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UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA ARQUITETURA E URBANISMO PROPOSTA DE PROJETO DE ESPAÇO MULTIFACETADO PARA

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UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA ARQUITETURA E URBANISMO

PROPOSTA DE PROJETO DE ESPAÇO MULTIFACETADO PARA EVENTOS E CENTRO DE JUVENTUDE EM ITABUNA/BA

Itabuna – BA Junho de 2019

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UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

PROPOSTA DE PROJETO DE ESPAÇO MULTIFACETADO PARA EVENTOS E CENTRO DE JUVENTUDE EM ITABUNA/BA

Caio George Diniz

Trabalho entregue aos avaliadores Luciano Pillo Santo Silva e José Wanderlei Ramos Filho como requisito para a obtenção de crédito na disciplina de Trabalho Final de Graduação, do curso de Arquitetura e Urbanismo do 10º semestre.

Itabuna – BA Junho de 2019

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RESUMO

O presente Trabalho de Graduação Final, tem como objetivo, evidenciar a necessidade da implantação de um espaço multifacetado voltado para eventos, na cidade de Itabuna-BA. Ao decorrer desta monografia, encontram-se argumentações e pesquisas, onde é apontado o porquê da construção deste tipo de empreendimento.

A inserção deste projeto pretende acolher os variados tipos de eventos e permitir que os mesmos aconteçam no município de Itabuna, onde não haja nenhum tipo de empecilho, gerando interesse por parte de produtores e empresas, para que este setor ganhe cada vez mais espaço e seja uma ferramenta que impulsione a economia desta localidade. A cidade carece de um espaço bem estruturado, pois os locais voltados para este fim, já existentes, não atendem a todas as necessidades previstas aqui. O intuito é garantir o respeito com o público e que os mesmos se sintam mais confortáveis, seguros e confiantes em relação ao espaço, fazendo com que haja motivação para que as pessoas se interessem mais pelas atividades culturais e de entretenimento no município.

Palavras-chave: Complexo Multiuso; eventos; empreendimento; economia; público; segurança; culturais; entretenimento.

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ABSTRACT

The purpose of this Final Graduation Paper is to highlight the need to implement a multifaceted event-oriented space in the city of Itabuna-BA. In the course of this monograph, there are arguments and researches, where it is pointed out the reason for the construction of this type of enterprise.

The insertion of this project intends to host the various types of events and allow them to happen in the municipality of Itabuna, where there is no type of impediment, generating interest on the part of producers and companies, so that this sector gains more and more space and is a tool that will boost the economy of this locality. The city lacks a well-structured space, since the sites aimed to this end, already existing, do not meet all the requirements provided here. The aim is to ensure respect for the public and to make them feel more comfortable, safe and confident in relation to the space, so that there is motivation for people to be more interested in the cultural and entertainment activities in the municipality.

Keywords: Multipurpose Complex; events; venture; economy; public; safety;

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Anfiteatro Grego ... 13

Figura 2 miscigenação no Brasil ... 14

Figura 3 - Parque de Exposição Antônio Setenta ... 16

Figura 4 - Centro de Cultura Adonias Filho (CCAF) a terceira edição da Festa Literária de Itabuna (FELITA) ... 16

Figura 5 - Vista aérea da construção da Arena Olímpica do Rio. ... 18

Figura 6 - Vista interna da Arena Olímpica do Rio durante os Jogos Rio 2016. ... 19

Figura 7 - Plano Geral Urbanístico ganhador para o Parque Olímpico do Rio de Janeiro. ... 20

Figura 8 - Vista interna da arena durante o show. ... 21

Figura 9 - Vista interna da arena durante um evento (à esquerda) e antes (à direita). ... 22

Figura 10 - Esquema em 3D das opções de configuração interna da arena. ... 22

Figura 11 - Maquete virtual do Auditório. ... 23

Figura 12 - VOLUMETRIA 3D ... 24

Figura 13 - PROJETO SOCIAL JAMDS - PÁTIO ... 26

Figura 14 - PROJETO SOCIAL JAMDS – ÁREA DE CIRCULAÇÃO .. 26

Figura 15 - PROJETO JAMDS – ÁREA EXTERNA ... 27

Figura 16 - localização do terreno e seu entorno ... 35

Figura 17 - Localização da Microrregião Ilhéus-Itabuna na Bahia. ... 36

Figura 18 - Localização da cidade de Itabuna no Estado da Bahia. .... 37

Figura 19 - Planta baixa do terreno a ser utilizado no projeto. ... 38

Figura 20 - Fotos do terreno escolhido [1] ... 38

Figura 21 - Fotos do terreno escolhido [2] ... 38

Figura 22 - Tipologia do entorno da área escolhida. ... 39

Figura 23 - Itabuna em seus primeiros anos. ... 41

Figura 24 - Segunda enchente de Itabuna (1967). ... 42

Figura 25 - Praça Adami antiga. ... 43

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Figura 27 - Fachada nordeste ... 49

Figura 28 - Fachada sudeste ... 50

Figura 29 - Fachada Sudoeste ... 50

Figura 30 - Fachada noroeste ... 51

Figura 31 - Ruídos aéreos de impacto ... 54

Figura 32 - Ventilação cruzada ... 58

LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Pergunta 01... 29 Gráfico 2 - Pergunta 02... 30 Gráfico 3 - Pergunta 03... 30 Gráfico 4 - Pergunta 04... 31 Gráfico 5 - Pergunta 05... 32 Gráfico 6 - Pergunta 06... 32 Gráfico 7 - Pergunta 07... 33 Gráfico 8 - Pergunta 08... 33 Gráfico 9 - Pergunta 09... 34

Gráfico 10 - Mapa das vias enquadradas ao terreno sugerido. ... 46

Gráfico 11 - Categorias de nebulosidade... 47

Gráfico 12 - Chuva mensal média ... 47

Gráfico 13 - Horas de luz solar e crepúsculo ... 48

Gráfico 14 - Nascer e pôr do sol com crepúsculo ... 48

Gráfico 15 - Níveis de conforto em umidade ... 52

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tipologia dos Eventos Planejados (Getz, 2008, p.29). ... 15 Tabela 2 - Zonas e Parâmetros para ocupação do solo ... 57

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 9 1.1 TEMA ... 10 1.2 JUSTIFICATIVA ... 10 1.3 OBJETIVOS ... 12 1.3.1 GERAL ... 12 1.3.2 ESPECÍFICO ... 12

2 EXPLORAÇÃO TEÓRICA DO TEMA ... 13

2.1 Primeiras manifestações culturais ... 13

3 PROJETOS REFERENCIAIS ... 18

3.1 Arena olímpica do Rio, Rio de Janeiro ... 18

3.2 Crossoverzaal / NL Architects – Vredenburg, Holanda ... 24

3.3 Projeto Social JAMDS / Tavares Duayer Arquitetura ... 25

4 METODOLOGIA ... 28

4.1 Resultados e levantamento de dados: ... 29

5 ANÁLISE DA ÁREA ... 35 5.1 Localização ... 35 5.2 Dados da Região ... 35 5.3 Cidade ... 36 5.4 Terreno ... 38 5.5 Diagnóstico ... 39 5.6 Histórico ... 40 5.7 Enchente de 1914 ... 41

5.8 Pontalzinho e Conceição, os bairros mais antigos de Itabuna 42 5.9 Uma praça que virou três ... 43

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6.1 Hierarquia Viária ... 44 6.2 Estudo climático ... 45 6.2.1. Temperatura ... 45 6.2.2. Nuvens ... 46 6.2.3. Chuva ... 47 6.2.4 Sol ... 48 6.2.5 Umidade ... 51 6.2.6 Ventos ... 52 7. Acústica Arquitetônica ... 53 7.1. Telhas Termoacústicas ... 55

8. Segurança Contra Incêndio ... 55

9. Legislação... 56

10. Partidos Arquitetônicos ... 57

10.1 Ventilação Cruzada ... 57

10.2 Espaços Multiuso ... 58

10.3 Inclusão e Ampliação de Conhecimentos ... 58

10.4 Programa de necessidades... 59 11. Normas Técnicas ... 61 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 62 AGRADECIMENTOS ... 63 REFERÊNCIAS ... 64 ANEXO QUESTIONÁRIO ... 66

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1 INTRODUÇÃO

Para a Antropologia Cultural, manifestação cultural é toda maneira de expressividade humana, indo de celebrações e cultos a outras armações como seja através de celebrações e rituais ou através de outros suportes como também artes cênicas e fotográficas. Além do mais, existem as mais variadas expressões culturais da humanidade, a partir de outros dialetos, verbais ou escritos. Estas propriedades culturais se estabelecem como símbolos que exprimem maneiras de vivenciar e refletir a respeito de acontecimentos, eras, tornando cada expressão cultural única, mundo afora.

