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(1)

SI f1PÚSIO: «O GÁS NATURAL NO CONTEXTO ENERGÉTICO PORTUGUÊS»

o Projecto da POP para introdução do gás natural em Portugal

JOSÉ MANUEL BACHAREL

Eng." Químico ,L S. T.)

Petroquímica e Gás de Portugal, EP Departamento de Gás

1. O gás natural e o Plano Energético em Portugal

Os trabalhos do Plano Energetico Nacional, que desde a publicação da versão PEN 82, em Fev ereiro de 1982, têm vindo a ser objecto de

analise

e debate público, têm despenado os

mais

variados sectores para os drversos aspectos contemplados. quer nessa

primeira

v

ersão quer na versão PEN 84

concluida

em Maio do corrente ano

Um dos aspectos que o Plano Energetico ~ acional fez surgir perante o grande publico pela primeira vez foi aquele que se relaciona com a introdução do gas natural em Portugal Esta forma de energia foi na realidade considerada desde o início dos trabalhos do Plano

Energenco

Nacional como susceptível de 'VIr a ser incluída no SIstema energético do País uma vez

qUt

- O gás natural constituiria uma via de diversifi- cação quanto ao aprovisionamento em energia, com consequências duplamente vantajosas:

a) pôr à

disposição

do

País

uma

nov

a forma de energia que permitisse reduzir a depen- dência em relação ao petróleo bruto;

b) permitir um sempre conveniente alarga- mento do numero de fontes de abasteci- mento

energético.

- a infraestrutura de transporte e distribuição desta nova forma de energia, poderá veicular gas natural de qualquer proveniência (inclusi- vamente, como e óbvio, o de produção nacio- nal) e. no futuro, outros gases combustíveis que

venham

a substituir o gás natural: estarão neste caso, o biogás, o gás obtido pela gaseificação de

carv

ões e mesmo o próprio hidrogénio;

82 ELECTRICIDADE ENERGIA. ELECTRÓNICA _ N.O 208 - Fevereiro 1985

(2)

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gus can ilizad: constitui uma Iorma de ener- gia dire rume

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de

distribuição de

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i-

mente não so das rcgioc-, com acesso

Ú

sua utiliza

50

como tarnbcm daquelas que, não sendo ervidas pela rede. poderão beneficiar do deslocamento para o interior, da estrutura de distribuição de gases

do

petróleo

liqucl

cito

GPL.

~ ta circunstâncias

tinham aliás

levado

a PG

P

a efectuar diversos estudos que permitis ern a con- cretização do parâmetros relarix Os

ú

introdução do gas natural no nosso País, mesmo antes do arranque

do

trabalhos do Plano

Encrgcuco acional

em

1981.

O~ re ultados

(h

versão PEl

82

levaram o Go-

verno, em Dezernbr»

de

1982. a

determinar

à

PGP a realização de div ersos estudos complementares que pude em definir os termos concretos de uma decisão

final obre o projecto.

revisão do Plano Energético Iacional, entre- tanto decidida, pôde assim considerar, no que res- peita ao sector do gás canalizado, o resultados dos estudo efectuados pela empresa durante o ano de 1983, nomeadmente as estimativas do custo das ins- talações a construir.

Os resultados da versão PEl

T

84 confirmam efcc- rivarnente a importância desta forma de energia na satisfação das necessidades nacionais em energias pri-

, .

manas.

Permitem mesmo afirmar que a penetração do gás natural deverá situar-se, em termos globais, a níveis mais significativos do que os definidos no PE

82.

Trata-se aliás de urna conclusão de certo modo previsível na medida em que a evolução dos preços do gás natural considerados para o PEN 84 confere a esta forma de energia uma maior compe- titividade relativamente ao petroleo bruto e seus de- rivados, do que acontecia no PEN

82.

2. A introdução do gás natural em Por ...

tugal

Pôde, por conseguinte, confirmar-se que o gás natural reúne condições para vir a desempenhar pa- pel importante no panorama energético do

País.

