Introdução à Engenharia
Cartográfica e de Agrimensura
Prof João Fernando C da Silva
Departamento de Cartografia
Resumo do que já foi visto na IECA
• Introdução geral
• Ciência, tecnologia e engenharia
• Introdução à Engenharia Cartográfica e de
Agrimensura
• Mercado de trabalho do engenheiro cartógrafo e
agrimensor
• Elaboração de relatório técnico
• Atividades de formação curriculares e extra-
curriculares
06 de Maio – Dia do Cartógrafo
ERECART / ABEC-SP
• Por que 06 de maio, dia do Cartógrafo?
• ABEC-SP e ERECART
• Mesa de abertura, palestra sobre empreendedorismo, Mútua,
drones, Cartografia no sistema elétrico brasileiro, perícia técnica e
mesa-redonda sobre assuntos profissionais e o CREA-SP
• Ética
• Agendem: 04 de junho – Dia do Engenheiro Agrimensor !
PENSAR, EXPRIMIR, FAZER
REPENSAR, REEXPRIMIR, REFAZER
Ηθική (δεοντολογία)
Ética e Engenharia
Ética: Onde e quando ?
• Em casa, no trabalho, na escola, na família, com
os amigos, em público, em privado ?
• Ao pensar, ao exprimir (comunicar), ao fazer?
Ética
• Do grego ethos: modo de ser, o caráter, o
comportamento
• Ética é
– uma disciplina da filosofia
– responsável pela investigação dos princípios
– que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento
humano,
– refletindo especialmente sobre a essência das normas, regras,
valores, e estímulos
– presentes em qualquer realidade e/ou grupo social.
Ética(ethos) e Moral (morus)
• Moral (costume: latim morus) é o conjunto de
regras, preceitos etc. característico de determinado
grupo social que os estabelece, defende e pratica;
• É cada um dos sistemas de leis e valores estudados
pela Ética, caracterizados por organizarem a vida
das comunidades humanas, diferenciando e
definindo comportamentos proscritos (banidos),
desaconselhados, permitidos ou ideais.
Ética x Moral
• Ética é princípio
• Ética é atemporal
• Ética é universal
• Ética é regra
• Ética é filosofia (teoria)
• Ética tende a ser absoluta
• Moral é conduta
• Moral é temporal
• Moral é cultural
• Moral é regulamento
• Moral é ação (prática)
• Moral tende a ser relativa
Ética: princípio; Moral: costume
Ética é a investigação dos princípios que
motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o
comportamento humano, frente à moral
estabelecida.
Ética – disciplina da Filosofia (princípios)
Moral – costumes e normas (hábitos)
Anti- A- I-
• Anti-ético(a): contra a ética;
– Intencional? – Acidental?
• Aético(a): não há opção para a ética;
• Amoral: não há opção para a moral;
– Liberdade de escolha?
– Pessoa ou coisa que não tem senso moral, que é moralmente neutra, não sendo nem moral, nem imoral;
– Algo ou alguém sem noção de moral, ou seja, não é contra nem a favor dos princípios da moralidade;
– Aquilo que está fora da moral, que é neutro no que se refere à ética.
• Imoral: não incorporou padrão ético em seu comportamento;
– algo ou alguém contrário à moral, à decência e ao pudor; – algo ou alguém que afronta as convenções morais.
Dilema
• Raciocínio que parte de premissas contraditórias e mutuamente
excludentes (MEIOS), mas que paradoxalmente terminam por
fundamentar uma mesma conclusão (FIM).
• Necessidade de escolher entre duas saídas contraditórias
(MEIOS) e igualmente insatisfatórias (MESMO FIM).
• Argumento pelo qual se coloca uma alternativa entre duas
proposições contrárias.
Dilemas éticos
• Acontecem nas regiões de fronteira do comportamento
• porque não há clareza acerca dos benefícios da tomada de decisão,
• não há lei ou norma regulando a matéria,
• posto que é nova (está sob investigação) e que poucos ainda a
entendem ou pelo menos tentam compreender.
• Não havendo lei ordinária, norma legal, busca-se apoio nas
leis morais, nos costumes.
• Mas sendo fronteira, não há costume.
• Há hábitos passados onde outrora houve fronteira.
• Busca-se então fundamentar a decisão em princípios
filosóficos de reconhecido valor para a sociedade humana.
Possível ciclo em torna da Ética
Posso confiar nos seres humanos/engenheiros?
O que pensam é o que dizem?
O que dizem é o que fazem?
O que fazem é bom?
O que é bom?
Bom é praticar o bem.
O bem está na essência do código moral.
O código moral são os princípios éticos na prática.
A prática é a ação dos serem humanos/engenheiros.
Posso confiar nos seres humanos/engenheiros?
Cuidados com o maniqueísmo
• Pérsia, séc. III: Mani, Manes, Maniqueu,
Maniqueísmo – método simplista de pensar o
mundo de forma binária, dividido em dois.
– Bom x Ruim
– Bem x Mal
– Branco x Preto
– Luz x Trevas
– Deus x Diabo
– Certo x Errado
– Tudo x nada
– 1 x 0
Julgamento que classifica as ações de modo absoluto, sem relativizar.
