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Analyse da proclamação de Mr. Junot de 16 de Agosto de 1808 Publicado por: Na Real Imprensa da Universidade
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A N A L Y S E
DA
PROCLAMAÇÃO
ò
DE
Mr. JUNOT DE id DE AGOSTO DE
1808.P O R
» •ADÊ,
COIMBRA,
NA REAL IMPRENSA DA UNIVER
1808.
Com lícâtíça do Governo^
* no Porto em Casa de Anlonio Alvares Ribeiro.
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DA pr.oglama(;ào de junot
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DE
16DÁG(^TD DÊ
i8b8.\J Dá^tiè'^ JhmHtesy Gmerní em
'Chfe do Exercito dePoYtugdy.
aosPm
ugueztsJmbituntei di Ljshoa,O Ducado
d'Abrantes Ke Kum Titulo, quê
atégôrâ se nâo' sabeo que
quer dizer, e parece que- d'aqui para diante seriamelhor
paraMi.
junot
ter antes sido.Duque
d'huittdos
quatronaipes das cartas
de
jogar.,'
' ' ^Eu' me
separo de vósfor tresàu
quatro diltr.Melhor
forapor
todà^ a-eternidade :não nos
áeixais saudades , antes sentimos ,
que
â.. vossa ausência seja táo curta ;porém
sâheDeos o qUè
Será !
Eu voU
visitar omeu
Exercito ; e sefor
ne-cessário^ dar
huma
batalhaaoslnglezes^'^
Escusais
de
if ,porquê
a vossa visitanãó
desviará jâ
mais o
castigo,que o Geo
vós appró^-xima
para expiação dâs vossasmaldades
, e àáido
vosso Exercito,que com
vosconão
fazmais, do que
assassinios ,roubos
, e âté sacrilégios êtí-- trehiímaNa^ãb, que vós
dizíeis , vir picftegef:* a
C4)
esta
Nação
e as suas alliadas são os instrumentosda
vingançado Ceo
: ellas são(quem
vos pro- cura , enão
vósa
ellas : vós lhe abristes os ca- naes ç estradaspor oadedlas agora
•ísè ap(|ssâo contra vós ,porém
tendesao menos
a consola-ção de
ter feitohúmá
linda obra.E
qualquerquefor
o successo eu voltareipara
vôs.^ <^ereis
£tíze4-,'<|ue,ínoKto,-<)u,vivOi vence-dor, ou
vencido haveisde
tornaf,a Lisboa.Tal he o amor, que
tendes a esta beííaCidade. O
disparate,
que
acabaisde
proferirnão
faede
in- fqripr. condição á4e
-pqtros , que.se-achâonos
vossos
sermões
antecedentes.! :Eu
vosMxs fará
governar Lishoahum
Gencr- ral, que feia sua doçura , efeiasuajirméza
de ca- r^acter,.íoube merecera amisadedoiPmuguezeSjm
Cascaes ,. e Oeiras:
o
Senhor GeneralTravot
sa- berátamkm for
estas virtudes merecer a dos bobi- tantes de Lisboa.Para ser
bom
basta serFrancez
, e depoisde
ser escolhido
por
vóshade
serd
alto calibre:teremos por
ahialgum segUndo tomo de Mr, de Laborde
? Bastaráque
tenha tanta doçura e fir-meza de
caractercomo
vós tendes tido j basta^qiJé a
amisade que
ellesoube merecer em Cas-
caes eOeiras
seja igualá que
vós tendes me-r r^cidoem Lisboa
, eem todo
Portugal : desdeJ4.-P9?:)'^onfiamo?^i«iuitp
do
vosso substituto.(O
x-^^íTàs tendas estado ate agora tranqtliUox^i^^^^
Em
quanto ao externonaQ ha
diivida qtfe te-mos
^idomuito
pacientes^porém no
interiornão
«OS: tem. faltado
vontade de
vos*mandar
, e ao$vossos sequazes para o reino
de
PlutaoJ'
He
do vosso próprio interesse continuara
sello :Agora he do
nòss:o interessedeÍMr de
osef.'^âo vos mancheis
com hum
crime horrendo Ho instante jem
que a sorte dasUmms
'decidirasem
risco vosso do poder ^ que vos haja de gover-nar. . ' ' . L <.r^v <':^: t:\Z- ;
A todo o
risGo nóspertendepos
resiáfcelecéi'o Governo
, queioCeo
rios (fei;i,e'qu€í^; vós. tfó^tirastes aleivosamente: n'isto lòrige
d^ nos
marircharmos
nósganharemos a
maior^^gfeiíia.^r! or.íi- Reflecti
hum
instante sohre'ò^imwèssè das tr^íNações
5 que entre si disputao M^foss-e de J^islfaa. níA Nação Portugueza
,que
vósexctós
'dadi^
puta, he quem
pertende reiviBÓioar Li§Sõav>'«todo o Reino de
Portugal : ella 'he queiá cxsm*pete
com
vosco auxiliada dos seusAmigo^^qu^
não tem o
carácterFrancez
,que
vós lhe attri-buís. .