2. I. ,\ rcas H abastecer

As

<..:U

ructc rí~t icas de u m projecto de abasteci- mento de gás obrigam a que o mesmo seja delineado tendo cm conta. nomeadamente, a localização dos consumos

c a

concentração

dos

consumidores.

A

rede de rran

porte

a construir deverá

apresen- lar, por

consequência, uma configuração que per-

mita abastecer as

zonas

do

território

do

continente mui importantes cm termos de consumos potenciais,

seja

pelo número

de

consumidores que nelas se loca- lizam, seja pela importância de alguns deles.

A figura 1 mo

tra

a zona de influência do

gaso-

d u

to

pri ncipal e leccionada pe la PG P na sequência

de

estudos realizado para

o

efeito.

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Fig. 1 - Zona de influência do gasoduto principal nos estudos da PG P. com a respectiva rede de transporte

ELECTRICIDADE. ENERGIA. ELECTRÓNICA - N.O 208 - Fevereiro 1985 83

(3)

Os contornos definitivos resultarão, porem. de

decisões

a tomar

caso

a

caso,

em relação à

constru-

ção de redes locais de distribuição.

2 2. Aprovisionamento da rede

Coloca-se então a questão de definir o esquema de

aprovisionamento

dessa rede, uma \ ez que não foram ainda detectadas

jazidas nacionais

de gas na- tural e que o recurso à gaseificação de carv ões cons-

tItUI

uma opção

tecnico-economica desfav

oravel

quando comparada com a unlização do gás natural.

Hax era assim que optar por uma de duas soluções:

- importação de produto em fase gasoso. por ga- soduto:

- importação

de

produto em fase líquida. por

. .

naVIO

metaneiro.

A.

hipótese de aprovisionamento em fase gasosa corresponde

à

recepção de gás natural através de Espanha .A rede espanhola (fig.

2)

situa-se porém

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MARRUECOS

a distâncias que inviabilizam economicamente a solu- ção, pelo menos a curto e a médio prazo.

Esta afirmação

é

válida pelo que respeita a gás prox emente quer da SIbéria quer de África. Na rea-

hdade

a

primeira

destas

origens

fica compromenda como fonte de abastecimento, pela necessidade de

construir

a ligação entre França e a Espanha atra-

\ es

dos

Pirineus

e de reforçar a estrutura de trans- porte existente em cada um dos países; a segunda origem não dev erá \ ir a concretizar-se, pelo menos a medro prazo, dado o facto de a Europa Ocidental ter ja neste momento contratados os seus

aprovisio-

namentos ate ao ano de

1995.

Parecem por isso com-

prometidos,

por falta de um mercado de suporte.

os projectos de

travessia

do Mediterrâneo entre Qued

Melah

na Argelia e o Cabo de Gata em Espanha, para transporte de gás argelino (fig.

2),

assim como o projecto de atravessamento do estreito de

Gibral-

tar a

partir

de

Marrocos

para transporte de gás

ruge-

riano e

argelino (fig. 3)

As

dificuldades tecnicas

do

I.g (profundidades

da ordem dos

2200

m) e o \ olume de

invesnmento

ligado ao 2 (da ordem dos

1000

a

1500

milhões de con- tos, valores de

1983)

são as

principais Iirnitações

a

. -

sua concrenzaçao

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Fig. 2 - Rede de gasodutos em Espanha.

84 ELECTRICIDADE ENERGIA. ELECTRÓNICA _ N:" 208 - Fevereiro 1985

(4)
(5)

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Fig. 3 - Projecto de gasodutos entre África e Europa

86 ELECTRICIDADE. ENERGIA. ELECTRÓNICA _ N;" 208 - Fevereiro 198)

(6)

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Fig, 4 - H ibóteses de interligação da rede espanhola de gasodutos com Portugal

Após

a

e

laboração da \

ersão PEN 82 e

no

curn-

primeruo de directivas governamentais, a PGP reto- mou pois o assunto em 1983 com o objectivo de escolher, em definitivo, a melhor localização para o terminal. Desta vez foram indicadas ao consultor, ainda a BGC, apenas duas áreas:

- a zona do Porto de Sines, apesar de desacon- selhada no estudo anterior mas onde a cons- trução do terminal de importação de carvão poderia abrir novas

hipóteses

para o terminal

de importação de gás;

- a área de concessão da Equimetal no estuário do Sado escolhida em 1979.

