UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO
SÓCIO
ECONOMICO
CURSO DE
BACHARELADO
EM
CIENCIAS
CONTÁBEIS
TRABALHO
DE
CONCLUSÃO
DE
CURSO
A
LEI
DE
LICITAÇÕES
COMO
FORMA
DE
AMPLIAÇÃO
DO
MERCADO
DE
TRABALHO
DO
CONTADOR
SAMUEL
WESLEY
ELIAS
FLORIANÓPOLIS
2000
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO
SÓCIO
ECONOMICO
CURSO DE
DACIIARELADO
EM
CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
A
LEI
DE
LICITAÇÕES
COMO
FORMA
DE
AMPLIAÇÃO
DO
MERCADO
DE
TRABALHO
DO CONTADOR
Trabalho de Conclusão de
Curso
submetido ao
Departamento
de
CiênciasContábeis,
do Centro
SócioEconômico,
da
Universidade
Federalde Santa
Catarina,como
requisito parcialpara obtenção
do
grau de
bacharelem
Ciências Contábeis.Acaaêmicoz
SAMUEL WESLEY
ELIAS
Orienúaúorz
PROF°
MESTRE
FLÁVIO
DA CRUZ
FLORIANÓPOLIS
lll
A
LEI
DE
LICITAÇÕES
coMo
FORMA
DE
AMPLIAÇÃO
DO
MERCADO
DE
TRABALHO
DO
CONTADOR
AUTOR:
SAMUEL WESLEY
ELIAS
Esta monografia foi apresentada
como
trabalho de conclusão de curso de CiênciasContábeis da Universidade Federal de Santa Catarina, obtendo a nota
média
deatribuída pela banca constituída pelos professores abaixo nominada.
Florianópolis, 5 de
dezembro
de 2000.PROF”
MARIA
DENIÂE
HE~ASAGRANDE
Coordenadora
de
Monografia do
CCN
Professores que
compuseram
a banca: .~`
cw/
Pre . of° Mestre Flávio da
Cruz
ff
~ i\.
É
.MM-Êšzroz
Prof
Mäf›X%«1mzzz.¢_J_t_11z~o dísr/1»;a\
pO O
“É
economia
mal
orientada
dispensar
um
bom
serviço
de
contabilidade.
Se
é
verdade
que,
à
primeira
vista,parece
improdutiva
a
defesa
da
integridade patrimonial,
a
maior
eficiência
na
arrecadações
e
a
regularidade
na
despesa
compensam
fartamente a
despesa
com
o
pessoal
de
contabilidade,
além
dos
efeitosmorais, às
vezes,
moralizadores,
que
esse
fator
de
ordem
administrativa
produz.”
V
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço ao
meu'Deus,
que é doador emantenedor
daminha
vida, socorro
bem
presente nasminhas
tribulações e angústias, e que esteve aomeu
lado portodo 0
caminho
até aqui percorrido.A
minha
mãe, peloempenho
na
minha
educação e pela dedicação para omeu
sustento, incentivadora nos
momentos
difíceis, por ser ela omotivo
deminha
existência,corajosa, valente, forte
-
MÃE.
'A
minha
amada
esposa, pelo incentivo contínuo,que
me
fez acreditarque nada
éimpossível
quando
acreditamos na nossa capacidade .eempenho,
e porme
dar aquiloque
ninguém mais
poderia fazê-lo-
oamor
deuma
grandemulher
e deuma
maravilhosa esposa.Aos
professores que contribuíram para omeu
desenvolvimento e aprendizadoacadêmico.
Em
especial ao Mestre Flávio daCruz
pela prontidão, paciência, confiança,incentivo e dedicação, estando pronto a receber-me
em
muitas ocasiões.Aos meus
colegas de trabalho, pela capacidade decompreensão
e pela paciência.Aos
meu
colegas de tunna, pela convivênciaharmônica
durante a jornadaacadêmica e pela amizade e
companheirismo
demonstrados._ Enfim, agradeço a todos aqueles que direta
ou
indiretamente contribuíram paraque este trabalho fosse realizado.
Á
Tooosz
Morro
oBR1GADoz
CAPÍTULO
I 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5INTRODUÇÃO
... ..Tema
... ..Problema
... .. Metodologia ... _.CAPÍTULO
II 2.1 2.1.1 2.2 2.3 2.4 2.4.1 2.4.2 2.4.3Aspectos
Geraisde
LicitaçõesA
LEI
DAS
LICITAÇÕES
E
CONTRATOS
ADMINISTRATIVOS
... ..... ..
O8
... ..
09
... _. 10 ... .. 11
Conceito de licitação ... ..
QUEM
ESTÁ
OBRIGADO
A
LICITAR
... ..MODALIDADES DE
LICITAÇÃO
... ..Funções do
edital ... .. 2.4.3.2 Texto ... .. 2.5 2.5.1 2.5.2 2.5.3 2.5.4 2.6 2.7 2.8 2.9 2.9.1 2.9.2JULGAMENTO
DA
LICITAÇÃO
... .. Licitação demelhor
técnica ... .. Licitação de técnica e preço ... .. Licitação de maior lanceou
oferta ... ..ADJUDICAÇÃO
... ..DISPENSA E
INEXIGIBILIDADE
DE
LICITAÇÃO
HABILITAÇÃO
... .. Habilitação jurídica ... .. . . . - . . z . . . -N z . . . ‹ z - . . . .u » ¢ ¢ - . . . - . z . » . . . .. ¢ z . . . - . ¢ . . . . ..O PROCEDIMENTO
LICITATÓRIO
... .. Edital ... ..12
... ..12
Partesdo
edital ... .. 13 2.4.3.1Preâmbulo
... .. . ‹ ¢ » . . z . . . - . -H 2.4.3.3Fecho
... ... .. ... ..14Licitação de
menor
preço ... .. 14... .. 15 ... .. 15 ... .. 15
HOMOLOGAÇÃO
... .. 15 ... .. 16 ... .. 16 ... _. 17 ... .. 18 Regularidade fiscal ... .. . z . . - - . - ¢ z . z . . . . .U . ‹ ‹ z ¢ z . « . . . › ¢ z. z . . . ‹ - ¢ . « . z . « . .u . . - ¢ ‹ ¢ - . - . . . . » . » . -. ... ..01
