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V BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO indd 1

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Academic year: 2021

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V BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

DO HOSPITAL DO SUBÚRBIO

Salvador/BA

2018

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2

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V Boletim Epidemiológico do Hospital do Subúrbio, 2018. Cyntia Maria Lins Sant’Ana de Lima (Organizadora) Salvador/BA, 2018.

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3

HOSPITAL DO SUBÚRBIO

Gestão por meio de Parceria Público Privada (PPP)

PODER CONCEDENTE: GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Governador: Ruy Costa dos Santos

Secretário de Saúde: Fábio Vilas-Boas Pinto Sub Secretário de Saúde: Adil José Duarte Filho Superintendente da SAIS: Jassicon Queiroz dos Santos

Superintendente da Regulação: Ana Paula Dias de Santana Andrade Assessor Técnico da SAIS: Guy Padilha Luz Filho

Agência de Fomento do Estado da Bahia S/A - Desenbahia Diretor Presidente: Otto Roberto Mendonça de Alencar Filho

Interveniente Anuente: Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia Secretário da Fazenda: Manoel Vitório da Silva Filho

Secretário Executivo de PPPs: Rogério de Faria Princhak Agente de Pagamento: Banco do Brasil S/A

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5

HOSPITAL DO SUBÚRBIO

Concessão administrativa para gestão e operação

Concessionária: Prodal Saúde S/A

Diretor Presidente: Jorge Antonio Duarte Oliveira Diretora Geral: Lícia Maria Cavalcanti Silva

Diretor Técnico: Jorge Marcelo da Cruz Oliveira Motta Gerente de Práticas Assistenciais: Humberto Torreão Herrera Gerente de Segurança do Paciente: Vilma Ramos Silva Cavalcante Coordenadora do Comitê de Risco: Cyntia Maria Lins Sant’Ana de Lima Coordenador de Ensino e Pesquisa: André Gusmão Cunha

Assessoria de Pessoas: Simone Wendling Vargas

Tecnologia e Informação: José Carlos Couto Souza Júnior Assistente de Diretoria: Lucimeire Batista de Souza

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7

COLABORADORES

André Gusmão Cunha

Coordenador de Ensino e Pesquisa

André Luis de Carvalho Soledade

Coordenador Médico da Linha Pediátrica

Cyntia Maria Lins Sant’Ana de Lima

Coordenadora Médica da Terapia Intensiva Adulto Comissão de Revisão e Análise de Óbitos

Deise Graciele Pereira Santana

Serviço de Nutrição Clínica

Edleide de Almeida Xavier

Sanitarista do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia

Eraldo Salustiano de Moura

Coordenador Médico da Linha Cirúrgica

Humberto Torreão Herrera

Coordenador Médico da Linha Clínica

Jeane Xavier dos Santos Farias

Coordenadora do Serviço de Fisioterapia

Niara da Silva Menezes Arapiraca

Enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH)

Renata Silva Gomes

Coordenadora do Serviço de Fonoaudiologia

Rodrigo Paixão de Souza

Analista de Tecnologia da Informação

Rogério Luis Palmeira da Silva

Coordenador Médico da Emergência

Simone dos Santos Alencar

Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos, Tecidos e Transplantes (CIHDOTT)

Tatiane Alves de Oliveira

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9

A todo o corpo técnico e colaboradores, pelo empenho

e compromisso com a ética no cuidar.

E aos pacientes, centro de nossa atenção e dedicação,

pelos quais nos aprimoramos a cada dia.

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APRESENTAÇÃO

No estágio atual dos nossos conhecimentos, o conceito de qualidade geralmente denota um extenso elenco de características desejáveis de produtos, procedimentos e serviços, que devem ser avaliados considerando suas diversas dimensões, destacando-se a eficácia, efetividade e eficiência. Assim, desde a sua implantação, fundamentada na epidemiologia, na ética e humanização, a equipe do Hospital do Subúrbio dedica-se na busca da qualidade assistencial, promovendo uma assistência individualizada, planejada e efetiva, com respeito às necessidades e valores dos pacientes.

Neste caminho, em setembro de 2016, o hospital conquistou o certificado de Acreditado com

Excelência, conferido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), após avaliação do Instituto

Qualisa de Gestão (IQG - Health Services Accreditation). Trata-se de um mérito que une a constatação da competência técnico-assistencial com o estímulo à contínua melhoria dos serviços prestados.

Ser um hospital acreditado significa seguir um conjunto de fundamentos de gestão em saúde, que através de uma visão sistêmica e integrada, reflete a maturidade institucional e a cultura de qualidade e segurança, onde os valores, atitudes e competências determinam o compromisso, o estilo e a proficiência da administração de uma organização saudável e segura.

O V Boletim Epidemiológico do Hospital do Subúrbio identifica-se pela maturidade e cultura da qualidade e segurança que a instituição adquiriu nos seus sete anos de funcionamento, sob a gestão e operação da Prodal Saúde. Apresenta o conhecimento epidemiológico e o desempenho organizacional, que constituem elementos de relevância para o entendimento do que deve ser considerado em um sistema de saúde desejável e economicamente acessível.

Ressalta-se que as informações apresentadas constituem subsídios para decisões, por permitirem uma visão coletiva e evolutiva dos problemas, o que indica caminhos a seguir, orientando, tanto o seu corpo gestor quanto o poder público, na identificação de dificuldades, reconhecimento de necessidades e na tomada de decisão para o aprimoramento do modelo assistencial praticado.

Cyntia Maria Lins Sant’Ana de Lima Jorge Marcelo da Cruz Oliveira Motta

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SUMÁRIO

1

SOBRE O HOSPITAL DO SUBÚRBIO 17

1.1 LOCALIZAÇÃO 19 1.2 ESTRUTURA 19 1.3 REFERÊNCIA 20 1.4 PRÊMIOS 20 1.5 ENSINO E PESQUISA 22 1.6 CRESCIMENTO 24

2

ESTATÍSTICA DOS ATENDIMENTOS 25

2.1 PROCEDÊNCIA 26

2.2 ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO 27

2.3 FAIXA ETÁRIA E GÊNERO 29

2.4 ATENDIMENTO POR ESPECIALIDADE 31

2.5 PERFIL NOSOLÓGICO DOS ATENDIMENTOS 33

3

ESTATÍSTICA DAS INTERNAÇÕES 36

3.1 TAXA DE OCUPAÇÃO 37

3.2 MÉDIA DE PERMANÊNCIA 37

3.3 FAIXA ETÁRIA E GÊNERO 39

3.4 INTERNAÇÕES POR ESPECIALIDADES 41

3.5 PERFIL NOSOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES 42

3.6 INTERNAÇÕES POR CAUSAS EXTERNAS 44

4

UNIDADES DE INTERNAÇÃO ABERTAS

48

4.1 INDICADORES HOSPITALARES DAS UI’S 48

4.2 PERFIL NOSOLÓGICO DAS UI’s 50

5

TERAPIA INTENSIVA 53

5.1 INDICADORES HOSPITALARES DAS UTI’S 53

5.2 PERFIL NOSOLÓGICO DAS UTI’S 54

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7

SERVIÇO DE APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO (SADT) 62

8

AGÊNCIA TRANSFUSIONAL

63

9

TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA 64

10

LINHA DE CUIDADO DO PACIENTE CLÍNICO 65

10.1 ASPECTOS GERAIS 65

10.2 LINHA DE CUIDADO DO PACIENTE COM AVC 69

11

LINHA DE CUIDADO DO PACIENTE CIRÚRGICO 78

11.1 ASPECTOS GERAIS 78 11.2 ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS 81 11.2.1 Ortopedia e Traumatologia 81 11.2.2 Cirurgia Geral 83 11.2.3 Urologia 85 11.2.4 Cirurgia Plástica 86 11.2.5 Neurocirurgia 87 11.2.6 Cirurgia Vascular 89 11.2.7 Cirurgia Torácica 90

