´atica que consistia em palpites. Existiam 3 recipientes de diferentes formatos e cada um continha objetos diferentes, por exemplo: uma garrafa com gr˜aos de arroz. O objetivo era investigar quantos gr˜aos de arroz estariam na garrafa. O palpite teria de vir acompanhado de uma justifica¸c˜ao v´alida. Com esta atividade, pretendia-se que os alunos trabalhassem com volumes de objetos para conseguirem um bom palpite. Esta n˜ao chegou a decorrer, porque a escola acabou por encerrar no dia que iria decorrer a mesma devido ao covid-19.

Aula ao Ensino Profissional

O nosso n´ucleo de est´agio foi convidado por um professor de matem´atica a dar uma aula a um curso profissional de 10oano. O n´ucleo abra¸cou esta experiˆencia, que se tornou bastante positiva neste ano cheio de aprendizagens. A turma era constitu´ıda apenas por rapazes, que de um modo geral se mostraram interessados e participadores. Havia apenas um aluno que estava completamente desinteressado, a jogar no telem´ovel (j´a era habitual deixarem jogar para n˜ao destabilizar a aula). A aula lecionada era sobre geometria no espa¸co (escrever coordenadas de pontos no espa¸co e definir os planos xOz, xOy e yOz), pelo que me pareceu ter corrido bem, porque os alunos facilmente resolveram a ficha de trabalho. O professor mais tarde deu-nos o feedback: os alunos adoraram e queriam saber quando volt´avamos a dar outra aula.

Esta pr´atica de ensino supervisionada foi a componente mais importante para o meu processo de forma¸c˜ao como professora. Permitiu-me ter contacto com estrat´egias de ensino diversifica-das e ao experiment´a-las identificar que tipo de professora quero ser. Na minha pr´atica, tenho consciˆencia de que: trazer para a sala de aula atividades estimulantes, os alunos sentem-se mais motivados para aprender matem´atica; a exposi¸c˜ao de ideias pelos alunos deve ser incentivada e aproveitada para que eles mesmos possam retirar as suas pr´oprias conclus˜oes, de forma a au-mentar a confian¸ca nas suas capacidades; o trabalho colaborativo deve ser algo frequente em contexto sala de aula porque ´e necess´ario que os alunos desenvolvam capacidades sociais, que aprendam a respeitar a opini˜ao do outro, que aprendam a aceitar e melhorar a sua capacidade de se expressar e comunicar com os outros, entre muitas outras coisas a ter em conta.

Termino, assim, este ano letivo ciente que uma coisa n˜ao termina: a aprendizagem. De tudo o que aprendi, neste ano, o que mais achei fascinante em ser-se professor ´e sentir a necessidade de conhecer cada particularidade dos seus alunos para os ajudar e guiar da melhor forma poss´ıvel.

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Cap´ıtulo 3

Parte Did´

atica

Foi desenvolvido um site intitulado de C´ırculo Trigonom´etrico que pode ser consultado cli-cando no seu nome. ´E dirigido a alunos do 11o ano de escolaridade e todos os interessados por este tema. Foi pensado como um meio auxiliar que refor¸ca a compreens˜ao das potencialidades do c´ırculo trigonom´etrico para identificar propriedades das raz˜oes trigonom´etricas e estudar fun¸c˜oes trigonom´etricas.

Pretende-se que, com este recurso, os alunos adquiram novos h´abitos, dispensando o criar formul´arios com todas as rela¸c˜oes existentes entre ˆangulos ou o criar de mnemˆonicas, passando a existir uma reflex˜ao sobre o todo o processo que se fez que levou a afirmar essas rela¸c˜oes. Portanto, espera-se que os alunos fa¸cam um melhor aproveitamento do c´ırculo trigonom´etrico e que o vejam como uma ferramenta ´util no ˆambito da Trigonometria.

O site encontra-se organizado da seguinte forma:

Figura 3.1: Menu do site

A p´agina inicial, designada de C´ırculo Trigonom´etrico, cont´em um bot˜ao Vamos come¸car? que reencaminha o visitante do site para a p´agina Aprendendo. Esta, subdividida em trˆes n´ıveis, ´e onde est´a concentrada toda a informa¸c˜ao sobre o c´ırculo trigonom´etrico. As restantes duas p´aginas s´o podem ser acedidas quando clicado no menu: a p´agina Propostas ´e apenas uma com-pila¸c˜ao de todas as propostas que se encontram no site e a p´agina For´um de d´uvidas, tal como o nome indica, ´e o local onde os visitantes podem deixar as suas quest˜oes ou d´uvidas acerca de toda a informa¸c˜ao disponibilizada.

Como foi dito, a p´agina Aprendendo ´e a mais importante de todo o site. Esta encontra-se subdividida em trˆes n´ıveis:

(24)

Figura 3.2: Os trˆes n´ıveis de Aprendendo

O primeiro n´ıvel foca-se na facilidade de obter as coordenadas de qualquer ponto numa circun-ferˆencia trigonom´etrica, ou seja, dado um ponto P qualquer, na circunferˆencia trigonom´etrica, as coordenadas desse ponto s˜ao (cos(α), sin(α)), sendo α o ˆangulo formado pelo semieixo posi-tivo Ox e pelo segmento de reta OP . Os visitantes s˜ao incentivados a resolver uma proposta (Proposta 1 ) que tem como objetivo determinar as coordenadas de um ponto na circunferˆencia trigonom´etrica, pertencente ao 1o quadrante, e esta ideia ´e generalizada no v´ıdeo ap´os a re-solu¸c˜ao da proposta.

J´a no segundo n´ıvel, antes de se partir para a descoberta dessas rela¸c˜oes, ´e necess´ario identi-ficar a tangente no c´ırculo trigonom´etrico para que se possam ser retiradas conclus˜oes acerca das rela¸c˜oes existentes entre as tangentes dos ˆangulos. Portanto, os primeiros dois v´ıdeos focam-se neste aspeto, tendo a Proposta 2 como apoio. Feita esta identifica¸c˜ao da tangente, seguem-se propostas que incentivam a descoberta das rela¸c˜oes que d˜ao t´ıtulo a este n´ıvel e v´ıdeos que apoiam a sua resolu¸c˜ao.

