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Boletim. Previdência Social. Manual de Procedimentos. Compensação e restituição de. c) contribuição previdenciária

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Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Compensação e restituição de contribuição previdenciária e

reembolso de salário-família e salário- maternidade

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Restituição

3. Salário-família e salário-maternidade - Reembolso 4. Compensação

5. Empresa optante pelo Simples - Retenção indevida - Período de 1o.01.2000 a 31.08.2002

6. Processo de restituição e reembolso - Decisão 7. Valoração de créditos

8. Pagamento

9. Retificação do pedido de restituição ou reembolso

10. Desistência de pedido de restituição e de pedido de reembolso

11. Devolução de contribuições previdenciárias arrecadadas indevidamente ou a maior incidentes sobre a remuneração do exercente de mandato eletivo, inclusive a relativa ao período de 1o a 18.09.2004

1. INTRODUÇÃO

Havendo o recolhimento de valores indevidos ou a maior do que o devido à Previdência Social, de atua- lização monetária, de multa ou de juros de mora, é facultado ao sujeito passivo optar pela compensação ou pelo pedido de restituição, observadas as condi- ções previstas na legislação.

Restituição é o procedimento administrativo me- diante o qual o sujeito passivo é ressarcido pela Re- ceita Federal do Brasil (RFB) dos valores recolhidos indevidamente a título de contribuição previdenciária ou para outras entidades ou fundos (Terceiros).

Compensação é o procedimento facultativo pelo qual o sujeito passivo se ressarce de valores pagos in- devidamente, deduzindo-os das contribuições devidas à Previdência Social. O direito à compensação, via de regra, está condicionado à comprovação do recolhi- mento ou do pagamento do valor a ser compensado.

1.1 Compensação e restituição - Abrangência Podem ser compensadas ou restituídas as contri- buições e os valores a seguir relacionados:

a) contribuição previdenciária das empresas e equiparadas, incidente sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço, bem como sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços relativa a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de co-

operativas de trabalho;

b) contribuição previdenci- ária dos empregadores domésticos;

c) contribuição previdenci- ária dos trabalhadores, incidente sobre seu sa- lário-de-contribuição;

d) contribuições instituídas a título de substituição;

e) valores referentes à retenção previdenciária na cessão de mão de obra e na empreitada; e f) contribuições recolhidas para outras entidades

ou fundos (Sesi, Senai, Sest, Senat, Sescoop etc).

2. RESTITUIÇÃO

Poderão ser restituídas pela RFB as quantias re- colhidas a título de tributo sob sua administração, bem como outras receitas da União arrecadadas mediante GPS, nas seguintes hipóteses:

a) cobrança ou pagamento espontâneo, indevi- do ou em valor maior do que o devido;

Previdência Social

valores recolhidos Os indevidamente ou a maior do que o devido, a título de contribuição

previdenciária ou de retenção, de atualização monetária, de multa ou de juros de mora, poderão ser compensados ou ser objeto de pedido de restituição, sendo a restituição

efetuada por meio do programa PER/DCOMP e a compensação

mediante GFIP

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b) erro na identificação do sujeito passivo, na de- terminação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;

c) reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

Também poderão ser restituídas as quantias reco- lhidas a título de multa e juros moratórios previstos nas leis instituidoras de obrigações tributárias, principais ou acessórias, relativas aos tributos administrados pela RFB.

A RFB promoverá a restituição de receitas arre- cadadas mediante GPS que não estejam sob sua ad- ministração, desde que o direito creditório tenha sido previamente reconhecido pelo órgão ou pela entidade responsável pela administração da receita.

Compete à RFB efetuar a restituição dos valores recolhidos para outras entidades ou fundos (Tercei- ros), exceto nos casos de arrecadação direta, reali- zada mediante convênio.

2.1 Utilização do PER/DCOMP - Hipóteses

O programa Pedido de Restituição ou Reembolso e Declaração de Compensação (PER/DCOMP) so- mente será utilizado para restituição de contribuição previdenciária recolhida indevidamente ou a maior, ou no pedido de reembolso de salário-família e salário- maternidade.

A compensação não é efetuada por meio do pro- grama PER/DCOMP, e sim mediante a Guia de Reco- lhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP/Sefip).

A restituição deverá ser efetuada, a requerimento do sujeito passivo, mediante utilização do programa PER/DCOMP.

Na impossibilidade de utilização do programa PER/DCOMP, o requerimento será formalizado por meio do formulário Pedido de Restituição de Valores Indevidos Relativos a Contribuição Previdenciária, ao qual deverão ser anexados documentos comprobató- rios do direito creditório.

Na hipótese de pedido de restituição formulado por representante do sujeito passivo, o requerente deverá apresentar à RFB procuração conferida por instrumento público ou por instrumento particular com firma reconhecida, termo de tutela ou curatela ou, quando for o caso, alvará ou decisão judicial que o autorize a requerer a quantia. Tratando-se de pedido de restituição mediante utilização do programa PER/

DCOMP, os documentos em comento serão apresen- tados à RFB após intimação da autoridade competen- te para decidir sobre o pedido.

Nota

O pedido de restituição de tributos administrados pela RFB abrangidos pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Na- cional), instituído pela Lei Complementar no 123/2006, deverá ser formalizado por meio do formulário Pedido de Restituição.

Ressaltamos, por oportuno, que os formulários anteriormente mencionados somente poderão ser uti- lizados pelo sujeito passivo nas hipóteses em que a restituição ou o reembolso não possa ser requerido eletronicamente à RFB mediante utilização do progra- ma PER/DCOMP.

2.2 Óbito do contribuinte pessoa física

Ocorrendo óbito da pessoa física, inclusive da pessoa física equiparada a empresa, a restituição será efetuada:

a) aos dependentes habilitados perante a Previ- dência Social ou na forma da legislação es- pecífica dos servidores civis e militares, nos termos da Lei no 6.858/1980; ou

b) mediante alvará ou escritura pública expedi- dos no processo de inventário, se o de cujus deixou bens ou direitos sujeitos a inventário ou arrolamento.