... ..02
... _.02
Objetivos ... ..03
... ..04
... .. 13 ... .. 13 1306
19V11
2.9.3 Qualificação técnica ... .. 19
2.9.4
A
capacitação econômico-financeira ... .. 192.9.5 Registro
no
SICAF -
Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores ... ..20
2.10
A
RELAÇÃO ENTRE
CUSTOS
E LICITAÇÕES
... ..21
CAPÍTULO
IIIA
Efetividadedo
Controlede Custos
no
Auxílioao
Processo Licitatório 3.1EFETIVIDADE
... ..233.2
CONTROLE
... ..25
3.2.1
A
apuração dos custos e as licitações ... ..26
3.2.2 Custos e a
tomada
de decisões ... ..28
CAPÍTULO
Iv
A
Expansão
de
Tarefaspara
osContadores
frenteà
Lei 8.666/93 4.1O
MERCADO
DE
TRABALHO
DO CONTADOR
MODERNO
... ..30
4.2
A
CAPACIDADE
DO
PROFISSIONAL
CONTÁBIL
... ..32
4.3
O
CONTADOR
E
A
LEI
8.666/93 ... ..33
4.4
A
ANÁLISE
DAS
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
AUXILIANDO
NA
TOMADA
DE
DECISÕES
... ... ..3ó 4.4.1O
governocomo
usuário das informações financeiras ... ..38
4.4.2 Indicadores financeiros gerados pela analise econômico-financeira das empresas...
39
coNsII)ERAçõEs
FINAIS
... ..40
1.1
1NTRoDUçÃo
As
perspectivas de atuaçãodo
contadorno mercado
de trabalho estão se diversificando cada vez mais;- talvez pela influência da globalizaçãoou
pelo fato de algunsprofissionais estarem investindo
mais
em
pesquisas.Uma
das conseqüências, destadiversificação, é o interesse
em
outras áreas quenão
eram
consideradas atrativas.Uma
das áreasque
pode
ser explorada pelo profissional de contabilidade é aque está relacionada as licitações, independentemente de sua área de atuação.
No
caso de atuarem
empresas privadas, o contadorcomo
responsável pelasua contabilidade, pode,
além
de ser o profissional que preserva a escrituração contábilem
dia, observa as datas do
pagamento
das obrigações tributárias e sociais, emantém
adocumentação
destaempresa
organizada,além
de possuir conhecimentos da Lei 8.666/93,sancionada
em
21 de junho de 1993,denominada
de Lei das Licitações e ContratosAdministrativos, utilize tal lei
como
instrumento para que as empresastomem
conhecimento de
como
possam
estar aptas a participarem de processos licitatórios.Se
porventura o contador atuaem
empresas públicas, oconhecimento da
leidas licitações torna-se
além
de interessante, necessário, pois certamente estará atuandona
área financeira de
um
determinado órgão público.Preço, competitividade, licitação e a lei que a regulamenta,
não deveriam
ser assuntos desconhecidos para os profissionais de contabilidade, principalmente para2
A
Constituição da Republica Federativado
Brasil de 1988,em
seu artigo37, determina que haja competitividade nas
compras
efetuadas pelos órgãos públicos ena
regulamentação desta
ordem
constitucional,menciona que
se devecomprar
pelomenor
preço
com
amelhor
qualidade. í1.2
Tema
Vivemos
em
um
paísonde
é muitocomum
ocorrerem variações, sejam elaspolíticas, econômicas, sociais
ou
culturais. Diante destas variações, o exercício da funçãocontábil, requer
um
acompanhamento
diário dessasmudanças,
atualização eadequação
aum
mercado
de trabalho diferenciado,onde
ocorreum
esforço para atendê-lo cadavez
melhor.
Diante destes aspectos, o
tema
desta monografia é: a lei de licitaçõescomo
forma
de ampliaçãodo mercado
de trabalhodo
contador.1.3
Problema
‹
A
profissãodo
contador,tomou-se
com
o
passar dostempos
sem
importância para alguns e
extremamente
importante para outros.Os
que
ajulgam
sem
importância são aqueles quevêem
no
contador,um
profissional responsável pelamedição
numérica da
empresa
e pela elaboração de demonstrações contábeis~
o guarda livros.Mas
há os que corretamente, o consideram
extremamente
importante e capacitado paraparticipar
no
gerenciamento da empresa, contribuindo para torná-la competitivano
Portanto, para o contador que
venha
a atuarna
área pública, o estudo da leide licitações é
no
mínimo
indispensável, pois ao atuar nos setores orçamentários,financeiros
ou
administrativos, fatalmente deverá possuir os conhecimentos necessáriossobre os aspectos que
envolvem
tal legislação e a influência damesma
sobre os custos.Se
porventura o contador atuarna
iniciativa privada, através do estudoda
leidas licitações, e conseqüentemente, sabedor das exigências
que
são feitas por tal lei paraque a sua
empresa
participe de processos licitatórios, poderá torná-la apta para participar,tanto
do
ponto de vista legal quantodo
ponto de vista econômico.Por conseguinte a pergunta
da
pesquisa é:como
os contadores, ao utilizarem a lei de licitações, através de seu estudo aprofundado,podem
ampliar seumercado
detrabalho, sejam eles atuantes na área pública
ou
privada?1.4 objetivos
O
objetivo geral deste estudo consisteem
conhecer a lei de licitações econtratos administrativos,
como
fonna
de diversificaçãodo
campo
de atuaçãodo
contadorno
mercado
de trabalho.No
que diz respeito aos objetivos específicos pretende-se o seguinte:a) apresentar sucintamente a lei de licitações nos seus aspectos relativos a
compras, contratações,
compra
direta, dispensa de licitação einexigibilidade de licitação, relacionando-a
com
aspectosda
contabilidade de custos;
b) verificar a efetividade
do
controle de custosno
auxílio ao processolicitatório para as empresas;
c) detenninar
como, quando
e porque a lei de licitações poder vir a seruma
nova
perspectiva de atuaçãono
mercado
de trabalho para os contadores,4
1.5 Metodologia
O
serhumano
desenvolveu ao longo de sua existência diversas maneirasde
produzir e reproduzir o conhecimento.
Uma
dessas diversas maneiras deprodução do
conhecimento denomina-se pesquisa.
Segundo
SALVADOR
(1980: 10):[...] a pesquisa
pode
serconsiderada
como
forma
de
aprendizagem
cultural ecomo
forma
de
produção
cultural.
A
primeira
pode
serchamada
de
pesquisadidática, e a
segunda
é a pesquisa científica.A
presente pesquisa, portanto, trará tanto ao pesquisadorcomo também
aqueles
que
tiverem o interesse na área a ser explorada,um
aprendizado a mais,bem
como
a obtenção de respostas a perguntas, talvez até antes fonnuladas,
porém
aindanão
respondidas de maneira convincente, através da pesquisa didática e da pesquisa científica.
