• Nenhum resultado encontrado

Universidade de Cabo Verde

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "Universidade de Cabo Verde"

Copied!
17
0
0

Texto

(1)

Universidade de Cabo Verde

Departamento Ciˆencia & Tecnologia

Texto te´orico de An´alise Matem´atica III

Prof. Narciso Resende Gomes

Ano lectivo: 2011/2012

(2)

1.1 Geometria anal´ıtica . . . 2

1.1.1 Recta e plano . . . 2

1.1.2 Superf´ıcies de revolu¸c˜ao . . . 4

1.1.3 C´onicas . . . 4

1.1.4 Qu´adricas . . . 7

1.2 Integrais duplos . . . 9

1.2.1 Integral iterado . . . 11

1.2.2 Integrais duplos e ´Areas . . . 13

1.2.3 Integrais duplos e Volumes . . . 14

1.2.4 Mudan¸ca de vari´aveis. Coordenadas polares . . . 14

1.2.5 Coordenadas polares . . . 14 1.2.6 Mudan¸ca de vari´aveis em Integrais duplos. Coordenadas polares . 15

Referˆ

encias

[1] A. Breda e J. Costa,C´alculo com fun¸c˜oes de v´arias vari´aveis. McGraw Hill-Portugal, Lisboa, 1996.

[2] E. Lima, An´alise Real - Vol. 2. Rio de Janeiro, Brasil, 2004.

[3] H. Bertolossi, C´alculo diferencial a v´arias vari´aveis. Edi¸c˜oes Loyola e editora PUC-Rio, S˜ao Paulo, Brasil, 2002.

[4] S. Lang, Calculus of Several Variables. Adison-Wesley, 1973.

[5] T. Apostol, C´alculo (Vol. 2). Editora Revert´e, 1996.

(3)

1

Integrais m´

ultiplos

Partindo do pressuposto que o aluno de An´alise Matem´atica III tem como pr´e-requisitointegrais de fun¸c˜oes a uma vari´avel dadas nas cadeiras de An´alise Matem´atica precedentes, pressup˜oe-se que n˜ao haver´a dificuldade em entender a no¸c˜ao de Integrais duplos e Integrais triplos, a ser introduzidos nesta sec¸c˜ao. Entretanto, para isso, ser´a tamb´em importante alguns conceitos degeometria anal´ıtica a ser introduzidos a seguir.

1.1

Geometria anal´ıtica

1.1.1 Recta e plano

Equa¸c˜ao vectorial da recta

Considere um pontoA(x1, y1, z1) e um vector n˜ao nulo~v = (a, b, c). S´o existe uma recta

r que passa por A e tem a direc¸c˜ao de~v. Um ponto P(x, y, z) pertence a recta r se, e somente se, o vector −→AP ´e paralelo a~v, isto ´e,

r

− →v

O

A

P

−→

AP =t~v (1) para algum real t.

De (1), vem

P A=t~v P =A+t~v (2) ou em coordenadas

(x, y, z) = (x1, y1, z1) +t(a, b, c) (3)

Qualquer uma das equa¸c˜oes (1),(2) ou (3) ´e denominada equa¸c˜ao vectorial der. O vector~v ´e chamadovector director da recta r et ´e denominado parˆametro.

A recta r que passa por (1,1,4) de direc¸c˜ao~v = (2,3,2) tem a seguinte equa¸c˜ao vectorial:

r: (x, y, z) = (1,1,4) +t(2,3,2)) onde (2,3,2) representa um ponto qualquer na recta.

Equa¸c˜oes param´etricas da recta

Da equa¸c˜ao vectorial da recta (x, y, z) = (x1, y1, z1) +t(a, b, c) ou (x, y, z) = (x1+at, y1+bt, z1+ct) ent˜ao obt´em-se

 

x = x1+at

y = y1+bt (4)

(4)

As equa¸c˜oes (4) s˜ao chamadas equa¸c˜oes param´etricas da recta.

