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Indústria Química e Sociedade DISCIPLINA. O meio ambiente. Autores. Ana Cristina Facundo de Brito. Daniel de Lima Pontes. aula

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Academic year: 2021

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Ana Cristina Facundo de Brito

Daniel de Lima Pontes

Indústria Química e Sociedade

O meio ambiente

Autores

aula

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Divisão de Serviços Técnicos

Catalogação da publicação na Fonte. Biblioteca Central Zila Mamede – UFRN

Coordenadora da Produção dos Materiais

Vera Lucia do Amaral

Coordenadora de Revisão

Giovana Paiva de Oliveira

Coordenador de Edição

Ary Sergio Braga Olinisky

Projeto Gráfi co

Ivana Lima

Revisores de Estrutura e Linguagem

Eugenio Tavares Borges Janio Gustavo Barbosa Jeremias Alves de Araújo José Correia Torres Neto Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Thalyta Mabel Nobre Barbosa

Revisora das Normas da ABNT

Verônica Pinheiro da Silva

Revisores de Língua Portuguesa

Cristinara Ferreira dos Santos Emanuelle Pereira de Lima Diniz Janaina Tomaz Capistrano Kaline Sampaio de Araújo

Revisoras Tipográfi cas

Adriana Rodrigues Gomes Margareth Pereira Dias Nouraide Queiroz Arte e Ilustração Adauto Harley Carolina Costa Heinkel Hugenin Leonardo Feitoza Roberto Luiz Batista de Lima

Diagramadores

Elizabeth da Silva Ferreira Ivana Lima

José Antonio Bezerra Junior Mariana Araújo de Brito Priscilla Xavier

Adaptação para Módulo Matemático

Joacy Guilherme de A. F. Filho

Governo Federal Presidente da República

Luiz Inácio Lula da Silva

Ministro da Educação

Fernando Haddad

Secretário de Educação a Distância

Carlos Eduardo Bielschowsky

Reitor

José Ivonildo do Rêgo

Vice-Reitora

Ângela Maria Paiva Cruz

Secretária de Educação a Distância

Vera Lucia do Amaral

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Apresentação

A

tualmente é grande a preocupação com o meio ambiente, as indústrias químicas são vistas por muitos como um dos principais poluentes, pois muitos dos seus esgotos são lançados nos rios e mares sem qualquer tratamento prévio. Mas será que nos dias atuais ainda é assim? Está na moda falar em meio ambiente, redução da emissão de gás carbônico dos países desenvolvidos, mas qual a relação da indústria com tudo isso?

Vamos, nesta aula, enfatizar a evolução da indústria química relacionada aos cuidados com o meio ambiente.

Objetivos

Compreender a evolução da indústria química e sua relação com o meio ambiente.

Entender a relação entre a industrialização versus a poluição.

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A indústria química

e seus aspectos ambientais

O

desenvolvimento da indústria química, de forma geral, trouxe uma série de problemas ambientais e preocupações para a sociedade e por que não dizer para o todo o planeta em que vivemos. Hoje estamos constatando o efeito da poluição de muitos anos, desde o início da revolução industrial.

A preocupação com o meio ambiente se dá desde os acidentes até o impacto ambiental causado por contaminações e poluição. Como exemplo de acidente ambiental, podemos citar o do césio 137 em Goiânia, em 1987 (Figura 1), e de repercussão mundial, o de Chernobyl, em 1986 (Figura 2).

Figura 1 – Foto do ferro velho para onde foi levado o césio 137

Fonte: <http://www.clicabrasilia.com.br/fotos/20070923/23bra23f1aa.jpg>. Acesso em: 17 dez. 2009.

Estes acidentes causaram espanto e graves problemas de saúde para um determinado grupo da população. O segundo acidente ameaçou se espalhar por metade do continente europeu.

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Figura 2 – Foto mostrando a usina de Chernobyl após o acidente

O potencial de impacto ambiental de uma indústria pode ser analisado levando-se em consideração dois pontos principais: os acidentes ambientais e a poluição promovida pela mesma.

Os grandes

acidentes industriais

A

o fi nal do século XIX, a falta de conhecimento sobre os riscos da indústria química juntamente com a ausência de uma severa fi scalização e punição contribuíam para que as indústrias não tivessem qualquer preocupação com as instalações e descartes de produtos químicos produzidos. Vale salientar que todos os estados brasileiros possuem leis que proíbem a poluição de lagos, rios e mares, entretanto, é comum observarmos a não obediência a elas.