11.2.8 Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial 91

11.2.9 Cirurgia Pediátrica 92

11.3 LINHA DE CUIDADO DO PACIENTE POLITRAUMATIZADO 94

12

LINHA DE CUIDADO DO PACIENTE PEDIÁTRICO 104

12.1 ASPECTOS GERAIS 104

13

MORTALIDADE 109

13.1 MORTALIDADE E TEMPO DE INTERNAÇÃO 109

13.2 FAIXA ETÁRIA E GÊNERO 110

13.3 CONDIÇÕESASSOCIADAS À MORTALIDADE 112

13.4 MORTALIDADE E LOCAL DE OCORRÊNCIA 113

13.5 MORTALIDADE INFANTIL 114

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15

13.7 MORTALIDADE EM FAIXA ETÁRIA ACIMA DE 60 ANOS 116

13.8 MORTALIDADE POR CLÍNICAS 117

13.9 MORTALIDADE ASSOCIADA ÀS CAUSAS EXTERNAS 117

14

INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE 120

14.1 DENSIDADE DE INCIDÊNCIA GLOBAL DE IRAS 120

14.2 DISTRIBUIÇÃO DAS IRAS POR TOPOGRAFIA 120

14.3 DISTRIBUIÇÃO DA INCIDÊNCIA DAS IRAS POR SETOR 121

14.4 INFECÇÃO PRIMÁRIA DA CORRENTE SANGUÍNEA (IPCS) 122

14.5 PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA (PAV) 123

14.6 INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU) 124

14.7 INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) 125

15

DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA 127

16

CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS 130

16.1 MORTE ENCEFÁLICA 130

16.2 CAPTAÇÃO DE CÓRNEA 131

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18

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1

SOBRE O HOSPITAL DO SUBÚRBIO

Primeira unidade hospitalar pública do Brasil a funcionar por meio de Parceria Público-Privada (PPP), o Hospital do Subúrbio (HS), sob a gestão e operação da empresa Prodal Saúde S.A., continua em destaque pela qualidade da assistência prestada à população e por seu modelo de gestão, que ousa na forma de pensar e agir, quebrando paradigmas.

Inaugurado em 13 de setembro de 2010, com a missão de “prestar assistência médico-hospitalar de urgência e emergência com qualidade e indiscriminadamente aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”, a instituição tem seu modelo de gestão fundamentado na valorização da Ética e Humanização, sempre atenta a epidemiologia e necessidades da população, num processo transparente que busca a melhoria contínua. Para isto, incentiva comportamentos que contribuam para relações positivas, baseadas no respeito mútuo, com interações consistentes entre os diversos participantes, sejam profissionais das equipes médicas, técnicas ou administrativas e usuários.

O hospital acredita na qualificação da assistência à saúde e definiu o cuidado centrado no paciente estruturado em três linhas estratégicas: Clínica, Cirúrgica e Pediátrica. Ressalta a gestão clínica, numa visão sistêmica, com integração entre os processos numa cadeia de agregação de valor para o paciente, onde a atuação de cada profissional é fundamental para o sucesso do trabalho em equipe.

Neste caminho, com dois anos de funcionamento, em agosto de 2012, o HS conquistou a certificação de Hospital Acreditado, através do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), de acordo com as diretrizes da Organização Nacional de Acreditação (ONA). Obteve o upgrade para Hospital Acreditado Pleno em 2014 e Acreditado com Excelência em 2016, reflexo da maturidade institucional e cultura de qualidade e segurança, onde valores, atitudes e competências determinam o compromisso, o estilo e a proficiência da administração de uma organização saudável e segura.

O HS tem compromisso com a ambiência e busca sempre oferecer condições de trabalho e de atendimento adequadas, com olhar apurado, atento e sensível às necessidades dos cidadãos, bem como aos desejos e interesses dos sujeitos protagonistas das ações de saúde, sejam usuários, trabalhadores ou gestores. Assim, em setembro de 2016, seguindo a Política Nacional de Humanização (PNH) do

2014

2012 2010 - Início das Atividades

2016 2018

201

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Ministério da Saúde, a instituição iniciou o projeto “Cantando a Esperança”, em consonância com estudos desenvolvidos nas áreas da medicina e musicoterapia, em países como Canadá e Inglaterra.

Idealizado pela direção do HS em parceria com o músico Armando Lui, o projeto tem a missão de oferecer aos pacientes, acompanhantes, profissionais de saúde e colaboradores do hospital doses de melodia que acalentam, acalmam e estimulam a prática do amor. O objetivo é harmonizar musicalmente o ambiente hospitalar, em especial as enfermarias e as Unidades de Terapia Intensiva, para atenuar o sofrimento das pessoas que precisam do cuidado médico, transmitindo o que de melhor a música-oração possui. Também se destina aos familiares dos pacientes (acompanhantes ou visitantes) e aos profissionais, auxiliando na redução da ansiedade e do estresse.

O projeto “Cantando a Esperança” é uma ação institucional de caráter permanente, que ocorre duas vezes por semana. A cada dia, duas unidades do hospital são contempladas com 1 hora e 30 minutos de música. A inserção musical é realizada de forma cuidadosa, sem interferência na rotina de procedimentos e respeitando a privacidade dos pacientes.

A assistência à saúde tem como objetivo mais importante o bem estar do paciente, onde a tomada de decisão deve ser a mais correta possível, frente aos diversos dilemas relacionados à vida, à saúde e à morte. Porém, em se tratando de vida, saúde e morte, em uma época em que a ciência e a tecnologia avançam de forma mais rápida do que a capacidade de sua compreensão, definir o que é certo ou errado frente à pluralidade sociocultural torna-se um desafio constante. Desta forma, em dezembro de 2016, seguindo a Recomendação CFM Nº 8/2015, do Conselho Federal de Medicina, o hospital implantou o Comitê de Bioética.

O Comitê de Bioética do HS oferece assessoria institucional, de caráter autônomo, colegiado, multidisciplinar e consultivo. Busca estimular e aprimorar a reflexão sobre os diversos dilemas morais vivenciados na instituição, promovendo a conscientização dos profissionais de saúde sobre os princípios e valores éticos, favorecendo o enfrentamento e as decisões nos conflitos.

Para trilhar um caminho correto diante dos diversos dilemas que ocorrem na atividade profissional, é necessária uma base sólida, de um fundamento que oriente nos momentos de decisão. Esse fundamento é a pessoa humana, única, provida de dignidade e composta de diversas dimensões – biológica, psicológica, social ou moral e espiritual.

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19

O HS conta ainda com diversas comissões, dentre elas a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, Comissão de Revisão e Análise de Óbitos e Comissão de Revisão de Prontuário, e com o Núcleo de Segurança do Paciente, que realizam monitoramento do processo assistencial, contribuindo para as decisões estratégicas rumo à melhoria contínua dos resultados.

1.1 LOCALIZAÇÃO

O Hospital do Subúrbio é localizado no distrito do Subúrbio Ferroviário de Salvador, um dos doze distritos sanitários da capital baiana, no bairro de Periperi, numa área próxima a rodovia que acessa a capital. Representa um importante hospital da rede de saúde do estado da Bahia, com perfil de atendimento de urgência e emergência, sob demanda espontânea e referenciada, para pacientes adultos e pediátricos, nas várias especialidades clínicas e cirúrgicas.

1.2

ESTRUTURA

Baseado em um modelo assistencial que concilia qualidade, segurança clínica e tecnologia, o HS possui uma estrutura física e de recursos humanos adequada, por meio da qual os pacientes recebem todos os cuidados necessários, assistidos por uma equipe multidisciplinar.Atualmente dispõe de 1.585 funcionários, incluindo 247 enfermeiros, 614 técnicos de enfermagem, 60 fisioterapeutas, sendo os demais profissionais de áreas técnicas, serviços de apoio, administração e corpo diretivo.

O hospital possui um corpo clínico composto por 365 médicos das mais diversas especialidades clínicas (clínica médica, pediatria, nefrologia, neurologia, infectologia) e cirúrgicas (cirurgia geral, cirurgia torácica, cirurgia plástica, cirurgia vascular, neurocirurgia, ortopedia e

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traumatologia, urologia, pediatria cirúrgica e anestesiologia), além de cirurgia bucomaxilofacial. Conta ainda com o serviço de medicina intensiva, radiologia e radiointervenção.

Ao todo, são 373 leitos censáveis, sendo 253 leitos de internação em enfermaria, 60 em unidades intensivas e 60 sob regime de assistência domiciliar. Dos leitos de terapia intensiva, 50 são para pacientes adultos e 10 para pacientes pediátricos. Diante do cenário de superlotação, ainda existem leitos excedentes, não censáveis (leitos operacionais reversíveis).

