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CAiACilliBSTICA!
DA PO'ULAtSO MO Urlrl!liJOll 'AUL!~1rA:
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Lúcia Maria Machado Bogus e
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REDISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO NO INTERIOR PAULISTA: CARACTERiSTICAS E TENDÊNCIAS.
Lúcia Maria Machado Bógus José Marcos P. Cunha
RESUi'"íO
o
trabalho analisa aspectos do processo de redistribui~ioespacial da popula~io no Interior do Estado de sio Paulo
focalizando suas relaçffes com ~ dinimica econBmico-pol it ica
e o processo de urbanjza~iou
Ta~ redistribuiçio aponta para um movimento de
desconcentraçio populacional da Grande sio paulo em direçio a n0,,'05 cE'n t: 1'-o·:::· IlI" b<:'.1105 do intel~i0[" y ClJ.jos c on t CH-lios jel. s(:-:
delinearam na década 70-80. sobretudo nas re9j~es vizinhas à irea metropolitana.
",,, 1::.
CARACTERiSTICAS E TEND~NCIAS <x)
REDISTRIBUIÇZO DA POPULAÇZO NO INTERIOR PAULISTA:
Ldcia Maria Machado 86gus <xx)
Jos~ Marcos P. da Cunha (xx*)
INTRODUÇZO
Os intensos deslocamentos populacionais ocorridos no Brasil. sobretudo a partir dos anos 70. tanto em âmbito regional quanto no interior de cada Estado, tim evidenciado a
importância do fen5meno migrat6rio. apontando a relevância
d (~ !"C U E: S.tu d o (.:~fiqIJ.';i.nto te-m,':Í.t i ci:i. d e c aIr,·:í.tE' Ir m1.1.1t i d i ~:;.C ip1 ifi"I. Ir n
Considerando, entretanto, o conjunto da produ~io cientifica7
poucos foram os trabalhos voltados ao exame desse cómponente da dinâmica demográfica. cujo conhecimento ~ fundamental nio sri para a compreensio e análise da dinâmica scicio-econBmica -paI {tica do país. como para subsidiar a atuaçio dos orgias de: p1anE'j,:r.mE'nto.
O estudo da reorganiza~io da populaçio sobre o espaço permite captar as principais tendªncias migrat6rias e seus del::erminantes. os quais se relacionam às alteraç~es na organizaçio social da produçio. bem como aos demais elementos da dinâm\ca demográfica. Nesse sentido. os deslocamentos populacionais podem interferir. direta ou indiretamente na redefiniçâo de padr~es e níveis de, fecundidade. mortalidade e nupeial idadeT implicando, por outro lado. na criaçao e recriaçio de Espa~os Econ3micos E sociais e na emergªncia dE novos tipos de at ividades.
(x) EstE texto foi elaborado a partir dE resultados parciais da pesquisa UMigraçio no Interior do Estado de sâo Pau.lov
DAEP-F.SEADE/NEPO-UNICAMP, financiada pelo CNPq e FINEP.
(**>Sociciloga, professora assistente-doutor do Oepto. dE Sociologia da
rue
-
s
p.
Consultora da DAEP/F.SEADE.3
No caso do Estado de S~O Paulo. os deslocamentos
populacionais apresentaram. sobretudo a partir da d~cada
passada. algumas especificidades. De fato, o Interior de
S~o Paulo. vem passando por transforma~~es significat ivas em
sua estrutura produtiva que, iniciadas no período pós 56~
,:\cc::;·ntll.cur."'.!::..:·,·,no's.n·\':'· .no70,.~:.' impl icand o num fr::)(,·dt(~:·í n am is.mo
econ3mico e contribuindo significativamente para uma nova
configuraçio na redistribui,ào espacial da populaçio no
E'stad ou
Tal configuraçio apesar dE ainda manter um cariter
concentrador (de populaçio e capital) na reglao Centro-Leste
do Estado. aponta para um processo de desconcentraçio
econ3mico-populacional. que se desencadeia a partir da
Grande Sâo Paulo em dire~âo ~s regi~es vizinhas.
Conforme se sabe. a distribuiçio da populaçao no espaço está
relacionada a processos complexos do desenvolvimento
econ&mico que. muitas vezes induzidos por políticas
governamentais. favorecem a concentraçio industrial em
algumas regiies em detrimento de outras. Os diferentes
modelos de desenvolvimento adotados no país. desde o in{cio
do s~culo. configuraram diversidades regionais acentuadas.
As regi~es do Interior paulista onde a agricultura cafeeira
se desenvolveu at~ os anos 20. beneficiaram-se de todo o
aparato deixado pelo complexo cafeeiro (sistema bancário,
ferrovias, com~rcio e ~rmazenagem) estando mais preparadas
para as etapas posteriores de desenvolvimento mais completo.
De fato. ~a própria herança econ3mica e urbana deixada pelo
ca~~ contribuiu decisivamente para a montagem da ossatura
básica da rede urbana paulista ( ••• ) Uma vez passado o auge
cafeeiro e consolidada a 1 ideran~a do crescimento
industrial, este fen5meno nio degeneraria em mera
Estagna~âoU (CANO E PACHECO: 1989).
