SANDRO
DE
MEDEIROS
CM
400
ANEURISMAS
INTRACRANIANOS
MÚLTPILOS
:D
ANÁLISE
DE
40
CASOS
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de
Graduação
em
MedicinaFLORIANÓPOLIS
1998
ANEURISMAS
INTRACRANLANOS
MÚLTPILOS:
ANÁLISE
DE
40
cz-xsos
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação
em
MedicinaCoordenador do Curso: Dr. Edson J. Cardoso
Orientador: Dr. Iraê Ruhland
FLORIANÓPOLIS
À
minha
esposaAos
colegas Ricardo Koszuoski,Rodrigo
Vieira eMaren
Jemsa
Goerll pelaamizade, estima e companheirismo.
Em
especial a Ricardo Philippi deLos
Santos e Fábio
Alves
Schneider pelo apoioem
horas dificeis.Aos
amigos da
ClínicaImagem,
em
especial às secretáriasMari
e Oliva, peloapoio e pela simpatia.
Aos
neurocirurgiões: Dr.Athos
A.T. deAthayde
Jr., Dr. IrineuMay
Brodbeck, Dr.
Marcos
Flávio Ghizzoni e Dr. Norberto dosAnjos
Ferreira,sempre
dispostos a ensinar-meum
pouco
mais sobre medicina e particularmente sobre neurocirurgia.Em
especial ao Dr. Iraê Ruhland, cuja competência procuroespelhar, pela
boa
vontade, pelo apoio e pelos ensinamentos.Aos
meus
pais, sr.Alfredo Nicolau deMedeiros
e sra.Maria
Bernardet deMedeiros, pelos ensinamentos
sempre
baseados nos princípios da ética e da humildade,bem
como
peloenorme
esforço e sacrifício para proporcionar-me achance de
um
futuro melhor.A
todas estas pessoas, e a todas as outras deuma
forma
ou
de outra torceram pormim
durante esta longajomada,
omeu
sincero agradecimento.Quando
tocomeu
bisturiem
teu corpo enfermo,sinto
como
se estivesse entrandoOs
aneurismas intracranianos múltiplosocorem
em
cerca de 6 a32%
doscasos de aneurismas intracranianos, nas séries relatadas
na
literatura1°2°3°4°5.Segundo
Orzó a absoluta maioria dos aneurismas múltiplosocorrem na
circulação anterior,onde
o sítio maiscomum
é a artéria cerebralmédia
(ACM),
em
cerca deum
terço dos casos; a seguir a artéria comunicante posterior(ACoP)
em
aproximadamente
20%
dos casos e a artéria comunicante anterior(ACoA)
em
15%
dos casos.As
artérias carótida interna (ACI), coróide anterior(AchA),
cerebral anterior(ACA)
e artériasdo
sistema vértebro-basilar(V-B)
corespondem, respectivamente, amenos
de10%
dos casos de aneurismascerebrais múltiplos.
A
apresentação clínica maiscomum
consistenum
quadro de hemorragia subaracnóide(HSA),
que ocorrepróxima
a quintaou
sexta década de vida.Há
uma
predominância de ocorrênciano
sexo feminino, cornuma
relaçãoaproximada
de 6:1,bem
como
uma
associação diretacom
a presença dehipertensão arterial sistêmica
(HAS).
Os
aneurismas múltiplos são duplosem
cerca de
75%
dos casos, triplosem
cerca de16%,
eocorem mais
de três vezesno
restante dos casos7.
O
manejo
de casos de aneurismas múltiplospermanece
uma
grandecontrovérsia,
mas
a tendência atual é corrigir cirugicamente todos os aneurismas,no
mesmo
tempo
cirúrgico da correçãodo
aneurisma sintomático8'9°10'“'12,ou
em
tempos
adicionais caso as condições clínicasdo
pacientenão
sejam tãofavoráveis3°13°14”15°16.
Em
relação ao prognóstico, é provávelum
cursomenos
favorável nos casosde
AIC
em
relaçao aos aneurismas intracranianos únicos.Aneurismas do
sistema2
corelacionar-se negativamente
com
o prognóstico”.Porém
um
dos principais fatores prognósticosem
pacientescom
aneurismas intracranianos múltiplos,1. Fazer
um
levantamento, através de pesquisaem
prontuário médicos, dos casosde aneurismas cerebrais múltiplos atendidos
no
serviço de neurocirurgia doshospitais de Caridade e
Governador
CelsoRamos;
2. Proceder
uma
análise, levando-seem
conta aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos, clínicos e prognósticos,em
casos de hemorragia subaracnóidedecorrentes de aneurismas múltiplos;
3.