O HS possui um moderno parque de medicina diagnóstica, com bioimagem (radiologia digital, ultrassonografia, ecocardiografia, endoscopia digestiva e respiratória, tomografia, ressonância magnética) e laboratório de análises clínicas. Apresenta um centro cirúrgico com seis salas operatórias e 13 leitos para recuperação anestésica, com excelentes instalações, e um ambulatório destinado ao atendimento de pacientes egressos.

1.3

REFERÊNCIA

Referência pelos serviços prestados à população, o hospital continua a despertar interesse em diversas organizações e autoridades que visitam a unidade de saúde para conhecer de perto suas instalações e modelo de gestão. O hospital recebeu, por exemplo, a visita do presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, e do presidente da Internacional Finance Corporation (IFC), Jin Yong Cai. Na ocasião, Jim Yong Kim, que também é médico, comentou que o hospital tem o melhor em termos de infraestrutura e tecnologia em saúde, além de profissionais qualificados e preparados para os atendimentos.

Também visitaram a instituição a diretora geral da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Mirta Roses Periago, o representante da OPAS no Brasil, Joaquim Molina, o especialista sênior em saúde do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Frederico Guanais, e o ministro da saúde, na época, Alexandre Padilha, dentre outras autoridades.

1.4

PRÊMIOS

O hospital acumula quatro prêmios internacionais e dois nacionais como reconhecimento do competente trabalho que tem realizado. Além disto, tem sido destaque em diversas publicações nacionais, a exemplo do jornal Valor Econômico e Revista Época, e internacionais, a exemplo do jornal britânico Financial Times.

Em agosto de 2012, a publicação Infrastruture 100: World Cities Edition, resultado de uma pesquisa patrocinada pela empresa de consultoria KPMG Internacional, sediada na Inglaterra,

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classificou o projeto de Parceria Público-Privada (PPP) do Hospital do Subúrbio como “um dos 100 melhores no setor de infraestrutura pública do mundo nos últimos cinco anos, estando entre os 10 projetos líderes na área de saúde”. Em janeiro de 2013, o HS destacou-se como “Melhor Projeto de Saúde da América Latina” no Public-Private Partnerships Award, promovido pela revista britânica World Finance. Em abril do mesmo ano, recebeu o terceiro prêmio internacional, desta vez concedida pela Internacional Finance Corporation (IFC) e pelo Infrastructure Journal, que classificaram a unidade entre os “10 melhores projetos de Parceria Público Privada (PPP) da América Latina e do Caribe”. Este prêmio foi concedido um mês após a visita do presidente do Banco Mundial à unidade. O IFC é membro do Grupo Banco Mundial e a maior instituição de desenvolvimento global voltada para o setor privado nos países em desenvolvimento. Em 2015, a instituição foi premiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) por “Melhoria na Entrega de Serviços Públicos”, segundo lugar entre os concorrentes da América Latina na categoria. O Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon, declarou que o Prêmio reconhece que inovação e liderança contribuem para que a comunidade e grupos marginalizados recebam serviços melhores e de confiança.

Dos prêmios nacionais, em 2011 o HS recebeu o troféu “Amigo do Transplante” como reconhecimento da atuação no incentivo à doação de órgãos e tecidos no estado da Bahia, e em 2015, o “Prêmio Práticas Inovadoras Dr. Luiz Plínio Moraes de Toledo’, concedido pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG), sendo o escolhido dentre todas as instituições brasileiras acreditadas ou em processo de acreditação do ano. Na entrega deste prêmio foi destacada a utilização de indicadores como base para tomada de decisão, a atuação da Gestão de Acesso e a da Comissão de Revisão e Análise de Óbitos, num processo de melhoria assistencial.

1.5

ENSINO E PESQUISA

PREMIAÇÕES – HOSPITAL DO SUBÚRBIO

2011 - “Amigo do Transplante” como reconhecimento da atuação no incentivo à doação de órgãos e tecidos no estado da Bahia.

2012 - “Infrastructure 100: Wold Cities Edition”, como um dos 100 projetos mais inovadores do mundo, concedido pela organização internacional KPMG – Cutting Through Complexity.

2013 - "Melhores projetos de PPP na América Latina”, considerado pela revista World Finance.

2013 - “Emerging Partnerships Award”, concedido pela International Finance Corporation (IFC) e pelo Infrastruture Journal.

2015 - “Melhoria na Entrega de Serviços Públicos”, segundo lugar entre os concorrentes da América Latina na categoria, concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

2015 - “Prêmio Práticas Inovadoras Dr. Luiz Plínio Moraes de Toledo”, concedido pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG).

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23

22

1.5

ENSINO E PESQUISA

O Ensino em Saúde tem sido importante por interferir nos desfechos em relação à Atenção em Saúde. Garantir os atendimentos necessários, melhorar resultados, reduzir custos e se tornar mais eficiente - todos são metas de gestão que passam por pessoas com diferentes níveis de conhecimento e capacitação, mas que precisam trabalhar em conjunto para que possam ser plenamente atingidos, reavaliados e realinhados. Um trabalho contínuo que não termina, nem na gestão e, consequentemente, nem na educação.

A Educação no HS não é apenas relacionada ao ensino da Medicina, seja no nível de Internato, em convênio com a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) e a Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia (FMB/UFBA). Além de uma ampliação e sistematização do ensino médico nas formas já descritas, é necessária a extensão do Ensino em Saúde para as áreas não-médicas, como Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Farmácia, Biomedicina, Psicologia, assim como a capacitação contínua de outros profissionais, como seguranças, atendentes, agentes de transporte, propiciando desta forma uma assistência de qualidade e segurança em todos os níveis organizacionais.

Em 2017, o HS promoveu 634 estágios curriculares para estudantes de graduação de Instituições de Ensino Superior e 233 para estudantes de Cursos Técnicos em Saúde, distribuídos nas diversas áreas. Além disto, acolheu 25 residentes de Programas de Residência Médica (PRM) próprios e 179 residentes como campo de estágio de PRM externos.

Estágios Curriculares – Ensino Superior

Medicina 390 Enfermagem 109 Fisioterapia 48 Nutrição 46 Farmácia 18 Biomedicina 17 Psicologia 6 Total 634

Estágios Curriculares – Nível Técnico

Enfermagem 68 Radiologia 66 Análises Clínicas 43 Nutrição 33 Farmácia 20 Segurança do Trabalho 3 Total 233

Programa de Residência Médica - Própria

Pediatria 8

Clínica Médica 7

Ortopedia 5

Medicina Intensiva Pediátrica 3

Cirurgia do Trauma 2

Total 25

Programa de Residência Médica - Externa

Pediatria 45 Ortopedia e Traumatologia 45 Cirurgia Geral 39 Anestesiologia 22 Clínica Médica 18 Urologia 5 Radiologia 3 Neurologia 2 Total 179

(24)

24

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O programa de capacitação do HS é elaborado com base na avaliação dos resultados obtidos dos indicadores assistenciais, da supervisão direta do colaborador, das auditorias de prontuário e de processos, com identificação das necessidades que impactam na segurança da assistência ao paciente.

Dentre as diversas capacitações realizadas no hospital, merece destaque o Suporte Básico de Vida, com 103 colaboradores capacitados no decorrer do último ano, tanto na área assistencial, quanto administrativa, e os treinamentos relacionados com as linhas de cuidado estratégicas, protocolos institucionais e política de qualidade e segurança do paciente.

Além de ensinar, todo educador deve também aprender a analisar resultados, realinhando condutas e objetivos de acordo com as mudanças, seja de ordem epidemiológica, econômica, de recursos ou até mesmo do pensamento científico. Assim, além de promover educação, todo educador deve promover a produção de conhecimento científico sobre aquilo que é objeto de estudo, dentro dos preceitos éticos e alinhados com os conceitos de beneficência e não-maleficência.

Até o momento, a participação científica do HS tem apresentado crescimento constante, tendo seus dados apresentados em congressos nacionais e internacionais, além de Trabalhos de Conclusão de Curso das Instituições de Ensino Superior que aqui fazem estágio e uma tese de doutorado. Isto já foi o suficiente para atrair a atenção pela qualidade dos resultados e audácia das conclusões.

Desde 2012, o HS produziu 12 trabalhos de conclusão de curso, 46 apresentações em congressos científicos e 02 premiações em congressos internacionais. Além disto, foram 03 artigos publicados em revistas científicas e mais 02 aguardando publicação.