A recta r que passa por (3,4,2) paralela ao vector~v = (2,1,3) tem as seguintes equa¸c˜oes param´etricas:

r :

 

x = 3 + 2t y = 4 +t z = 23t.

Equa¸c˜ao geral do plano

Seja um ponto A(x1, y1, z3) pertencente a um plano γ e ~n = (a, b, c), ~n 6= 0, vector normal (ortogonal) ao plano (ver Figura).

γ

A

P

− →n

i

Sendo~nγ,~n´e ortogonal a todo vector representado emγ. Ent˜ao, um pontoP(x, y, z) pertence a γ se, e somente se, o vector −→AP ´e ortogonal a~n, isto ´e,

~n·(P A) = 0 ou (a, b, c)·(xx1, yy1, zz1) = 0 ou

a(xx1) +b(y−y1) +c(z−z1) = 0

ou ainda,

ax+by+czax1by1 cz1 = 0.

Fazendo,

d=ax1by1cz1,

obt´em-se

ax+by+cz+d= 0 (1)

A equa¸c˜ao (1) ´e a equa¸c˜ao geral do plano γ.

Equa¸c˜ao vectorial e param´etrica do plano

Seja A(x1, y1, z1) um ponto pertencente a um planoγ e~u = (a1, b1, c1) e~v = (a2, b2, c2) dois vectores paralelos a γ, por´em~u e~v n˜ao-paralelos entre si.

− →v

− →u

t · −→v

h · −→u

(5)

Para todo o ponto P do plano, os vectores −→AP, ~u e ~v s˜ao coplanares. Um ponto

P(x, y, z) pertence a γ se, e somente se, existem os n´umeros reais h et tais que

P A=h·~u+t·~v ou P =A+h·~u+t·~v

ou em coordenadas,

(x, y, z) = (x0, y0, z0) +h(a1, b1, c1) +t(a2, b2, c2), h, tR (2)

Esta equa¸c˜ao ´e denominada equa¸c˜ao vectorial do plano γ. Da equa¸c˜ao (2) obt´em-se,

(x, y, z) = (x0 +a1h+a2t, y0+b1h+b2t, z0+c1h+c2t)

que, pela condi¸c˜ao de igualdade, vem

 

x = x0+a1h+a2t y = y0+b1h+b2t

z = z0+c1h+c2t, h, tR.

Estas equa¸c˜oes s˜ao chamadasequa¸c˜oes param´etricas deγ eh ets˜ao vari´aveis auxiliares denominadasparˆametros.

Seja o plano ϕ que passa pelo ponto (2,2,1) paralelo aos vectores ~u = (2,3,1) e ~v = (1,5,3). Pretende-se obter a equa¸c˜ao vectorial, um sistema de equa¸c˜oes param´etricas e equa¸c˜ao geral do plano ϕ.

(a) Equa¸c˜ao vectorial: (x, y, z) = (2,2,1) +h(2,3,1) +t(1,5,3)

(b) Equa¸c˜oes param´etricas:

 

x = 2 + 2ht y = 23h+ 5t z = 1 +h3t

1.1.2 Superf´ıcies de revolu¸c˜ao

Superf´ıcie de revolu¸c˜ao´e a superf´ıcie gerada por uma curva plana (chamadageratriz) que gira 360o em torno de uma recta (chamada eixo) situada no plano da curva. Neste

caso, o tra¸co da superf´ıcie num plano perpendicular ao eixo ´e uma circunferˆencia e a equa¸c˜ao da superf´ıcie de revolu¸c˜ao ´e obtida atrav´es da equa¸c˜ao de geratriz.

Uma esfera x2+y2+z2 =r2 com rR+, ´e uma superf´ıcie de revolu¸c˜ao.

1.1.3 C´onicas

Chama-sesec¸c˜ao c´onica ou simplesmentec´onica, ao conjuntos de pontos que formam a intersec¸c˜ao de um plano com a superf´ıcie c´onica.