Atrav´es do destaque visual feito nos v´ıdeos, mostra-se facilmente as rela¸c˜oes existentes entre as raz˜oes trigonom´etricas dos ˆangulos, que ´e refor¸cada com o uso da geometria (crit´erios de congruˆencia de triˆangulos) ou uso da ´algebra (f´ormulas trigonom´etricas).

Finalmente, o terceiro n´ıvel, tal como o nome indica, dedica-se ao estudo das trˆes fun¸c˜oes tri-gonom´etricas apenas com o recurso ao c´ırculo trigonom´etrico. Para cada fun¸c˜ao ´e determinado o seu dom´ınio, contradom´ınio, per´ıodo fundamental, zeros, extremos e extremantes, paridade, sinal e monotonia. O primeiro v´ıdeo estuda a fun¸c˜ao cosseno como exemplo, esperando que os alunos sejam capazes de, posteriormente, fazer o estudo das outras duas fun¸c˜oes.

Neste ´ultimo n´ıvel, o c´ırculo trigonom´etrico adquire grande relevˆancia, ao ser a ´unica ferra-menta necess´aria para o estudo de fun¸c˜oes trigonom´etricas. Atrav´es de imagens elucidativas e de anima¸c˜oes criadas em GeoGebra, consegue-se rapidamente retirar conclus˜oes acerca dos t´opicos mencionados acima para o estudo das fun¸c˜oes, prevendo o gr´afico destas sem uso da calculadora gr´afica ou outro recurso.

(25)

Cap´ıtulo 4

Parte Cient´ıfica

O facto dos alunos do 12oano de escolaridade estudarem o limite not´avel lim

x→0 sin(x)x para determinar as derivadas das fun¸c˜oes seno e cosseno inspirou-me nesta parte cient´ıfica.

Este cap´ıtulo divide-se em quatro sec¸c˜oes: numa primeira sec¸c˜ao ser˜ao apresentadas trˆes alternativas diferentes para determinar o valor desse limite not´avel; na segunda sec¸c˜ao, abordar-se-´a uma alternativa para determinar as derivadas das fun¸c˜oes seno e cosseno usando integrais das mesmas e propriedades desses integrais; numa terceira sec¸c˜ao ser´a definida uma nova fun¸c˜ao, designada por fun¸c˜ao sinc, que ´e bastante conhecida na An´alise de Sinais, e ser´a feito o seu estudo; e, por fim, numa quarta sec¸c˜ao, ser˜ao provadas algumas das fascinantes propriedades da fun¸c˜ao sinc, incluindo a dedu¸c˜ao da f´ormula de Vi`ete, um resultado que expressa o n´umero π de uma forma bastante interessante.

4.1

Trˆ

es formas diferentes de determinar lim

x→0

sin(x) x

Nesta sec¸c˜ao v˜ao ser apresentadas 3 formas diferentes que provam que o valor de limx→0sin(x)x ´e igual a 1, geometricamente. A primeira ´e a mais conhecida que recorre ao Teorema das Fun¸c˜oes Enquadradas (TFE), a segunda e a terceira recorrem `a ´area e ao per´ımetro, respetivamente, de um pol´ıgono inscrito numa circunferˆencia.

Apresenta-se de seguida a primeira prova do valor do limite. Seja x ∈ 0,π2. Considere-se uma circunferˆencia trigonom´etrica (a circunferˆencia centrada na origem do referencial e raio igual a 1) e nela os pontos O, A, B e C tais que a amplitude em radianos de < BOA seja x.

Figura 4.1: Circunferˆencia trigonom´etrica e os pontos O, A, B e C 11

(26)

Como se pode observar na figura acima, ´

Area 4 OBA ≤ ´Area 2 OBA ≤ ´Area 4 OCA isto ´e, sin(x) 2 ≤ x 2 ≤ tan(x) 2 = 1 2 sin(x) cos(x) e, como sin(x), cos(x) > 0,

1 ≤ x sin(x) ≤ 1 cos(x) e cos(x) ≤ sin(x) x ≤ 1.

Se −π2 < x < 0, ent˜ao 0 < −x < π2, pelo que

cos(−x) ≤ sin(−x) −x ≤ 1 e

cos(x) ≤ sin(x) x ≤ 1.

Assim, as desigualdades s˜ao v´alidas para qualquer x ∈−π22, com x 6= 0 e, como limx→0cos(x) = 1, pelo TFE conclui-se que limx→0 sin(x)x = 1.

Terminada a primeira prova, sucedem-se as duas provas que consideram uma circunferˆencia trigonom´etrica e nela um pol´ıgono inscrito decomposto em n triˆangulos is´osceles com um v´ertice no centro da circunferˆencia e ˆangulo correspondente α e um triˆangulo is´osceles com um v´ertice no centro da circunferˆencia e ˆangulo correspondente β onde 0 ≤ β ≤ α ≤ π, como se pode observar na figura seguinte. Note-se que nα + β = 2π.

Figura 4.2: Pol´ıgono inscrito na circunferˆencia trigonom´etrica

Seja θ ∈]0, π[. Facilmente se vˆe que num triˆangulo is´osceles em que os lados iguais medem 1 e cujo ˆangulo diferente mede θ, a base mede 2 sin θ2 e altura mede cos θ

2. 12

(27)

Figura 4.3: Triˆangulo is´osceles

Como foi dito consegue-se provar o limite usando a ´area do pol´ıgono, que ´e dada por Apol´ıgono= nA(4α) + A(4β).

Como A(4θ) = sin  θ 2  cos θ 2  = 1 2sin(θ) e β = 2π − nα, conclui-se que Apol´ıgono= n 1 2sin(α) + 1 2sin(β) = 2π − β 2 × sin(α) α + 1 2sin(β).

