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PROPOSTA DE ALTERAÇÃO REGULAMENTAR AO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

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Academic year: 2022

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ………. 3

2. ENQUADRAMENTO LEGAL DA ALTERAÇÃO AO PLANO ……….. 3

3. ANTECEDENTES ………. 3

4. FUNDAMENTAÇÂO ……… 7

5. PROPOSTA ………. 8 LEGAIS QUE IMPENDEM SOBRE A ÁREA DE INTERVENÇÃO

ANEXOS

- PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DAS “NOTAS EXPLICATIVAS” (ANEXO AO REGULAMENTO – ARTIGO 28º)

- PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AO QUADRO REGULAMENTAR APROVADO (ANEXO AO REGULAMENTO – ARTIGO 28º)

- QUADRO REGULAMENTAR FINAL (ANEXO AO REGULAMENTO – ARTIGO 28º)

- PONTO DE SITUAÇÃO DA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE ESTARREJA (Relatório de Julho/2009)

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1. INTRODUÇÃO

O presente documento, que se submete à apreciação da Câmara Municipal de Estarreja, para efeitos do disposto no artigo 74.º do Decreto-Lei n.º 380/99 de 22-09, na redacção dada pelo D.L. n.º 46/2009 de 20-02, consubstancia a necessidade de se proceder a um “alteração parcial do Plano Director Municipal”, em vigor.

2. ENQUADRAMENTO LEGAL DA ALTERAÇÃO AO PLANO

A alteração parcial do Plano Director Municipal”, em vigor, reger-se-á pelo disposto no Decreto-Lei (DL) n.º 380/99 de 22 de Setembro, alterado e republicado pelo DL N.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, também designado, por Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), nomeadamente ao abrigo alínea a) do n.º 2 do Artigo 93.º, que determina que a alteração dos instrumentos de gestão territorial (IGT) pode decorrer da “evolução das perspectivas de desenvolvimento económico e social que lhe estão subjacentes e que fundamentam as opções definidas no plano (…)”, bem como ao abrigo da alínea c) do mesmo artigo, que enquadra a alteração de IGT na sequencia “Da entrada em vigor de leis ou regulamentos que colidam com as respectivas disposições (…)”.

3. ANTECEDENTES

O PDM de Estarreja foi ratificado pela RCM n.º 11/93, publicada no DR, I Série-B n.º 45 de 1993-02-23 e alterado (regime simplificado) pela Declaração n.º 158/2001 (2.ª Série) da DGOTDU, publicada em DR, n.º 110, II Série de 2001-05-12.

Em revisão desde 1997, o PDM veria a sua proposta de elaboração concluída, em meados de 2000, altura em que seria entregue na CCRC- Comissão de Coordenação Regional do Centro (2000-05-18), para recolha de pareceres técnicos das Entidades não representadas na Comissão Técnica, após parecer de conformidade dessa comissão de acompanhamento (2000-05-04) e deliberação camarária de 2000- 05-15.

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Porém, nesse mesmo mês de Maio (2000-05-24), a Câmara Municipal viria a endereçar a essa CCRC, um pedido para suster o processo de solicitação de pareceres técnicos às Entidades não representadas na Comissão Técnica, por força da inopinada consignação de um novo traçado do Itinerário Complementar n.º 1 - IC.1 – (a Nascente da EN 109), em corredor bem distinto do previsto na proposta de revisão acabada de concluir e que tinha sido remetida a esses serviços;

O processo consequente a esta modificação do traçado do IC.1/A29, que, para além da elaboração de um Estudo Prévio e respectiva Análise de Impacte Ambiental (AIA), envolveu, também, um movimento de participação e contestação popular a este novo corredor (a Nascente), prolongou-se por cerca de dois anos, acarretando, durante esse período, incertezas na concepção da estrutura de ordenamento e prejuízos no desenvolvimento da revisão deste instrumento de gestão territorial.