FACHIN
(1993: 102), ainda afirma o seguinte:[...]
a
pesquisa bibliográfica diz respeitoao conjunto de
conhecimentos
humanos
reunidosnas
obras.Tem
como
base
fundamental conduzir
o Leitor adeterminado
assunto e a
produção,
coleção,armazenamento,
reprodução,
utilização ecomunicação
das informações
coletadas
para
odesempenho da
pesquisa.Portanto, a pesquisa de
um
modo
geral,conduz
aoconhecimento
dedeterminado assunto, coisas e verdades.
No
caso específico' da pesquisa científica,que
pode
ser feitaem
bibliografias, é divididaem
pesquisa descritiva, pesquisa experimental epesquisa exploratória.
As
pesquisas cientificastem
como
resultado os trabalhos científicosescritos.\"A
monografia
éum
trabalho cientifico escrito; éum
método
de apresentação deLAKATOS
(1983: 81) diz que:[...] o
método
monográfico
consisteno estudo de
determinados
indivíduos, profissões, condições,_ instituições,
grupos
ou
comunidades,
com
a finalidadede
obter generalizações.
Portanto, a presente pesquisa adotou as seguintes técnicas:
a) o levantamento bibliográfico,
com
a reunião de jornais, obrasespecializadas e outras pesquisas realizadas sobre 0 assunto; b) leitura e interpretação da bibliografia selecionada;
c) finalmente,
conforme
as normas, organizar e redigir a monografia,com
a apresentação de
um
trabalho escrito.CAPÍTULO
n
Aspectos
Geraisde
Licitações2.1
A
LEI
DAS
LICITAÇÕES E
CONTRATOS
ADMINISTRATIVOS
A
Lei 8.666, de 21 de junho de 1993, Lei das Licitações e ContratosAdministrativos, que é regulamentada
no
art. 37, incisoXXI,
da Constituição Federal,institui
nonnas
para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências:ressalvados os casos especificados
na
legislação, as obras,serviços,
compras
e alienações serão contratadosmediante
processode
licitação pública,que
assegureigualdade
de
condiçõesa
todos os concorrentes,com
cláusulas
que
estabeleçam obrigaçõesde
pagamento,
mantidas
as condições efetivasda
proposta,nos
termos
da
lei, o qual
somente
permitirá as exigênciasde
qualificaçãotécnica e
econômica
indispensáveis à garantiado
~
cumprimento
das obrigações.A
licitaçãotem
a função de garantir a observânciado
princípio da isonomiae de selecionar a proposta que seja mais vantajosa para a Administração e obedecerá os
princípios básicos da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade,
Esta lei estabelece
normas
gerais sobre licitações e contratos administrativospertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações
no
âmbito dos Poderes da União, dos Estados,
do
Distrito Federal e dos Municípios.A
licitação éuma
regra,porém
é admitido pela lei, contratações e/oucompras
diretas,ou
seja, na contratação direta é obrigatório seguirum
procedimentoespecial, observando os princípios da licitação, para que se obtenha o resultado
mais
vantajoso possível, que é a
compra
pelomenor
preço,sem
no
entanto abrirmão
daqualidade.
Dispensa e inexigibilidade de licitação são conceitos diferentes.
Na
inexigibilidade, a licitação é impossível porque
não
há viabilidade de competição.Na
dispensa, a competição é viável,
mas
a lei dizque
é inconveniente.No
que
diz respeito ainexigibilidade, tem-se apenas alguns exemplos, por sua vez, a dispensa encontra diversos.
A
abordagem
sobre a matéria “licitações”,em
obras monográficasou
não,comentários a respeito de cada disposição legal, realizados por autores de grande
conhecimento jurídico,
demonstram
a importânciado
tema, que reclama estudos a cada diamais
aprofundados.Diversos congressos, seminários, cursos e encontros
têm
reunidoprofissionais do setor público e privado
que não
secansam
de discutir questões polêmicasde licitações e contratos, que estão a desafiar a curiosidade e o interesse de muitos
profissionais,
como
os contadores.As
licitações e contrataçõesocupam
lugar de destaqueno
dia a dia dasempresas públicas, não apenas por
conduzirem
ao estabelecimento de relações jurídicasessenciais para a gestão dos negócios públicos, que é sua função principal,
mas
porque
mostram
o esforço,ou
a simplesacomodação,
dos agentes estatais na direção dessesnegócios, de
modo
harmonioso,ou
não,com
base na legitimidade e daeconomicidade que
hoje
conformam
o dever debem
administrar. 'No
artigo 22,XXVII
daCF/88
é descrito o seguinte:“normas
geraisde
licitação e contratação,em
todas asmodalidades,
para
as administrações diretas, autárquicase fundacionais
da
União, Estados, DistritoFederal
eMunicípios,
obedecido
o dispostono
art, 37,XXI,
epara
as
empresas
públicas e sociedadesde
economia
mista,nos
8
Compete
privativamente àUnião
legislar sobrenormas
gerais de licitação econtratação,
em
todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autarquiase fundações da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Assim, a competência para legislar sobre licitação cabe às pessoas jurídicas
de direito público,
com
capacidade política: União, Estados, Municípios e Distrito Federal,cabendo à
União
editar asnormas
gerais sobre a matéria.2.1.1 Conceito de licitação
V
Muitos
são os autores que sededicam
ao estudo desse importante tema.Vamos
apresentar as definições que alguns deles dão a licitações.Hely Lopes
Meirelles (1995:247), afirma que a licitação éum
procedimentoadministrativo que a Administração Pública utiliza para selecionar a proposta
mais
vantajosa para o contrato de seu interesse. `
Segundo
Celso Antônio Bandeira deMello
(1992:205):Licitação é o
procedimento
administrativo peloqual
uma
pessoa
governamental pretendendo
alienar, adquirir,ou
locar bens, realizar
obras
ou
serviços,segundo
condiçõespor
ela estipuladas previamente,convoca
interessadopara
apresentaçãode
propostas, afim de
selecionar aque
se revele
mais
convenienteem
função de
parâmetros
preestabelecidos e divulgados.
Marçal Justen Filho (1991-5:18) assim define licitação:
Procedimento
administrativo formal, realizadosob
regime de
direito público, prévio auma
contratação, peloqual a
Administração
selecionacom quem
contratar edefine as condições
de
direito ede
fatoque
regularão essa relação jurídica futura.Ê
bastantecomum,
nas definições acima, aparecer expressõescomo
“procedimento administrativo” e “selecionar”,
ou
seja,segundo
os autores citados alicitação é
um
procedimento administrativoque tem
a finalidade de selecionar.Outro fator importante nas definições é 0 fato de
que
a administraçãoselecionará o que for
mais
“vantajoso” para ela, isto é, oque
formais
vantajoso para o“interesse público”.
