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Academic year: 2021

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Atividade física e Demência

Clarissa Biehl Printes

Educadora Física, Faculdade de Ciências da Saúde IPA/RS, Brasil Especialista em Ciências Morfológicas, Faculdade de Medicina, UCO, Espanha Doutora em Ciências Aplicadas a Atividade Física e Desporto, Faculdade de Medicina, UCO, Espanha Docente nos cursos de

Especialização e Extensão do Instituto de Geriatria e Gerontologia, UNATI, PUCRS.

(2)

Nossos objetivos para hoje

Conteúdo

- Alterações fisiológicas no envelhecimento e implicações na resposta

adaptativa funcional

-Alterações motoras e funcionais em diferentes estágios da doença de

Alzheimer e implicações na atividade física

- Prevenção, tratamento e benefícios da atividade física na doença de

Alzheimer

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A fase da Senescência

Alterações Fisiológicas

Com o envelhecimento ocorrem danos ao nível

celular, que aceleram o processo de envelhecimento e afetam todas as estruturas que intervêm neste processo

(ex.orgãos,tecidos,etc). Manter a saúde celular,e proteger as células de danos comum a boa nutrição e exercício físico assume-se como um fator fundamental para retardar o processo de envelhecimento. Organismo Sistemas Fisiológicos Orgãos Tecidos Células

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F.C. Repouso

= Tempo de Reação

F.C. Máxima

Força Muscular

D.C. Máximo

Massa Óssea

P.A. Exercício

Flexibilidade

P.A. Repouso

Massa Magra

VO2 Máx.

% Massa Gorda

Volume Residual

Tolerância à Glicose

Capacidade Vital

Tempo de

Recuperação

ACSM, 2011

Alterações Funcionais

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Moraes (2008). Formas de envelhecimento C a pa c id a d e Func io na l Idade

Com o envelhecimento, aumenta a prevalência de demências, chegando a 20% na América Latina e, especificamente no Brasil, a 38,9% de idosos com mais de 85 anos.

Nitrini R. Dementia in the developing world. Dement Neuropsychol. 2009;3:1.

Herrera, et al. / Brazilian population. Alzheimer Dis Assoc Disord. 2002;16:103-8.

“Somente 30% das características do envelhecimento tem bases

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Alterações Fisiológicas

“O processo de envelhecimento dos diferentes sistemas orgânicos ocorre de forma irregular, dependendo da relação do indivíduo com o envolvimento, do seu modo e qualidade de vida” (Godinho, Melo, Mendes & Chiviakowski; 2006)

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Demência

A prática de atividade física é uma intervenção eficaz na prevenção desta doença e dos

fatores de risco associados aos seus declínios cognitivos.

(9)

A doença de Alzheimer (DA) é a demência de maior prevalência e está associada a alterações cognitivas, comportamentais e funcionais. Entretanto,faz-se necessário esclarecer a in„uência do agravamento da doença no declínio dessas funções.

Zidan M, et al. / Rev Psiq Clín. 2012;39(5):161-5

Contribuição da atividade física no portador da

Doença de Alzheimer

(10)

“Além disso, exercício está associado com menor

prevalência e incidência de demência (32%), bem

como de declínio cognitivo”

Larson EB, Wang L, Bowen JD. Exercise is associated with reduced risk for incident dementia among

persons 65 years of age and older. Ann Intern Med. 2006;144:73-81.

(11)

A função motora (força, flexibilidade, capacidade aeróbia e equilíbrio) e a função cognitiva (função executiva, atenção e memória) in„fluenciam na autonomia para desempenhar as atividades de vida diária (AVD).

As anormalidades motoras podem ser observadas em pacientes com DA. Distúrbios de

marcha (diminuição da velocidade da marcha, redução no comprimento do passo e

redução na largura do passo), diminuição da força de membros superiores e inferiores e alterações no controle postural podem estar presentes em fases iniciais da demência ou mesmo em estágios pré-clínicos da DA.

(12)

Funções cognitivas especíˆficas (memória, atenção, função executiva, velocidade de processamento), funções motoras (equilíbrio dinâmico, marcha, condicionamento físico, ‚exibilidade) e AVD (Atividades da Vida Diária) de pacientes com DA nos diferentes estágios da doença.

Estágio I – Fase Leve Estágio II – Fase Moderado Estágio III – Fase Grave

Cognitivo* Cognitivo** Cognitivo***

Motor * Motor *** Motor***

AVDs (AVDI** e AVDB) AVDs (AVDI***e AVDB*) AVDs (AVDI*** e AVDB***)

* Leve ** Moderado *** Alto

Zidan M, et al. / Rev Psiq Clín. 2012;39(5):161-5

“... 60% dos pacientes idosos com declínio cognitivo sofrem duas vezes mais quedas do que idosos sem comprometimento.”

(13)

Dimenção dos benefícios por Wannen Spirduso

 Um aumento de 5% na força muscular pode não ser considerado uma melhoria

detectável na velocidade de um atleta, mas pode significar para uma pessoa de 85

anos a diferença entre andar de forma autônoma ou necessitar de auxilio.

 Uma melhoria de 5% na velocidade de processamento informacional numa pessoa

idosa pode ser o suficiente para que esta pessoa possa se desviar de um carro

enquanto atravessa um rua.

(14)

Cérebro: “apenas” 2% do peso total

do corpo

Mais utiliza:

20% do

oxigênio

25% da glicose

(Friedland, 1990)

(15)

Existe uma relação dose-resposta entre a quantidade de exercício realizado (a partir das

700-2000 kcal/sem) e a mortalidade por todas as causas e por doença cardiovascular na

população geriátrica.