Entretanto. embora houvesse importantes industrias já
instaladas naquelas regiies do Interior. at~ os anos 50 a
instalaçâo de industrias concentrou-se7 cada vez mais. na
irea metropol itana. O novo padrio de desenvolvimento
iniciado pds 56 propiciou a descentralizaç~o industrial da
metrdpole em direçio
aS
regiões mais desenvolvidas doI nt .;:.:.(,.i or: •
4
Assim, o desenvolvimento no interior paul ista. nos ~ltimos vinte e cinco anos. esteve conectado por dois grandes processos: de um lado a instala~io de complexos industriais, onde se detecta a presen~a do Estado ( instalando refinarias de petrdleo. organizando paIos tecnológicos e criando o programa do prci-~lcool); de outro lado. a urbaniza~âo e o
assalariamento de mio-·de-obra rural. Essa dinimica se acentua a part ir dos anos 70 em funçio do prdprio processo de descentral izaçio industrial e de populaçio da área metropolitana. A ampliaçio do processo de industrial izaçio. o crescimento da agro-industria. a expansao da infra-estrutura ( urbana. rodoviária e de servi~os) e
modernizaçâo agrícola. além de maiores facilidades para instala~io de industrias a menores custos. criaram condiç~es para que boa parcela das atividades produt ivas do setor secundário se dirigisse para o interior.
Essa desconcentraçio das at ividades industriais teve reflexos diretos na estruturaçâo urbana das regloes
interioranas. favrnrecendo movimentos migratórios em djreçio a várias regloes do Estado. Assim. embora no contexto nacional a regiio metropol itana cont inuasse sendo o maior polo de atraçâo populacional - tanto que 80% do total de sua migraçao deveu-se na década 70 e 80. ~ migraçio
interestadual no contexto do prciprio Estado a metrdpole
foi a área que se apresentou menos atrat iva. observando-se,
pela primeira vez ritmos de crescimento urbano e migra~io
maiores no interior que na área metropolltana. Afor~a de
atra~âo que passa a ser exercida pelo interior de S~o Paulo.
evidencia-se na participaçio relat iva e nas taxas de crescimento de sua populaçio urbana tabela i ). expressando a exist&ncia de um dinamismo que nio pode ser
considerado. apenas. como uma extensao do crescimento
metropol itano. Parece tratar-se mais do reflorescimento de regi~es com potencial de crescimento já historicamente estruturado.
o
ritmo e a forma como o processo de urbanizaçio no interior vem se processando. conduzem. por sua vez7 a umacrescente migraçio para as cidades mcidias e grandes que acabam se Gonst ituindo em polos regionais. Ocorre. ao mesmo tempo. uma reorganiza~ao. tanto da divis~o social do trabalho quanto da populaçio. que tende a reproduzir as condi~Jes de vida e de crescimento das áreas metropolitanas.
Cidades médias do Interior passam a conviver com quest~es
urbanas: problemas de periferia, condiç~es prec~rias de habitaçio para a populaçio trabalhadora de baixa renda.
defici&ncia de iofra-estrutura. especulaçio. imobil i~ria.
condiç~es precárias de vida caracterfsticas que se acentuam deixando de ser pecul iares apenas das grandes concentra~ies metropolitanas.
TABELA 1 - INTERIOR DO ESTADO DE SAO PAULO
I EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO TOTAL, URBANA E RURAL
i940-1980
._-----------------------------
-ANOS TOTAL POPULAÇÃO PARTICIPAÇÃO RELATIVA TAXAS DE CRESCIMENTO (~ a.a.)
(i.) (7.).
Urbana Rural Urbana Rural Total Urbana Rllfal
------------------------------ -1940 5612271 1788725 3823546 31.87 68.13 1.43 3.28 0.45 1950 6471637 2470497 4000140 38.17 61.80 2.38 5.31 0.10 1960 8187804 4146001 4041803 50.64 49.36 1.64 4.45 -2.24 1970 9632218 6409570 3222648 66.54 33.46 2.60 4.56 -2.75 1980 i2451987 10012744 2439243 80.41 19.:W
FONTE: FIBGE; Censos Demográficos - 1940/1980.
10: Bógus, L.M.ti. e Baeninser , R. - "Reorganizaçao Espac ial de População no
Todo esse processo gerou novas modal idades de movimentos
migratdrios - migra~ão urbana/urbana. migra~io pendular e de
retor~o - que acentuaram a concentra~ão da população do
Interior ~m cidades cada VEZ maiores. Apenas o munic(pio de
Campinas, ~nico com mais de 500 mil habitantes na região do
Interior. concentra 5.3% de populaçio interiorana, enquanto
a soma dos 153 municípios com n~nos de 5 mil habitantes nio
chega a totalizar 4.5% daquela população.
i
importante enfat izar. nesse processo. que dada a tendências
erat. de ql.Li-~·.d,~.da -f'G:'cui.ndds.de e da l'fIcil"t:<.'1.l id"'.d0: :-. s ob retudoem são Paulo - a dinâmica migratciria passa a se const ituir
no principal componente do crescimento demográfico. com
impl ica,3es diretas sobre a redistribuição espacial da
população ~ a expansio da rede urbana.
