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MEGA AULA: Infarto Agudo do Miocárdio!

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Academic year: 2022

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MEGA AULA: Infarto Agudo do Miocárdio!

INFARTO! Com certeza você conhece alguém que já sofreu um ou já ouviu falar. Mas você sabe o que é o Infarto Agudo do Miocárdio?

Fisiopatologia:

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O infarto do Miocárdio ou só Infarto, como é popularmente conhecido, acontece quando uma artéria coronária está contraída ou obstruída, parcial ou totalmente, com isso há um redução ou interrupção total do suprimento de sangue para um local do músculo cardíaco.

Lembrando que:

Infarto é toda e qualquer obstrução da luz do vaso ou ruptura do mesmo, impedindo o fluxo sanguíneo ao órgão ou tecido, caracterizando escassez de oxigênio e nutrientes essenciais para a sobrevivência celular.

Você sabia que existem dois tipos de infarto?

O infarto pode ser branco ou vermelho, conforme o aspecto do órgão.

O infarto Isquêmico (branco): ocorre uma obstrução arterial antes de chegar no órgão.

Geralmente produzida por trombose ou embolia.

Já o infarto Hemorrágico (vermelho): ocorre no órgão propriamente dito, devido a hemorragia tem a cor vermelha.

Com a falta total ou parcial da oferta de sangue ao músculo cardíaco, ele sofre uma injúria irreversível e, parando de funcionar, o que pode levar à morte súbita (também conhecido

popularmente como Infarto Fulminante), morte tardia ou insuficiência cardíaca com conseqüências desde severas limitações da atividade física até a completa recuperação.

Causas

As artérias coronárias podem ser obstruídas abruptamente por um coágulo de sangue formado em cima de uma placa de gordura (ateroma) existente na parede interna da artéria.

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A presença de placas de gordura no sangue é chamada de aterosclerose (placa de colesterol). O excesso de placas de ateroma, causa a obstrução da luz da artéria e consequentemente desenvolve uma patologia chamada: Doença Arterial

Coronariana. (DAC). A medida que essas placas crescem, elas vão obstruindo cada vez mais a luz do vaso e isso desencadeia sintomas como: dor no peito aos esforços - angina. Essas dores passam a ser sentidas quando a obstrução é maior que 70%.

Espasmo coronariano (colabamento das paredes das artérias coronárias), impedindo o fluxo

sanguíneo ao coração. Embora não se saiba ao certo o que causa o espasmo das artérias coronárias, muitas vezes esta condição está relacionada ao uso de drogas, como: cocaína.

Suprimento de oxigênio diminuído: Devido a uma perda sanguínea aguda (choque - hemorragia), anemia ou hipotensão.

Sintomas:

Dor ou forte pressão no peito, dor no peito refletindo nos ombros, braço esquerdo (ou os dois) pescoço e maxilar. Dor abdominal, suor, palidez, falta de ar, perda temporária de consciência, sensação de morte eminente, náuseas e vômitos.

Fatores de risco:

Colesterol alto, sedentarismo, tabagismo, menopausa, estresse, excesso de peso, diabetes mellitus,

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arterial, hipotensão, choque, mal-estar, etc.

Porém, não confunda com IAM e Angina!

Podemos definir Angina como a interrupção parcial da irrigação de sangue no coração enquanto que no Infarto a interrupção do fornecimento de sangue é total. O IAM deixa normalmente

sequelas além do risco de vida ser maior, enquanto que a Angina não deixa sequelas a curto prazo.

As duas são síndromes coronárias, mas se diferenciam por ser de tipos diferentes. O infarto é agudo, o que significa que acontece em um tempo determinado, já a angina de peito é crônica e se diagnostica como uma doença para a vida inteira.

Ambos são síndromes coronárias que tem como causam a obstrução das artérias coronárias. A principal diferença entre elas é que no infarto a obstrução dessas artérias é completa levando à morte do miocárdio e no caso da angina do peito encontramos uma obstrução parcial que resulta em uma lesão.

Por consequência, a morte ou necrose do miocárdio nos infartos são produzidos pela perda total de oxigenação do coração. Mas na angina de peito a falta de oxigênio é transitória.

O infarto agudo de miocárdio e angina de peito são síndromes produzem dor precordial que se caracterizam por serem intensas e irradiarem desde o esterno em direção ao: braço, coluna, pescoço, mandíbula e inclusive a boca do estômago.

Ao mesmo tempo, a dor é uma aliada para diferenciar as duas condições cardíacas; no caso

do infarto a dor aparece em repouso, e tem uma duração de 30 a 45 minutos. Por outro lado, a dor da angina de peito aparece com o esforço (exercício, atividade sexual etc), e alivia com o repouso, sem durar mais de 2 ou 3 minutos.