2.3 Sucessão empresarial ou encerramento das atividades da empresa - Restituição

Os pedidos de restituição das pessoas jurídicas deverão ser formalizados pelo estabelecimento ma- triz.

No caso de sucessão empresarial, terá legitimida- de para pleitear a restituição a empresa sucessora.

Havendo encerramento das atividades da empre- sa, terão legitimidade para pleitear a restituição os sócios que detêm o direito ao crédito, conforme de- terminado no ato de dissolução.

A restituição das contribuições previdenciárias declaradas incorretamente fica condicionada à retifi- cação da declaração, exceto quando o requerente for segurado ou terceiro não responsável por essa decla- ração.

2.4 Contribuinte individual

O contribuinte individual, o empregado doméstico, o segurado especial e o segurado facultativo poderão requerer a restituição de valores pagos indevidamen- te a título de contribuição social nos seguintes casos:

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a) em virtude de tempo não reconhecido como filiação obrigatória;

b) pagamentos em duplicidade ou a maior;

c) pagamentos em gozo de benefícios; e d) demais situações.

A restituição será requerida pelo sujeito passivo mediante utilização do programa PER/DCOMP.

Na impossibilidade de utilização do programa PER/DCOMP, o requerimento será formalizado por meio do formulário Pedido de Restituição de Valores Indevidos Relativos a Contribuição Previdenciária, ao qual deverão ser anexados documentos comprobató- rios do direito creditório.

O INSS instruirá os processos de restituição e os encaminhará à unidade da RFB que jurisdiciona o domicílio tributário do sujeito passivo, para análise do direito creditório. Caso haja necessidade de nova análise pelo INSS, a RFB poderá devolver o processo para a unidade do INSS que o instruiu.

Em caso de deferimento, total ou parcial do re- querimento, o pagamento da restituição será prece- dido de verificação da existência de débito de tributo em nome do sujeito passivo.

Cabe à unidade da RFB que jurisdiciona o domi- cílio tributário do sujeito passivo cientificar o contri- buinte da decisão proferida.

O recurso contra a decisão que indeferiu ou defe- riu parcialmente o requerimento de restituição deverá ser apresentado à unidade da RFB que jurisdiciona o domicílio tributário do sujeito passivo no prazo de 30 dias, contados da data da ciência da decisão.

O disposto neste item não se aplica à restituição requerida pelo segurado empregado, ainda que este também contribua como contribuinte individual, em- pregado doméstico, segurado especial ou segurado facultativo.

2.5 Contribuição previdenciária dos trabalhadores e contribuições a título de substituição

Na hipótese das contribuições previdenciárias de- vidas pelos trabalhadores, incidentes sobre seu salá- rio-de-contribuição e contribuições instituídas a título de substituição, poderão requerer a restituição, desde que lhes tenham sido descontadas indevidamente:

a) o empregado, inclusive o doméstico;

b) o trabalhador avulso;

c) o contribuinte individual;

d) o produtor rural pessoa física;

e) o segurado especial; e

f) a associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional.

A empresa ou equiparada e o empregador do- méstico poderão requerer a restituição do valor des- contado indevidamente do contribuinte, caso compro- vem o ressarcimento às pessoas físicas ou jurídicas, conforme o caso.

2.6. Retenção indevida ou a maior - Restituição O sujeito passivo que promoveu retenção indevi- da ou a maior de tributo administrado pela RFB no pagamento ou crédito a pessoa física ou jurídica, efe- tuou o recolhimento do valor retido e devolveu ao be- neficiário a quantia retida indevidamente ou a maior poderá pleitear sua restituição, ressalvadas as reten- ções previdenciárias, em duplicidade ou a maior, na cessão de mão de obra e na empreitada.

A restituição será requerida pelo sujeito passivo mediante utilização do programa PER/DCOMP. Na im- possibilidade de utilização do mencionado programa, o requerimento será formalizado por meio do formulá- rio Pedido de Restituição de Valores Indevidos Rela- tivos a Contribuição Previdenciária, ao qual deverão ser anexados documentos comprobatórios do direito creditório.

A devolução deverá ser acompanhada:

a) do estorno, pela fonte pagadora e pelo bene- ficiário do pagamento ou crédito, dos lança- mentos contábeis relativos à retenção indevi- da ou a maior;

b) da retificação, pela fonte pagadora, das decla- rações já apresentadas à RFB e dos demons- trativos já entregues à pessoa física ou jurídica que sofreu a retenção, nos quais a referida re- tenção tenha sido informada;

c) da retificação, pelo beneficiário do pagamento ou crédito, das declarações já apresentadas à RFB, nas quais a referida retenção tenha sido informada ou utilizada na dedução de tributo.

2.7 Valores referentes à retenção previdenciária na cessão de mão de obra ou empreitada

A empresa prestadora de serviços que sofreu retenção de contribuições previdenciárias no ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços que não optar pela compen- sação dos valores retidos, na forma do subitem 4.9 adiante, ou, se, após a compensação, restar saldo em seu favor, poderá requerer a restituição do valor não compensado, desde que a retenção esteja destaca-

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da na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços e declarada em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informa- ções à Previdência Social (GFIP).

Na falta de destaque do valor da retenção na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de servi- ços, a empresa contratada somente poderá receber a restituição pleiteada se comprovar o recolhimento do valor retido pela empresa contratante.

2.7.1 Retenção em duplicidade

Na hipótese de a empresa contratante efetuar re- colhimento de valor retido em duplicidade ou a maior, o pedido de restituição poderá ser apresentado pela empresa contratada ou pela empresa contratante.

