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GESTÃO FINANCEIRA E DE CUSTOS EMPRESARIAIS

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Academic year: 2022

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GESTÃO FINANCEIRA E DE CUSTOS

EMPRESARIAIS

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Neto, Fernando Cabral de Melo, 2019.

Gestão Fincanceira e Custos Empresariais - Belém, PA: Faculdade Estratego.

75 páginas;

Palavras chaves: 1. Gestão; 2. Finanças; 3. Controle; 4. Custos.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...3

1. CONCEITOS E FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ...4

2. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...10

3. RISCO X RETORNO ...20

4. ANÁLISE DE RELAÇÃO CUSTO X VOLUME X LUCRO ...26

5. GESTÃO DE CUSTOS ...45

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...73

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APRESENTAÇÃO

Prezado discente este material tem como objetivo fornecer um resumo da UNIDADE I (conceitos e funções da administração financeira) buscando auxiliar a compreensão dos conteúdos referidos a unidade (abaixo), além de servir para consultas permanentes, não procurando substituir os livros indicados, os quais são mais profundos e mais ricos em detalhes.

Os objetivos específicos deste instrumento são mostrar, compreender e explicar os conceitos e funções da administração financeira e sua aplicabilidade na prática.

Nesta unidade serão apresentados os conceitos, funções, objetivos, importância da administração financeira, importância do administrador financeiro e a relação da administração financeira com contabilidade e economia, buscado em todos os momentos mostrar sua interdisciplinaridade e sua aplicabilidade prática.

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1. CONCEITOS E FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

A administração financeira é a disciplina que trata dos assuntos relacionados às finanças das organizações. Ela está diretamente ligada a com a economia e a contabilidade.

Primeiramente, deve-se compreender e entender o sentido e o significado de finanças que, corresponde ao conjunto de recursos circulantes disponíveis que serão usados em transações e negócios.

Sendo que há necessidade de se analisar para que se possa ter a real situação econômica dos fundos da empresa, com relação aos seus bens e direitos x os seus deveres. Analisando-se apuradamente verifica-se que as finanças fazem parte do cotidiano da empresa, tal como no gerenciamento e própria existência da mesma, como as suas respectivas áreas, seja no marketing, produção, contabilidade e, principalmente na administração geral de nível estratégico, gerencial e operacional em que se tem dados e informações financeiras para a tomada de decisão na condução da empresa.

A administração financeira é uma ferramenta utilizada para controlar de maneira mais eficaz, no que diz respeito à concessão de credito para clientes, planejamento, analise de investimentos e, de meios viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da empresa, visando sempre o desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, desperdícios, observando os melhores “caminhos” para a condução financeira da empresa.

Fazendo uma analogia ao setor administrativa financeira das empresas, podemos considerá-lo como o “sangue” ou a “gasolina” da empresa que possibilita financiar seu funcionamento, sendo necessário que sua circulação seja constante, possibilitando a realização das atividades necessárias, objetivando o lucro, maximização dos investimentos, mas acima de tudo, o controle eficaz da entrada e saída de recursos financeiros.

A falta das informações financeiras, o que resulta que as empresas não tenham controle e tão pouco planejamento financeiro acarretam muitas vezes na falência das mesmas até o segundo ano de existência (SEBRAE). Assim são indiscutivelmente necessárias as informações do balanço patrimonial, no qual se contabilizam os dados da gestão, que devem ser analisados detalhadamente para a tomada de decisão.

Para melhor entendimento da administração financeira e orçamentária é necessário divida-la em:

Administração financeira: é a arte e a ciência de administrar fundos.

Administração orçamentária: é o plano financeiro estratégico para determinado exercício. Aplica-se tanto ao setor governamental quanto ao privado.

Hoji (2008) conceitua a gestão financeira e orçamentária como um dos

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seguimentos da ciência geral da administração que tem por função primordial a gestão dos recursos financeiros de forma eficiente e eficaz na busca permanente da maximização da riqueza sob o ponto de vista do investidor.

Todas as empresas de qualquer tamanho dispõem de dois recursos para utilizar em suas operações que são os recursos próprios e de terceiros onde cada um possua peculiaridades que no momento de seu uso pode fazer com que a empresa tenha sucesso ou não.

Recursos próprios são os recursos que surgem da formação do capital social da empresa e que podem ser aumentados ou diminuídos a partir do desempenho operacional da empresa. Em outras palavras a empresa pode obter lucro ou prejuízo dependendo de onde e como for aplicado este recurso.

Os recursos próprios são caracterizados por ser não oneroso (não incide juros) e por não exigível (não existe data para ser devolvido).

Os recursos de terceiros são recursos oriundos de pessoas físicas ou jurídicas, que não participaram da formação do capital social da empresa, tais como financiadoras, bancos e etc. Caracteriza-se por ser exigível (existe data certo para ser devolvido) podendo ou não ser oneroso, ou seja, podendo ou não incidir juros sobre o valor de terceiros.

Com a obtenção desses recursos financeiros, estes podem ser aplicados de duas formas que são no:

Ativos circulantes: Representa o lastro financeiro da empresa, ou seja, ativo circu- lante.

Ativo de manutenção: São os ativos da empresa que dão suporte para as atividades operacionais

Hoji (2008) aponta que o objetivo da administração financeira está voltada para a maximização do valor da empresa e, para tal, utiliza-se de conceitos, técnicas e práticas de investimentos, financiamentos e gerenciamento dos riscos. Entre os seus objetivos podemos citar:

Manter a empresa em perfeita situação econômica;

Obter novos recursos para planos de expansão;

Assegurar o necessário equilíbrio entre os objetivos de lucro e os de liquidez finan- ceira, quantificando os planos de expansão de acordo com as possibilidades de obtenção de recursos, próprios ou de terceiros.

Em outras palavras a administração financeira corresponde os esforços

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aspectos, além dos indicados, bem como a lucratividade que visam um maior rendimento, maior aproveitamento, lucro, investimento e etc.

Assim a função da administração financeira corresponde aos esforços objetivando a maximização do retorno dos proprietários da empresa, ao mesmo tempo possa propiciar a manutenção do grau de liquidez.

Outro ponto relevante à função da administração financeira dentro de uma empresa, está diretamente relacionada com a decisão de se fazer um financiamento e ou um investimento. Não podendo esquecer que estas duas funções estão diretamente ligadas.

O financiamento é uma operação financeira em que a parte financiadora (instituição financeira), e quem está financiando a pessoa jurídica ou física, de modo que esta possa executar algum investimento específico previamente acordado.

Ao contrário do empréstimo, os recursos financiados serão investidos onde o financiado achar que deve investir. A financiadora então, pode ou não cobrar juros sobre o valor emprestado (tempo de pagamento).

Ja que nos reportamos a investimento é importante saber o que este significa. Segundo Hoji (2010) investimento é a aplicação de algum tipo de recurso (dinheiro ou títulos) com a expectativa de receber algum retorno futuro superior ao aplicado, inclusive, a perda de uso desse recurso durante o período de aplicação (juros, em geral, a longo prazo).

Braga (1996) aponta que o investimento visa o aumento da capacidade produtiva como instalações, máquinas, equipamentos, transporte, infraestrutura entre outros, bem como à compra de títulos financeiros (ações).

Não podemos esquecer o que o investimento pode ser dividido em dois pontos fundamentais que são: investimento bruto (corresponde a todos os gastos realizados com bens de capital (máquinas, equipamentos) e formação de estoque) e investimento líquido (exclui as despesas com manutenção e reposição de peças, equipamentos, e instalações desgastadas pelo uso. Mensurando com mais precisão o crescimento da economia).