MÉTODO
Os
dadosda
série clínica apresentadaforam
obtidos pormeio
de pesquisaem
todos prontuários dos pacientes
com
diagnóstico de aneurismas intracranianos,atendidos
no
serviço de neurocirurgia dos hospitais de Caridade eGovernador
Celso
Ramos
no
períodocompreendido
entre 1993 e 1997.Todos
os pacientes portadores de aneurismas cerebrais múltiplosforam
identificados tiveram seus prontuários revisados.Dentre
um
total de270
pacientescom
aneurismas intracranianos operados pelo serviço de neurocirurgia neste período,foram
encontrados40
casos de aneurismas intracranianos múltiplos, confirmados pela reavaliação dosprontuários,
bem com
dosexames
complementares.Um
protocolo de avaliação foi elaborado,com
o objetivo de listar osprincipais
dados
clínicos dos paciente, tais quais: idade; sexo; apresentaçãoclinica
da
hemorragia subaracnóide; achadostomográficos
e angiográficos; grauclínico
do
quadro,segundo
a escala deHunt
&
Hess;momento
cirúrgico (“timing”); complicações;bem
como
resultado.Os
exames
realizados foram:0
Tomografia
computadorizada:Todos
os pacientesforam
submetidos aexames
detomografia
computadorizada para confirmaçãodo
diagnóstico de hemorragia subaracnóide;H
0 Angiografia:
Todos
os pacientesforam
submetidos à arteriografia porsubtração digital para os 4 vasos cerebrais.
Após
confinnação
diagnóstica, os pacientesforam
internados nas unidades depaciente fosse estabilizado,
chegando
ao grau clínico pré-operatório deHunt
&
Hess
de Iou
II, para então ser submetido a cirurgia para clipagem dos4.
RESULTADOS
No
período de cinco anos, entre 1993 e 1997,foram
registradosum
total de40
casos de aneurismas cerebrais múltiplosno
serviço de neurocirurgiado
hospital
Governador
CelsoRamos
edo
Hospital de Caridade (quadro I).Em
relação ao
número
total de casos de aneurismas intracranianos registrados nestemesmo
período (270 casos), isso representauma
incidência de 14,8%.Em
relação ao sexo (figura I)houve
um
francopredomínio do
sexo feminino(77,5%)
em
relação ao masculino (22,5_%).35-
30-
25-
20-
15-
10-
5- 0-. . . fm
Figura I: Gráfico
demonstrando
onúmero
de casos por sexo.Nos
40
casosforam
diagnosticadosum
total de98
aneurismas.Em
relação atrês,
em
onze pacientes(27,5%); quatro, ein dois pacientes (5%); e cinco,em
um
paciente (2,5%).
Nos
pacientes dos casos 3 e 33 encontramosum
aneurismagigante, localizados na artéria cerebral
média
e na artéria paraclinóide respectivamente.Em
um
paciente (caso 7)encontramos
a associação entremalformação
arteriovenosa parietal(MAVp);
eem
outro encontramosuma
malformação
arteriovenosa dural frontal (caso 10).A
artéria cerebralmédia
foi osítio
onde
aneurisrnasforam
maiscomumente
diagnosticdos nestes pacientes,com
um
total de 37 aneurisrnas encontrados (figura II); osegundo
sítio maiscomum
foi a artériacomunicante
posterior, corn 18 aneurismas encontrados.A
artériacomunicante
anterior apresentouum
total de 15 aneurismas.Foram
encontrados ll e 10 aneurismas na bifurcação da carótida intema e
no
sistemavértebro-basilar, respectivamente.
A
artéria coróide anterior foi o sítio deum
total de 5 aneurismas; e as artérias intracavernosa e paraclinóide de
um
aneurisma40- 35- 30- 25- 20- 15- 10- 5-
OÍ.-|||vi|
20-<E_flJ
_
5-3885-'3>
CorA ntrac Parac9
8 -/
Figura III:
Gráfico
relacionando os graus clínicos deHunt
&*Hess nos 40
pacientes.
Em
relação ao “timing”da
cirurgia (figura IV),o
tempo
médio
de espera foide duas
semanas
e cinco dias, variando deuma
semana
a quatro meses.Devemos
salientar queem
alguns pacientes o atrasona
intervenção cirúrgica foi devido a outros fatos relacionados à contingências próprias dos hospitais.A
correçãocirúrgica foi possível
em
tempo
únicoem
24
pacientes (cerca de77%
dos casos).Em
apenas sete pacientes(23%)
foi necessáriotempo
ciúrugico adicional.Complicações
pós-operatórias ocorreramem
9 dos 31 casos cujos prontuáriosforam
revisados,ou
seja, cerca de29%
dos casos.A
complicação maiscomum
foi a hemiparesia, que ocorreu ein três casos; convulsão ocorreu
em
dois casos; e dzíabettes insipidus, septicemia, hemiplegia e oftalmoplegia einum
caso.Na
evolução,não
houveram
quaisquer sequelasem
cerca de87%
dos casos.(caso 24); e outro
com
oftalmoplegia (caso 31).As
arteriografias de controlemostraram
clipagem completa dos aneurismasem
100%
dos casos. 1o¡ 9; 8- 7_ 6_ 5- 4- 3- 2- 1- tO.
