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O Reformador Calvino. Nesse mês celebramos. Filho de Gérard Cauvin e Jeanne Lefranc,

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(1)

B

rasil

Presbiteriano

da Igreja Presbiteriana do Brasil

Ano 62 nº 788 – Julho de 2020

A Missão Evangélica Caiuá segue em perfeita ordem nos seus trabalhos de assistência à Saúde indígena du-rante o enfrentamento da COVID-19. O Hospital Porta da Esperança conta com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Prefeitura e de doações de ma-teriais para garantir o atendimento na região. Página 7

O Rev. Rodrigo Leitão foi desafiado pelo Conselho da APECOM para ser o Executivo da Agência, subs-tituindo o Rev. Ricardo Mota, que assumiu o pas-torado da Sexta IP de Uberlândia. Além de pastor, Rev. Rodrigo é formado em Comunicação com ha-bilitação em Jornalismo (FIC/MG) e cursou um MBA em Marketing (UCAM/RJ). Página 11

Vida devocional em família – Após cada salmo e cada capítulo da Escritura, a Bíblia de Estudo Herança Reformada apresenta auxílios para a prática devocional individual ou familiar. Página 19 A crescente divulgação de PDF de livros na internet

le-vanta o questionamento: seria ou não pirataria essa forma de divulgação? Em texto especial, Alan Rennê apresenta argumentos pertinentes sobre o trabalho envolvido na produção, edição e distribuição de um livro e como nós, enquanto cristãos, devemos nos portar ao consumir esse tipo de conteúdo. Página 6

No dia 20 de junho, a IPB realizou sua primeira live oficial, a IPB Live!, reunindo 300 mil pessoas durante 13 horas de transmissão ao vivo no canal da organização no YouTube. O evento online encabeçado pela Agência Presbiteriana de Evangelização e Comunicação (APECOM), órgão oficial da IPB, teve como tema Reinvenção: porque tudo se fez novo e trouxe momentos que irão entrar para história da IPB. Página 10

O ano de 2020 é histórico para o Mackenzie, pois mar-ca os 150 anos da Instituição. Embora a pandemia de coronavírus imponha limites às celebrações que haviam sido programadas, o Mackenzie prosseguirá em sua tra-jetória desenvolvendo atividades para a honra e glória de Deus. Página 8

IPB Live! – Reinvenção

Mackenzie: uma instituição

brasileira e confessional

Missão Caiuá COVID-19

APECOM tem novo executivo

O vírus da pirataria de livros

Nesse mês celebra-mos 511 anos do nas-cimento de João Cal-vino. Filho de Gérard Cauvin e Jeanne Le-franc, Calvino foi um exímio e importante pregador da Palavra, travando grandes lu-tas com autoridades e famílias influentes de sua época visando fa-zer a diferença para a glória de Deus.

Página 4

(2)

Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e

Publicações Ano 62, nº 788

Julho de 2020

Rua Miguel Teles Júnior, 394 Cambuci, São Paulo – SP

CEP: 01540-040 Telefone: (11) 3207-7099 E-mail: bp@ipb.org.br assinatura@cep.org.br

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Brasil

Presbiteriano

O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 58 nº 765 –

Agosto de 2018

Página 12

A Associação de Capelania na Saúde (ACS), dirigida pela Capelã Hospitalar da IPB, Eleny Vassão, elabora e ofer

ece cursos especiais para preparação de igr

ejas para o cuidado dos que sofrem.

CUIDADOS P ALIATIVOS A 39ª RO-SC aconteceu entr e os dias 22 e 29 de julho de 2018 em Águas de Lindoia (SP), esti -veram pr esentes cerca de 1700 pessoas. A nova Mesa do Supr e-mo Concílio da IPB (2018 - 2022) foi eleita duran -te a reunião. Páginas 10 e 11 39ª Reunião Or dinária do Supr emo Concílio LIBERDADE DE CONS

CIÊNCIA – Qual o papel fundamental dos funcionários seculares: julgar crenças ou proteger a liberdade religiosa e seu livre exe rcício?Página 18 Página 6

IP INDÍGENA NO AMAZONA S

Página 17

Treinamento voltado para capacitação ao trabalho com crianças aconteceu em junho em Cuiabá - MT

, e contou com mais de 300 participantes de igr ejas do Sínodo Matogrossense. MÃOS E COR AÇÃO Líderes de igrejas indígenas participam de curso para plantadores de igrejas ministrado em Manaus pelos Revs. Alcedir Sentalin e Ronaldo Lidório, autor do livro Plantando Igrejas da Editora Cultura Cristã.

Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP)

Clodoaldo Waldemar Furlan (Presidente) Domingos da Silva Dias (Vice-presidente) José Romeu da Silva (Secretário) Alexandre Henrique Moraes de Almeida Anízio Alves Borges

Hermisten Maia Pereira da Costa Misael Batista do Nascimento Walcyr Gonçalves

Conselho Editorial do BP

Fevereiro 2020 a fevereiro 2022

Cláudio Marra (Presidente) Anízio Alves Borges Ciro Aimbiré Moraes Santos Clodoaldo Waldemar Furlan Hermisten Maia Pereira da Costa Jailto Lima do Nascimento Natsan Pinheiro Matias

EDITORA CULTURA CRISTÃ

Rua Miguel Teles Júnior, 394 – Cambuci 01540-040 – São Paulo – SP – Brasil Fone (11) 3207-7099

www.editoraculturacrista.com.br cep@cep.org.br

0800-0141963 Superintendente

Haveraldo Ferreira Vargas

Editor

Cláudio Antônio Batista Marra

Editores Assistentes

Eduardo Assis Gonçalves Márcia Barbutti de Lima

Produtora Mariana P. Anjos Edição e textos Gabriela Cesário E-mail: bp@ipb.org.br Diagramação Aristides Neto Impressão Órgão Oficial da www.ipb.org.br EDITORIAL

Reinventar ou transformar

ada será igual após a pandemia. A vida não voltará ao normal, por-que apor-quele normal não existe mais. Reinventar é preciso, é o que se ouve por aí.

Essa expressão, porém, não é de agora. Há bom tempo eu venho lendo sobre pessoas que se reinventaram. Um executivo que deixou tudo e foi estudar ariranhas no Pantanal. Um professor universitário que largou a academia e foi plantar hor-taliças orgânicas no inte-rior. Uma administradora que pediu demissão do seu emprego e foi vender comi-da vegana em um food-truck. E vai por aí.

Nenhum desses casos trata de mudanças profundas. Não há reais transformações. A pessoa só mudou seu esti-lo de viver, mas não tocou

seu velho ser. Diz que se reinventou, como se o que a definia fossem suas tarefas do dia a dia. Isso se parece com a ideia do reinventar-se previsto para a pós-pande-mia. A sociedade já é digital há algum tempo, mas a digi-talização, que era importan-te, passou a ser mais do que isso. Agora é indispensável. Em torno dela serão pensa-das as tais reinvenções. O

home-office veio para ficar.

Reuniões de oração online, consultas e aconselhamen-to por WhatsApp, também. Economizamos vale-alimen-tação, vale-transporte, muito cafezinho e sola de sapato.

Claro que tais reinven-ções poderão ser chamadas de cosméticas, exteriores, superficiais. Mas elas resul-tam do que o ser humano tem no fundo do seu coração.

E o coração é mais enganoso do que tudo. É desesperada-mente corrupto. Vai preferir comodidade, não profundi-dade. Soluções humanas, não divinas. Por isso, con-quanto todo o leque digital de novidades tenha muito mérito, corremos o risco real de nos satisfazermos com o número de lives que cur-timos, sem buscar, além da reinvenção, a transformação de que carecemos.

Paulo nos alerta: “[...] não vos conformeis com este século” (Rm 12.2). Em suas

Cartas às Igrejas Novas, JB

Philips parafraseou Paulo: “Não permitam que o mundo os comprima em seus pró-prios moldes”. A cultura à nossa volta não consegue mudar nosso interior, mas o explora e manipula segundo os moldes vigentes. As

rein-venções preconizadas pela cultura digital seguem ten-dências humanas tão antigas quanto a própria Queda. Não requerem e não propõem transformação. Basta clicar no link e baixar o arquivo. A transformação interior só pode vir do Senhor e ele a garante a seu povo (Ez 36.25-27).

Somos exortados pela Escritura a buscar mais do que uma reinvenção. “Transformai-vos pela reno-vação da vossa mente”, com-pleta o apóstolo Paulo. É pensar diferente. Não se trata apenas de achar outra coisa para fazer e fazer diferente. Não nos encantaremos com nada menos do que o proje-to transformacional de Deus para seu povo, obra que ele já começou em Cristo e con-duzirá até seu final.

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abacuque viveu numa época difícil. O seu livro foi escrito por volta do ano 605 a.C., durante o rei-nado de Eliaquim, filho de Josias. Nesse período, o rei-nado de Eliaquim era ape-nas simbólico, pois quem de fato mandava em Israel era o rei egípcio, Faraó-Neco, quem inclusive destronou o antigo rei, irmão de Elia-quim, Jeocaz – levando-o para o Egito onde viria fale-cer (2Rs 23.34) –, colocan-do Eliaquim no enfraqueci-do trono e, como sinal enfraqueci-do seu poder, mudou o nome de Eliaquim para Jeoaquim.