Muito embora, tenha sido, pelo então, recém eleito Presidente Câmara Municipal (em ofício n.º 1841 de 2002-02-14), solicitado a essa Comissão de Coordenação, o retomar dos procedimentos da Revisão do PDM, nomeadamente a continuidade das Consultas às Entidades não representadas na Comissão Técnica (CMC), que haviam sido interrompidas (e que viria a ser realizado), o que é facto, é que derivado de uma sucessão de acontecimentos relacionados com o novo traçado do IC1/A29 (desde o Parecer do IEP, impondo uma nova reformulação da estrutura de ordenamento e novas condições de hierarquização rodoviária, até uma série de despachos ministeriais, ora cessando todas as actividades de projecto desse traçado, ora readoptando-o novamente, passando pela necessidade de sujeitar o novo estudo prévio deste itinerário a AIA - Análise de Impacte Ambiental), este processo não sofreria desenvolvimentos até 2004. (Ver ponto 4.2. PRINCIPAIS MOMENTOS CRONOLÓGICOS DO PROCESSO DE REVISÃO DO PDM DE ESTARREJA (RPDME) do Ponto de Situação da Revisão do PDM – Maio 2009, pag. 11-12, em ANEXO)

Dados todos estes atrasos (não imputáveis ao município) que o processo inerente ao novo traçado do IC1/A29, originou, (por ser, nessa data, ainda inconclusivo, e se ter arrastado em sucessivos estudos de novos traçados alternativos) tornou-se, entretanto, imprescindível o Estabelecimento de MEDIDAS PREVENTIVAS que procurassem minimizar os constrangimentos urbanísticos existentes que se

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pretendiam erradicar com implementação do novo regulamento jurídico- administrativo que constitui a revisão do PDM

;

Entre os dois momentos principais, a que se faz acima referência, e sob proposta da Câmara Municipal (deliberação de 10 de Setembro de 2002 (Acta n.º 22) a Assembleia Municipal aprovaria em 21 e 30 de Setembro de 2002, o Estabelecimento de Medidas Preventivas (MP), na área dos perímetros urbanos do PDM (na classe de espaço urbano) e do Plano de Pormenor da Quimiparque, por um prazo de dois anos (MP ratificadas pela RCM n.º 103/2003, publicadas no Diário da Republica, (DR) I Série – B, n.º 182 de 8 de Agosto de 2003), no sentido de se “evitar a alteração das circunstâncias e das condições de facto existentes que possa limitar a liberdade de planeamento ou comprometer ou tornar mais onerosa a execução do Plano” (n.º 1 do artigo 107 do RJIGT).

As MP estabelecidas no âmbito do processo de revisão do PDM de Estarreja, viriam a ser ratificadas pela RCM n.º 103/2003, publicadas no Diário da República (DR), I Série-B, n.º 182 de 8 de Agosto de 2003, bem como, objecto de Registo na Direcção Geral de Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbanístico (DGOTDU) em 27 de Agosto de 2003, sob o n.º 02.01.08.00/01-03.MP/PD.

Após o Sr. Presidente da Câmara em despacho (n.º 4) datado de 19 de Fevereiro de 2004, ter decidido reatar (“... a todo o vapor...”) os procedimentos de revisão do PDM, a equipa do plano deparou-se, com uma série de vicissitudes, resultantes quer do interregno de dois anos nos trabalhos de revisão, quer ainda, da alterações legislativas entretanto, ocorridas no regime jurídico que regulamenta a elaboração/revisão destes instrumentos de gestão territorial. Realçam- se como principais tarefas/procedimentos, a promover, após reuniões de trabalho/coordenação realizadas com a CCDRC, a necessidade de se estruturar e enviar a esta Entidade Coordenadora, uma proposta fundamentada de alargamento da actual Comissão Técnica (agora designada Comissão Mista de Coordenação – CMC), e ainda, a redelimitação da Reserva Ecológica Nacional –REN - por esta Comissão de Coordenação

.

(Ver ponto 4.2. PRINCIPAIS MOMENTOS CRONOLÓGICOS DO PROCESSO DE REVISÃO DO PDM DE ESTARREJA (RPDME) do Ponto de Situação da Revisão do PDM – Maio 2009, pag. 13-15, em ANEXO)

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Para os devidos efeitos legais, teve a Câmara que deliberar sobre o RETOMAR DOS PROCEDIMENTOS DE REVISÃO DO PDM, que fundamenta a conversão da CTA em CMC e o respectivo alargamento, a fim de ser remetida à DGOTDU. O processo de revisão do PDM, seria assim, finalmente retomado por deliberação camarária (n.º 85/2005) de 22 de Fevereiro de 2005.