. z . . . 1 2 3 4>
4
Quadro
I : Principais achados clínicos de40
pacientescom
aneurismasintracranianos múltipos, atendidos
no
serviço de neurocirurgia, entre os anos de 1993 a 1997.11
Ident. Id. S CXO Clínica Aneurismas Grau Timing
H&H
Compl ResultINB
* "11 * BCI;CoP;VB * * * >l<2.TM
*E
*BCI;CoA
>l< =l< * *3.MS 49 "11 Cefaléia
Ac1;VB;AcM
1-1 2 sem Diab.Ins.Bom
4.CC 34 'TJ Ofialmopl;
Cef; Conv
Bc1;coP 1-4 I-4 1 sem-
Bom
5 .ECL 26
M
Cefaléia; disfasiaACM(2);CoA
III 2 semBom
6.DT 49 F Cefaléia;
Conv.
CoP;CorA II 1 sem
Bom
7.ES 51
É
Cefaléia BCIbil.;VB II 3 semBom
8.NS 41 "11 Cefaléia
AcMb¡1;c0A
III 3 sem Hemipar. Boni9.NP 35
É
CefaléiaACM;CoA
II 2 sem--- Bom~_10.FC 60
š
Cefaléia ACMbil;ACI;CoA;MAVd
I 1 semBom
ll.RR 57 F Cefaléia; Perda Cons. Intrac;ACM; CoA;CoPbilIII 2 sem Conv.
Bom
l2.MS 52 F Conv.
ACM;CoP
IV 4 semBom
13. IS 57 F Cefaléia;
Perda Consc.
CoPbil IV 2 sem Septicemi
a Hemip aresia discret a 14.VH * 'T1 * CoP;CorA * * * >l<
15.AS 53 "11 Cefaléia Bcr;AcM(2) V-1 I-1 2 sem
Bom
16.SL 43 "11 Cefaléia
VB(2);AcM
Í-'4 4 semBom
17.FS * 'T1 *
ACMbil
* * >l< >l<18.MS * *'11 *
CoA;VB
* * * *19.PR * "11 *
CoA;CoP
* * >l< *20.IS 56 'T1 Cefaléia;
Perda Consc.
CoP;ACM
V-1 D-1 2 semBom
21.[B 47 F Cefaléia;
Perda Consc.
ACMbil
II 3 semBom
22.IS 49 F Cefaléia;
Perda Consc.
ACMbil
III 1 semBom
23.EP * F >l<
CoAbil 1
* >l<
25.NA
*AcM(2)
* >l‹ >l<26.AG Cefaléia
ACMbil
7 semBom
27.GS Cefal. ;Desor.;
Ataxia; Hemiparesia
AcM(2)
4 sem Hemipar.Bom
28.LA Cefaléia
ACM(3);CoP
2 sem 29.CO Cefaléia; Perda Consc.ACM;CoA
3 semBom
lBom
30.AF Cefaléia;Sono l. Alt.CondutaACMbil
l semBom
3l.EP Cefaléia
CoP;VB
l sem Oflalmopl Idem32.MB
Cefaléia CoP;CorA 1 semBom
33.CO Cefaléia Par;ACI 2 sem
Bom
34.1-IL Cefaléia;
Confusão
CoA;ACM
3 semBom
35.RA >l<
CoP;CorA * >l< *
36.CB Cefaléia
CoA;ACI
3 semBom
37.EF Cefaléia;
Perda Consc.
CoP;ACM
2 semBom
38iEV Cefaléia CoPbil 4 semBom
39_NC Perda Consc.CoA;ACMbil
4meses
Hemipar. Idem
40.1\/IF Perda Consc.
VB;ACM;CoA
4 semBom
Nota:
O
serviço de arquivo médico do Hospital Gov. CelsoRamos
estavaem
reforma durante a fase de coleta de dados de nosso atual trabalho. Por este motivo a completa listagem dos dados dos pacientes assinaladoscom
* foi prejudicada.BCI: Bifurcação da Artéria Carótida Intema bil.: bilateral
CoP: Artéria Comunicante Posterior
MAVd:
Malformação Arteriovenosa DuralVB: Artérias do Sistema Vértebro-basilar Ofialmopl.: Oftalmoplegia
CoA: Artéria Comunicante Anterior Conv.: Crises Convulsivas ACI: Artéria Carótida Intema Diab.Ins.: Diabete Insípido
ACM:
Artéria Cerebral Média Hemipar.: HemiparesiaCorA: Artéria Coróide Anterior Desor.: Desorientação
Intrac.: Segmento Intracavemoso Hemipl.: Hemiplegia
da Artéria Carótida Intema
Paracl.: Segmento Paraclinóide da Artéria Carótida Interna
5.
DISCUSSÃO
A
incidência de aneurismas cerebrais múltiplostem
variado muito, de acordocom
os dados demonstradosna
literatura-
de cerca de6%
até cerca de32%,
segundo
a série estudada. Richardson] eDandf,
ambos
na
década de 40,foram
os primeiros a estudarem a frequência de aneurismas múltiplos.