11 - (.Des) Concentra~ão Demográfica; Evidências Emp{ricas.
A dinâmica demográfica do Estado de São Paulo na~ ~ltimas
d~cadas vem sendo caracterizada por um crescimento
populacional importante em níveis bem superiores aos
registrados para o pais como um toda. Assim. enquanto o
Brasil apresentou taxas m~dias anuais de crescimento da
ordem de 2.9% e 2r5% nas d~cadas de 60 e 70 respectivamente.
a população paulista cresceu a taxas de 3,3% e 375%. Não
cabe nenhuma d~vida que este crescimento acima da m~dia
nacional deveu-se em grande parte à intensa afluência de
migrantes proveniente dos Estados do Nordestey Minas Gerais
e Paraná que~ em vista das grandes desigualdades regionais
viam o Estado o desti.no mais promissor.
Embcwa sendo uma área eminentemente de atra~ão populacional.
s
âo
paulo tampouco foge à regra no que se refere aosdesníveis existentes em seu territ6rio em termos de
desenvolvimento relat ivo. Assim é que neste espa~o está
composto pelas maiores áreas industriais do pais ao mesmo
7
.bastante incipiente. implicando num nível de desenvolvimento scicio econ6mico bastante 1 imitado (1).
A situa~io anterior reflete-se plen~mente na localiza~~o e redistribuiçâo de populaçio no espaço paul ista. Ja que no período 1960/80 60% da populaçâo concentrava-se num raio de pouco mais de 100 Km da capital. Além disso. esta concentra~âo. ainda que em ritmo cada vez mais lento. foi aumentando durante o período chegando em 1980 a cerca de
Os dados da tabela 2 permitem observar a evoluçâo das populaç~es das 43 Re9i~es de Governo do Estado de sio Paulo. Como se nota. apenas a Grande sio Paulo <Regiio Metropol itana que engloba 37 municípios) responde por 37% da popula~âo em 1960 cheqando a mais da metade em 1980. Enquanto estas e outras Regi~es como Campinas, Sâo José dos Campos. Santos. Sorocaba. Jundia(. Limeira e Caraguatatuba aumentaram suas part icipaç~es relat ivas na popula~âo do Estado nos 20 anos considerados. nos demais casos. ou a diminuiçâo do peso relativo foi muito pequena como em Registro. Taubaté. Ribeirâo Preto. Piracicaba. entre outros. ou bastante acentuada acompanhada. inclusive. de reduç~es absolutas de populaçio. como nas regloes de Tupâ. Jales. Lins. Adamantina. Dracena e Mar(l ia. A mesma tabela 1 mostra que €nquanlo SE conc€ntra a popula~io do Estado tambim se urbaniza chegando a ponto de que, em média. 80% das pEssoas Já viviam em cidades no ano d€ 1980.
No Mapa 1 é possível visualizar a localjzaçâo geogr~fica das áreas mencionadas acima. Como imediatamEnt€ salta à vista. sio as regi~es mais distantes do centro econ&mico -administral iVD do Estado representado pela regiâo da Grand€ Sio Paulo, que experimentam as maiores redu~~es (mais de 40%) na. part icipaçâo relal iva na populaçâo paul i.sta. Por outro lado, expl icila-s€ a área hegem6nica em termos demográficoa assim como os Eixos pelos quais a populaçio vai se redistribuindo no território (Sio Paulo-Campinas. Sio Paulo-Sio Josi dos Campos. sio Paulo-Santos e sâo P aulo-SOI~ocaba) ..
(1) Para conhecer melhor a siluaçio regional do Estado de S
~
i
o:
P<3.1J.1(J ve.J,:1. P ()Ir ('2>~E'Ir!P1OTABELA ~- ESTADO DE SAO PAULO: PSRTICIPACAO RELATIVA DAS POPULACOES REGIONAIS - 1969/90
.