.
. v. ^.,
( ^...-.éi / .0. >
^
gloria e a prosperidadedflCrMie^é
do^'Rei- no são o quequerem
os Francezes.Nunca
fallastes tantaverdade
t estamosem
gue
os Francezes^ sóambicionarão
a g!oria'^''é-âprosperidade
da Cidade
^e do Reino.
^<^'' ^--i*iif
(6>
Porquè\\i(e
Mte
ainteresse>ea
politica- ia França.<)i :SiiTki-^rSenh.oÍr
^/também
estamospor
esta.n^i^jH^s^anh^i
qper in^ de Portu-gal hmm^dasi
suasPr
ovineiaT.para
sefazer
assim senhora ãa^minsuJa
joV'í)irieis-melhor;: a.
França
quer invadir aHís- panha^e
Partuga^j para se-;&zer senhorada
Pe-íiinsiiía.
Grossekamente
porfiaisem
tecer a in- to^a: qntte- a flespanha e. Portugal esquecido,dè
qj.ie p^es'ç.andalos.ocoaiportamento
do vossoAmo,
(qiie só vos ensinou a arte de.roubar ) para
com
BortUgâj: e-Hespánha' fez: unir estas duas
Nações
pai'a'rf efneilHr siiasfraudolentas intenções ^ dissi-
p^ldoB .a^suii antigas indisposições.
Alem
disto jánão
ha.*quei;feeear .da^Hespanha
:: ellajáse acha wrda
áFran^^
pela posseda Coroa H espanho-
la /íííWíiada p^k)
np^o Mònarchâ
,que o
vossoIjM|)era4©ir^^ihe deil;i.se,a
Gazeta de Lisboa N. 30
©03
íj^ip; enganai^rquando
faílada solemnidade
destafwncgâolny^um
tablado;emí que
se lançava dinheiro á rebatinba*-i E: Inglaterra quer
domimr-vos para
destruiro vosso Porto 5 a vossa
Marinha.
A
ííaA Inglaterra quer destruiro
nossoPorto,
e a nossaMarinha;
e vós quereis approveitallo !A,vo^sa
estadaem Lisboa tem dado
grancle in-jteressç
ao Commercio
eáMaiwilia
1 .S^ós discor-reis
com
.grande acertOçoL^LíJ
nh .-' í:^-:(7)
E
impedir que a industriafaça
progressos en^tre vós
:
He
verdade :; vós soissomente quem
procu-rou adiantar os progressos
da
nossa indústria : tendes muita razão ;porque
, graçasao Ceo
, jaM
vaio tempo, em que
adeforme mendicidade
arrastava os-seus fatos
imundos
nesta soberbaCa-
pital ;
e no
interior do-Reino
:n'huma
palavra para a nossa felicidade já senao
espera outra cousa n-:ais ,do que o Camões
,.que
promettestesao Algarve
e á Beiía Alta.u4
magnificênciado
vossoPorto
lhes causa muij ta inveja :• elJes nao consentirão , que. exiíta tao perto delies ,,e elles naotem
a esperança de ocom
servar:-
A
magnificênciado
nossoPorto
foiquem
des-afiou a vossa inveja ,.
po
obstante estar tâo lon^ge da
vossa vista , eo nao poderdes
conservallo.Elles
séem
quehum
novo ExercitO'Erancez
passou já as vossas fronteiras y
He
necessário dizer,de que he
este Exerci-to,
eque
estradatem
seguido; elle só.póde serde mosquito», que
viessem peloan
E
se esse nao bastar outro virá após^ elle.Sim
;porque
aFrança tem
viveiros d'Exer-citos.