A

hipótese de construir o terminal na região Norte do País não foi considerada dadas as razões aduzi- das pela BGC em 1979 para o porto de Sines quanto

à localização da obra marítima, a proximidade de zonas densamente habitadas,

à

distância em relação à zona destinada

à

armazenagem e ao afastamento em relação ao centro de gravidade dos consumos.

Tendo o G.A ..S. apresentado como áreas dispo- níveis para construção da armazenagem do terminal apenas aquelas que já hav iam sido rejeitadas ante- riormente, entendeu-se que o nov o estudo dev eria voltar a con

iderá-las

e, realinhados os

ar

gumentos em seu desfavor, comparar a localização no estuário do Sado (Equimetal) com a localização que os téc- nicos da

British

Gas Corporation considerassem, na zona de Sines, como mais adequada (fig. 5).

Os resultados do estudo recomendam sern reticên- cias a área de concessão da Equimetal no estuário do Sado, e pecialmente pelo afastamento das instala- ções em relação a are as habitadas, pelas boas condi- ções de mar, pela curta distância entre a obra marí- tima e a area de armazenagem e pela proximidade em relação ao centro de gravidade dos consumos.

Para alem da comparação

qualitatrva,

que levou a recomendar o

estuário

do Sado, a BGC produziu

também

considerações de ordem

económica

que per- mitem estimar a ordem de grandeza da penalização nos investimentos correspondentes à opção por Sines.

ELECTRICIDADE. ENERGIA. ELECTRóNICA - N.O 208 - Fevereiro 1985 87

(7)

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'O~TUCEL

GASLIWPO

Fig 5 - Estudo de localização do terminal de importação de GNL

Essa penalização

estimav

a-se. em 1983. em cerca de 6,5 milhões de contos, verba resultante, essencial- mente, dos sobre investimentos correspondentes a

- cerca de 80 km adicionais de gasoduto;

- ligação da obra

marfnrna

a area de armaze- nagem.

3.2. Análise de riscos

Além do estudo de definição do sítio. baseado em criterios técnico-económicos, a PGP promoveu ainda a realização de um trabalho que permitisse

quantifr-

car os riscos associados a existência e ao funciona- mento das instalações de recepção, armazenagem e gaseificação do

G NL.

Na \ erdade, as características do produto e as quantidades

rnov imentadas

traduzem uma perigosi- dade potencial irrefutável, mesmo para alem

dos

limites da instalação, que interessa conhecer de modo a permitir ponderar os rISCOS inerentes, face aqueles que normalmente estão ligados a outros tipos de

acidentes.

Os riscos associados a uma operação de Impor- tação de GNL são normalmente calculados tendo em

conta a probabilidade de ocorrência de um incidente e

as

suas consequências. A análise dos resultados faz-se.

1.o identificando os incidentes possíveis;

2.o atribuindo a cada incidente uma frequência definida estatisticamente;

3.o calculando as consequências de cada incidente;

4. o adicionando os resultados com vista ao cal- culo do risco global, o qual e

apresentado

sob a forma de um diagrama de isoprobabilidade.

Os calculos têm como objecnv o:

a) assegurar que as populações não ficam expos-

tas

a uma probabilidade de acidente desne- cessariamente ele, ada,

b) identificar as medidas a tomar com vista à redução das probabilidades de ocorrência dos incidentes com mais graves consequências.