Pela Constituição Brasileira de 1988, podemos entender que o patrimônio socioambiental se distingue em cultura, história, arte, arqueologia, etnografia e paisagismo. Estes bens possuem a finalidade de entrelaçar um vínculo com a memória, cultura e história do país. Sendo assim, compreende-se o patrimônio cultural de um país, abranger as manifestações tradicionais e também novas práticas, criando tradições orais, festas, idiomas, música, entre outros.

As festas populares são formas de expressar a identidade de uma comunidade, na qual a razão pela qual há a união e encontros, seja através da fé ou a necessidade, simplesmente, de celebrar, atraindo e reconhecendo seus apreciadores de “mesma identidade”. Estas celebrações públicas têm especificidades ideológicas de mesma afinidade, gerando comemorações, antes de mais nada, conservando bens imateriais, conservando recordações coletivas.

Esta monografia é parte do Trabalho Final de Graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo da União Metropolitana de Educação e Cultura – UNIME. Cujo tema abordado é um espaço multifacetado voltado para eventos.

Assim, consta nesta dissertação pesquisas que envolvam a necessidade para o desenvolvimento de projeto para o equipamento aqui proposto, visto que, este espaço contribua para o incentivo a práticas culturais de uma forma diversificada, adequada e agradável para a população do município e seus

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10 visitantes, atuando de forma inclusiva para os mais diversos públicos e suprir suas necessidades.

1.1 TEMA

O tema aborda uma proposta de projeto arquitetônico no município de Itabuna-BA, onde a implantação do espaço multifacetado traga progressividade nas atividades relacionadas a diversos tipos de eventos e lazer, pretendendo resolver um déficit em acontecimentos com estes propósitos específicos, encontrado na localidade.

1.2 JUSTIFICATIVA

A escolha pelo Espaço Multifacetado se deve à falta de equipamentos urbanos de qualidade e também pela precariedade dos espaços públicos ou privados, para esse determinado fim na cidade de Itabuna. Onde basicamente não é oferecido conforto ao público por parte desses locais. A segurança também é imprescindível para receber a diversos tipos de eventos.

Quando se refere a tipologias artísticas e de entretenimento, é notável que o município não possui um modelo adequado para a região. Oferecer uma infraestrutura adequada coletiva é essencial para se ter uma experiência que seja agradável para público. São exemplos, sanitários, lanchonetes, camarotes, ambientes climatizados, camarins e bastidores adequados para a realização de eventos de artes e de entretenimento.

Não existe no município construção similar ao tipo de empreendimento abordado no tema. A localidade perde oportunidades de arrecadar e fazer com que sua economia tenha mais impulso, pois o cenário é desmotivador para seus próprios moradores e também visitantes ou turistas. Deixando de haver eventos que possam ser destinados a negócios, educação, científicos e privados por não suportar essa demanda, pela falta de projeto e equipamentos de incêndio e pânico, além da ausência de manutenção dos estabelecimentos do município,

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11 o tornando incapaz para abrigar grandes e importantes eventos, deixando de abranger e atrasando o crescimento da cidade.

O espaço multifacetado será destinado a diversas formas de entretenimento. O empreendimento será construído na cidade de Itabuna. O município é um dos maiores da Bahia, localiza-se na região que conhecemos como costa do cacau, em que outros municípios importantes estão inseridos, como Ilhéus. A cidade é um polo econômico da localidade e acaba sendo muito visitada pela população dessa região. Quando nos referimos a espetáculos, sabemos que Itabuna não é capaz de competir com a sua vizinha, Ilhéus.

Itabuna de fato deixa a desejar quando nos referimos a cultura. O espaço multifacetado pretende ser construído para suprir essa necessidade cultural que não recebe sua devida atenção por seus moradores e visitantes.

O espaço multifacetado servirá tanto para eventos festivos quanto para eventos culturais. Quebrando o conceito de “vida noturna”, o local funcionará em tempo integral, para que possa receber os diversos tipos de programação, sendo capaz de alcançar diferentes faixas etárias. Indo de palestras a concertos, peças, congressos, exposições, cerimônias, stand-up, entre outros tipos de eventos.

Diante de tudo que foi abordado é fundamental a inserção de um espaço multiuso para eventos no Município de Itabuna. Desta forma, é perceptível algumas razões pelas quais se deve intervir com a construção deste equipamento. Uma destas razões é a ausência de um equipamento para essa finalidade na cidade, quanto a sua amplitude e à proposta de uma edificação diversificada em suas utilidades. Segundo, é a má situação arquitetônica dos estabelecimentos onde ocorrem os eventos atualmente na cidade, referentes à edificação proposta. E por último, é a localização estratégica de uma zona mais centralizada, apropriada e que possui grande circulação de pedestres e automóveis.

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1.3 OBJETIVOS

1.3.1 GERAL

Elaboração de uma implantação de proposta de projeto arquitetônico no município de Itabuna-BA. Desenvolvendo-se um espaço para eventos com múltiplas funções na cidade, onde atenda as demandas culturais e festivas da cidade.

1.3.2 ESPECÍFICO

 Favorecer melhor qualidade do espaço e assim, aumentar a oferta e procura de eventos artísticos e de entretenimento para a cidade.

 Colocar o município dentro disputa destinada a atrações, para que sua população não tenha que se descolar sempre para outras cidades.

 Proporcionar maior quantidade e melhor qualidade nos eventos empresariais, comerciais, educacionais, científicos e eventos privados.  Requalificar o ambiente através do paisagismo.

 Utilizar da Arquitetura, meios que funcionem de forma inclusiva para sua população.

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2 EXPLORAÇÃO TEÓRICA DO TEMA 2.1 Primeiras manifestações culturais

Na Grécia Antiga, as primeiras manifestações culturais se iniciaram através de práticas como artes visuais, artes cênicas, literatura, música, teatro e arquitetura. Os 3 notáveis manifestos aconteciam de forma bem simples, a partir de reuniões em casas, pequenos altares e nos templos organizados por arcontes. As grandes festividades em Atenas se dividiam em Panateneias e as Dionisíacas. Os jogos Pan-Helénicos se constituíam em 4 tipos: ístmicos, nemeus, piticos e os jogos olímpicos. Estes jogos tinham o objetivo de criar laços afetivos entre os gregos, partilhando da mesma língua, cultura e religião.

Figura 1 Anfiteatro Grego

Fonte:

<https://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi9nYjA9NLhAhXgHrkGHTyo AhkQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fmundoeducacao.bol.uol.com.br%2Fhistoriageral%2Fteatro-grego.htm&psig=AOvVaw2tDlsPfpdVA0q6gdY6C-Tn&ust=1555445577816226> Acesso em: abril/2019.

No imenso território que é o Brasil, atenta-se para a origem por meio da miscigenação. Os movimentos culturais no país se iniciaram através dos índios, europeus e africanos, criando um poderoso patrimônio histórico imaterial atingindo forma a partir de letras, gestos, falas, costumes e ritos. Grande parte destas tradições medraram no âmbito religioso. O folclore tende a sujeita-la ao mundo imaginativo, ilustrativo e objeto anterior a criação de museus e

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14 equipamentos de apreciação de arte, dando vida e sendo vivenciado no dia-a-dia das formas mais simples, histórias sendo contadas.

Figura 2 miscigenação no Brasil

Fonte:

<http://4.bp.blogspot.com/-SKEWN_VQZg8/Uy9Tf_1Z5eI/AAAAAAAAGTE/fVs6L3FgPU4/s1600/miscigena%C3%A7%C3%A3o.jpg> Acesso em: abril/2019.