Repare-se que, quando α → 0+, a ´area do pol´ıgono tende para a ´area do c´ırculo, portanto tem-se que limα→0+Apol´ıgono= π. Como

lim α→0+Apol´ıgono= π ⇔ 2π − 0 2 × limα→0+ sin(α) α + 0 = π ⇔ lim α→0+ sin(α) α = 1, ent˜ao limα→0+ sin(α)α = 1, o que conclui a prova.

Considerando a situa¸c˜ao anterior, vai-se olhar agora para o per´ımetro do pol´ıgono inscrito na circunferˆencia. Este ´e dado por

Ppol´ıgono= n × base(4α) + base(4β) = n × 2 sin α 2  + 2 sin β 2  = 2π − β α × 2 sin α 2  + 2 sin β 2  = (2π − β)sin α 2  α 2 + 2 sin β 2  .

Novamente, quando α → 0+, o per´ımetro do pol´ıgono tende para o per´ımetro do c´ırculo, portanto 13

(28)

tem-se que limα→0+Ppol´ıgono = 2π. Como lim α→0+Ppol´ıgono= 2π ⇔ (2π − 0) × lim α→0+ sin α2 α 2 + 0 = 2π ⇔ lim α→0+ sin α2 α 2 = 1,

ent˜ao, fazendo a mudan¸ca de vari´avel x = α2, prova-se que limx→0+ sin(x)x = 1.

(29)

4.2

As derivadas de sin(x) e cos(x)

A derivada das fun¸c˜oes seno e cosseno s˜ao usualmente obtidas recorrendo `a defini¸c˜ao da derivada por limite, que depende do limx→0 sin(x)x , tal como ´e lecionado no ensino secund´ario. Nesta sec¸c˜ao apresento uma alternativa, que me parece bastante original, para a determina¸c˜ao dessas derivadas recorrendo aos integrais das fun¸c˜oes seno e cosseno, estabelecendo algumas propriedades e aplicando o Teorema Fundamental do C´alculo (TFC).

Come¸camos por apresentar sucintamente a primeira abordagem, assumindo a continuidade das fun¸c˜oes trigonom´etricas.

De limx→0sin(x)x = 1 decorre que lim x→0

sin(x) − sin(0)

x = 1

e portanto a fun¸c˜ao sin(x) ´e deriv´avel em 0 e sin0(0) = 1. Seja x ∈−π22 com x 6= 0. Note-se que

cos(x) − cos(0) x − 0 = cos(x) − 1 x = (cos(x) − 1)(cos(x) + 1) x(cos(x) + 1) = cos2(x) − 1 x(cos(x) + 1) = − sin 2(x) x(cos(x) + 1) = sin(x) x ×  − sin(x) cos(x) + 1 

Como limx→0sin(x)x = 1 e limx→0−cos(x)+1sin(x) = 0, ent˜ao

lim x→0

cos(x) − cos(0) x − 0 = 0 donde a fun¸c˜ao cos(x) ´e deriv´avel em 0 e cos0(0) = 0.

Usando os limites envolvidos nas derivadas de sin0(0) e cos0(0), deduz-se o seguinte:

Proposi¸c˜ao 4.2.1. As fun¸c˜oes sin(x) e cos(x) s˜ao deriv´aveis em R, sendo, para qualquer x ∈ R, sin0(x) = cos(x) e cos0(x) = − sin(x).

Demonstra¸c˜ao. Tem-se que

sin(x + h) − sin(x)

h =

cos(x) sin(h) + sin(x) cos(h) − sin(x) h

= cos(x) ×sin(h)

h + sin(x) ×

cos(h) − 1 h Como limh→0cos(h)−1h = 0 e limh→0 sin(h)h = 1, ent˜ao

lim h→0

sin(x + h) − sin(x)

h = cos(x)

e conclui-se que sin0(x) = cos(x). Analogamente se prova que cos0(x) = − sin(x). 15

(30)

Como alternativa ao apresentado anteriormente, vai-se obter as derivadas das fun¸c˜oes sin(x) e cos(x) atrav´es de integrais das mesmas, usando o facto de as fun¸c˜oes seno e cosseno serem cont´ınuas e assumindo as propriedades da integra¸c˜ao, especialmente a linearidade.

Definem-se as seguintes fun¸c˜oes em R: S(x) = Z x 0 cos(t) dt e C(x) = Z x 0 sin(x) dt Do TFC decorre que, para qualquer x ∈ R,

S0(x) = cos(x) e C0(x) = sin(x).

A ideia da prova ´e escrever as fun¸c˜oes seno e cosseno em fun¸c˜ao de S(x) e C(x) e da´ı obter as suas derivadas. Para isso, vai-se usar as seguintes propriedades:

Proposi¸c˜ao 4.2.2. Para qualquer x, y ∈ R,

1. S(x + y) = cos(x)[S(y) + S(x)] − sin(x)[C(y) − C(x)] 2. S(π) = 0

3. S(π + x) = −S(x) Demonstra¸c˜ao.

1. Fazendo duas mudan¸cas de vari´avel, obt´em-se: S(x + y) = Z x+y 0 cos(t) dt = Z y −x cos(t + x)dt = Z 0 −x cos(t + x) dt + Z y 0 cos(t + x) dt = Z x 0 − cos(−t + x) dt + Z y 0 cos(t + x) dt = Z x 0 cos(t − x) dt + Z y 0 cos(t + x) dt e, usando f´ormulas trigonom´etricas, tem-se S(x + y) = Z x 0 cos(t − x) dt + Z y 0 cos(t + x) dt = Z x 0

[cos(t) cos(x) + sin(t) sin(x)] dt + Z y

0

[cos(t) cos(x) − sin(t) sin(x)] dt = cos(x) Z x 0 cos(t) dt + sin(x) Z x 0 sin(t) dt + cos(x) Z y 0 cos(t) dt − sin(x) Z y 0 sin(t) dt = cos(x)S(x) + sin(x)C(x) + cos(x)S(y) − sin(x)C(y)

= cos(x)[S(y) + S(x)] − sin(x)[C(y) − C(x)] 2. Usando o facto de que π = π22 e a Prop 4.2.2.1, tem-se:

S(π) = cosπ 2  h Sπ 2  + Sπ 2 i − sinπ 2  h Cπ 2  − Cπ 2 i = 0 3. Fazendo uso da Prop 4.2.2.1, conclui-se:

S(π + x) = cos(π)[S(x) + S(π)] − sin(π)[C(x) − C(π)] = cos(π)S(x) = −S(x) 16

(31)

Estando estabelecidas as propriedades, retoma-se a ideia de compor uma express˜ao para seno e cosseno fazendo uso das fun¸c˜oes C(x) e S(x).