O reinado de Jeoaquim (609-598 a.C.) ocorreu durante o ministério de Jeremias e Habacuque. Para pagar os tributos exigidos por Faraó, Jeoaquim impôs pesados impostos sobre o povo de Israel (2Rs 23.35), construiu também prédios luxuosos com trabalho escravo, sendo descrito por Jeremias como um homem vaidoso, egoísta, ambicio-so, violento e corrupto (Jr 22.13-18). O seu reinado foi marcado pela decadên-cia moral e espiritual do povo, sendo as reformas feitas pelo seu pai Josias, gradativamente esquecidas.

Nesse contexto encontra-mos o profeta Habacuque, um fiel profeta de Deus, que tinha perguntas profundas, as quais revelavam a sua preocupação com o povo de

Judá, bem como o desejo de entender a dura realidade dos fatos. Nesse livro, nos deparamos com o profeta em conflito com a própria mensagem de Deus: Haba-cuque demonstra ter difi-culdade em compreender o desígnio divino. É difícil transmitir uma mensagem que nos desagrada e, tam-bém, quando não a con-seguimos entender, espe-cialmente quando parece conflitar com conceitos e valores que sustentamos.

O povo estava em peca-do: violência, conten-da, litígio, afrouxamento da lei, injustiça, etc. (Hc 1.3-4). O profeta orava ao Senhor, que aparentemente não o ouvia. A não per-cepção da manifestação de Deus causa-lhe angústia e incompreensão (Hc 1.2-3).

Agora Deus se revela a Habacuque, determinando a sua “sentença”, que tem o sentido metafórico de “peso” e “fardo”; o anún-cio de julgamentos pesados contra o povo e o poder imperial (Hc 1.1). O fato de essa palavra ser usada já no primeiro verso, à seme-lhança de Naum (Na 1.1) e Malaquias (Ml 1.1/Zc 12.1), indica a severidade da mensagem. Essa forma figurada de falar a respeito de Israel não era estranha ao Antigo Testamento (Nm 11.11,17; Dt 1.12).

Contudo, a resposta de

Deus foi surpreendente para o profeta. Deus mos-tra que não está indife-rente aos acontecimentos, mas que levantaria os cal-deus para oprimir aqueles opressores descritos pelo profeta (Hc 1.5-11). Aqui Habacuque vê a questão da santidade de Deus e a prevalência do mal. Como Deus poderia castigar os injustos por intermédio de outros mais injustos ainda? (ler Hb 1.12-17)

Mesmo que sem ter cla-reza quanto ao propósito de Deus em todos os atos da História, não podemos duvidar dele. Deus contro-la o seu povo e os seus ini-migos. Não há força neste universo que não esteja sob o seu domínio. Somente em Deus temos a origem e a preservação de todo poder. O fato de não enten-dermos os propósitos de Deus é inteiramente

natu-ral, afinal, Deus é o Senhor Eterno e Onisciente. Os caminhos de Deus não são os nossos caminhos; a sua mente é inescrutável (Is 55.8-9; Rm 11.33).

Expondo o salmo 73, Lloyd-Jones (1899-1981), avalia: “Creio que muitos de nós entramos em difi-culdade porque esquece-mos que o de que estaesquece-mos tratando é a mente de Deus, e que a mente de Deus não é como a nossa. Deseja-mos que tudo esteja pron-to, enxuto e fácil, e acha-mos que nunca deveriam existir quaisquer proble-mas ou dificuldades. Mas, se há uma coisa ensinada com mais clareza do que qualquer outra na Bíblia, é que nunca ocorre desse modo em nossas relações com Deus. Os seus cami-nhos são inescrutáveis; sua mente é infinita e eterna, e seus propósitos são tão grandes que as nossas men-tes pecaminosas não os podem entender. Portanto, quando um Ser assim está tratando conosco, não nos deve causar surpresa se, às vezes, acontecem coisas que nos deixam perplexos” (D.M. Lloyd-Jones, Por

que prosperam os ímpios?,

São Paulo: PES, 1985, p. 14-15).

A origem de todo poder

Hermisten Costa

O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa é pastor-auxiliar da 1ª

IP São Bernardo do Campo, São Paulo, SP, ensina teologia no JMC, é membro do CECEP, do Conselho Editorial da Cultura Cristã e do Brasil Presbiteriano.

H

"Somente em

Deus temos

a origem e a

preservação de

todo poder"

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este mês transcor-re o 511º aniversá-rio de nascimento de João Calvino. Esse personagem foi, ao lado de Martinho Lutero, o mais importante dos reformadores protes-tantes. Quando ele nasceu, em 10 de julho de 1509, na pequena cidade fran-cesa de Noyon, a Europa experimentava uma série de transformações culturais, sociais e religiosas que con-tribuíram para a Reforma. O nacionalismo emergente produzia insatisfação com as interferências da igreja romana nos países europeus. Os humanistas buscavam inspiração nas conquistas intelectuais e artísticas da Antiguidade. Eles também se interessavam pela Bíblia e com base nela faziam crí-ticas à igreja e à socieda-de do seu tempo. Muitas pessoas estavam frustradas com a religiosidade domi-nante, baseada em méritos que deviam ser alcançados diante de Deus, gerando insegurança e ansiedade. A corrupção existente em muitos setores da igreja, a começar do papado, havia despertado um clamor por “reformas na cabeça e nos membros”.

Calvino viveu em sua cidade natal até os 14 anos, quando ingressou na famo-sa e antiga Universidade de Paris. Dotado de uma inteli-gência brilhante, dedicou-se

aos estudos humanísticos, que incluíam o latim, os filósofos antigos e os teó-logos cristãos dos primei-ros séculos. Durante algum tempo, também estudou Direito em duas universi-dades francesas – Orléans e Bourges. Nessa época, já estava em pleno andamento a Reforma Protestante, ini-ciada pelo alemão Martinho Lutero em 1517. Calvino foi influenciado pelas ideias evangélicas através de um professor de grego, do seu primo Robert Olivétan e especialmente por meio do estudo cuidadoso da própria Bíblia. Em 1533, quando estava com 24 anos, ele se converteu a Cristo e passou a cultivar novos propósitos para a sua vida.

Nos anos seguintes, acon-teceram dois fatos decisivos na trajetória do jovem inte-lectual. Primeiro, ele publi-cou sua obra mais impor-tante – a Instituição da

Reli-gião Cristã, mais conhecida

como Institutas (1536). Esse livro evidenciou o seu profundo conhecimento bíblico, brilhantismo teoló-gico e talento literário, fato-res que contribuiriam para o futuro papel de liderança que ele haveria de desem-penhar. Em segundo lugar, no mesmo ano de 1536, Calvino passou a ter um vínculo duradouro com a cidade suíça de Genebra, onde teve a oportunidade e a liberdade para realizar sua grande obra em favor

da Reforma. Influenciada por Berna, Genebra havia abraçado o protestantismo recentemente por meio do ardoroso pregador Guilher-me Farel. O protestantismo suíço tinha algumas diferen-ças em relação ao luteranis-mo, tendo sido iniciado pelo ex-sacerdote Ulrico Zuín-glio, da cidade de Zurique.

Nos 25 anos que passou em Genebra, interrompidos por uma estada de três anos em Estrasburgo, na Alema-nha (1538-1541), Calvino realizou um impressionante trabalho em várias frentes. Tornou-se um renomado pregador e mestre das Escri-turas. Escreveu um vasto conjunto de obras teológi-cas e comentários bíblicos. Preocupou-se com questões políticas, sociais e econô-micas. Fundou uma acade-mia que deu origem à atual Universidade de Genebra. Manteve contatos e corres-pondências com um grande número de pessoas, contri-buindo decisivamente para a expansão do movimento reformado em boa parte da Europa. Além da Suíça, as igrejas reformadas ou pres-biterianas se difundiram na França, Alemanha, Países Baixos, Leste Europeu e Ilhas Britânicas (Inglaterra, Escócia e Irlanda).

João Calvino tem sido considerado pelos historia-dores um dos homens mais influentes do mundo moder-no. Sua herança mais óbvia está na área religiosa: ele

consolidou e expandiu uma nova tradição protestante – o movimento reformado. Sua teologia, o calvinismo, impactou não somente as igrejas presbiterianas, mas também os congregacio-nais, os primeiros batistas e os anglicanos originais. Ele deixou um legado valioso nas áreas da interpretação bíblica, da pregação, do culto e do cuidado pastoral. Hoje, dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo, ligadas às igrejas presbi-terianas ou reformadas, se beneficiam do trabalho que ele realizou.