Tratamento:

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Aspirina: Auxilia a manter o fluxo sanguíneo em uma artéria que está mais estreita;

Trombolíticos: medicamentos que ajudam a dissolver um coágulo de sangue que está bloqueando a passagem de sangue nas artérias coronárias. Quanto antes receber esse medicamento, maiores são as chances de sobrevivência e com menos sequelas;

Agentes antiplaquetários: auxiliam a prevenir a formação de outros coágulos e a manter os coágulos já existentes no tamanho em que estão. Um exemplo de medicamento dessa classe é o clopidogrel;

Outros medicamentos que diluem o sangue: medicamentos como a heparina podem ser administrados a fim de tornar o seu sangue menos “viscoso” e provável de formar coágulos;

Analgésicos: para aliviar a algia, morfina poderá ser utilizada;

Nitroglicerina: auxiliam na melhora do fluxo sanguíneo para o coração, pois ele dilata os vasos;

Betabloqueadores: auxiliam a relaxar o músculo cardíaco, diminuir o ritmo do coração e também a pressão arterial, para que o órgão possa trabalhar mais facilmente. Os betabloqueadores limitam a quantidade de dano ao músculo do coração, além de prevenir futuros infartos;

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Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA): reduzem a pressão arterial e o estresse sobre o coração. Uma das opções que podem ser indicadas é o captopril.

Estatinas: utilizadas para diminuir o nível de LDL (“mau colesterol”) e aumentar o HDL (“bom colesterol”). Constata-se que muitas pessoas que fazem uso de medicamentos

como sinvastatina ou lovastatina, diminuíram as suas chances de infarto.

Exames que diagnosticam o infarto:

Eletrocardiograma (ECG): Exame que identifica onde o dano ocorreu e qual foi a intensidade com que atingiu o órgão. O ECG tem a função, basicamente, de medir quão rápido o seu coração está batendo e qual é o seu ritmo (estável ou irregular), além de registrar a força e o tempo com que os sinais elétricos passam através de cada parte do coração.

Exames de sangue: Através de exames de sangue, os níveis de determinadas enzimas cardíacas que indicam danos no músculo cardíaco podem ser medidas. Medindo essas enzimas, o médico consegue ter uma noção do tamanho do infarto e aproximadamente quando ele começou. Além das enzimas, troponinas também são medidas, isto é, proteínas encontradas dentro das células cardíacas que são liberadas apenas quando as células são danificadas pela falta de sangue suficiente no coração.

Ecocardiografia: É um tipo de exame de imagem que é utilizado para saber como o coração está bombeando o sangue, bem como as áreas em que não está sendo bombeado corretamente. A ecocardiografia mostra também quais estruturas do coração sofreram lesões com o infarto.

Cateterismo: Caso os medicamentos não aliviem os sintomas do infarto, o cateterismo pode ser recorrido pelos médicos. Esse exame é usado para visualizar diretamente a artéria bloqueada e ajudar o especialista a determinar qual será o melhor tratamento para aquele caso.

Cuidados de enfermagem:

Repouso absoluto no leito evitando movimentos bruscos;

Realizar ECG conforme Prescrição Médica.

Oxigenioterapia (Constante, umidificado)

Verificar sinais vitais de 2 em 2 horas, principalmente PA e FC (observando alterações nos mesmos, arritmias ou choque cardiogênico);

Controle hídrico rigoroso (evitar sobrecarga cardíaca);

Prestar cuidados de higiene no leito;

Manter decúbito elevado;

Administrar medicamentos prescritos;

Orientar os familiares a evitarem conversas excessivas e assuntos desagradáveis;

Oferecer dieta leve, hipossódica e hipolipédica;

Orientar o paciente para a alta;

Evitar alimentos ricos em carboidratos e gorduras, bebidas alcoólicas, fumo e café;

Repouso relativo: nas 1º 8 -12 semanas, retomando gradativamente à vida normal;

Manter a tranquilidade emocional, equilíbrio entre sono, repouso e atividades física

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evitando excessos;

Procurar o hospital se ocorrerem sintomas de recidiva;

Você sabia que...

A dor pré-cordial é o sintoma mais frequente nos homens e nas mulheres o cansaço, fadiga extrema, náuseas, dores no epigástrio, ou nas costas, pescoço ou queixo são os sintomas mais comuns em mulheres.

Nem sempre a dor é o primeiro sinal clínico do infarto. A dor geralmente irradia para o braço esquerdo, mas em alguns irradia para o braço direito.

A parte do coração que necrosar, por ocasião de um infarto não é mais viável e não produzirá sintomas como dor. Logo, enquanto o doente sentir dor resta tecido cardíaco viável que pode se recuperar por si ou com tratamentos adequados. Quanto antes esse tecido doente for tratado, maiores as chances de ser recuperado.

Se isso acontecer, se notar uma ou mais de uma das manifestações acima, não espere, vá ou chame imediatamente um serviço de emergência.

Fonte:

Site: Coração Alerta | Diretrizes para o Tratamento do IAM — Revista Brasileira de Cardiologia | V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento

Brunner e Suddarth – Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Volume 1 - 11ª edição.

Guanabara Koogan. Capítulo 28- Cuidados aos Pacientes com Distúrbios Vasculares Coronarianos.

Referências

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