Proposi¸c˜ao 4.2.3.

S(x) = sin(x)C(π)

2 (4.2.1)

C(x) = (1 − cos(x))C(π)

2 (4.2.2)

Demonstra¸c˜ao. Note-se que S(x) pode ser escrita como S(x + 0) e, usando a Prop 4.2.2.1 e o facto de S(0) = C(0) = 0, obt´em-se:

S(x) = cos(x)[S(0) + S(x)] − sin(x)[C(0) − C(x)] = cos(x)S(x) + sin(x)C(x) e

(1 − cos(x))S(x) = sin(x)C(x). (a)

Por outro lado, usando a Prop 4.2.2, tem-se que:

−S(x) = cos(x)[S(π) + S(x)] − sin(x)[C(π) − C(x)] ⇔ −S(x) = cos(x)S(x) − sin(x)[C(π) − C(x)] e

(1 + cos(x))S(x) = sin(x)[C(π) − C(x)]. (b)

Sumando (a) e (b), retira-se que 2S(x) = sin(x)C(π), ou seja, S(x) = sin(x)C(π)

2 . (c)

Substituindo em (a), S(x), pela express˜ao obtida em (c), obt´em-se: (1 − cos(x))C(π)

2 sin(x) = sin(x)C(x) e para x 6= kπ, k ∈ Z, C(x) = (1 − cos(x))C(π)2 .

Como C(x) e cos(x) s˜ao cont´ınuas, ent˜ao C(kπ) = lim x→kπC(x) = limx→kπ(1 − cos(x)) C(π) 2 = (1 − cos(kπ)) C(π) 2 . Concluindo-se que, para qualquer x ∈ R,

C(x) = (1 − cos(x))C(π) 2 .

(32)

O objetivo era escrever as fun¸c˜oes seno e cosseno em fun¸c˜ao de S(x) e C(x), portanto, usando as igualdades (4.2.1) e (4.2.2), retira-se que:

sin(x) = 2 × S(x)

C(π) e cos(x) = 1 − 2C(x)

C(π) Recorrendo ao TFC e derivando em ordem a x:

sin0(x) = 2S(x) C(π) 0 = 2 C(π)cos(x) cos0(x) =  1 −2C(x) C(π) 0 = −2 sin(x) C(π) , onde C(π) = Z π 0 sin(t) dt

Para finalizar, falta determinar C(π). Sabe-se que a circunferˆencia trigonom´etrica ´e parametri-zada pelas fun¸c˜oes x(t) = cos(t) e y(t) = sin(t) para 0 ≤ t ≤ 2π, portanto:

2π = Z 2π 0 p (y0(t))2+ (x0(t))2dt = Z 2π 0 s  2 C(π)cos(t) 2 +  − 2 C(π)sin(t) 2 dt = Z 2π 0 2 C(π) q sin2(t) + cos2(t) dt = Z 2π 0 2 C(π) dt = 2 C(π) 2π

Portanto, obt´em-se a igualdade 2π = 2 C(π)

2π, onde se conclui que C(π) = 2, porque a fun¸c˜ao seno em ]0, π[ ´e positiva. Prova-se, assim, que sin0(x) = cos(x) e cos0(x) = − sin(x).

(33)

4.3

Estudo da fun¸

ao sinc

A fun¸c˜ao sin(x)x est´a definida para x ∈ R \ {0} e como j´a foi visto na sec¸c˜ao 4.1 que limx→0 sin(x)x = 1 vai-se definir uma fun¸c˜ao cont´ınua em R, designada por sinc, dada por:

sinc(x) =    sin(x) x , se x 6= 0 1, se x = 0 .

Na verdade, existem dois tipos de fun¸c˜ao sinc: a que acabamos de definir designa-se por fun¸c˜ao sinc n˜ao-normalizada e existe a fun¸c˜ao sinc normalizada. Esta ´ultima ´e dada por sin(πx)πx para x 6= 0 e tamb´em toma valor 1 em x = 0. A fun¸c˜ao sinc normalizada tem esse nome por-que R−∞+∞sin(πx)πx ´e igual a 1, enquanto que o da fun¸c˜ao sinc n˜ao-normalizada ´e igual a π (ver sec¸c˜ao 4.4). Na An´alise de Sinais, por exemplo, ´e bastante utilizada a transformada de Fourier da fun¸c˜ao sinc normalizada, designada por fun¸c˜ao retangular (ver referˆencia [8]), que n˜ao ser´a tratada aqui. O nosso estudo vai-se incidir apenas na fun¸c˜ao sinc n˜ao-normalizada, que ser´a denotada em todo o texto como, simplesmente, fun¸c˜ao sinc.

Nesta sec¸c˜ao pretende-se apresentar o gr´afico da fun¸c˜ao sinc e fazer um estudo desta, nome-adamente determinar os zeros, a paridade, os extremos, a monotonia e a concavidade da fun¸c˜ao.

Zeros, paridade e express˜ao da primeira derivada

Sendo que sinc(0) 6= 0, os zeros da fun¸c˜ao sinc s˜ao facilmente determinados atrav´es da re-solu¸c˜ao da equa¸c˜ao sin(x) = 0 e conclui-se que eles s˜ao os valores de x tais que x = kπ, k ∈ Z.