-
----Re9iOfs de Popu!. Po~u!. Popu!. (%) (%) (lI pop.8e I
Governo 1966 1971 19B. 1960 197. 19ge (IIUrban I
---
---Grande Sao PalJ!o 4739496 8139736 12588725 36.96 45.81 51.27 96.78 I
Registro 115939 137993 195562 '.83 '.79 '.74 55.39 I
Santos 422t73 653441 961249 3.29 3.60 3.04 99.46 I
Caraguatatuba 327&8 48086 87777 '.26 8.27 '.35 95.81 1
Cruzeiro 67866 82514 91271 '.53 '.46 '.36 79.'7 I Guara!ingueh 158228 197m 232213 1.23 1.11 '.93 82.13 I S.Jose Cmos 16868. 27f569 487274 1.32 1.52 1.95 91.56 I hubale 19t99ll 236383 322747 1.49 1.33 1.29 85.59 I Ame 155173 171185 188142 1.21 ••96 ••75 60.26 I Botucatu 1339111 me78 155m U4 '.99 '.62 74.39 I
!tape!inioga 1394tB 171636 226335 l.e9 1.97 '.9. 69.15 I
Itapeva 157.39 197722 2572êt 1.22 1.11 1..3 47.71 I
Soroub a 347531 459374 6B359t 2.71 2.58 2.73 83.67 I
1 Braganea Ph. 196596 22m8 289747 1.53 1.26 1.16 6e.40 1
I Caapinas 494674
nem
14t7236 3.78 4.34 5.62 88.16 I1 JlJndiai 153777 247981
uml
1.2. 1.39 1.6. 93.43 II li.eira 171437 238e85 34e182 1.33 1.34 1.36 85.14 I
IPiraeieaba 174131 215729 2958.1 1.36 1.21 1.18 86.69 I 1Rio Claro 99975 117132 149865 '.78 1.66 '.6' 87.25 I 1S. JOilO B. Vista 258215 273944 328311 2.ei 1.54 1.31 68.41 I IAraraquara 219214 249768 328251 1.71 1.41 1.31 80.31 I I Bamtos 236361 245m 268839 1.B4 1.39 1.67 79.42 I I Franca 228985 26889. 318819 1.79 1.51 1.27 83.5' I IRibeirao Preto 384243 475.22 65797. 3 ••• 2.67 2.63 B8.25 I
ISao tarlos 128422 15918t 215119 1." ••ge ••86 84.76 I
IS. Joaqui. Barra 74864 82m 92666 '.58 '.46 '.37 81.33 I IBaIU"U 263616 28t46' 364479 2.'6 1.58 1.46 82.69 I IJilU 141918 138m 171837 1.11 1.78 ••69 8U5 I I Uns 158184 121545 125929 1.23 '.68 '.5' 69.2' I I Catanduva 162986 159483 19tt45 1.27 '.9t '.76 69.28 I IFernandopolis 89987 99676 9549. 1.7. '.56 1.38 65.15 I I.hles 156735 158234 131964 1.22 '.99 1.53 6'.94 I I S.Jos~ Rio Preto 323t85 334m 402333 2.52 1.88 1.61 77.24 I I Votuporanga 118m 132677 13tUS '.92 '.75 '.52 66.43 J IAndradina 154256 182079 157277 1.2& 1••2 '.63 76.34 t I Aracatuba 334322 344265 367593 2.61 1.94 1.47 76.84 I 1Admntina 185m 149036 13763. 1.44 '.84 1.55 57.77 I I Dm~a 121979 1.8755 18653-4 '.95 1.61 '.43 6M2 I t Preso Prud~nte 396915 425929 417934 3.82 2.41 1.67 74.9' I I Assis 1567.3 1M3BI 159251 1.22 '.92 '.64 75.38 I I"ar!! ia 2SeB29 m826 236718 1.96 1.24 '.95 72.93 I t IllJrinhos Ht957 148973 H9S86 1.1' ••84 '.68 71.99 I I lupa 152m 129.89 135333 1.19 '.73 1.54 64.36 I I I
I TOTAL DO ESTADO 128233&6 17771948 2594.712
tet.'.
1•••••leu.
88.64 I---
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---
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--
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---
----FONTE: FIBGE - CENSOS DE"OGRAFICOS OE 196',1971 e 1986
~~-~ AUMENTOU
mT
I
DIMINUIU \l
l
l
l
l
MAIS DE 4~%O
DIMINUIUMENOS DE 40%
MAPA ~ _ ESTADOEVOLUÇÃODEDOSÃOPESOPAULO:RELATIVO DAS REGIOES DE GOVERNO NA POPULAçÃO ESTADUAL
1960/80
.----
-.
n~'illtrO
FONTE' FIBGE _ CENSOS DEMOGRÁFICOS DE 1960,1970 e 19BO
\
\
8
Dentro desse quadro de referincia. vale a pena sal ientar que
embora. como Ja se adiantou. a Grande Sâo Paulo ainda
responda pela maior parte da populaçio paulista, i nitida a
desaceleraçâo da tendincia de concentraçio demogr~fica nesta
irea. Enquanto na década de 50 sua part icipaçio na populaçio
total do Estado cresceu em mais de 27% (de 29,1% em 1950
para 37% em 1~60) na décadas seguintes este crescimento veio
caindo até chegar em menos de 10% na década de 70.
Assim. ainda que, numa situaçio de centro de atraçio. a área
metropolitana tem cada vez mais cedido terreno às outras
regi~es que7 em geral, representam o seu hinterland. Como
se verá. esta tendência est~ diretamente associada à
dinimica migrat6ria do Estado que tem como uma de suas
principais característ icas os intensos deslocamentos desde a
Grande sio Paulo em direçio às áreas vizinhas. Este
processo redunda, portanto. na concentraçio demográfica nio
mais apenas na zona metropol itana mas sim. em toda a por~io
centro-leste do territdrio paul ista.