TRABALHOS CIENTÍFICOS – HOSPITAL DO SUBÚRBIO Premiações em Congressos

- “Factor related to mortality in subjects admitted to the Red Wave Protocol (RWP)”- XXIX Panamerican

Congress of Trauma, Critical Care and Emergency Surgery, Nov, 2016.

- “Admission INR in the Assessment of Coagulopathy in Trauma”) - 4th World Society of Emergency Surgery

Congress. Mai, 2017.

Publicações em Revistas

- “Admissão Noturna é um fator de risco independente para mortalidade em vítimas de trauma – uma abordagem sistêmica”. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.

- “Reprodutibilidade do escore radiográfico de consolidação das fraturas de tíbia (R.U.S.T.)”. Revista Brasileira de Ortopedia.

- “Red Wave: Improving Care to Severe Trauma Victms”. Panamerican Journal of Trauma.

Tese de Doutorado

- “Perfil Epidemiológico e Imunológico Inicial na Coagulopatia Associada ao Trauma em Pacientes Graves”. Instituto de Ciência da Saúde / UFBA.

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A organização e sistematização do HS o torna propício para a realização de inúmeras pesquisas científicas de importância médica e não-médica. O benefício de dados científicos consistentes vai além da assistência médica, permitindo a reavaliação dos objetivos e metas, implantação de novos protocolos de serviço e a visibilidade científica da instituição.

A Coordenação de Ensino e Pesquisa tem realizado ações estratégicas para ampliar a produção científica da instituição, incluindo o ingresso do HS no Comitê de Ética em Pesquisa da FioCruz/Ba, o ingresso na Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), a colaboração com o Laboratório de Epidemiologia da FioCruz/Ba para publicação científica de alto nível com dados do HS e a promoção de Curso de Epidemiologia para colaboradores.

Com a percepção de que a Pesquisa Científica é um trabalho constante e sem fim, a Coordenação de Ensino e Pesquisa mantém o foco em produzir novos conhecimentos, que sejam interessantes e relevantes para a comunidade médica, de saúde e de pacientes, dentro de princípios éticos e da factibilidade de sua realização.

1.6

CRESCIMENTO

O Hospital do Subúrbio entende a importância do ensino para a qualificação dos serviços de saúde e para formação de profissionais fidelizados e diferenciados, que conheçam e valorizem cada vez mais o sistema público de saúde dentro de um contexto de integralidade. Deste modo, desde 2014 o hospital tem o credenciamento das residências médicas nas áreas de clínica médica, ortopedia, pediatria e cirurgia do trauma, além de ter parcerias com universidades/faculdades em diversos cursos voltados para a saúde.

Em 2016, o HS iniciou o Projeto Trainee para a enfermagem, contribuindo para a capacitação e aprimoramento destes profissionais sem experiência no exercício de sua profissão, nos aspectos técnicos assistenciais, científicos e de liderança, visando uma assistência mais qualificada e com sustentabilidade.

O programa Trainee do HS constitui-se numa fonte de aprendizado, motivação e oportunidades, oferecendo ao profissional sem experiência o suporte e acompanhamento de profissionais experientes, imprescindíveis para sua atuação durante o programa.

Dentro de uma proposta de adequação dos serviços e instalações hospitalares à realidade epidemiológica da população assistida e da rede pública de saúde, conforme previsto no contrato de concessão, o Hospital do Subúrbio, com a aprovação da Secretaria de Saúde da Bahia (SESAB) e de órgãos de controle, vem em fase de Remodelagem de suas atividades assistenciais. Nesta fase, os indicadores contratuais quantitativos e qualitativos também estão sendo revisados.

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2

ESTATÍSTICA DOS ATENDIMENTOS

O Hospital do Subúrbio (HS) oferece atendimento de urgência e emergência, de alta e média complexidade, num distrito sanitário do município de Salvador que vem gradativamente aprimorando sua rede básica e unidades de pronto atendimento, com melhor gestão dos serviços. No entanto, o cenário do HS ainda é marcado por uma alta demanda de atendimentos, que aliada à complexidade dos pacientes, gera internações, contribuindo para a superlotação.

Ao longo dos sete anos, estratégias foram implementadas visando o fortalecimento do perfil institucional, que junto à melhoria da rede de saúde do distrito e a conscientização do usuário, favoreceram para a redução do número de atendimentos, conforme demonstrado no gráfico 1. Assim, foi desenvolvido com as lideranças comunitárias, um trabalho de conscientização e parceria, qualificando melhor o acesso e garantindo a priorização de atendimentos para os pacientes de maior gravidade e risco.

Gráfico 1: Número de Atendimentos - HS - Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

No gráfico 1, pode-se também observar que a marcante redução foi relacionada aos atendimentos de urgência e emergência, ao passo que os atendimentos no Ambulatório de Egressos aumentou, fato justificado pela maior quantidade de procedimentos cirúrgicos realizados na instituição, como será demonstrado no capítulo 6.

No sétimo ano de funcionamento do hospital, ocorreram 68.927 atendimentos, sendo 50.456 de urgência e emergência (73,2%) e 18.471 no Ambulatório de Egressos (26,8%). As tabelas 1, 2 e 3 mostram a quantidade de atendimentos nos diversos setores do hospital, sendo evidenciado predomínio de pacientes adultos, tanto na Emergência quanto no Ambulatório, com 30.982 (68,6%) e 15.654 (84,8%), respectivamente.

Ressalta-se que os atendimentos de urgência ortopédica são

realizados no Ambulatório durante o período diurno, atendendo tanto os pacientes adultos,

quanto pediátricos.

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7

Total de Atendimentos 112.200 126.970 100.625 82.311 79.395 72.252 68.927 Urgência e Emergência 103.524 113.122 85.237 67.217 63.137 56.100 50.456 Ambulatório de Egressos 8.677 13.850 15.388 15.092 16.258 16.152 18.471 0 40.000 80.000 120.000 160.000 N úm ero

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27

26

Tabela 1: Número de atendimentos na Emergência – HS – Ano 7

Atendimentos na Emergência

Período 14/09/2016 a 30/09/2017

Emergência Adulto 30.982 68,6%

Emergência Pediátrica 14.159 31,4%

Total de Atendimentos 45.141 100,0%

Fonte: Sistema Informatizado - HS

Tabela 2: Número de atendimentos de Urgência Ortopédica no Ambulatório - HS – Ano 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

Tabela 3: Número de atendimentos no Ambulatório de Egressos –HS – Ano 7 Atendimentos no Ambulatório (Egressos)

Período 14/09/2016 a 30/09/2017

Ambulatório Adulto 15.654 84,8%

Ambulatório Pediátrico 2.817 15,2%

Total de Atendimentos 18.471 100,0%

Fonte: Sistema Informatizado – HS

2.1

PROCEDÊNCIA

Na análise da distribuição dos atendimentos considerando o endereço referenciado como moradia, conforme gráfico 2 e tabela 4, pode-se evidenciar que o declínio anteriormente comentado foi relacionado aos pacientes provenientes do distrito do Subúrbio Ferroviário, que, apesar de continuar sendo a principal procedência, de 71.328 atendimentos no Ano 1, reduziu para 27.904 no último ano, representando uma queda de 60,9%. Este fato corrobora com o fortalecimento do perfil institucional e a melhoria da assistência à saúde no distrito, que passou a absorver os atendimentos de menor complexidade e risco nas unidades de atenção primária e secundária.

Gráfico 2: Percentual dos atendimentos por procedência - HS - Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

Atendimentos no Ambulatório (Urgência Ortopedia)

Período 14/09/2016 a 30/09/2017

Urgência Ortopédica/Ambulatório 5.315 100,0%

Total de Atendimentos 5.315 100,0%

Fonte: Sistema Informatizado HS 0 20 40 60 80 100

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 % Subúrbio Ferroviário Entorno do Subúrbio Ferroviário Outros bairros Outros municípios

(28)

28

27

Tabela 4: Número de atendimentos por procedência - HS - Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado - HS

Vale ressaltar que a manutenção da demanda de atendimentos de outras procedências, especialmente de outros bairros de Salvador e de outras cidades, reflete o perfil institucional de urgência e emergência, justificando um maior deslocamento, bem como a proximidade da rodovia de acesso à capital.