Os conceitos e práticas culturais na modernidade, podemos entender um pouco melhor a partir da análise de autores como David C. Watt (1994, p.235), que define: evento é “algo que acontece, e não algo que simplesmente existe”. Os eventos têm o propósito de atingirem certo público-alvo. Há também os autores de marketing – Philip Kotler e Gary Armstrong, (2003, p.373) – e eles determinam eventos como acontecimentos que são programados e que demonstram sentidos a públicos-alvo. Estes autores fazem diferenciação entre canais de comunicação não pessoal e canais de comunicação pessoal. Os eventos são classificados canais de comunicação não pessoal porque influenciam pessoalmente os consumidores, tendo como exemplo em shows, exibições, excursões e outros eventos.

Segundo Donald Getz (2008, p.29) existem oito tipos de categorias de eventos planejados, com base essencialmente nas diferenças da sua finalidade, propósito e programa. Conforme Tabela 1 a seguir.

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15 Tabela 1 - Tipologia dos Eventos Planejados (Getz, 2008, p.29).

Fonte: Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0261517707001719. Disponível em: 06/06/2017 > - adaptado pelo autor. Acesso em: novembro/2018

Desta forma, compreende-se como espaço multifacetado voltado para eventos, um equipamento urbano complexo de vasta pluralidade de âmbitos com os mais variados usos – os quais atuam como uma seção e estão relacionados fisicamente ou não. Estes ambientes estão ligados às mais variadas classes de eventos e no caso deste Trabalho de Conclusão de Curso serão os de artes e entretenimento, educacionais e científicos, de competições esportivas, de negócios e os privados.

Quando é preciso a execução de eventos artísticos e de entretenimento – em Itabuna – estes acontecem, predominantemente, no Parque de Exposições, no Centro de Cultura Adonias Filho, Hotel Tarik Fontes Plaza, Gávea Hall e Grapiúna Tênis Club. Contudo, não se encontra equipamentos urbanos adequados para a efetivação de apresentações musicais “indoors” (cobertos e ou fechados), tipo arena. O que existe na cidade, hoje em dia, são estes espaços adaptados a este tipo de função.

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Figura 3 - Parque de Exposição Antônio Setenta

Fonte: Disponível em:

<http://mercadodocacau.com/tim.php?src=http://mercadodocacau.com/uploads/images/2017/08/expoita-sera-lancada-nesta-quinta-feira-em-itabuna.jpg&w=700&h=>. Acesso em: novembro/2018

Figura 4 - Centro de Cultura Adonias Filho (CCAF) a terceira edição da Festa Literária de Itabuna (FELITA)

Fonte: Disponível em:

<https://4.bp.blogspot.com/-7rdbTbTn7rw/V8eQd90PR5I/AAAAAAACF70/wmQ6AUs4olAnygtmlG7rhsknJpuTnjhUwCLcB/s1600/IMG_5386.JPG > Acesso em: novembro/2018

Sendo assim, o propósito de estabelecer um espaço multiuso de eventos na cidade de Itabuna, se dá por essa brecha de eventos fechados ou abertos de médio porte, em torno de 5 mil pessoas. À vista disso, o equipamento tem a

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17 intenção de abrigar os eventos culturais, educacionais, eventos de arte e entretenimento, expositivos, esportivos, congressos, concertos.

Com as ideias analisadas e elaboradas nas referências projetuais, define-se quanto ao conceito a “diversidade” para este propósito. Que se valida através de vários tipos, como por exemplo, na cultura, na religião, na biologia, nas etnias, nos gêneros e, mais notadamente, na arquitetura e no urbanismo. Das quais as duas áreas citadas por último são essências para a realização desta monografia.

Claude Lévi-Strauss define a diversidade cultural conforme a sua fala a seguir:

“(...) A diversidade das culturas humanas está atrás de nós, à nossa volta e à nossa frente. A única exigência que podemos fazer valer a seu respeito (exigência que cria para cada indivíduo deveres correspondentes) é que ela se realize sob formas em que cada uma seja uma contribuição para a maior generosidade das outras. ”

Podemos comparar a frase e relacioná-la a uma diversidade funcional. A semelhança se dá ao fato de que a arquitetura é uma disciplina que pode proporcionar conforto com na construção como forma de abrigo. Logo essa concepção feita por Lévi-Strauss contribui para os ambos tipos de diversidade. Pois os dois pretendem favorecer o crescimento do todo, mediante ao desenvolvimento dos indivíduos.

Com isso, as características arquitetônicas serão modificadas a partir do local em que ela será inserida. Desta maneira, a estética e a forma vão ser variáveis de acordo com a cultura local e a função a que será destinada, esse é o embasamento teórico.

O resultado deste pensamento em que Lévi-Strauss defende com os seus conhecimentos e dos conhecimentos adquiridos através do estudo de projetos referenciais, é perceptível que há a necessidade de se projetar equipamentos urbanos que sejam característicos da diversidade, como a funcional. A necessidade de abrigar os mais diferentes tipos de usos de eventos pode ser adaptada em um lugar só.

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3 PROJETOS REFERENCIAIS

3.1 Arena olímpica do Rio, Rio de Janeiro

No começo do ano de 2006 com o início dos Jogos Pan-Americanos Rio 2007, foi realizado o Consórcio Tecnosolo / Damiani para a edificação da Arena Olímpica do Rio. O projeto ficou com o comprometimento dos escritórios Lopes, Santos & Ferreira Gomes Arquitetos e Paulo Casé Planejamento Arquitetônico. Segundo o escritório Lopes: “Este equipamento está dimensionado para receber um público de 15.000 espectadores com toda infraestrutura de apoio que a multiplicidade de eventos que uma arena pode abrigar, assim como qualquer atividade olímpica em local fechado, (...)”.

A obra da arena levou aproximadamente mais de um ano. Assim sendo, o arquiteto Gilson Ramos dos Santos declara: “Optamos por soluções industrializadas e de ágil execução, como é o caso do concreto pré-moldado associado à estrutura metálica, para atender ao cronograma enxuto da obra”.

Relacionado a sua cobertura esta construção alcança um vão de 96 metros mediante de perfis metálicos dobrados a frio. A armação do teto dispõe dez vigas e qualquer uma sustenta até 6 toneladas com uma grade centralizada de suporte aos equipamentos, de acordo com a figura a seguir:

Figura 5 - Vista aérea da construção da Arena Olímpica do Rio.

Fonte: Disponível em: <Revista Arquitetura & Aço nº 46 – Jogos Olímpicos Rio 2016 (2016, p.15)>. Acesso em: novembro/2018

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19 Depois de sedear os jogos do Pan 2007 a cidade do Rio de Janeiro concebeu-se para as pertinências impostas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Paraolímpico Internacional para a execução dos Jogos Rio 2016. Dessa forma, todos os aparelhos esportivos os quais acolheriam eventos referentes aos esportes olímpicos acabariam tendo estas modificações. Assim, com a Arena Olímpica não aconteceu de outra forma, independentemente de já ser idealizada com a finalidade de algum dia receber jogos olímpicos em seu ambiente. Na arena ocorreram as partidas de ginástica artística, rítmica, trampolim e de judô, conforme à figura:

Figura 6 - Vista interna da Arena Olímpica do Rio durante os Jogos Rio 2016.

Fonte: Disponível em: <http://media.gettyimages.com/photos/general-view-on-day-1-of-the-rio-2016-olympic-games-at-rio-olympicpicture-id586840902?s=594x594. Disponível em: 06/06/2017>. Acesso em: novembro/2018

Situada entre o antigo Autódromo de Jacarepaguá e o Parque Aquático Maria Lenk, a Arena Olímpica do Rio engloba os equipamentos urbanos do Parque Olímpico do Rio de Janeiro, de acordo com a figura na página seguinte:

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Figura 7 - Plano Geral Urbanístico ganhador para o Parque Olímpico do Rio de Janeiro.

Fonte: Disponível em: < http://2.bp.blogspot.com/-iiius5y9vTw/VK_QdVIYu0I/AAAAAAAAET8/c-Tozeka1i4/s1600/Imagem%2Bde%2Bchamada.jpg> . Acesso em: novembro/2018

Além de conceder disputas dos Jogos Pan-Americanos Rio 2007 e dos Jogos Rio 2016 a Arena Olímpica comporta as mais diversas categorias de eventos. Sem falar dos jogos de basquete dos times Cariocas e da Seleção

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21 Brasileira as quais ocorrem frequentemente no local. As apresentações de grandes artistas nacionais e internacionais passaram a ser os mais constantes segmentos de eventos neste equipamento. Da qual lista de artistas se apresentaram anteriormente na arena vão desde Elton John, Beyoncé, Ed Sheeran, Luan Santana e Anitta.