Gitman (2001) aponta que o administrador financeiro deve visar atingir os objetivos dos proprietários da empresa. A função destes não é realizar seus próprios objetivos (que podem incluir o aumento de seus ordenados, a obtenção de prestígio ou a manutenção de sua posição). Antes, é maximizar a satisfação dos proprietários (acionistas). Presumivelmente, se forem bem-sucedidos nesta tarefa, também atingirão seus objetivos pessoais.

Hoji (2008) afirma que a função de gestão financeira geralmente é associada a um alto executivo da empresa, denominado frequentemente diretor financeiro.

O mesmo coordena as atividades de controladoria e de tesoureira.

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A tesoureira responsabiliza-se pela gestão do caixa e da área de crédito da empre- sa, por seu planejamento financeiro, e pelos gastos de investimento.

A controladoria preocupa-se com a contabilidade de custos e a contabilidade financeira, com os pagamentos de impostos e com os sistemas de informação ge- rencial.

A administração financeira cuida da viabilidade financeira da empresa, portanto sua existência é primordial para a organização. A maioria das decisões tomadas dentro da empresa é medida em termos financeiros, desta forma o administrador financeiro desempenha um papel-chave na operação da empresa.

É esse profissional quem administra os negócios financeiros de qualquer tipo de empreendimento, seja privado ou público, grande ou pequeno, com ou sem fins lucrativos.

Nas micro e pequenas empresas a função de finanças é normalmente executada pelo proprietário, por um dos sócios ou pelo departamento de contabilidade.

Quando o negócio se expande, normalmente a função ocupa um departamento separado ligado diretamente ao presidente, já que as frequentes mudanças econômicas e nas leis interferem diretamente nas decisões da administração financeira com vistas a preservar o desempenho da organização.

Ao diretor financeiro normalmente cabe a coordenação das atividades de tesouraria e controladoria. A controladoria lida com contabilidade de custos e financeira, pagamento de impostos e sistemas de informações gerenciais. A tesouraria é responsável pela administração do caixa e dos créditos da empresa, pelo planejamento financeiro e pelas despesas de capital

As funções do administrador financeiro dentro da empresa podem ser avaliadas em relação às demonstrações financeiras básicas da empresa. Três são primordiais: a análise e planejamento financeiro, a administração da estrutura de ativo da empresa e a administração de sua estrutura financeira.

Análise e Planejamento Financeiro: Esta função envolve a transformação dos da- dos financeiros em uma forma que possa ser usada para orientar a posição finan- ceira da empresa, avaliar a necessidade de aumento da capacidade produtiva e de- terminar que tipo de financiamento adicional deve ser feito, ou seja, transformado em informações.

Administração da Estrutura de Ativo da Empresa: o administrador financeiro de- termina a composição e os tipos de ativos encontrados no balanço da empresa.

A composição refere-se ao valor dos ativos circulantes e fixos. Depois que a composição estiver fixada, o administrador financeiro precisa determinar certos

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prazo.

Administração da Estrutura Financeira da Empresa: Esta função é relacionada com o lado direito do balanço da empresa. Em primeiro lugar, a composição mais ade- quada de financiamento a curto e longo prazo precisa ser determinada. Esta é uma decisão importante, pois afeta tanto a lucratividade da empresa como sua liquidez global. Um segundo problema igualmente importante é saber quais as melhores fontes de financiamento a curto ou longo prazo para a empresa, num dado mo- mento. Muitas destas decisões são impostas por necessidade, mas algumas exigem uma análise profunda das alternativas disponíveis, de seus custos e de suas impli- cações a longo prazo

A Administração Financeira está estritamente ligada à Economia e à Contabilidade, pode ser vista como uma forma de Economia aplicada, que se baseia amplamente em conceitos econômicos e em dados contábeis para suas análises. No ambiente macro a Administração Financeira enfoca o estudo das instituições financeiras e dos mercados financeiros e ainda, de como eles operam dentro do sistema financeiro nacional e global. O nível micro aborda o estudo de planejamento financeiro, administração de recursos, e capital de empresas e instituições financeiras.

A questão financeira encontra-se diretamente ligado dentro do regime contábil de trabalho da empresa que tange as origens e as aplicações de recursos.

Esses regimes são divididos em regime de competência e caixa.

Regime de competência: as receitas e despesas deveram ser registradas de acor- do com a ocorrência do fato gerador (é a emissãodo documento comprobatório) independentemente de recebimento ou pagamento

Regime de caixa: as receitas e despesas deveram ser registradas no momento exa- to da entrada ou saída de numerários, ou seja, deve ser considerado o registro dos documentos quando estes foram pagos, liquidados ou recebidos

Na outra esfera de conhecimento (economia) é necessário conhecimento de acerca Economia para entender o ambiente financeiro e as teorias de decisão que constituem a base da Administração Financeira e orçamentária. A Macroeconomia fornece ao Administrador Financeiro uma visão clara das políticas do Governo e instituições privadas, através da quais a atividade econômica é controlada. No que tange a Microeconomia o Administrador Financeiro deve firmar a maximização do lucro para desenvolver um plano que seja bem-sucedido. Precisa enfrentar não só outros concorrentes em seu setor (demanda e oferta). A composição de fatores produtivos, níveis ótimos de vendas e estratégias e determinação de preço do produto são todas afetadas por teorias do nível Microeconômico.

E por fim dentro dos entendimentos prévios que contemplam a administração financeira (funções e conceitos da administração financeira) é de estrema relevância o saber diferenciar a liquidez e a rentabilidade empresaria (será visto na UNIDADE II seus indicadores para propiciar uma análise mais precisa), onde em poucas palavras, Hoje (2010) aponta que a liquidez e a capacidade de pagamento

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que a empresa tem para honrar com seus compromissos nas datas pactuadas e a rentabilidade é o retorno sobre o capital que foi investido na organização.

Dentro desses entendimentos prévios vale ressaltar que este material NÃO tem a pretensão de esgotar os conhecimentos sobre os tópicos aqui abordados, bem com substituir os livros onde estes possuem uma riqueza maior de detalhes.

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2. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

A análise das demonstrações financeiras é uma técnica que consiste na decomposição, comparação e interpretação das demonstrações contábeis. Os indicadores que serão estudados têm como característica fundamental fornecer visão ampla da situação econômica e financeira da empresa, além de servirem de medida para a construção de um quadro de avaliação e sugestão de melhoria para a empresa.

Para o gestor financeiro, a análise dos indicadores financeiros é uma ferramenta indispensável, pois com ela há facilidade de gerenciar a empresa no que tange a questão financeira, pois através dos indicadores que são propostos neste estudo irá gerar informações que orientarão os gestores a tomada de decisões.

Sabendo que essas informações são geradas a partir de demonstrações de períodos passados, ou seja, anos anteriores que o gestor tomou decisões para o andamento do processo das atividades da empresa. Esses índices servem como base para comparar a empresa na atualidade, verificando se vem progredindo em relação aos períodos passados.

Diante de sua importância, as finanças devem ser bem compreendidas e estudadas, porém, para se ter clareza e total certeza dos resultados, o analista deve ter um ótimo conhecimento e entender como calcular e como se interpreta esses indicadores, pois o mesmo trará ao administrador e a organização maior credibilidade e segurança para as tomadas de decisões, no que refere as estratégias utilizadas em anos anteriores, bem como fornece base para projeções para ações futuras.

Entre diversos indicares que ajudam a medir a situação atual e futura da empresa alguns são imprescindíveis ter o conhecimento, como a análise vertical e horizontal, análise de liquidez, endividamento e rentabilidade, são alguns dos diversos índices que podemos usar quando estamos avaliando o estabelecimento.