O
Administrador Público, que équem
vai licitar,não pode
presumirque este
ou
aquele objeto émais
vantajoso para órgão,mas
teráque
seguir os preceitoslegais.
u
Licitação é portanto,
um
procedimento administrativo destinado a fazeruma
seleção, entre aqueles fornecedores que são qualificados, para apresentarem a proposta
que
seja mais vantajosa
do
ponto de vistaeconômico
e qualitativo para a AdministraçãoPública.
2.2
QUEM
ESTÁ
OBRIGADO
A
LICITAR
Inicialmente
cumpre
observar que aCF/88
tratou da licitação nos artigos 37,173 e 175.
O
art.37
reportou demodo
expresso à Administração Pública Direta, Indiretaou
Funcional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,do
Distrito Federal e dosMunicípios, os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e
da
publicidade.
O
incisoXXI
do mencionado
art.37
traz consignado o princípio da licitação.Portanto, estão obrigadas à licitação pública tanto as pessoas de direito
público de capacidade política, quanto as entidades de suas administrações indiretas
ou
fundacionais (autarquias, empresas públicas, sociedades deeconomia
mista e fundaçõesgovernamentais).
O
Decreto-Lei n° 2.300, de 21 denovembro
de 1986, que dispõe sobrelicitações e contratos da Administração Federal,
em
seu art. 19, diz que as concorrências etomadas de preços,
embora
realizadasno
local da repartição interessada, deverão ser10
2.3
MODALIDADES DE
LICITAÇÃO
O
art.22
da Lei 8.666/93 relaciona as modalidades de licitação:I
-
concorrência; V II-
tomada
de
preços III-
convite;IV -
concurso;V
-
Leilão.Nos
parágrafos subseqüentes é explicitado cadauma
das modalidades:“§1° Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que,
na
faseinicial de habilitação,
comprovem
possuir os requisitosmínimos
no
edital paraexecução
de seu objeto. .
§2°
Tomada
de preços á a modalidade de licitação entre interessadosdevidamente
cadastrados
ou
que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até' oterceiro dia anterior à data
do
recebimento das propostas, observada a necessáriaqualificação.
§3° Convite é a modalidade de licitação entre interessados
do
ramo
pertinente ao seuobjeto, cadastrados
ou
não, escolhidos e convidadosem
número
mínimo
de 3 (três) pelaunidade administrativa , a qual fixará,
em
local apropriado, cópia do instrumentoconvocatório e o estenderá aos demais cadastrados
na
correspondente especialidadeque
manifestem seu interesse
com
antecedênciamínima
de até24
(vinte e quatro) horas daapresentação das propostas.
_
§4°
Concurso
é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a escolha detrabalho técnico, científico
ou
artístico, mediante a instituição de prêmiosou remuneração
aos vencedores,
confonne
critérios constantes de edital publicadona
imprensa oficialcom
antecedênciamínima
de45
(quarenta e cinco) dias.§5° Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a
venda
de bensmóveis
inservíveis para a Administração o de produtos legalmente apreendidosou
penhorados, a
quem
oferecer o maior lance, igualou
superior ao da avaliação.”As
modalidades descritas nos três primeiros parágrafos são semelhantes edetenninadas através do valor estimado da contratação, diferenciando-se as obras e
wzêš* âxm W fã. '*'Y¡'¡ wa *^2:^N*"Y'› we‹¡,9¡,"”%¿` *fiãšf -v-5%»-ev *üzzaia 1%* WW “W wzíärf ~: awä* aaw Q* W" °š$‹zz
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Até
R$
150.000,00Até
R$
80.000,00Tomada
de PreçosAté
R$
1.500.000,00Até
R$
650.000,00 ~Concorrência
Acima
deR$
1.500.000,00Acima
deR$
650.000,00 _2.4
o PRocED1MENTo
L1c1TATÓR1o
-
Segundo
oart. 31 da Lei 8.666/93, o procedimento da licitação será iniciado
com
a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado enumerado,
contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e
do
recurso própriopara a despesa e ao qual serão anexados: - ` - _ -. _ '
_ a) edital
ou
convitee respectivos anexos,quando
for 0 caso; .b)
comprovante
das publicaçõesdo
edital resumido, dacomunicação
*àsentidades de classe
ou
da entregado convite;A V
c) original das propostas e dos
documentos
que as instmíreni;d) atas, relatórios e deliberações da
Comissão
Julgadora;i
e) pareceres técnicos
ou
jurídicos emitidos sobre a licitação; Ar
f) recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e .respectivas
manifestações e decisões; ' '
_
g) despacho de anulação
ou
de revogação da licitação,quando
for o caso;h) termo de contrato
ou
instrumento equivalente,conforme
o caso; -.i) demais
documentos
referentes à licitação.'
12
2.4.1 Edital
O
edital é o instrumento atravésdo
qual a administração leva aoconhecimento público a abertura de licitação,
convocando
os interessados paraapresentarem suas propostas.
Segundo
Mello (ob. Cit. pg. 415):Edital é 0 ato
por
cujomeio
a administração
faz públicoseu propósito
de
licitarum
objetodeterminado,
estabeleceos requisitos exigidos
dos proponentes
e das propostas,regula os
termos
segundo
os quais os avaliará, efixa
cláusulas
do
eventual contrato a ser travado.2.4.2
Funções do
editalAs
principais funçõesdo
edital são:a) 'dar publicidade à licitação;
b) identificar o objeto licitado e delimitar o universo das propostas;
c) circunscrever o universo dos proponentes;
d) estabelecer os critérios para análise e avaliação dos proponentes e das
propostas;
e) regular atos e tennos processuais
do
procedimento;f) fixar cláusulas
do
futuro contrato.A
divulgaçãodo
edital se realiza de formas diferentes.Pode
ser publicadona íntegra
ou
em
resumo,do
qualconstem
a indicação sucintado
objeto licitado,identificação da entidade
ou
órgãopromotor do
certame, local e horárioem
que
se poderáobter seu texto completo.
Deverá
ser publicado na imprensa oficial e,dependendo
da2.4.3 Partes
do
editalO
edital écomposto
de partes seqüenciais, divididasem
preâmbulo, texto e fecho.2.4.3.1
Preâmbulo
O
preâmbulo
é a parte introdutóriado
edital. Apresenta a licitação,identifica o órgão que a realiza,
contém
onúmero
do
edital, a finalidadeda
licitação,identifica ainda o processo
em
que foi autorizada, indica a legislaçãoque
a rege, o local, odia e a hora para o recebimento dos envelopes.
2.4.3.2 Texto
O
texto é o corpo e a parte fundamentaldo
edital.O
texto define o objeto dalicitação, estabelece as condições de participação, os critérios de julgamento das propostas.
