• Nenhum resultado encontrado

Boletim. Previdência Social. Manual de Procedimentos. A retenção previdenciária nos serviços prestados mediante cessão de mão-deobra e/ou empreitada

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Boletim. Previdência Social. Manual de Procedimentos. A retenção previdenciária nos serviços prestados mediante cessão de mão-deobra e/ou empreitada"

Copied!
24
0
0

Texto

(1)

IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2007 - Fascículo 29 CT 1

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Boletim

A retenção previdenciária nos serviços prestados mediante cessão de mão-de- obra e/ou empreitada

SUMÁRIO 1. Introdução

2. Cessão de mão-de-obra e empreitada - Conceito 3. Serviços sujeitos à retenção previdenciária - Relações 4. Alíquota a ser aplicada sobre o valor bruto da nota

fi scal, da fatura ou do recibo de prestação dos serviços a título de retenção para a Previdência Social

5. Base de cálculo da retenção - Apuração

6. Prestação de serviços em empresas que exponham os trabalhadores a agentes nocivos à saúde ou

à integridade física

7. Situações que dispensam a empresa contratante de proceder à

retenção previdenciária 8. Retenção previdenciária - Não-

aplicação

9. Retenção previdenciária - Destaque na nota fi scal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços 10. Valor retido - Recolhimento 11. Existência de decisão judicial

que veda a retenção 12. Obrigações da empresa

contratada

13. Obrigações da empresa contratante 14. Jurisprudência

1. INTRODUÇÃO

As empresas contratantes de serviços prestados me- diante cessão de mão-de-obra ou empreitada, inclusive as optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Im- postos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples), as entidades benefi centes de as- sistência social em gozo de isenção e aquelas em regime de trabalho temporário deverão proceder à retenção previ- denciária, em geral, de 11% do valor bruto da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços de empresas por elas contratadas e recolher à Previdência Social a im- portância retida.

Entretanto, não é qualquer serviço prestado mediante empreitada ou cessão de mão-de-obra que está sujeito à retenção em questão, mas somente aqueles relacionados no item 3 adiante e nos seus subitens.

Nota

A empresa optante pelo Simples, quando prestar serviços mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, também estará sujeita à retenção previdenciária mencionada neste item. Ressalte-se que as empresas optan- tes pelo Simples só fi caram isentas da retenção no período de 1o.01.2000 a 31.08.2002.

2. CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA E EMPREITADA - CONCEITO

Cessão de mão-de-obra é a colocação à disposição da empresa contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos, relaciona-

dos ou não com sua atividade-fi m, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação, in-

clusive por meio de trabalho temporário na forma da Lei no 6.019/1974.

Entende-se por depen- dências de terceiros aquelas indicadas pela empresa contra- tante, que não sejam as suas pró- prias e que também não pertençam à empresa prestadora dos serviços.

Serviços contínuos são aqueles que cons- tituem necessidade permanente da contratante, que se re- petem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade-fi m, ainda que sua execução seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores.

Entende-se por colocação à disposição da empresa contratante a cessão do trabalhador, em caráter não even- tual, respeitados os limites do contrato.

Empreitada, por sua vez, é a execução, contratualmen- te estabelecida, de tarefa, de obra ou de serviço, por preço ajustado, com ou sem fornecimento de material ou uso de equipamentos, que podem ou não ser utilizados, realizada nas dependências da empresa contratante, nas de tercei- ros ou nas da empresa contratada, tendo como objeto um resultado pretendido.

As empresas que contratam serviços prestados mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, sujeitos à retenção previdenciária, devem reter, geralmente, a quantia equivalente a 11% do valor bruto dos

serviços e efetuar o respectivo recolhimento à Previdência Social, e a empresa contratada, por sua vez, deve destacar

o valor retido em nota fi scal, fatura ou recibo de prestação de

serviços

쑲 Previdência Social

abtrct_12207_27.ind 1

abtrct_12207_27.ind 1 11/07/2007 11:40:5011/07/2007 11:40:50

(2)

2 CT Manual de Procedimentos - Jul/2007 - Fascículo 29 - IOB Dos conceitos mencionados, verifi ca-se que na cessão

de mão-de-obra os trabalhadores são dirigidos pela em- presa contratante, posto que estão à sua disposição, e os serviços não podem ser prestados nas dependências da empresa contratada, ao passo que, na empreitada, os tra- balhadores são dirigidos pela empresa contratada, não há colocação destes à disposição da contratante e os serviços podem ser realizados em quaisquer dependências, não im- portando a quem estas pertençam.

3. SERVIÇOS SUJEITOS À RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA - RELAÇÕES

A legislação relaciona, taxativamente, os serviços que se encontram sujeitos à retenção previdenciária. As men- cionadas relações são, portanto, exaustivas, o que vale di- zer que apenas os serviços que se encontram elencados nessas relações é que estão sujeitos à retenção e nenhum outro.

Entretanto, a pormenorização das tarefas compreendi- das em cada um dos serviços é exemplifi cativa, ou seja, mesmo que não tenha sido expressamente citada nas refe- ridas relações, se a tarefa estiver contida no serviço relacio- nado, estará sujeita à retenção.

3.1 Serviços prestados mediante cessão de mão- de-obra ou empreitada

Os serviços a seguir relacionados encontram-se su- jeitos à retenção previdenciária, independentemente de serem prestados mediante cessão de mão-de-obra ou em- preitada:

a) limpeza, conservação ou zeladoria que se cons- tituam em varrição, lavagem, enceramento ou em outros serviços destinados a manter a higiene, o as- seio ou a conservação de praias, jardins, rodovias, monumentos, edifi cações, instalações, dependên- cias, logradouros, vias públicas, pátios ou de áreas de uso comum;

b) vigilância ou segurança que tenham por fi nalidade a garantia da integridade física de pessoas ou a preservação de bens patrimoniais;

Nota

Os serviços de vigilância ou segurança prestados por meio de monito- ramento eletrônico não estão sujeitos à retenção.

c) construção civil que envolvam a construção, a de- molição, a reforma ou o acréscimo de edifi cações ou de qualquer benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo ou obras complementares que se integrem a esse conjunto, tais como a reparação de jardins ou passeios, a colocação de grades ou de instru- mentos de recreação, urbanização ou de sinaliza- ção de rodovias ou vias públicas;

d) natureza rural que se constituam em desmatamen- to, lenhamento, aração ou gradeamento, capina, colocação ou reparação de cercas, irrigação, adu- bação, controle de pragas ou de ervas daninhas, plantio, colheita, lavagem, limpeza, manejo de ani- mais, tosquia, inseminação, castração, marcação, ordenhamento e embalagem ou extração de produ- tos de origem animal ou vegetal;

e) digitação que compreendam a inserção de dados em meio informatizado por operação de teclados ou de similares;

f) preparação de dados para processamento, execu- tados com vistas a viabilizar ou a facilitar o proces- samento de informações, tais como o escaneamen- to manual ou a leitura ótica.