Porém, a influência de Calvino não se limitou ao âmbito religioso. A convic-ção de que Deus é o senhor de todas as áreas da vida, fez com que o reformador de Genebra e seus seguido-res se preocupassem com as mais diferentes questões, a começar da educação. Cal-vino aprendeu nas Escritu-ras que uma das maneiEscritu-ras pelas quais os crentes amam

a Deus é através da sua mente, do seu intelecto. Por isso, ao longo dos séculos os reformados têm criado escolas em todos os lugares em que trabalham. Calvino também se interessou por questões políticas, sociais e econômicas, como se pode ver em seus livros, sermões e comentários bíblicos. Ele contribuiu para o surgimen-to das instituições democrá-ticas, do governo represen-tativo e de outros avanços do mundo moderno.

Ao lembrarmos mais uma vez o ilustre reformador, sejamos gratos a Deus por sua vida e realizações. Pro-curemos conhecer sua histó-ria e imitar sua consagração sem reservas à glória de Deus e ao bem-estar da sua igreja. Façamos do seu lema uma inspiração para a nossa vida – “O meu coração te ofereço, ó Senhor, de modo pronto e sincero”.

João Calvino – 511 anos

Alderi Souza de Matos

O Rev. Alderi Souza de Matos é o

historiador da IPB.

N

João Calvino: "O meu coração te ofereço, ó Senhor, de modo pronto e sincero"

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GOTAS DE ESPERANÇA

televisão, uma das mais fantásticas invenções do século 20, trouxe inúmeros benefícios para a sociedade. A comu-nicação tornou-se precisa, ágil e global. Ela encurtou as distâncias, democrati-zou a informação e abriu os canais do conhecimento para todos, em todos os lugares do mundo.

Não obstante os seus grandes benefícios, a tele-visão também pode tornar-se um grande perigo para a sociedade. Exatamente por sua poderosa influên-cia, quando mal usada, tor-na-se perigosa. John Stott, saudoso escritor britânico, alerta sobre os perigos da televisão em um dos seus livros sobre pregação:

1. A preguiça mental –

A televisão tende a tornar as pessoas mentalmen-te preguiçosas. Ela atrai, seduz, vicia e manipula as pessoas. É surpreendente a quantidade de tempo que as pessoas passam diante da televisão: em média as pessoas gastam de três a cinco horas por dia. Ela torna-se um vício que leva as pessoas a se tornarem passivas, deixam de pen-sar. A televisão tende a destituir as pessoas da crí-tica intelectual, produzindo nelas flacidez mental.

2. A exaustão emocional – A televisão tende a tornar

as pessoas emocionalmen-te insensíveis. As tragédias do mundo inteiro são des-pejadas dentro da nossa casa e não temos tempo para deglutir todas essas coisas. No afã de retratar a realidade, muitas vezes,

a televisão torna-se forma-dora de opinião, induzin-do as pessoas às mesmas práticas que ela divulga. A violência e a imoralida-de andam imoralida-de mãos dadas. Desse modo, ela não ape-nas retrata o que existe na sociedade, mas torna-se mestra dessas mesmas nulidades.

3. A confusão psicoló-gica – A televisão tende

a tornar as pessoas psi-cologicamente confusas. Ideias, conceitos, valores, filosofias e crenças são despejados diante das pes-soas e, muitas vezes, elas não têm o discernimento necessário para filtrar o que é certo e o que é errado. A perda do senso crítico e a incapacidade de avaliar o que está por trás das pro-pagandas, das telenovelas, dos filmes e até mesmo

de alguns documentários e noticiários produzem uma confusão psicológica de graves consequências.

4. A desorientação moral – A televisão tende

a deixar as pessoas em desordem moral. A vasta maioria dos programas, especialmente aqueles que dão mais ibope, estão eivados de valores éticos distorcidos e até mesmo nocivos para a família. A violência veiculada na televisão é uma verdadeira escola de crime. As tele-novelas fazem apologia da infidelidade conjugal. Os valores morais absolutos são tripudiados e a flacidez moral enaltecida. Aqueles que se viciam na televi-são alienam-se dentro de casa, matam a comunica-ção familiar e se intoxicam com conceitos liberais e

permissivos que conspiram contra a família e provo-cam verdadeira confusão moral.

5. O esfriamento espi-ritual – A televisão tende

a deixar as pessoas apáti-cas espiritualmente. Mui-tos crentes trocam o culto devocional pela televisão. A tela cheia de cor e ima-gem ocupa o lugar da lei-tura da Palavra de Deus e da prática da oração. A comunhão com Deus e com os membros da famí-lia é substituída pelo vício perigoso da televisão. Que Deus nos dê discernimento para separarmos o precio-so do vil e restaurarmos o altar do Senhor em nossa casa.

Hernandes Dias Lopes

O Rev. Hernandes Dias Lopes é

o Diretor Executivo de Luz para o Caminho e colunista regular do Brasil Presbiteriano.

A perigosa infl uência da televisão

A

IGREJA PERSEGUIDA | NO BRASIL E NO MUNDO

COVID-19 chegou a Bangladesh, e mais de 25 mil pessoas foram infectadas pelo coronaví-rus, garante o Ministério da Saúde do país. Porém, a população local tem mais uma preocupação: o ciclone tropical Amphan. Os ven-tos de até 270 quilômetros por hora atingiram também

o estado de Bengala Oci-dental, na Índia, e forçaram mais de 400 mil indianos e 1,5 milhão de bengaleses a irem para abrigos. Nesses refúgios, não há como fica-rem isolados para evitar a COVID-19.

De acordo com os mete-orologistas, o ciclone é o mais forte que passou pela

Baía de Bengala nos últi-mos 20 anos. Ele pode causar inundações, desliza-mentos de terra, maremotos com ondas de até 5 metros de altura. A Missão Por-tas AberPor-tas recebeu uma ligação de um parceiro na região, que pediu oração e relatou a situação dos cris-tãos locais.

Sem eletricidade na região, os cristãos estão clamando pela misericór-dia de Deus à luz de velas e correndo contra o tempo para salvar o que pude-rem do fenômeno natu-ral. “Devido às chuvas, as colheitas foram dani-ficadas. Mas ainda exis-tem plantações no campo,

então os agricultores estão colhendo rapidamente para minimizar os danos. As pessoas estão se preparan-do para enfrentar o ciclone sozinhas", conclui o par-ceiro de campo, Maznu.

Ore pela igreja perseguida. A Missão Portas Abertas apoia os cristãos perseguidos em mais de 60 países

Ciclone Amphan atinge Índia e Bangladesh durante quarentena

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i uma afirmação feita por alguém, no senti-do de que distribuir PDFs de livros não se configu-ra como piconfigu-rataria, uma vez que “não existe essa coisa de propriedade intelectu-al”. Assim, de acordo com ele, não há nenhum proble-ma com a prática bastante generalizada de se distribuir livros sem o devido consen-timento das editoras e dos seus autores.

Esse tipo de pensamento é falacioso, pois o princí-pio do oitavo mandamen-to (“Não furtarás”) é que aquele que trabalha é mere-cedor do seu salário. Ainda que se assuma que não exis-te propriedade inexis-telectual,

é preciso ceder à realidade de que existe trabalho inte-lectual. E o trabalho envol-vido na produção de um livro – por parte do autor – é tão digno quanto o de qualquer outro trabalhador. O autor estuda, pesquisa, gasta horas selecionando literatura, lendo o material selecionado, ponderando a respeito, delimitando o escopo da sua pesquisa, organizando as suas anota-ções e, por fim, escrevendo o manuscrito da sua obra.

Por parte da editora tam-bém há um grande esforço envolvido para que aquele manuscrito seja transforma-do numa tiragem com cen-tenas, milhares de exem-plares. Há o pagamento de direitos de publicação nos

termos do contrato celebra-do. Há o trabalho do tradu-tor, dos revisores, dos ilus-tradores, do diagramador e do capista. E ainda existem os gastos envolvidos com a gráfica. É preciso também considerar que, ainda que a Constituição Federal garan-ta que não existe cobrança de impostos sobre livros, as empresas (editoras e livra-rias) pagam impostos para continuarem a operar.

Desse modo, a pirataria de livros é quebra do oitavo mandamento e, consequen-temente, pecado, porque todas as pessoas que traba-lharam dura e dignamente na produção daqueles livros acabam por ser privadas do que lhes é de direito.

É bem verdade que não

se deve fazer do lucro o seu deus, mas eu posso tes-temunhar de como edito-ras e autores se mostram desprendidos nesse sentido, através da doação de livros a muitas pessoas, incluindo igrejas e escolas teológicas. Não obstante, aquilo que, por desprendimento eles podem fazer, não justifi-ca que os internautas ajam com desonestidade, distri-buindo o fruto do trabalho daqueles irmãos sem que eles recebam o que lhes é assegurado pelo Senhor Deus.

E é uma tristeza que pas-tores, ministros do evan-gelho não apenas se envol-vam, mas que façam defesas apaixonadas dessa prática pecaminosa, inclusive

atri-buindo pecado aos irmãos que têm produzido literatu-ra e abençoado nosso país.

Que o Senhor traga arre-pendimento aos envolvidos nesse procedimento e na sua defesa. Que o Senhor aben-çoe o nosso país, para que não apenas a soteriologia de Westminster, mas também a ética de Westminster seja amada em nosso meio.