Figura 8 - Vista interna da arena durante o show.

Fonte: Disponível em: < http://www.portalgl.com.br/upload/hsbc/SHOWS_13_483_8915_532_11233.jpg. Acesso em: novembro/2018

A Jeunesse é quem possui o “naming rights” desta arena, isto é, o título primordial pertence a uma firma e não absolutamente esta marca conduz o equipamento. Assim sendo, quem administra é a GL events e ambas empresas se orgulham por estar à frente da precedente e exclusiva arena multifacetada do Brasil. Este empreendimento dispõe um formato octogonal não simétrico e uma decorrente perceptividade de 360°. Esta situação possibilita uma variedade espacial tamanha. Desta forma, a sua configuração interior adapta-se a sujeitar da especialidade de evento a adapta-se comportar. Com alternativas de arquibancadas retráteis na superfície da quadra central, diante disso, amplificam-se a zona da pista para 2.400 m². Conforme a figura 24.

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Figura 9 - Vista interna da arena durante um evento (à esquerda) e antes (à direita).

Fonte: Disponível em: < http://www.portalgl.com.br/upload/hsbc/SHOWS_41_483_8943_532_11242.jpg>. Acesso em: novembro/2018

Em sua amplitude de limite, a Arena Olímpica do Rio abriga 18 mil expectantes. Eventos dos segmentos de artes e entretenimento, de competições desportivas, educacionais e científicos, de negócios e os privados complementam a programação do equipamento.

Figura 10 - Esquema em 3D das opções de configuração interna da arena.

Fonte: Disponível em: < http://jeunessearena.com.br/img/estrutras/slide/slide1.jpg>. Acesso em: novembro/2018

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23 Neste espaço encontra-se um auditório incorporado à estrutura. No mesmo inclui-se, do mesmo modo, âmbitos para cumprimento de variadas formas de eventos de convenções. Este ambiente é geralmente empregado como negócios e coletivas de imprensa, de acordo com o site oficial da arena.

Figura 11 - Maquete virtual do Auditório.

Fonte: Disponível em: < http://jeunessearena.com.br/img/estrutras/slide/slide2.jpg>. Acesso em: novembro/2018.

A Arena Olímpica do Rio comporta os mais variados segmentos de eventos. É esta variedade de utilidades e configurações interiores que orientarão para as definições projetuais deste equipamento aqui sugerido.

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3.2 Crossoverzaal / NL Architects – Vredenburg, Holanda

O projeto do complexo voltado para eventos musicais, faz parte da renovação da área de uma antiga área chamada de estação. O conceito era edificar um prédio com 4 salões de música, onde estariam alocados em cima da sala de concertos existente Vredenburg. O que significaria na demolição relativa da obra-prima de Hertzberger. Da mesma forma ligaria grupos completamente diferentes de ouvintes em um único prédio. Além da sala da sinfonia, o espaço contará com um salão para 2000 pessoas, que será destinada à música pop, uma sala de jazz, um ambiente para música de câmara, chamada Crossoverzaal. Estes "biótopos” foram elaborados por quatro arquitetos distintos com base no plano diretor feito por Architectuurstudio. De certa maneira, é uma 'vitrine' superdimensionada contendo "edifícios" empilhados, como mostra a figura a seguir.

Figura 12 - VOLUMETRIA 3D

Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/781501/crossoverzaal-nl-architects/54c6fc1ce58ece457a00008e-detail>. Acesso em: novembro/2018.

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25 O Hall foi pensado em forma de uma caixa. As varandas e galerias estão interligadas a ele de uma maneira desigual, com saliências afastadas do volume central. O projeto sugere um uso "dinâmico" do biótopo, criando um caminho de exclusividade, aventuras e surpresas. O hall de entrada fica suspenso sob o mesmo.

O conceito mais visado é criar uma conexão entre os ambientes. A Crossoverzaal se interliga com os demais salões, e se desdobra em todos os sentidos e direções, originando um tipo de estrela em seu formato. Sua entrada principal fica acima da sala pop e uma das varandas origina um atalho direto para a sala de jazz. O foyer do Crossoverzaal e câmara da sala de música consegue ser conectado em um único espaço. Um tentáculo interliga à cobertura, onde permitie que a luz do dia, chegue até o salão, causando uma ótima qualidade ambiental para o uso em seu dia-a-dia. Por último, os dois outros braços, possuem um bar e uma varanda, onde conseguem ser vistos nas fachadas e se dão com uma abertura, possibilitando uma visão excelente sobre a cidade.

3.3 Projeto Social JAMDS / Tavares Duayer Arquitetura

O Projeto Social JAMDS abraça cerca de 50 crianças e adolescentes com diversas categorias de deficiência, exercendo um papel diferencial por meio da educação e do esporte. O projeto social já era realizado em uma local simples, mas, houve o oferecimento de um terreno no bairro de Paciência, Rio de Janeiro, foi ampliado e atualmente é um centro referencial da localidade.

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Figura 13 - PROJETO SOCIAL JAMDS - PÁTIO

Fonte: Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/888108/projeto-social-jamds-tavares-duayer-arquitetura/5a70fd18f197cc6c7200013d-jamds-social-project-tavares-duayer-arquitetura-photo> . Acesso em:

novembro/2018.

Foram implantados contêineres, de forma a elaborar ambientes fluidos e possibilitando o arejamento dos espaços, de forma natural. Eles foram determinados de modo a formar um eixo de movimentação entre eles, envolto por uma cobertura de telhado de fibrocimento, protegendo as áreas de circulação de chuva e sol.

Figura 14 - PROJETO SOCIAL JAMDS – ÁREA DE CIRCULAÇÃO

Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/888108/projeto-social-jamds-tavares-duayer-arquitetura/5a70fcd1f197cc6c7200013c-jamds-social-project-tavares-duayer-arquitetura-photo> Acesso em:

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27 O programa demandava de sala de dança e artes maciais, sala de informática, salas de aula, sala para psicólogo e para diretoria, incluindo cozinha compartida e banheiros acessíveis. Os módulos de contêineres são adaptáveis de acordo com a carência de cada espaço. Um modelo com formas geométricas dispondo de cores azul, laranja e branco, acompanhado pela pavimentação em madeira e ao telhado branco, asseguraram a união dos blocos.

O lote, de proporções amplas, possibilitou a implantação de uma quadra para jogos de futebol, parquinho e horta no espaço externo. Decidiu-se colocar grama em toda a superfície do terreno para moderar a quentura e possibilitar melhorar a porosidade do solo. O projeto foi considerado uma edificação de pequeno impacto para o meio ambiente, pequena produção de lixo e foi uma obra executada com rapidez. Foram instaladas placas fotovoltaicas, onde é produzido aproximadamente 70% de toda a energia consumida no prédio.

Figura 15 - PROJETO JAMDS – ÁREA EXTERNA

Fonte: Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/888108/projeto-social-jamds-tavares-duayer-arquitetura/5a70fd6ff197cc6c7200013e-jamds-social-project-tavares-duayer-arquitetura-photo> . Acesso em:

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4 METODOLOGIA

Para o desdobramento da proposta para o projeto, adotou-se as metodologias a seguir:

 Análise teórica: estudar e revisar o tema por meio de documentos, livros, artigos, revistas e via digital; Estudo do problema a partir de referências teóricas.

 Efetivar o estudo pesquisado a respeito de proveitos oferecidos pela cultura e lazer para a população;

 Estudo das NBR 9077/2001 e 9050/2015 para o esclarecimento das informações legais em proporção nacional;

 Estudos de referenciais projetuais: bem como a análise teórica, os referenciais projetuais serão analisados por meio de livros, artigos, revistas e via digital. Com o intuito de estudar o desempenho do espaço dos mesmos, os acessos, fluxo, capacidade, determinação de áreas, estrutura técnica construtiva, segurança, conforto ambiental, ligação da edificação com a adjacência, organização das ideias e partido. Assim como será desempenhado um estudo de caso, visando examinar os elementos relatados antecedentemente, na prática. Isto é, conferir a área para compreender suas capacidades e deformidades; e assim, ponderar em respostas que possibilitam um projeto bem esclarecido;

 Sondagem e análise da área: pesquisas feitas de acordo com a averiguação do espaço onde serão produzidas no terreno e demais locais que facilitarão o prosseguimento e assimilação do projeto. É importante também, o conhecimento e estudo das redondezas de forma que o empreendimento seja pertinente ao complexo e não provoque tipo algum de empecilho referente ao fluxo da região. Ocorrerá por meio de inspeções de campo, registros fotográficos, mapas, estudos da área e constatação da existência de espaços voltados para eventos em Itabuna. Analisando, do mesmo modo, a memória da cidade e da zona estudada, fornecendo esclarecimentos que facilitem na compreensão do partido; levantamento de informações feito a partir da pesquisa de campo; - obtenção de dados através da constatação dos fatos.