Como exemplo de indústria química bastante perigosa, podemos citar a petroquímica, uma vez que os combustíveis produzidos são altamente voláteis e possuem uma elevada infl amabilidade. A contaminação do solo e água por produtos petroquímicos através de infi ltrações também é comum, quem nunca ouviu um noticiário de televisão falando do vazamento de um navio?

Fonte:

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A evolução da indústria trouxe o desenvolvimento de novos materiais que são produzidos por reações químicas como os ácidos e as bases, bem como novas aplicações para novos elementos químicos descobertos como o cloro, o bromo, fl úor e cádmo. Alguns, com efeito, a saúde do homem e ao meio ambiente pouco conhecido na época. Podemos então dizer que alguns fatores foram determinantes para os acidentes industriais:

 A utilização de novas substâncias, cuja toxicidade ainda era pouco conhecida.

 A utilização no limite de resistência de alguns materiais (grandezas físicas como pressão e temperatura).

 A utilização de processos químicos que resultavam em resíduos perigosos.

 A produtividade e a competitividade estavam sempre em primeiro lugar, não havia preocupação com os riscos ambientais.

A conscientização dos empresários e da sociedade para os riscos ambientais no início do século XX era extremamente precária e as leis de proteção ao meio ambiente eram poucas e muitas nem eram cumpridas.

O avanço acelerado do desenvolvimento tecnológico com a descoberta de novas rotas de produção juntamente com a descoberta de novos materiais ampliou o impacto ambiental. O diclorodifeniltricloroetano (DDT) e o gás CFC utilizado na refrigeração são bons exemplos de substâncias químicas criadas e produzidas pelo homem que se tornaram famosas pelo seu impacto ambiental.

Segundo a Agência Brasil de Telecomunicações, o ano de 2009 seria o marco para eliminação do CFC (Figura 3) como gás refrigerante em todo o Brasil. Esse gás é o causador do buraco da camada de ozônio no mundo.

Figura 3 – Estrutura do gás refrigerador CFC

O DDT (Figura 4) é considerado o primeiro pesticida moderno e começou a ser utilizado após a Segunda Guerra Mundial para combater mosquitos. Entre os seus efeitos danosos ao homem, podemos citar o câncer. Infelizmente, no Brasil, somente em 2009 ele teve sua fabricação, importação, exportação, manutenção em estoque, comercialização e uso proibidos pela Lei no 11.936 de 14 de maio de 2009. Embora há muitos anos não era mais utilizado como

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Figura 4 – Estrutura do diclorodifeniltricloroetano (DDT)

O lançamento de efl uentes industriais causa grandes contaminações, isso traz grande preocupação quanto a avaliação das formas de armazenagem e tratamento desses afl uentes. Exemplos de rios poluídos temos bastante, o rio Tiete na cidade de São Paulo é o mais conhecido nacionalmente, mas com certeza na sua cidade deve ter um. Os rios que fi cam próximos a garimpos são frequentemente contaminados por mercúrio, metal pesado que é absorvido pelo organismo, a contaminação se dá geralmente através da cadeia alimentar, o peixe absorve o metal e o homem se alimenta do peixe contaminado.

No ano de 1976 ocorreu na Itália um grave acidente em uma indústria química de pesticidas: a emissão acidental de tetraclorodibenzoparadiozina (TCDD), subproduto venenoso e cancerígeno de uma reação química não controlada. Esse acidente provocou a evacuação dos moradores das redondezas da indústria e o sacrifício de milhares de animais que foram considerados como contaminados.

Acidentes que são provocados ou propagados pelo fogo também contribuem para o impacto ambiental negativo da indústria química. Esse tipo de acidente ocorre geralmente em refi narias ou indústrias químicas que trabalham com produtos infl amáveis. Um grande acidente ocorreu em 1984, na cidade do México em uma refi naria. O acidente foi agravado por explosões sucessivas devido ao armazenamento de líquidos infl amáveis na suas dependências. Esse acidente serviu de alerta a todas as refi narias do mundo que buscou a elaboração de um sistema de segurança e controle mais rigorosos.