O vírus da pirataria de livros

Alan Rennê

O Rev. Alan Rennê é pastor-efetivo

na IP do Cruzeiro do Anil, em São Luís, MA.

L

IGREJA PERSEGUIDA | NO BRASIL E NO MUNDO

esmo durante o isolamento social por causa da COVID-19, o governo da Colômbia autorizou a circulação de líderes cristãos pelo país. As autoridades entenderam que eles prestam assistên-cia aos necessitados em lugares remotos, onde mui-tos não desejam estar. Em Tumaco, costa do Pacífico, e nas regiões da Amazônia e Catatumbo, os riscos são

maiores do que ser infec-tado pelo coronavírus. É possível ser alvo de grupos armados ilegais que domi-nam os territórios. A Portas Abertas criou o programa “Ágape em seu lar” para auxiliar os cristãos perse-guidos na Colômbia a per-manecerem firmes em Jesus durante a pandemia.

O trabalho fornece ali-mento e apoio pastoral a 300 famílias que vivem em

aldeias remotas. O pastor Leandro Holguin* é um dos cristãos que enfrentam os riscos para levar Jesus até povoados mais vulneráveis. Ele anda pela cidade com pacotes de comida, más-caras, gel antibacteriano e Bíblias. "Aproveitamos o decreto do governo que nos permite avançar durante a quarentena. Conseguimos levar comida para muitas pessoas. Aqueles que não

conseguem trabalhar estão muito deprimidos e enfren-tam sérias dificuldades financeiras. Oferecemos orientação pastoral e com-partilhamos a palavra de Deus com cada um deles”, explica o colaborador.

O líder cristão relatou que neste período da pandemia, muitas pessoas se converte-ram a Cristo. "Isso me traz muita alegria", comemora. Outra cristã que tem feito

diferença é a obreira Aman-da Santander.* Há mais de 20 anos ela prega na região de Catatumbo. “As pessoas aqui não têm apenas medo do controle imposto por esses grupos ilegais, mas também temem ser infec-tadas com coronavírus e depois mortas por rebel-des", completou a seguidora de Jesus.

Adaptado Portas Abertas * Nomes alterados por segurança

Colombianos encontram Jesus durante a pandemia

(7)

Geraldo Silveira Filho

A

MISSÃO E SAÚDE

Missão Caiuá e os desafios da saúde indígena em tempos de Covid-19

Missão Caiuá tem várias frentes de traba-lho com a comunidade indí-gena, não apenas no Mato Grosso do Sul, mas também em outros estados brasilei-ros como Roraima e Ama-zonas. Tem sua sede em Dourados, MS, onde con-centra sua gestão em nível nacional com uma história de 92 anos de trabalhos com os povos indígenas do esta-do esta-do Mato Grosso esta-do Sul.

Na área da saúde, a Mis-são trabalha em duas frentes importantes: saúde Primária e Secundária.

Convênios com a SESAI

A primeira frente de traba-lho são os Convênios para atendimento à saúde básica, que são os atendimentos pri-mários em postos de saúde dentro das aldeias, em par-ceria com a Secretaria Es-pecial de Saúde Indígena (SESAI), e com responsabi-lidades distintas.

Nessa área de atendimen-to, a Missão trabalha jun-to ao Ministério da Saúde desde 1999. Hoje, a Missão detém nove convênios com a SESAI: Alto Rio Purus (AM), Alto Rio Solimões (AM), Vale do Javari (AM), Manaus (AM), Médio Rio Purus (AM), Médio Rio Solimões e Afl uentes (AM) Mato Grosso do Sul (MS), Parintins (AM) e Yanoma-mi (RR). Esses Convênios

atendem uma população de 274.948 indígenas, numa vasta região de aldeias e fl oresta tropical, com aces-so em muitos caaces-sos aces- so-mente por rios ou por via aérea, numa abrangência de 1.465.776,28 km2.

Mediante plano de tra-balho aprovado na SE-SAI, com participação dos DSEIs, dos CONDISIS e da Conveniada, com recur-sos do Ministério da Saúde, a Missão realiza as Ações Complementares, especifi -camente em RH, com equi-pe de funcionários na área de saúde, assistência social, agentes comunitários, ad-ministrativo, engenheiros, antropólogos, etc., somando um total de 4.584 colabora-dores no atendimento bási-co dentro das aldeias.

A SESAI/MS é a respon-sável direta por toda a saúde indígena, incluindo logísti-ca de locomoção dos

fun-cionários, fornecimento de medicamentos, insumos e a manutenção e reforma dos postos de saúde.

Hospital Porta da Esperança

Junto à sede da Missão Caiuá em Dourados, anexo à aldeia Jaguapiru, fi ca a se-gunda frente de trabalho da Missão em saúde indígena, que é o Hospital Porta da Esperança, com quase ses-senta anos de atividades, e que atende as aldeias de Dourados e pacientes vin-dos de outras aldeias do Mato Grosso do Sul.

O Hospital trabalha com 100% de seus atendimentos pelo SUS e, preferencial-mente, com a comunidade indígena, uma vez que tam-bém atende outros pacientes que procurarem o hospital.

Os recursos para o Hos-pital são totalmente

sepa-rados dos recursos acima, e são provenientes do Go-verno Federal, Estadual e Municipal.

A Missão Caiuá tem luta-do junto aos órgãos gover-namentais para aumentar os recursos, para um melhor atendimento aos indígenas, pois os valores atuais não são sufi cientes para a manu-tenção do hospital. As igre-jas mantenedoras e as doa-ções voluntárias têm ajuda-do o Hospital a se manter de pé.

O Hospital Porta da Es-perança integra o programa do Governo para o atendi-mento da COVID-19, nas aldeias de Dourados e sepa-rou um anexo de seu prédio, com 20 leitos para interna-ções clínicas.

A empresa JBS, a quem a Missão agradece, doou EPIs, alimentação, medica-mentos e mobiliários hospi-talares para o enfrentamento

da COVID-19, mediante acordo entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Prefeitura, que está aju-dando a garantir o atendi-mento. O Hospital tem rece-bido ajudas das igrejas man-tenedoras, igrejas locais, e das entidades: Unigran, UEMS, Hospital Evangé-lico, Mesa Brasil, Cantina Mato Grosso, Marta Cam-pos e outras Entidades. Fo-ram doados materiais como máscaras, EPIs, alimenta-ção, roupas, etc.

Finalmente, a Missão Evangélica Caiuá segue em perfeita ordem nos seus trabalhos de assistência à saúde indígena, incansável neste desafi o de trabalhar com uma mão e se defender com a outra. Reconhece que trabalha em campos árduos, mas jamais fugirá de sua missão e responsabilidade.

Além da área da saúde a Missão tem outras frentes de trabalho nas aldeias, como Escolas, Ação Social per-manente e a tarefa de levar a Palavra de Deus a todos os povos, e continua a sua parceria e o respeito tanto à comunidade indígena e suas demandas, como aos Go-vernos Federal, Estadual e Municipal, no intuito de dar um atendimento humano e efi caz à população indígena em nossa vasta terra brasi-leira, e sempre dentro de seu lema: “a serviço do índio,

para a glória de Deus”. O Rev. Geraldo Silveira Filho é

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O prédio 1 do Mackenzie abriga hoje o Centro Histórico Mackenzie s décadas mais recentes

da história da grande instituição têm sido carac-terizadas por um relacio-namento harmonioso com o “associado vitalício”, a Igreja Presbiteriana do Bra-sil, e por notável crescimen-to em muitas dimensões. Em 1988, a escola contava com 17 mil alunos, 800 pro-fessores e igual número de funcionários. Em 1994, o número de alunos já havia subido para 25 mil, dos quais 2.500 na nova unida-de do Tamboré, em Barueri. Os anos 90 testemunharam dois fatos singulares: o iní-cio da expansão do Instituto Mackenzie para além dos limites do campus histórico e o acentuado fortalecimen-to da identidade confessio-nal.

Em 1990, começaram os estudos para a implantação de uma unidade em Bra-sília, na antiga proprieda-de do Instituto Presbiteria-no Nacional de Educação, com área de 65 mil m². Em 31.10.1993 houve o lançamento da pedra fun-damental e em 07.02.1996 foi inaugurado o Colégio Presbiteriano Mackenzie, no Lago Sul. No mesmo ano comemorou-se o cen-tenário da Escola de Enge-nharia, uma das primeiras e mais prestigiadas do Brasil. Ainda nesse ano, na gestão do Rev. Guilhermino Cunha

à frente do Supremo Con-cílio, o nome institucional passou a ser Instituto Pres-biteriano Mackenzie. Os novos estatutos afirmaram a continuidade histórica do Mackenzie e as suas raízes confessionais.

Em 1997, foi inaugura-do o novo edifício sede na Rua da Consolação, com o nome do reformador João Calvino. O local também passou a sediar o Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper. No ano seguinte, mediante emenda nos esta-tutos, a universidade igual-mente passou a refletir a identidade denominacional – Universidade Presbiteria-na Mackenzie. Agora a ins-tituição como um todo iria adotar uma linha confes-sional explícita e vigorosa, como só havia ocorrido nos primeiros tempos da Esco-la Americana. A partir de 2003, os reitores passaram a estar vinculados à IPB.