Quando se tratar de pedido feito pela empresa contratante, esta deverá apresentar:

a) autorização expressa de responsável legal pela empresa contratada com poderes espe- cíficos para requerer e receber a restituição, em que conste a competência em que houve recolhimento em duplicidade ou de valor a maior;

b) declaração firmada pelo outorgante, sob as penas da lei, de que não compensou nem foi restituído dos valores requeridos pela outorga- da.

A restituição prevista neste subitem, bem como no subitem 2.7, será requerida pelo sujeito passivo por meio do programa PER/DCOMP ou, na impossi- bilidade de sua utilização, mediante a apresentação do formulário Pedido de Restituição de Retenção Re- lativa a Contribuição Previdenciária, ao qual deverão ser anexados documentos comprobatórios do direito creditório.

2.8 Restituição de receita não administrada pela RFB

O pedido de restituição de receita da União arre- cadada mediante GPS, cuja administração não esteja a cargo da RFB (tais como: Departamento de Portos e Canais (DPC), salário-educação, Incra etc.), deverá ser apresentado à unidade da RFB, com jurisdição so- bre o domicílio tributário do sujeito passivo, que o en- caminhará ao órgão ou à entidade responsável pela administração da receita, a fim de que se manifeste quanto à pertinência do pedido.

Reconhecido o direito creditório, o processo será devolvido à unidade da RFB competente para efetuar a restituição, que a promoverá no montante e com os acréscimos legais previstos na decisão proferida pelo

órgão ou pela entidade responsável pela administra- ção da receita, ou sem acréscimos legais quando a decisão não os previr.

Previamente à restituição de receita tributária não administrada pela RFB, a unidade da RFB competente para efetuar a restituição deverá observar os procedi- mentos relativos à compensação de ofício, conforme o subitem 4.10 adiante.

3. SALÁRIO-FAMÍLIA E SALÁRIO-MATERNIDADE - REEMBOLSO

O reembolso à empresa ou equiparada de valores de quotas de salário-família e salário-maternidade, pa- gos a segurados a seu serviço, poderá ser efetuado mediante dedução no ato do pagamento das contri- buições devidas à Previdência Social corresponden- tes ao mês de competência do pagamento do bene- fício ao segurado, devendo ser declarado em GFIP, sendo vedada a dedução ou a compensação do valor das quotas de salário-família ou de salário-materni- dade das contribuições arrecadadas pela RFB para outras entidades ou fundos (Terceiros).

O reembolso do salário-maternidade aplica-se ao benefício iniciado em período anterior a 29.11.1999 e aos requeridos a partir de 1o.09.2003, uma vez que, no período a partir de 30.11.1999 (inclusive) e até 31.08.2003 (inclusive), o benefício em comento era pago pelo INSS diretamente à segurada.

Quando o valor a deduzir for superior às contribui- ções previdenciárias devidas no mês, o sujeito pas- sivo poderá compensar o saldo a seu favor no reco- lhimento das contribuições dos meses subsequentes, ou requerer o reembolso.

Caso o sujeito passivo efetue o recolhimento das contribuições previdenciárias sem a dedução do valor a reembolsar, essa importância poderá ser compen- sada ou ser objeto de restituição.

O pedido será formalizado na unidade da RFB que jurisdiciona o domicílio tributário do sujeito pas- sivo.

Quando o reembolso envolver valores não decla- rados ou declarados incorretamente, o deferimento do pedido ficará condicionado à apresentação ou à retificação da declaração.

O reembolso será requerido por meio do progra- ma PER/DCOMP ou, na impossibilidade de sua utili- zação, mediante a apresentação do formulário Pedido de Reembolso de Quotas de Salário-Família e Salá- rio-Maternidade, ao qual deverão ser anexados docu- mentos comprobatórios do direito creditório.

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4. COMPENSAÇÃO

O sujeito passivo que apurar crédito relativo às contribuições previdenciárias mencionadas nas letras

“a” a “d” a seguir, passível de restituição ou de re- embolso, poderá utilizá-lo na compensação de contri- buições previdenciárias correspondentes a períodos subsequentes:

a) das empresas e equiparadas, incidentes so- bre a remuneração paga ou creditada aos se- gurados a seu serviço, bem como sobre o va- lor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho;

b) dos empregadores domésticos;

c) dos trabalhadores, incidentes sobre seu salá- rio-de-contribuição;

d) instituídas a título de substituição.

4.1 Condições para a compensação

Para efetuar a compensação, o sujeito passivo deverá estar em situação regular relativamente aos créditos constituídos por meio de auto de infração ou notificação de lançamento, aos parcelados e aos dé- bitos declarados, considerando todos os seus esta- belecimentos e obras de construção civil, ressalvados os débitos cuja exigibilidade esteja suspensa.

4.2 Crédito - Utilização entre os estabelecimentos da empresa

O crédito decorrente de pagamento ou de recolhi- mento indevido poderá ser utilizado entre os estabe- lecimentos da empresa, exceto obras de construção civil, para compensação com contribuições previden- ciárias devidas.

4.2.1 Obra de construção civil

Caso haja pagamento indevido relativo a obra de construção civil encerrada ou sem atividade, a com- pensação poderá ser realizada pelo estabelecimento responsável pelo faturamento da obra.

4.3 Compensação sobre o 13o salário

A compensação poderá ser realizada com as con- tribuições incidentes sobre o décimo terceiro salário.

4.4 Valor descontado indevidamente de sujeito passivo

A empresa ou equiparada poderá efetuar a com- pensação de valor descontado indevidamente de su-

jeito passivo e efetivamente recolhido, desde que seja precedida do ressarcimento ao sujeito passivo.

4.5 Simples Nacional e Simples - Compensação - Vedação

É vedada a compensação de contribuições previ- denciárias com o valor recolhido indevidamente para o Simples Nacional, instituído pela Lei Complementar no 123/2006, e o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Em- presas de Pequeno Porte (Simples), instituído pela Lei no 9.317/1996.