Esta configuraçio encontrada pode ser melhor entendida em
termos demogrificos se decompusermos os crescimentos
populacionais em seus componentes a saber. vegetativo
(nascimentos-óbitos) e migratório (entradas menos saídas).
Como sabemos. a mudança na part icjpaç~o relativa da regiâo.
na populaçio do Estado. pode ver-se afetada por um desses
componentes ou m~smo pela interaçio de ambos_
A tabela 2. deixa bastante claro aquilo que já se adiantava
com relaçio ao processo de redistrjbui~io espacial da
popula,âo; a grande importincia do componente migratório.
Ainda que sio Paulo n~o apresente uma homogeneidade interna
em termos de fecundidade e mortal idade. pode-se d"izer que os
diferenciais sâo cada vez meios significativos como ~
possível ser observado a nível das antigas Regi~es
Administrat ivas. Isto implica que os grandes diferenciais em
termos das taxas de crescimento populacional estio muito
mais ligados ao comportamento migratório de cada Regiâo de
Governo que propriamente ao seu crescimento natural. De
fato, a participaçio do saldo migratório como componente de
crescimento (3 e 6 colunas da tabela 2) é. em geral.
predominante tanto nas áreas que aumentaram SEUS pesos
relativos na populaçio Estadual quanto naquelas que. ao
contrário. perderam importincia. Em contrapartida. o
crescimento vegetat ivo e o componente mais importante nas
ireas onde a participaçâo nio se alterou sobremaneira, como
sio os casos. por exemplo. de Registro. Taubaté. rtapeva.
11.2
o
COMPONENTE MIGRATóRIO: PRINCIPAIS PROCESSOSENVOLVIDOS
•
Os dados censitários de 1980 mostram ~ue mais de 4,5 milh3es dp pessoas eram imigrantes que viviam em uma das 43 Regi3es de Governo do Estado. Desse montante, mais de 62% eram de ar igem externa. ou seja. originários de outras Unidades da Federaçio ou mesmo de outros países, enquanto os demais
(n"l<':<.deis 1.7 m i l hêes ) con st t tu iam+s e de;:' ind i v fd uo s cujo
~lt imo movimento foi entre duas Regi3es do Interior de Sio P<~.1.J.10.
A predominincia dos imigrantes externos pode fazer acreditar
que este tipo de movimento é o grande responsável pela var iaçaes dos pesos relat ivos regionais na populaçio estadual. Apesar de indiscutivelmente importante7 o caráter pecul iar desta classe de deslocamentos. a sabery a
predominincia da Grande sio Paulo como área de destino dos mesmos. a coloca apenas como um dos elementos condicionantes. De fato, mais de 64% dos imigrantes de
DI.l t r os.E~;t<:I.do s (c e1"c,,,-de 1» C) mil hÕE~'5) ins·t,,,-1<.u"<.-:'.m·-·~;(~riêl. ,ü-E'". metropol itana o que, em boa parte. just.jfica a grande
importincia demográfica da mesma em Sio Paulo.
A prefer&ncia por esta Regiio. pelo menos como o primeiro ponto de chegada, acaba por impl icar para as demais regiões numa importincia crescente dos movimentos internos em sua
dinimica migratdria. Ainda que Regi~es como Campinas, sio José dos Campos, Santos, Sorocaba, entre outras. apresentem tanto contingEntes como participa~io relativa expressiva de
imigrantes externos, a mobilidade intra-estadual configura
-se cruoo um dos grandes componentes do crescimento (ou decréscimo) da popula~io do Interior paulista.
Deste modo. para melhor entender o processo de
redistribui~âo espacial da populaçâo em sio Paulo
- aceitando, é claro. que o crescimento vegetat ivo tenha um
p ~~':;o!l)J01'2n- .- é nE'Cess:.<:i() E'ncÍ.r ,:\1'"ar o fETI
o
!l'p:o;:Ir!'ni9'" ,,\.1: ór' io '::",obd o its ê1.!::.pr:::·cLosdiFe r e nte s, pOI'"ém. complementCl.res:: o s movimentos já tradicionais provenientes de outros Estados. e os fluxos migratdrios inter regionais. Os primeiros
responsáveis principalmente pelo elevado peso demográfico da regiâo metropolitana e os ~ltimos, em grande medida. respondendo pelos ganhos ou perdas de importincia relat iva das várias áreas do Interior dD Estado.