Quando uma superf´ıcie c´onica ´e seccionada por um planoγ qualquer que n˜ao passa pelo v´ertice O, a c´onica ser´a:

1. uma par´abola, se γ for paralelo a uma geratriz da superf´ıcie.

(6)

3. uma hip´erbole, se γ n˜ao for paralelo a uma geratriz e intercepta as duas folhas da superf´ıcie. A hip´erbole deve ser vista como uma s´o curva, constitu´ıda de dois ramos, um em cada folha de superf´ıcie.

Nota 1: Se a intersec¸c˜ao do plano com a superf´ıcie resultar em apenas em um ponto,

uma recta ouduas rectas,ent˜ao as c´onicas s˜aodegeneradas.

Defini¸c˜ao 1:

1. par´abola - ´e o conjunto de todos os pontos de um plano equidistantes de um ponto fixo e de uma recta fixa desse plano.

d(P, F) = d(P, P′)

e

P

d P1

P2

P3

P′

1 P2′ P3′ P

F

g

H

V

Equa¸c˜ao reduzida

(7)

2. elipse - ´e o conjunto de todos os pontos de um plano cuja soma das distˆancias a dois pontos fixos desse plano ´e constante.

d(P, F1) +d(P, F2) = 2a

F1 F2

P

Equa¸c˜oes reduzidas:

x2 a2 +

y2

b2 = 1 (i) x2 b2 +

y2

a2 = 1 (ii)

Onde o caso (i) se verifica quando o eixo maior est´a sobre o eixo dexe (ii) quando o eixo maior est´a cobre o eixo dey.

3. hip´erbole - ´e o conjunto de todos os pontos de um plano cuja diferen¸ca das distˆancias em valor absoluto, a dois pontos fixos desse plano ´e constante.

|d(P, F1)d(P, F2)|= 2a

F1

P

2a F2

Equa¸c˜oes reduzidas:

x2 a2 −

y2

b2 = 1 (i) y2 b2 −

x2

a2 = 1 (ii)

(8)

1.1.4 Qu´adricas

A equa¸c˜ao geral do segundo grau nas trˆes vari´aveisx, y e z

ax2 +by2+cz2+ 2dxy+ 2exz+ 2f yz+mx+ny+pz+q= 0 (1)

onde pelo menos um dos coeficientes a, b, c, d, e ou f ´e diferente de zero (a fim de assegurar grau 2 para a equa¸c˜ao) representa uma superf´ıcie qu´adrica, ou simplesmente uma qu´adrica. A seguir estudar-se-´a as superf´ıcies qu´adricas denominadas elips´oides,

hiperbol´oides eparabol´oides. Elips´oides

O elips´oide da maneira mais geral ´e representado pela equa¸c˜ao

x2 a2 +

y2 b2 +

z2 c2 = 1

ondea, be crepresentam as medidas dos semi-eixos do elips´oide. S˜ao n´umeros reais positivos.

Se a =b =c, a equa¸c˜ao representa uma superf´ıcie esf´erica de centro (0,0,0) e raio a, isto ´e,

x2+y2+z2 =a2.

Hiperbol´oides

(9)

x2 a2 +

y2 b2 −

z2 c2 = 1

chamada forma can´onica do hiperbol´oide de uma folha ao longo do eixo Oz. As outras duas formas s˜ao

x2 a2 −

y2 b2 +

z2

c2 = 1 e − x2 a2 +

y2 b2 +

z2 c2 = 1,

e representam hiperbol´oide de uma folha ao longo dos eixos Oy e Ox, respectiva-mente.