O estudo realizado tem como base informações recolhidas do projecto conceptual das instalações como é. aliás, habitual. Estando porem este projecto elaborado de acordo com normas e codigos altamente exigentes (como são as normas FPA -

59A.

inter nacionalmente conhecidas e prestigiadas), a probabi lidade de ocorrência de um acidente situa-se em ru-

\ eis

particularmente baixos Não é no entanto po -

sív

el garantir. na prática, uma segurança absoluta (RISCO ULO) havendo sempre que aceitar algum risco residual,

---

88 ELECTRICIDADE. ENERGIA ELECTRóNICA - N.O 208 - Fevereiro 198'

(8)

Interessa ussinalnr

que, cru termos

ubxolutos.

os

I

suu ..

idos obtidos não têm grande sigrulrcado. Uma

análise

de ri\n)~ faz

por isso,

normulmcntc,

urnu

omparaçao com os valores corre spondc ntcs aos nx- cos rel ..Hi\ 0 ..\ situações \ ulgarcx. esclarecendo cm IU~

medida a

JHC'\CIl,'i\ da

instulaçào

em causa amplia

os

riscos

extstcntcs

na área.

Para as

operações marítimas

o estudo determina c mo prob ..ibihdade

máxima

de morte, por ano e por habit nte pc r mane ntc, o \ a lor de 77 X la - fi valor da me ma ordem de grandeza do geralmente atri-

bu Ido :1

morte

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li

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ot c-vc que, para um habitante permanente da cidade de

• etúbal o ri

\.0 adicional é

nestas condições, de

apc-

111 lXIO-6 ano-I.

d )ptando o conjunto de medidas preconizado pelo consultor. o valor maxirno referido (77X 10-6)

P d

ra baixar para

lOX

10-6 o que

traduz um

acrés-

cimo de

.:!Oo,to

sobre o risco médio de morte ou de

ap

na _ex obre o ri co total de

morte,

Para as operações

terrcstre-.

e não tendo sido detectada qualquc r habitação a menos de 2 km da instala ão a probabilidade de ocorrência de um aci- dente fatal para qualquer indivíduo e da ordem de

I X 10-6 ano -1. o que significa um adicional de 20t'(

obre o risco médio de morte e de 0.2Ofo sobre o risco

total de morte.

O estudo conclui situarem-se os riscos calculados.

a nív eis perfeitamente aceitáveis e compatíveis com o riscos permanentes, quer pelo que respeita às ope- rações marítimas (bastando praticar algumas medi- das que permitam reduzir as probabilidade') de um

incidente na zona fronteira

à

Península de Tróia),

quer relativamente ao funcionamento das própria"

instalações.

600 mm, utilizando quatro braços de descarga, de 4S0 mm cada

urn;

o)

rmazenagem do GNL: É constituída por dois reservatórios com 65 000

m'

de capacidade uni- tária, prevendo-se a construção de novos re-

servatórios idêntico', à medida que sejam con- siderados

necessários.

Trata-se muito provavelmente de armaze- nagem de dupla contenção com um reserva- tório inferior em aço com 9(10 Ni, estrutura autoportante( 52 m de diâmetro interno e 3) m de altura c um reservatório exterior com 58 m

de diâmetro na base e uma altura máxima do

domo de ..l2,5

m,

construído cm betão com

rev esurncnto

interior em aço macio;

c) Regasejficação

do

gás

natural:

A regaseifíca-

ção

é feita à pressão de emissão para

a

rede, por permuta térmica com água do mar c in-

cluirú:

- Equipamento para operação nO/11201

Dimensionado para 1000 milhões de ln de G /an» (2X206 m3 GNL/h) e con tituído

por 2 permutadores de placas trabalhando com água do mar.

O

diferencial de temperatura para a água do mar con iderado no projecto foi de 30 C e a pre são de erviço do gás. de 72 bar.

- Equipamento de reserva operacional

3.3. Projecto Conceptual do Terminal

Serão instalados dois aquecedores de quei- mador submerso ( a gás) cum capacidade idêntica

à

dos permutadores de placas.

Prevê-se a arnphação da capacidade de re- gaseificação para 2500 milhões de n13 anuais

de gas

...

natural.

Apresentam-se a seguir as linhas gerais do pro- jecto conceptual da Infra-estrutura de importação de

gás natural, também concluído.

O

terminal realiza as

seguintes funções princr-

d)

Emissão

para a rede:

Incluira equipamento

au-

tomatico para:

pais:.