Ainda nos anos 90, mui-tos edifícios foram acres-centados ao campus, com os nomes de Paulo Breda Filho, Matatias Gomes dos Santos, Clara Schurig, Ida Eloise Kolb, Amantino Adorno Vassão, Alexander Blackford e Miguel Torres. Desde a virada do milê-nio, acelerou-se a expansão patrimonial e geográfica. Surgiram novas unidades da UPM no Tamboré/Alpha-ville, Brasília, Campinas e Rio de Janeiro. O campus

central passou a contar com novos edifícios homena-geando o Rev. Wilson de Souza Lopes, Rev. Modesto Carvalhosa, Dr. Luiz Carlos Salomão e Prof. Francisco Rodrigues dos Santos Sarai-va.

Alguns eventos signifi-cativos desde o ano 2000 foram os seguintes: em 2004, foi reinaugurado o Edifício Mackenzie (Prédio 1), que passou a sediar o Centro Histórico Mackenzie; em 2005, a Câmara Muni-cipal oficializou o “Dia do Mackenzista” (18.10); em 2009, foi adquirida da Pre-feitura Municipal uma área de quase 10 mil m² no cen-tro do campus que era utili-zada há mais de meio século mediante comodato onero-so; em 2011 inaugurou-se o magnífico Edifício Rev. Edward Lane, em Campi-nas; em 2015 foi criada a Academia Mackenzista de Letras; em 2016 teve início o programa de EAD, foi implantado o Colégio Pres-biteriano de Palmas (TO) e deu-se a inauguração do Edifício Lawson Annesley, para sediar o MackGra-phe; em 2018, foi aberta ao público a Estação Higienó-polis/Mackenzie do metrô de São Paulo.

Prosseguindo no processo de expansão, em 2017 o IPM assumiu a direção do Hospi-tal Evangélico de Dourados e da Escola de Enfermagem Vital Brasil, em Mato

Gros-so do Sul, bem como do centenário Instituto Cristão de Castro, no Paraná. No ano seguinte, foram adqui-ridos o Hospital Evangélico de Curitiba e a Faculdade Evangélica do Paraná. Com isso o Mackenzie passou a estar presente em nove cidades brasileiras e em seis unidades da Federação. No final de 2019, os números do IPM eram impressionan-tes: 50 mil estudantes (40 mil na universidade e 10 mil na educação básica), 62 cursos de graduação e 148 de pós-graduação, 2.800 professores e mais de 4.000 funcionários administrati-vos e hospitalares.

Contribuiu para esses resultados a atuação do Supremo Concílio da IPB, desde 2002 sob a presidên-cia do Rev. Roberto Brasi-leiro Silva; do Conselho de Curadores do IPM, presidi-do pelo Rev. Juarez Marcon-des Filho; de seu Conselho Deliberativo, presidido pelo Dr. Hesio César de Souza Maciel; de sua Diretoria

Executiva, sob a liderança do Dr. José Inácio Ramos; da Chancelaria da UPM, exercida pelos Drs. Davi Charles Gomes e Robinson Grangeiro Monteiro, e da Reitoria da UPM, ocupada pelos Drs. Benedito Guima-rães Aguiar Neto e Marco Tullio de Castro Vasconce-los. São expressões espe-ciais da confessionalidade o trabalho da Chancelaria e da capelania, as Cartas de Princípios e o Sistema Mackenzie de Ensino.

Sob as bênçãos do sobe-rano Deus, a grande escola alcança a marca extraordi-nária de 150 anos de ser-viço à igreja e à coletivi-dade. Embora a pandemia de coronavírus imponha limites às celebrações que haviam sido programadas, essa dificuldade certamente será superada, como tan-tas outras que já ocorreram no passado, e o Mackenzie prosseguirá em sua trajetó-ria ascendente e benfazeja.

Capítulos da História do Mackenzie (15)

Uma instituição brasileira e confessional (1988-2020)

Alderi Souza de Matos

O Rev. Alderi Souza de Matos é o

historiador da IPB.

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José Inácio Ramos, Diretor-Presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie

EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE CRISE

ano de 2020 é histó-rico para o Mackenzie, pois marca os 150 anos da Instituição, que desen-volve suas atividades para a honra e glória de Deus. Mas não só o sesquicen-tenário nos marcará neste ano. Como é do conheci-mento de todos, vivemos momento ímpar em fun-ção da declarada pande-mia oriunda do vírus Sars-Cov2, causando a doença Covid-19. Essa é a sexta pandemia vivida desde o ano 1900, dentre as 14 registradas na História desde o século 15.

Para as comemorações, haviam sido programadas diversas atividades. No entanto, a atual pandemia traz ao foco a necessidade de cuidarmos de nossos alunos e de nossa Institui-ção, colaboradores e par-ceiros.

Em um mundo globali-zado, os efeitos parecem mais céleres e ampliados, advindos da transforma-ção digital constante e dos avanços científicos gera-dos. Ainda assim, muitas vezes, somos incapazes de prover resposta imediata a todos os problemas que surgem.

Confiados no Senhor e rogando sua misericórdia e orientação, tomamos várias medidas, sempre respei-tando as determinações do Poder Público, no sentido de resguardarmos a saúde de nossos alunos, suspen-dendo as aulas presenciais e transferindo-as para plataformas tecnológicas aptas para a manutenção da qualidade de ensino que é uma das nossas caracte-rísticas nesses 150 anos de existência. Pela graça de Deus, o feedback tem sido muito positivo.

Com nossos

colaborado-res, de imediato, implanta-mos o sistema de trabalho remoto (home office) e, em setores com necessidade de atuação presencial, sistema de rodízio dos colaborado-res, determinando, ainda, àqueles que se encontram nos chamados grupos de risco, a obrigatoriedade do trabalho remoto.

Aos que nos informaram dificuldades em manter em dia os pagamentos das mensalidades, disponibi-lizamos vários meios de contato para que os alu-nos e/ou seus responsá-veis pudessem renegociar eventuais débitos.

Aos nossos parceiros de negócios e prestadores de serviços temos mantido contínua linha de negocia-ção para que os contra-tos correntes e necessários não sejam interrompidos, abrindo tratativas para os casos que permitem con-tinuidade futura e, desse

modo, buscando preser-var a saúde financeira de ambos os lados.

Como nos ensinam as Sagradas Escrituras: “O coração do homem pode fazer planos, mas a respos-ta cerrespos-ta dos lábios vem do Senhor” (Pv 16.1). Esta-mos plenamente convictos de que, segundo sua

von-tade, o Senhor nos levará a bom termo em nossa Mis-são Institucional de “Edu-car e cuidar do ser humano, criado à imagem de Deus, para o exercício pleno da cidadania, em ambiente de fé cristã reformada”.

O Mackenzie e a pandemia da COVID-19

José Inácio Ramos

O Presb. José Inácio Ramos é

Diretor-Presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie

O

Vista do bosque do Campus Higienópolis, SP Entrada do Campus Higienópolis na Rua da Consolação Prédio MackGraphe, local onde o grafeno é objeto de estudo

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IPB EM AÇÃO

o dia 20 de junho, a IPB realizou sua primeira live oficial, a IPB

Live!, reunindo 300 mil

pessoas durante 13 horas de transmissão ao vivo no canal da organização no YouTube. São marcas his-tóricas.

Com o tema Reinvenção:

porque tudo se fez novo, o

evento nasceu com o desejo de proclamar o evangelho ao longo de um dia de lou-vor, adoração e oração. Pro-movendo a integração entre as autarquias, agências e forças de integração da IPB, a transmissão trouxe visi-bilidade institucional aos projetos voltados à evange-lização, tendo como foco a integração com a sociedade.

A organização desse momento histórico foi enca-beçada pela Agência Presbi-teriana de Evangelização e

Comunicação (APECOM), órgão oficial da IPB. O evento contou com uma base presencial reduzida, por conta da quarentena, além de ampla participação digital através de links ao vivo e gravações de pasto-res, líderes e músicos.

Foram preletores os Revs. Roberto Brasileiro, Presidente SC/IPB; Juarez Marcondes Filho, Secre-tário Executivo SC/IPB; Hernandes Dias Lopes, Diretor Executivo LPC; Rosther Guimarães, Pre-sidente APECOM/IPB; Robinson Grangeiro, Chan-celer Mackenzie; Carlinhos Veiga, pastor da IP Lago Norte em Brasília-DF

O momento de palestras e entrevistas teve participação dos Revs. Augustus Nico-demus, Vice-presidente SC/ IPB; Ricardo Agreste,

pas-tor da IP Chácara Primave-ra em Campinas-SP; Jean Chagas, pastor da IP Luz Goiânia em Goiânia-GO; Marcelo Gualberto, pastor da IP Central em Belo Hori-zonte-MG e Ronaldo Lidó-rio, pastor e missionário presbiteriano. Assim como da Capelã Hospitalar, Eleny Vassão; Dirley Oliveira, Conselheiro APECOM; e o médico Nelson Muzel.