2.4.3.3
Fecho
Como
o próprionome
sugere, fecho é o encerramentodo
edital,com
asdeterminações finais sobre sua divulgação, data e assinatura da autoridade responsável pela
14
2.5
JULGAMENTO
DA
LICITAÇAO
O
julgamento é a faseem
que a administração analisa a habilitação,ou
qualificação dos licitantes,
examinando
sua documentação, habilitando-osou não
paraparticipação
no
certame.Mello (ob. cit. pag. 268) afinna:
A
habilitação,por
vezesdenominada
qualificação, é a fasedo
procedimento
em
que
se analisa a aptidãodos
licitantes.
Endente-se
por
aptidãoa
qualificaçãoindispensável
para
que
sua proposta
possa ser objetode
consideração.
Examina-se
nesta fase a habilitação jurídica, a qualificação técnica, aqualificação econômico-financeira e a regularidade fiscal
do
participante.Outra fase
do
julgamento é a classificação,que
vem
a ser o ato pelo qual aspropostas são ordenadas
em
função das vantagensque
oferecem,na
conformidade doscritérios de avaliação estabelecidos.
Por outro lado, serão desclassificadas as propostas que
não
estiveremem
confonnidade
com
os tennosdo
edital,ou
que apresentem valor global superior ao limiteestabelecido
ou
com
preços manifestamente inexeqüíveis.A
proposta é inexeqüívelquando
os preços são excessivamente baixos, osprazos de entrega são impraticáveis, existe inviabilidade técnica da oferta e outros fatores
que inviabilizem a execução
do
objeto da licitação. _2.5.1 Licitação de
menor
preçoLicitação de
menor
preço é amais
comum.
O
critério demenor
preço é,sem
dúvida, o mais objetivo.
É comum
quando
a administração contrata obras simples, de2.5.2 Licitação de
melhor
técnicaEsse critério evidencia a qualidade
do bem,
obraou
serviçoconforme
anecessidade administrativa a ser preenchida.
O
que a administração pretende é a obra, oserviço, o material mais eficiente,
mais
durável,mais adequado
aos objetivos aserem
atingidos.
2.5.3 Licitação de técnica e preço
Neste tipo,
combinam-se
os dois fatores: técnica e preço.Nesse
critério atécnica e preço
podem
ser avaliados separadamente, demodo
que, após selecionar aspropostas que vierem a alcançar certo índice de qualidade
ou
de técnica, o preço será ofator de decisão. Pode-se, ainda atribuir pesos, isto é, ponderação aos resultados da parte
técnica e ponderação ao preço, que serão considerados
em
conjunto.2.5.4 Licitação de maior lance
ou
ofertaUtilizado nos casos de alienação de bens
ou
concessão de direito real deuso
(art.
45
§ 1° da lei 8.666/93).2.6
HoMoLoGAçÁo
A
homologação
é o ato de controle atravésdo
qual a autoridade superiorcontinua o julgamento das propostas.
É
o ato pelo qual a autoridade competente,que
não à comissão, depoisque
examina
todos os atos pertinentesdo
desenvolvimentodo
certame licitatório, emite parecer16
2.7
ADJUDICAÇÃO
É
o ato pelo qual a administraçãoconvoca
o vencedor da licitação paraefetivação
do
contratoem
funçãodo
qual se realizou o certame,ou
seja, é atribuído aovencedor o objeto licitado para sua posterior efetivação
no
contrato.2.8
DISPENSA
E
INEXIGIBILIDADE
DE
LICITAÇÃO
As
hipóteses de dispensa de licitação, descritasno
art.24
da lei 8.666/93, deterrninam que a administraçãosomente
poderá dispensar-se de realizar a competição se ocorreruma
daquelas situações.O
elenco de situaçõesem
que a licitação é dispensável apresenta-secomo
acaracterística de reservar à administração discricionaridade para decidir,
em
face dascircunstâncias
do
caso concreto, se dispensaou não
o certame.Mesmo
se existir hipóteseem
que _a dispensa é autorizada, a administraçãopode
preferir proceder à licitação, se talprocedimento atender o interesse público.
A
licitação é inexigívelquando
houver inviabilidade de competição,em
especial:
a) para aquisição de materiais, equipamentos,
ou
gêneros que sópossam
ser fornecidos por produtor,
empresa ou
representante comercialexclusivo;
b) para contratação de serviços técnicos, de natureza singular,
com
profissionais de notória especialização; Z
c) para a contratação de profissional de qualquer setor artístico,
diretamente
ou
através de empresário exclusivo.Conforme
o art. 25 da lei 8.666/93, é inexigível a licitaçãoquando houver
a) para a aquisição de materiais, equipamentos
ou
gênerosque somente
possam
ser fornecidos por produtor,empresa ou
representante comercialexclusivo;
_
b) para a aquisição de materiais, equipamentos
ou
gêneros sujeitos àpadronização
ou
uniformidade, por órgão oficialou
medianterepresentação de categoria profissional,
quando não
for possívelestabelecer critério objetivo para o julgamento das propostas;
c) para a contratação,
com
profissionaisou
firmas de notória especialização;d)
quando
a operação envolver exclusivamente pessoas jurídicas de direitopúblico intemo,
ou
entidades paraestataisou
ainda, aquelas sujeitas aoseu controle majoritário, exceto se houver empresas privadas
que
possam
prestarou
fornecer osmesmos
bensou
serviços, hipóteseem
que todas ficarão sujeitas à licitação.
2.9
HABILITAÇÃO
Para que
uma
empresa
esteja apta a participar deuma
licitaçãonão
bastaapenas à vontade de seu gestor, é preciso satisfazer
algumas
exigências legais.Os
interessadosem
participar deum
certame licitatóriodevem
apresentardocumentos
referente à habilitação jurídica, regularidade fiscal, qualificação técnica equalificação ecnonômico-financeira.
Dependendo
damodalidade
da licitação, estadocumentação
poderá ser exigida totalou
parcialmente.A
Lei 8.666/93 prevê nos incisosdo
artigo 27, para a habilitação naslicitações, a seguinte documentação:
I
-
habilitação jurídica;II
-
qualificação técnica; `III
-
qualificação econômico-financeira;18
2.9.1 Habilitação jurídica
A
empresa
apta a participar de licitações é aquelaque
existe juridicamente,isto é, está registrada e exerce suas funções jurídicas.