Esgotado, entretanto, o prazo de vigência das Medidas Preventivas (MP), sem que tenha sido possível concluir os trabalhos de Revisão (pelos motivos já cabalmente explanados) e mantendo-se os pressupostos que justificaram o estabelecimento inicial das mesmas medidas cautelares (e da sua prorrogação), a Assembleia Municipal aprovou em 2006-03-08, sob proposta da CME (deliberação n.º 46/2006), o estabelecimento de Novas MP, ratificadas pela RCM n.º 102/2006 e publicadas em DR, 1.ª Série, n.º 161 de 22 de Agosto de 2006, com a mesma incidência territorial.

A implementação de Novas Medidas Preventivas, só se tornou viável, porque foi, também, admitida pela CMC na reunião do dia 02 de Fevereiro de 2006 (1.ª reunião ordinária da CMC), existirem circunstâncias excepcionais (não imputáveis ao município), que fundamentam o estabelecimento de novas medidas preventivas, não obstante incidam sobre a mesma área e não tenham decorrido os 4 anos sobre a caducidade das anteriores, (enquadrando-se no regime de excepções previsto no n.º 5 do Art.º 112.º do D.L. n.º 380//99 de 22-09 na redacção dada pelo D.L. n.º 310/2003 de 10-12).

Não obstante o Processo de Revisão do PDM ter sido reactivado em 2005, não foi possível, e mais uma vez por circunstâncias não imputáveis ao município, concluir os trabalhos da Revisão do PDM, até 8 de Agosto de 2008, prazo de vigência das Novas Medidas Preventivas. A concretização das exigências do novo RJIGT (DL 316/2007 de 19 de Setembro); uma nova revisão da redelimitação da REN promovida pela CCRDC, (ver ponto anterior) que só seria disponibilizada à Autarquia em Março de 2008 (confirmar); e ainda, a (re) delimitação da RAN; e a obrigatoriedade de mais uma vez se proceder a nova discussão das propostas de ordenamento, entre outros, constituíram fundamentos para, sob proposta da CME, a Assembleia Municipal aprovar em 2008-02-27, a prorrogação, por mais um ano, do

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prazo de vigência das MP, de forma a dar cumprimento aos objectivos que determinaram o seu estabelecimento inicial.

Face ao ponto de situação actual da revisão do PDM (documento em Anexo) que nos traduz que este processo está dependente da concretização de vários elementos documentais recentemente introduzidos/criados pela mais recente publicação de novos diplomas legais, facilmente poder-se-á ter noção que não será possível, até a Agosto próximo (data de cessação das Medidas Preventivas em vigor), iniciar o novo ciclo de planeamento municipal, decorrente da elaboração, aprovação e publicação do novo PDM.

4. FUNDAMENTAÇÂO

Não sendo, portanto, no quadro actual, previsível a curto-prazo, que se inicie o novo ciclo de planeamento municipal consubstanciado com a entrada em vigor da Revisão do PDM e porque importa:

Continuar a “evitar a alteração das circunstâncias e das condições de facto existentes que possa limitar a liberdade de planeamento ou comprometer ou tornar mais onerosa a execução do Plano”;

Impedir que as normas regulamentares do PDM em vigor, na classe de espaço urbano, voltem a aplicar-se no território municipal, com todas as implicações urbanísticas negativas daí decorrentes (rigidez regulamentar) cujo impacte esteve na origem da necessidade de revisão deste instrumento de gestão territorial;

Continuar a garantir uma maior flexibilidade e operacionalidade a este instrumento de planeamento, de forma que a gestão urbanística não obstrua, o correcto desenvolvimento e ordenamento do município;

Aproveitar toda a experiência de gestão urbanística decorrente do estabelecimento das sucessivas Medidas Preventivas ao território concelhio, no âmbito das quais foi testada a aplicabilidade de parâmetros urbanísticos propostos no âmbito do processo de revisão;

Minimizar as situações quer de desadequação do Plano com as disposições legais em vigor e com as orientações, normas, modelos e conceitos superiores,

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quer de inadequação das normas à realidade cadastral e urbana do território municipal;

Materializar os resultados deste exercício – teste, resultantes da vigência dessas medidas cautelares, que para além de permitir avaliar e ponderar os vários parâmetros aplicados, conduziu também, à detecção de alguns desajustamentos e á necessidade de algumas actualizações específicas;

concluiu-se, pela necessidade de se antecipar um conjunto de alterações pontuais, cujo objecto incidirá fundamentalmente sobre o Artigo 28.º do Regulamento (cujo âmbito territorial se circunscreverá à classe de espaço urbano), nomeadamente incidindo sobre o Quadro Regulamentar (que estabelece as regras uso, ocupação e transformação do solo nas várias classes de espaço delimitadas na Planta de Ordenamento) e o Conjunto de Notas Explicativas.