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29  Partido geral: elaboração de ideologias, organograma, programa de necessidades, diretrizes, zoneamento e concepções para englobar e elaborar o projeto do espaço multifacetado;

 Sondagem e reconhecimento dos moradores: por meio de questionários empregados no território da proposta e também pessoas que não vivem na cidade, mas que possuem vínculo com a mesma. Contato presente com o cenário a ser estudado, para que não haja incorporação com o local e a população com a atenção voltada apenas no procedimento de verificar a circunstância a ser tratada;

4.1 Resultados e levantamento de dados:

Diante do questionário com a população, com cerca de 100 entrevistados, na sua maioria do sexo feminino;

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30 Variando da faixa etária a partir de 19 aos 50 anos;

Gráfico 2 - Pergunta 02

O questionário foi respondido por pessoas que residem, em sua maioria, na cidade de Itabuna e o restante nas cidades adjacentes;

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31 É perceptível que grande parte dos entrevistados, não tem o hábito de utilizar este tipo de equipamento urbano. Há pouco interesse e estímulo;

Gráfico 4 - Pergunta 04

É notável a falta de diversidade nos espaços para eventos já existentes em Itabuna. Com quase 80% dos votos, percebe-se a necessidade de eventos voltados para artes e entretenimento, onde estão incluídos os concertos, seguido de, não menos importante, os segmentos para celebrações culturais, que se enquadram festivais, eventos religiosos, carnavais e comemorações. O gráfico a seguir, representa quais tipos de programação é mais demandada pela população;

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32 Gráfico 5 - Pergunta 05

É visto que, no geral, os entrevistados costumam sair de sua cidade para outras, em busca de meios de entretenimento, ou seja, a disponibilidade de eventos no município não supre a demanda necessária;

Gráfico 6 - Pergunta 06

Levando em conta, os espaços para eventos disponíveis no município, percebe-se que há notórias insatisfações relacionadas ao ambiente dos mesmos, quando se trata de aspectos básicos de um equipamento urbano deste porte;

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33 Gráfico 7 - Pergunta 07

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34 E por último, há uma suprema concordância na edificação e estabelecimento do espaço multifacetado para eventos no município.

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5 ANÁLISE DA ÁREA

5.1 Localização

O Parque Hugo Kaufmann está inserido no município de Itabuna, na Avenida Princesa Isabel, mais especialmente ao lado da Prefeitura Municipal de Itabuna, no entorno dos bairros Banco Raso e Jardim Vitória. Nessa zona também estão estabelecidos empreendimentos como o Itão Hipermercados, Caixa Econômica, Itabuna Trade Center, postos de gasolina, entre outros.

Figura 16 - localização do terreno e seu entorno

Fonte: Google Maps, adaptado pelo autor, 2018.

5.2 Dados da Região

A microrregião de Ilhéus-Itabuna, da qual é mais conhecida como Região Cacaueira, é uma das microrregiões do Estado da Bahia que faz parte do sul baiano. Segundo informações do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2007),

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36 a população estimada dessa área é de 1.081.347 de habitantes. Possui o maior número de municípios aglomerados entre as demais microrregiões da Bahia.

O Edifício será construído no Sul da Bahia, próximo a uma zona turística caracterizada pela presença da Lavoura Cacaueira, Mata Atlântica e litoral baiano. A versatilidade de um edifício multifuncional frente ao empreendedorismo comercial propicia uma nova tomada de pensamento de como projetar para alavancar ainda mais o crescimento econômico da região nordestina, essa que é hoje a terceira maior economia do Brasil.

Figura 17 - Localização da Microrregião Ilhéus-Itabuna na Bahia.

Fonte: Google, 2018.

5.3 Cidade

Itabuna é uma cidade brasileira do Sul da Bahia, em que seu território íntegro corresponde a 432,244km². É a quinta cidade maior, no número de habitantes do Estado e, no Nordeste, ocupa a décima posição nessa categoria. De acordo com o IBGE (2018), sua população tem 212.740 habitantes.

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37 Conforme um levantamento realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o município de Itabuna detém o terceiro melhor Índice de Desenvolvimento Humano do Estado da Bahia, fivando atrás apenas da capital, Salvador, e como também do município de Lauro de Freitas.

É a terra natal do escritor Jorge Amado, que a descreve em algumas de suas obras, como Gabriela, Cravo e Canela e Terras do Sem Fim.

Figura 18 - Localização da cidade de Itabuna no Estado da Bahia.

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5.4 Terreno

Fonte: acervo próprio.

Figura 20 - Fotos do terreno escolhido [1]

Fonte: Google Earth, 2018. Figura 21 - Fotos do terreno escolhido [2]

Fonte: Google Earth, 2018.

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5.5 Diagnóstico

O Espaço Multifacetado para Eventos será implementado em uma área de aproximadamente de 2500 m², sendo bem localizado, em uma das avenidas mais importantes da cidade, Av. Princesa Isabel. O terreno em questão é plano e apresenta características regulares. As principais vias que dão acesso ao mesmo são todas pavimentadas e bem sinalizadas. Os usos no entorno do terreno são variados, tendo espaço para tipologias como conjuntos residenciais unifamiliares, plurifamiliares (condomínios), espaços comerciais (restaurantes, postos de gasolina, quiosques), prédios multifuncionais (consultórios, escritórios, cafeterias, entre outros) e órgão público (prefeitura), como pode ser visto na figura.

As vias de acesso ao empreendimento são pavimentadas, há iluminação no local e sinalização de trânsito. Ponto de ônibus e táxi ficam a menos de 1km. Na região há abastecimento de água e rede de esgoto nos empreendimentos próximos, exemplo hotéis, casas e restaurantes.

Figura 22 - Tipologia do entorno da área escolhida.

Fonte: Acervo próprio.

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40 Referente ao gabarito (altitude) das construções, a região analisada obtém a mais variável numeração de pavimentos, diversificando entre um e até doze pavimentos. As regiões 3, 5 e 7 mostradas na figura 20 acima mostram apenas um pavimento. Já as áreas 4 e 6 tem gabarito com 12 e 11 pavimentos, na devida ordem. Relativamente à topografia do terreno, compreende-se que o próprio apresenta somente uma curva de nível, situando-se no mesmo nível da rua (Figura 20).

As vias que se entrelaçam ao redor do terreno conseguem ser utilizadas por tantas vezes no sentido transversal (vias locais) quanto no sentido Norte-Sul da cidade (vias coletoras), assim como as que envolvem o sentido Leste e Oeste da área especificada.

Em momentos de pico, as vias mais importantes (coletoras), na Avenida Princesa Isabel, tornam-se mais congestionadas, mas esta circunstância é capaz de ser organizada em questão de minutos, à medida em que a parcela de automóveis vai diminuindo no decorrer de todo a dimensão da via.

5.6 Histórico

Felix Severino do Amor Divino, tio do conhecido Firmino Alves, trouxe toda a sua família que estava em Sergipe, e deu a cada um deles um determinado local para que pudessem ali, iniciar uma nova vida. Começaram derrubando muitas arvores e em seguida formou-se um pequeno vilarejo com alguns casebres. Algum tempo depois, este território deu espaço para abertura das primeiras plantações de cacau da história de Itabuna, no ano de 1867. Logo mais tarde, com todas essas ocorrências, permitiram o surgimento do arraial de Tabocas. Este nome, conforme os registros históricos, se originou a partir da existência de um arvore de grande porte, o Jequitibá, onde sua derrubada causou um conflito pelo “pau de taboca”.