Ora
poisvenhâo
quantos Exércitos quize-rem
; poisque
terão amesma
sorteque
vos espe- ra , eque tem
tido , osque
entrarãonaHespanha.
(8)
Mas
elks terão destruidQ asmsm
estahelect-mentos marítimosx elks terão sido causa
da
des- trui^ão deLtshoa
^r
eis-anuia
que dlesprocurão ,;^ queelles querem.
\jy^ que servem
. o^ nossos estabelecimentosmarítimos em
vossopoder
?He
omesmo que não
os ter. Qiieimporta que
se destruaLisboa
e.
todo o Reino,,
se vóso
teiídessaqueado
e qua-s! reduzido á ultima
desgraça? Já vosdkse:
os sentimentos da Inglaterra sãomais honrados, do que
os dos PérfidosFrancezes;
epor
issonão
façais delia Hjam. tão fúnebre conceito.
^
Elles
sabem
^ que nãopodem
conservar-se noCon^
tinente ;
Brevemente
vos desenganareis a €ste respeitOiMas
quando) ellespodem
destruir os Portos ea Marinha
de qualquerPote^ia
, .estão contentes.A função de Copenhague
ainda vosnão
pas- souda
g^-ganta.: poiscom
eila morrereis en- gasgado.Eu
parto cheia de confiançaem w;
eu contomuito sobre todos os Cidadãos interessados
na
con- servaçãoda ordem
pública'^ e estou-muitopersua-- ãido , que ella será conservada.
Sim
,Senhor
, faço idêado
triste estado ,em que
vos achais : vós estaiscomo
aquelles , aqt^m
a necessidade obriga a fiar-sede
pessoas,
de quem mais devem
desconfiar.'Çonst'ãem
as desgraças^
que jucessariamente succederião , se estaformosa Cidade
obrigasse asmmbas Tropas
of entrar, nella.comaforça, , -.ujJ^Uas:não pode
jaQ ffzer imaij ,do que tem
feito,"
Os
Soldados exasperados pSo poder}ao^^^^
mifer-se, o ferre , o
fogo
, todos os malesda
guerra praticadosem huma Cidade tomada
de assalto,
o saque ,
a
morte....
eis-aqui oqm em
taes cir-cunstancias eu não poderia impedir , e eis aqui o
que
vós attrahirieis sobre vós:
Por
isso ficamosnos; porque
só estahe a
sua disciplina , etambém
a vossa.He
só nesteramo que
aTropa Franceza
se sabe distinguir.Só a
idêame fa&
estremecer.He
esteo
primeiro Jancede
sensibilidade ,que em
vóstenho
observado,Nao
estremeçais tanto ;porque
se vospode
tolher a falia j esem
esta vós já mais podereis exercer a vossa Prédi- ca. Desterrai
de
vós idêas tristes, e ide-voslem- brando
sodo
lugar , aque
deveis passardaqui
,
a pregar as tardes.
Habitantes de Lisboa , evitai y affastai de vós, estas terriveis calamidades.
Deixai-nos : nós
faremos o que bem nos
pa- recer.Dado
noQuartel
General deLisboa
16
deJsos-
to de
1808. ^
rrrí
v^
^ogS(^Q^mt
atíièâôa fitiifta grâtlde'iiaiha ,t'
por
issom€
parece ,que brevemente
fícareftsem
eíle.Desta fórma
principiaráDto^
á cásti!»gaf à
^ii canalháráos
Ffàfícê^íes >jeéam
^sgeciarlidade ^-'^