3.2 Serviços prestados apenas mediante cessão de mão-de-obra

Estão sujeitos à retenção previdenciária, apenas quan- do prestados mediante cessão de mão-de-obra, os serviços de:

a) acabamento que envolvam a conclusão, o preparo fi nal ou a incorporação das últimas partes ou dos componentes de produtos, com a fi nalidade de co- locá-los em condição de uso;

b) embalagem relacionados com o preparo de produ- tos ou de mercadorias visando à preservação ou à conservação de suas características para transpor- te ou guarda;

c) acondicionamento, compreendendo os serviços en- volvidos no processo de colocação ordenada dos produtos quando do seu armazenamento ou trans- porte, a exemplo de sua colocação em palets, empi- lhamento, amarração, entre outros;

d) cobrança que objetivem o recebimento de quais- quer valores devidos à empresa contratante, ainda que executados periodicamente;

e) coleta ou reciclagem de lixo ou de resíduos, que en- volvam a busca, o transporte, a separação, o trata- mento ou a transformação de materiais inservíveis ou resultantes de processos produtivos, exceto quando realizados com a utilização de equipamentos do tipo containers ou caçambas estacionárias;

f) copa que envolvam a preparação, o manuseio e a distribuição de todo ou de qualquer produto alimen- tício;

g) hotelaria que concorram para o atendimento ao hóspede em hotel, pousada, paciente em hospital, clínica ou em outros estabelecimentos do gênero;

h) corte ou ligação de serviços públicos, que tenham como objetivo a interrupção ou a conexão do forne- cimento de água, esgoto, energia elétrica, gás ou de telecomunicações;

i) distribuição que se constituam em entrega, em lo- cais predeterminados, ainda que em via pública, de bebidas, alimentos, discos, panfl etos, periódicos, jornais, revistas ou amostras, entre outros produtos, mesmo que distribuídos no mesmo período a vários contratantes;

j) treinamento e ensino, assim considerados como o conjunto de serviços envolvidos na transmissão de conhecimentos para a instrução ou para a capaci- tação de pessoas;

abtrct_12207_27.ind 2

abtrct_12207_27.ind 2 11/07/2007 11:40:5211/07/2007 11:40:52

(3)

IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2007 - Fascículo 29 CT 3

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

k) entrega de contas e de documentos, que tenham como fi nalidade fazer chegar ao destinatário docu- mentos diversos, tais como conta de água, conta de energia elétrica, conta de telefone, boleto de co- brança, cartão de crédito, mala direta ou similares;

l) ligação de medidores, que tenham por objeto a instalação de equipamentos destinados a aferir o consumo ou a utilização de determinado produto ou serviço;

m) leitura de medidores aqueles executados periodica- mente para a coleta das informações aferidas por esses equipamentos, tais como a velocidade (ra- dar), o consumo de água, gás ou energia elétrica;

n) manutenção de instalações, de máquinas ou de equipamentos, quando indispensáveis ao seu fun- cionamento regular e permanente, desde que man- tida equipe à disposição da contratante;

o) montagem que envolvam a reunião sistemática, con- forme disposição predeterminada em processo in- dustrial ou artesanal, das peças de um dispositivo, de um mecanismo ou de qualquer objeto, de modo que possa funcionar ou atingir o fi m a que se destina;

p) operação de máquinas, equipamentos e veículos relacionados com a sua movimentação ou funcio- namento, envolvendo serviços do tipo manobra de veículo, operação de guindaste, painel eletroeletrô- nico, trator, colheitadeira, moenda, empilhadeira ou caminhão fora-de-estrada;

q) operação de pedágio ou de terminal de transporte, que envolvam a manutenção, a conservação, a lim- peza ou o aparelhamento de terminal de passagei- ros terrestre, aéreo ou aquático, de rodovia, de via pública e que envolvam serviços prestados direta- mente aos usuários;

r) operação de transporte de passageiros, inclusive nos casos de concessão ou de subconcessão, en- volvendo o deslocamento de pessoas por meio ter- restre, aquático ou aéreo;

s) portaria, recepção ou ascensorista, realizados com vistas ao ordenamento ou ao controle do trânsito de pessoas em locais de acesso público ou à distribui- ção de encomendas ou documentos;

t) recepção, triagem ou movimentação, relacionados ao recebimento, à contagem, à conferência, à sele- ção ou ao remanejamento de materiais;

u) promoção de vendas ou de eventos, que tenham por fi nalidade colocar em evidência as qualidades de produtos ou a realização de shows, feiras, con- venções, rodeios, festas ou jogos;

v) secretaria e expediente, quando relacionados com o desempenho de rotinas administrativas;

w) saúde, quando prestados por empresas da área da saúde e direcionados ao atendimento de pacientes, tendo em vista avaliar, recuperar, manter ou melhorar o estado físico, mental ou emocional desses pacientes;

x) telefonia ou de telemarketing que envolvam a ope- ração de centrais ou de aparelhos telefônicos ou de teleatendimento.

4. ALÍQUOTA A SER APLICADA SOBRE O VALOR BRUTO DA NOTA FISCAL, DA FATURA OU DO RECIBO DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS A TÍTULO DE RETENÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL

Em geral, a alíquota a ser aplicada sobre o valor bruto da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação dos ser- viços é de 11%.

Contudo, quando a atividade exercida pelo segurado na empresa contratante o expuser a agentes nocivos pre- judiciais à saúde ou à integridade física, de maneira a pos- sibilitar a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de trabalho em condições especiais, o per- centual mencionado deve ser acrescido de 4%, 3% ou 2%, respectivamente, perfazendo a alíquota total de 15%, 14%

ou 13%, que incidirá sobre o valor dos serviços prestados por esses segurados.

'Exemplo

A empresa “A” contrata a empresa “B” para lhe prestar, me- diante cessão de mão-de-obra, serviços de cobrança no valor de R$ 10.000,00.

Os empregados de “B”, colocados à disposição de “A”, não estarão sujeitos a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física.

A contratada “B” emitirá nota fi scal, fatura ou recibo de pres- tação de serviços contra “A”, na qual deverá destacar a retenção previdenciária no valor de R$ 1.100,00. Assim, temos:

- Valor dos serviços: R$ 10.000,00

- Valor da retenção: R$ 1.100,00 (R$ 10.000,00 ҂ 0,11) - Valor a ser retido e recolhido por “A”: R$ 1.100,00

- Valor líquido a pagar a “B”: R$ 8.900,00 (R$ 10.000,00 - R$ 1.100,00)

Deve-se observar que o valor da retenção não deve alterar o valor da nota fi scal, da fatura ou do recibo, que continuará a ser de R$ 10.000,00 (valor bruto dos servi- ços). Entretanto, o valor da retenção efetuada deverá ser destacado nos documentos fi scais citados na forma do item 9 deste trabalho.

5. BASE DE CÁLCULO DA RETENÇÃO - APURAÇÃO

Em geral, a base de cálculo da retenção previdenciá- ria é o valor bruto da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação dos serviços.

Entretanto, a legislação permite que em algumas hipóte- ses os valores relativos a material e/ou equipamento utiliza- dos na realização dos trabalhos sejam deduzidos do valor to- tal para efeito de apuração da base de cálculo da retenção.

abtrct_12207_27.ind 3

abtrct_12207_27.ind 3 11/07/2007 11:40:5211/07/2007 11:40:52

(4)

4 CT Manual de Procedimentos - Jul/2007 - Fascículo 29 - IOB

5.1 Adiantamentos pagos - Base de cálculo - Integração

Os valores pagos a título de adiantamento deverão in- tegrar a base de cálculo da retenção por ocasião do fatura- mento dos serviços prestados.

5.2 Fornecimento de material ou utilização de equipamento previsto contratualmente

Os valores de materiais ou equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, fornecidos pela contratada, discriminados no contrato e na nota fi scal, na fa- tura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção, desde que comprovados.

O valor do material fornecido ao contratante ou o de locação de equipamento de terceiros utilizado na execução do serviço não poderá ser superior ao valor de aquisição ou de locação para fi ns de apuração da base de cálculo da retenção. Compete à contratada manter em seu poder, para apresentar à fi scalização da Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB), os documentos fi scais de aquisição do material ou o contrato de locação de equipamentos, confor- me o caso, relativos ao material ou aos equipamentos cujos valores foram discriminados na nota fi scal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.

Considera-se discriminação no contrato os valores nele consignados, relativos ao material ou aos equipamentos, ou os previstos em planilha à parte, desde que esta seja parte integrante do contrato mediante cláusula nele expressa.