(ii) Hiperbol´oide de duas folhas - Umhiperbol´oide de duas folhas da maneira mais geral ´e representado pela equa¸c˜ao

−x

2 a2 +

y2 b2 −

z2 c2 = 1,

chamadaforma can´onica do hiperbol´oide de duas folhas ao longo do eixo Oy. As outras duas formas s˜ao

x2 a2 −

y2 b2 −

z2

c2 = 1 e − x2 a2 −

y2 b2 +

z2 c2 = 1,

e representamhiperbol´oide de duas folhas ao longo dos eixos OxeOz, respectiva-mente.

Parabol´oides

(10)

z = x

2 a2 +

y2 b2,

chamada forma can´onica do parabol´oide el´ıptico ao longo do eixo Oz. As outras duas formas s˜ao

y= x2 a2 +

z2

c2 e x= y2 b2 +

z2 c2,

e representam parabol´oide el´ıptico ao longo dos eixos Oy eOx, respectivamente.

(ii) Parabol´oide hiperb´olico - Umparabol´oide hiperb´olico da maneira mais geral ´e repre-sentado pela equa¸c˜ao

z = x

2 a2 −

y2 b2,

chamadaforma can´onica doparabol´oide hiperb´olicoao longo do eixoOz. As outras duas formas s˜ao

y = z2 c2 −

x2

a2 e x= z2 c2 −

y2 b2,

e representamparabol´oide hiperb´olicoao longo dos eixosOyeOx, respectivamente.

1.2

Integrais duplos

As regi˜oes de integra¸c˜ao v˜ao ser agora subconjuntos deR2. Primeiramente considerar-se-´a regi˜oes de integra¸c˜ao rectangulares e depois considerar-considerar-se-´a regi˜oes mais gerais com fronteiras curvil´ıneos.

Defini¸c˜ao 2: Sejam a, b, c e d n´umeros reais tais que a < b e c < d. Considere o rectˆangulo

R={(x, y)R2 :a < x < b, c < y < d}

e as parti¸c˜oes dos intervalos [a, b] e [c, d], definidas respectivamente, por

P1 :a=x0 < x1 < . . . < xn−1 < xn=b e P2 :c=y0 < y1 < . . . < ym−1 < ym =d,

onde n e m s˜ao n´umeros naturais arbitr´arios. Designa-se por Parti¸c˜ao do rectˆangulo R

ao conjunto seguinte

(11)

Fig. 1: A Regi˜ao R e a parti¸c˜ao P, o s´olido S e um dos s´olidos Si.

Tal como se definiu anteriormente, a parti¸c˜ao P do rectˆangulo R determina mn sub-rectˆangulos de R:

Rij ={(xi, yj)∈R2 :xi−1 ≤x≤xi, yj−1 ≤y≤yj},

cujas ´areas s˜ao dadas por xi△yj = (xi −xi−1)(yj −yj−1). A colec¸c˜ao destes

sub-rectˆangulos Rij, de facto, constitui a parti¸c˜aoP.

Defini¸c˜ao 3: Sejaf uma fun¸c˜ao definida num rectˆangulo R ⊂R2. Designa-se porsoma de Riemann da fun¸c˜aof no rectˆangulo R `a express˜ao seguinte:

n,m X

i=0,j=0

f(x∗ij)xi△yj ≡ m X

j=0

n X

i=0

f(x∗ij)xi△yj ≡f(x∗00)△x0△y0+· · ·+f(x∗nm)△xn△ym,

ondex∗

ij representa os pontos seleccionados aleatoriamente nos sub-rectˆangulosRij

res-pectivos.

Para a no¸c˜ao de integral duplo, interessa que as parti¸c˜oes sejam muito finas.