Vale ressaltar que existem outros indicadores que não serão apresentados nesta unidade e nem por isso menos importante.

Com base em dados do SEBRAE entre os problemas que fazer as empresas entrarem em processo de falência nos 2 primeiros anos de atividade encontra-se um ponto que corresponde ao alto grau de endividamento e um baixo nível de liquidez e rentabilidade.

Enfim, é possível sintetizar ainda uma série de razões para realçar quão importante realizar uma análise financeira para as empresas, onde podemos citar:

Se bem manuseada, pode se constituir num excelente e poderoso instrumento norteador para a administração;

Se for feita de maneira planejada pode trazer resultados bastante precisos;

Permite diagnosticar o empreendimento, revelando os pontos críticos e permitindo apresentar um esboço das prioridades para a solução dos problemas financeiros;

Permite uma visão estratégica dos planos da empresa, bem como estima o seu fu-

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O grande desafio em questão para o administrador financeiro é justamente a análise ou interpretação dos resultados encontrados a partir dos indicadores encontrados. Uma das técnicas de análises mais simples de ser aplicada e que, ao mesmo tempo mais importante por fornecer riquezas muito grade de informações é a análise horizontal e vertical.

Hoji (2010) aponta que a análise vertical consiste em verificar a participação de um elemento, grupo ou subgrupo em relação ao todo em que este participa.

Para seu melhor entendimento podemos exemplificar da seguinte forma: no total de 10 carros comprados, 7 são da cor preta e 3 da cor branca. Assim pode-se ter o entendimento que 70% dos carros comprados são da cor preta o que permite verificar a participação de um dado elemento em relação ao todo.

Exemplificação no Ativo da Balanço Patrimonial.

Ativo Circulante R$ 700.000,00 Ativo Não Circulante R$ 300.000,00 Total do Ativo R$ 1 000.000,00

Percebe-se que no ativo circulante estão alocados 70% de todos os recursos do ativo e no não circulante 30%, isto é, 70% de todos os recursos que a empresa tem a receber estão disponíveis no curto prazo.

PASSIVO Circulante Fornecedores Imposto a Recolher Empréstimo Bancário

Não circulante Financiamento TOTAL DO PASSIVO

R$ 1.595,00 R$ 445,00 R$ 250,00 R$ 900,00

R$ 3.515,70 R$ 3.515,70 R$ 5.110,70 ATIVO

Circulante Disponível Caixa

Banco Conta Movimento Estoque

Mercadorias

Créditos de curto prazo Duplicatas a Receber Não Circulante Imobilizado TOTAL DO ATIVO

R$ 1.310,70 R$ 770,70 R$ 590,70 R$ 180,00 R$ 280,00 R$ 280,00 R$ 260,00 R$ 260,00 R$ 3.800,00 R$ 3.800,00 R$ 5.110,70

Demonstração do Resultado do Exercício Receita Operacional Bruta

(-) Deduções da Receita Bruta (=) Receita Operacional Liquida (-) Custos Operacionais

(=) Resultado Operacional Bruto (-) Despesas Operacionais (=) Lucro Operacional Liquido

R$ 100.000,00 R$21.000,00 R$79.000,00 R$30.000,00 R$49.000,00 R$35.000,00 R$14.000,00

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Demonstração do Resultado do Exercício Receita Operacional Bruta

(-) Deduções da Receita Bruta (=) Receita Operacional Liquida (-) Custos Operacionais

(=) Resultado Operacional Bruto (-) Despesas Operacionais (=) Lucro Operacional Líquido

R$ 222.559,00 R$ 66.550,00 R$ 156.009,00 R$ 96.500,00 R$ 59.509,00 R$ 30.000,00 R$ 29.509,00

No que tange a análise horizontal Hoji (2010), afirma que conste em uma análise que permite verificar se houve uma evolução ou não, para isso é necessário comparar no mínimo dois períodos, elementos, grupos ou subgrupos visando identificar a existiu ou não algum tipo de evolução.

Olhando por uma ótica da administração financeiro está também possibilita verificar como a empresa se encontra com relação ao elemento que encontra-se sendo comparado.

Assim para mostrar sua utilização podemos exemplificar desta forma: no ano de 2009 o Sr Pedro terminou o ano com o valor monetário aplicado na poupança de R$ 10.000,00. Fazendo uma comparação com 2010 onde o mesmo Sr terminou o ano com R$ 5.000,00 houve um decrescimento de 50% nos recursos aplicados na poupança do Sr Pedro. Exemplo.

Ativo

R$ 60.000,00

R$ 5.000,00 R$ 55.000,00 Ativo

Ativo Circulante Ativo não circulante Realizável a longo prazo Imobilizado

R$ 40.000,00

R$ 10.000,00 R$ 50.000,00

Exercício de análise horizontal

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Circulante Disponível Não circulante

Realizável a longo prazo Imobilizado

Passivo Circulante Fornecedores Empréstimos Banc.

Passivo não circulante Financiamento Patrimônio Líquido Capital social

R$ 10.500,00

R$ 19.000,00 R$ 30.000,00

R$ 9.500,00 R$ 15.000,00

R$ 22.500,00

R$ 30.500,00

R$ 15.500,00

R$ 8.000,00 R$ 60.000,00

R$ 16.500,00 R$ 19.900,00

R$ 18.500,00

R$ 35.600,00

R$ 13.900,00

R$ 15.000,00 R$ 45.000,00

R$ 15.000,00 R$ 23.500,00

R$ 23.000,00

R$ 36.000,00

ATIVO2 008 AH 2009 AH 2010 AH

PASSIVO 2008 AH 2009 AH 2010 AH

Avaliar a empresa é algo de fundamental importância, pois possibilita mesurar sua situação, assim o indicador de liquidez tem uma função primordial no que tange a capacidade de pagamento da empresa. Gitman (2001) afirma que os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa face a suas obrigações, sendo ente instrumento de grande importância para a administração dar continuidade ao negócio, por tal é importante conhecer as variações deste indicador, que consiste em liquidez imediata, seca, corrente e geral.

Braga (1996) defini os quatro tipos de liquidez da seguinte forma:

Liquidez imediata: Índice conservador considera apenas caixa, saldos bancários e aplicações financeiras de liquidez imediata para quitar as obrigações de curto pra- zo. Um índice de grande importância para análise da situação de pagamento de maneira imediata. Calcula-se desta forma LI (liquidez imediata) = Disponível / PC (passivo circulante).

Liquidez seca: Índice que mensura a capacidade de pagamento da empresa sem que esta venha comercializar (vender) os estoques para honrar com seus compro- missos. O resultado deste índice será invariavelmente menor ao de liquidez corren- te. Calcula-se desta forma LS (liquidez seca) = AC (ativo circulante) – Estoque / PC (passivo circulante)

Liquidez corrente: Este índice medi a capacidade de pagamento da empresa de curto prazo levando em consideração a Razão entre os direitos a curto prazo da empresa (Caixas, bancos, estoques, clientes) e a as dívidas a curto prazo (Emprésti- mos, financiamentos, impostos, fornecedores). Calcula-se desta forma LC (liquidez corrente) = AC (ativo circulante) / PC (passivo circulante)

Liquidez Geral: Este índice leva em consideração a situação da empresa para hon- rar com seus compromissos tanto curto quanto de longo prazo. Calcula-se desta forma LG (liquidez geral) = AC (ativo circulante) + RLP (realizável a longo prazo) /

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PASSIVO Circulante Fornecedores Imposto a Receber Empréstimo Bancário

Não Circulante Financiamento Total do Passivo

R$ 1.595,00 R$ 445,00 R$ 250,00 R$ 900,00

R$ 3.515,70 R$ 3.515,70 R$ 5.110,70 ATIVO

Circulante Disponível Caixa B.C.M Estoque Mercadorias

Créditos de curto prazo Duplicatas a Receber Não Circulante Realizável a longo prazo TOTAL DO ATIVO

R$ 1.310,70 R$ 770,70 R$ 590,70 R$ 180,00 R$ 280,00 R$ 280,00 R$ 260,00 R$ 260,00 R$ 3.800,00 R$ 3.800,00 R$ 5.110,70

O estudo de liquidez é fundamental para a empresa mensurar sua capacidade de pagamento de forma imediata, curto prazo e longo prazo. Cada um dos indicadores estudados (liquidez imediata, seca, corrente e geral) fornece informações diferentes sobre a situação da empresa no que diz respeito ao poder de pagamento da empresa. Contudo vale ressaltar que quanto maior o valor referente e liquidez da empresa, melhor encontra-se sua situação.