Mais
recentemente, Rimrels
demonstrou
uma
incidência relativamente alta deaneurismas múltiplos -
aproximadamente
34%,
einum
estudocom
114 pacientes.De uma
maneira
geral a incidência de aneurismas múltiplostem
sidomaior
em
estudos mais recentes,quando
confrontadoscom
as observações de estudos anteriores. Isso, até certo ponto,pode
refletir amodemizaçƒão
dosmétodos
deinvestigação ,neurorradiólogica
da
atualidade, o que auxiliaa obtenção. deum
diagnóstico
mais
preciso. Certos autorestêm
tentado detenninar a frequência deaneurisrnas múltiplos
em
estudos de necrópsia, etêm chegado
a incidências altas.Suzuki”
estudou a incidência de aneurismas múltiplos.. em..3.4 pacientes. cujosóbitos
foram
atribuídos à hemorragia subaracnóide, encontrandoum
valorpróximo
a50%.
Comparando
com
os dados da literatura,na
série clínicaque
estudamos, a incidência encontrada foi de 14,8%.
No
que diz respeito a idade e ao sexo, os dados demonstradosem
diferentes relatosna
atual literaturatêm
apontadouma
idademédia
deaproximadamente
50 anos para os casos de aneurismas múltiplos,bem
como
uma
predorninânciano
sexo feminino,com
uma
relação de três até cinco casos para cada casono
sexomasculino2°°21°22”23”24.
Em
nosso estudoobservamos
dados semelhantes aosdescritos,
com
uma
idademédia aproximada
encontrada de 47 anos epredominância
do
sexo feminino,com
uma
relaçaão de 3,511.Sustentava-se
no
passado que os aneurismaseram
resultado de falhas congênitasda
parede vascular.Atualmente
imagina-seum
importante papel de alteraçõesdegenerativas vasculares, que
podem
resultardo
estressehemodinâmico
contínuosobre a parede arterial”.
Winnw
demonstrou
que a .hipertensão arterial- sistêmicacrônica é importante
no
aumento da
incidência de aneurismas cerebrais múltiplos. Ostergaardzó analisou a influênciada
hipertensão. e..do_.envelhecimentoem
relação à incidência de aneurismas múltiplos. Neste trabalho o autordemonstrou
uma
alta interdependência entre níveis pressóricos cronicamenteaumentados
e o desenvolvimento de aneurismas múltiplos.Além
deste fatodemonstrado, o autor sugere
um
aumento na
susceptibilidade ao desenvolvimento de aneurismas múltiplosem
indivíduosdo
sexo feminino,mesmo
sem
a presença de hipertensão arterial sitêmica.Kwak”,
em
1979, ja haviademonstrado
a significante relação entre a presença da hipertensão arterial sistêmica e amultiplicidade de aneurismas intracranianos.
Seu
trabalhocompreendeu
um
estudo retrospectivo,com
pacientes cuja pressão arterial sistólica e diastólicaexcediam
respectivamente a 150mmHg
e a90
mmHg.
Através dos resultados obtidos, o autor observouque
a incidência de hipertensão arterial sistêmica eramaior
em
pacientes corn aneurisma cerebraldo que na
população japonesaem
geral,
na
maioria das faixas etárias eem
ambos
os sexos. Adicionalmente foiobservado
que
a incidência de hipertensão arterial era significantementemaior
em
casos de aneurismas múltiplosem
relação aos pacientes portadores de aneurismas intrcranianos únicos.No
mesmo
ano,Andrews
&
Spiegel”,num
estudocom
212
pacientes sugeriuque
oaumento da
idade e oaumento
das pressões sistólica e diastólica,guardam
relação proporcionalcom
onúmero
de aneurismas cerebraisem
indivíduosdo
sexo feminino.Desde
que a pressão arterial eleva-secom
a idade28”29”3°, issopode
deixar a impressão de que a15
hipertensão arterial. Ostergaadzó
não
observou dados concretosque
demonstrassem
uma
correlação significativa entre a idade de seus pacientes e amultiplicidade de aneurismas cerebrais.
Ainda
de acordocom
dadosda
literatura,a idade
média
de pacientes portadores de aneurismas intracranianos, . ~ . . . - , - zó 22 132
multipos
nao
difere daquela nos casos de aneurisma intracraniano unico. ° 3 '.
A
razãoda
clara preponderânciada
multiplicidade de aneurismasem
indivíduos
do
sexo femininopermanece
obscura. Relatosna
literaturatêm
evidenciado
uma
suscetibilidade significantementemaior
a aneurismas múltiplosem
mulheres”,mesmo
naquelas normotensaszõ.Quando
a preponderância decasos de aneurismas únicos
no
sexo feminino é considerada, a correlação entre o sexo feminino e o desenvolvimento de aneurismas intracranianos múltiplos é aindamais
notável, indicadouma
tendênciaaumentada
de desenvolvimento deformação
de aneurismasem
individuos deste sexozó.Em
um
estudo realizadoem
2786
autópsias consecutivas, 137 (4,9%) dos pacientes poitaram aomenos
um
aneurisma.