- recepção do GNL descarregado dos

metaner-

ros;

- armazenagem do GNL;

- regaseificação do gás natural;

- envio para a rede.

Os dados de base para o desenvolvimento do pro- jecto conceptual foram os seguintes:

a)

Recepção de

GNL: Está dimensionada para a descarga de 12 000 rn- /h por duas linhas de

- diluição do gas a enviar para a rede. com

\ ista ao ajuste do respectivo poder calorí- fico (se necesvário):

- análise

e

medição

de caudais.

- odorização do ga~.

O terminal fica equipado para proceder ao carregamento de camiões tanques com GNL.

ELECTRICIDADE. ENERGIA. ELECTRóNICA - N,: 208 - Fevereiro 1985 89

(9)

3.4. Sistemas de transporte e distribuição

Como ja ~e referiu, é no Terminal de Importa- ção que se procede

à

gaseificação das quanndades de gás a enviar para a rede, com vista

à

satisfação dos

consumos

A infra-estrutura de transporte e distribuição do gas natural,

necessária

para o

efeito,

é normalmente

considerada dividida em secções cujas fronteiras se estabelecem a partir de parâmetros de natureza téc- mca..

Assim, consideram-se habitualmente:

a)

Rede de Transporte (alta pressão):

Inclui

a

tubagem que veicula gás a pressões iguais ou superiores a

25

bar. Para esta parte da infra-

-estrutura já dispõe a PGP de um anteprojecto preliminar que inclui o traçado da conduta e das antenas principais, o qual prevê a cons- trução de cerca de 700 km de tubagem de alta pressão, com diâmetros entre 100 e 600 mm.

A rede de transporte (fig. 1) satisfará o abastecimento das redes

locars

a construir nas zonas definidas no estudo de mercado como de consumos potencialmente mais importan- tes - a faixa costeira entre Setúbal e a região de Braga-Guimarães.

b) Sistema de distribuição (média e baixa pres- são):

O sistema de distribuição e normalmente

dividido em

- redes Primárias:

- redes Secundárias;

- redes Terciárias;

- ramificações Domésticas;

- ramificações Industriais e Terciárias A designação tem em conta não

de serviço do gás como também troço de tubagem no sistema.

,

-

so a pressa o a função do

A PGP dispõe já de um anteprojecto do sistema de distribuição abrangendo a zona da Grande Lisboa, Setúbal, Grande Setúbal e áreas ribeirinhas do RIO

Tejo

a juzente de VIla Franca de Xira. incluindo antenas para Sin- tra e Cascais.

Prevê-se que o sistema de distribuição cor- respondente ao empreendimento total, envolva a construção de cerca de 3500 km de tuba- gem de diversos diâmetros

c)

Ligaçõe aos consumidores: A

ligação dos

con- surmdores à

rede pressupõe a existência das chamadas «colunas montantes» assim como a construção das «derivações interiores» e con- cretiza-se normalmente na fase de construção das novas edificações ou, para edifícios anti- gos, em

iruciativas

induzidas pela acessibilidade potencial a nova forma de energia.

3 5 Estimativas de investimentos

Encerra-se esta exposição com a apresentação da estimativa dos

inv

estimentos globais relativos ao pro- grama de Introdução do gás natural, os quais, face aos estudos da PGP, totalizam em escudos de 1983, cerca de

65 milhões

de contos distribuídos conforme indica o Quadro II.

QUADRO II

Introdução do gás natural em Portugal:

estimativa dos investimentos

ITEM

65 138

Invesumento

(lQ6 Esc 1983)

{ Invest téc, miciais Terminal

Serv, e invest. adicionais

12900 5758

Rede transporte 15200

Rede distribuição 15900

Colunas montantes 5 140

Derivações interiores 10240

Total

Nota 1) A rede prrrnarra do sistema de distribuição esta incluída na verba relanva a Rede de Transporte.

Os valores dos Contadores estão consrderados na Rede de Distrrburção.

Nota 2)

<)0 ELECTRICIDADE. ENERGIA ELECTRÓNICA - N.O 208 - Fcserciro 198)

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