5. PROPOSTA

De acordo com os pontos anteriores e pelas razões invocadas entende-se como necessária a introdução urgente no PDM em vigor, através de um mecanismo legal, de um conjunto de ajustamentos e alterações, consentâneo com os resultados obtidos (monitorização) da gestão urbanística, cujo quadro de orientação foi suportado no período de 2003-2009, no âmbito da Vigência das Medidas Preventivas, por um conjunto de regras claras – “ Disposições Transitórias (apresentadas publicamente à Câmara Municipal e à Assembleia Minicipal) e Projecto de Regulamento Municipal de Edificações Urbanísticas- as quais constituíam a proposta de Revisão do PDM, concluída em 2000.

A “Alteração” ao PDM, inscreve-se nos Espaços Urbanos, admitindo-se pontualmente a supressão integral (em todas as classes de espaço) de alguns parâmetros/Indicadores e Índices cuja experiencia urbanística, a par da realidade concelhia, demonstrou serem redundantes e desnecessários, não afectando o Modelo de Organização Espacial preconizado na Carta de Ordenamento do PDM.

O âmbito material da proposta que se apresenta, abrange os anexos do artigo 28º do regulamento do PDM em vigor (Quadro Regulamentar e respectivas Notas Explicativas) e onde se propõe:

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1) Suprimir alguns Índices urbanísticos e ‘ condições de construtabilidade’ dos terrenos

Ao longo dos anos, alguns índices, bem como algumas ‘condições de construtabilidade’ revelaram-se por um lado dispensáveis, por outro, irrealistas face ao cadastro existentes e constrangedoras do desenvolvimento urbanístico.

Refere-se concretamente, 1.1) ao nível dos índices : a) Compartimentos Habitáveis/Há;

b) Terreno arborizado/terreno;

c) Vias interiores;

d) Arvores/Hectares Plantado

A aplicabilidade destes índices, revelou-se de extrema dificuldade, não tendo, por isso mesmo, sido integrados no âmbito da proposta de Revisão do PDM (2000) a qual tem servido de orientação à actual prática gestão urbanística (“Disposições transitórias” e “Projecto de Regulamento Municipal de Edificações Urbanas”).

Neste sentido propõe-se a manutenção da abolição integral ‘das entradas’

correspondentes aos supracitados índices no Quadro Regulamentar, afectando, algumas classes de espaço não urbanas, mas sem implicações no modelo de organização espacial e no seu ordenamento.

1.2) Ao nível das ‘Condições de Construtabilidade’:

a) Os mínimos a que um terreno estava subordinado, na Classe de Espaço Urbano de, Superfície, Largura e profundidade, foram suprimidos, em todas as categorias à excepção da C (ver ponto 2), onde se manteve a restrição “largura”, por se revelarem, no âmbito da experiência da gestão, como irrealistas perante a realidade cadastral existente, impedindo que um numero significativo de terrenos em espaços urbanos intersticiais, não reúnam

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condições de construtabilidade, condicionando fortemente a edificação e a consolidação urbana.

1.3) Ao nível das Condições Gerais de edificação (Implantação, afastamento de janelas e Dimensão):

a) Implantação: na categoria A da classe de Espaço urbano, suprimiu-se o valor mínimo de 15m de profundidade de construção, uma vez que esta tipologia de espaço, já se encontra fortemente condicionada pelas suas características, mantendo-se assim a orientação que vem sendo utilizada no exercício urbanístico; Afastamento das construções, foi igualmente suprimido do Quadro Regulamentar (não interferindo no modelo de organização espacial) por já se encontrar salvaguardas distâncias mínimas, através das Margens Laterais em Numero e Dimensão; Enquadramento arborizado, parâmetro abolido sendo considerado dispensável, traduzindo-se ao nível de um instrumento de gestão territorial, como o PDM, numa rigidez excessiva, impondo distâncias (regulamentação) no interior dos terrenos relativamente a árvores;

b) Afastamento de janelas: foi suprimido, integralmente do Quadro Regulamentar de acordo com a proposta da revisão do PDM;

c) Altura Relativa, foi suprimida integralmente do Quadro Regulamentar uma vez que não existe correspondência desta designação com o Diploma Regulamentar (DR n.9/2009 de 29 de Maio) que fixa os conceitos técnicos nos domínios do território e do urbanismo referente (ver ponto 2);