Defini¸c˜ao 4: Sejam f uma fun¸c˜ao definida num rectˆangulo R ⊂R2 e

P ={(xi, yj)∈R : 0≤i≤n, 0≤j ≤m}

uma parti¸c˜ao arbitr´aria de R. Diz-se que a fun¸c˜ao f ´e integr´avel (`a Riemann) no rectˆangulo R, se existir o limite finito seguinte:

lim

|P|→0

m X

j=0

n X

i=0

f(x∗ij)△xi△yj. (1)

No caso o limite (1) existir, esse limite designa-se por integral da fun¸c˜ao e denota-se por

Z Z

R

f(x, y)dxdy ou

Z Z

R

f(x, y)dA

(12)

1.2.1 Integral iterado

A proposi¸c˜ao seguinte permitir´a calcular alguns integrais duplos usando integra¸c˜oes simples repetidas, ou seja, usando fun¸c˜oes reais de uma vari´avel real.

Fig. 2: A ´area A(x) varia com x.

Proposi¸c˜ao 1: (Fubini) Sejaf uma fun¸c˜ao integr´avel num rectˆangulo

R={(x, y)R2 :a < x < b, c < y < d}, onde a < bec < d.

Suponha-se que R

f(x, y)dxexiste para qualquer y[c, d], e queR

f(x, y)dyexiste para qualquer x[a, b]. Ent˜ao

Z Z

R

f(x, y)dxdy =

Z d

c Z b

a

f(x, y)dx

dy =

Z b

a Z d

c

f(x, y)dy

dx. (2)

Os dois ´ultimos integrais de (2) designa-se por integrais repetidos ou iterados. Note-se que na aplica¸c˜ao do Teorema Fundamental do C´alculo Integral ao c´alculo do integral entre parˆentesis rectos, se primitiva a fun¸c˜aof em rela¸c˜ao `a vari´avel a´ı referida, fixando a outra como constante.

Nota 2: Em algumas situa¸c˜oes, por muitas raz˜oes, ´e manifestamente imposs´ıvel calcular relativamente a uma das vari´aveis. A mais frequente ´e a impossibilidade de determinar a primitiva da fun¸c˜ao dada em rela¸c˜ao a essa vari´avel. Nestas situa¸c˜oes, calcula-se o integral repetido apenas numa ordem de integra¸c˜ao poss´ıvel.

Exemplo 1: Determine

Z Z

R

e−x−ydxdy sobre o rectˆangulo R= [0,1]×[0,1].

Resolu¸c˜ao: Resolvido na Te´orica.

Exemplo 2: Determine

Z Z

R

x2+y2dxdy sobre o rectˆanguloR = [1,1]×[1,1].

(13)

Exemplo 3: Determine

Z π

0

Z 2

0

ysinxdydx.

Resolu¸c˜ao: Resolvido na Te´orica.

A proposi¸c˜ao anterior permite generalizar a integra¸c˜ao a qualquer dom´ınio limitado

D ⊂R2.

1. Tipo I - Sejam g1 e g2 duas fun¸c˜oes reais de uma vari´avel real, cont´ınuas num

intervalo [a, b] R, com a < b, e tais que, para cada a x b e g1(x) g2(x). Considere ainda a fun¸c˜aof

D={(x, y)R2 :axb, g1(x)yg2(x)}.

Ent˜ao

Z Z

D

f(x, y)dxdy =

Z b

a

Z g2(x)

g1(x)

f(x, y)dy

dx.

2. Tipo II - Sejam h1 e h2 duas fun¸c˜oes reais de uma vari´avel real, cont´ınuas num intervalo [c, d] R, com c < d, e tais que, para cada c y d e h1(y) h2(y). Considere ainda a fun¸c˜aof

D={(x, y)R2 :cyd, h1(y)xh2(y)}.

Ent˜ao

Z Z

D

f(x, y)dxdy =

Z d

c

Z h2(y)

h1(y)

f(x, y)dx

dy.

Exemplo 4: Pretende-se determinar a regi˜ao D limitada pela recta x+y = 2 e pelos eixos coordenados, no primeiro quadrante.