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Outro acidente grave foi na cidade de Bophal, na Índia, em 1984, onde uma enorme explosão provocou uma nuvem de gás altamente tóxico: isocianato de metila, que se espalhou por toda a vizinhança. As causas desse acidente foram basicamente a falha de procedimento interno de segurança, falha nos sistemas de alarme e a falta de preparo da vizinhança para situações de emergência. Esse é considerado por muitos como o maior acidente ambiental de origem industrial provocado pelo homem.

Na Espanha em 1998 ocorreu um grave acidente com efl uente tóxico, onde uma barragem de contenção de rejeitos da mina se rompeu liberando milhões de metros cúbicos de lama que continha dentre outros elementos o cobre, chumbo, zinco e cadmo. Esse acidente contaminou um rio em uma reserva natural e toda a agricultura da região.

Esses acidentes levaram a população de todo o mundo a fi scalizar e exigir dos seus governos uma postura mais responsável diante de algumas catástrofes e enormes prejuízos ao meio ambiente e à vida humana.

Pesquise o efeito do gás CFC sobre a camada de ozônio.

Pesquise sobre o diclorodifeniltricloroetano (DDT) sua utilização e contaminação.

Procure na sua cidade se existe algum rio ou lago contaminado e, em caso afi rmativo, identifi que a origem da contaminação.

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A contaminação ambiental

A

contaminação do meio ambiente está claramente relacionada à Revolução Industrial, não signifi ca, porém, dizer que antes não ocorressem problemas ambientais, entretanto, o número de indústrias era muito pequeno e elas estavam diluídas em todo o mundo, o que causava a estranha sensação de que não havia contaminação do ar, solo e das águas. Na realidade somente após a Revolução Industrial ocorreu também a preocupação com o meio ambiente.

A falta de conhecimento sobre os efeitos de algumas matérias-primas e/ou produtos da indústria também é um fator relevante nos acidentes ambientais, como já comentado. Sem dúvida esse não conhecimento além de afetar o meio ambiente também prejudicava o homem diretamente, pois seu ambiente de trabalho era insalubre e propenso a enormes riscos.

Atualmente estamos sofrendo problemas com relação ao clima da Terra exatamente por conta de problemas ambientais, como exemplo temos o efeito estufa (Figura 5), que é provocado pelo acúmulo de gases na atmosfera, que retém o calor. Esse acúmulo vem causando o aquecimento do nosso planeta e o derretimento do gelo, principalmente nos polos. Esse é, sem dúvida, um dos mais preocupantes problemas causados pela indústria química, o que nos permite dizer que a indústria petroquímica, especifi camente, tem uma enorme contribuição.

Figura 5 – Ilustração sobre o efeito estufa

Fonte:

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Os gases causadores do efeito estufa são CO2 (gás carbônico), CH4 (gás metano), e os

CFC (clorofl uorcarbonetos), só lembrando que esse último já não é mais utilizado.

Resta ao mundo e aos países desenvolvidos, pois são neles que se encontram a maior quantidade de indústria química, tomarem uma decisão urgente quanto à emissão desses gases. Muitos encontros e conversas têm sido realizados como a em Estocolmo em 1972, Conferência no Rio de Janeiro em 1992, o Protocolo de Kyoto em 1997 e em dezembro de 2009 na cidade de Copenhague.

O protocolo de Kyoto serviu para ratifi car alguns compromissos por parte dos países desenvolvidos em reduzir a emissão de gases que causam o efeito estufa. Entretanto, não fi cou claro como seriam colocadas em prática estas medidas. Os Estados Unidos e a China negaram-se a assinar o protocolo, justamente os países com maior índice de poluição.

Entretanto, somente no ano de 2005 o Protocolo de Kyoto começou a entrar em vigor, assim como a possibilidade do carbono se tornar moeda de troca. O mercado de créditos de carbono aumentou desde então, pois os países que assinaram o Protocolo podem efetuar a venda ou compra dos créditos de carbono.

Outro problema ambiental provocado pelas indústrias é a chuva ácida, que ocorre pela formação de ácidos sulfúrico e nítrico, a partir de poluentes que contenham enxofre e nitrogênio, esse poluentes são lançados diretamente na atmosfera na forma gasosa juntamente com outros poluentes, sem qualquer tratamento.