A
“documentação exigida paracomprovar
essa situação está contidano
art.28
da Lei 8.666/93:I
-
cédulade
identidade;II- registro comercial,
no
casode
empresa
individual; III-
ato constitutivo, estatutoou
contrato socialem
vigor,devidamente
registrado,em
se tratandode
sociedadescomerciais, e,
no
casode
sociedadepor
ações,acompanhado
de
documentos
de
eleiçãode
seusadministradores;
IV- inscrição
do
ato constitutivo,no
casode
sociedadescivis,
acompanhada
de prova de
diretoriaem
exercício;V-
decretode
autorização,em
se tratandode
empresa ou
sociedade estrangeira
em
funcionamento
no
País, e atode
registro
ou
autorizaçãopara funcionamento expedido
por
órgão
competente,quando
a atividadeassim
o exigir. -2.9.2 Regularidade fiscal
A
empresa
que não deve para a Administração Pública estaria regular edessa maneira, habilitada a participar de licitação. Esta exigência seria
uma
forma
indiretade cobrar as empresas que estão
em
dividacom
o fisco eum
incentivo para aquelasque
mantém
seus impostosem
dia.'
O
art.29
relaciona osdocumentos
quecomprovam
a situação fiscal da empresa:I-
prova de
inscriçãono
Cadastro de
Pessoas Físicas(CPF)
ou no
Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica(CNPJ);
II-
prova de
inscriçãono
cadastrode
contribuintesestadual
ou
municipal, se houver, relativoao
domicílioou
sede
do
licitante, pertinenteao
seuramo
de
atividade eIII-
prova de
regularidadepara
com
a
Fazenda
Federal,Estadual
eMunicipal
do
domicílioou
sededo
licitante,ou
outra equivalente,
na
forma da
lei; .IV-
prova de
regularidade relativa àSeguridade
Social,demonstrando
situação regularno
cumprimento
dos
encargos
sociais instituídospor
lei.2.9.3 Qualificação técnica
Uma
empresa
é considerada tecnicamente qualificada para executar o objetoda licitação
quando
atende o objetivo da Administração contratanteem
relação àqualidade de seu produto
ou do
seu trabalho.A
Administração Pública exigeque
asempresas
comprovem
essa qualificaçãocom
a finalidade de diminuiro
risco deestabelecer contratos
com
aquelas quepossam
realizar serviçosou
fornecer produtos dequalidade duvidosa. _
Conforme
o artigo30
da Lei 8.666/93, adocumentação
relativa àqualificação técnica limitar-se-ã a:
2.9.4
A
capacitação econômico-financeiraA
empresa que
tem
capacidade econômico-financeira é aquelaque
tem
condições de satisfazer os encargos
econômicos
decorrentesdo
contrato. Tal situação éaferida pela
comprovação
da situação financeira da empresa.A
Administração Públicaexige a
comprovação
documental da situaçãoeconômica
daempresa
para quediminua
orisco de contratar aquelas
que
nãopossuam
recursos suficientes para a realização dos20
JESSE
TORRES
PEREIRA JUN1oR
assinala;Em
outras palavras:para
ofim de
considerar-se olicitante habilitado
ou
não
a passar
para
a fasedas
propostas,
a
mensuração
de sua
qualificaçãoeconômico-
financeira
não
se faráem
termos de
comparação
com
a
situação
dos
demais
competidores,mas,
tão-só,em
comparação
com
adimensão
das obrigaçõesque
deverá
cumprir,
caso celebre o contrato.O
art. 31 da Lei 8.666/93 dizque
adocumentação
relativa à qualificaçãoeconômico-financeira limitar-se-á: '
I
-
balanço
patrimonial edomonstrações
contábeisdo
último exercício social, já exigíveis e
apresentados
na
forma da
lei,que
comprovem
aboa
situação financeirada
empresa,
vedada
asua
substituiçãopor
balancetesou
balanços provisórios,
podendo
ser atualizadospor
índicesoficiais
quando
encerrados a mais de
trêsmeses
da
data
de
apresentaçãoda
proposta;II
-
certidão negativade
falênciaou
concordata expedida
pelo distribuidor
da
sededa
pessoa jurídica,ou
de
execução
patrimonial,expedida
no
domicílioda
'pessoafísica.
III
-
garantianas
mesmas
modalidades
e critériosprevistos
no
caput
e § 1°do
art.56
desta Lei, limitadaa
1%
(um
por
cento)do
valorestimado
dos objetoda
contratação. .
2.9.5 Registro
no
Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores -SICAF
A
Lei 8.666/93,em
seu art.34
dispõe sobre a necessidade de os órgãos e entidades da Administração Públicaque
realizam freqüentemente licitações,manterem
registros cadastrais para efeito de habilitação.
Esses dados previamente conhecidos ofereceriam
maior
segurança eevitariam surpresas
no
momento
da habilitação quanto à participação e conseqüenteO
registro de fornecedorno
SICAF
constitui-seno
registro cadastral oficialdo
Poder Executivo Federal etem
a finalidade de cadastrar e habilitar deforma
parcial,pessoas físicas
ou
jurídicasque
tenham
o interesseem
participar de licitações.2.10
A
RELAÇÃO
ENTRE
cusros
E LICITAÇÕES
Na
era da globalização, são muitas as discussões a respeito do conceito decustos e da utilização das suas ferramentas. Estas ferramentas,
pouco
exploradaspoderiam
ser usadas
em
segmentos deficientes de outras áreas (administrativa, financeira eeconômica) e ainda oferecer melhores subsídios para
uma
boa
administração.Um
destessegmentos, que
pode
ser atingido, é o setor público.A
exploração destecampo, pode
despertar, estudantes
ou
outros pesquisadores interessados, a busca de novas descobertasque conseqüentemente provocariam a transformação
do
meio,podendo
se refletirpositivamente
em
toda a sociedade.KLICIA
MARIA GUIMARÃES
em
seu artigona
Revista Brasileira deContabilidade de Abril de 2000, intitulado
“A
Evolução
da Contabilidade de Custos até aEra da Globalização, afinna:
Em
face das constantes crisesmundiais
que temos
vivenciado e
lançando
os olhos especialmente sobre oscampo
empresarial,onde
o reflexo dessa situação éinevitável, verificamos
que algumas empresas que
atingiram
um
elevadopadrão
de
desempenho passaram
por
váriasmudanças, que foram
fundamentais
para
a
transformação
do
seumodo
de
administrar.O
serhumano
tem
necessidadesque
devem
ser satisfeitas pelas coisas úteis,pelos bens e
como
estesnão
existem nas quantidades e qualidades correspondentes às exigências de todos, se tornameconômicos
e sua produçãosomente
se realizacom
dispêndio determinado de matéria, energia e tempo, e o seu"quantum",
expressoem
22
Os
custos,quando
associados aos resultados, definem otempo
de aplicaçãoe de retorno à rentabilidade de
um
empreendimento, pois que, a todo benefício se associaum
custo. 'Para que haja controle eficaz
do
empreendimento
devemos
acompanhar
rigorosamente o
andamento
dos objetivos da empresa, de seus custos, das diversasatividades que
envolvem
a vidaeconômica
da empresa.A
_ contabilidade de custosforma
parcela ponderável damoderna
contabilidade administrativa, gerencial
ou
analítica.A
idéia básica de custos, atualmente, é de que elesdevem
ser detenninados,tendo
em
vista o uso a que se destinem.A
diversidade de objetivos da contabilidade decustos torna difícil estabelecer
um
só tipo de custo da produção, que se adapte a todas as necessidades.Os
contadores, deum
modo
geral, são os responsáveis pela preservação davida das empresas, principalmente nos aspectos relacionados ao fisco e a prestação de
contas ao empresário, que
tem
como
objetivo primordial amaximização do
resultadoda
organização.