4.6 GFIP - Informação

A compensação deve ser informada em GFIP, na competência de sua efetivação.

4.7 Compensação indevida

No caso de compensação indevida, o sujeito pas- sivo deverá recolher o valor indevidamente compen- sado, acrescido de juros e multa de mora devidos.

Caso a compensação indevida decorra de infor- mação incorreta em GFIP, deverá ser apresentada de- claração retificadora.

4.8 Contribuições destinadas a Terceiros - Compensação - Vedação

É vedada a compensação pelo sujeito passivo das contribuições destinadas a outras entidades ou fundos (Terceiros).

4.9 Compensação de valores referentes à retenção previdenciária na cessão de mão de obra e na empreitada

A empresa prestadora de serviços que sofreu re- tenção no ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços poderá compen- sar o valor retido quando do recolhimento das con- tribuições previdenciárias, inclusive as devidas em decorrência do décimo terceiro salário, desde que a retenção esteja:

a) declarada em GFIP na competência da emis- são da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços; e

b) destacada na nota fiscal, na fatura ou no re- cibo de prestação de serviços ou que a con- tratante tenha efetuado o recolhimento desse valor.

4.9.1 Requisitos a serem observados

Para efetuar a compensação da retenção, a em- presa deverá observar os seguintes requisitos:

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a) a compensação da retenção somente poderá ser efetuada com as contribuições previden- ciárias, não podendo absorver contribuições destinadas a outras entidades ou fundos (Ter- ceiros), as quais deverão ser recolhidas inte- gralmente pelo sujeito passivo;

b) será considerado como competência da re- tenção o mês da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços;

c) a compensação do valor retido somente pode- rá ser feita pelo estabelecimento que sofreu a retenção;

d) nos casos de obra de construção civil me- diante empreitada total, a compensação deve ser realizada na matrícula do Cadastro Espe- cífico do INSS (CEI) da obra para a qual foi efetuada a retenção, sendo admitida a com- pensação de saldo de retenção com as con- tribuições referentes ao estabelecimento res- ponsável pelo faturamento da obra.

Havendo saldo remanescente em favor do sujeito passivo, tal valor poderá ser compensado nas com- petências subsequentes, devendo ser declarada em GFIP na competência de sua efetivação, ou objeto de restituição, na forma dos subitens 2.7 e 2.7.1.

4.10 Compensação de ofício

Antes de proceder à restituição de tributo, a auto- ridade competente da RFB deverá verificar a existên- cia de débito em nome do sujeito passivo no âmbito da RFB e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

Verificada a existência de débito, ainda que con- solidado em qualquer modalidade de parcelamento, inclusive de débito já encaminhado para inscrição em Dívida Ativa, de natureza tributária ou não, o valor da restituição deverá ser utilizado para quitá-lo, mediante compensação em procedimento de ofício.

Antes de ser efetuada a compensação de ofício, deverá ser solicitado ao sujeito passivo que se mani- feste quanto ao procedimento no prazo de 15 dias, contados do recebimento de comunicação formal enviada pela RFB, sendo o seu silêncio considerado como aquiescência.

Na hipótese de o sujeito passivo discordar da compensação de ofício, a autoridade da RFB com- petente para efetuar a compensação reterá o valor da restituição até que o débito seja liquidado.

Havendo concordância do sujeito passivo, ex- pressa ou tácita, quanto à compensação, esta será efetuada.

O crédito em favor do sujeito passivo que rema- nescer do procedimento de ofício ser-lhe-á restituído.

Quando se tratar de pessoa jurídica, a verifica- ção da existência de débito deverá ser efetuada em relação a todos os seus estabelecimentos, inclusive obras de construção civil.

A verificação de existência de débito mencionada no primeiro parágrafo deste subitem não se aplica ao reembolso.

4.10.1 Compensação de ofício - Ordem preferencial

Na hipótese de restituição das contribuições pre- videnciárias e das contribuições recolhidas para Ter- ceiros, mencionadas no subitem 1.1, a compensação de ofício será realizada, em primeiro lugar, com débi- tos dessas contribuições, observando-se a seguinte ordem:

a) débitos cuja exigibilidade não esteja suspen- sa, na ordem crescente dos prazos de prescri- ção;

b) parcelas vencidas e vincendas relativas ao acordo de parcelamento, efetuadas sucessi- vamente:

b.1) na ordem crescente da data de venci- mento das prestações vencidas;

b.2) na ordem decrescente da data de venci- mento das prestações vincendas.

Remanescendo crédito a restituir e existindo ou- tros débitos no âmbito da RFB e PGFN, o valor será utilizado na forma dos arts. 51 e 52 da Instrução Nor- mativa RFB no 900/2008.

Na compensação de ofício, os créditos serão valorados na forma prevista no item 7 adiante, e os débitos sofrerão a incidência de acréscimos e encar- gos legais, na forma da legislação de regência, até a da efetivação da compensação, quando se tratar de débito relativo às contribuições previdenciárias e às devidas a Terceiros, mencionadas no subitem 1.1, ou encaminhado à PGFN para inscrição em Dívida Ativa da União, quando se considera efetuada a compen- sação.

A compensação de ofício do débito do sujeito passivo será efetuada obedecendo-se à proporcio- nalidade entre o principal e respectivos acréscimos e encargos legais.

4.10.2 Débitos objeto de parcelamento

A compensação de ofício de débito objeto de par- celamento será efetuada, sucessivamente:

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a) na ordem crescente da data de vencimento das prestações vencidas; e

b) na ordem decrescente da data de vencimento das prestações vincendas.