Contudo sabemos que quanto mais indicadores forem usados para fazer a análise empresarial financeira melhor, por isso é importante entender o indicar de endividamento e rentabilidade.

Com relação à participação de capitais de terceiros ou endividamento, Hoji (2008) afirma que o endividamento representa quanto à empresa tomou de recursos de terceiros para formação de cada real de recursos próprios.

Em outras palavras o endividamento de uma empresa indica o montante de recursos de terceiros que está sendo usado, na tentativa de gerar lucros (Gitman, 2001).

Assim entende-se o endividamento visa mensurar o grau de comprometimento da empresa junto à terceiros. Vale ressaltar que quanto menor a dependência de capital de terceiros, melhor a liquidez da empresa.

Se esse índice for consistente e acentuadamente maior que 1, indicaria uma dependência exagerada de recursos de terceiros. Este é um sintoma típico que a empresa não se encontra muito bem financeiramente.

O endividamento das empresas é calculado da seguinte forma:

Ecp (endividamento de curto prazo) = Passivo circulante / ativo total

Elp (endividamento de longo prazo) = Passivo não circulante / ativo total

Et (endividamento total) = Exigível total / Ativo total. O resultado será expresso em percentual, quanto muito for o resultado, mais endividada estará à empresa o que representa um aumento dos custos e das despesas o que implica a diminuição do lucro.

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PASSIVO Circulante Fornecedores Dividendos a pagar Empréstimo Bancário Não circulante Financiamento

Patrimônio Liquido Capital Social Reserva de Capital Total do Passivo

R$ 11.600,00 R$ 8.350,00 R$ 1.250,00 R$ 2.000,00 R$ 5.450,00 R$ 5.450,00

R$ 2.200,00 R$ 1.200,00 R$ 1.000,00 R$ 19.250,00 ATIVO

Circulante Disponível Caixa

Banco Conta Movimento Créditos de curto prazo Duplicatas a Receber Estoque

Mercadorias Não Circulante Realizável a longo prazo

Total do Ativo

R$ 13.900,00 R$ 3.230,00 R$ 1.230,00 R$ 2.000,00 R$ 6.000,00 R$ 6.000,00 R$ 4.670,00 R$ 4.670,00 R$ 5.350,00 R$ 5.350,00

R$ 19.250,00

Após entendermos o que representa o endividamento empresarial baseado na administração financeira, é importante compreender os indicadores de rentabilidade que medem o quanto uma empresa está sendo lucrativa ou não, Hoji (2010), afirma que os índices de rentabilidade são muito importantes, pois evidenciam o sucesso (ou insucesso) empresarial que representa uma análise de quanto à empresa obteve de lucro, significando o retorno dos investidores (sócios).

Desta forma, Hoji (2010) afirma que os índices de rentabilidade indicam basicamente o lucro da empresa com relação aos custos e despesas realizados para sua obtenção de lucro e os divide em 3 pontos denominados de Margem Bruta, Margem Liquida e Rentabilidade do Capital Próprio.

Margem Bruta: Evidência basicamente o percentual das vendas líquidas que não foi consumido pelos custos de produção, ou seja, mede a rentabilidade das vendas, logo após as deduções de vendas (ICMS ou ISS, PIS, COFINS e etc.). Calcula-se desta forma MB (margem bruta) = lucro operacional bruto / receita operacional liquida.

Margem Liquida: Confronta o lucro líquido do período com as vendas líquidas.

Nessa margem, além do resultado financeiro, também são incluídos os resultados não-operacionais. Indica o quanto restoureceita gerada pela empresa após a de- dução de todos os custos, gastos e despesas incorridos pela empresa. Será à margem de lucro sobre as vendas. Estabelece o percentual de lucro líquido em cada unidade monetária vendida. Calcula-se desta forma ML (margem liquida) = Lucro Líquido do Exercício / Receita Operacional liquida.

Rentabilidade do Capital Próprio: Indica quanto rendeu no exercício o valor que os sócios mantiveram investido na empresa, ou seja, é o retorno obtido pela empresa em decorrência da utilização dos recursos próprios no financiamento das ativida- des. Calcula-se desta forma RCP (Rentabilidade do Capital Próprio) = Lucro Líqui- do do Exercício / PL (Patrimônio líquido).

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Receita Operacional Bruta

(-) Deduções da Receita Bruta (=) Receita Operacional Liquida (-) Custos Operacionais

(=) Resultado Operacional Bruto (-) Despesas Operacionais (=) Lucro Operacional Liquido

(-) Lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social

Provisão para Contribuição social (9%) Provisão para Imposto de Renda (15%) (=) Lucro Líquido do Exercício

R$ 100.000,00 R$ 21.000,00 R$ 79.000,00 R$ 30.000,00 R$ 49.000,00 R$ 35.000,00 R$ 14.000,00 R$ 3.360,00 R$ 1.260,00 R$ 2.100,00 R$ 10.640,00

PASSIVO Circulante Fornecedores Dividendos a pagar Empréstimo Bancário Não circulante

Financiamento Patrimônio Líquido Capital Social Reserva de Capital Total do Passivo

R$ 11.600,00 R$ 8.350,00 R$ 1.250,00 R$ 2.000,00 R$ 5.450,00 R$ 5.450,00 R$ 2.200,00 R$ 1.200,00 R$ 1.000,00 R$ 19.250,00

O atual cenário competitivo exige respostas rápidas e eficazes das organizações. A identificação antecipada das necessidades transformou a análise dos demonstrativos financeiros num dos mais importantes instrumentos para os empresários. Através deste instrumento de controle e planejamento financeiro, pode refletir nos resultados da empresa de maneira direta impactando diretamente no caixa da empresa.

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Exercícios

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO SOBRE ANÁLISE HORIZONTAL, ANÁLISE VERTICAL, LIQUIDEZ (IMEDIATA, SECA, CORRENTE E GERAL),

ENDIVIDAMENTO E RENTABILIDADE (MARGEM BRUTA, MARGUEM LÍQUIDA E RENTABILIDADE DO CAPITAL PRÓPRIO) APÊNDICE 01

APÊNDICE 01

Notas explicativas:

Para a análise vertical e horizontal deve-se levar em consideração os pontos de maior relevância.

Para análise de liquidez, endividamento e rentabilidade, fazer um comparativo en- tre os períodos (20x1, 20x2 e 20x3)

Arredondar para duas casas decimais (0,00)

1.) Faça as análises abaixo da empresa “Kiko B i k e” , empresa está especialista na comercialização de peças de bicicletas.

a) Faça uma análise vertical do Balanço Patrimônio de 20x2 e 20x3 e da Demonstração do Resultado do Exercício 20x2 e 20x3.

b) Faça uma Análise Horizontal dos períodos 20x1, 20x2 e 20x3, tendo como ano base 20x1.

c) Faça uma Análise de Liquidez do ano de 20x1, 20x2 e 20x3.

d) Faça uma Análise de Endividamento do ano de 20x1, 20x2 e 20x3.

e) Faça uma Análise de Rentabilidade do ano de 20x1, 20x2 e 20x3.