A regi˜ao D={(x, y)R2 : 0y2, 0x2y} ou

(14)

1 2 1

2

0

x= 2y

Corol´ario 1: Considere duas fun¸c˜oes integr´aveis sobre o rectˆanguloD e sejak uma cons-tante. Ent˜ao f+g e kf s˜ao integr´aveis, e:

(i) Linearidade

Z Z

R

f(x, y) +g(x, y)

dA=

Z Z

R

f(x, y)dA+

Z Z

R

g(x, y)dA.

(ii) Homogeneidade

Z Z

R

kf(x, y)dA =k

Z Z

R

f(x, y)dA

(iii) Monotonicidade

Sef(x, y)g(x, y), ent˜ao

Z Z

R

f(x, y)dA

Z Z

R

g(x, y)

(iv) Aditividade

Se Ri, (com i= 1, . . . , m) grupos de rectˆangulos disjuntos tal que f ´e limitado e

integr´avel sobre cada Ri e se Q = R1∪ R2∪. . .∪ Rm for um rectˆangulo, ent˜ao

f :Q →R´e integr´avel sobre Qe

Z Z

Q

f(x, y)dA =

m X

i=1

Z Z

Ri

f(x, y)dA.

(v) M´odulo

Z Z R

f(x, y)dA

≤ Z Z R|

f(x, y)|dA.

1.2.2 Integrais duplos e ´Areas

A ´area de uma regi˜ao plana fechada e limitada R´e dada por

AreaR =

Z Z

R

dxdy.

(15)

1.2.3 Integrais duplos e Volumes

Suponha-se que um plano intersecta um s´olido onde forma uma sec¸c˜ao de ´area no plano de referˆencia Px. Ent˜ao o volume do s´olido ´e dado por

volume =

Z b

a

A(x)dx=

Z b

a Z d

c

f(x, y)dy

dx, com A(x) =

Z d

c

f(x, y)dy,

onde a e b s˜ao as distˆancias m´ınima e m´axima do plano de referˆencia.

Exemplo 6: Determine o volume sob o plano z = 8x+ 6y sobre a regi˜ao R = {(x, y) : 0x1, 0y2x2}.

1 2 1

2

0

y= 2x2

Resolu¸c˜ao: A regi˜ao R ´e representada na figura. Usando a tira vertical, fica: V =

Z Z

R

(8x+ 6y)dA =

Z 1

0

Z 2x2

0

(8x+y)dy

dx =

Z 1

0

Z 2x2

0

8xy+ 3y2

y=2x2

y=0 dx = Z 1 0

(16x3+ 12x4)dx= (4x4 +12 5 x 5) 1 0

= 4 + 12

5 =

32 5 .

Pode-se usar a tira horizontal para determinar o mesmo volume. Agora temos uma nova figura:

1 1

2

0

x=p

y/2

V =

Z Z

R

(8x+ 6y)dA=

Z 2

0

Z 1

y/2

(8x+y)dx

dy = Z 2 √ 0

4x2+ 6xy

1 √ y/2 dy = Z 2 0

(4 + 6y(2y+6 2y

y))dy =Z 2

0

(4 + 4y3√2y3/2) = 4y+ 2y2 6

2

5 y

5/2

2 0

= 8 + 8 6√25√2 = 325 .

1.2.4 Mudan¸ca de vari´aveis. Coordenadas polares

1.2.5 Coordenadas polares

(16)

P

eixo polar r

O

θ

Sendor=||OP||, comP 6= 0, tem-ser >0. Impondo queπθ πo par (r, θ) assim definido ´e ´unico e representa o ponto P. Diz-se que (r, θ) s˜ao ascoordenadas polares de

P 6= 0. Todo o par da forma (0, θ), com θ [π, π] ´e uma representa¸c˜ao do p´olo O. Assim, a representa¸c˜ao ´e ´unica para todos os pontos em coordenadas polares. Se um pontoP do plano tem coordenadas cartesianas (x, y) e coordenadas polares (r, θ), ent˜ao

x=rcosθ y=rsinθ

1.2.6 Mudan¸ca de vari´aveis em Integrais duplos. Coordenadas polares

Considere a fun¸c˜ao integr´avelf em coordenadas cartesianas (x, y). Considere ainda a fun¸c˜ao cont´ınua, portanto, integr´avel g em coordenadas polares (r, θ) definida a par-tir de f, ou seja, g(r, θ) = rf(rcosθ, rsinθ). Assim, considerando que a fun¸c˜ao g ´e diferenci´avel em [a, b]×[α, β], conclui-se que