As indústrias químicas, petroquímicas, principalmente as refinarias de petróleo e termoelétricas são as maiores produtoras de dióxido de enxofre, somente no Brasil são lançados na atmosfera cerca de 30.000 toneladas por ano.

O buraco sobre a camada de ozônio também é um dos efeitos ambientais provocados pela indústria química. O principal responsável pela destruição da camada de ozônio (O3) é o clorofl uorcarboneto (CFC). Embora este seja um gás que não é mais utilizado, já causou muito estrago, pois o “buraco” na camada de ozônio já foi feito e parece estar retrocedendo a uma velocidade muito pequena.

Até agora só falamos dos problemas causados pela contaminação atmosférica, entretanto, outros problemas ambientais como poluição das águas e solo também ocorre com igual frequência.

Os principais poluentes da água são orgânicos e não biodegradáveis como os defensivos agrícolas, detergentes sintéticos, petróleo, metais, calor, radioatividade, dentre outros.

A água é essencial à vida humana e dela o homem depende para sobreviver, entretanto ela não recebe os devidos cuidados. As agressões são várias e ocorrem desde o lançamento de lixo doméstico, de esgotos a dejetos industriais em leitos de rios e mares. Infelizmente chega a ser comum ouvir nos noticiários a mortandade de peixes em rios provocada exatamente pela poluição.

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A contaminação causada pela disposição de produtos químicos perigosos em aterros sanitários ou descartados de forma errada também gera um impacto ambiental, causando a poluição do solo e das águas subterrâneas.

As principais fontes dessa poluição são os produtos agrícolas, como inseticidas e herbicidas, fertilizantes e resíduos sólidos industriais.

Embora tenhamos aqui comentado sobre os problemas ambientais provocados pela indústria química, devemos também nos lembrar dos enormes benefícios para nossa vida. Sem os produtos agrícolas seria impossível aumentar a produtividade, sem os avanços e descobertas da indústria farmacêutica estaríamos ainda morrendo de tuberculose e nossa expectativa de vida seria ainda de 30 anos. Cirurgias de alta complexidade como transplantes de órgãos e até o marca-passo nem sonharíamos. Hoje não se vive sem um aparelho de celular ou uma televisão em casa, isto graças à indústria química.

Esses são exemplos para que possamos compreender que a indústria química não trouxe apenas prejuízo ao homem ou ao meio ambiente, o que se deve buscar é o equilíbrio entre a produção com baixo custo e a preocupação ambiental. Somente quando todos tiverem isso em mente poderemos caminhar para um mundo melhor, mas será que teremos tempo?

Pesquise sobre a reunião de Copenhague, quais as decisões e metas colocadas.

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Resumo

Nesta aula, estudamos o efeito da indústria química sobre o meio ambiente: ar, solo e água. Vimos quais são os principais poluentes e os seus prejuízos ao homem, como o efeito estufa que estamos vivenciando. O aquecimento global é a grande preocupação atualmente, pois trazem graves prejuízos à sociedade como um todo. Vimos também que algumas reuniões foram realizadas pelos países mais industrializados, com o intuito de traçar metas de diminuição da produção de gases poluentes, e que os créditos de carbono são uma das iniciativas originadas nessas reuniões.

Autoavaliação

Cite pelo menos três compostos químicos poluentes, sua fonte e prejuízo ao meio ambiente.

Qual o aprendizado com acidentes químicos para a sociedade moderna? O que são créditos de carbono e como podem ser utilizados?

Quais os principais pontos no tratado de Kyoto?

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA – ABIQUIM. Disponível em: <www. abiquim.com.br>. Acesso em: 23 out. 2009.

CARRARA JÚNIOR, E.; MEIRELLES, H. A indústria química e o desenvolvimento do Brasil. São Paulo: Metalivros, 1996.

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Anotações

INSTITUTO ADOLFO LUTZ – IAL. Disponível em: <http://www.ial.sp.gov.br/>. Acesso em: 17 dez. 2009.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Dados estatísticos da

indústria brasileira. Rio de Janeiro, 2003.

WONGTSCHOWSKI, P. Indústria química: riscos e oportunidades. 2. ed. São Paulo:

Edgard Blücher, 2002.

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Referências

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