5.2.1 Fornecimento de material ou utilização de equipamento contratualmente previsto, mas sem discriminação de valores

Os valores de materiais ou equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, cujo forne- cimento esteja previsto em contrato, sem a respectiva dis- criminação de valores, desde que discriminados na nota fi scal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção. O valor dessa base de cálculo deve corresponder, no mínimo, aos percentuais a seguir relacionados, aplicados sobre o valor bruto da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação dos serviços:

a) 50% para os serviços em geral;

b) 30% para os serviços de transporte de passagei- ros, cujas despesas de combustível e de manuten- ção dos veículos corram por conta da contratada;

c) 65% quando o serviço se referir à limpeza hospita- lar;

d) 80% quando o serviço se referir aos demais tipos de limpeza.

5.2.1.1 Fornecimento de equipamento cuja utilização é inerente à execução do serviço

Se a utilização de equipamento for inerente à execução dos serviços contratados, desde que haja a discriminação de valores na nota fi scal, na fatura ou no recibo de presta- ção de serviços, deve-se observar que:

a) se o seu fornecimento e os respectivos valores constarem em contrato, não integrarão a base de cálculo da retenção;

b) não havendo discriminação de valores em contrato, independentemente da previsão contratual do for- necimento de equipamento, a base de cálculo da retenção corresponderá, no mínimo, para a pres- tação de serviços em geral, a 50% do valor bruto da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e, no caso da prestação de serviços na área da construção civil, aos percentuais a seguir relacionados:

b.1) pavimentação asfáltica: 10%;

b.2 terraplenagem, aterro sanitário e dragagem:

15%;

b.3) obras de arte (pontes ou viadutos): 45%;

b.4) drenagem: 50%;

b.5) demais serviços realizados com a utilização de equipamentos, exceto manuais: 35%.

Quando na mesma nota fi scal, fatura ou recibo de pres- tação de serviços constar a execução de mais de um dos serviços referidos nas letras “a” e “b”, cujos valores não constem individualmente discriminados na nota fi scal, na fatura ou no recibo, deverá ser aplicado o percentual cor- respondente a cada tipo de serviço conforme disposto em contrato, ou o percentual maior, se o contrato não permitir identifi car o valor de cada serviço.

5.3 Fornecimento de material ou utilização de equipamento sem previsão contratual

Quando não existir previsão contratual de fornecimen- to de material ou utilização de equipamento e o uso desse equipamento não for inerente ao serviço, mesmo havendo discriminação de valores na nota fi scal, na fatura ou no reci- bo de prestação de serviços, a base de cálculo da retenção será o valor bruto da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, exceto no caso do serviço de trans- porte de passageiros, situação em que a base de cálculo da retenção corresponderá, no mínimo, a 30% do valor bru- to dos mencionados documentos.

5.3.1 Nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços - Discriminação de valores relativos a material e equipamentos - Inexistência - Conseqüências

Na falta de discriminação de valores na nota fi scal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, a base de cálculo da retenção será o seu valor bruto, ainda que exis- ta previsão contratual para o fornecimento de material ou utilização de equipamento, com ou sem discriminação de valores em contrato.

5.4 Valores relativos à alimentação e vale- transporte - Deduções

Poderão ser deduzidas da base de cálculo da retenção as parcelas que estiverem discriminadas na nota fi scal, na

abtrct_12207_27.ind 4

abtrct_12207_27.ind 4 11/07/2007 11:40:5311/07/2007 11:40:53

(5)

IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2007 - Fascículo 29 CT 5

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

fatura ou no recibo de prestação de serviços, que corres- pondam:

a) ao custo da alimentação in natura fornecida pela contratada, de acordo com os programas de ali- mentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conforme a Lei no 6.321/1976;

b) ao fornecimento de vale-transporte de confor- midade com a Lei no 7.418/1985 e o Decreto no 95.247/1987, observadas as alterações posterio- res.

A fi scalização da SRFB poderá exigir da contratada a comprovação das deduções mencionadas neste subitem.

5.5 Empresa prestadora de serviços - Taxa de administração ou de agenciamento

O valor relativo à taxa de administração ou de agencia- mento, ainda que discriminado na nota fi scal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não poderá ser objeto de dedução da base de cálculo da retenção, inclusive no caso de serviços prestados por trabalhadores temporários.

Caso a empresa emita 2 notas fi scais, 2 faturas ou 2 recibos, relativos ao mesmo serviço, uma com o valor cor- respondente à taxa de administração ou de agenciamento e a outra com o valor da remuneração dos trabalhadores utilizados na prestação do serviço, a retenção incidirá sobre o valor de cada uma dessas notas, faturas ou recibos.

6. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM EMPRESAS QUE EXPONHAM OS TRABALHADORES A AGENTES NOCIVOS À SAÚDE OU À INTEGRIDADE FÍSICA

Conforme mencionado no item 4 desse texto, quando a atividade dos segurados na empresa contratante for exerci- da em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física destes, de forma a possibilitar a conces- são de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de trabalho, o percentual da retenção aplicado sobre o valor dos serviços prestados deve ser acrescido de 4%, 3% ou 2%, respectivamente, perfazendo a alíquota total de 15%, 14% ou 13%. Esse acréscimo incide apenas sobre o valor dos serviços prestados por esses segurados sujeitos a con- dições especiais.

Nessa situação, a empresa contratada deverá emitir nota fi scal, fatura ou recibo de prestação de serviços espe- cífi co para os serviços prestados em condições especiais pelos segurados ou discriminar o valor desses na nota fi s- cal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.

6.1 Inexistência de documento específico ou discriminação dos valores relativos aos trabalhadores expostos a condições especiais

Havendo previsão contratual de utilização de traba- lhadores na execução de atividades em condições espe- ciais prejudiciais à saúde ou à integridade física e não havendo emissão de nota fi scal, fatura ou recibo de pres- tação de serviços específi co ou discriminação do valor desses serviços, a base de cálculo para incidência da alíquota adicional (4%, 3% ou 2%, conforme o caso) será proporcional ao número de trabalhadores envolvidos nas atividades exercidas em condições especiais, desde que haja a possibilidade de identifi cação dos trabalhadores

envolvidos e dos não envolvidos com as atividades exer- cidas em condições especiais.

6.1.1 Impossibilidade de identificação dos trabalhadores expostos a agentes nocivos

Na impossibilidade de identifi cação do número de tra- balhadores envolvidos e não envolvidos com as atividades exercidas em condições especiais, o acréscimo da reten- ção incidirá sobre o valor total dos serviços contido na nota fi scal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, no percentual correspondente à atividade especial.

6.2 Utilização de trabalhadores em atividades especiais sem previsão contratual

Na hipótese de a contratante desenvolver atividades em condições especiais e não houver previsão contratual da utilização ou não dos trabalhadores no exercício dessas atividades, incidirá sobre o valor total dos serviços contidos na nota fi scal, na fatura ou no recibo de prestação de servi- ços o percentual adicional de retenção correspondente às atividades em condições especiais desenvolvidas pela em- presa ou, não sendo possível identifi car essas atividades, o percentual mínimo de 2%.

