CONDIÇÕES DE TRABALHO E ASSÉDIO MORAL
DATA: 03, 04 e 05 de Setembro de 2014
LOCAL: Centro de Formação 18 de Agosto: Rua Barão
de Itapetininga, 163 - 2º andar – Centro de São Paulo .
Administração: conflitos – ameaças - injurias medo Reestruturações
Novo discurso Estimulo a
competitividade entre os pares
Metas impossíveis
Múltiplas exigências e tarefas
Flexibilidade da jornada
O QUE É ORGANIZACIONAL NA
VIOLÊNCIA?
Dimens õ es do trabalho causadores de danos
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Divisão e conteúdo das tarefas, normas, controles e ritmos de trabalho.
CONDIÇÕES DE TRABALHO
Qualidade do ambiente físico, posto de trabalho,
equipamentos e material disponibilizados para a execução do trabalho.
RELAÇÕES SOCIOPROFISSIONAIS
Modos de gestão do trabalho, comunicação e interação
profissional.
CONSTITUINTES DO ASSÉDIO MORAL
EMPRESA PUBLICA OU PRIVADA
AUTOR (preposto)
TRABALHADORES ALVO
TESTEMUNHAS - ASSEDIADOS PASSIVO
Ameaças
Medo
Nega a doença.
Evita afastar-se trabalha mais intensamente
Isolamento - Ideações
Ansiedade – Estresse
Alcoolismo Novos doentes Síndrome de adaptação
Burn-out Depressão
Pânico
Ser substituída Ser despromovida
Demissão
Zona cinzenta
GERA REAÇÃO SOCIAL.
PRODUZ MAL ESTAR
CONSEQUÊNCIAS: CAUSA DANOS
PSÍQUICOS
Conseqüências: Gera morte
As vítimas de assédio moral pensam em suicídio.
São mais propensos a tentar que o resto da população segundo revisão de 37 estudos realizados em 16 países .
“Sem um trabalho, toda a vida se
corrompe. Porém com um trabalho sem alma, a vida se asfixia e morre”.
Albert Camus
Reprodução da violência em outros
espaços sociais
Médica comete suicídio na UNESP.
Fonte: Pronto Socorro do Hospital das Clínicas Botucatu (HC) 28 de Março de 2010
“Um único suicídio no local de trabalho revela a profunda desestruturação da
ajuda mútua e da solidariedade.
Christophe de Dejours Consequências: Gera morte
Quando um operário se suicida no e do trabalho,
toda a comunidade do trabalho, sofre.
INSTABILIDADE
Exclusão ou Sentimento de não pertencimento
Ausência de estratégias coletiva de defesa contra o sofrimento
Risco de depressão
O sujeito da práxis não é o individuo
isolado, mas a coletividade histórica.
COMO ELIMINARMOS A VIOLÊNCIA NO TRABALHO?
PUNIÇÃO?
COMPORTAR-SE DE MANEIRA PACIFICA?
AVANÇAR NA ORGANIZAÇÃO TRABALHADORES
ESTADO
TRABALHO
AMBIENTE PSICOSSOCIAL NO TRABALHO
ORGANIZAÇÃO DE TRABALHO RELAÇÕES SOCIAIS DE TRABALHO
CONTEÚDO DO TRABALHO
CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS HABILIDADES DO TRABALHADOR
DESEMPENHO NO TRABALHO SATISFAÇÃO NO TRABALHO
Fatores psicossociais:
interação entre e no meio
ambiente de trabalho
MEDIDAS PREVENTIVAS
Boa atmosfera de trabalho e relações interpessoais
Exigências realistas sem estímulos à competitividade;
Evitar impor metas impossíveis de serem cumpridas;
Diminuir os trâmites e os obstáculos burocráticos;
Formação continuada e de qualidade;
Comunicação transparente e direta.
Lei Nº 11.948, de 16 de junho de 2009 veda empréstimos do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social –
BNDES - a empresas que tenham prática de assédio moral .
Art. 4º - Fica vedada a concessão ou
renovação de quaisquer empréstimos ou
financiamentos pelo BNDES a empresas da
iniciativa privada cujos dirigentes sejam
condenados por assédio moral ou sexual,
racismo, trabalho infantil, trabalho escravo ou
crime contra o meio ambiente.
Projeto de Lei nº 7202/2010 inclui em qualquer esfera de trabalho o assédio moral como acidente de trabalho.
Autores: Ricardo Berzoini (PT-SP), Pepe Vargas (PT-RS), Jô Moraes (PCdoB-MG), Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) e Roberto
Santiago (PV-SP)
A desconstrução do assédio moral é um
caminho coletivo
27 10 2006 – SÃO PAULO – VINHEDO ADELBRAS
Manifestação Contra o Assédio Moral
2006
Mobilização na LG: “Dia do Basta!".
Abril 2009
Taubaté - a direção da LG impõe forte regime de horas extras T rabalhadores denunciaram Assédio Moral e pressões das
chefias para a realização da produção extra.
MARÇO DE 2010 - USIMINAS
Protesto – GREVE contra o Assédio moral
30 03 2010
USP - Escola de APLICAÇÃO
Lutar contra o assédio moral e pela qualidade de ensino
Funcionários da Casa Mental do Adulto – Belém - fazem protesto contra gerente
26 de outubro de 2010
2013: Boscheanos protestam contra enrolação no acordo
salarial e assédio moral
O que faz um trabalhador sofrer?
Conflito permanente entre a qualidade do trabalho esperado e a quantidade a produzir;
Densificação do trabalho: supressão dos tempos mortos Frustração por não poder fazer um trabalho de qualidade DISCRIMINAÇÕES / PRECONCEITOS
Fonte: Álvaro R Crespo Merlo, 2010
Violência é trabalhar 40 anos por una miséria e não saber se algum dia, chegarás a se aposentar.
Violência são os bônus do Estado, as pensões roubadas, a fraude da bolsa.
Violência é estar obrigado a obter um empréstimo hipotecário que
finalmente pagas a preço de ouro. Violência é o direito do diretor de te despedir em qualquer momento.
Violência é o desemprego, a precariedade, os 700 euros com ou sem seguro social.
Violência são os "acidentes" laborais, porque os patrões limitam seus gastos às custas da segurança dos trabalhadores.
Violência é tomar psicofármacos e vitaminas para fazer frente aos horários extenuantes.
Violência é ser uma imigrante, viver com o medo de que em qualquer momento vão te jogar fora do país e experimentar constantemente a insegurança.
Violência é ser ao mesmo tempo assalariada, dona de casa e mãe.
Violência é o quanto te fodem o cu no trabalho e te dizem: “Sorria, tampouco é para tanto” (METOIKIDIS, 2012).