Felix estabeleceu a fazenda Marimbeta na entrada de Itabuna. Com apenas 30 anos de existência, a região obteve um crescimento bastante expressivo e os seus moradores começaram a reivindicar a emancipação do município, em 1897. Com uma resposta desfavorável, fizeram uma nova tentativa no ano de 1906, onde tiveram

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41 apoio do governo estadual, pressionando a repartir suas terrar para edificar as sedes de administração.

Figura 23 - Itabuna em seus primeiros anos.

Fonte: www.areagiao.com.br.

O primeiro acidente com meios de transporte motorizados na cidade foi ocasionado quando só existiam apenas dois veículos na mesma, sendo que o primeiro chegou à terra cacaueira em 1921. Em 1925, houve a aquisição de um caminhão, o qual, depois passar por vários reparos na parte das suas ferragens e carpintaria, levando a origem do primeiro transporte coletivo de Itabuna.

5.7 Enchente de 1914

As chuvas já se mostravam muito intensas logo no início do ano na cidade, não havia trégua. As águas do rio, recebendo volume dos riachos, ribeirões e seus afluentes, foram crescendo até acabarem por invadir a vila por inteiro, causando o caos perante sua população. Muitas casas, árvores, animais, armazéns de cacau, entre outros, foram destruídos pela enchente, o que obrigou, seus moradores, a procurar outras áreas para se estabelecerem. A água ultrapassou três metros acima do normal, deixando para trás um rastro de prejuízos e perdas irreparáveis.

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Figura 24 - Segunda enchente de Itabuna (1967).

Fonte: www.aregiao.com.br

5.8 Pontalzinho e Conceição, os bairros mais antigos de Itabuna

O bairro do Pontalzinho foi o primeiro, instituído em 1914, logo após a grande e memorável enchente. Inserido na zona Oeste e mais alta da cidade, possui em suas redondezas todo o tipo de comércio, vias asfaltadas e casas conservadas.

O Bairro da Conceição emergiu treze anos depois, em 1927, depois da construção da ponte do Góes Calmon. Seu desenvolvimento só começou a se iniciar após a abertura da rodovia para Buerarema, em 1931.

O terceiro bairro a se originar foi o Mangabinha, ampliado a partir de 1934, com a abrimento de locais no pasto de João Mangabinha Filho, locais esses que depois se tornariam ruas. O bairro ainda nos dias de hoje, sofre com as cheias do Rio Cachoeira.

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5.9 Uma praça que virou três

Houve um pedido por parte dos moradores ao Coronel Henrique Alves para que o mesmo entulhasse uma lagoa que ficava no centro da cidade, local onde vez ou outra apareciam cobras e até jacarés que saíam do matagal a sua volta. O coronel então conseguiu arrecadar verbas para atulhar a lagoa, além de fazer ali um processo de urbanização, uma vez que esta se tornaria a maior praça pública do interior da Bahia.

A inauguração ocorreu em janeiro de 1905, por meio do Coronel Domingos Adami e de Henrique Alves, junto a uma grande multidão. O local se tornou o endereço mais importante da vila de Tabocas e, durante muitos anos, foi o point principal para festas, shows, comícios, entre outras coisas.

Em tempos mais atuais, decidiu-se homenagear duas personalidades da região. A Câmara de Vereadores então decidiu batizar um trecho de Parteira Otaciana Pinto e o outro de Jornalista Manoel Leal. Assim, o que antes era uma grande praça acabou por se transformar em três.

Figura 25 - Praça Adami antiga.

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6 Uso do Solo e Gabaritos

6.1 Hierarquia Viária

Em sua hierarquia Viária, o município de Itabuna dispõe de duas vias fundamentais, onde é traçado o comprimento inteiro da região: BR 415 e BR 101. A primeira, BR 415, onde é mais conhecida como rodovia Itabuna-Ilhéus, foi a estrada de trafego primordial para a região, sua construção se foi possível graças ao patrocínio de coronéis da localidade, foi evidenciada a necessidade de criar essa via, a partir do grande fluxo de automóveis entre as duas cidades, a situação da estrada não era muito propicia para essa grande movimentação, chegando a passar por dentro de uma floresta, numa estrada batida.

A BR 101, da mesma forma, possuía um grande fluxo de veículos, pois fazia a ligação entre diversas cidades vizinhas e de várias regiões do país.

As vias localizadas no entorno do terreno, são utilizadas tanto no sentido transversal, como as vias locais, quanto no sentido Norte-Sul da cidade, como as vias coletoras, abrangendo também o sentido leste e oeste do município.

Nos momentos de pico, as vias arteriais da avenida Princesa Isabel, quase sempre ficam congestionadas e passam a ficar livres em questão de minutos a medida em que os automóveis conseguem se alocar com mais facilidade com a ajuda das vias coletoras e/ou locais.

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Figura 26 - Mapa das vias enquadradas ao terreno sugerido.

Fonte: Google Maps, adaptado pelo autor, 2018.

6.2 Estudo climático 6.2.1. Temperatura

A estação mais quente perdura por 4 meses, de 14 de dezembro a 16 de abril, atingindo temperatura máxima média por dia além de 30 °C. 20 de fevereiro é considerado o dia mais quente, onde a temperatura máxima média é de 22 ºC.

O período mais fresco, mantém-se por 2 meses e meio, iniciando-se no dia 14 de junho até 31 de agosto. A temperatura máxima atingida, possui média abaixo de

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46 27 ºC. Já o dia considerado mais frio do ano no município é de 2 de agosto, tendo média de 18 ºC de temperatura mínima, seu máximo chega a 27 ºC.

Gráfico 10 - Mapa das vias enquadradas ao terreno sugerido.

6.2.2. Nuvens

Em Itabuna, o percentual médio de céu nublado passa por significativas variações sazonal no decorrer do ano.

O período que é menos fechado no ano no município inicia-se em torno de 9 de abril e dura cerca de 6 meses, acabando na data de 23 de outubro. O dia menos fechado ocorre na data de 9 de setembro, o céu não apresenta nuvens, quase sem nuvens ou relativamente nublado ao longo de 77% do tempo e encoberto ou quase coberto durante 23% do tempo.

O período com maior número de nuvens inicia-se em torno de 23 de outubro, durando cerca de 5 a 6 meses, a época se encerra em torno de 9 de abril. Já o dia considerado mais nublado do ano no município, acontece na data de 2 de dezembro, onde o céu se mantém coberto ou quase coberto durante 72% do tempo e com ausência de nuvens, com poucas nuvens ou relativamente coberto durante 28% do tempo.

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Gráfico 11 - Categorias de nebulosidade

6.2.3. Chuva

Para explanar a mudança por meio dos meses e não somente as somas mensais, a precipitação de chuva acumulada através de um período em que não há interrupção de 31 dias em torno de cada ano. Itabuna possui alteração sazonal considerável na precipitação de cada mês de chuva.

Durante o ano inteiro ocorrem as chuvas no município de Itabuna. A maior parte de chuvas na cidade é atingido durante o mês de novembro, onde é acumulado o total de 111 milímetros em objeção a 32 milímetros de menor porcentagem de chuvas, que acontecem no mês de setembro.

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48 6.2.4 Sol

Durante o ano, a extensão do dia modifica-se. O dia considerado menor, acontece na data de 21 de junho, com 11 horas, aproximadamente. Já o dia mais longo acontece na data de 22 de dezembro, com 13 horas de luz solar.

Gráfico 13 - Horas de luz solar e crepúsculo

23 de novembro é a data em que o sol nasce mais cedo, no final das 4 horas da manhã. O sol surge mais tarde, ocorrendo 1 hora depois, ás 6 da manhã na data de 9 de julho. O sol se põe mais cedo no dia de primeiro de junho, ás 17:14. No dia 23 de janeiro, é a data em que o sol se põe mais tarde, ás 18:13.

Gráfico 14 - Nascer e pôr do sol com crepúsculo

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49 Foi feito o estudo da insolação de quatro fachadas através de carta solar, sendo elas: fachada nordeste, sudeste, sudoeste e noroeste, onde é apontado o rebatimento dos raios solares nessas áreas especificas.

A fachada nordeste receberá insolação das 6:00 até 12:00 na data de 21 de maio. Já em 21 de março, das 6:00 até 11:30. Em 22 de dezembro, das 6:30 até 10:30. A fachada nordeste é a principal e receberá menos raios solares na estação mais quente, o verão, 4 horas de luz solar.