7. SITUAÇÕES QUE DISPENSAM A EMPRESA CONTRATANTE DE PROCEDER À RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

A empresa contratante fi ca dispensada de efetuar a re- tenção, e a contratada de registrar o destaque da retenção na nota fi scal, na fatura ou no recibo quando:

a) o valor correspondente a 11% ou mais, conforme o caso, dos serviços contidos em cada nota fi scal, fa- tura ou recibo de prestação de serviços for inferior ao limite mínimo estabelecido na legislação para recolhimento em documento de arrecadação (atual- mente R$ 29,00);

b) a contratada atender cumulativamente aos seguin- tes requisitos:

b.1) não possuir empregados;

b.2) o serviço for prestado pessoalmente pelo titu- lar ou sócio;

b.3) seu faturamento do mês anterior for igual ou in- ferior a 2 vezes o limite máximo do salário-de- contribuição, ou seja, atualmente R$ 5.788,56 (R$ 2.894,28 x 2);

Nota

A contratada apresentará à tomadora declaração assinada por seu re- presentante legal, sob as penas da lei, de que não possui empregados e de que o seu faturamento no mês anterior foi igual ou inferior a 2 vezes o limite máximo do salário-de-contribuição.

c) a contratação envolver somente serviços profi ssio- nais relativos ao exercício de profi ssão regulamen- tada por legislação federal ou serviços de treina- mento e ensino, desde que prestados pessoalmen- te pelos sócios, sem o concurso de empregados ou outros contribuintes individuais.

abtrct_12207_27.ind 5

abtrct_12207_27.ind 5 11/07/2007 11:40:5411/07/2007 11:40:54

(6)

6 CT Manual de Procedimentos - Jul/2007 - Fascículo 29 - IOB Notas

(1) Nessa hipótese, a contratada apresentará à tomadora declaração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei, de que o serviço foi prestado por sócio da empresa, no exercício de profi ssão regulamentada, ou, se for o caso, profi ssional da área de treinamento e ensino, e sem o con- curso de empregados ou contribuintes individuais, ou consignará o fato na nota fi scal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.

(2) São serviços profi ssionais regulamentados por legislação federal, entre outros, os prestados por: administradores, advogados, aeronautas, ae- roviários, agenciadores de propaganda, agrônomos, arquitetos, arquivistas, assistentes sociais, atuários, auxiliares de laboratório, bibliotecários, biólo- gos, biomédicos, cirurgiões dentistas, contabilistas, economistas domésti- cos, economistas, enfermeiros, engenheiros, estatísticos, farmacêuticos, fi sioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, geógrafos, geó- logos, guias de turismo, jornalistas profi ssionais, leiloeiros rurais, leiloeiros, massagistas, médicos, meteorologistas, nutricionistas, psicólogos, publici- tários, químicos, radialistas, secretárias, taquígrafos, técnicos de arquivos, técnicos em biblioteconomia, técnicos em radiologia e tecnólogos.

8. RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA - NÃO-APLICAÇÃO

Não se aplica o instituto da retenção previdenciária nos casos de:

a) contratação de serviços prestados por trabalhado- res avulsos, por intermédio de sindicato da catego- ria ou de Órgão Gestor de Mão-de-obra (OGMO);

b) contratação de entidade benefi cente de assistên- cia social isenta de contribuições sociais;

c) contribuinte individual equiparado a empresa, pes- soa física, missão diplomática e repartição consular de carreira estrangeira;

d) contratação de serviços de transporte de cargas, a partir de 10.06.2003;

e) empreitada realizada nas dependências da contra- tada;

f) empreitada total (quando a empresa construtora as- sume a responsabilidade direta e total por obra de construção civil ou repassa o contrato integralmente a outra construtora, bem como no caso de contrata- ção de obra a ser realizada por consórcio constituído de acordo com a Lei no 6.404/1976, art. 279, desde que pelo menos a empresa líder seja construtora, e na empreitada por preço unitário e a tarefa, cuja con- tratação atenda aos requisitos previstos na Instrução Normativa MPS/SRP no 3/2005, art. 185). Nesses ca- sos, aplica-se o instituto da solidariedade.

Notas

(1) Embora não se aplique o instituto da retenção previdenciária na situação mencionada nesta letra “f”, a contratante poderá elidir-se da res- ponsabilidade solidária mediante a retenção previdenciária de 11% ou mais, conforme o caso, sobre o valor bruto da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços contra ela emitido pela contratada, a comprovação do recolhimento do valor retido, na forma prevista pela legislação previden- ciária, e a apresentação da documentação comprobatória do gerenciamento dos riscos ocupacionais. Observa-se que nesta hipótese a retenção é uma faculdade do contratante e não uma obrigação.

(2) Excluem-se da responsabilidade solidária, a partir de 21.11.1986, as contribuições sociais previdenciárias decorrentes da contratação, qual- quer que seja a forma, de execução de obra de construção civil, reforma ou acréscimo, efetuadas por órgão público da administração direta, por autar- quia e por fundação de direito público.

No âmbito da construção civil não se sujeita, também, à retenção a prestação de serviços de:

a) administração, fi scalização, supervisão ou geren- ciamento de obras;

b) assessoria ou consultoria técnicas;

c) controle de qualidade de materiais;

d) fornecimento de concreto usinado, massa asfáltica ou argamassa usinada ou preparada;

e) jateamento ou hidrojateamento;

f) perfuração de poço artesiano;

g) elaboração de projeto da construção civil;

h) ensaios geotécnicos de campo ou de laboratório (sondagens de solo, provas de carga, ensaios de resistência, amostragens, testes em laboratório de solos ou outros serviços afi ns);

i) serviços de topografi a;

j) instalação de antena coletiva;

l) instalação de aparelhos de ar condicionado, de re- frigeração, ventilação, aquecimento, calefação ou de exaustão;

m) instalação de sistemas de ar condicionado, de refri- geração, ventilação, aquecimento, calefação ou de exaustão, quando a venda for realizada com emis- são apenas da nota fi scal de venda mercantil;

n) instalação de estruturas e esquadrias metálicas, de equipamento ou material, quando for emitida ape- nas a nota fi scal de venda mercantil;

o) locação de caçamba;

p) locação de máquinas, ferramentas, equipamentos ou outros utensílios sem fornecimento de mão-de- obra;

q) fundações especiais.

Quando na prestação dos serviços relacionados à insta- lação de sistemas de ar condicionado, de refrigeração, venti- lação, aquecimento, calefação ou de exaustão e à instalação de estruturas e esquadrias metálicas, de equipamento ou material houver emissão de nota fi scal, fatura ou recibo de prestação de serviços relativa à mão-de-obra utilizada na ins- talação do material ou do equipamento vendido, os valores desses serviços integrarão a base de cálculo da retenção.

Caso haja, para a mesma obra, a contratação de servi- ço relacionado nas letras de “a” a “q” (imediatamente ante- riores) e, simultaneamente, o fornecimento de mão-de-obra para execução de outro serviço sujeito à retenção, deve-se aplicar a retenção apenas a este serviço, desde que os va- lores estejam discriminados na nota fi scal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços. Não havendo a mencio- nada discriminação, deve-se aplicar a retenção a todos os serviços contratados.

9. RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA - DESTAQUE NA NOTA FISCAL, NA FATURA OU NO RECIBO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

A contratada deverá destacar o valor da retenção, com o título “Retenção para a Previdência Social”, na emissão da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços.

abtrct_12207_27.ind 6

abtrct_12207_27.ind 6 11/07/2007 11:40:5411/07/2007 11:40:54

(7)

IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2007 - Fascículo 29 CT 7

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

O mencionado destaque deverá ser identifi cado logo após a descrição dos serviços prestados, apenas para pro- duzir efeito como parcela dedutível no ato da quitação da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, sem alteração do valor bruto da nota, da fatura ou do recibo de prestação de serviços.

Caso a empresa prestadora dos serviços não efetue o destaque do valor retido, fi cará sujeita a autuação com a imposição da multa correspondente.

9.1 Subcontratação - Destaque dos valores retidos

Havendo subcontratação, os valores retidos da sub- contratada e comprovadamente recolhidos pela contratada poderão ser deduzidos do valor da retenção a ser efetuada pela contratante, desde que todos os documentos envolvi- dos se refi ram à mesma competência e ao mesmo serviço.