Obviamente
que para se obter lucro, é necessárioalgum
tipo de sacrifício.Nonnalmente,
as empresas incorrem, devido ao seu impulso natural de obtenção de lucros,em
despesas, que são diretamente confrontadascom
as receitas e,quando
estabelecidas àsdiferenças entre estas, chega-se ao tão almejado lucro.
Todo
o sacrifício que as entidades dispensam para a obtenção de lucrotem
influência direta
na formação
de seus preços, seja ela atuanteno
ramo
comercial, industrialou
de serviços. Este processo de formação de preços sofre constante impacto devido aomodo como
as empresasapuram
seus custos etambém,
principalmente,como agem
para aredução destes custos.
Se
a redução de custospode
influenciarna
redução de preços, qualquerempresa
que manterum
controle efetivo de seu sistema de custos,pode
tornar-secompetitiva e ter melhores resultados nos processos licitatórios dos quais fizer parte.
Sendo
assim, os contadorescomo
conhecedoresdo
processoque
envolvecustos e
também
do
modo como
reduzi-los,podem
atravésdo
estudo da lei das licitações,fazer
com
que suas empresas não somente estejam aptasdo
ponto de vista legal, aparticiparem de licitações,
como
também
serem
fortes concorrentesno
que tange a práticaA
Efetividadedo
Controlede Custos
no
Auxílioao
Processo Licitatório3. 1
EFETIVIDADE
O
governo e o gestor dos gastos públicostem
a responsabilidade demanter
a transparência dos seus atos estabelecendo parâmetros e
medidas
dedesempenho,
relacionados aos princípios constitucionais da eficiência, eficácia, efetividade e
economicidade, que
pennitem
obom
desempenho
da Administração Pública.Para
CRUZ
(1989:13):Os
bens
de
usocomum
do povo
constituem,destarte, o
patrimônio
do
domínio
público, sãode
uso
geral e indiscriminadodo
povo. Estesbens
não
sãodemonstrados
no
Balanço
Patrimonial,pois
em
princípionão
sedestinam a
servirà
administração pública,
mas
a coletividadeem
geral.
Para que haja o controle dos gastos públicos, sua divulgação e efetiva
prestação de contas ao povo, que
vem
a ser o verdadeirodono
da coisa pública, necessário24
conhecer os
mecanismos
e técnicas para que estas contas sejambem
demonstradas e oque
é mais importante, transparentes a ponto
que
os “donos” da coisa públicapossam
entender.Portanto, para que seja possível aferir a efetividade
do
processo de apuraçãodos custos e sua influência
na tomada
de decisãoquando
da participação daempresa
em
licitações e
também
analisar, sob a óticado
poder público,como
a licitaçãopode
influenciar os custos das empresas privadas, é preciso primeiramente, definirmos o
que
é efetividade.HOLANDA
(Novo
Dicionário Aurélio: pg. 500), define efetividadecomo
sendo a qualidade de
alguma
coisa que é efetiva,que
tem
atividade real e resultadoverdadeiro.
A
efetividade deum
serviço, sejano
âmbito públicoou
privado, se é real asua existência,
pode
definir sua qualidade,ou
seja, sua existênciaproduz
os resultadosesperados.
Segundo
BEUREN
(1998:13): “[...] épor
meio da
informaçãoque
osgestores
conseguem
identificar tanto as oportunidades quanto àsameaças
que o ambiente
oferece à empresa.”
É
preciso existiruma
relação entre as informações fornecidas e as reais necessidades dos gestores. Desta maneira, diante demomentos-de
tomada
de decisão,certames licitatórios,
ou
problemas administrativos, poderão ser escolhidas as melhoresalternativas.
BEUREN
(1998:30), ainda salienta que:Se a
contabilidadetem
como
uma
de
suasprincipais funções suprir
de informações
úteis os gestores,cabe
a ela gerarinformações
que
dêem
odevido suporte
ao
processode
tomada
de
decisõesem
todos os seus estágios:no
reconhecimento
do
problema,
na
identificaçãodas
alternativaspossíveis e
na
escolhada melhor
delas.A
efetividade deste processo,que
inclui o contadorcomo
o responsável pelageração de informações, a
empresa
e os custos a ela relacionados, diz respeito ao fato deque se
não
existirem dados confiáveis, os resultados pretendidos pela entidadenão
serãoatingidos. Efetivamente, é o contador que deve fornecer tais dados, que por sua vez são
capazes de proporcionar ao gestor da empresa, condições de
tomada
de decisões, tais3.2
CONTROLE
Ao
administrador dauma
empresa
cabe a tarefa de planejar, organizar,dirigir e controlar as atividades
do
pessoalque
está sob seucomando.
O
controle, certamente está relacionadocom
muitos aspectos da vida dosseres
humanos.
É
necessário a existência de controle psicológico, para controlaralguma
coisa que está sob a responsabilidade de alguém,
como
por exemplo,um
veículo, o lar, asfinanças, as empresas. Enfim, o controle parece ser a rédea
que conduz
e direcionadetenninadas coisas.
FAYOL
(1989:30) define controleda
seguinte maneira:O
controle consisteem
verificar setudo
correde
acordo
com
oprograma
adotado, asordens
dadas
e os princípios admitidos.
Tem
por
objetivoassinalar as faltas e os erros,
afim de
que
sepossa
repara-los e evitar
sua
repetição. Aplica-se atudo: às coisas, às pessoas, aos atos.
Portanto, o controle visa manter continuamente
uma
verificaçãoem
todos osaspectos
do
plano adotado,com
o objetivo de ajustar quaisquer desviosem
relação aospadrões., metas
programas
de ação preestabelecidosno
planejamento.Quanto
aoprograma
de ação, o controle
pode
serum
instrumento regulador de todas as suas fases, visando opleno
cumprimento
deste.O
controle pressupõe a existência de objetivos e de planos, poisnão
sepode
controlar
sem
planosque
definam o que é necessário ser realizado.A
maioria dasempresas
mantém, além
das especificações deordem
técnicaque regulam
suas atividadesoperacionais,
programas
quedescrevem
com
detalhes todas as rotinasque envolvem
ossetores administrativo,
econômico
e financeiro, identificandocom
clareza o início e ofim
de cada rotina.