Figura 27 - Fachada nordeste

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50 A fachada sudeste receberá insolação das 6:30 até 11:00 na data de 21 de maio. Já em 21 de março, das 6:00 até 14:00. Em 22 de dezembro, das 6:30 até 17:30.

Figura 28 - Fachada sudeste

Fonte: SOL-AR. Disponível em 07/06/2019. Adaptado pelo autor em 2019.

A fachada sudoeste receberá insolação das 6:30 até 11:00 na data de 21 de maio. Já em 21 de março, das 12:00 até 18:30. Em 22 de dezembro, das 11:00 até 17:30.

Figura 29 - Fachada Sudoeste

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51 A fachada noroeste receberá insolação das 12:00 até 18:00 na data de 21 de maio. Já em 21 de março, das 14:00 até 18:00. Em 22 de dezembro, das 17:00 até 17:30.

Figura 30 - Fachada noroeste

Fonte: SOL-AR. Disponível em 07/06/2019. Adaptado pelo autor em 2019.

6.2.5 Umidade

Os menores pontos de orvalho indicados no gráfico, mostram a provocação de sensibilidade mais seca. Já os pontos de orvalho maiores, causam a sensação de umidade superior. Dessemelhante da temperatura, que geralmente altera-se consideravelmente do dia para a noite, o ponto de orvalho pende a modificar mais vagarosamente. Desta forma, ao mesmo tempo que a temperatura é capaz de cair à noite, um dia abafado comumente é continuado por uma noite abafada. O município possui alteração sazonal equilibrado no aspecto de umidade.

O tempo é mais abafado, na maior parte do ano, durando 10 meses, inicia na data de 4 de setembro e acaba em 17 de julho, o grau de conforto é abafado, opressivo ou muito O tempo mais abafado do ano dura 10 meses, de 4 de setembro a 17 de julho, no qual o nível de conforto é abafado, opressivo ou muito úmido em quase 80% do tempo. 28 de dezembro é a data mais abafada do ano, em 100% do tempo. Já a

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52 data de 9 de agosto, é o dia menos abafado, com estas condições em apenas 70% do tempo.

Gráfico 15 - Níveis de conforto em umidade

6.2.6 Ventos

A percepção do vento em certa área é bastante relacionada a topografia da zona e de outras condições. O sentido e a velocidade do vento em um momento variam diversas vezes mais do que as médias horárias.

A velocidade horária mediana do vento no município não alterna consideravelmente ao decorrer do ano, mantendo-se mais ou menos 700 metros por hora a 7.000 quilômetros por hora no período do ano

Gráfico 16 - Velocidade média do vento

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53 Os ventos que prevalecem na área onde está inserido o terreno do empreendimento vem, na maioria das vezes ao ano, do Nordeste. Diz-se que uma das laterais da edificação ficará determinada para o Oeste, de forma que apanhará a insolação Oeste-Sul, possuindo raios solares mais expressivos prevalecendo no decorrer das horas iniciais do dia e nas horas finais da tarde.

7. Acústica Arquitetônica

A vida na cidade, muitas vezes, pode ser desagradável para sua população, com isso, é notável o aumento das reclamações quanto ao caso de ruídos urbanos, particularmente quando se refere ao número exorbitante de meios de transporte motorizados que trafegam pelas vias, espaços voltados para eventos públicos ou privados e até mesmo igrejas e templos. Toda essa situação é vista com frequência, os residentes próximos a esses locais podem até se acostumar com essa rotina barulhenta, contudo não imaginam o dano que essa poluição sonora pode ocasionar a perda de sua sensibilidade auditiva.

Os primeiros empenhos efetuados para se obter o controle do grau de ruído possuíam a finalidade básica de conter os sons de trafego aéreo e das atividades industriais. Hoje em dia, grande parte dos estudos estão direcionados para a resolução dos empecilhos acústicos constatados em ambientes banais dos exercícios humanos, como por exemplo, moradias e escritórios. A acústica arquitetônica tornou-se uma ferramenta de suma importância para as edificações atuais, bem como o projeto de arquitetura de edifícios, instalações prediais, elétricas e hidráulicas, estruturas de grande porte, tratamento térmico, etc.

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Figura 31 - Ruídos aéreos de impacto

Fonte: Disponível em: < http://arch-tec.com.br/wp-content/uploads/2015/07/9-acustico.jpg> . Acesso em: novembro/2018

Já a algum tempo, vêm sendo feitos pesquisas, onde foram publicados artigos ao parâmetro internacional, que foram impulsionados pela Organização Mundial de Saúde, referente aos casos de ruídos e sua implicação acerca do homem.

Profissionais como médicos, fonoaudiólogos e outros especialistas contribuíram com bibliografia extensa a respeito do prejuízo ocasionados pelo desenvolvimento e progresso dos centros urbanos, como:

 Perda limitada ou total da audição;

 Distúrbios gastrointestinais e cardiovasculares resultante das continuas contrações musculares;

 Distúrbios respiratórios e de secreção hormonal;

 Transtornos no sistema nervoso, onde é o que sofre mais impactos negativos com os acometimentos sonoros: o sistema nervoso simpático ao ser estressado enrijece os órgãos que ele comanda, provocando a elevação da pressão arterial.

Médicos comprovaram também que a visão pode ser afetada devido aos ruídos e atribuíram parte da culpabilidade no manifesto de nevrose em um grupo de cada três pessoas e quatro casos de dor de cabeça em um grupo de cinco pessoas. Constatou-se também até o deConstatou-sestímulo Constatou-sexual, atitudes violentas, depressão e fadiga. Variados tipos de ruídos, sejam eles de procedência aeronáutica, urbana, industrial, grandes

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55 escritórios ou complexos comerciais. O ruído importuna e ocasiona maléficos a saúde, um fato comprovado por estudos de especialistas.

7.1. Telhas Termoacústicas

As telhas termoacústicas são um ótimo meio para projetos que demandam de um bom retoque com isolamento térmico e acústico, que diminuem as despesas com energia, refrigeração e controle de emissões sonoras exteriores em procedimentos producentes, e promove condições melhores para se realizarem trabalhos nesses ambientes.

Formada por duas telhas trapezoidais gerando o formato de um “sanduíche” tendo seu núcleo em poliestireno (isopor) ou poliuretano, que se ampliam e adotam excelentemente ao aço, gerando um novo produto, atribuído de ampla firmeza, e tendo grande resistência térmica e que proporciona uma melhor isolação aos ruídos vindos de fora. As telhas termoacústicas são leves e não afetam as estruturas de suporte.

8. Segurança Contra Incêndio

A instauração predial de segurança contra incêndio é uma questão muito complicada, que segue uma classificação severa relacionada aos danos que um incêndio pode ocasionar. Conforme o projeto de revisão da ABNT NBR 15575-1 (fev. 2013) – Edificações Habitacionais – Desempenho – Parte 1, as determinações relacionadas à segurança contra incêndio são ordenadas em:

• preservar a vida dos residentes de habitações e zonas que oferecem risco, na hipótese de incêndio.

• inibir o alastramento do incêndio, diminuindo a devastação do meio ambiente e de patrimônios.

• possibilitar formas de contenção e fazer com que o incêndio desapareça. • facilitar a ação para as operações do corpo de bombeiros.

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56 Os propósitos fundamentais de certificar a resistência contra o fogo dos elementos estruturais são:

• propiciar a evacuação dos ocupantes das edificações de forma segura.

• assegurar situações regulares para se empregar o socorro das vítimas, permitindo a entrada operacional de viaturas, equipamentos e os recursos humanos, agilizando o processo para executar as atividades de salvamento e combater o incêndio.

• esquivar ou diminuir os danos contra a mesma edificação, as construções vizinhas, à infraestrutura pública e ao meio ambiente.

A conscientização sobre os riscos que possam ser submetidos a população, por falta de estrutura adequada, ressaltando que a negligência com relação a segurança contra incêndio, pode ocasionar danos irreversíveis. Desta forma, é importante o cumprimento das normas da ABNT na execução de obras de todos os portes. É importante a análise da localidade onde o empreendimento será destinado e áreas de risco, com a consultoria do corpo de bombeiros.