Quanto `a paridade tem-se que, sendo x 6= 0, sinc(−x) = sin(−x)

−x = − sin(x)

−x = sinc(x),

portanto a fun¸c˜ao ´e par, ou seja, o gr´afico da fun¸c˜ao ´e sim´etrico relativamente ao eixo Oy.

Para estudar os extremos e a monotonia vai-se come¸car por determinar a primeira derivada da fun¸c˜ao. Para x 6= 0, sinc0(x) = cos(x)x−sin(x)x2 e para x = 0, a derivada vai ser determinada

recorrendo `a defini¸c˜ao por limite. O c´alculo leva a indetermina¸c˜oes do tipo 00 que se resolvem usando a regra de L’Hˆopital:

lim x→0 sinc(x) − sinc(0) x = limx→0 sin(x) x − 1 x = limx→0 sin(x) − x x2 = lim x→0 cos(x) − 1 2x = limx→0− sin(x) 2 = 0. Fica, assim, determinada a primeira derivada da fun¸c˜ao sinc definida por

sinc0(x) =    cos(x)x−sin(x) x2 , se x 6= 0 0, se x = 0 .

Esta fun¸c˜ao tamb´em ´e cont´ınua em R: para x 6= 0 ´e evidente que a fun¸c˜ao sinc0 ´e cont´ınua e, 19

(34)

analogamente ao que foi feito acima para o limite, para x = 0, conclui-se que limx→0sinc0(x) = sinc0(0).

Extremos

Determinada a derivada da fun¸c˜ao sinc vai-se procurar os extremos (locais) atrav´es dos zeros da derivada. Para x 6= 0,

sinc0(x) = 0 ⇔ x cos(x) − sin(x) = 0 ⇔ x = sin(x) cos(x)∧ x 6= π 2 + kπ, k ∈ Z ⇔ x = tan(x) ∧ x 6= π 2 + kπ, k ∈ Z.

Na verdade, sinc0 π2 + kπ 6= 0 e quando x = 0 satisfaz tamb´em a equivalˆencia acima ent˜ao, para qualquer x,

sinc0(x) = 0 ⇔ tan(x) = x.

Figura 4.4: Gr´aficos das fun¸c˜oes tan(x) e x

O objetivo ´e identificar, de entre os valores de x que satisfazem x = tan(x), os que s˜ao ma-ximizantes e os que s˜ao minimizantes. Tendo em conta que a fun¸c˜ao sinc ´e par, vai-se limitar o estudo dos extremos a x ≥ 0. Para x = 0, como sinc(0) = 1 e, para qualquer x ∈ R, sinc(x) ≤ 1, a fun¸c˜ao sinc tem um m´aximo em x = 0. De facto, sinc(0) ´e o m´aximo absoluto da fun¸c˜ao (ver p´ag.21).

Sendo x > 0, a equa¸c˜ao x = tan(x) ´e v´alida se sin(x) e cos(x) tiverem o mesmo sinal, ou seja, x ∈2kπ,π2 + 2kπ ou x ∈π + 2kπ,3π2 + 2kπ , k ∈ N0. Para simplificar a escrita, vai-se designar por Iko intervalo2kπ,π2 + 2kπ e por Jko intervaloπ + 2kπ,3π2 + 2kπ, com k ∈ N0. Facilmente se vˆe que a fun¸c˜ao h(x) = tan(x) − x ´e crescente em cada um dos intervalos Ik e Jk, pois h0(x) = cos12(x) − 1 = tan2(x) e h

0(x) > 0 nos intervalos I k e Jk.

Repare-se que quando x > 2kπ e pr´oximo de 2kπ tem-se que h(x) < 0 e quando x < π2 + 2kπ e pr´oximo de π2 + 2kπ, h(x) > 0 e como se acabou de mostrar que a fun¸c˜ao h ´e crescente no intervalo Ik, conclui-se que existe um e um s´o zero da fun¸c˜ao h, em cada intervalo Ik. Por

(35)

argumentos an´alogos, o mesmo se conclui para cada intervalo Jk. Seja α > 0 tal que sinc0(α) = 0, isto ´e, α = tan(α).

Come¸cando pelo caso em que α ∈ Ik: se x ∈ Ik e x < α, ent˜ao por a fun¸c˜ao tan(x) − x ser crescente nesse intervalo, tem-se que tan(x) − x < tan(α) − α = 0 e tan(x) < x. Em Ik, como cos(x) > 0,

sin(x)

cos(x) < x ⇔ sin(x) < cos(x)x ⇔ x cos(x) − sin(x) > 0

portanto sinc0(x) > 0. Se, por outro lado, x > α ent˜ao, pelos argumentos anteriores, tem-se que tan(x) > x e, consequentemente, que x cos(x) − sin(x) < 0 concluindo-se que sinc0(x) < 0. Portanto, para α ∈ Ik, α ´e um maximizante da fun¸c˜ao sinc.

No caso em que α ∈ Jk, os argumentos s˜ao an´alogos excetuando que, em Jk, cos(x) < 0 o que altera o sentido da desigualdade em cos(x)sin(x) < x tendo-se sinc0(x) < 0, no caso em que x < α e em cos(x)sin(x) > x tendo-se sinc0(x) > 0, no caso em que x > α. Portanto, para α ∈ Jk, α ´e um minimizante da fun¸c˜ao sinc.

Os extremos locais da fun¸c˜ao sinc s˜ao, para k ∈ N0,

1. os valores da fun¸c˜ao quando x ∈2kπ,π2 + 2kπ, tal que x = tan(x), sendo estes m´aximos locais;

2. os valores da fun¸c˜ao quando x ∈ π + 2kπ,3π

2 + 2kπ, tal que x = tan(x), sendo estes m´ınimos locais.