5. EMPRESA OPTANTE PELO SIMPLES - RETENÇÃO INDEVIDA - PERÍODO DE 1o.01.2000 A 31.08.2002

No caso de empresa optante pelo Simples, os va- lores de contribuições previdenciárias retidos indevi- damente no período de 1o.01.2000 a 31.08.2002, em que não havia a obrigação da retenção, poderão ser objeto de pedido de restituição ou de compensação.

6.PROCESSO DE RESTITUIÇÃO E REEMBOLSO - DECISÃO

Incumbe ao titular da Delegacia da Receita Fede- ral do Brasil que, à data do reconhecimento do direito creditório, tenha jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo decidir sobre os pedidos de resti- tuição de crédito relativo a tributo administrado pela RFB e sobre o pedido de reembolso.

A autoridade da RFB competente para decidir so- bre a restituição e o reembolso poderá condicionar o reconhecimento do direito creditório à apresentação de documentos comprobatórios do referido direito, in- clusive arquivos magnéticos, bem como determinar a realização de diligência fiscal nos estabelecimentos do sujeito passivo, a fim de que seja verificada, me- diante exame de sua escrituração contábil e fiscal, a exatidão das informações prestadas.

É facultado ao sujeito passivo, no prazo de 30 dias, contados da data da ciência da decisão que in- deferiu seu pedido de restituição ou reembolso, apre- sentar manifestação de inconformidade contra o não- reconhecimento do direito creditório. O disposto neste parágrafo não se aplica à compensação de contribui- ção previdenciária, bem como de receitas não admi- nistradas pela RFB.

7. VALORAÇÃO DE CRÉDITOS

O crédito relativo a tributo administrado pela RFB, passível de restituição ou reembolso, será restituído, reembolsado ou compensado com o acréscimo de juros Selic para títulos federais, acumulados mensal- mente, e de juros de 1% no mês em que, entre ou- tros:

a) a quantia for disponibilizada ao sujeito passivo;

b) for efetivada a compensação na GFIP;

c) houver o consentimento do sujeito passivo para a compensação de ofício de débito ainda

não encaminhado à PGFN, observados os re- quisitos legais.

No cálculo dos juros compensatórios, observar- se-á, como termo inicial de incidência:

a) na hipótese de pagamento indevido ou a maior de contribuições previdenciárias e con- tribuições recolhidas para outras entidades ou fundos (Terceiros), o mês subsequente ao do pagamento;

b) na hipótese de crédito referente à retenção na cessão de mão de obra e na empreitada, no mês subsequente ao da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços;

c) na hipótese de reembolso, o mês subsequente ao do pagamento do salário-família ou do salá- rio-maternidade.

As quantias pagas indevidamente a título de mul- ta de mora ou de ofício, e de juros moratórios decor- rentes de obrigações tributárias relativas aos tributos administrados pela RFB, também serão restituídas ou compensadas com o acréscimo dos juros compensa- tórios.

Nota

Na compensação de contribuição previdenciária e contribuições reco- lhidas para outras entidades ou fundos, realizada até 03.12.2008, observado o limite de 30%, o crédito apurado deve ser acrescido de juros, calculados da seguinte forma:

a) em relação a crédito de pagamento indevido ou a maior, 1% relativa- mente ao mês em que houve o pagamento indevido ou a maior, 1%

no mês em que for efetuada a compensação e a juros equivalentes à Taxa Selic para títulos federais, acumulados mensalmente, relativa- mente aos meses intermediários;

b) em relação a crédito de retenção na cessão de mão de obra e na empreitada, 1% relativamente ao mês subsequente ao da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, 1% no mês em que for efetuada a compensação e a juros Selic, acumulados mensal- mente, relativamente aos meses intermediários; ou

c) em relação a crédito de reembolso de quotas de salário-família e salário-maternidade, 1% relativamente ao mês subsequente ao que se referir crédito, 1% no mês em que for efetuada a compensação e a juros Selic, acumulados mensalmente, relativamente aos meses intermediários.

8. PAGAMENTO

A restituição e o reembolso serão realizados pela RFB exclusivamente mediante crédito em conta-cor- rente bancária ou de poupança de titularidade do be- neficiário.

Ao pleitear a restituição ou o reembolso, o reque- rente deverá indicar o banco, a agência e o número da conta-corrente bancária ou de poupança de titula- ridade do sujeito passivo em que pretende seja efe- tuado o crédito.

Compete à instituição financeira que efetivar a restituição ou o reembolso verificar a correspondên- cia do número de inscrição do respectivo beneficiário

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no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), constante dos documentos de abertura da conta-corrente bancária ou de poupança, com o assinalado na corresponden- te autorização de crédito.

O descumprimento do mencionado no parágra- fo anterior caracteriza desvio de recursos públicos e obriga a instituição financeira responsável à entrega dos valores ao legítimo credor ou à sua devolução ao Tesouro Nacional, acrescidos dos juros, sem prejuízo da imposição das demais sanções cabíveis.

9. RETIFICAÇÃO DO PEDIDO DE RESTITUIÇÃO OU REEMBOLSO

A retificação do pedido de restituição e do pedi- do de reembolso gerados a partir do programa PER/

DCOMP deverá ser requerida pelo sujeito passivo me- diante apresentação à RFB de documento retificador gerado a partir do referido programa.

A retificação do pedido de restituição e reembol- so apresentados em formulário em meio papel, nas hipóteses em que admitida, deverá ser requerida pelo sujeito passivo mediante apresentação à RFB de for- mulário retificador, o qual será juntado ao processo administrativo respectivo para posterior exame pela autoridade competente da RFB.

Os pedidos de restituição ou reembolso somente poderão ser retificados pelo sujeito passivo caso es- tejam pendentes de decisão administrativa na data do envio do documento retificador.