Os momentos de louvor e adoração através de músi-cas ficaram sob a respon-sabilidade de Rachel Nova-es, Juliano Sócio e Projeto Sola. Além de participação especial de Gerson Bor-ges, João Alexandre, Gladir Cabral e Banda Purples.

Com apresentação dos Revs. JR Vargas, Rodrigo Leitão e Alexandre Antunes, que também fazem parte do Conselho da APECOM, a

live contou ainda com rodas

de conversas com as For-ç as de IntegraFor-ç ã o da IPB, participaç ã o das autar-quias, agê ncias, secretarias e sociedades: APECOM, APMT, JMN, PMC, CPSS, Conselho de Aç ã o Social, Conselho de Mú sica, Secre-taria de Apoio Pastoral, Secretaria da Pessoa Idosa, UPH, SAF, UMP, UPA e UCP. Além da presença on-

line das igrejas

presbiteria-nas de todo o paí s, por meio do quadro Soluç õ es e com clipes musicais.

Ação Social

Os internautas que mar-caram presença no IPB

Live! tiveram a

oportuni-dade de apoiar as agências missionárias presbiterianas. Durante a transmissão foi disponibilizado um código

QR para doações que alcan-çaram cerca 65 mil reais, que serão distribuídos igual-mente para a APMT, JMN, PMC e APECOM.

Mesmo com o fim da transmissão, ainda é possí-vel ajudar os missionários presbiterianos por meio de depósito e transferências (conferir box no final da matéria) para a Somos todos

Missionários, uma

platafor-ma da IPB que surgiu com o objetivo de unir infor-mações e conteúdo amplo sobre missões, com acessi-bilidade a diferentes proje-tos, notícias, organizações e uma maneira prática e fácil de se engajar.

Insights do IPB Live!

“A IPB Live foi prepa-rada com muito carinho pela APECOM em meio ao

IPB Live! – Reinvenção

N

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AUTARQUIAS DA IPB

A APECOM tem novo executivo

Contas para depósito e transferências:

BANCO ITAÚ: AG. 0036 – CONTA 10.645-8

– CNPJ 03.798.117/0001-50

BANCO DO BRASIL: AG. 3324-3 – CONTA 26.522-5

– CNPJ 03.798.117/0001-50 momento tão delicado que

vive nosso país”, comen-ta o Rev. Rodrigo Leitão, Executivo da APECOM e completa: “As respostas positivas vindas de todos os lugares do Brasil e até mesmo de fora do país, nos mostraram a importância de

fazermos uso excelente das novas tecnologias à nossa disposição, apresentando a razão da nossa fé de manei-ra relevante e contextuali-zada.”

Participando da cobertu-ra do evento pacobertu-ra a Rádio IPB1, Matheus Santos, acompanhou as 13 horas da live e ressalta que foi uma experiência nova e bem diferente. “Nunca havia feito uma cobertura

online e à distância. Tive

também a oportunidade de conhecer presbiterianos de todas as regiões e recebi um

feedback bem positivo da

transmissão. Agradeço por fazer parte desse momento histórico da IPB.”

Em material especial do Correspondente IPB, pro-grama da Rádio IPB1, Rev. Roberto Brasileiro, Presi-dente do SC/IPB, ressalta que precisamos usar a mídia eletrônica, como foi feito durante o IPB Live!, para somar, uma ferramenta para ser usada pela igreja e aben-çoar o povo de Deus.

Uma das participações especiais da transmis-são, Eleny Vastransmis-são, capelã hospitalar da IPB, com-partilhou uma mensagem sobre “Esperança para os que sofrem” e como vem desenvolvendo o trabalho de consolo em hospitais do Brasil: “Como capelã hospitalar há muitos anos, tenho procurado colocar em prática as verdades bíblicas nas minhas próprias lutas e perdas. Minha Equipe e eu temos experimentado o consolo de Deus para que possamos consolar os que passam por qualquer tipo de sofrimento”.

Deus permitindo, a IPB continuará dando sua contri-buição à comunidade neste momento tão difícil, como vinha fazendo ao longo dos anos. É tempo de repensar nossas ações.

e família tradicional Presbiteriana vem o novo Executivo da APE-COM. O Rev. Rodrigo Sil-veira de Almeida Leitão é neto do Rev. Nathanael de Almeida Leitão, destacado Pastor Presbiteriano e antigo Diretor do Seminário

Presbi-teriano do Sul que influen-ciou profundamente a vida do seu neto. Rodrigo, formou-se em Comunicação com habi-litação em Jornalismo (FIC/ MG) e cursou um MBA em Marketing (UCAM/RJ). Em 2004 iniciou seus estudos teológicos (SPS) e durante o seu tempo de Seminário trabalhou como jornalista e coordenando o departamen-to de marketing de Luz para o Caminho. Em 2008, foi ordenado ao sagrado minis-tério pelo Presbiminis-tério Metro-politano de Campinas, tendo servido por diversos anos em sua Comissão Executiva, como presidente e vice-pre-sidente. Desde julho de 2019 é o presidente do Sínodo de Campinas. Iniciou seu minis-tério pastoral na IP Chácara Primavera em Campinas, e

ali recebeu apoio para plan-tar a IP de Jaguariúna, onde ficou por nove anos. Desde julho de 2017 é o pastor da IP de Itatiba. Cursou o Mestrado em Plantação de Igrejas (LBC/EUA) e está concluindo seu Doutorado em Ministério (CPAJ – RTS/ EUA). É docente do Semi-nário Presbiteriano do Sul

(SPS), na cadeira de Evange-lização, além de palestrante, escritor e apresentador de programas de rádio, TV e internet.

Em janeiro de 2017, foi convidado para assumir o posto de Coordenador de Mídias da APECOM. Nesse ano, foi desafiado pelo Con-selho da APECOM para ser o Executivo da Agência, substituindo o Rev. Ricardo Mota, que assumiu o pasto-rado da 6ª IP de Uberlândia.

Rev. Rodrigo é casado há 15 anos com a Aline, tam-bém de tradicional família presbiteriana, com quem tem dois filhos, Gael e Helena.

Bastidores do IPB Live

Rev. Rodrigo Leitão Rev. Rosther Guimarães

Rev. Alexandre Antunes, Conselheiro da Apecom; Rev. Rosther Guimarães Lopes, Presidente da Apecom, Rev. Rodrigo Leitão, Executivo da Apecom

Rosther Guimarães

D

O Rev. Rosther Guimarães Lopes é o Presidente da APECOM,

recentemente reconduzido a esse posto em reconhecimento de seus pares pelos bons serviços prestados.

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Equipe responsável pela transmissão da live

IPB EM AÇÃO

a noite de 30 de maio passado, nas dependências da IP Unida de São Paulo, ocorreu uma Live Solidária em favor dos missionários da APMT – Agência Presbiteriana de Missões Transculturais, que atuam em diversos paí-ses. O evento, transmitido pela plataforma YouTube, foi um marco para agência, alcançando cerca de 14 mil acessos simultâneos e mais de 22 mil visualizações até o momento.

Motivada pela campanha “Oferta Emergencial” ini-ciada em março desse ano, que visa levantar recursos para auxílio dos missioná-rios afetados pela alta do dólar, euro e outras moe-das, a jovem Cibele Lírio, membro da IP Parque das Nações (Santo André, SP), pensou em uma Live Soli-dária, com uma Banda conhecida, que conduzisse as pessoas na adoração a Deus e, também, com apre-sentação sobre os missioná-rios e seus projetos.

A conversa tomou corpo. A União de Mocidade Pres-biteriana (UMP) foi a pri-meira a aderir. O Grupo Musical “Vencedores por Cristo” aceitou ser o con-vidado principal da noite, com outros cantores: Diego Venâncio, Juliano Sócio e Fábio Sampaio.

Alguns missionários enviaram vídeos,

apresen-tando projetos desenvolvi-dos nos cinco continentes. Outros encaminharam car-tas que foram lidas pelos presidentes das Confedera-ções Nacionais. Uma equi-pe de Tradutores Intérpretes de Libras foi organizada, além da tradução simultâ-nea durante a Live, com voluntários de diferentes regiões do Brasil.

Presidentes de autarquias e lideranças da IPB envia-ram palavras de incentivo. O que nasceu no coração de uma pessoa, uma visão compartilhada com outros que entenderam e abraça-ram a causa, aconteceu com muito sucesso para a glória de Deus. Só temos a agra-decer e louvar a Deus pelo despertamento da sua Igreja pela causa missionária.

Confira alguns depoi-mentos dos organizadores.

Ana Carolina Carboni Carone Valadão – IP Freguesia, RJ, e 2ª

Secre-tária da Confederação Sinodal de Mocidade

Guanabara

Trabalhar na Live Soli-dária da APMT foi um dos momentos mais preciosos que já experimentei até hoje, pois há alguns anos venho acompanhando essa agência e seus missioná-rios. Ao receber o convite

Live Solidária envolve todas as Confederações Nacionais

Emma Castro

Emma Castro é Coordenadora do

Depto. de Comunicação da APMT

N

para organizar os vídeos sobre o trabalho missioná-rio nos cinco continentes, topei na hora!