Os restantes decorrem pela simetria da fun¸c˜ao, obtendo-se os extremos locais da fun¸c˜ao sinc para x < 0.

Monotonia

Como o dom´ınio da fun¸c˜ao ´e R (um intervalo) e a fun¸c˜ao sinc0(x) ´e cont´ınua em R, ent˜ao esta n˜ao muda de sinal entre dois zeros consecutivos. Assim, sinc(x) vai alternando decrescimento (entre um maximizante e o minimizante seguinte) e crescimento (entre um minimizante e o maximizante seguinte).

Estudada a monotonia, pode-se concluir que, na verdade, a fun¸c˜ao sinc atinge um m´aximo absoluto em x = 0 e ´e ´unico, porque entre zero, que ´e o primeiro maximizante, e o primeiro minimizante, pertencente aπ,3π2 , a fun¸c˜ao ´e estritamente decrescente e para x > 1,

sin(x) x < 1. Concavidade

Para estudar a concavidade, vai-se come¸car por determinar a segunda derivada da fun¸c˜ao. Para x 6= 0, sinc00(x) = −sinc(x) +2 sin(x)x3 −

2 cos(x)

x2 , e para x = 0 ´e an´alogo ao que foi feito para

a primeira derivada, concluindo-se que lim x→0 sinc0(x) − sinc(0) x = − 1 3 = sinc 00(0). 21

(36)

Fica, assim, determinada a segunda derivada da fun¸c˜ao sinc definida por sinc00(x) =    −sinc(x) +2 sin(x)x3 − 2 cos(x) x2 , se x 6= 0 −13, se x = 0 .

Note-se que sin00(x) = − sin(x) e cos00(x) = − cos(x) e, como foi visto anteriormente que sinc00(x) = −sinc(x) + 2 sin(x)x3 −

2 cos(x)

x2 (para x 6= 0), tem-se que, quando |x| → +∞,

sinc00(x) ≈ −sinc(x).

Pela aproxima¸c˜ao acima conclui-se que sinc tem a concavidade voltada para cima aproximada-mente quando sinc(x) < 0 e voltada para baixo aproximadaaproximada-mente quando sinc(x) > 0. Este facto pode ser confirmado pelo gr´afico abaixo onde est˜ao representadas as fun¸c˜oes sinc, −sinc e sinc00 a cor verde, vermelho e azul, respetivamente.

Figura 4.5: Gr´aficos das fun¸c˜oes sinc, −sinc e sinc00

Terminado o estudo da fun¸c˜ao sinc, apresenta-se abaixo a representa¸c˜ao gr´afica da fun¸c˜ao.

(37)

Figura 4.6: Gr´afico da fun¸c˜ao sinc

4.4

Integrais e Igualdades

A fun¸c˜ao sinc tem propriedades bastante interessantes que v˜ao ser foco desta nova sec¸c˜ao.

Valor de R+∞

−∞ sinc(x) dx

A primeira propriedade que se destaca ´e o integral impr´oprio R+∞

−∞ sinc(x) dx designado por integral de Dirichlet, ao qual vai ser dada alguma aten¸c˜ao determinando o seu valor.

Como a fun¸c˜ao sinc ´e par, vamos come¸car apenas por estudar R+∞

0 sinc(x) dx. Note-se que n˜ao se pode exprimir uma primitiva de sin(x)x atrav´es das fun¸c˜oes elementares do C´alculo nossas conhecidas e por isso n˜ao se pode usar o TFC para estudar o integral. Antes de se calcular o valor deR0+∞sinc(x) dx, vai-se provar que este integral converge e alguns resultados auxiliares.

Proposi¸c˜ao 4.4.1. Z +∞

0

sinc(x) dx converge.

Demonstra¸c˜ao. Como a fun¸c˜ao sinc ´e cont´ınua em R (portanto cont´ınua em [0, 1]), tem-se que, para y > 1, Z y 0 sinc(x) dx = Z 1 0 sinc(x) dx + Z y 1 sinc(x) dx.

Assim, basta considerar a convergˆencia deR+∞ 1

sin(x) x dx.

Considerando inicialmenteR sin(x)x dx e integrando por partes onde f (x) = − cos(x) e g(x) = x1, tem-se que Z sin(x) x dx = − cos(x) x − Z cos(x) x2 dx. 23

(38)

Ent˜ao, Z y 1 sin(x) x dx =  −cos(x) x − Z cos(x) x2 dx y 1 =  −cos(x) x y 1 − Z y 1 cos(x) x2 dx. Portanto, Z +∞ 1 sin(x) x dx = limy→+∞ Z y 1 sin(x) x dx = limy→+∞  −cos(x) x y 1 − Z y 1 cos(x) x2 dx  = lim y→+∞  −cos(y) y + cos(1) − Z y 1 cos(x) x2 dx  .

Como cos(x) ´e limitada, ent˜ao limy→+∞ cos(y)y = 0 e, conclui-se que Z +∞

1

sin(x)

x dx = cos(1) − limy→+∞ Z y

1

cos(x) x2 dx. Para x ≥ 1, tem-se que 0 ≤

cos(x) x2 ≤ 1 x2, portanto, para y > 1, 0 ≤ Ry 1 cos(x) x2 dx ≤ Ry 1 1 x2dx. ComoR+∞ 1 1 x2 dx converge, ent˜ao R+∞ 1 cos(x)

x2 dx converge absolutamente, logo converge,

concluindo-se que R+∞ 1 sin(x) x dx converge. Resultados auxiliares 1. . 1. Z +∞ 0 e−xtdt = 1 x 2. Z +∞ 0 sin(x)e−xtdx = 1 1 + t2 Demonstra¸c˜ao. . 1. Z +∞ 0 e−xtdt = lim y→+∞ Z y 0 e−xtdt = lim y→+∞  −e −xt x y 0 = lim y→+∞  −e −xy x + 1 x  = 1 x.