10. DESISTÊNCIA DE PEDIDO DE RESTITUIÇÃO E DE PEDIDO DE REEMBOLSO

A desistência do pedido de restituição e do pe- dido de reembolso poderá ser requerida pelo sujeito passivo mediante a apresentação à RFB do pedido de cancelamento gerado a partir do programa PER/

DCOMP ou, na hipótese de utilização de formulário em meio papel, mediante a apresentação de reque- rimento à RFB, o qual somente será deferido caso o pedido de restituição ou o pedido de reembolso se encontre pendente de decisão administrativa na data da apresentação do pedido de cancelamento ou do requerimento.

11. DEVOLUÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS ARRECADADAS

INDEVIDAMENTE OU A MAIOR INCIDENTES SOBRE A REMUNERAÇÃO DO EXERCENTE DE MANDATO ELETIVO, INCLUSIVE A RELATIVA AO PERÍODO DE 1o A 18.09.2004

São devidas as contribuições previdenciárias de- correntes de valores pagos, devidos ou creditados ao exercente de mandato eletivo federal, estadual ou mu- nicipal, desde que não vinculado a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), de acordo com a alínea “j”

do inciso I do art. 12 da Lei no 8.212/1991, acrescenta- da pela Lei no 10.887/2004 (condição de empregado), com eficácia a partir de 19.09.2004.

Relativamente à competência setembro/2004, é cabível a compensação ou a restituição das contribui- ções incidentes sobre a remuneração proporcional ao período de 1o a 18, sendo devidas as contribuições incidentes sobre a remuneração do período de 19 a 30 daquele mês. Para tanto, os valores a restituir ou a compensar serão calculados multiplicando-se os va- lores recolhidos à Previdência Social relativos àquele mês por 0,6 (seis décimos).

É facultado ao ente federativo compensar os va- lores pagos à Previdência Social, observadas as se- guintes condições:

a) a compensação deverá ser precedida de re- tificação das GFIP para excluir destas todos os exercentes de mandato eletivo informados, bem como a remuneração proporcional ao período de 1o a 18, na competência setem- bro/2004, relativa aos referidos exercentes;

b) a compensação deverá ser realizada com contribuições previdenciárias declaradas em GFIP;

c) o ente federativo deverá estar em situação regular, considerando todos os seus órgãos e obras de construção civil executadas com pessoal próprio, em relação às contribuições sociais previdenciárias incidentes sobre a re- muneração paga ou creditada aos segurados e às contribuições instituídas a título de substi- tuição;

d) o ente federativo deverá estar em dia com parcelas relativas a acordos de parcelamen- to de contribuições objeto dos lançamentos, considerados todos os seus órgãos e obras de construção civil executadas com pessoal próprio;

(9)

e) somente é permitida a compensação de va- lores que não tenham sido alcançados pela prescrição;

f) a compensação somente poderá ser realizada em recolhimento de importância correspon- dente a períodos subsequentes àqueles a que se referem os valores pagos com base na alínea “h” do inciso I do art. 12 da Lei no 8.212/1991, acrescentada pelo § 1o do art. 13 da Lei no 9.506/1997; e

g) o ente federativo deverá estar em dia com as contribuições sociais declaradas em GFIP.

O ente federativo poderá efetuar a compensação dos valores descontados do exercente de mandato eletivo e efetivamente recolhidos, desde que:

a) seja precedida de declaração do exercente de mandato eletivo de que está ciente que esse período não será computado no seu tem- po de contribuição para efeito da concessão de benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS); e

b) possa comprovar o ressarcimento de tais valo- res ou possua uma procuração por instrumen- to particular, com firma reconhecida em cartó- rio, ou por instrumento público, outorgada pelo exercente de mandato eletivo, autorizando-o a efetuar a compensação.

Os documentos mencionados deverão ser manti- dos sob a guarda do ente federativo para exibição à fiscalização, quando solicitados.

Caso seja constatado, em procedimento fiscal, a inobservância ao disposto nas letras “a” e “b” ime- diatamente anteriores, os valores compensados serão glosados.

É obrigatória a retificação da GFIP, por parte do dirigente do ente federativo, independentemente de efetivação da compensação.

11.1 Ente federativo - Opção pela restituição O ente federativo poderá ainda optar pela restitui- ção dos valores recolhidos indevidamente. Para tanto, considerados todos os seus órgãos e obras de cons- trução civil executadas com pessoal próprio, deverá:

a) retificar as GFIP, para excluir destas todos os exercente de mandato eletivo informados nas competências janeiro/1999 a agosto/2004, bem como, a remuneração proporcional ao período de 1o a 18 de setembro/2004 relativa aos referidos exercente;

b) requerer a restituição dos valores recolhidos indevidamente para a Previdência Social.

O ente federativo poderá requerer a restituição de valores descontados, e efetivamente recolhidos, dos exercentes de mandato eletivo, desde que esteja autorizado a receber esses valores ou comprove por meio de documentos ter restituído àqueles as impor- tâncias retidas.

É vedado o deferimento de pedido de restituição dos valores descontados dos exercentes de mandato eletivo que tenham optado pela manutenção da filia- ção ao RGPS na qualidade de segurado facultativo.

Somente serão restituídos valores que não tenham sido alcançados pela prescrição.

É obrigatória a retificação da GFIP, por parte do dirigente do ente federativo, independentemente de efetivação da restituição.

O pedido de restituição será formalizado com a protocolização do Requerimento de Restituição de Valores Indevidos - Ente Federativo (RRVI - EF), em unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

11.1.1 Documentos necessários à instrução do processo

Os documentos necessários à instrução do pro- cesso são os seguintes:

a) RRVI - EF, em 2 vias, assinadas pelo dirigente ou pelo representante legal do ente federativo;

b) original e cópia de ato administrativo, emitido por autoridade competente, no qual esteja pre- vista a competência do dirigente para solicitar restituição ou procuração por instrumento par- ticular, com firma reconhecida em cartório ou por instrumento público, com poderes especí- ficos para representar o requerente, conforme o caso;

c) original e cópia do termo de posse do dirigen- te máximo do ente federativo;

d) discriminativo dos valores recolhidos; e

e) resumo da folha de pagamento, relativo a cada competência incluída no pedido de resti- tuição.