2) Substituir alguns índices urbanísticos e algumas ‘Condições de construtabilidade e de edificação’, constantes do Quadro Regulamentar, pelos valores já monitorizados

Com efeito ao longo dos últimos seis anos, de acordo com as “Disposições Transitórias” aplicáveis aos perímetros urbanos no âmbito das “Medidas Preventivas” foi possível aferir da pertinência de alguns valores e neste sentido, a proposta de índices, de ‘Condições de construtabilidade e de edificação’ que a seguir se segue, decorre de uma análise da sua aplicação a situações concretas:

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2.1) Condições de construtabilidade:

Decorrente do ponto 1.2, fez–se corresponder como aplicável na categoria C da Classe de Espaço Urbano, a Largura do Terreno (frente), adoptando o valor mínimo de 12m ( que substitui os 15m do PDM em vigor), o qual tem vindo a ser utilizado no âmbito das Medidas Preventivas.

O facto de se optar por parametrizar nesta classe de espaço, a largura dos terrenos, advém da necessidade de se evitar a criação de frentes excessivamente reduzidas (“urbanizações em banda”), as quais, não se coadunam com a malha urbana envolvente. O valor mínimo adoptado, resulta da monitorização efectuada no decorrer da aplicabilidade das Medidas Preventivas, tendo-se verificado a pertinência da sua manutenção.

2.2) Condições Gerais de edificação (Implantação, e Dimensão)

a) Implantação: Nas categorias de espaço Urbano B e C, foram substituídos os valores máximos de profundidade de construção constantes no Quadro de 15m, para 20m, de acordo com os valores já aplicados no âmbito das Medidas Preventivas. Sendo o espaço urbano, categoria A, um espaço caracterizado por muitas preexistências e de construção muito densa, optou-se por não restringir a profundidade da construção nesta categoria de espaço, garantindo-se desta forma que as ocupações colmatassem preferencialmente as profundidades existentes (maiores ou menores). Por outro lado, a profundidade máxima de 15m, limitava o desenvolvimento do projecto de arquitectura (especialmente na tipologia unifamiliar) impedindo que um projecto fosse criado em profundidade num terreno estreito, estimulando o ‘padrão’ de ‘encostar à extrema’;

A fórmula inerente ao cálculo da distância em metros das margens laterais da edificação, foi substituída, pela parametrização mínima de respectivamente, 3m para os espaços urbanos, 5 m para os espaços industriais e de 6 m para os espaços agrícolas agro pecuários;

b) Dimensão: Os valores máximos referentes à “altura de anexo”, designação substituída pela “altura de edifício anexo/ apoio” (ver ponto 5), passaram de 3 metros para 4 metros, de acordo com o estipulado nas Disposições

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Transitórias de apoio à gestão urbanística, no âmbito das Medidas preventivas (MP). O aumento do valor adveio, do estrangulamento de operacionalização provocado pela própria definição de “Altura de Anexo”, patente nas Notas Escritas do PDM em vigor: “ Altura de anexos de habitação sobre a via limítrofe, do ponto mais alto da cobertura até à cota média dessa via”. Tal conceito, associado a um limite de 3m, tornava inviável a utilização dos anexos por veículos mais altos que o veiculo ligeiro normal.

O valor da “Altura Absoluta” designação substituída pela “ Altura da Fachada do Edifício Principal”, na categoria B da Classe de Espaço Urbano é diminuído de 9,5m para 6,5m, para as freguesias de Canelas, Fermelã e Veiros (ver Nota 24), de forma a reflectir o modelo territorial existente, conforme entendimento superior;

c) Condições específicas: Índices

No Espaço Urbano, procedeu-se à substituição de alguns valores referentes aos índices de “Área Total de Pavimentos/Terreno” e “ Terreno construído/

Terreno” (ver nova designação no ponto 5), designadamente: na categoria A a “Área Total de Pavimentos/Terreno” (substituída por “ índice de Utilização do Solo”), passou de 0,90 para 1,20, valor deliberadamente inferior ao constante nas “Disposições Transitórias” (1,8), resultante do exercício efectuado ao longo dos últimos 6 anos, revelando ser um valor excessivo.