Nâo se pretende aqui fazer uma an~l ise das correntes migratórias responsáveis pelos principais processos de mobilidade espacial que o Estado de Sâo Paulo tem experimentado, at~ porque esta tarefa já foi real izada em outro estudo (2). A idéia neste momento e resgatar os pr incipais aspectos dessa intensa movimentaçâo populacional
(seja interna ou externa) que podem dar conta do fen8meno do qual nos ocupamos aqui ~ a central izaçio demográfica no Centro-Leste do Estado7 acompanhada de um processo vis(vel
de desconcentraçio da Grande Sio paulo em direçio às Re9i~es
1n t eI" iQr:Cl.n,,\.s ~
Para tanto. em vez das correntes migratórias propriamente
ditas, optou-se por apresentar as principais trocas
migratdrias líquidas (em termos absolutos) ocorridas entre Re9i~es de Sio Paulo ou entre estas e outros Estados nas década de 70 (3). O mapa i apresenta de forma gráfica estas trocas que representam o saldo ou balanço entre duas correntes de mesma direçio. porém. com sent idos opostos. ou em outros termos. a diferença entre o fluxo de A para B e o
de B para A. Vale a pena frisar que a informaçio disponível
nio permitiu especificar para as trocas externas as Unidades de FE:del'·(".(;:~I.oeuvoLv id a s , o qU.e implicou. êl.pE·ncl.!:. numa representaçio simb6l ica no mapa em questâo dos ganhos mais expressivos e as Regi;es de Governo nas quais os mesmos
ocOI"I~el~amu
A ~artir do Mapa 2 ~ poss{vel constatar a grand~ conveg&ncia entre os processos de redistribui~âo e mobil idade espacial d~ populaçio que. corno se procurou deixar claro, nio necessariamente deveriam representar o mesmo fen6menoy J8
que no primeiro também poderia .intervir o crescimento vegetat ivo. Assim é que prat icamente as mesmas regiBes que ganharam peso relat ivo na popula~âo Estadual sio aquelas
que. no balanço final dos deslocamentos migrat6rios da
d~cada de 70. apresentaram 05 maiores ganhos populacionais Li quido s ,
( 2) C:UNHt-Tl E~:;;~t I.dode
J.M.P. e RODRlGUESy I.; "Processos Migrat6rios no
sâo Pau.lo=uma perspectiva regional". sio Paulo.
1989, Cmi me o) ,
(3) Na verdade o ideal teria sido elaborar a anilise com
base também nos dados da década de 60. contudo, além da
informaçio nio ser tio rica no Censo de 70 como no Censo de 80 no que se refere ao estabelecimento das correntes
migratcirias. as informaç~es nio estavam disponíveis a n{vel das RegiHes de Governo~
TABELA 3- ESTADO DE SAO PAULO: COIPosicao e taxas de crescilento populacional segundo Regioes de Governo - 68/8.
1
1 6.179 1 7t/8' I
.---:---1
1 Regioes de 1 tresc, 1 (%ICr!!sc. 1 mCresc. I Taxa de 1 Crm. I (%ICresc. I (%ICresc. I Taxa de 1
1 Governo I Total I Vegeto 1 Kigr. ICrescil. 1 Total 1 Vegeto 1 Higr. ICresci •• I
1---
1
1 Grande Sao Paulo 1 348'324 I 48.29 1 59.71 1
I~e9istro 1 31954 1 185.73 1 -5.73 1 ISantos I 231368 I 51.5 I 48.5 1 1 Caraguatatuba I 15299 I 84.3 I 15.7 I 1 Cruzeiro 114MB 1 125.66 I -25.66 1 1 Suarafing1leta 1 3B869 1 119.48 1 -19.48 1 1 S.Jose CalPos I 1.1889 1 55.21 1 44.79 I I Taubatl! 1 45385 I 115.'9 I -15.'9 1 IAvare I 16112 I 223.2 1 -123.2 1 1 Botucatu I 8897 I 346.33 I -246.33 I I!tapet inin9a I 32229 1 109.52 I -9.52 1 IItapeva 1 41683 I 1.. I • 1 1 Sorocaba I 11e843 I 79.63 I 21.37 1 IBraganca Pta. 1 28142 I 141.77 I -41.77 I ICUllim I 285823·1 45.B3 1 54.17 1 I Jundiai I 941.4 I 45.37 I 54.63 I I U.ein I 67649 1 68.57 1 31.43 1 1P Irac icaba 1 41598 1 116.18 I -6.18 I I Rio Claro 1 17.57 I 115.51 I -15.51 I I S.Joao B. Vista I 14829 1 383.81 I -283.81 I IAraraquara 3&564 I 155.67 I -55.67 I 1 Barretos 8678 I 571.44 1 -471.44 I 1 Franca 39ge5 1 115.41 1 -15.41 I I Ribrirao Preto 9.779 I 97.54 1 2.46 I 1Sao CarIos 3'758 I. 93.12 I 6.98 I I S.Joaquil Barra 7147 I 251.77 I -151.77 I 1 Bauru 16B54 1 324.68 1 -224.68 1 IJau -3915 I -921.71 I 921.71 I I lins -36639 1 -76.74 I 176.74 1 I Catanduva -35'3 1 -919.25 1 1'.9.25 1 IFernandOPolis 9699 I 234.82 I -134.82 I I Jales 1499 I 2957.14 I-2857.'4 I
1 S.Jose Rio Preto 1182. I 561.53 I -46'.53 1
IVotuporanga 14.77 1 2'2.9 I -1.2.9 I 1 Andradina 27823 I 146.67 1 -46.67 1 IAracatuba 9943 I 845.35 , -745.35 I 1 Adalantina -36164 I -131.78 I 231.78 I IDracrna -1322~ I -27'.83 I 371.83 I IPrt'S. Prudentr 39.14 I 279.41 I -179.41 I IAssis 7677 I 5'4.99 I -4'4.99 I I "arilia -31"3 I -173.27 I 273.27 I 1 Durinhos 8116 I 439.'2 I -339.'2 I 1TUPi -22927 I -151.68 I 25&.68 I I I I I I TOTAl DO ESTADO 4948142 I 68.15 I 31.85 I ?