Caso o ente federativo solicite também a restitui- ção dos valores por ele descontados dos exercentes de mandato eletivo e efetivamente recolhidos, deve- rão ser acrescentados ao requerimento os seguintes documentos:

(10)

a) cópia autenticada do termo de diplomação do exercente de mandato eletivo, abrangendo o período objeto do pedido de restituição;

b) original e cópia do documento de identidade e do comprovante de inscrição no CPF de cada exercente de mandato eletivo;

c) original e cópia do recibo de devolução ao exercente de mandato eletivo do valor indevi- damente descontado, acrescidos de juros cal- culados na forma da legislação ou procuração por instrumento particular, com firma reconhe- cida em cartório ou por instrumento público, outorgada pelo exercente de mandato eletivo, autorizando-o a solicitar e receber a restitui- ção;

d) declaração do exercente de mandato eletivo, de que:

- está ciente que o período abrangido no pedido de restituição não será compu- tado no seu tempo de contribuição para efeito de benefícios do RGPS;

- não optou por pleitear a manutenção da filiação na qualidade de segurado facul- tativo; e

- não solicitou restituição dos valores reque- ridos pelo ente, diretamente à Previdência Social ou por intermédio da justiça;

e) Discriminativo das Remunerações e dos Va- ores Recolhidos Relativos ao Exercente de Mandato Eletivo, referente a cada exercente relacionado no processo de restituição, rela- cionando a remuneração e os valores descon- tados de cada exercente de mandato eletivo nas competências objeto do pedido de resti- tuição; e

f) termo de desistência do processo administra- tivo ou judicial, se for o caso.

11.2 Pedido de restituição pelo exercente de mandato eletivo

O exercente de mandato eletivo poderá solicitar diretamente a restituição dos valores dele desconta- dos e efetivamente recolhidos.

Somente serão objeto de restituição os valores que não tenham sido alcançados pela prescrição.

Deverão ser indeferidos os pedidos de restituição quando:

a) o exercente de mandato eletivo tenha optado pela manutenção da filiação na qualidade de segurado facultativo;

b) não reste comprovado o recolhimento ou o parcelamento dos valores retidos por parte do ente federativo;

c) o ente federativo já tenha compensado ou so- licitado a restituição da parte descontada;

d) o exercente de mandato eletivo tenha Certidão de Tempo de Contribuição envolvendo o pe- ríodo solicitado no pedido de restituição;

e) o período tenha sido utilizado para a conces- são de benefício.

No caso das letras “d” e “e”, a RFB informará ao INSS sobre o indeferimento do pedido de restituição.

O exercente de mandato eletivo que, no período mencionado no item 11, tiver exercido concomitante- mente outra atividade remunerada sujeita ao RGPS somente fará jus à restituição se a soma das contribui- ções recolhidas naquele período for superior ao valor que seria devido pelo exercente, caso ele desempe- nhasse apenas a outra atividade remunerada sujeita ao RGPS.

O pedido de restituição será formalizado com a protocolização do Requerimento de Restituição de Valores Indevidos - Exercente de Mandato Eletivo (RRVI - EME), em unidade da RFB.

Os documentos necessários à instrução do pro- cesso de restituição dos exercente de mandato eleti- vo são os seguintes:

a) RRVI - EME, em 2 vias, assinadas pelo reque- rente;

b) procuração por instrumento particular, com firma reconhecida em cartório, ou por instru- mento público, com poderes específicos para representar o requerente, se for o caso;

c) original e cópia do documento de identidade e do comprovante de inscrição no CPF, do re- querente e do procurador, se for o caso;

d) original e cópia dos recibos de pagamento de remuneração referentes às competências em que é pleiteada a restituição;

e) cópia autenticada do ato de diplomação do exercente de mandato eletivo, referente ao pe- ríodo objeto do pedido de restituição;

f) declaração, firmada pelo ente federativo, sob as penas da lei, de que descontou, recolheu e não devolveu o valor objeto do pedido de restituição, não compensou a importância e nem pleiteou a restituição junto à Previdência Social ou por meio de ações judiciais;

g) declaração do exercente de mandato eletivo, com firma reconhecida em cartório, de que

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não optou por pleitear a filiação na qualidade de segurado facultativo e de que está ciente que esse período não será computado no seu tempo de contribuição para efeito da conces- são de benefícios do RGPS; e

h) discriminativo das remunerações e dos valo- res recolhidos relativos ao exercente de man- dato eletivo, relacionando a remuneração e os valores descontados do exercente de manda- to eletivo nas competências objeto do pedido de restituição.

11.3 Decisão da restituição

A decisão sobre requerimento de restituição com- pete ao titular da Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF) ou da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat) que, à data do reconhecimento do direito creditório, tenha jurisdi- ção sobre o domicílio tributário do sujeito passivo.

No caso de deferimento, ainda que parcial, da restituição pleiteada pelo ente federativo, se verifica- da a existência de débito em nome de quaisquer dos órgãos a ele vinculados, o valor da restituição será utilizado para quitar o débito, após o que será dada ciência ao requerente do valor da restituição deferida e dos débitos com ela quitados.

Para tanto, entende-se por órgãos do ente fede- rativo:

a) no caso de município, o poder executivo e suas secretarias e o legislativo municipal, ainda que inscritos no CNPJ com número próprio;

b) no caso dos estados e do Distrito Federal, o poder executivo e suas secretarias, o poder legislativo e o poder judiciário.

No caso de deferimento, ainda que parcial, da restituição pleiteada pelo exercente de mandato ele- tivo, se verificada a existência de débito em nome do sujeito passivo, o valor da restituição será utilizado para quitar o débito, após o que será dada ciência ao requerente do valor da restituição deferida e dos débitos com ela quitados.