ATIVO 20x1 20x2 20x3

Ativo Circulante R$ 209.250,00 R$ 202.400,00 R$ 232.590,00 Disponível

Caixa R$ 38.000,00 R$ 35.000,00 R$ 30.730,00

Banco Com Movimento R$ 17.000,00 R$ 20.000,00 R$ 27.600,00 Créditos de curto prazo

Duplicatas a Receber R$ 42.250,00 R$ 37.400,00 R$ 62.260,00 Estoque

Mercadorias R$ 112.000,00 R$ 110.000,00 R$ 112.000,00 Ativo Não Circulante R$ 16.000,00 R$ 14.800,00 R$ 19.810,00 Realizável a Longo Prazo R$ 12.000,00 R$ 10.800,00 R$ 15.310,00

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ATIVO2 0x1 20x22 0x3 Passivo CirculanteR $ 158.950,00 R$ 146.350,00 R$ 179.150,00 Fornecedores R$ 98.000,00 R$ 80.250,00 R$ 104.390,00 Duplicatas a Pagar R$ 33.700,00 R$ 38.500,00 R$ 45.360,00 Salário a PagarR $ 12.500,00 R$ 10.500,00 R$ 13.500,00 Empréstimo Bancário R$ 9.500,00 R$ 11.500,00 R$ 10.000,00 Aluguel R$ 5.250,00 R$ 5.600,00 R$ 5.900,00

Passivo Não Circulante R$ 51.500,00 R$ 55.500,00 R$ 57.350,00 Financiamento R$ 51.500,00 R$ 55.500,00 R$ 57.350,00

Patrimônio Liquido R$ 14.800,00 R$ 15.350,00 R$ 15.900,00 Capital SocialR $ 12.500,00 R$ 13.500,00 R$ 14.400,00 Reserva de Capital R$ 2.300,00R$ 1.850,00 R$ 1.500,00

Total do PassivoR $ 225.250,00 R$ 217.200,00 R$ 252.400,00 2

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(-) Despesas Operacionais R$ 14.000,00

(=) Lucro Operacional Liquido R$ 13.250,00

(-) Lucro Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social R$ 3.180,00

Provisão para contribuição social (9%) R$ 1.192,50

Provisão para imposto de renda (15%) R$ 1.987,50

(=) Lucro Líquido do Exercício R$ 10.070,00

Liquidez

Liquidez Imediata

Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante Liquidez Seca

Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante Liquidez Corrente

Liquidez Corrente = (Ativo Circulante) / Passivo Circulante Liquidez Geral Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)

Endividamento

Endividamento Curto Prazo (Ecp) = Passiva Circulante / Ativo total Endividamento Longo Prazo (Elp) = Passivo Não Circulante / Ativo total Endividamento Total (Et) = Exigível total / Ativo total

Endividamento da Estrutura de Capital (Eec) = Exigível total / Patrimônio líquido

Rentabilidade

Margem Bruta = Lucro Operacional Bruto / Receita Operacional liquida Margem Liquida = Lucro Líquido do Exercício / Receita Operacional Liquida

Rentabilidade do Capital Próprio = Lucro Líquido do Exercício / Patrimônio Líquido

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3. RISCO X RETORNO

O CONCEITO DE RETORNO

“O retorno é o ganho ou a perda total sofrida por um investimento em certo período de tempo” (GITMAN, 2004, p. 184). Segundo Ross et al. (2013), nor- malmente o retorno tem dois componentes: de renda; e de capital. O primeiro advém do recebimento de algum dinheiro diretamente ligado à manutenção da posse do ativo. Já o segundo é obtido pela variação do valor de mercado do investimento. Embora o retorno possa ser expresso monetariamente, em geral, seu cálculo é efetuado em termos percentuais, como pela fórmula (2.1) de Gitman (2004):

k = C

t +

P

t -

P

t-1

P

t - 1

t

Em que:

Kt : é a taxa de retorno durante o período t;

Ct : é o fluxo de caixa recebido com o investimento no período de t – 1 até t (com- ponente de renda);

Pt : é o preço (valor) do ativo na data t;

Pt – 1 : é o preço (valor) do ativo na data t – 1; e

Pt – Pt – 1 : é o ganho (ou perda) de capital do ativo no período de t – 1 até t (compo- nente de capital).

Para ilustrar o cálculo de retornos de ações, vamos utilizar o exemplo de Ross et al. (2013). Suponha que você tenha comprado algumas ações no início do ano por R$ 25,00 cada. No final do ano, o preço era de R$ 35,00 por ação. Ao longo do ano, você obteve R$ 2,00 em dividendos por ação. Qual foi o retorno percentual da ação no período? Se o seu investimento total fosse de R$ 1.000,00, qual seria o seu retorno monetário? Como seria o diagrama de fluxo de caixa do investimento? (Por simplificação, neste exemplo assume-se a ausência de taxas de corretagem, impostos e inflação).

Mensuração do retorno percentual da ação:

Cálculo do retorno monetário do investimento de R$ 1.000,00:

Se você tivesse investido R$ 1000,00, alcançaria um retorno monetário de R$ 480,00 (1.000×0,48). Note que seus R$ 1.000,00 comprariam 40 ações

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(1.000/25). Estas pagariam um total de R$ 80,00 (40×2) em dividendos. A valorização de R$ 10,00 (35 - 25) por ação resultaria em um ganho de capital de R$ 400 (40×10). Assim, somando os dois componentes, seu retorno monetário seria de R$ 480,00 (80 + 400), como explicado no início.

O diagrama do fluxo de caixa do investimento é representado pela figura

O conceito de risco

Na prática, as decisões financeiras não são tomadas em ambientes de total certeza com relação a seus resultados, uma vez que essas decisões são voltadas fundamentalmente, para o futuro (ASSAF NETO, 2010). Sempre que houver chance de acontecer mais de um resultado, há a presença de risco (BODIE; KANE;

MARCUS, 2002).

O conceito de risco está intimamente ligado ao de probabilidade (ASSAF NETO, 2010). Em sentido amplo, risco pode ser compreendido como a possibilidade de ocorrência de um evento adverso, para uma determinada situação esperada. Com base em tal definição, a tabela abaixo apresenta algumas fontes de risco, que podem afetar a empresa e seus fornecedores de capital.

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FONTES DE RISCO DESCRI- ÇÃO RISCO ESPECÍFICO DA EMPRESA

RISCO ECONÔ- MICO (OPERA- CIONAL)

Possibilidade de que a empresa não seja capaz de co- brir seus custos de operação. De acordo com Assaf Neto (2010), este risco: é inerente à própria atividade da em- presa e às características do mercado em que opera; e não depende da forma como a empresa é financiada, vin- culando-se exclusivamente às decisões de investimento.

Possíveis determinantes, segundo Assaf Neto (2010): sa- zonalidade do mercado, concorrência, estrutura de custos, qualidade dos produtos etc.

RISCO FINANCEIRO

Possibilidade de que a empresa não seja capaz de liquidar suas obrigações financeiras. Reflete o risco ligado às deci- sões de financiamento. Quanto maior o endividamento da organização, mais elevado é o seu risco financeiro (ASSAF NETO, 2010).

FONTES DE RISCO DESCRI-

ÇÃO RISCO ESPECÍFICO DOS FORNECEDORES DE CA-

PITAL

RISCO DE TAXA DE JUROS

Possibilidade de que as variações das taxas de juros afe- tem negativamente o valor de um investimento. A maioria dos investimentos perde valor quando a taxa de juros sobe e ganha valor quando ela cai.