2.2

ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

O acolhimento com avaliação e classificação de risco é um processo dinâmico de identificação das condições dos usuários que buscam um tratamento imediato. No HS, de acordo com sua condição clínica, grau de sofrimento e potencial de risco, o paciente é estratificado e priorizado para o atendimento, com sinalização de quatro grupos: Vermelho (emergência, com atendimento imediato), Amarelo (urgência), Verde (não urgência) e Azul (não urgência e de baixa complexidade). Os pacientes classificados como Azul são orientados e encaminhados para unidades de pronto atendimento e ambulatórios, de acordo com suas necessidades, com o apoio do Serviço Social.

A Assertividade do Protocolo de Acolhimento e Classificação de Risco é avaliada a partir da confirmação feita pelo médico durante o atendimento. No sétimo ano de funcionamento do hospital, atingiu o valor de 95,8%, sendo 94,3% na Emergência Adulto, 98,6% na Emergência Pediátrica e 99,2% na Urgência Ortopédica.

No gráfico 3 está demonstrado o comportamento dos atendimentos de urgência e emergência conforme o Protocolo de Acolhimento e Classificação de Risco ao longo dos sete anos. Pode-se observar que a redução do número de atendimentos a partir do terceiro ano, conforme previamente demonstrado no gráfico 1, foi relacionada aos pacientes classificados como Azuis e Verdes, corroborando com o perfil institucional, onde os pacientes Amarelos e Vermelhos, de maiores riscos, são prioritários.

Atendimentos por Procedência – Ano 1 a 7

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7

Procedentes do Subúrbio Ferroviário 71.328 63,6% 68.576 54% 48.586 48,3% 38.264 46,5% 37.156 46,8% 31.384 43,4% 27.904 40,5% Procedentes do entorno do Subúrbio Ferroviário 15.679 14% 22.331 17,6% 19.873 19,8% 15.189 18,5% 13.691 17,3% 13.458 18,6% 13.128 19,0% Procedentes de outros bairros de Salvador 17.743 15,8% 25.148 19,8% 21.709 21,6% 19.640 23,9% 18.960 23,9% 18.167 25,1% 18.675 27,1% Procedentes de outros municípios 7.450 6,6% 10.915 8,6% 10.457 10,4% 11,2% 9.218 12,1% 9.573 12,8% 9.243 13,4% 9.220 Total 112.200 126.970 100.625 82.311 79.395 72.252 68.927

(29)

29

28

Gráfico 3: Atendimentos na Emergência e Urgência Ortopédica por classificação de risco - HS - Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

Ao separar os atendimentos realizados na Emergência Adulto e Pediátrica, como demonstrado nos gráficos 4 e 5 e tabelas 5 e 6, foi observado que a redução de pacientes com o risco Verde e Azul ocorreu nos dois setores. No entanto, de modo marcante no Adulto.

A partir do sexto ano, com a mudança do modelo assistencial e implantação da Linha de Cuidado do Paciente Pediátrico, houve expressiva queda nos atendimentos de pacientes classificados como Azuis e Verdes e aumento dos Amarelos, que junto com os Vermelhos representaram 61,6% do total de atendimentos pediátricos no último ano (gráfico 5 e tabela 6).

Gráfico 4: Atendimentos por classificação de risco na Gráfico 5: Atendimentos por classificação de risco na

Emergência Adulto - HS - Ano 1 a 7 Emergência Pediátrica – HS – Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS Fonte: Sistema Informatizado – HS

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7

Azul 32.839 35.860 17.654 10.909 7.218 5.517 4.310 Verde 45.802 49.622 38.101 28.641 31.118 25.471 18.273 Amarelo 22.677 23.091 27.255 21.400 22.192 22.261 23.986 Vermelho 2.206 3.861 2.214 2.111 2.511 2.638 3.827 0 15.000 30.000 45.000 60.000 N úm ero 0 8.000 16.000 24.000 32.000

Azul Verde Amarelo Vermelho

Emergência Adulto - Ano 1 a 7 N 0 8.000 16.000 24.000 32.000

Azul Verde Amarelo Vermelho

Emergência Pediátrica - Ano 1 a 7 N

95,8%

Assertividade Classificação de Risco

(30)

30

29

Tabela 5: Atendimentos por classificação de Risco na Emergência Adulto - HS - Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

Tabela 6: Atendimentos por classificação de Risco na Emergência Pediátrica - HS - Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

2.3

FAIXA ETÁRIA E SEXO

Na avaliação dos atendimentos realizados no sétimo ano, de 50.456 atendimentos na Emergência e Urgência Ortopédica, 27.100 foram do sexo masculino (53,7%) e 23.356 do feminino (46,3%). Conforme demonstrado no gráfico 6, pode-se observar aumento na proporção do masculino desde a abertura do hospital, justificável diante do perfil institucional de urgência e emergência, onde as causas externas constituem importante motivo de atendimento.

Gráfico 6: Atendimentos na Emergência e Urgência Ortopédica por sexo - HS - Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

48,2 49,1 50,4 52 53,7 53,6 53,7 51,8 51 49,5 48 46,3 46,4 46,3 0 20 40 60 80 100 Masculino Feminino % Emergência Adulto

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7

25.754 28.628 12.723 6.518 1.146 2.906 2.936 35,9% 36,2% 21,9% 15,7% 3,5% 8,3% 9,5% 29.786 32.135 23.127 16.837 13.321 15.959 8.928 41,6% 40,6% 39,9% 40,5% 40,3% 45,5% 28,8% 14.279 14.559 20.302 16.327 16.268 13.991 16.179 19,9% 18,4% 35,0% 39,3% 49,3% 39,9% 52,2% 1.853 3.385 1.831 1.868 2.188 2.052 2.926 2,6% 4,3% 3,2% 4,5% 6,6% 5,8% 9,4% Emergência Pediátrica

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7

6.722 7.129 4.487 4.391 5.189 2.041 756 22,5% 22,2% 18,6% 20,4% 21,2% 12,6% 5,3% 14.418 16.024 12.359 11.804 13.033 5.358 4.916 48,2% 49,9% 51,2% 54,9% 53,4% 33,0% 34,7% 8.396 8.511 6.916 5.073 5.882 8.242 7.554 28,1% 26,5% 28,6% 23,6% 24,1% 50,7% 53,4% 353 438 382 243 322 585 888 1,2% 1,4% 1,6% 1,1% 1,3% 3,6% 6,3%

(31)

31

30

O gráfico 7 mostra o percentual dos atendimentos por grupo etário ao longo dos sete anos, com maiores prevalências nos grupos até 18 anos e acima de 18 a 40 anos. No entanto, o grupo acima de 60 anos vem crescendo, passando de 11,3% do total de atendimentos no primeiro ano para 19,2% no último. Isto reflete um maior perfil de pacientes idosos e com doenças crônicas e degenerativas.

Gráfico 7: Atendimentos na Emergência e Urgência Ortopédica por grupo etário – HS – Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

Na avaliação dos 50.456 atendimentos de urgência e emergência realizados no sétimo ano do hospital, considerando o sexo e faixa etária, conforme gráficos 8 e 9, foi marcante a diferença observada, onde o sexo masculino predominou nas faixas etárias até os 60 anos e o feminino acima de 60 anos. Tal comportamento decorre da maior exposição às causas externas no masculino, que representou o principal motivo de atendimento, como será mostrado no tópico 2.5.

Gráfico 8: Distribuição dos atendimentos do sexo masculino por faixa etária – HS – Ano 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

Gráfico 9: Distribuição dos atendimentos do sexo feminino por faixa etária – HS – Ano 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

32,8 35,8 20,1 11,3 31,3 35,8 20,5 12,4 31,5 33,5 20,8 14,2 35,1 31,2 19,1 14,4 42 25,9 17 15,2 32,8 29,8 20 17,5 32,1 28,5 20,2 19,2 0 25 50 75 100 Até 18 a > 18 a 40 a > 40 a 60 a > 60 a 2.811 1.738 2.558 2.231 4.610 3.813 2.660 2.625 2.148 1.219 687 0 1.500 3.000 4.500 6.000

Até 2 > 2 a 5 >5 a 12 >12 a 18 >18 a30 >30 a 40 >40 a 50 >50 a 60 >60 a 70 >70 a 80 > 80 anos

Sexo Masculino N N 27.100 2.178 1.420 1.789 1.476 2.817 3.115 2.422 2.502 2.220 1.811 1.606 0 1.500 3.000 4.500 6.000 Até 2 > 2 a 5 >5 a 12 >12 a 18 >18 a 30 >30 a 40 >40 a 50 >50 a 60 >60 a 70 >70 a 80 > 80 anos Sexo Feminino N N 23.356

(32)

32

31

Os gráficos 10 e 11 mostram a distribuição percentual dos grupos etários no sexo masculino e feminino, respectivamente. Nota-se que os atendimentos predominaram nos grupos com até 18 anos e entre 18 e 40 anos em ambos os sexos, porém com maior proporção no masculino. Já o grupo acima de 60 anos, representou 24,1% dos atendimentos no sexo feminino, contrastando com 14,9% no masculino.