2. Usando duas vezes a integra¸c˜ao por partes onde f (x) = −e−xtt e g(x) = sin(x), tem-se que Z sin(x)e−xtdx = −e −xt t sin(x) − e−xt t2 cos(x) − 1 t2 Z e−xtsin(x) dx.

Resolvendo a equa¸c˜ao em ordem a R sin(x)e−xtdx obt´em-se  1 + 1 t2  Z sin(x)e−xtdx = −e −xt t  sin(x) +cos(x) t  24

(39)

e  1 + 1 t2  Z sin(x)e−xtdx = −e −xt t  sin(x) +cos(x) t  ⇔ Z sin(x)e−xtdx = − e−xt t (sin(x) + cos(x) t ) 1+t2 t2 ⇔ Z sin(x)e−xtdx = −e −xt(sin(x)t + cos(x)) 1 + t2 . Portanto, Z +∞ 0 sin(x)e−xtdx = lim y→+∞ Z y 0 sin(x)e−xtdx = lim y→+∞  −e −xt(sin(x)t + cos(x)) 1 + t2 y 0 = lim y→+∞  −e

−yt(sin(y)t + cos(y)) 1 + t2 + 1 1 + t2  = 1 1 + t2.

Usando os resultados auxiliares anteriores, pode-se escrever Z +∞ 0 sinc(x) dx = Z +∞ 0 sin(x) x dx = Z +∞ 0 sin(x) ×1 xdx = Z +∞ 0 sin(x) Z +∞ 0 e−xtdt  dx = Z +∞ 0 Z +∞ 0 sin(x)e−xtdt  dx.

Como o integral n˜ao ´e absolutamente convergente n˜ao h´a um resultado geral que o afirme, mas prova-se diretamente (ver referˆencia [9]) que se pode trocar a ordem de integra¸c˜ao sem alterar o resultado. Tem-se que

Z +∞ 0 sinc(x) dx = Z +∞ 0 Z +∞ 0 sin(x)e−xtdt  dx = Z +∞ 0 Z +∞ 0 sin(x)e−xtdx  dt = Z +∞ 0 1 1 + t2dt = limz→+∞ Z z 0 1 1 + t2 dt = lim z→+∞(arctan(z) − arctan(0)) = π 2.

Pela simetria da fun¸c˜ao sinc tem-se que R−∞+∞sinc(x) dx = 2R0+∞sinc(x) dx, ent˜ao conclui-se o seguinte:

Proposi¸c˜ao 4.4.2. Z +∞

−∞

sinc(x) dx = π.

Foi mencionada em 4.3 a diferen¸ca entre a fun¸c˜ao sinc normalizada e a n˜ao-normalizada, que recai sobre o valor do integral impr´oprio destas duas fun¸c˜oes. A prova de que

R+∞ −∞

sin(πx)

πx dx = 1 ´e an´aloga `a que se fez para R+∞

−∞ sinc(x) dx = π, pelo que n˜ao ser´a aqui apresentada.

(40)

Valor de R+∞

−∞ sinc

2(x) dx

Remetendo para o que foi dito no in´ıcio desta sec¸c˜ao, a fun¸c˜ao sinc admite propriedades bastante interessantes. A segunda que se destaca ´e a seguinte:

Proposi¸c˜ao 4.4.3. Z +∞ −∞ sinc(x) dx = Z +∞ −∞ sinc2(x) dx.

Vai-se provar, portanto, que R−∞+∞sinc2(x) dx = π.

Considere-se inicialmenteR sinc2(x) dx, para x > 0. Tem-se que Z

sinc2(x) dx =

Z sin2(x) x2 dx e integrando por partes onde f (x) = −x1 e g(x) = sin2(x), obt´em-se

Z sin2(x) x2 dx = − 1 xsin 2(x) − Z −1 x × 2 sin(x) cos(x) dx e Z sin2(x) x2 dx = − sin2(x) x + Z sin(2x) x dx = −sinc(x) sin(x) + Z sin(2x) x dx. Por sinc2 ser par, vamos estudar primeiroR+∞

0 sinc 2(x) dx. Z +∞ 0 sinc2(x) dx = lim y→+∞ Z y 0 sinc2(x) dx = lim

y→+∞[−sinc(x) sin(x)] y 0 + limy→+∞ Z y 0 sin(2x) x dx. Fazendo a mudan¸ca de vari´avel t = 2x emR sin(2x)

x dx, tem-se que Z +∞

0

sinc2(x) dx = lim

y→+∞[−sinc(x) sin(x)] y 0+ limy→+∞ Z 2y 0 sin(t) t dt = lim

y→+∞(−sinc(y) sin(y) + sinc(0) × sin(0)) + Z +∞

0

sinc(t) dt e, como j´a foi visto que R+∞

0 sinc(t) dt = π 2, obt´em-se Z +∞ 0 sinc2(x) dx = lim

y→+∞−sinc(y) sin(y) + π 2.

Como limy→+∞sinc(y) = 0 e sin(y) ´e limitada ent˜ao limy→+∞−sinc(y) sin(y) = 0. Assim, Z +∞

0

sinc2(x) dx = π 2 e, pela simetria da fun¸c˜ao sinc2, tem-se que R+∞

−∞ sinc2(x) dx = 2 R+∞ 0 sinc 2(x) dx, conclui-se, assim, que R+∞ −∞ sinc2(x) dx = π. 26

(41)

Valor de P+∞

n=1sinc(n) e de

P+∞

n=1sinc 2(n)

Mais impressionante ainda s˜ao as seguintes igualdades:

Proposi¸c˜ao 4.4.4. Z +∞ −∞ sinc(x) dx = Z +∞ −∞ sinc2(x) dx = +∞ X −∞ sinc(n) = +∞ X −∞ sinc2(n).

Seja an uma s´erie convergente. Definimos P+∞−∞an como +∞ X −∞ an= −1 X n=−∞ an+ a0+ +∞ X n=1 an.

Como a fun¸c˜ao sinc ´e par, ent˜ao +∞ X −∞ sinc(n) = 2 × +∞ X n=1 sinc(n) + sinc(0).