Já na categoria C da classe de espaço urbano, para o índice acima mencionado, incorporou-se a fórmula que tem vindo a ser utilizada no licenciamento de obras: <= 10 √L , onde L assume o valor da área do lote ou terreno para construção, em substituição de 0.30.

Os condicionamentos urbanísticos patentes no actual Quadro Regulamentar, para a categoria C da classe de espaço, (cos= 0.30 e cas= 0.30), traduziram- se em situações discrepantes, designadamente possibilitando construções de edifícios muito pequenos em terrenos pequenos e construções de edificações muito grandes em terrenos grandes, ambos os terrenos localizados num espaço que se pretendia constituir com características semelhantes.

A introdução da fórmula acima referida, permite diluir esta diferença, potenciando uma ocupação urbana mais coerente com o modelo de

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organização espacial deste espaço. A título exemplificativo, cite-se a análise de dois terrenos de dimensões distintas, um com 300m2 e outro com 1500 m2. O primeiro, através das regras do PDM, pode edificar 90 m2 e o segundo poderá edificar 450 m2 . De acordo com a formula constante das Disposições Transitórias, o primeiro terreno já poderá edificar 173 m2 e o segundo 387 m2.

3) Suprimir usos/ Adaptar aos actualmente preconizados nos diversos diplomas legais

O Programa de Uso de Construção patente no Quadro Regulamentar, elaborado e aprovado em 1993 (PDM) regista alguns termos e designações, pouco claros bem como designações que não encontram actualmente, correspondência nos diversos Diplomas sobre algumas matérias específicas e que importa clarificar:

a) “Escritórios”, foram substituídos por serviços afectos ao sector terciário como tal definidos na Classificação de Actividades Económicas (CAE) e cuja definição está patente nas alterações às Notas Explicativas (ver ponto 5 e Anexo);

b) “Actividades Industriais das classes C e D e das Classes A e B”, constantes no Quadro Regulamentar enquadrados à data pelo Regulamento do Exercício da Actividade Industrial, Decreto Regulamentar n.10/91 de 15 de Março (REAI), passaram a ter a seguinte designação (ver conceito ponto 5 e respectivo anexo), de acordo com o novo REAI, Decreto-lei n.º 209/2008 de 28 de Outubro: “Estabelecimentos Industriais do Tipo 3”, em substituição das

“Actividades Industriais das Classes C e D”; “Estabelecimentos Industriais do Tipo 1 e 2”, em substituição das “Actividades Industriais das Classes A e B”.

Sendo certo, que a correspondência efectuada, não é exacta, atendendo a que o novo diploma baseia-se numa classificação dependente do grau de perigosidade para o ambiente e saúde humana, julga-se ainda assim, poder-se na proposta de alteração ao PDM, minimizar desta forma a desactualização dos termos constantes do Quadro Regulamentar;

c) “Anexos Independentes”, a prática da gestão do licenciamento, mostra que tal conceito, gerou ao longo dos anos, subversão do princípio inerente ao

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conceito de anexo, o qual encerra sempre uma dependência do edifício principal, deixando de fazer sentido a expressão acima referida (“Anexos Independentes”), atendendo inclusivamente, à definição dos conceitos técnicos nos domínios do território e do urbanismo clarificada pelo Diploma Regulamentar Nº.9/2009 de 29 de Maio. Neste sentido, optou-se por substituir o termo “Anexos Independentes”, por “Apoios”, sempre dependentes de uma actividade e não do edifício principal (ver definição, ponto 5 e respectivo anexo).

d) “Equipamentos Turísticos”, foram substituídos por “Empreendimentos Turísticos”, (ver ponto 5 e anexo) de acordo com o DL 39/2008 de 7 de Março, tendo-se neste enquadramento, retirado do Quadro termos como, “ Pensões”,

“Motéis” e “Parques de Merendas” e acrescentado: “Estabelecimentos Hoteleiros” (“Hotéis”, “ Pousadas” e “ aparthotéis”) e “Apartamentos Turísticos”; “Caravanismo”; “Empreendimentos de Turismo de Habitação” e

“Turismo em espaço rural” nas modalidades de agro-turismo e casa de campo.