Para esse efeito, a contratada deverá destacar na nota fi scal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços as retenções da seguinte forma:

a) retenção para a Previdência Social: informar o valor correspondente a 11% ou mais, conforme o caso, do valor bruto dos serviços;

b) dedução de valores retidos de subcontratadas:

informar o valor total correspondente aos valores retidos e recolhidos relativos aos serviços sub- contratados;

c) valor retido para a Previdência Social: informar o valor correspondente à diferença entre a retenção apurada na forma da letra “a” e a dedução efetuada conforme a letra “b”, que indicará o valor a ser efe- tivamente retido pela contratante.

'Exemplos

A empresa “A” contratou a empresa “B” para prestar-lhe, mediante cessão de mão-de-obra, os serviços de embalagem de mercadorias, no valor de R$ 25.000,00. Os trabalhadores ce- didos não estarão sujeitos a condições especiais prejudiciais a saúde ou a integridade física. A empresa “B”, por sua vez, subcontratou a empresa “C”, que, nas mesmas condições, exe- cutará parte dos serviços, pelo valor de R$ 10.000,00.

A empresa “C”, por ocasião da emissão da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços contra a empresa

“B”, deverá destacar, a título de “Retenção para a Previdência Social”, a quantia equivalente à aplicação da alíquota de 11%

sobre o valor dos serviços prestados. Assim, a empresa “B” efe- tuará a retenção de R$ 1.100,00 (R$ 10.000,00 x 0,11).

A empresa “B”, ao emitir, por sua vez, a nota fi scal, a fa- tura ou o recibo de prestação dos serviços contra a empresa

“A”, deverá deduzir do valor total a ser retido para a previdência social a quantia já retida quando da quitação dos serviços com a empresa “C”, desde que tenha efetuado o recolhimento cor- respondente.

Assim, temos:

- Valor total dos serviços: R$ 25.000,00

- Valor da retenção: R$ 2.750,00 (R$ 25.000,00 x 0,11) - Valor retido na subcontratação: R$ 1.100,00

Na nota fi scal, na fatura ou no recibo de prestação de servi- ços, as retenções deverão ser destacadas da seguinte forma:

- Retenção para a Previdência Social: R$ 2.750,00

- Dedução de valores retidos de subcontratada: R$ 1.100,00 - Valor retido para a Previdência Social: R$ 1.650,00 (R$ 2.750,00

– R$ 1.100,00)

A contratada, juntamente com a sua nota fi scal, fatura ou seu recibo de prestação de serviços, deverá encaminhar à contratante cópia:

a) das notas fi scais, das faturas ou dos recibos de pres- tação de serviços das subcontratadas com o desta- que da retenção;

b) dos comprovantes de arrecadação dos valores reti- dos das subcontratadas;

c) das GFIPs elaboradas pelas subcontratadas, nas quais conste no campo “CNPJ/CEI do tomador/

obra” o CNPJ da contratada ou a matrícula CEI da obra e, no campo “Denominação social do toma- dor/obra”, a denominação social da empresa con- tratada.

10. VALOR RETIDO - RECOLHIMENTO

A competência a ser observada para efeito de recolhi- mento do valor retido é aquela correspondente à emissão da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação dos serviços.

Assim, a importância retida deverá ser recolhida pela em- presa contratante até o dia 10 do mês seguinte ao da emissão da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação de servi- ços, prorrogando-se esse prazo para o 1o dia útil subseqüente quando não houver expediente bancário no dia 10.

No campo identifi cador do documento de arrecada- ção deverá ser informado o CNPJ do estabelecimento da empresa contratada e, no campo “nome ou denominação social”, a sua denominação social seguida da denomina- ção social da empresa contratante. O código de pagamento a ser utilizado no campo 3 da Guia da Previdência Social (GPS) será 2631 ou 2640 ou 2658 ou 2682, conforme a si- tuação de recolhimento do valor retido prevista na Instrução Normativa SRP no 3/2005, Anexo I.

O órgão ou a entidade integrante do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi ) deverá recolher os valores re- tidos com base na nota fi scal, na fatura ou no recibo de presta- ção de serviços, respeitando como data-limite de pagamento o dia 10 do mês subseqüente ao da emissão da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços.

abtrct_12207_27.ind 7

abtrct_12207_27.ind 7 11/07/2007 11:40:5511/07/2007 11:40:55

(8)

8 CT Manual de Procedimentos - Jul/2007 - Fascículo 29 - IOB

10.1 Emissão de mais de uma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços na mesma competência

Quando um mesmo estabelecimento da contratada emitir mais de uma nota fi scal, fatura ou recibo de prestação de serviços para um mesmo estabelecimento da contratan- te, na mesma competência, sobre os quais houve retenção, a contratante deverá efetuar o recolhimento dos valores re- tidos, em nome da contratada, em um único documento de arrecadação (GPS).

10.2 Empresa contratada - Recolhimento em uma só GPS

A empresa contratada poderá consolidar, em um único documento de arrecadação (GPS), por competência e por estabelecimento, as contribuições incidentes sobre a remu- neração de todos os segurados envolvidos na prestação de serviços e dos segurados alocados no setor administrativo, compensando os valores retidos com as contribuições devi- das à Previdência Social pelo estabelecimento.

10.3 Valor retido - Não-recolhimento - Conseqüências

A falta de recolhimento, no prazo legal, das importâncias retidas confi gura, em tese, crime de apropriação indébita pre- videnciária, previsto no art. 168-A do Código Penal, e enseja a emissão de Representação Fiscal para Fins Penais (RFFP).

11. EXISTÊNCIA DE DECISÃO JUDICIAL QUE VEDA A RETENÇÃO

Caso a empresa prestadora dos serviços apresente à tomadora decisão judicial que vede a aplicação da reten- ção, deverá ser observado o seguinte:

a) na hipótese de a decisão judicial se referir a em- presa contratada mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, não sujeita à aplicação do institu- to da responsabilidade solidária, as contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração da mão-de-obra utilizada na prestação de serviços se- rão exigidas da contratada;

b) se a decisão judicial se referir a empresa contratada mediante empreitada total na construção civil, sen- do a ação impetrada contra o uso, pela contratante, da faculdade de proceder a retenção previdenciá- ria, hipótese em que é confi gurada a previsão legal do instituto da responsabilidade solidária, a contra- tante deverá, para fi ns de elisão da sua responsabi- lidade, quando da quitação da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, entre outros, exigir da contratada a comprovação:

b.1) do recolhimento das contribuições sociais incidentes sobre a remuneração contida na folha de pagamento dos segurados utilizados na prestação de serviços e respectiva GFIP, corroborada por escrituração contábil, se o valor recolhido for inferior ao indiretamente aferido com base nas notas fi scais, nas fatu- ras ou nos recibos de prestação de serviços;

b.2) do recolhimento das contribuições sociais incidentes sobre a remuneração da mão-de- obra contida em nota fi scal ou fatura corres- pondente aos serviços executados, aferidas indiretamente, caso a contratada não apre- sente a escrituração contábil formalizada na época da regularização da obra;

b.3) do recolhimento das retenções efetuadas pela empresa contratante, no uso da faculdade le- gal da retenção com base nas notas fi scais, nas faturas ou nos recibos de prestação de serviços emitidos pela construtora contratada mediante empreitada total;

b.4) do recolhimento das retenções efetuadas com base nas notas fi scais, nas faturas ou nos recibos de prestação de serviços emiti- dos pelas subempreiteiras, que tenham vin- culação inequívoca à obra;

c) a contratante deverá, ainda, exigir da contratada, entre outros:

c.1) cópia da GFIP com informações referentes à obra, da folha de pagamento específi ca para a obra e do documento de arrecadação identi- fi cado com a matrícula CEI da obra, relativos à mão-de-obra própria utilizada pela contratada;

c.2) cópia das notas fi scais, das faturas ou dos recibos emitidos por subempreiteiras, com vinculação inequívoca à obra, dos corres- pondentes documentos de arrecadação da retenção e da GFIP das subempreiteiras com comprovante de entrega, com informações específi cas do tomador da obra;

c.3) Programa de Prevenção de Riscos Ambien- tais (PPRA), Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT), Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT), para empresas com 20 trabalhadores ou mais por estabelecimento ou obra de construção civil, e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que demonstrem o gerenciamento de riscos ambientais por par- te da construtora, bem como a necessidade ou não da contribuição adicional.