Gráfico 10: Distribuição dos atendimentos do sexo Gráfico 11: Distribuição dos atendimentos do sexo masculino por grupo etário – HS – Ano 7 feminino por grupo etário – HS – Ano 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS Fonte: Sistema Informatizado – HS

2.4

ATENDIMENTO POR ESPECIALIDADES

Na distribuição dos atendimentos de urgência e emergência pelas especialidades médicas, conforme o gráfico 12, é evidente que a redução ocorrida ao longo do tempo foi principalmente devido a Clínica Médica. Este fato pode ser justificado pelo fortalecimento do perfil institucional aliado a melhoria da rede de saúde do distrito e do seu entorno, com abertura de novas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s).

Gráfico 12: Atendimentos na Emergência e Urgência Ortopédica por especialidades – HS – Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

34,5 31,1 19,5 14,9 Sexo Masculino Até 18 >18 a 40 >40 a 60 >60 anos 29,4 25,4 21,1 24,1 Sexo Feminino Até 18 >18 a 40 >40 a 60 >60 anos

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7

Clínica Médica 53.945 57.350 41.186 27.649 19.046 21.830 17.249

Ortopedia 7.796 11.568 10.114 10.039 11.510 9.703 9.959

Cirurgia Geral 5.273 7.204 7.825 7.539 8.939 8.824 9.461

Pediatria 24.892 27.040 20.748 18.365 21.477 14.741 13.145

Outras 11.617 9.959 5.364 3.625 2.165 1.002 649

Ano 5 Ano 6 Ano 7

0 15.000 30.000 45.000 60.000 N úm ero

(33)

33

32

A partir do terceiro ano houve também redução de atendimentos de outras especialidades, dentre elas a Pediatria, Otorrinolaringologia e Oftalmologia, que foram absorvidas pelas UPA’s, num contexto de não urgência, nem emergência.

Outro ponto marcante foi o aumento progressivo dos atendimentos realizados pela Cirurgia Geral, que passou de 5.273 no primeiro ano para 9.461 no último ano, representando um crescimento de 79,4%. Este fato pode ser justificado pela maior demanda de patologias cirúrgicas em um hospital de urgência e emergência, de média e alta complexidade.

No sétimo ano, conforme demonstrado na tabela 7, a Clínica Médica foi a especialidade predominante nos atendimentos da Emergência Adulto, com 55,7%, seguida da Cirurgia Geral (30,5%) e Ortopedia (11,9%). Na Emergência Pediátrica, o atendimento clínico também foi o mais frequente, com 92,8%, porém com inversão de posições entre a Ortopedia (6,7%) e Cirurgia Geral e Pediátrica (juntas 0,4%).

Tabela 7: Atendimentos por especialidades na Emergência – HS – Ano 7

Atendimentos na Emergência - 14/09/2016 a 30/09/2017 Adulto N % Pediátrica N % Clínica Médica 55,7 Cirurgia Geral 30,5 Ortopedia 11,9 Urologia 0,9 Neurocirurgia 0,5 Cirurgia Vascular 0,2 Bucomaxilofacial 0,2 Neuroclínica 0,1 Outros 0,0 Pediatria Clínica 92,8 Ortopedia 6,7 Cirurgia Pediátrica 0,2 Cirurgia Geral 0,2 Bucomaxilofacial 0,0 Oftalmologia 0,0 Urologia 0,0 Neurocirurgia 0,0 Outros 0,0 Total 30.982 100,0 Total 14.159 100,0 Fonte: Sistema Informatizado – HS

Os atendimentos realizados na Urgência Ortopédica, que no período diurno funciona no Ambulatório, não foram considerados na tabela 7 por não diferenciar a faixa etária. Mas, corresponderam a 5.315, que somando com os realizados por esta especialidade nas Emergências Adulto e Pediátrica representaram 9.960 atendimentos (19,7% do total).

Em relação ao Ambulatório de Egressos, diante da proposta de ser destinado ao atendimento do paciente que necessita de seguimento ou reavaliação após sua alta hospitalar, as especialidades cirúrgicas foram as prevalentes, sobressaindo a Ortopedia, Cirurgia Geral, Neurocirurgia e Urologia no paciente adulto, e Ortopedia e Cirurgia Pediátrica no paciente com idade de até 16 anos, que é a faixa de idade definida pela instituição para o atendimento pediátrico (tabela 8).

17.249 9.439 3.690 279 141 74 70 32 8 13.144 955 24 22 5 4 2 1 2

(34)

34

33

Tabela 8: Atendimentos por especialidades no Ambulatório de Egressos – HS – Ano 7 Atendimentos no Ambulatório de Egressos - 14/09/2016 a 30/09/2017

Adulto N % Pediatria N % Ortopedia 58,0 Cirurgia Geral 14,7 Clínica Médica 7,8 Neurocirurgia 6,8 Urologia 5,1 Cirurgia Plástica 2,6 Bucomaxilofacial 2,4 Cirurgia Vascular 1,6 Infectologia 1,0 Outros 0,1 Ortopedia 82,4 Cirurgia Pediátrica 17,6 Otorrinolaringologia 0,0 Pediatria Clínica 0,0 Total 15.654 100,0 Total 2.817 100,0 Fonte: Sistema Informatizado – HS

2.5

PERFIL NOSOLÓGICO DOS ATENDIMENTOS

As tabelas 9 e 10 demonstram os motivos de atendimento dos pacientes adultos e pediátricos, respectivamente, no sétimo ano do hospital, na Emergência e na Urgência Ortopédica. Os grupos nosológicos foram categorizados a partir do Código Internacional de Doenças (CID) informado pelo médico durante o atendimento.

As causas externas foram os principais motivos, tanto nos pacientes adultos (45,5%), quanto nos pediátricos (40,4%). Os sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte, ficaram como a segunda causa em ambos os grupos etários (14,2% e 17,4%, respectivamente), seguidos das doenças do aparelho circulatório nos pacientes adultos (9,9%) e das doenças do aparelho respiratório nos pacientes pediátricos (13,4%).

Nas tabelas 9 e 10 também estão demonstrados os números de internações geradas a partir destes atendimentos, para cada grupo nosológico descrito. Chama à atenção, nos adultos, as causas externas, as doenças do aparelho circulatório e do aparelho digestivo, e na faixa pediátrica as causas externas, as doenças do aparelho respiratório e as doenças da pele e do tecido celular subcutâneo.

No atendimento ambulatorial, considerando todas as faixas etárias, conforme descrito na tabela 11, predominaram as lesões decorrentes de causas externas (66,9%), seguidas das doenças do aparelho digestivo (8%), das doenças osteomusculares e tecido conjuntivo (5,3%), do aparelho circulatório (4,6%) e do aparelho genitourinário (3,1%), corroborando com as especialidades mais prevalentes: ortopedia, cirurgia geral, clínica médica, neurocirurgia e urologia. Esta última relacionada ao tratamento de urolitíase, com inserção e retirada de cateter duplo J. O perfil nosológico que gerou maior número de internações a partir dos atendimentos no Ambulatório de Egressos foi o relacionado à causa externa, seguido das doenças do aparelho urinário.