Fonte: FIBGE - Censos Dnograficos de 1m, 197.
e
198&.1
-5.56 1 4449995 I 49.13 I SU7 I 2.67 I 47669 I 84.7 I . 15.3 I 4.47 I 3178t8 I 51.3 I 49.7 I 3.91 I 39771 I 44.9 I 55.2 I 1.97 I 0757 I 215.89 I -165.89 I 2.22 I 35116 I 121.76 I -21.76 I. 4.94 I 216715 I 43.53 I .56.47 I 2.15 I 86364 I 68.67 I 31.33 I '.99 I 16957 I 205.74 I -195.74 I '.59 12931 I 178.e8 I -78.t8 I 2.1' 54699 I 71.4 I 29.6i
2.33 59478 I 95.58 I 4.42 I 2.81 225216 I 48.23 I 51.77 I 1.35 65êi9 I 67.86 I 32.14 I 4.74 636739 I 38.29 I 61.71 I 4.89 153249 I 39.61 I 6ê.39 I 3.4i 112&97 I 52.7 I 47.3 I 2.17 81m I 58.59 I 41.41 I 1.59 32833 I 63.82 I 36.18 I '.56 55267 I 91.28 I 8.72 I 1.31 78483 I 59.75 I 4&.25 I '.36 238.. I 174.86 I -74.86 I 1.62 4992& I 87.56 I 12.44 I 2.14 182948 I 53.42 I 46.~8 I 2.17 55939 I 5U3 I 43.97 I '.92 18665 I 144.43 I -44.43 I '.62 84.19 I 66.33 I 33.67 I -'.28 33834 I 79.56 I 29.44 I -2.6& 4384 I 462.52 I -362.52 I -'.22 3.562 I 92.44 I 7.56 I 1.'3 -4186 I -431.63 I 53'.63 I Ut -2627' I -1'5.89 I 205.89 I '.36 67428 I 84.42 I 15.58 I 1.13 -2672 I -715.91 I 815.91 I 1.67 -24812 I -147.39 I 247.39 I '.29 23318 I 269.23 I -169.23 I -2.15 -11416 I -230.99 I 331.99 I -1.14 -2221 I -927.33 I 1e27.33 I '.97 -7995 I-1'15.12 I 1115.12 I '.48 -5129 I -555.59 I 655.59 I -1.27 15892 I 292.34 I -182.34 I '.55 613 I 4476.'2 I -4376.'2 I -1.62 6245 I 394.19 1 -294.19 I I I I 3.32 7268764 I 59.53 I 41.47 I 4.46 I 3.'1 I 3.94 I 6.22 I 1..1 I 1.6~ I 6.16 I 3.16 I '.94 I '.87 I 2.81 I 2.66 I U9 I 2.57 I 6.21 It93 I
3.63 I 3.21 I 2.50 I 1.86 I 2.77 I 9.93 I 1.72 I 3.31 I 3.&6 I 1.23 I 2.66 I 2.22 I '.35 I 1.77 I -t.43 I -1.9. I 1.85 I -f.2t I -1.45 I '.66·I -0.79 I -e.21 I -'.19 I -8.32 I 1.71 I •.• 4 I 0.47 I I 3.49 I:-1APA~ ESTADO DE SÃO PAULO
Trocas Migratórias Líquidas Significativas em Termos de V~umes Absolutos - 1970;80
.
.
President Prudente 8000 a 12000 12000 a 21000 =::::::=- 21000 a 50000 m:BII 50_000 a 90000-
..~~ ---15'0000•
1500000FONTE: FIBGE - Censo Demosráfico àe 1980
i:1.
I
I
Regiies como Sio Josi dos Campos. Santosy Sorocaba e Jundiaí
colocaram-se entre as áreas mais favorecidas em termos das
trocas populacionais com outros Estados. sem contar os
ganhos 'obtidos nos intercimbios com zonas do ixtremo oeste
paul ista que por seus menores volumes nio constam do Mapa 2.
Já no caso especifico de Campinas repete-se o mesmo quadro
anterior. contudoy numa dimensio muito mais expressiva. haja
visto. que os volumes envolvidos foram bEm maiorES. tanto no
que se refere à migraçio de outros Estados. como com relaçio
<:(0'o:;·movime ntos int(7)''"nos.