Juntamente a esse pedi-do, surgiu a ideia de torná -los acessíveis a LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais, para que alcançás-semos essa língua transcul-tural e, com isso, o desafio estava posto. [...] Nessa jornada, contamos ainda com o apoio de 8 traduto-res intérpretes espalhados pelo Brasil, além de alguns surdos de diversas igrejas presbiterianas, que incan-savelmente dedicaram seu tempo na contextualização de conceitos e termos espe-cíficos para que pudésse-mos levar a mensagem de Cristo e a visão missioná-ria a esse povo transcul-tural que vive entre nós brasileiros.

Cadu Aranha, IP Unida, SP

O nosso desafio [...] era entregar um programa atra-tivo. [...] entrei em conta-to com um conhecido da IP Pinheiros que trabalha numa das grandes emis-soras de SP e perguntei se teria uma câmera para emprestar. Não passou uma hora e recebi o contato de outra empresa dizen-do que iam colaborar com duas câmeras e o trilho de forma gratuita, sem pedir nem publicidade em troca, somente porque gostaram da ideia e se identificaram com a causa. Deus abriu as portas e foi nos guiando.

Todos os voluntários que cooperaram, aceitaram o desafio na hora. Acre-dito que tivemos o apoio de 100% das pessoas que foram contatadas.

Cibele Rodrigues Ferrei-ra Lírio – IP Parque das

Nações e Secretária de Produtos da Confedera-ção Nacional de Mocidade

Um desejo de realizar uma arrecadação nacional se tornou um grande des-pertar para missões. Para que a Live acontecesse foi necessário estudar, entender e aprender o que de fato são as missões transculturais e as dificuldades enfrentadas para levar a Salvação a pes-soas, às vezes tão próximas de nós, e tão distantes da cruz de Cristo.

Mais de 50 pessoas foram envolvidas na produção de todo conteúdo. Claro que a maioria não estava presente no dia, até porque muitos eram de diferentes locais do Brasil.

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REFLEXÃO

astiat foi um dos mais brilhantes contadores de histórias econômicas.

De forma didática ele explicava que uma lei ou ação gera uma causa que se vê e outras que não são visíveis.

O mau economista se detém apenas no que se vê, mas o bom avalia o que se vê tanto quanto aqueles que se devem prever.

Veja, por exemplo, as medidas que estão trami-tando no Congresso em

tempos de pandemia: con-fisco do lucro de grandes empresas; suspensão da inclusão do nome no Sera-sa; congelamento de juros do cartão ou suspensão do pagamento de aluguéis.

Pode até parecer que em um primeiro momento o efeito é bom, mas essas medidas no longo prazo podem destruir os funda-mentos de uma economia saudável.

Agora, veja este relatório da ONU sobre o impacto da pandemia sobre as crianças:

“Centenas de milhares de

mortes infantis adicionais podem ocorrer em 2020 [...] essa é provavelmente uma estimativa baixa, por-que conta apenas o impac-to direimpac-to de uma recessão mundial, não levando em conta as paralisações por impacto no acesso aos cui-dados de saúde, vacinas, pré-natal, alimentação e nutrição ou cuidados de saúde mental.”

O relatório ainda diz que: “As crianças não são o rosto dessa pandemia. Mas eles correm o risco de estar entre suas maiores víti-mas. Todas as crianças [...] estão sendo afetadas, prin-cipalmente pelos impactos socioeconômicos e, em alguns casos, por medidas

de mitigação que podem inadvertidamente fazer mais mal do que bem. É uma crise universal e, para algumas crianças, o impac-to será ao longo da vida”.

Por isto, é falsa essa afir-mação da escolha entre vidas e dinheiro. O que temos é uma troca de vidas perdidas devido ao corona-vírus e vidas que serão per-didas pelas políticas adota-das atualmente.

O que se vê agora é que muitas vidas estão sendo salvas, o que torna essas medidas mais palatáveis, enquanto as vidas perdi-das devido ao custo perdi-das políticas atuais virão lá na frente, onde muitos ainda não estão enxergando e é

improvável que alguém seja responsabilizado por isso.

Portanto, quando alguém insistir com você que a questão é vidas versus dinheiro, isso não é uma prova de que as políticas atuais são corretas, mas apenas um truque retórico para fugir de um debate democrático de que ques-tões essenciais não estão sendo levados em conta.

Não custa relembrar Bas-tiat, pois “frequentemen-te, quanto mais doce for o primeiro fruto de uma lei, tanto mais amargos serão os outros”.

O que (não) se vê

Antônio Cabrera

O Dr. Antônio Cabrera Mano Filho

é presbítero da IP de São José do Rio Preto (SP).

"Aquilo que se vê e aquilo que não se vê"

Frédéric Bastiat

B

PROJETO SARA

or vezes, ficamos angustiados, inse-guros ao sair de casa, mesmo quando necessário ir ao mercado, à farmácia, seguindo as recomendações de saúde. Como estamos lidando com esse modo de

viver? Será que Deus não se importa com tudo isso, com essas mortes e o sofrimento das famílias enlutadas?

Permita-me comparar a pandemia a uma tempesta-de, e a população está em um navio agitado por altas ondas e ventos. As pessoas estão se empenhando para

O que ele está pensando

"Que preciosos para mim, ó Deus, são

os teus pensamentos! E como é grande

a soma deles!"

(Sl 139.17)

sobreviver. Os discípulos passaram por isso, e Jesus estava dormindo no barco. Durante essa pandemia, Jesus continua dormindo? Absolutamente não. (Mc 4.35-41). O fato de Jesus estar dormindo nos ensina que tudo estava sob controle e os discípulos precisavam passar por aquela tempes-tade assim como nós hoje precisamos passar por este momento. Então, quais são os pensamentos de Deus?

O salmista conhece o seu Deus e declara que os pen-samentos de Deus são pre-ciosos e são muitos. Nós também conhecemos o nosso Deus, e sabemos que os seus pensamentos são de paz (Jr 29.11-13), de amor (Rm 5.8), de cuidado (Is 49.15) e misericórdia (Mq 7.18).

O que nos resta senão proclamar as boas novas de salvação durante este novo modo de viver? O que

Deus está pensando agora de mim e de você? Ele olha para nós e espera de nós quebrantamento e temor diante da sua Palavra (Is 66.1-2) .

Anunciemos o amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor e Sal-vador. A Ele a honra, e a glória, e o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém.

Raquel de Paula

Raquel de Paula é membro da IP

Praia Grande, SP, e colaboradora do

Brasil Presbiteriano.

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1304 – Nasce Francesco Petrarca, humanista, intelectual e poeta ita-liano. Interessou-se pelo resgate do conhecimento da Roma Antiga e Grécia Antiga e foi quem cunhou a designação Idade das Trevas para a Idade Média. Ele inspirou a fi losofi a humanista que levou à Renas-cença, mas um humanismo ainda não secularista.

1509 – João Calvino nasce dia 10 de julho em Noyon na França. Pensador de extraordinários recursos, estudou gramática, fi losofi a, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e música. Estudou também Direito e, depois, Literatura. Assumiu a liderança da Refor-ma Protestante em Genebra, Refor-mas sua infl uência foi e continua a ser universal.

1536 – Morre Erasmo de Rotterdam, teólogo e fi lósofo holandês. De-dicou-se ao estudo dos manuscritos do Novo Testamento e preparou traduções que serviram de base para estudos bíblicos durante o perí-odo da Reforma, a última delas infl uenciando os tradutores da clássica Versão Autorizada (King James) para o inglês.

1750 – Morre o compositor alemão Johann Sebastian Bach. Reconhe-cido hoje como o “Pai da música”, o maior nome da música barroca, e o maior compositor de todos os tempos, Bach exerceu infl uência sobre compositores clássicos como Mozart e Beethoven, e muitos outros. 1789 – Populares organizam uma revolta e derrubam dia 14 a Bas-tilha, prisão para presos políticos em Paris. Foi o início simbólico da Revolução Francesa, fi m da Idade Média e início da Idade Moderna e do Iluminismo.

1840 – Decretada a maioridade de D. Pedro II, imperador aos 14 anos de idade.

1860 – Nasce a princesa imperial brasileira, Isabel, no Rio de Janeiro. 1914 – Archibald Low, cientista inglês, apresenta em Londres uma invenção capaz de transmitir imagens à distância, a tele-visão. 1918 – Nasce Nelson Mandela. Preso durante 27 anos por sua luta contra o aparteide, Mandela foi libertado pelo clamor internaciomal e pela debilidade do imoral regime no poder. Assumiu a presidência para dirigir uma nação multirracial. Cometeu falhas em sua vida privada, mas foi um impecável líder de seu país, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993.