9.079 2.297 1.224 1.057 805 407 380 243 150 12 2.320 495 1 1

(35)

35

34

Tabela 9: Perfil nosológico dos pacientes adultos com atendimento médico - HS - Ano 7

Entrada Emergência e Urgência Ortopédica – Adulto - 14/09/2016 a 30/09/2017

Descrição Atendimentos

N %

Internações geradas N %

Lesões, envenenamentos e algumas outras consequências de causas externas (S00 -

T98) e causas externas de morbidade e de mortalidade (V01 – Y98) 14.261 45,5 3.092 21,7 Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não

classificados em outra parte (R00 - R99) 4.469 14,2 508 11,4 Doenças do aparelho circulatório (I00 - I99) 3.105 9,9 1.901 61,2 Doenças do aparelho digestivo (K00 - K93) 2.233 7,1 1.338 59,9 Doenças do aparelho geniturinário (N00 - N99) 2.196 7,0 882 40,2 Doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo (M00 - M99) 1.235 3,9 111 9,0 Algumas doenças infecciosas e parasitárias (A00 - B99) 853 2,7 535 62,7 Doenças do aparelho respiratório (J00 - J99) 788 2,5 497 63,1 Doenças do sistema nervoso (G00 - G99) 648 2,1 151 23,3 Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (E00 - E90) 336 1,1 163 48,5 Doenças de pele e tecido subcutâneo (L00 - L99) 218 0,7 72 33,0 Neoplasias (C00 - D48) 159 0,5 70 44,0

Outros 875 2,8 100 11,4

Total 31.376 100,0 9.420 30,0

Fonte: Sistema Informatizado – HS

Tabela 10: Perfil nosológico dos pacientes pediátricos com atendimento médico - HS - Ano 7

Entrada Emergência e Urgência Ortopédica – Pediatria (até 16 anos) – 14/09/2016 a 30/09/2017

Descrição Atendimentos

N %

Internações geradas N % Lesões, envenenamentos e algumas outras conseqüências de causas externas

(S00 – T98) e causas externas de morbidade e mortalidade (V01 – Y 98) 3.925 40,4 506 12,9

Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não

classificados em outra parte (R00 – R99) 1.694 17,4 40 2,4

Doenças do aparelho respiratório (J00 – J99) 1.307 13,4 479 36,7

Algumas doenças infecciosas e parasitárias (A00 – B99) 681 7,0 133 19,5

Doenças de pele e tecido subcutâneo (L00 – L99) 450 4,6 241 53,6

Doenças do aparelho digestivo (K00 – K93) 407 4,2 214 52,6

Doenças do aparelho geniturinário (N00 – N99) 327 3,4 112 34,3

Doenças do ouvido e da apófise mastóide (H60 – H95) 195 2,0 22 11,3

Doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo (M00 – M99) 166 1,7 40 24,1

Doenças do sistema nervoso (G00 – G99) 162 1,7 58 35,8

Outros 412 4,2 132 32,0

Total 9.726 100,0 1.977 20,3

(36)

36

35

Tabela 11: Perfil nosológico de todas as faixas etárias do Ambulatório de Egressos - HS – Ano 7

Entrada Ambulatório de Egressos – Todas as faixas etárias - 14/09/2016 a 30/09/2017

Descrição Atendimentos

N %

Internações geradas N %

Lesões, envenenamentos e algumas outras consequências de causas externas (S00 -

T98) e causas externas de morbidade e mortalidade (V01 – Y 98) 11.942 66,9 478 4,0 Doenças do aparelho digestivo (K00 - K93) 1.429 8,0 31 2,2 Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde

(Z00-Z99) 1.208 6,8 81 6,7

Doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo (M00 - M99) 938 5,3 69 7,4 Doenças do aparelho circulatório (I00 - I99) 819 4,6 9 1,1 Doenças do aparelho geniturinário (N00 - N99) 561 3,1 81 14,4 Neoplasias (C00 - D48) 183 1,0 3 1,6 Doenças do aparelho respiratório (J00-J99) 133 0,7 0 0,0 Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas ( E00 - E90) 129 0,7 5 3,9 Doenças de pele e tecido subcutâneo (L00 - L99) 126 0,7 13 10,3 Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não

classificados em outra parte (R00 - R99) 115 0,6 1 0,9 Doenças do sistema nervoso (G00 - G99) 102 0,6 6 5,9

Outros 197 1,1 2 1,0

Total 17.851 100,0 779 4,4

Fonte: Sistema Informatizado - HS

A Taxa de Conversão dos atendimentos de urgência e emergência em internamentos foi de 30% nos pacientes adultos (tabela 9) e de 20,3% nos pacientes pediátricos (tabela 10). Ao ser incluído os pacientes orientados e encaminhados para unidades de pronto atendimento ou ambulatorial (pacientes com classificação de risco Azul), considerando todas as faixas etárias, a proporção de internações geradas a partir dos atendimentos de urgência e emergência passa a ser de 23,2%, correspondendo a 11.695 internações de 50.456 atendimentos.

No Ambulatório de Egressos, a Taxa de Conversão foi de 4,4% (tabela 11), justificada diante da necessidade de intervenção cirúrgica, especialmente nas áreas de ortopédico e urologia.

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37

36

3

ESTATÍSTICA DAS INTERNAÇÕES

A avaliação de desempenho hospitalar é feita através de indicadores, que quando analisados sequencialmente podem indicar a direção e a velocidade de mudanças, que devem ser percebidas e tratadas visando à melhoria contínua. No entanto, deve ser considerado o contexto externo, interno e principalmente o perfil epidemiológico da população atendida.

Assim, desde a sua implantação, o Hospital do Subúrbio apresenta-se com o perfil institucional de urgência e emergência, de média e alta complexidade, onde pacientes adultos ou pediátricos, agudos ou com doenças crônicas agudizadas, sob demanda espontânea ou referenciada, são atendidos e internados. O comportamento dos indicadores, conforme a tabela 12, reflete o fortalecimento deste perfil, ao demonstrar que 92,9% das internações procederam da Emergência e Urgência Ortopédica e que houve progressivo aumento das Taxas de Conversão dos atendimentos em internações, atingindo 23,2% no último ano.

Tabela 12: Indicadores Hospitalares – HS – Ano 1 a 7

Indicadores Hospitalares Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7

Número de internações 9.702 13.374 13.032 12.625 13.898 12.074 12.586

Percentual de todos os atendimentos da Emergência e

Urgência Ortopédica que foram internados (%) 9,0 11,1 14,0 17,3 20,4 19,9 23,2 Percentual de Internações com Procedência da Emergência e

Urgência Ortopédica (%) 96,2 94,1 91,7 92,1 92,5 92,3 92,9

Percentual de Internações com Procedência do Ambulatório

de Egressos (%) 3,8 5,1 8,3 7,9 7,5 7,7 7,1

Taxa de Ocupação (%) 103,6 104,4 110,8 110,9 114,7 98,6 100,0

Média de Permanência (dias) 8,99 8,35 9,71 10,07 9,42 9,32 9,51

Taxa de Mortalidade Institucional (%) 8,5 8,5 9,4 8,9 8,9 8,5 8,9

Fonte: Sistema Informatizado – HS

Nos dois últimos anos, a Taxa de Ocupação Hospitalar foi inferior a 100%, mantendo o equilíbrio do Tempo Médio de Permanência e da Taxa de Mortalidade Institucional, a despeito de uma maior criticidade e risco das internações, como será demonstrado adiante. Ressalta-se que os nós que emperram o fluxo da assistência à saúde foram mapeados e são monitorados, com definição de ações sistêmicas, integradas e multidisciplinares, focadas no paciente e na linha do seu cuidado.

(38)

38

37

3.1

TAXA DE OCUPAÇÃO

Calculada a partir da relação entre o número de paciente-dia e leitos operacionais, a Taxa de Ocupação avalia o grau de utilização dos leitos hospitalares e sofre influência da demanda de pacientes que geram as internações e da Média de Permanência. Sabe-se que o leito hospitalar é um recurso caro e complexo, devendo o seu uso ser racional, com indicação apropriada, de forma a atender as necessidades da população.

A Taxa de Ocupação do HS vinha crescente e com valores acima de 100%, atingindo 114,7% no quinto ano de operação (tabela 12). No entanto, num processo de melhoria contínua, com ações de controle de acesso aliada à qualidade assistencial e a implementação do Grupo de Desospitalização, houve redução deste indicador. No gráfico 13, está demonstrado o comportamento da Taxa de Ocupação ao longo dos sete anos, sendo evidente a sua redução nos dois últimos anos.

Gráfico 13: Taxa de Ocupação – HS – Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado - HS

Vale ressaltar que a demanda das internações acima da capacidade instalada resulta em pacientes mantidos em leitos na Emergência, seguindo critérios institucionais de criticidade e risco.