O
controle é algo universal às atividadeshumanas.
O
homem
conscienteou
26
STONER
(1985 :401) diz que o processo de controle é:Um
esforço sistemáticode
se estabelecerpadrões
de
desempenho
com
objetivosde planejamento.
Projetar sistemas
de
“FEEDBACK”
de
informações,
comparar
odesempenho
efetivocom
estespadrões predeterminados, determinar
se existem desvios e
medir
sua importância
etomar
qualquer
medida
necessáriapara
garantirque
todos os recursos estejamsendo usados
da
maneira
mais
eficaz e eficiente possívelpara a
consecução dos
objetivosda
empresa.
Os
contadoresmedem
odesempenho
e esses dadosalimentam
ostomadores
de decisão, que
podem
comparar
o planejadocom
o realizado e decidir oque
fazer, sehouver
alguma
situação a ser corrigida.Em
outras palavras, isso é controlar.3.2.1
A
apuração dos custos e as licitaçõesSe
0 negócio deuma
empresa
é para valer, deve, é óbvio, haver obtenção delucros. Estes lucros servirão para pagar os investidores pelo uso de seus fundos
ou
parareinvestir na própria
empresa
para crescimento e expansão.É
necessário queum
certovolume
de vendas sejam realizadas para que se possa obter estes lucros.As
vendasdevem
ser precedidas pela produção e os muitos custos e despesas à ela relacionados.
É
precisocomprar
e consumir matérias-primas, suprimentos emão-de-obra
paraque
o processo deprodução seja realizado. Impostos e aluguéis terão de ser pagos.
MARTINS
(1995:24) define custoscomo: “Gasto
relativo àbem
ou
serviçoutilizado
na produção de
outros bensou
serviços.”Ainda
com
amesma
visão,SÁ
(1993:108) define custo da seguinte forma:Investimento
para
que
se consigaum
bem
de uso
ou
de venda;
omesmo
que
gasto, despesa,O
custo étambém
um
gasto, só que reconhecidocomo
tal, isto é,no
momento
da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação deum
produto
ou
prestação deum
serviço.Participando da
Comissão
de Licitaçõesdo
Ministério Públicodo
Estado deSanta Catarina observou-se
que no
momento
das aberturas dos envelopes quecontém
ashabilitações das empresas participantes de
um
determinado certame, muitas delastem
sidoinabilitadas por apresentarem
documentos
com
data de validade vencidas.Na
maioria dasvezes
quando ocorrem
tais situações, os representantes das empresas atribuem a culpadiretamente aos contadores pela ocorrência
do
fato, sendo bastante diretosem
seuscomentários
em
relação à capacidade profissional dos responsáveis pela contabilidade desuas empresas. -
Devido
a estas situações, verificou-se que, infelizmente, alguns contadores,ou
por esquecimento, falta de capacidade e/ou conhecimentoou
atémesmo
pelo fatodo
empresário não lhes permitir, não
conseguem
habilitar suas empresasno
que diz respeitoaos
documentos
a serem apresentadosem
um
certame licitatório.E
a perguntaque
surge,em
função desteproblema
é:como
poderão ter influenciano
processo deformação
dospreços praticados por estas empresas?
E
É
bem
verdade que os empresários, principalmente aqueles que são diretoresde pequenas empresas,
vêem
o contadorcomo
o responsávelsomente
pela satisfação dasexigências
do
fisco e nada mais. Esta situação existe, talvez pelopouco
valorque
os empresários' dão a opinião e ao trabalho do contadorou
talvez pela própria posturado
profissional de contabilidade frente aos problemas da
empresa
que esta sob suaresponsabilidade.
MARION
(1991:30) confirma o que foi dito acima:A
função
básicado
contador
éproduzir
informações úteis aos usuários
da
contabilidadepara a
tomada
de
decisões. Ressalta-se,entretanto, que,
em
nosso país,em
algunssegmentos
da
nossaeconomia,
principalmentena
pequena
empresa, a função do contador
foidistorcida (infelizmente), estando voltada
exclusivamente
para
satisfazer às exigênciasdo
28
3.2.2 Custos para a
tomada
de decisõesUma
entidade paraque
possa produzir bens e/ou serviços,com
certezanecessita despender esforços para tal. Esses esforços são
denominados
de custos.Deve-se ressaltar
que
o objetivo principal da contabilidade é fornecerinformações
econômicas
e financeiras relevantes para cada grupo de usuários, internosou
externos, possibilitando, dessa maneira, a
tomada
de decisões precisas.O
custeio proporciona dados valiosos para atomada
de decisões de curtoalcance. Neste tipo de decisões, os custos
do
períodonão
são relevantes.O
custeio diretoevita o uso de taxas de custos gerais, que
tendem
a criar impressões de exatidão,que
geralmente
não
são justificadas.As
atribuições de custos e as taxas de custos geraisbaseiam-se
em
julgamentos que raramente são suficientementefundamentados
para asdecisões.
Não
sepode
admitirque
os custos gerais se apliquemuniformemente
a todos osprodutos
ou
linhas de produção. _Portanto, os dados
econômicos
e financeirosdevem
ser gerados peloprofissional contábil, que ao avaliar o processo de criação de bens
ou
serviços de suasempresas, possa influenciar na
formação
dos preços devenda
através da apuração econtrole dos custos relativos a este processo. Assim, a
empresa
estará apta nãosomente
aparticipar de
um
certame licitatório,mas
também
estará apta a vence-lo.Em
determinadas ocasiões da vida das empresas, deum
modo
geral, elaspodem
sofrer ameaças,quando
aqueda
vertiginosa dos seus resultados. Isso leva taisempresas a buscar
um
enxugamento
rápido e significativo dos seus custos.Se
essa decisãofor implantada
sem
uma
visão integraldo
ambiente interno e externo dessas empresas, elapode
afetar deum
modo
bastante negativo as suas bases de produção de valor e a suaposição competitiva.
H
Se
o objetivo primordial de qualquerempresa
é a obtenção de lucro,porque
devem
os contadores continuarsomente
auferindo sua existência evolume? Porque não
A
empresa que
participa de licitações e nãotem
conhecimentodo mercado,
da situaçãoeconômica
vigente, da leique
regeo
procedimento licitatório,não
tem
um
controle de custos eficiente, está fadada ao insucesso. Para que isto não ocorra, é