Finalmente. para a Grande Sio Paulo, pode-se claramente
constatar que ao mesmo tEmpo que apresenta elevados saldos
positivos nas trocas com outras Unidades de Federaçio e at~
mesmo com algumas regiffes do Oeste tais como Presidente
Prudente, Assis. Araçatuba7 Adamantina e Mar{l ia.
c on5 t it1..1i u -"':::.(.,:'}'Ci. n
i
ve'1 ilit1:::1'" lio}, num do';:;91r <:1.11d (:;:~:;CE'ntI" C)~;;d eemigraçio que. em geral. dirigia-se para as regiies mais
pI'" d~<imets ••
Concll.li-f;;E.p o rt anto , qUE e st a emi·gl'·':).c;:Jo1 (quid",.ob s ervad a
na area metropolitana
i
o grande motor do processo dedesconcentrac;:ão populacional qUE Esta zona vem sofrendo.
Por outro lado, a persistência dos grandes fluxos
migratórios provenientes de outros Estados. somadas aos
ganhos internos de populaçio observados em outras regi~es
próximas ao centro politico-administrativo de são Paulo sâo,
em grande medidap os respons~veis pela forte centraliza~âo
demogr~fica vigente no tErritdrio paul ista. o que. sem
d~vida, se vincula a concentração de capital no Estado e a
diversificação das atividades produtivas.
111 - CONSIOERACoES FINAIS F1C Dtnp anli andC) ;:,1. econômico E:. in d1..1Str' ial • '" .:::.U <:1. t(7":n df·li C i<:1. esp 0":<:: i f icc\UH:·:n t: E:7 popula.<;;:Io do
histórica de desenvolvimento
de 1ocaIi;~~cl.t;:â(") E: ,(,;:->:pcl.ns:,~·l(")
---
---experimentado nas
concentraçio. como
calculado para 1960
IrE-:':=.pG:C t iv'''.mente"
~ltimas décadas mostra a evoluçio do e 1980 com valores uma cre s c entc índice de GINI(4) de 0.66 e 0.79
Esta concentraçio demogrJfica teve sua origem no município
de Sio Paulo. o grande centro estadual. que com o tempo teve
seus limites expandidos para outros municípios que comp~em a
area metropolitana. Concomitantemente. uma parte do
interior. fundamentalmente as reg.iaes mais próximas à grande
Sio Paulo. vinha sofrendo um grande impulso em termos de
desenvolvimento econ&mico conjugado com um importante
crescimento demogrJfico7 possibilitado. em boa medida. pelos
intensos fluxos migratórios tanto de origem externa quanto
interna. Ambos processos al lados a um terceiro. que se
refere ao esvaziamento populacional sofrido pelas regi5es
mais ao oeste de Sio Paulo nas décadas de 60 e 70.
impl icaram numa redistribuiçio espacial da populaçio que se
caracterizou pela localizaçio da maior parte dos habitantes
do Estado numa faixa territorial restrita.
Quanto aos condicionantes demogrificos deste fenBmeno. nio
resta d~vidas que o grande responsável é a migraçâo. que ao
ser direcionada em grande medida apenas para algumas ~reas
especificas. acaba por propiciar um maior créscimento
demogr~fico das mesmas, redundando no aumento de seus pesos
relativos. Ainda que se deva reconhecer a possibil idade de
um papel at ivo do componente vegetativo neste crescimento
diferencial. este em comparaçio ao componente migratório
certamente nio ser~ tio relevante.
Para final izar. caberia aqui fazer uma reflexio sobre a
tend&ncia futura da redistrlbuiçio da populaçio no
território paul ista. Segundo as proje~~es elaboradas pela
FUNDAÇ~O SEADE (5), nos anos 80 a populaçi6 de sio Paulo
continuarJ a se concentrar na mesma proporçao centro-leste
(4)0 indice de concentraçio de GINI varia de 0. quando a
distribuiçio da populaçio J uniforme no espaço, a 1. quando
apenas uma unidade do território contém toda a populaçâo.
(~5) Fun cI,:\.\;fi:lo Df.·~mo~:w<:\·fic<:\!:;N y S E~?~1[)t::: :: I".·' B~~:()P{':;.1.11D), ~;io P'i:\.111 o j.(?Bf.l u
..,
destacada no Mapa 1 deste texto. Contudo. o ritmo deste
p1·-De e.ss o ~:;(:':I~<~. bem ma is 1("ÕTItoy PI~in cip",.1 me nt(7: p"'.Ir;;:t. <o). (3\'<,).n"dE·
sâo Paulo que dever~ aumentar nesta dicada apenas 4% sua
partic~pa~~o na populaçio estadual contra o~ miis de 10% do
dec0nio passado. Isto leva a concluir que a midio prazo i
p o ~:;.~,;(\/e·"1 pf:~n .,:,.;::'.1'· riI.i.m,.:).d.f!:~,;C (.:-n:. tr ,.,/L.i z '.:'(.i:
;·ro
dEmo9I'",,;.f ic:(7'. cI'· E·.,::.Centc·dos eixos mais dinimicos do Estado que. tendo a Grande sâo
Paulo como centro. extendem-se nas direçaes de Campinas.
Sorocaba. Santos e sâo Josi do Campos. Esta expectat iva
encontra grande sustentaçâo nas evid0ncias que existem a
respeito do desenvolvimento cada vez maior das ~reas
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