Em relação às alíquotas adicionais para o fi nancia- mento das aposentadorias especiais, a responsabilidade solidária poderá ser elidida com a apresentação da do- cumentação comprobatória do gerenciamento e do con- trole dos agentes nocivos à saúde ou à integridade física dos trabalhadores, emitida pela empresa construtora.

Nota

Lembrar que o órgão público da administração direta, a autarquia e a fundação de direito público, na contratação de obra de construção civil por empreitada total, não respondem solidariamente pelas contribuições sociais previdenciárias decorrentes da execução do contrato, ressalvado o disposto no inciso VII do art. 179 da Instrução Normativa MPS/SRP no 3/2005, na reda- ção da Instrução Normativa MPS/SRP no 20/2007.

12. OBRIGAÇÕES DA EMPRESA CONTRATADA

A empresa contratada deverá elaborar:

abtrct_12207_27.ind 8

abtrct_12207_27.ind 8 11/07/2007 11:40:5511/07/2007 11:40:55

(9)

IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2007 - Fascículo 29 CT 9

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

a) folhas de pagamento distintas e respectivo resumo geral para cada estabelecimento ou obra de constru- ção civil da empresa contratante, relacionando todos os segurados alocados na prestação de serviços;

b) GFIP com as informações relativas aos tomadores de serviços, para cada estabelecimento da empresa contratante ou cada obra de construção civil, utilizan- do os códigos de recolhimento próprios da atividade;

c) demonstrativo mensal, por contratante e por contra- to, assinado pelo seu representante legal, contendo:

c.1) a denominação social e o CNPJ da contratante ou a matrícula CEI da obra de construção civil;

c.2) o número e a data de emissão da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços;

c.3) o valor bruto, o valor retido e o valor líquido re- cebido relativo a nota fi scal, fatura ou recibo de prestação de serviços;

c.4) a totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção civil ou por estabele- cimento da contratante, conforme o caso.

12.1 Dispensa da elaboração de folha de pagamento e GFIP distintas por estabelecimento - Hipótese

A empresa contratada fi ca dispensada de elaborar folha de pagamento e GFIP com informações distintas por estabelecimento ou obra de construção civil em que realizar tarefa ou prestar serviços, quando, comprovadamente, utili- zar os mesmos segurados para atender a várias empresas contratantes, alternadamente, no mesmo período, inviabili- zando a individualização da remuneração desses segura- dos por tarefa ou por serviço contratado.

Consideram-se serviços prestados alternadamente aqueles em que a tarefa ou o serviço contratado seja exe- cutado por trabalhador ou equipe de trabalho em vários es- tabelecimentos ou várias obras de uma mesma contratante ou de vários contratantes, por etapas, em uma mesma com- petência, que envolvam os serviços que não compõem o Custo Unitário Básico (CUB).

12.2 Empresa contratada legalmente obrigada a manter escrituração contábil

A contratada legalmente obrigada a manter escritura- ção contábil formalizada deve registrar mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contri- buições sociais, inclusive a retenção sobre o valor da pres- tação de serviços.

O lançamento da retenção na escrituração contábil de- verá discriminar:

a) o valor bruto dos serviços;

b) o valor da retenção;

c) o valor líquido a receber.

Na contabilidade em que houver lançamento pela soma total das notas fi scais, das faturas ou dos recibos de presta- ção de serviços e pela soma total da retenção, por mês, por

contratante, a empresa contratada deverá manter em registros auxiliares a discriminação desses valores, por contratante.

13. OBRIGAÇÕES DA EMPRESA CONTRATANTE

A empresa contratante fi ca obrigada a manter em ar- quivo, por empresa contratada, em ordem cronológica, du- rante o prazo de 10 anos, as correspondentes notas fi scais, faturas ou os recibos de prestação de serviços, a cópia das GFIPs e, se for o caso, a cópia dos documentos relativos à subcontratação, a saber:

a) notas fi scais, faturas ou recibos de prestação de serviços das subcontratadas com o destaque da retenção;

b) comprovantes de arrecadação dos valores retidos das subcontratadas;

c) GFIP elaboradas pelas subcontratadas, na qual conste, no campo “CNPJ/CEI do tomador/obra”, o CNPJ da contratada ou a matrícula CEI da obra e, no campo “Denominação social do tomador/obra”, a denominação social da empresa contratada.

13.1 Empresa contratante legalmente obrigada a manter escrituração contábil

A contratante legalmente obrigada a manter escritura- ção contábil formalizada deve registrar mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de con- tribuições sociais, inclusive a retenção sobre o valor dos serviços contratados.

O lançamento da retenção na escrituração contábil de- verá discriminar:

a) o valor bruto dos serviços;

b) o valor da retenção;

c) o valor líquido a pagar.

Na contabilidade em que houver lançamento pela soma total das notas fi scais, das faturas ou dos recibos de pres- tação de serviços e pela soma total da retenção, por mês, por contratada, a empresa contratante deverá manter em registros auxiliares a discriminação desses valores, indivi- dualizados por contratada.

13.2 Empresa contratante dispensada da apresentação de escrituração contábil

A empresa contratante legalmente dispensada da apre- sentação da escrituração contábil deverá elaborar demons- trativo mensal, assinado pelo seu representante legal, relati- vo a cada contrato, contendo as seguintes informações:

a) a denominação social e o CNPJ da contratada;

b) o número e a data da emissão da nota fi scal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços;

c) o valor bruto, a retenção e o valor líquido pago rela- tivo a nota fi scal, fatura ou recibo de prestação de serviços;

d) a totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção civil e por estabelecimento da contratada, conforme o caso.

abtrct_12207_27.ind 9

abtrct_12207_27.ind 9 11/07/2007 11:40:5611/07/2007 11:40:56

(10)

10 CT Manual de Procedimentos - Jul/2007 - Fascículo 29 - IOB

14. JURISPRUDÊNCIA

“Tributário - Previdenciário - Retenção de 11% sobre o valor bruto da nota fi scal ou fatura de cessão de mão-de-obra - Leis no 8.212/1991 e 9.711/1998. 1. A controvérsia essencial destes au- tos restringe-se à retenção de 11% sobre o valor de nota fi scal ou fatura de prestação de serviços das empresas contratantes de serviços prestados por cessão de mão-de-obra, instituída pela Lei no 9.711/98, que deu nova redação ao art. 31 da Lei no 8.212/91. 2.

No tocante à alegada violação do art. 31 da Lei no 8.212/91, com redação fornecida pela Lei no 9.711/98, cabe ressaltar que a aludi- da norma introduziu novo procedimento a ser observado no reco- lhimento da contribuição previdenciária incidente sobre a folha de salário, devendo as empresas contratantes de mão-de-obra, na qualidade de responsáveis tributários, reterem 11% sobre o valor da fatura ou da nota fi scal emitida pela empresa cedente. 3. Com igual entendimento: A Lei no 9.711/98 introduziu novo procedimen- to a ser observado no recolhimento da contribuição previdenciária incidente sobre a folha de salário, devendo as empresas contra- tantes de mão-de-obra terceirizada, na qualidade de responsá- veis tributários, reterem 11% sobre o valor da fatura ou da nota fi scal emitida pela empresa cedente. Recurso especial improvido.