Julga-se que os termos substituídos, são manifestamente mais apropriados ao tipo de uso turístico atendendo também às características da realidade concelhia.

e) A “Altura Absoluta”, foi substituída pelo termo, “ Altura da Fachada do Edifício Principal” de acordo com os conceitos técnicos constantes do DR n.9/2009 de 29 de Maio.

f) À “Altura de Anexo” foi substituída pelo termo, “Altura do Edificio Anexo/Apoio”

g) As Designações constantes no Quadro Regulamentar de “Área Total de Pavimentos/Terreno” e “ Terreno construído/ Terreno” foram substituídos respectivamente por, “ índice de Utilização do Solo” e “Índice de Ocupação do Solo” de acordo com a nova terminologia do DR n.9/2009 de 29 de Maio.

Finalmente, o Programa de uso de construção, foi acrescido do termo

“Habitação tipo unifamiliar”, no sentido de clarificar a aplicabilidade do conceito já vertido nas “Disposições Transitórias de apoio à gestão Urbanística” (ver conceito nas alterações às Notas Explicativas em anexo) conforme entendimento superior.

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4) Alterar “Notas escritas”,

Importa ainda, rectificar algumas imprecisões, bem como proceder a adaptações, nas actuais “Notas Escritas”:

a) Remeteram-se os números, 4, 5, 10, 12 e 15, para o regime jurídico aplicável, dada a discrepância legal existente com referencias a legislação já revogada; No número, 8, escreveu-se por extenso “RAN” e “REN”;

b) Substituição dos números 16 e 18 das Notas escritas, por conteúdos das “Disposições Transitórias”, por não terem qualquer correspondência no Quadro Regulamentar vigente; De igual forma, substituiu-se o conteúdo do n.º 21, uma vez que a nota existente não tinha qualquer articulação com o parâmetro “profundidade de construção”;

c) Substituição das Notas escritas, n.ºs 23, 26, 27, 28 e 32, pela mesma numeração, podendo, eventualmente, estarem posicionados noutras ‘células’

do Quadro Regulamentar e correspondendo maioritariamente a conteúdos das

“Disposições Transitórias” (ver anexo, Quadro Regulamentar proposto e Quadro existente com a indicação das alterações efectuadas); Correcção dos conteúdos dos números 22, 24, 29 e 31 das Notas Explicativas;

d) Supressão do número 33 das Notas Escritas, pela ausência de

‘sentido’/aplicabilidade. As Notas escritas passam a terminar no número 32;

5) Actualização e adaptação de alguns conceitos vertidos nas “Notas explicativas”

As Notas explicativas, documento anexo ao artigo 28º do Regulamento do PDM foram acrescentadas/alteradas, quer ao nível da designação, quer ao nível de conteúdos, nos seguintes itens, cujo documento integral se reproduz em anexo:

a) Habitação tipo unifamiliar (acrescentado) b) Escritórios alterado para Serviços

c) Depósitos/armazéns/garagens colectivas, alterado para Armazéns ou Depósitos

d) Actividade Industrial alterado para Estabelecimento Industrial

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e) Actividades Industriais da Classe C e D para Estabelecimentos Industriais Tipo 3

f) Actividades Industriais da Classe A e B para Estabelecimentos Industriais Tipo 1 e 2

g) Anexo alterado para, Edifício Anexo h) Anexo independente alterado para Apoio i) Comercio – novo conceito

J) Equipamentos turísticos alterado para Empreendimentos Turísticos L) Unidade de Alojamento (acrescentado)

m) Dimensão- novo conceito

n) Área Total Pavimentos /Terreno Índice de ocupação alterado para índice de Utilização do Solo

0) Terreno Construído/Terreno- Índice de utilização alterado para Índice de Ocupação do Solo

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JULHO de 2009

Alteração

Regulamentar ao Plano

Director Municipal

FUNDAMENTAÇÃO

FUNDAMENTAÇÃO FUNDAMENTAÇÃO

FUNDAMENTAÇÃO

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ANEXOS

Referências

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