Nesta
série a incidência de aneurismas cerebrais no.. sexo feminino foide
7,2%
contra3,5%
no
sexo masculino33.Devemos
observar quenão há
diferença significativa entre os sexos,
no que
conceme
ao indice de aneurismasrotos e
não
rotoszó, sugerindo ser .as diferenças de incidência entre os sexos real enão
devido aum
riscoaumentado
de ruptura-
e logodo
surgimento desintomatologia
-
no
sexo feminino.A
incidênciaaumentada
de aneurismasintracranianos
no
sexo masculino,em
relação a infância eadolescênciaz9”34°35'36°37”38,
bem
como
na
terceira década de vida25”32, enfatizaque
mecanismos
subjacentes entre a relaçãodo
sexo dos pacientes e a patogênese dos aneurismas cerebrais é aindaum
tanto obscura.Tem
sido sugeridouma
possível relação de influências hormonais”.Segundo
Orzó o sítio maiscomum
de localização de aneurismas múltiplos é a artéria cerebral média, seguido das artérias comunicante posterior e anterior.Em
nosso estudo,
em
concordânciacom
o de Orz, os aneurismas daACM
foram
preponderantes e representaram cerca de37%
do
total de aneurimas.Em
desacordo
com
estes dados, os aneurismasdo
sistema vértebro-basilar revelaramalguma
diferença.Em
nosso estudo estes aneurismas representaram cerca de10%
dos casos, enquantosegundo Orz
este sítio é o maisincomum.
Outros autoresconfirmam
a artéria cerebralmédia
como
sendoo
sítiomais.comum
em..c.aso.¡deaneurismas múltiplos3. Para Mizoi4°
houve
uma
pequena
diferença percentual,indicando a artéria carótida interna
como
o sítio maiscomum.
Suzuki”
e seu estudoem
necrópsias,também
relatou a artéria carótida intemacomo
sendo osítio
mais
comum.
Em
nosso atual estudo, esta artéria correspondeu ao quartosítio
mais
comum
com
cerca de15%
dos casos.Em
relação ao risco de ruptura,Winn"
e Heiskanen41 observaramque
o riscoanual de ruptura de
um
aneurisma intacto era deaproximadamente 1%,
e amortalidade era de cerca de
4%
em
um
período de cinco anos21”42. ParaWinnwe
Jane43 o risco anual de ruptura de
um
aneurisma assintomático foi similar a história natural deum
aneurisma tratado.Em
pacientescom
aneurismasmúltiplos, o risco de sangramento de
um
aneurisma previamente íntegro varia de10 a 17%l4”15°42°44”45°46*47.
Os
aneurismas-com
maiores índices de ruptura são aquelesda
artéria comunicante anterior (62%), seguido pelosda
artéria cerebelarpóstero-inferior
(PICA)
e pelosda
parte distalda
artéria basilar(50%)
e pelos outros sítios (33%)23.Em
relação ao diagnóstico, oproblema
mais urgenteem
relação aum
paciente portador de aneurismas múltiplos apresentando quadro de hemorragiasubaracnóide, relaciona-se à necessidade de identificação
do
aneurismaresponsável pelo sangramento, já que a
abordagem
cirúrgica é feita baseadano
sítio deste aneurisma . Isto é fácil
quando
a hemorragia subaracnóide se17
computadorizada mostra
hemocistema
localizada,ou
mesmo
hemorragiaintraparenquimatosa;
ou quando
oangiograma
precocedemonstra vasoespasmo
focal.
A
situaçãonão
é amesma
quando
estamos frente aum
paciente portadorde aneurisma múltiplos, principalmente bilateral, cuja tomografia realizada
tardiamente mostra-se totalmente normal.
Mc
Kissockzzdemonstrou
queem
pacientecom
hemorragia subaracnóideem
que
aneurismas múltiplosforam
identificados pela angiografia, foi possível identificar o sítio de ruptura
em
cercade
48%
dos casos baseandoem
dadosdo
exame
físico e por critérios radiológico ortodoxos,ou
seja, coágulos e vasoespasmo. Outros estudos indicam valores ainda maiores,próximos
a 60%48. Para Almaani48 paresia facial, distúrbiosda
linguagem, paralisiado
nervo oculomotor, hemiparesia,bem
como
disestesias,em
pacientescom
hemorragia subaracnóide diagnosticadapodem
ser sinais lateralizantes importantes para a identificaçãodo
aneurisma sintomático.Beaty
&
Richardson”,em
1969, sugeriramque
a eletroencefalografia poderia sercoadjuvente útil, principalmente
em
casos de aneurismas bilaterais da artéria cerebral média,mas
nem
tantoem
casos de aneurismas ipsilaterais eda
parte posteriordo
polígono de Willis. Almaani48 confirma estes achados e sugereque
aeletroencefalografia é especialmente útil
em
pacientessem
sinais físicos localizadores e cujos angiogramas são inconclusivos,mesmo
em
casosaneurismas asimétricos. Para este
mesmo
autor o uso da angiografia, dos dados deexame
fisico eda
encefalografiapuderam
descobrir o aneurisma sintomáticoem
cerca de69%
dos casos.Tomografia
axial computadorizada(TC) tem
um
valor limitado
em
relação à determinaçãodo
aneurisma roto, exceto nos casos einque
o aneurisma sintomático está associado apequenos
hematomas
quenão
causam
deslocamento vascular à angiografia cerebral. Isto é verdadeiroem
casosde coleções sangüíneas
na
parte anteriorda
fissura inter-hemisférica ena
região ínfero-medialdo
lobo frontal,como
ocorre aneurismasda
artériacomunicante
anterior.