(REsp 888.397/SP, relatado por este Magistrado, Segunda Turma, julgado em 6.2.2007, DJ 14.2.2007) Agravo regimental improvido.”

(Acórdão da 2a Turma do STJ - AgRg no REsp 899598/SP - Rel.

Min. Humberto Martins - DJU de 04.06.2007, pág. 332)

“Tributário - Recurso especial - Contribuição previdenciária - Lei no 9.711/98 - Retenção de 11% sobre o valor da fatura ou da nota fi scal - Empresa mera prestadora de serviços. 1. A Lei no 9.711/98 apenas introduziu novo procedimento a ser observado no recolhimento da contribuição previdenciária incidente sobre a folha de salário, uma vez que as empresas contratantes de mão-de-obra terceirizada passaram a reter 11% sobre o valor da fatura ou da nota fi scal emitida pela empresa cedente. Não foi criada, portanto, fonte de custeio diversa, tampouco foi eleito novo contribuinte. 2. Não confi gurada a cessão de mão-de-obra (art. 31, § 3o, da Lei no 8.212/91), uma vez que a empresa não exerce suas atividades mediante a colocação de segurados à disposição de um tomador de serviços para trabalho contínuo, mas é mera prestadora de serviços, revela-se inaplicável a re- tenção de 11% do valor da nota fi scal ou fatura de prestação de serviços. 3. Recurso especial improvido.” (Acórdão da 2a Turma do STJ - REsp 673990/RS - RE 2004/0127856-7 - Rel. Min. João Otávio de Noronha - DJU de 24.05.2007, pág. 348)

“Recurso especial - Tributário - Contribuição previdenci- ária - Retenção de 11% - Empresa prestadora de serviços - Legalidade - Recurso desprovido. 1. A retenção de onze por cento (11%) a título de contribuição previdenciária, na forma do art. 31 da Lei 8.212/91, com a redação introduzida pela Lei 9.711/98, não confi gura nova modalidade de tributo, mas tão- somente alteração na sua forma de recolhimento, não haven- do qualquer ilegalidade nessa sistemática de arrecadação. 2.

Nesse sistema, a empresa tomadora de serviços é responsável tributária pelo regime de substituição. No caso, ela desconta parte do valor devido à Previdência Social, responsabilizando- se pelo recolhimento por meio de destaque na nota fi scal ou na fatura. Posteriormente, a cedente de mão-de-obra procede à compensação do valor, quando do recolhimento incidente sobre a folha salarial. Há, então, apenas um adiantamento de parte do recolhimento, sem alteração de alíquota ou base de cálculo. 3. Recurso especial desprovido.” (Acórdão unânime da 1a Turma do STJ - REsp 729000/MG - RE 2005/0030536-4 - Rel. Min. Denise Arruda - DJU de 31.05.2007, pág. 334)

“Previdenciário - Contribuição - Empresas prestadoras de serviço - Lei 9.711/98 - Empreitada de mão-de-obra. 1. A nova redação do art. 31 da Lei 8.212/91 pela Lei 9.711/98, não alterou

a fonte de custeio, nem elegeu novo contribuinte. 2. A alteração foi apenas da sistemática de recolhimento, continuando a contri- buição previdenciária a ser calculada pela folha de salário, tendo como contribuinte de direito a empresa prestadora do serviço de mão-de-obra. 3. A nova sistemática impôs ao contribuinte de fato a responsabilidade pela retenção de parte da contribuição, para futura compensação, quando do cálculo do devido. 4. Sistemática que se harmoniza com o disposto no art. 128 do CTN. 5. Hipótese de empresa que presta serviços mediante empreitada de mão- de-obra em relação à qual há expresso enquadramento no inciso III, § 4o, do art. 31 da Lei 8.212/91, com a nova redação, estan- do obedecido os princípios da tipicidade e legalidade tributária.

Precedentes da Segunda Turma. 6. Recurso especial improvido.”

(Acórdão unânime da 2a Turma do STJ - REsp 608084/SC - Rel.

Min. Eliana Calmon - DJU de 05.09.2005, pág. 353)

“Tributário. Contribuição previdenciária sobre a folha de sa- lários. Empresas prestadoras de serviço. Retenção de 11% sobre faturas. Nova sistemática de arrecadação. 1. A alteração promo- vida pelo art. 23 da Lei no 9.711/98 ao art. 31 da Lei de Custeio da Previdência Social não criou qualquer nova contribuição sobre o faturamento, nem alterou a alíquota, nem a base de cálculo da contribuição previdenciária sobre a folha de salários. Preceden- tes: Resp 735.005/SP, 1a T., Min. José Delgado, DJ de 27.06.2005;

Resp 426.995/MG, 2a T., Min. Francisco Peçanha Martins, DJ de 11.04.2005. 2. É devida, portanto, a retenção do percentual de onze por cento sobre o valor bruto da nota fi scal ou fatura de pres- tação de serviços. 3. Recurso especial a que se dá provimento.”

(Acórdão unânime da 1a Turma do STJ - REsp 745877/SP - Rel.

Min. Teori Albino Zavascki - DJU de 05.09.2005, pág. 304) “Tributário. Contribuição previdenciária sobre a folha de salários. Retenção de 11% sobre faturas (Lei 9.711/88). Empre- sas prestadoras de serviço. Natureza das atividades. Cessão de mão-de-obra não caracterizada. Recurso especial desprovido.

1. Não se confi gura a cessão de mão-de-obra se ausentes os requisitos de colocação de empregados à disposição do con- tratante, submetidos ao poder de comando deste (art. 31, § 3o, da Lei 8.212/91). Precedente: EDcl no AgRg no REsp 584.890, Relator Ministro Luiz Fux, 1a Turma, D.J. de 28.02.2005. 2. Re- curso especial a que se nega provimento.” (Acórdão unânime da 1a Turma do STJ - REsp 758992/RS - Rel. Min. Teori Albino Zavascki - DJU de 22.08.2005, pág. 168)

“Tributário. Contribuição previdenciária. Empresa de peque- no porte prestadora de serviços. Opção pelo simples. Retenção de 11% sobre a fatura ou nota fi scal. Lei 9.711/98. 1. ‘A Lei no 9.711, de 20/11/1999, que alterou o art. 31, da Lei no 8.212/1991, não criou qualquer nova contribuição sobre o faturamento, nem alterou a alíquota, nem a base de cálculo da contribuição pre- videnciária sobre a folha de pagamento.’ 2. A novel legislação apenas determinou uma técnica de arrecadação da contribuição previdenciária, colocando as empresas tomadoras de serviço como responsáveis, pela forma da substituição tributária. 3. A opção pelo SIMPLES, ao permitir que haja simplifi cação no cum- primento das obrigações tributárias, não isenta a microempresa e a empresa de pequeno porte desses deveres, inclusive no que pertine à observância do que dispõe a Lei 9.711/98. Preceden- tes. 4. Recurso Especial provido.” (REsp 552978/MG - Recurso Especial 2003/0117084-0 - Relator(a) Ministro Luiz Fux - Primeira Turma - 06.11.2003 - DJ 09.12.2003 - pág. 236)

(Lei no 8.212/1991, art. 31; Decreto no 5.872/2006, art. 3o; Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo De- creto no 3.048/1999, arts. 219 e 220; Instrução Normativa MPS/

SRP no 3/2005, alterada pelas de nos 20 e 23, ambas de 2007, arts. 140, 142 a 173, 175, 176, 177, 178, 184 e 191; e Portaria MPS no 142/2007)

abtrct_12207_27.ind 10

abtrct_12207_27.ind 10 11/07/2007 11:40:5711/07/2007 11:40:57

(11)

IOB - Informativo - Jul/2007 - No 29 CT 1

Informativo

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Boletim

IOB Atualiza

ATUALIZAÇÃO MENSAL

Instruções e exemplos de recolhimento no vencimento e em atraso das contribuições previdenciárias em julho/2007