3.2

MÉDIA DE PERMANÊNCIA

O Tempo Médio de Permanência hospitalar é um indicador que reflete a qualidade da assistência prestada, mas deve ser analisado considerando o perfil nosológico e as características demográficas dos pacientes internados. Assim, pacientes vítimas de trauma, neurológicos agudos e com comorbidades crônicas descompensadas, geralmente associadas à infecção, foram frequentes e contribuíram para o resultado deste indicador, como será demonstrado nos tópicos 3.3 e 3.5.

Ao longo dos sete anos, conforme evidenciado na tabela 12, houve aumento da Média de Permanência hospitalar, atingindo um valor de 10,07 dias no quarto ano. Um fator importante para o entendimento deste comportamento foi a maior gravidade e complexidade dos pacientes que

103,6 104,4 110,8 110,9 114,7 98,6 100,0 0 20 40 60 80 100 120

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7

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39

38

procuraram o hospital, refletido no aumento das internações que tiveram a classificação de risco Amarelo, conforme evidenciado no gráfico 14. Simultaneamente, pode-se observar que houve redução das internações de pacientes classificados com o risco Verde e Azul.

Gráfico 14: Distribuição das internações hospitalares pela classificação de risco – HS – Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

O gráfico 15 mostra o percentual das internações com classificação de risco Amarelo e Vermelho ao longo dos sete anos do hospital, sendo observado aumento progressivo, atingindo, as duas, 83,1% no último ano. Este comportamento define diretamente uma população de maior risco e indiretamente de maior gravidade.

Gráfico 15: Internações com classificação de risco Amarelo e Vermelho – HS – Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

A despeito do alto percentual de internações com classificação de risco Amarelo e Vermelho, foi observado que do quarto para o quinto ano do HS, conforme demonstrado no gráfico 16, houve diminuição da Média de Permanência de 10,07 para 9,42 dias, correspondendo a 6,5% de redução. A partir daí, este indicador vem em equilíbrio, com valor de 9,51 dias no último ano. Este fato pode ser atribuído as medidas que visam otimizar os processos assistenciais, incluindo os relacionados à gestão

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7

Azul 1.584 390 12 20 21 27 37 Verde 3.472 4.849 3.245 3.404 3.655 2.478 2.081 Amarelo 3.365 4.915 7.320 7.891 8.526 7.832 8.229 Vermelho 912 2.236 1.376 1.306 1.689 1.732 2.231 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 N úm ero

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7

Vermelho 9,4 16,7 10,6 10,3 12,2 14,4 17,7 Amarelo 34,7 36,8 56,2 62,5 61,4 64,9 65,4 0 20 40 60 80 100 %

(40)

40

39

do leito, como a implementação da previsão de alta, o monitoramento dos pacientes com longa permanência e o direcionamento para regulação de pacientes fora do perfil, o que ainda apresenta dificuldade de atendimento pela rede de saúde do estado.

Gráfico 16: Internações com risco Amarelo e Vermelho e Média de Permanência – HS – Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado - HS

3.3

FAIXA ETÁRIA E SEXO

No sétimo ano, de 12.586 internações 7.227 foram do sexo masculino (57,4%) e 5.359 do feminino (42,6%). Conforme demonstrado no gráfico 17, o predomínio do masculino vem sendo mantido desde a abertura do hospital, refletindo o perfil institucional de urgência e emergência, onde as causas externas constituem importante motivo de atendimento e de internação hospitalar.

Gráfico 17: Percentual de internações por gênero - HS - Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

O gráfico 18 mostra o percentual das internações por grupo etário ao longo dos anos, sendo observado que pacientes acima de 60 anos ainda são os mais prevalentes, refletindo também um perfil de pacientes idosos e com doenças crônicas e degenerativas. O grupo entre 18 a 40 anos também foi frequente e mais associado às causas externas.

44,1 53,5 66,7 72,9 73,6 79,3 83,1 8,99 8,35 9,71 10,07 9,42 9,32 9,51 0 6 12 18 24 30 0 20 40 60 80 100

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7

dias

%

Internações Amarelo e Vermelho Média de Permanência

57 43 55,7 44,3 56,4 43,6 57,5 42,5 57,4 42,6 57,4 42,6 57,4 42,6 0 25 50 75 100 Masculino Feminino %

(41)

41

40

Gráfico 18: Distribuição das internações por faixa etária – HS – Ano 1 a 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

Na avaliação das internações considerando o sexo e faixa etária, conforme os gráficos 19 e 20, pode-se observar que o sexo masculino foi mais prevalente nas faixas mais jovens, principalmente entre 18 a 30 e 30 a 40 anos. Já as faixas etárias acima de 60 anos predominaram no feminino. Tal comportamento reflete a maior exposição às causas externas no masculino, que representaram o principal motivo de internação no hospital no último ano.

Gráfico 19: Distribuição das internações no sexo masculino por faixa etária – HS – Ano 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

Gráfico 20: Distribuição das internações no sexo feminino por faixa etária – HS – Ano 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

Os gráficos 21 e 22 mostram o percentual dos pacientes do sexo masculino e feminino, respectivamente, por grupos etários. Nota-se que 22% dos pacientes masculinos tinham até 18 anos e 30,8% entre 18 e 40 anos, contrapondo com 40% das internações acima de 60 anos no feminino.

26 2322 22 22 2119,6 23 23 23 27 27 2727,0 20 22 20 22 2123 23,1 31 33 34 2930 29 30,3 0 25 50 75 100 Até 18 a > 18 a 40 a >40 a 60 a >60 a 405 209 415 563 1.200 1.025 780 962 827 524 317 0 500 1.000 1.500 2.000

Até 2 > 2 a 5 >5 a 12 >12 a 18 >18 a30 >30 a 40 >40 a 50 >50 a 60 >60 a 70 >70 a 80 > 80 anos

Sexo Masculino N N 7.227 262 130 272 213 543 627 505 663 756 690 698 0 500 1000 1500 2000 Até 2 > 2 a 5 >5 a 12 >12 a 18 >18 a 30 >30 a 40 >40 a 50 >50 a 60 >60 a 70 >70 a 80 > 80 anos Sexo Feminino N N 5.359

(42)

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Gráfico 21: Percentual das internações por grupo etário Gráfico 22: Percentual das internações por grupo etário no sexo masculino – HS – Ano 7 no sexo feminino – HS – Ano 7

Fonte: Sistema Informatizado – HS

Fonte: Sistema Informatizado – HS

3.4

INTERNAÇÕES POR ESPECIALIDADES

Como previamente demonstrado, dos 68.927 atendimentos realizados no sétimo ano do hospital, 50.456 foram de urgência e emergência (73,2%) e 18.471 no Ambulatório de Egressos (26,8%). A partir destes atendimentos, ocorreram 12.586 internações, sendo 11.695 oriundas da urgência e emergência (92,9%) e 891 do Ambulatório (7,1%).

Dos atendimentos de urgência e emergência, conforme demonstrado na tabela 13, pode-se observar que a clínica médica foi a principal especialidade, não apenas em número de atendimentos, com 17.251 (34,2%), como também em número de internações geradas, com 5.377 (46%), resultando numa Taxa de Conversão de 31,2%.

Tabela 13: Taxa de Conversão por especialidades procedentes da urgência e emergência – HS – Ano 7

Drescrição Atendimentos Internamentos Taxa de Conversão

N % N % % Clínica Médica 17.251 34,2 5.377 46,0 31,2 Pediatria 13.145 26,1 1.802 15,4 13,7 Ortopedia 9.959 19,7 1.620 13,8 16,3 Cirurgia Geral 9.463 18,8 2.615 22,4 27,6 Urologia 281 0,6 150 1,3 53,4 Neurocirurgia 142 0,3 56 0,5 39,4 Cirurgia Bucomaxilofacial 75 0,2 28 0,2 37,3 Cirurgia Vascular 75 0,2 29 0,3 38,7 Neurologia 32 0,06 13 0,1 40,6 Cirurgia Pediátrica 24 0,05 4 0,03 16,7 Outras 8 0,02 1 0,0 12,5 Total 50.456 100,0 11.695 100% 23,2%

Fonte: Sistema Informatizado – HS

Embora a maior proporção dos atendimentos na urgência e emergência e suas consequentes internações terem sido na área de clínica médica, as clínicas cirúrgicas predominaram e tiveram

22,0 30,8 24,1 23,1 Sexo Masculino Até 18 >18 a 40 >40 a 60 >60 anos 16,4 21,8 21,8 40,0 Sexo Feminino Até 18 >18 a 40 >40 a 60 >60 anos

Referências

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