Z Z

R

f(x, y)dxdy=

Z Z

[a,b]×[α,β]

g(r, θ)drdθ =

=

Z Z

[a,b]×[α,β]

f(rcosθ, rsinθ)·r·drdθ

=

Z b

a Z β

α

r·f(rcosθ, rsinθ)dθ

dr = Z β α Z b a

r·f(rcosθ, rsinθ)dr

Pode-se tamb´em fazer mudan¸ca de coordenadas cartesianas para coordenadas polares no caso da regi˜ao de integra¸c˜ao ser uma regi˜ao polar de Tipo I ou de Tipo II.

Proposi¸c˜ao 2:

1. Tipo I - SejamR={(r, θ) :αθ β e h1(θ)r h2(θ)} uma regi˜ao polar do

Tipo I e f uma fun¸c˜ao cont´ınua em R. Ent˜ao

Z Z

R

f(x, y)dxdy=

Z β

α

Z h2(θ)

h1(θ)

rf(rcosθ, rsinθ)dr

dθ.

2. Tipo II- Sejam R={(r, θ) :arb e g1(r)θ g2(r)}uma regi˜ao polar do

Tipo II ef uma fun¸c˜ao cont´ınua emR. Ent˜ao

Z Z

R

f(x, y)dxdy =

Z b

a

Z g2(r)

g1(r)

rf(rcosθ, rsinθ)dθ

(17)

Exemplo 7:

1. Calcular o volume do s´olido S limitado superiormente pela superf´ıcie de equa¸c˜ao

z =x2+y2 e inferiormente pela regi˜ao

{(x, y)R2 : 1x2+y2 4e x0}.

Resolu¸c˜ao: Resolvido na Te´orica.

2. Determine o integral

Z Z

R

ex2+y2dydx

usando a coordenada polar onde R ´e a regi˜ao do semic´ırculo limitada pelo eixo coordenado 0x e a curvay=√1x2.

Imagem

Fig. 1: A Regi˜ao R e a parti¸c˜ao P , o s´olido S e um dos s´olidos S i .
Fig. 2: A ´area A(x) varia com x.

Referências

Documentos relacionados

Relativamente ao teste de correlação de Pearson, aplicado ao número de artérias totais destinadas as glândulas adrenais direitas frente ao número recebido pelas glândulas

No período de 25 de Março até 28 de Abril de 2019, na plataforma educacional Dragonlearn ( clique aqui para acessar) será realizada a Competição PLUS I (2019), uma Olimpíada

Nesse sentido, a odontologia, objetivando a melhoria da saúde de pacientes pediátricos internados, tem preponderante relevância na restauração da saúde de forma

Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivos: Capítulo 01: comparar o nível de atividade física (AF), capacidade cardiopulmonar e QV entre pessoa com ELT e pessoas

Dentro desse contexto, esta pesquisa visa determinar o comportamento dos metais em uma célula experimental, lisímetro, de resíduos sólidos urbanos (RSU) da cidade de

TABELA III - Distribuição de acordo com o sexo e presença de marcadores sorológicos e/ou genoma virais dos 32 pacientes portadores de carcinoma hepatocelular, avaliados no Hospital

As variáveis foram: concentração de peróxido, tempo e taxa de radiação, conforme planejamento estatístico apresentado na Matriz codificada do planejamento experimental juntamente

However, the long larval feeding period, the presence of at least three nymphal stages, shorter male than female cycle and the number of eggs laid are typical for Argas species..