Sabe-se pela referˆencia [6] que +∞ X n=1 sinc(n) = +∞ X n=1 sinc2(n) = π 2 − 1 2 portanto, +∞ X −∞ sinc(n) = 2 × π 2 − 1 2  + 1 = π.

Como se sabe queP+∞

−∞sinc(n) = P+∞

−∞sinc2(n), conclui-se, assim, que P+∞

n=1sinc(n) = P+∞

n=1sinc2(n) = π.

F´ormula de Vi`ete

O ´ultimo resultado que apresentamos neste texto, publicado em 1593, deve-se a Fran¸cois Vi`ete, um matem´atico francˆes. Este resultado, designado por F´ormula de Vi`ete, expressa o n´umero π pela primeira vez como um produto infinito.

Proposi¸c˜ao 4.4.5. 2 π = √ 2 2 p 2 +√2 2 q 2 +p2 +√2 2 ...

Vamos provar esta igualdade. Tem-se que sin(x) = 2 sinx 2  cosx 2 

e, por sua vez,

sinx 2  = 2 sinx 4  cosx 4  , 27

(42)

portanto sin(x) pode ser escrito sin(x) = 4 sinx 4  cosx 4  cosx 2  .

Atrav´es de um argumento indutivo, tem-se que sin(x) = 2nsin x 2n  cosx 2n  cos x 2n−1  ... cosx 2  .

Sendo x 6= 0, multiplicando e dividindo o segundo termo da igualdade por x, tem-se: sin(x) = x ×sin x 2n  x 2n cos x 2n  cos x 2n−1  ... cosx 2  e sin(x) = x × sincx 2n  cosx 2n  cos x 2n−1  ... cosx 2  .

Como, a partir de uma certa ordem n, se tem que 2n> |x|, ent˜ao sinc 2xn a partir dessa ordem

n˜ao se anula, e pode-se escrever sin(x) x × 1 sinc 2xn  = cos x 2n  cos x 2n−1  ... cosx 2  , isto ´e, sinc(x) sinc 2xn  = cos x 2n  cos x 2n−1  ... cosx 2  . (4.4.1)

Note-se que, quando n → +∞, 2xn → 0 e limn→+∞sinc 2xn = 1, garantindo, assim, a

con-vergˆencia do produto. Portanto a igualdade (4.4.1), quando n → +∞, fica: sinc(x) = ∞ Y k=1 cosx 2k  . (4.4.2)

Para x = 0, a igualdade (4.4.2) ´e satisfeita, portanto esta ´e v´alida para qualquer x.

Quando x = π2, tem-se que sinc π2 = cos π

4 × cos π

8 × cos π 16 .... Seja x ∈ [0,π2]. Pela f´ormula trigonom´etrica cos x2 =

q 1+cos(x) 2 = cos x 2, tem-se sinc π 2  = cos π 4  × cosπ 8  × cosπ 16  ... ⇔2 π = √ 2 2 × s 1 + √ 2 2 2 × v u u u t1 + r 1+ √ 2 2 2 2 × ... ⇔2 π = √ 2 2 × s 2 +√2 4 × s 2 +p2 +√2 4 × ... ⇔2 π = √ 2 2 × p 2 +√2 2 × q 2 +p2 +√2 2 × ... , como quer´ıamos demonstrar.

(43)

Cap´ıtulo 5

Considera¸

oes Finais

Este ano letivo foi muito gratificante, para mim. Para al´em de estar todos os dias em con-tacto com os alunos e a realidade escolar, escrever este relat´orio de est´agio proporcionou-me tamb´em muitos momentos de aprendizagem.

A parte mais desafiadora, neste relat´orio foi a parte did´atica, onde trabalhei com in´umeras coisas de que n˜ao percebia. Com todo o apoio recebido, aprendi a criar base de dados, a tornar o meu computador num host e descobri realmente de que era feita a internet. Senti-me uma verdadeira inform´atica. Mas nem ´e isso que est´a em quest˜ao, ´e a quantidade de informa¸c˜ao que conseguimos absorver e que conseguimos integrar para sermos criativos.

Ser-se criativo. Um professor precisa de ser criativo. De estar em constante aprendizagem e, por vezes, sair da sua zona de conforto para que consiga adaptar as suas aulas aos interesses dos seus alunos.

Agrace¸co mais uma vez a todos que me acompanharam e que acreditaram em mim.

(44)
(45)

Bibliografia

[1] William B. Gearhart and Harris S. Shultz ”The function sin(x)x ”The College Mathe-matics Journal,vol.21, no. 2, pp. 90-99, 1990

[2] E.Maor Trigonometric Delights vol. XIV, Princeton University Press, 1998 [3] E.Maor ”A remarkable trigonometric identity”The Mathematics Teacher, vol. 70,

pp. 452-455, 1997

[4] B. A. Cipra ”The derivatives of the sine and cossine functions”The college mathe-matics journal, vol. 18, pp. 139-141, 1987

[5] C. H. Edwards Advanced Calculus of Several Variables Academic Press, 1973 [6] R. J. Bailey ”Solutions to advanced problema”The American Mathematical

Monthly, vol. 87, no. 6, pp. 497-498, 1980

[7] R. Baillie, D. Borwein & J. M. Borwein ”Surprising Sinc Sums and Integrals”The American Mathematical Monthly, vol. 115, no. 10, pp. 888-901, 2008

[8] Wikipedia – fun¸c˜ao retangular - Rectangular function

https://pt.qwe.wiki/wiki/Rectangular_function; ´Ultima visita a 15 de Ju-nho de 2020

[9] S.Maurer, Iterating a Double Improper Integral that Isn’t Absolutely Convergent http://www.swarthmore.edu/NatSci/smaurer1/Math18H/doubleint.pdf;

´

Ultima visita a 15 de Junho de 2020

[10] Manuais escolares do 11o ano - Tema: Trigonometria

Referências

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