Em
1976,Hayward
&
O°Reilly50 estudaram a acurácia da obtençãoda
causa dehematoma
intracerebral atravésda
tomografia. Elesdemonstraram que
poderiam
descobrircom
exatidão a etiologia subjacente deum
hematoma
intracerebral não-traumático
em
até90%
dos casos. Naqueles casos, cujaetiologia
do
hematoma
era o sangramento deum
aneurisma foi de100%
paraaneurismas
do
complexo
cerebral anterior e de60%
para aneurismasdo
complexo da
artéria carótida intema.Somando-se
os dadosdo
exame
fisico aosachados angiográficos e
tomográficos
pode-se chegar auma
acurácia de mais de65%
na
determinaçãodo
sítio de ruptura.Somando-se
a eletroencefalografia aestes
exames
podemos
terum
índice demais
de 75%48.A
angiografia porsubtração digital
tem
setomado
um
método
diagnóstico de fundamental importânciano
diagnóstico de alterações vasculares cerebraisem
geral.Levando-
seem
conta dadoscomo
vasoespasmo, efeito de massa, presença de projeçãomamiliforme do
saco aneurismático, irregularidadeou
loculações aneurismáticassecundárias, e
tamanho do
aneurisma, pode-se chegar aum
indice deaproximadamente
90%
de acuráciano
diagnóstico23”24°51'52.Aumento
do tamanho
do
aneurismaem
angiografias seriadas,bem
como
amodificação do
formato,ou
aparecimento de lesões previamentenão
identificadas,podem também
serum
indicativodo
sítio de r11ptura23”5 1.Segundo
Nehlsë
a_ análise_.de_informaç_õ_es de
estudos angiográficos e de tornografia computadorizada, aliadas aos dados de
exame
fisico,toma
possíveluma
identificação pré-operatória precisado
aneurisma sangrante
em
mais de95%
dos casos. Nestemesmo
trabalho, o autor cita que a rnodificaçãoda forma do
aneurisma, a presença dehematoma
e oespasmo
focal estavem presentesem
100%
dos aneurismas sintomáticos. Outrosfatores
com
forte valor presuntivoeram
respectivamente, a presença deum
mamilo
aneurismático e a irregularidadedo
formatodo
aneurisma, presentesem
cerca de93%
dos aneurismas sintomáticos.19
A
utilidadeda
ressonância magnéticatem
sido objeto de estudoem
algunstrabalhos recentes.
Em
pequenas
hemorragias, o sanguepode não
ser detectado pelatomografia
computadorizada, mostrando-secomo
área isodensaem
relaçãoao tecido cerebral subjacente.
Em
aneurismas localizadosna
fossa posterior ena
basedo
crânio a tomografia e a angiografiapodem
demonstrar artefatos quedificultam sobremaneira a identificação de lesões.
Em
casos deVasoespasmo
podem
haver dificuldadesna
demonstração de aneurismasem
exames
angiográficos.
A
ressonância magnética, por outro lado,tem
uma
maior
acuráciana
identificaçãodo
sangramentoem
sua fasesubaguda
e crônica,bem
como
uma
melhor
resoluçãoem
relaçãoexames
tomográficos,podendo
detectar aneurismascomo
defeitos de enchimento localizados”.Além
do
mais a ressonânciamagnética
pode
revelartrombos
em
um
aneurisma sintomático55°56.Em nossasérie, a
tomografia
computadorizadanão
demonstrou
sinalalgum
de hemorragiaem
6,4%
dos casos.A
angiografia por subtração digital, por outro lado,demonstrou
resultado positivoem
100%
dos casos.Vasoespasmo
foium
achado
angiográfico presente
em
cerca de26%
dos pacientes.Vajda57 utilizando
abordagem
unilateral para tratar 30 pacientescom
lesões bilaterais, verificouque
em
6 deles(20%)
o aneurisma sintomáticosem
sombra
de dúvidas estavano
lado oposto.Logo podemos
concluir quedevemos
obter omáximo
de acuráciana
determinaçãodo
aneurisma sintomático durante o períodopré-operatório, lançando
mão
dosmétodos
diagnósticos disponíveis, afim
de evitarmos possíveisaumentos na
morbi-mortalidadecom
manejos
frustosou
desnecessários. Para Vajda7 os maiores riscosno
erro diagnósticodo
sítiodo
aneurisma sintomático é a hemorragia
no
pós-operatóriodo
aneurisma considerado assintomáticono
pré-operatório, durante a fase de indução de regimes de hipertensão e hipervolemia, assimcomo
o risco de hemorragiaquando deixamos
o real aneurisma sintomático parauma
correçãoem
tempo
cirúrgico subsequente.