RISCO DE LIQUIDEZ Possibilidade de que um ativo não possa ser convertido rapidamente em caixa, sem uma redução substancial no seu preço.

RISCO DE MERCADO Possibilidade de que o valor de um ativo diminua, em vir- tude de fatores de mercado independentes do ativo (como eventos econômicos, políticos e sociais).

Segundo Damodaran (2006), no que tange à avaliação de ativos, risco é a probabilidade de receber um retorno sobre o investimento, que é diferente do retorno que se espera realizar. Portanto, para o autor, risco não só inclui resultados negativos (retornos que são menores do que o esperado), mas também positivos (retornos que são maiores do que o esperado).

Em termos estatísticos, risco refere-se à variabilidade dos retornos asso- ciados a certo ativo (GITMAN, 2004). Assim, o retorno esperado, por si só não capta o risco vinculado ao investimento. Já o desvio-padrão (e a variância1) dos retornos, calculado pela expressão (2.4), representa uma medida de risco, pois mensura, estatisticamente a variabilidade (grau de dispersão) dos possíveis resultados, em termos de valor esperado (ASSAF NETO, 2010).

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Em que:

σk: é o desvio-padrão dos retornos;

K: é o retorno (valor) esperado;

Pri: é a probabilidade de ocorrência de Ki;

n : é o número de ocorrências (valores de retornos) consideradas

A fórmula comumente empregada para obter o desvio padrão para dados amostrais, é (GITMAN, 2004):

Retomando o exemplo da Tabela abaixo de Gitman (2004), além do retorno esperado, podemos calcular o desvio-padrão dos retornos dos ativos A e B:

Os resultados obtidos indicam que o ativo B possui maior desvio-padrão e, portanto, este investimento é considerado mais arriscado. Dessa maneira, por apresentar o mesmo retorno esperado (15%) e assumir grau de risco mais baixo

(25)

maior dispersão dos retornos do ativo A em relação aos do B.

RISCO: SISTEMÁTICO E NÃO SISTEMÁTICO

Conforme debatido, o risco econômico e o risco financeiro compõem o risco total de uma empresa. O primeiro vincula-se a decisões de investimento da organização e possui determinantes de natureza conjuntural (alterações na economia, tecnologia etc), de mercado (exemplo: crescimento da concorrência) e do próprio planejamento e administração da companhia (ASSAF NETO, 2010). Já o segundo está relacionado com a estrutura de capital da corporação e, portanto, com as suas decisões de financiamento.

O risco total de um ativo também pode ser dividido em dois componentes.

Estes são os riscos sistemático (não diversificável) e não sistemático (diversificável), como mostrado pela expressão:

RISCO TOTAL = RISCO NÃO SISTEMÁTICO + RISCO SISTEMÁTICO

O risco não sistemático de um ativo, também conhecido como risco idios- sincrático ou risco específico, é determinado pelas suas características próprias, não afetando os demais investimentos do portfólio. No caso do título ser a ação de uma companhia, seu risco individual é causado por fatores relacionados ao próprio negócio, como ações judiciais, greves, programas de marketing, perdas de contratos ou clientes importantes, etc (WESTON; BRIGHAM, 2004). Como o risco não sistemático é intrínseco, próprio de cada investimento, pode-se eliminá- lo com o aumento do tamanho da carteira e, por isso, também é chamado de risco diversificável (GALAGEDERA, 2007).

O risco sistemático é determinado por eventos de natureza política, econô- mica e social (ASSAF NETO, 2010). Este risco é também referenciado como risco de mercado, dado que é inerente a todos os ativos negociados no mercado, os quais são impactados por ele com intensidades diferentes (GALAGEDERA, 2007). Seus principais determinantes são guerras, inflação, recessões e variações nas taxas de juros da economia (WESTON; BRIGHAM, 2004). Dado que o risco específico pode ser totalmente diluído pelo processo de diversificação, os

(26)

gestores e as empresas deveriam se preocupar somente com o risco sistemático dos ativos que compõem suas carteiras.

Contudo, recentemente Panousi e Papanikolaou (2012) observaram que o risco idiossincrático da firma afeta negativamente a sua taxa de investimento, e que este impacto é mais forte nas empresas norte-americanas em que há maior participação acionária dos executivos. Segundo os autores, tais resultados são indícios de que as decisões de investimento são tomadas, em geral, por admi- nistradores com carteiras pouco diversificadas, que reduzem os investimentos da firma, quando o risco específico dela aumenta. Neste sentido, a aversão ao risco dos gestores repercutiria em decisões ótimas, sob o ponto de vista de investidores bem diversificados.

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4. ANÁLISE DE RELAÇÃO CUSTO X VOLUME X LUCRO

As pequenas empresas têm grande importância social no Brasil, princi- palmente pelo aspecto de geração de empregos, como atestam diversas estatísticas. Contudo, diferentes estudos revelam também que as empresas desde porte costumam encontrar dificuldades para superar um ano de existência e muitas deixam de existir com poucos alguns meses de funcionamento.

Vários fatores podem ser apontados como causadores desta realidade e den- tre estes pode ser mencionada a pequena utilização de técnicas de gerencia- mento consistentes. Quer por desconhecimento, quer por preconceitos quanto ao grau de dificuldade para implementá-las, poucos são os empresários que empregam nas suas micro e pequenas empresas ferramentas como a Análise Custo x Volume x Lucro.

Kaplan e Atkinson (1989) mencionam que diversas decisões gerenciais requerem a análise atenta do comportamento de custos e lucros em função das expectativas do volume de vendas. No curto prazo (menos que um ano), a maioria dos custos e preços dos produtos da empresa, podem, em geral, serem determinados. A principal incerteza não está relacionada com custos e preços dos produtos, mas com a quantidade que irá ser vendida. A Análise de Custo x Volume x Lucro aponta os efeitos das mudanças nos volumes de vendas na lucratividade da organização.

Hoji (2010) cita que a Análise de Custo x Volume x Lucro é uma das mais básicas ferramentas de avaliação utilizadas pelos gerentes. Esta análise examina o comportamento das receitas e custos totais, dos resultados das operações decorrentes de mudanças ocorridas nos níveis de saídas (vendas), de preços de venda, custos variáveis por unidade ou custos fixos. Em geral, os administradores usam esta análise como uma ferramenta para ajudá-los a responder questões que envolvam expectativas quanto ao que acontecerá com o lucro se houverem modificações nos preços de venda, nos custos e no volume vendido.

Em outras palavras a análise da relação entre custos x volumes x lucros estuda o inter-relacionamento destas três variáveis, procurando estabelecer os efeitos da alteração de um ou mais desses fatores sobre os outros e suas relações mútuas. A análise da relação custo x volume x lucro é usada principalmente para o planejamento e projeções de lucros a curto prazo, facilitando a escolha do melhor curso da ação, quando o gestor possui diversas alternativas operacionais decorrentes das combinações possíveis e disponíveis destes três elementos.

A análise da relação Custo x Volume x Lucro representa-se de alta relevante na determinação de um volume de produção necessário a ser atingido para a obtenção do lucro pretendido. Ao mesmo tempo, atua como uma ferramenta para determinar receitas necessárias para atingir volumes de vendas que não gere prejuízos para o empreendimento.

(28)

O planejamento do lucro se faz através desta análise, pois permite relacionar o custo e o volume de saídas para o estabelecimento da estratégia de preços, seleção de um melhor mix de vendas, quando uma empresa produz vários produtos, aceitação de encomendas especiais e estratégias de como penetrar em um mercado novo.