11.4 Recurso

Da decisão que indeferir a restituição pleiteada, caberá recurso para o Segundo Conselho de Contri- buintes, no prazo de 30 dias, contados da data da ciência da decisão.

Na hipótese de não-apresentação de recurso no prazo previsto, o processo será arquivado.

(Instrução Normativa RFB no 900/2008, arts. 1o, 2o, 3o, 7o, 8o, 17, 18, 19, 20, 30, 31, 32, 33, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 53, 54, 57, 65, 66, 72, 74, 75, 76, 77, 82, 84, 85, 98 e 99 e 100; Portaria Conjunta INSS/RFB no 10/2008; Instrução Normativa MPS/SRP no 15/2006, alterada pela Instrução Normativa RFB no 909/2009)

IOB Setorial

Bombeiro Civil - Regulamentação da profissão

1. INTRODUÇÃO

O fogo pode ser definido como um fenômeno fí- sico-químico, onde ocorre uma reação de oxidação com emissão de calor e luz. O fogo sem controle, in- tenso, que causa danos e prejuízos à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio é denominado incêndio.

Com o objetivo de prevenir a ocorrência de incên- dios, são adotadas medidas no sentido de mapear as áreas de risco, permitir o abandono seguro dos ocupantes da edificação, dificultar a propagação das chamas, proporcionar meios de controle e extinção do incêndio e planejar o acesso para as operações das equipes de atendimento ao sinistro.

O combate efetivo ao incêndio compreende um conjunto de ações táticas destinadas a extinguir ou

isolar o incêndio com uso de equipamentos manuais ou automáticos.

2. EMPRESAS - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO - OBRIGATORIEDADE

A Norma Regulamentadora (NR 23), aprovada pela Portaria MTb no 3.214/1978, dispõe sobre pro- teção contra incêndios, estabelecendo que todas as empresas se encontram obrigadas a adotar medidas que atendam, de forma eficaz, a necessidade de prevenção e combate a incêndio em suas depen- dências. Tais medidas englobam a manutenção de equipamentos para combate ao fogo, treinamento de pessoal para manejo dos equipamentos etc.

Muito embora o tema seja tratado especificamen- te na mencionada NR 23, outras Normas Regulamen- tadoras se referem à proteção contra incêndios, como é o caso da NR 10 (Segurança em Instalações e Ser- viços em Eletricidade), NR 18 (Condições e Meio Am-

(12)

biente do Trabalho na Indústria da Construção), NR 22 (Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração) e NR 26 (Sinalização de Segurança).

3. BOMBEIRO CIVIL - DEFINIÇÃO

Considera-se Bombeiro Civil aquele que exerça, em caráter habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como emprega- do contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia mista, ou empre- sas especializadas em prestação de serviços de pre- venção e combate a incêndio.

4. BASE LEGAL

O exercício da profissão de Bombeiro Civil reger- se-á pelo disposto na Lei no 11.901/2009.

5. ATUAÇÃO CONJUNTA - COORDENAÇÃO

No atendimento a sinistros em que atuem, em conjunto, os Bombeiros Civis e o Corpo de Bombeiros Militar, a coordenação e a direção das ações caberão, com exclusividade e em qualquer hipótese, à corpo- ração militar.

6. FUNÇÕES - CLASSIFICAÇÃO

As funções de Bombeiro Civil são assim classifi- cadas:

a) Bombeiro Civil, nível básico, combatente dire- to ou não do fogo;

b) Bombeiro Civil Líder, o formado como técnico em prevenção e combate a incêndio, em nível de ensino médio, comandante de guarnição em seu horário de trabalho;

c) Bombeiro Civil Mestre, o formado em enge- nharia com especialização em prevenção e combate a incêndio, responsável pelo Depar- tamento de Prevenção e Combate a Incêndio.

7. JORNADA DE TRABALHO

A jornada do Bombeiro Civil é de 12 horas de tra- balho por 36 horas de descanso, num total de 36 ho- ras semanais.

8. DIREITOS

São assegurados ao Bombeiro Civil, além das de- mais garantias legais:

a) uniforme especial, a expensas do emprega- dor;

b) seguro de vida em grupo, estipulado pelo em- pregador;

c) adicional de periculosidade de 30% do salá- rio mensal sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa;

d) reciclagem periódica.

9. EMPRESAS ESPECIALIZADAS E CURSOS DE FORMAÇÃO - PENALIDADES

As empresas especializadas e os cursos de forma- ção de Bombeiro Civil, bem como os cursos técnicos de segundo grau de prevenção e combate a incêndio que infringirem as disposições da Lei no 11.901/2009, ficarão sujeitos às seguintes penalidades:

a) advertência;

b) proibição temporária de funcionamento;

c) cancelamento da autorização e registro para funcionar.

10. ASSISTÊNCIA TÉCNICA - CONVÊNIOS - POSSIBILIDADE

As empresas e demais entidades que utilizem o ser- viço de Bombeiro Civil poderão firmar convênios com os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados e do Distrito Federal, para assistência técnica a seus profissionais.

IOB Perguntas e Respostas

Restituição de contribuições previdenciárias - Programa PER/DCOMP - Utilização

1) O pedido de restituição de contribuições previ- denciárias será efetuado por meio do programa PER/

DCOMP?

R.: Sim. A partir de 1o.01.2009, a restituição das contribuições previdenciárias será requerida pelo su-

jeito passivo mediante utilização do programa Pedido de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Decla- ração de Compensação (PER/DCOMP).

Na impossibilidade de utilização do programa PER/DCOMP, o requerimento será formalizado por meio do formulário Pedido de Restituição, constante do Anexo I da Instrução Normativa RFB no 900/2008,

Referências

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