É
geralmente aceitona
atual literaturaque
o tratamento cirúrgico paraaneurismas múltiplos demonstra resultados superiores a qualquer outra
forma
detratamento”.
No
entanto, a correta indicação cirúrgicatêm
sido objeto deopiniões as
mais
diversas. McKissock.22 em- 1964, sugeriu..que_.a-correção_de. . , . ~ , . . . 49
aneurismas assrntomatrcos
nao
era-..necessar1a..He1skanen.-&.1\/Iarttila.. .em.-.197Q,sugeriram
que somente
deveria ser corrigido o aneurisma assintomáticoque
pudesse ser alcançadono
mesmo
tempo
cirúrgico utilizado para o tratamentodo
aneurisma roto, euma
segunda
abordagem não
estaria indicada para o tratamentosomente
de aneurismas assintomáticos.Hamby3
ePoppen
&
Fageru
em
1959,Moyes14
em
1971,Mount
&
Brisman15'42em
1971 e 1977, eSamsonló
et alem
1977
recomendaram
que
se as condiçõesdo
pacientefossem
satisfatórias, todoaneurisma não-roto cirurgicamente acessível deveria ser tratado. Suzuki
&
Sakuraimem
1979, e Salazar”em
1980 e 1983 insistiramque
os aneurismassintomáticos e assintomáticos deveriam ser corrigidos
em
um
únicotempo
cirúrgico.
O
risco de hemorragia e o progressivo decréscimo nas taxas de mortalidade e demorbidade
alcançadasno
tratamento cirúrgico de aneurismasmúltiplos, desenvolveu nos neurocirurgiões
uma
tendência atual aum
manejo
mais
agressivo. Isso significa que todos os aneurismas, rotosou não
devem
ser cirurgicarrmente tratados8°16°45°58°6°°6l.Tendo
em
mente
o risco de sangramento pré-operatório, o aneurisma roto éusualmente o primeiro a ser tratado.
A
principal propostana
cirurgia de aneurismas múltiplos é tratar todas as lesõesanatomicamente
acessíveisem
um
único procedimento.
A
via de acesso maiscomumente
utilizada é a craniotomiapterional,
que
toma
possível alcançar a maioria das artériasdo
polígono de Willis e tratar maisdo que
um
aneurismana
mesma
ocasiãon.Em
caso de aneurismas21
pterional,
formando
uma
via de acessodenominada
têmporo-polar.Em
caso de aneurismascomplexos do
setor anterior, deve-seremover
o arco orbitário,bem
como
ozigoma
para proporcionaruma
adequada
exposição dos aneurismas.Tempo
de fundamental importância é aadequada
dissecção das cistemas silviana,carotídea, quiasmática e
da
lâmina terminalóz.É
notávelque aproximadamente
47%
dos aneurismas múltiplosocorrem
em
diferentes lados”, e a maioria dosneurocirurgiões tratam estas lesões
em
mais
deum
tempo
cirúrgico.Em
um
primeiro estágio, o aneurisma sintomático e todos aqueles ipsilaterais a este que
podem
ser abordadosna
mesma
craniotomia são tratados.Em
um
segundo
estágio, os aneurismas contralaterais são clipados. Contudo,além do
risco adicional deuma
nova
cirurgia, procedimentosem
mais deum
estágiotêm
a incoveniência deum
intervalo entre as operaçõesonde
o paciente está aindaem
risco de
um
sangramento a partir deum
aneurisma remanescente eonde
a terapiacontra o
vesoespasmo
éalgumas
vezes arriscada".Há
poucos
relatosna
atual literatura a respeitodo
tratamento cirúrgico de aneurismas contralaterais57”58”63'64°65.Ruhlandu
e Oliveira” acreditamque
otratamento ideal para todos os aneurismas deve ser através de
uma
cirurgiaem
um
único estágio, aliadasempre
que possível a clipagem daquelesem
situação contralateral ao sintomático, através deuma
abordagem
unilateral.Aneurismas que
eventualmentepodem
ser acessíveis a partir de'uma
abordagem
unilateral incluem: 1. aneurismas contralateraisda
região carótido-oftálmica; 2.
da
bifurcaçãoda
artéria carótida interna; 3. dos segrnentoscomunicante posterior e coróide anterior
da
artéria carótida interna; e, 3.aneurismas contralaterais dos
segmentos
A1
da
artéria cerebral anterior eM1
da
artéria cerebral
média".
Os
resultados cirúrgicosno manejo
de aneurismas múltiplos são quaseclínico
no
pré-operatóriodo
quedo
próprionúmero
de aneurismas tratadoswfl.Apesar da
hemorragia aneurismática trans-operatória ser a ocorrênciamais
temida nas abordagens contralaterais, esteproblema
parece ser algoincomum
edependente primeiramente
da
acurácia técnicaempregada”.