9. Legislação

Tomando como base a o Código de Obras da cidade de Itabuna, Lei nº 2.344, de 30 de dezembro de 2015, a área especificada para implantação do projeto proposto é classificada como própria para a construção de edificações de uso não residencial. A área composta pelo terreno escolhido encontra-se na categoria de Zona ZR2, a qual, de acordo com o Plano Diretor:

Art. 28. Ficam instituídas as seguintes zonas de ocupação do solo urbano municipal, representados no Mapa 3, Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, do Anexo I, e detalhadas no Quadro I – Zonas, Parâmetros Urbanísticos, do Anexo II, desta Lei: I – Zonas de Predominância de Uso Residencial (ZR), compreendendo:

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57 B) Zonas Residenciais 2 (ZR2), Zonas predominantemente residenciais com habitações uni e pluri-domiciliares, horizontal e/ou vertical, sendo permitidos uso institucional e comércio varejista no âmbito local.

Tabela 2 - Zonas e Parâmetros para ocupação do solo

Fonte: Plano Diretor de Itabuna, adaptado pelo autor. 2018.

10. Partidos Arquitetônicos

10.1 Ventilação Cruzada

Para se criar um espaço fluido, foi visado utilizar do conceito de dispor o vento em prol do projeto, pois se trata de um recurso natural, gratuito, que se renova recorrentemente e saudável, possibilitando assim, um melhor conforto térmico.

A ventilação natural cruzada é aquela em que são criadas aberturas em um certo espaço ou edificação, ordenados em paredes ou divisórias contrárias ou anexos, possibilitando a passagem e fuga do ar. Temperaturas altas são constantes no município de Itabuna, o que acaba gerando desconforto e utilização árdua de equipamentos de climatização, gerando alto consumo de energia. Este tipo de tecnologia é indicado para zonas climáticas com altas temperaturas, permitindo assim, trocas contínuas do ar no interior dos edifícios, sendo sempre renovado e reduzindo a temperatura interna dos ambientes.

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Figura 32 - Ventilação cruzada

Para possibilitar a sensação de espaço fluido e com ventilação natural, foram dispostas no projeto, salas independentes com um telhado mais elevado, causando desprendimento entre os ambientes, além de aberturas significativas e pátios por toda a área.

10.2 Espaços Multiuso

A ideia é construir um espaço que possa abrigar as mais variadas categorias de eventos. O projeto foi dividido em vários blocos e criou-se pátios (cobertos e descobertos) e salas, ambos multiusos em todas as áreas construídas, possibilitando assim, o acolhimento de diferentes tipos de entretenimento em uma única edificação e que poderiam acontecer no mesmo intervalo de tempo, unindo, de certa forma, os mais diferentes grupos de espectadores.

10.3 Inclusão e Ampliação de Conhecimentos

Para iniciação do projeto, foi pensado em outro espaço além da “categoria eventos”, que pudesse abrigar parte da população jovem do município de Itabuna. No decorrer da quinta edição do índice de homicídios na adolescência (IHA), que foi publicado anteriormente, no Rio de Janeiro, mostra que a Bahia fica em segundo

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59 lugar, de estados do país com a maior concentração de assassinatos entre jovens de 12 a 18 anos.

As informações da pesquisa além disso apontam que a cidade de Itabuna, no sul da Bahia, encabeça o ranking no total de homicídios neste intervalo de idades a meio das cidades brasileiras com população superior a 200 mil habitantes.

O centro de juventude foi pensado para oferecer atividades extracurriculares e proporcionar também formas de lazer para as crianças e jovens do município, para que os mesmos pudessem usufruir desses meios de ocupação de seu tempo e mente.

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60 -> INFRAESTRUTURA Subestação - 20m2 Central de ar - 80m2 Gerador - 50m2 Reservatório 30.000m³ Estacionamento 70 vagas Vestíbulo – 3m² Guarita – 3m² TOTAL: 2.926,25m²

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11. Normas Técnicas

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6492: 1994. Representação

de projetos de arquitetura.

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9050: 2004. Acessibilidade

a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5413: 1992. Iluminância de

interiores.

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10152: 2000. Nível de Ruído

para Conforto Acústico.

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 5410 – Instalações elétricas

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Consegue-se atestar com esta monografia a falta de um equipamento urbano deste âmbito em Itabuna. Esta situação foi evidenciada no elemento da justificativa e no decorrer da análise dos projetos referenciais. Contudo, nos condicionantes foi permissível ter um conhecimento além, em relação ao lote e suas peculiaridades e suas circunstâncias.

Pretende-se a partir de então dar continuidade do projeto e apresentar todo o detalhamento da parte projetual e sua infraestrutura, com dados complementares de ferramentas e métodos construtivos.

Apresentou-se os fundamentos, procurando a todo momento a conexão com a idealização de uma construção perante os conceitos das multiplicidades abordadas e, não menos importante, a funcional.

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer e dedicar este trabalho, a todos aqueles, que estiveram presente no meu processo de graduação, mesmo que de forma positiva ou negativa. Os mesmos foram responsáveis pelo meu crescimento como pessoa e profissional, incluindo também minha chegada até aqui.

Foi um caminho árduo e gratificante ao mesmo tempo, houveram diversas reviravoltas durante esta última etapa para conclusão do meu curso, e queria agradecer, especialmente, aqueles que me motivaram a continuar e não me deixaram desistir. Foi o semestre de maior aprendizado e amadurecimento, o que me provocou a sensação de estar, finalmente, pronto. Muito obrigado.

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REFERÊNCIAS

CARVALHO JÚNIOR, Roberto. Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura. São Paulo: Blucher, 2017.

CARVALHO, Régio Paniago. Acústica Arquitetônica 2 Edição Revista e Ampliada. Brasília: Thesaurus, 2010.

ARCHDAILY. CROSSOVERZAAL / NL ARCHITECTES. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/781501/crossoverzaal-nl-architects> Acesso em: 02 nov. de 2018.

ARCHDAILY. SARAU / BASICHES ARQUITETOS ASSOCIADOS. Disponível em:

<https://www.archdaily.com.br/br/787528/sarau-basiches-arquitetos-associados>

Acesso em: 02 nov. de 2018.

SMALL, Katie Elizabeth – Understanding The Social Impacts Of Festivals On

Communities. Tese de Doutoramento em Filosofia, University Of Western Sudney.

2007, 21 p.

BRANDÃO, M. L. Psicofisiologia. São Paulo: Atheneu, 1995

BRASIL2016. REDE NACIONAL DE TREINAMENTO PANAMERICANO. Disponível

em:<http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/olimpiadas/instalacoes/rede-nacional-detreinamento/centro-pan-americano-de-judo> Acesso em: 02 nov. de 2018.

WATT, D. – Leisure and Tourist Events Management and Organization. Harlow:

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ITABUNA.BA.IO.ORG. PLANO DIRETOR DE ITABUNA. Disponível em: <http://itabuna.ba.io.org.br/contasPublicas/download/938276/353/2016/8/publicacoes /69FAAEE3-9040-D414-F5101AD3A367FFFF.pdf> Acesso em: 02, nov. De 2018. A REGIAO. ITABUNA EM SEUS PRIMEIROS ANOS. Disponível em: <www.aregiao.com.br> Acesso em: 02, nov. de 2018.

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65 CBM. SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO / LEGISLAÇÃO. Disponível em: <http://www.cbm.rs.gov.br/legislacao> Acesso em: 03, nov. de 2018.

PT SCRIBD. NORMAS ABNT PARA O PROJETO DE AUDITÓRIO. Disponível em:

<https://pt.scribd.com/document/213571167/Normas-ABNT-para-o-projeto-de-Auditorio>Acesso em: 04, nov. de 2018.

CAFÉ COM SOCIOLOGIA. MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E PATRIMÔNIO

CULTURAL. Disponível em:

<https://cafecomsociologia.com/manifestacoes-culturais-e-patrimonio/> Acesso em 14, abril de 2019.

LADO A LADO COM A HISTÓRIA BLOG. MANIFESTAÇÕES CULTURAIS. Disponível em: <http://ladoaladocomahistoria.blogspot.com/2009/10/manifestacoes-culturais.html> Acesso em 15, abril de 2019.

DOM TOTAL. MANIFESTAÇÕES CULTURAIS BRASILEIRAS. Disponível em: <http://domtotal.com/artigo/3755/07/08/manifestacoes-culturais-brasileiras/> Acesso em 15, abril de 2019.

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