A análise do custo permite que se tome uma decisão certa e para isso é preciso que haja uma separação entre custos fixos e variáveis. Quando aumentamos o volume de produção diminuímos o valor unitário dos custos fixos e assim aumentamos a lucratividade.

Vale ressalta que a Custo x Volume x Lucro serve para auxiliar as tomadas de decisões no que se refere o planejamento do nível de produção e/ou venda, possuindo algumas limitações que são: se a empresa produz um único produto esse conceito pode ser aplicado sem problema (não é muito comum). Se a empresa produz diversos surge o problema de identificar os custos e despesas fixas e variáveis inerente ao produto.

Para o maior entendimento e formação dos conceitos na análise CVL torna- se importante a diferenciação entre custos (despesas) fixos e custos (despesas) variáveis. Ou seja, a classificação dos custos em relação ao volume de produção ou de atividade:

Custos são gastos necessários para fabricar os produtos da empresa. Ressalta- se que os custos não são investimentos e sim gastos efetuados pelas empresas na produção ou atividade fim. Divido em dois, fixos e variáveis.

Custo fixo: São os valores monetários aplicados na produção ou atividade fim de maneira fixa, ou seja, independentemente da quantidade produzida o valor empre- gado será o mesmo.

Custo variável: São os valores monetários que variam de acordo com a produção ou atividade fim, ou seja, são valores que tem variação de acordo com o aumento ou redução da produção ou atividade desenvolvida.

Despesas são gastos aplicados na estrutura administrativa e comercial da empresa. Divido em dois, fixos e variáveis.

Despesa fixa: São os valores monetários aplicados na produção ou atividade fim de maneira

Despesa variável: São os fatores monetários variáveis com a estrutura administrati- va e comercial da empresa.

Ainda dentro da classificação dos custos e despesas pode-se ter a junção do fixo e variável que é denominado de misto, desta forma entende-se como

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o ponto de equilíbrio (breakeven point). Sua essência abrange os conceitos de Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio.

O conceito de Margem de Contribuição representa o valor com que cada unidade de um produto fabricado e comercializado contribui para cobrir os gastos. Obtém-se, portanto, a Margem de Contribuição Unitária.

A margem de contribuição unitária é a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os custos e despesas variáveis por unidade do produto.

Braga (1996) define que margem de contribuição é o preço de venda menos custos e despesas variáveis. Significa dizer que a cada unidade vendida à empresa lucrará/perderá determinado valor que, multiplicado pelo total vendido resulta na contribuição marginal total do produto para a empresa.

Como se percebe, a margem de contribuição pode ser expressa em sua forma unitária ou no total. Essa margem pode ser da empresa como um todo, de um seguimento de negócio, de uma linha de produto, etc. O índice de margem de contribuição é uma porcentagem obtida pela divisão da margem de contribuiçãounitária pelo preço de venda, ou pela divisão da margem de contribuição total pela receita total.

Abaixo, a um exemplo prático de como se chega a margem de contribuição unitária e total.

A empresa ABC Ltda. especialista na fabricação de eletrônicos. Verificou que a preço unitário de um item produzido é de R$ 10,00, com um custo variável unitário de R$ 4,30 e uma despesa variável unitário de R$ 0,90. Calcule a margem que contribuição?

Preço unitário de venda (líquido de imposto)

(-) Custos variáveis unitários 4,30

(-) Despesas variáveis unitárias 0,90 (=) Margem de contribuição unitário (MCU) 4,80

Margem de contribuição unitária

Com a variação da quantidade se pode chegar a margem de contribuição total.

Para se chegar a MCt, basta multiplicar a quantidade pelos respectivos valores (preço de venda, custos variais unitários, despesas variáveis unitária e margem de contribuição unitária).

Jan 20xx Fev

20xx Mar 20xx Abr 20xx Quant. de vendas

Vendas líquidas R$ 10.000 R$

50.000 R$ 75.000 R$

100.000 (-) Custos Variável R$ 4.300 R$

21.500 R$ 32.250 R$ 43.000 (-) Despesas Variável R$ 900 R$ 4.500 R$ 6.750 R$ 9.000

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(=) MCT R$ 4.800 R$

24.000 R$ 36.000 R$ 48.000

Margem de contribuição total

Ponto de equilíbrio de uma empresa representa o nível mínimo de vendas que a entidade precisa obter para não incorrer em prejuízos, ou seja, nesse ponto as receitas são iguais aos custos e o lucro é igual à zero.

Segundo Hoji (2008) o ponto de equilíbrio corresponde à quantidade produzida dividida pelo volume de operações para o qual a receita se iguala ao custo total (Custo fixo mais custo variável). É, pois, o ponto onde o lucro líquido iguala-se a zero, podendo ser expresso em unidades físicas ou monetárias.

O modelo de ponto de equilíbrio tem por objetivo determinar o nível de produção em termos de quantidade e/ou de valor que se traduz pelo equilíbrio entre a totalidade dos custos e das receitas. Para um nível abaixo desse ponto, a empresa estará na zona de prejuízo e acima dele, na zona de lucratividade.

Devemos ter em mente que a análise do ponto de equilíbrio é apenas um guia para o planejamento das operações da empresa devendo ser calculado sempre que precisamos tomar uma decisão que envolva a busca da competitividade quando o assunto é definição de preço.

Para o cálculo do ponto de equilíbrio é importante ter em mente algumas premissas tais como: Não existem estoques acabados ou em fase de elaboração, toda produção é vendida e há distinção entre os custos e despesas, eles são separados em fixos e variáveis.

Para melhor análise e planejamento das ações de produção/venda o ponto de equilíbrio divide-se em 3 (três), são eles ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro.

Ponto de equilíbrio contábil: É a quantidade de produtos que devem ser produzi- dos para cobrir os custos e despesas fixas e variáveis. Calculado através da seguinte expressão PEc = CDF / MCU

PEc: ponto de equilíbrio contábil

CDF: custos e despesas fixas

MCU: margem de contribuição unitária

Sendo assim, se o volume de vendas da empresa for um número maior que o ponto de equilíbrio a empresa passa a gerar lucro. Porém, se for um número abaixo a empresa terá prejuízos. O gráfico abaixo mostra o valor que compreende os custos e despesas fixas, o valor gasto nos custos e despesas variáveis e o valor empregado na somatória de ambos, custo total.

(31)

Após o entendimento da composição do gráfico baseado em custos, o gráfico abaixo representa os seguintes pontos. CDF que representa a somatória de todos os custos e despesas fixas, CDV que são os custos e despesas variais inerentes, custos totais que corresponde à soma dos CDF e CDV, o ponto de equilíbrio que representa a o valor que a empresa deve atingir para não ter nem prejuízo e nem lucro e pôr fim a receita total que corresponde a tudo que embolsado pela empresa.

Abaixo, um exemplo de como se chega a quantidade do ponto de equilíbrio contábil.

Sabendo-se que a MCU é R$ 4,80, e CDF é R$ 36.000,00, qual a quantidade de produtos necessários para que a empresa chegue ao ponto de equilíbrio contábil em quantidade?

PEq = CDF / MCU

PEq = R$ 36.000,00 / R$ 4,80 PEq = 7.500 unidades

Isso significa que se a empresa comercializar a quantidade de 7.500 irá alcançar o ponto de equilíbrio em quantidade, implicando que não haverá nem prejuízo e nem lucro.

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Responda os exercícios a seguir.