O
controledo
sangramento arterialpode
ser usualmente alcançado durante a cirurgia,mas
em
alguns caso de aneurismas localizados nossegmentos
oftálmico, comunicante ecoróide,
da
artéria carótida interna este procedimentopode
ser dificiln.Um
dado
técnico simples,mas
de fundamental para a positividadedo
resultado cirúrgico é o posicionamento corretodo
clip. Este deve ter orientação paralela aoeixo
do
vaso, afim
de evitar atrombose ou
a estenoseda
artéria.Em
relação à mortalidade,Mount
&
Brismann”
demonstraram
em
seu trabalho analisandoo
resultado cirúrgico
em
60
pacientescom
um
total de 138 aneurismas,um
índicede mortalidade de 1,6%. Para Vajdasg analisando 138 pacientes
com
um
total de317
aneurismas, encontrouum
índice de mortalidade de cerca de 18,5%. Nestetrabalho, as maiores causas de óbito
foram
ovasoespasmo
e a ruptura deum
aneurisma previamente conhecido,mas
não
tratado.Em
nosso atual trabalhoencontramos
um
índice demorbidade
em
tomo
de13%
dado comparável
aosda
6.
CONCLUSÃO
A
partir dos dados demonstradosem
nosso atual trabalho,podemos
concluirque:
1.
Apesar
dos recentes avanços nas técnicas de microdissecçãodo
leito arterialcerebral,
bem com
a utilização denovos
materiais, instrumentos e drogas. as maisdiversas, os aneurismas múltiplos ainda constituem
desafio
para a neuriocirurgiamoderna;
2.
O
sucessodo manejo
em
tais casosdepende
deum
conjunto de fatores, taisquais: o correto diagnóstico pré-operatório das lesões sintomáticas e
assintomáticas, através
da
busca minuciosa de aneurisrnas, tantodo
setor anteriorquanto
em
artériasdo
setor posterior; a situação clínica pré-operatóriado
paciente; a correta indicação
do
tratamento cirúrgico; a utilização aomáximo
deintervenção cirúrgica única;
bem
como,
a própria experiênciado
neurocirurgiaol. Richardson JC,
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objetivodo
atual trabalho refere-se ao levantamento dos dados clínicos eepidemiológicos
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todos os casos de aneurismas intracranianos múltiplos(AICm),
ocorridos entre os anos de 1993 a 1997, atendidos nos serviços deneurocirurgia dos hospitais de Caridade e
Governador
CelsoRamos.
Neste período
foram
encontrados40
casos de aneurismasAICm,
deum
totalde
270
aneurismas intracranianos (incidência de 14,8%).O
apresentaçãomais
comum
foi cefaléia súbita e intensa.A
idademedia
encontrada foi de cerca de47
anos.
Em
relação ao sexo,houve
um
franco predomíniodo
sexo feminino(77,5%).
O
sítio aneurismáticomais
comum
foi a artéria cerebral média.Em
todos os casos, a técnica cirúrgica
empregada
foi a clipagem de aneurismas.Podemos
concluir através dos dados obtidos que os aneurisinas intracranianosmúltiplos ainda constituem
um
dos grandes problemas diagnósticos eterapêuticos
da
neurocirurgia atual.Neste trabalho, os resultados são
comparados
com
os dadosda
atualliteratura,
bem
como
é feitauma
discussão sobre os principaismétodos
9.
SUMIVIARY
The
actual review is basedupon
the files of patients with intracranialaneurysms from
1993 to 1997, at theDepartment
of Neurosurgeiy of Hospital de Caridadeand
HospitalGovernador
CelsoRamos.
Itwas
found40
cases ofmultiple intracranial
aneurysms (MIA),
representing an incidence of 14,8%.The commonest
presentationform
was
sudden
headache.The
mean
agefound,
was
about47
yearsand
therewas
apredominace
in females (77,5%).The
more
usual site ofaneurysms
was
midlle cerebral artery. In all patients, the surgical techniqueemployed
was
aneurysmal clipping.We
can conclude, basedupon
our findings, thatMIA
is still a diagnosticand
therapeuticproblem
of themodem
neurosurgery.The
results of this review arecompared
with the literature, as well as the actual diagnosticand
therapeutic methods.Cópia
do
protocolo de pesquisa utilizadona
elaboraçãodo
atual trabalhoAneurismas
Múltiplos - Protocolo de InvestigaçãoIdentificação:
Reg.:
Idade: Est.Civil: Profissão:
Endereço: Fone:
Natural:
Data
daHSA:
Proc.: Característica Clínica: Cefaléia
U
Crise convulsiva
U
Perda da consciênciaE
Outros:Grau
deHunt
&
Hess na
admissão:Achados
CT
inicial:Data
Achados
Angiográficos:Data
CirurgiaAneurismas
ClipadosEvolução
pós-op.: Cirurgia Adicional: Resultado:Angiografia
Controle:HSA
DifusaU
Hemocisterna
El HidrocefaliaHrc
U
ÍAri. Intracavemoso I] An.
ACM
An. Paraclinóide
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