1932 – Começa dia 9 de julho a Revolução Constitucionalista em São Paulo, hoje um feriado estadual. Além de motivos regionalistas, o le-vante de São Paulo foi contra o governo de Getúlio. Depois de três meses de lutas, os paulistas depuseram as armas. Dois anos depois, porém, Getúlio Vargas convocava a Assembleia Nacional Constituinte. 1964 – Violentas manifestações nos EUA entre a população negra de Nova York, Nova Jersey, Chicago e Filadélfi a. O presidente Lyndon Johnson assina a Lei de Direitos Civis.

1969 – O módulo de exploração lunar "Eagle", solta-se da nave Apo-lo XI e pousa na Lua às 15h17 (hora em Houston, EUA). Às 22h56, Neil Armstrong pisa na superfície lunar e profere a frase imortal: “Um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humani-dade”. Pouco depois, Edwin Aldrin também saiu. Michael Collins per-maneceu na nave.

1978 – Nasce em um hospital britânico o primeiro "bebê de proveta", a menina Louise Brown.

Datas comemorativas da IPB

01 a 31 – Mês dos Pastores Jubilados e Viúvas de Pastores 09 de julho – Dia do Diácono

4º domingo de julho – Dia do Adolescente Presbiteriano

Aconteceu em junho

que têm em comum as igrejas presbiteria-nas de Mamanguape e Rio Tinto, ambas localizadas na Paraíba? As duas tive-ram, entre seus fundado-res e apoiadofundado-res, o Rev. Davi Nunes, pastor da IPB e apresentador da Rádio Trans Mundial por cerca de três décadas.

Nunes é um dos nomes mais marcantes na história da missão Trans Mundial que completa 50 anos de atividade no Brasil neste ano. Como parte da come-moração, o público poderá conferir uma edição espe-cial do programa “Arqui-vo RTM” prevista para o dia 19 de julho, às 3h45 da manhã, com reprises na terça seguinte, às 11h30, e na quinta, às 21h30, com momentos especiais do pas-tor no comando de algumas produções que apresentou na rádio. Para ouvir, basta acessar www.transmundial.

org.br ou baixar

gratuita-mente o aplicativo Rádio Trans Mundial na Play Store ou na App Store.

“Foram anos dedicados ao pastoreio e à programa-ção de rádio em São Paulo. Por mais de sete anos, fiquei à frente da IP do Jabaquara [hoje no Pres-bitério Sudeste Paulistano], além de ter frequentado por três anos a IP do Calvá-rio [PresbitéCalvá-rio de Pirati-ninga], do Rev. Boanerges

Ribeiro, com meus filhos Paulo César, hoje pastor da IP Morumbi [Presbitério de Piratininga], e Tânia, pia-nista e violoncelista, que agora reside nos Estados Unidos com sua família, e com a minha esposa Jose-fa Nunes. O pastoreio e o rádio são marcas da minha vida”, afirmou Nunes.

Em seu tempo na RTM, a mais destacada contribui-ção de Nunes foi com o “Através da Bíblia”, pro-grama que traduziu, gravou e regravou em São Paulo e em alguns períodos resi-dindo em Bonaire (ilha holandesa do Caribe, local do parque de transmissão da Trans World Radio, rede internacional de rádio da qual a Trans Mundial faz parte). Ele apresentou o programa até 2006, quan-do passou o comanquan-do para o pastor Itamir Neves, que continua na apresentação até hoje.

Entre todos os programas, o Rev. Nunes destaca “Con-versando com Davi Nunes”

(programa que antecedeu o “Conversando com Luiz Sayão”), “A Bíblia Fala”, “Expectativas”, “Alegre Despertar” e “Ecos da Noite”, entre outros.

Depois que parou de apresentar o “Através da Bíblia”, Davi Nunes deci-diu retornar ao seu Estado natal, a Paraíba, e ajudou a plantar igrejas. A primei-ra foi em Mamanguape, com ajuda financeira da IP da Pensilvânia (EUA). Colaborou também com os trabalhos de criação da congregação em Rio Tinto, cidade onde mora.

“Como pastor e apresen-tador, Davi Nunes contri-buiu e continua a contribuir para anunciar o evangelho. A história da RTM se une ao grande trabalho desen-volvido por Nunes de cuidar e plantar igrejas”, comen-tou Ricardo Kroskinsque, diretor de Comunicação e Relações Públicas da Trans Mundial.

Dedicação e trabalho pelo Reino

Lucas Meloni

O

Lucas Meloni é Relações Públicas da

Trans Mundial.

(15)

le está com 96 anos e lutou na 2ª Guerra Mundial. Membro da IP de Vila Mariana, acredita ser o recordista no exercício do presbiterato na IPB – 55 anos. Daniel de Lima nasceu em Senhor do Bonfim, no norte da Bahia, em 03.11.1923. Era filho do Presb. Aurelino Rosa de Lima e de D. Altiva Monteiro de Lima. Teve três irmãs e quatro irmãos, um dos quais o conhecido Rev. Abima-el Monteiro de Lima, oito anos mais velho. Quando ainda peque-nino, em 1924, a convite do Rev. William Alfred Waddell, o Presb. Aurelino mudou-se com a famí-lia para Ponte Nova, nas Lavras Diamantinas, onde a Missão Bra-sil Central tinha uma afamada escola. O menino conviveu com missionários como os Revs. Ale-xander Reese, Harold Anderson, Dr. Walter Wood e a professora Mary Hallock.

Em 1940, Daniel seguiu para São Paulo, desejando estudar no Instituto José Manoel da Concei-ção. O Rev. Charles Harper disse que isso não era possível porque o irmão Abimael já era aluno. Sem opções, foi oferecer-se para o serviço militar no quartel de Qui-taúna, perto de Osasco. Foi aceito, mas não o amigo que o acompa-nhava (faltavam-lhe alguns den-tes). Tentou fugir, mas não teve opção. Em 1941, Getúlio Vargas declarou guerra contra a Alema-nha e decretou que o limite de dez meses para o serviço militar esta-va suspenso. Após um período de treinamento, Daniel seguiu para a Itália no dia 01.07.1943. O navio levava 3.600 soldados.

Após 16 dias, desembarca-ram em Nápoles, onde continu-aram treinando antes de seguir para o front. Chegaram a monte Castelo e aos montes Apeninos, onde enfrentaram os horrores do inverno, com temperaturas muito abaixo de zero. Depois seguiram para a região de Florença (Pis-toia) e permaneceram por bom tempo no vale do Pó, no norte do país. Ouviam continuamente, pelos autofalantes, a propaganda dos nazistas. Os norte-americanos lhes ofereciam roupas, remédios e outros recursos. Seu pelotão chegou ao lugar em que os cor-pos do ditador Benito Mussolini, de sua amante Clara Petacci e de alguns correligionários estavam expostos, depois de uma execu-ção sumária. Isolaram o local e o protegeram da turba enfurecida. Com isso, Daniel foi promovido a 1º tenente.

Terminada a guerra, chegou de volta ao Brasil em 15.09.1945. Fez um curso especial e foi confirma-do no posto de 1º tenente. Serviu como voluntário na Associação de Ex-Combatentes, em São Paulo. Trabalhou numa unidade da Lapa que fabricava roupas para solda-dos e na implantação da Refinaria do Planalto (Replan), em Paulínia. Sua carreira militar se estendeu por 26 anos. Em 1950, ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Não conhecia latim, mas providencialmente esse tema deixou de ser incluído no exame vestibular. Formou-se em 1954 e passou dois anos em Lon-drina, no Paraná.

Quando voltou da guerra, fre-quentou a IP Unida de São Paulo e cantou no coro. Em algumas

ocasiões, foi motorista do Rev. Miguel Rizzo Júnior. Também participou por algum tempo da IP Jardim das Oliveiras. Quando o Rev. Pérsio Gomes de Deus, a quem conhecera no Instituto JMC, assumiu o pastorado da IP de Vila Mariana, convidou-o para ir ajudá -lo. Foi superintendente da Escola Dominical por muitos anos. Entre outras iniciativas, criou o progra-ma “Esta é a minha vida”, no qual pessoas eram convidadas para falar de suas experiências. Orga-nizou um bem-sucedido plano de visitação aos alunos faltosos. Por anos, foi sócio e membro da diretoria da Associação Cristã de Moços (ACM), que publicou em 1999 um caderno de sua autoria com o título “Entardecer: pensa-mentos e reflexões”.

Foi eleito presbítero em 1962, prosseguindo no ofício até 2017, por 55 anos, quando recebeu o título de Presbítero Emérito. Resi-de em Suarão, bairro Resi-de Itanhaém onde existe uma congregação pres-biteriana, mas visita com frequên-cia a IP de Vila Mariana. É casado há mais de setenta anos com Cleibi Flud Lima, nascida em 13.05.1932 em Catanduva (SP), cujo pai veio da Suécia. Tiveram dois filhos: Ana Matilde (12.10.1948) e Flá-vio (04.10.1950). Este é pai de Davi, com nove anos. Dona Cleibi padece do mal de Alzheimer, mas o presbítero Daniel continua lúci-do e firme na fé em Cristo. Em 2019, contou sua história de vida na escola dominical de sua igreja.

Alderi Souza de Matos é o historiador da IPB.

Presbítero Daniel de Lima

Alderi Matos

E

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