1. TABELA PRÁTICA DE ACRÉSCIMOS LEGAIS (*)

“Receita Federal do Brasil

Tabela Prática Aplicada em Contribuições Previdenciárias Selic: 1,00 - Vigência: JULHO DE 2007

Comp. Coef. UFIR (*) Juros%

jan/1981 0,00158663 710,56 fev/1981 0,00149259 709,56

mar/1981 0,00140811 708,56

abr/1981 0,00132840 707,56

mai/1981 0,00125321 706,56

jun/1981 0,00118228 705,56 jul/1981 0,00111747 704,56

ago/1981 0,00105720 703,56

set/1981 0,00100019 702,56 out/1981 0,00094805 701,56

nov/1981 0,00090118 700,56

dez/1981 0,00085827 699,56

jan/1982 0,00081740 698,56 fev/1982 0,00077848 697,56

mar/1982 0,00073789 696,56

abr/1982 0,00069943 695,56

mai/1982 0,00066296 694,56

jun/1982 0,00062544 693,56 jul/1982 0,00058452 692,56

ago/1982 0,00054628 691,56

set/1982 0,00051054 690,56 out/1982 0,00047938 689,56

nov/1982 0,00045013 688,56

dez/1982 0,00042465 687,56

jan/1983 0,00039798 686,56 fev/1983 0,00036512 685,56

mar/1983 0,00033497 684,56

abr/1983 0,00031016 683,56

mai/1983 0,00028772 682,56

jun/1983 0,00026396 681,56 jul/1983 0,00024328 680,56

ago/1983 0,00022218 679,56

set/1983 0,00020253 678,56 out/1983 0,00018684 677,56

nov/1983 0,00017364 676,56

dez/1983 0,00015814 675,56

jan/1984 0,00014082 674,56 fev/1984 0,00012802 673,56

mar/1984 0,00011756 672,56

abr/1984 0,00010795 671,56

mai/1984 0,00009885 670,56

jun/1984 0,00008962 669,56 jul/1984 0,00008103 668,56

ago/1984 0,00007334 667,56

set/1984 0,00006513 666,56 out/1984 0,00005926 665,56

nov/1984 0,00005363 664,56

dez/1984 0,00004763 663,56

jan/1985 0,00004322 662,56 fev/1985 0,00003835 661,56

mar/1985 0,00003429 660,56

Comp. Coef. UFIR (*) Juros%

abr/1985 0,00003117 659,56

mai/1985 0,00002855 658,56

jun/1985 0,00002653 657,56 jul/1985 0,00002452 656,56

ago/1985 0,00002247 655,56

set/1985 0,00002062 654,56 out/1985 0,00001856 653,56

nov/1985 0,00001637 652,56

dez/1985 0,00001408 651,56

jan/1986 0,00001231 650,56 fev/1986 0,00001233 649,56

mar/1986 0,01223316 648,56

abr/1986 0,01206421 647,56

mai/1986 0,01191284 646,56

jun/1986 0,01177263 645,56 jul/1986 0,01157811 644,56

ago/1986 0,01138196 643,56

set/1986 0,01117046 642,56 out/1986 0,01081460 641,56

nov/1986 0,01008153 640,56

dez/1986 0,00863059 639,56

jan/1987 0,00721490 638,56 fev/1987 0,00630045 637,56

mar/1987 0,00520873 636,56

abr/1987 0,00421959 635,56

mai/1987 0,00357530 634,56

jun/1987 0,00346950 633,56 jul/1987 0,00326203 632,56

ago/1987 0,00308669 631,56

set/1987 0,00282715 630,56 out/1987 0,00250546 629,56

nov/1987 0,00219509 628,56

dez/1987 0,00188403 627,56

jan/1988 0,00159719 626,56 fev/1988 0,00137677 625,56

mar/1988 0,00115424 624,56

abr/1988 0,00098002 623,56

mai/1988 0,00081990 622,56

jun/1988 0,00066103 621,56 jul/1988 0,00054787 620,56

ago/1988 0,00044182 619,56

set/1988 0,00034723 618,56 out/1988 0,00027359 617,56

nov/1988 0,00021233 616,56

dez/1988 0,00021233 615,56

jan/1989 0,21232724 614,56 fev/1989 0,20498241 613,56

mar/1989 0,19318896 612,56

abr/1989 0,18004271 611,56

mai/1989 0,16376126 610,56

jun/1989 0,13118799 609,56

Comp. Coef. UFIR (*) Juros%

jul/1989 0,10187871 608,56

ago/1989 0,07877165 607,56

set/1989 0,05466369 606,56 out/1989 0,03951094 605,56

nov/1989 0,02726627 604,56

dez/1989 0,01797005 603,56

jan/1990 0,01084363 602,56 fev/1990 0,00635213 601,56

mar/1990 0,00509111 600,56

abr/1990 0,00509111 599,56

mai/1990 0,00483117 598,56

jun/1990 0,00440760 597,56 jul/1990 0,00397833 596,56

ago/1990 0,00359780 595,56

set/1990 0,00318812 594,56 out/1990 0,00280374 593,56

nov/1990 0,00240361 592,56

dez/1990 0,00201337 591,56

jan/1991 0,00167487 585,60 fev/1991 0,00167487 553,43

mar/1991 0,00167487 523,40

abr/1991 0,00167487 493,88

mai/1991 0,00167487 465,46

jun/1991 0,00167487 438,04 jul/1991 0,00167487 411,12

ago/1991 0,00167487 382,76

set/1991 0,00167487 351,39 out/1991 0,00167487 316,18

nov/1991 0,00167487 277,23

dez/1991 0,00167487 256,04

jan/1992 0,00133349 255,04 fev/1992 0,00105748 254,04

mar/1992 0,00086658 253,04

abr/1992 0,00072318 252,04

mai/1992 0,00058581 251,04

jun/1992 0,00047522 250,04 jul/1992 0,00039271 249,04

ago/1992 0,00031892 248,04

set/1992 0,00025859 247,04 out/1992 0,00020608 246,04

nov/1992 0,00016660 245,04

dez/1992 0,00013491 244,04

jan/1993 0,00010420 243,04 fev/1993 0,00008223 242,04

mar/1993 0,00006528 241,04

abr/1993 0,00005126 240,04

mai/1993 0,00003980 239,04

jun/1993 0,00003053 238,04 jul/1993 0,00002337 237,04

ago/1993 0,01770538 236,04

set/1993 0,01317523 235,04 continua

abtrct_12122_27.ind 1

abtrct_12122_27.ind 1 11/7/2007 13:32:0811/7/2007 13:32:08

Referências

Documentos relacionados

R.: O reembolso à empresa ou equiparada de valores de quotas de salário-família e salário-mater- nidade, pagos a segurados a seu serviço, poderá ser efetuado mediante

A empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, a partir da

(1) Embora não se aplique o instituto da retenção previdenciária na situação mencionada nesta letra “b”, a contratante poderá elidir-se da responsabilidade solidária mediante

Quando a cooperativa de trabalho for contratante de serviços mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, está obrigada a efetuar a retenção de 11% sobre o valor da Nota Fiscal,

Discorreremos, no presente Roteiro, sobre os procedimentos contábeis pertinentes à retenção na fonte da contribuição ao INSS incidente sobre a remuneração da prestação de

Os pacientes receberam radioterapia e acompa- nhamento na Unidade Regional de Radioterapia de Megavoltagem em São José do Rio Preto, bem como foram atendidos para

Segundo Pereira-Silva e Dessen (2001), a família, através das relações estabelecidas entre seus mem- bros, pode proporcionar à criança um ambiente de crescimento e

se encontrar exposto a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fi ns de conces-