(16)
(17)

Neuroplasticidade e Idosos

Colcombe, S. J., Erickson, K. I., Raz, N., Webb, A. G., Cohen, N. J.,

McAuley, E., et al. (2003). Aerobic fitness reduces brain tissue loss

in aging humans. J Gerontol A Biol Sci Med Sci, 58(2), 176‐180.

Colcombe, S. J., Erickson, K. I., Scalf, P. E., Kim, J. S., Prakash, R.,

McAuley, E., et al. (2006). Aerobic exercise training increases brain

volume in aging humans. J Gerontol A Biol Sci Med Sci, 61 (11),

1166‐1170

Ravaglia G, Forti P, Maioli F, et al. Conversion of mild cognitive

impairment to dementia. Predictive role of mild cognitive impairment

subtypes and vascular risk factors. Dement Geriatr Cogn Disord. 2006; 21,

51–58.

(18)

Erickson et al. (2011). Exercise training increases size of hippocampus and improves memory. Proc Natl Acad Sci USA 108:3017‐22.

Após 12 meses de participação num programa de

exercício aeróbico (marcha):

Aumento significativo do volume do hipocampo e

melhores resultados em testes de memória espacial!

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(20)

Evidências mostram que o aumento na massa

muscular decorrente de aproximadamente três

meses de treinamento de força em idosos gira em torno de 5 a 17%, o que é comparável com os achados em jovens adultos submetidos a períodos similares de treinamento.

(21)

Treino de força

As investigações científicas são consistentes em demonstrar que há mais de 20

anos que para contrariar a sarcopenia e evitar quedas nos idosos, se deve

implementar um programa de força, especialmente nos indivíduos com mais de

50 anos.

Baptista RR, Vaz MA. Muscle architecture and aging: functional adaptation and clinical aspects; a literature review. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.16, n.4, p.368-73, out./dez. 2009.

(22)

Neuroplasticidade e Idosos

Lachman ME, Neupert SD, Bertrand R, et al. The Effects of Strength Training

on Memory in Older Adults. J. Aging and Phy. Act. 2006;14(1):59-73.

Levinger I, Goodman C, Matthews V, et al. BDNF, Metabolic Risk Factors,

and Resistence Trainning in Middle-Aged Individuals. Med Sci. Sports

Exerc. 2008; 40(3);535-41.

Rolland Y, Pillard F, Klapouszczak A, et al. Exercise program for nursing

home residents with Alzheimer´s Disease: 1-year randomizes, controlled

trial. J Am Geriatric Soc. 2007;55(2):158-65.

Também devem ser integradas outras práticas de

cariz neuromotor como: equilíbrio, coordenação, flexibilidade, agilidade.

(23)
(24)

O que deverá se considerar em relação à atividade

física regular no doente com Alzheimer

1º Que seja estimulada constantemente e regularmente;

2º Adequada as características, necessidades e estágio da doença;

3º Que seja realizada todos os dias 20-30 minutos buscando atingir 150min por semana. No

inicio poderá fracionar;

4º Não sendo um profissional especializado em motricidade humana e se acompanhar um

idoso com Alzheimer e este for acompanhado por um profissional de educação física e/ou

fisioterapeuta convém buscar informações de segurança sobre a saúde dele bem como

recomendações para estimular atividade física;

5º É imperioso conservar e prolongar a locomoção, para tal deve-se estimular a marcha, a

flexibilidade da passada, deslocamentos com curvas, e a resistência dos membros

inferiores, o equilíbrio e a mobilidade;

6º Também faz parte da independência funcional as transferências funcionais: vestir,

despir, abaixar, levantar, alcançar, puxar, etc.

(25)
(26)

O que considerar em

relação à atividade física

aeróbica

Atividades aeróbicas

(27)

O que deverá considerar

em relação à atividade

física de força

Atividades de força -resistência

(28)
(29)

O que deverá considerar em

relação à atividade física de

elementos neuromotor

Atividades de flexibilidade e

(30)
(31)
(32)

Monitorar a caminhada

Alinhamento postural. As Costas direitas estiular a atenção para

procurar manter o Abdominal ativo;

Preocupar-se com o Padrão Locomotor. Como se dá a

colocação do apoio do pé no chão. Colocar o calcanhar e

depois o terço anterior do pé, uso do hállux;

Preocupar-se com a intensidade. Estimular uma passada no

modo ativo. Deve sentir mudança no padrão ventilatório e

poderá utilizar uma escala psico-fisiológica de esforço para

avaliar o nível de esforço de 0-10 considerando 5-6 o ideal;

(33)

Monitorar a caminhada

Poderá utilizar um podômetro e controlar 10.000 passos/dia;

Também controlar a zona alvo de treino cardiovascular pela FC:

220-idade: leve 57-63%; moderado 64-76%; vigoroso 77-95%

desse valor a ser verificado através do uso de um

frequencímetro.

Ex: 220-70=150

logo, 150x70% = 105

FCT= 105

(34)

Qual a dose certa?

A recomendação será pelo menos incorporar 150min/sem de

caminhada.

A intensidade deverá ser moderada/ativa.

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Sem Stress Ortopédico

Caminhada, cicloergômetro, meio aquático

O indivíduo

Estabelecimento de um grupo

Moderado a Vigoroso e contínuo – 30 min./dia

Definicção de intervalo da FC

Consideração aos medicamentos

Progredir gradualmente na intensidade

Equilíbrio oferta-demanda

(36)

Bibliografias e Cursos Sugeridos

http://educon.pucrs.br e-book: Livraria Cultura

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Referências

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