Exercícios

A empresa ABC Ltda. especialista na fabricação de eletrônicos. Verificou que o preço unitário de um item produzido é de R$ 20,00, com um custo variável unitário de R$ 5,20 e uma despesa variável unitário de R$ 2,80. A empresa possui como custo e despesa fixa a quantia de R$ 42.000,00. Pede-se:

a) Calcule a margem de contribuição;

b) Calcule o ponto de equilíbrio;

Obs: Se necessário, consulte a resolução do exercício nas vídeo aulas.

A empresa XYZ Ltda. especialista na fabricação de bolas. Verificou que o preço unitário de um item produzido é de R$ 20,00, com um custo variável unitário de R$ 10,20 e uma despesa variável unitário de R$ 4,80. A empresa possui como custo e despesa fixa a quantia de R$ 42.000,00. Pede-se:

a) Calcule a margem de contribuição;

b) Calcule o ponto de equilíbrio;

Obs: Se necessário, consulte a resolução do exercício nas vídeo aulas.

A partir de agora, vamos falar sobre o ponto de equilíbrio econômico.

Ponto de equilíbrio econômico: é a quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e despesas acrescidas de uma remuneração mínima (custo de oportunidade) sobre o capital investido pela empresa. Em outras palavras é quan- do as receitas totais são iguais aos custos totais acrescidos de um lucro mínimo de retorno do capital investido. Calcula-se assim PEe = CDF + CO / MCU.

PEe: Ponto de equilíbrio econômico.

CDF: custos e despesas fixas.

CO: custo de oportunidade.

MCU: margem de contribuição unitária.

A seguir, vamos resolver um exemplo de como se chega a quantidade do ponto de equilíbrio econômico.

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PEq = (R$ 36.000,00 – R$ 15.000,00) / R$ 4,80 PEq = 10.625 unidades

Isso significa que se a empresa comercializar a quantidade de 10.625 irá alcançar o ponto de equilíbrio em quantidade econômico levando em consideração o custo de oportunidade, implicando que não haverá nem prejuízo e nem lucro.

Agora faça o exercício:

Sabendo-se que a MCU é R$ 5,00, e CDF é R$ 42.000,00 e que o custo de oportunidade seja R$10.000,00, qual o ponto de equilíbrio econômico?

Obs: Se necessário, consulte a resolução do exercício nas vídeo aulas. Agora, vamos vejamos outro conceito:

Ponto de equilíbrio financeiro: é a quantidade que iguala a receita total com a soma de custos e despesas que representam desembolso financeiro para a empresa.

Neste caso, os encargos da depreciação são exclusos por não representarem de- sembolso para empresa. Calcula-se assim PEf = CDF - CD / MCU.

PEf: Ponto de equilíbrio financeiro.

CDF: custos e despesas fixas.

CD: custo de depreciação.

MCU: margem de contribuição unitária.

Vejamos um exemplo de como se chega a quantidade do ponto de equilíbrio financeiro.

Sabendo-se que a MCU é R$ 4,80, e CDF é R$ 36.000,00 e que a depreciação seja R$ 6.000,00, qual o ponto de equilíbrio financeiro em quantidade?

PEq = CDF / MCU

PEq = (R$ 36.000,00 – R$ 6.000,00) / R$ 4,80 PEq = 6.250 unidades

Isso significa que se a empresa comercializar a quantidade de 6.250 irá alcançar o ponto de equilíbrio financeiro em quantidade levando em consideração a depreciação, implicando que não haverá nem prejuízo e nem lucro.

Resolva o exercício a seguir.

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Sabendo-se que a MCU é R$ 5,00, e CDF é R$ 42.000,00 e que a depreciação

seja R$ 2.000,00, encontre o ponto de equilíbrio financeiro em quantidade.

Obs: Se necessário, consulte a resolução do exercício nas vídeo aulas.

Para uma melhor análise referente ao ponto de equilíbrio, além de se usar o mesmo em quantidade, pode-se visualizar em valor empregado produção/venda para atingir ponto de equilíbrio em valor, dividindo-se em 3 (três), são eles ponto de equilíbrio em valor contábil, econômico e financeiro.

Ponto de equilíbrio em valor contábil: É o valor que deve ser almejado para cobrir os custos e despesas fixas e variáveis. Calculado através da seguinte expressão PEc

= CDF / %MC (Custo e despesas fixas / receita liquida total).

PEVc: ponto de equilíbrio em valor contábil.

CDF: custos e despesas fixas.

%MC: percentual da margem de contribuição.

Abaixo, um exemplo de como se chega ao valor do ponto de equilíbrio contábil.

Sabendo-se que o e CDF corresponde a R$ 36.000,00 e a receito liquida total R$ 75.000,00, seu custo e despesa fixa corresponde R$ 36.000,00, qual o ponto de equilíbrio contábil em valor?

%MC = CDF / Receita

%MC = R$ 36.000,00 / R$ 75.000,00

%MC = 0,48

PEqv = CDF / %MC

PEqv = R$ 36.000,00 / 0,48 PEqv = R$ 75.000,00

Isso significa que se a empresa gerar recursos na ordem de R$ 75.000,00 irá alcançar o ponto de equilíbrio contábil em valor, implicando que não haverá nem prejuízo e nem lucro.

Agora, vamos vejamos o ponto de equilíbrio em valor econômico:

Ponto de equilíbrio em valor econômico: é o valor que iguala a receita total com a soma dos custos e despesas acrescidas de uma remuneração mínima (custo de oportunidade) sobre o capital investido pela empresa. Em outras palavras é quando as receitas totais são iguais aos custos totais acrescidos de um lucro mínimo de re- torno do capital investido. Calcula-se assim PEe = CDF + CO / %MC (Custo e des- pesas fixas / receita liquida total).

(35)

Abaixo, um exemplo de como se chega ao valor do ponto de equilíbrio econômico.

Sabendo-se que o CDF é R$ 36.000,00, o custo de oportunidade seja R$

15.000,00 e %MC = 0,48. Qual o ponto de equilíbrio econômico em valor?

PEev = (CDF + CO) / %MC

PEqv = (R$ 36.000,00 + R$ 15.000,00) / 0,48 PEqv = R$ 106.250,00

Isso significa que se a empresa gerar recursos na ordem de R$ 106.250,00 irá alcançar o ponto de equilíbrio econômico em valor, implicando que não haverá nem prejuízo e nem lucro.

Agora, vamos vejamos outro conceito:

Ponto de equilíbrio financeiro: é o valor que iguala a receita total com a soma de custos e despesas que representam desembolso financeiro para a empresa. Neste caso, os encargos da depreciação são exclusos por não representarem desembolso para empresa. Calcula-se assim PEf

= CDF - CD / %MC (Custo e despesas fixas / receita liquida total).

PEf: Ponto de equilíbrio financeiro.

CDF: custos e despesas fixas.

CD: custo de depreciação.

%MC: percentual da margem de contribuição.

Abaixo, um exemplo de como se chega ao valor do ponto de equilíbrio econômico

Sabendo-se que o CDF é R$ 36.000,00, a depreciação seja R$ 6.000,00, e

%MC = 0,48. Qual o ponto de equilíbrio?

PEev = (CDF – Depreciação) / %MC

PEqv = (R$ 36.000,00 - R$ 6.000,00) / 0,48 PEqv = R$ 62.500,00

Isso significa que se a empresa gerar recursos na ordem de R$ 62.500,00 irá alcançar o ponto de equilíbrio financeiro em valor, implicando que não haverá nem prejuízo e nem lucro.

Após o entendimento sobre margem de contribuição e ponto de equilíbrio, vamos entender os efeitos do aumento ou diminuição do nível de atividade empresarial como efeito nos resultados. Para tal, vamos estudo grau de alavancagem operacional, grau de alavancagem financeiro e grau de alavancagem combinada.

GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL

Referências

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