“ em cima do muro ? “
UNESP FCT Intro Enge Carto Agrim 15
Uma situação real
• Há um engenheiro
– Que trabalha numa prefeitura
– E também mantém um escritório particular
• Na prefeitura, ele aprova projetos e vistoria obras
• No escritório, ele elabora projetos e executa obras
• Ele pode, como autoridade da prefeitura, aprovar e
vistoriar os projetos de sua autoria (escritório)?
• Dilema: autor x autoridade na mesma pessoa.
14/05/2019
Dilema: duas saídas
• Abdica da autoria do projeto em favor de outro profissional
– Resolvido satisfatoriamente
• Abdica de avaliar o próprio projeto
– E se ele for o responsável pelo serviço na prefeitura?
– E se ele for o único engenheiro da prefeitura (pequenos municípios)?
– Nem sempre o engenheiro é residente em um município pequeno, que
não raro não têm profissionais de nível superior.
– Contrata outro?
• Questão surgiu no CREA/SP (Com. Ética, CLN).
Ética no Cotidiano Acadêmico
Colar em prova
Copiar trabalhos (plágio)
Nível ou tipo de prova acima do nível ou tipo de aula
Plágio (cópia total ou parcial) x paráfrase (mesma ideia com
outras palavras)
Fraude (manipulação indevida)
Figurar como autor de trabalho sem sê-lo
Espionagem (grupos de pesquisa)
Internet: autoria (des)conhecida?
Outros...
Questões Éticas e as Tecnologias
• 1984 diferente do imaginado
– Totalitarismo x Livre comunicação
– Notícias falsas (fake news)
• Internet e geolocalização
– Segurança x privacidade; sociedade x indivíduo
• Os satélites de poucos países obtêm imagens de todos os países
– Aspecto positivo: compartilhar dados e informações
– Aspecto negativo: omitir dados e informações
• Google e as imagens de todos os imóveis
– Serve ao Bem e ao Mal também
– Você aceita ver o seu quintal exposto ao mundo?
Ética (Filosofia) e Legislação (Direito)
• Quando não há legislação específica para regular
ou coibir determinada ação ou
• Quando há legislação, mas ela é omissa quanto a
determinada ação
• Nada há a obstar a ação do profissional, ou outro
agente, do ponto de vista legal.
• Entretanto, os pares podem questionar a ação com
base nos pilares filosóficos, os princípios éticos.
• Está-se numa zona de penumbra, onde o
julgamento maniqueísta não se adequa, não
resolve o dilema.
Código de Ética
• É um acordo redigido geralmente por especialistas na
matéria objeto de uma especialidade com o intuito de
orientar as ações dos mesmos especialistas em situações
previsíveis:
– Comitês ou comissões de ética profissional (OAB, CRM,
CREA)
• Entretanto, em geral, está-se lidando em regiões
fronteiriças, onde o risco de “errar” é maior (o que é o
erro?):
– Por dolo é crime (legislação): doloso.
– Por acidente (negligência, imprudência, imperícia) é passível
de culpa (culposo).
– As comissões ou comitês de ética analisam e opinam.
Código de Ética da UNESP
I – Preâmbulo
II – Princípios Comuns
III – Servidores da UNESP
IV – Servidores Docentes
V – Servidores Técnico-Administrativos
VI – Corpo Discente e Demais Alunos da UNESP
VII – Dirigentes
VIII – Fundações e Convênios
IX – Ensino
X – Pesquisa
XI – Extensão
XII – Publicações
XIII – Registro de Dados e Informática
XIV – Uso do Nome e da Imagem da UNESP
XV – Comissão de Ética da UNESP
XVI - Operacionalização
CEU: I – Preâmbulo
Reconhece como importantes referenciais:
Declaração Universal dos Direitos do Homem
(1948);
Acordo Internacional sobre Direitos Civis e Políticos
(ONU – 1966, aprovado pelo Congresso Nacional
Brasileiro em 1992);
Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais
e Culturais, da ONU, 1966;
Lei nº 10.294/99, do Estado de São Paulo;
Decreto nº 45.040/00 do Estado de São Paulo.
CEU: I – Preâmbulo
Cumpre as disposições
da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
da legislação brasileira correlata
Código Civil,
Código Penal,
Decreto 98830/1990 referente à coleta, por estrangeiros, de dados e materiais científicos do Brasil,
Lei 9279/96, que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial,
além de outras.
Este Código incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, os
referenciais éticos da autonomia (respeito ao ser humano), da não
maleficência, da beneficência, da justiça, da equidade, da
solidariedade, da igualdade, entre outros.
CEU: II – Dos Princípios Comuns
2.1 ... 2.8
2.1 – Destina-se a nortear as relações humanas no âmbito
da UNESP, tendo como postulados:
o direito à pesquisa,
o pluralismo,
a tolerância,
a liberdade de expressão,
a autonomia em relação aos poderes políticos,
o respeito à integridade acadêmica da Instituição,
bem como o dever de promover os princípios da liberdade,
justiça, dignidade humana, solidariedade e a defesa da UNESP
como Universidade pública.
CEU: IV – Dos Servidores Docentes
4.1 ... 4.7
4.1 – Cabe ao docente:
a) exercer sua função com autonomia, respeitados os interesses didáticos, científicos e de extensão da UNESP;
b) contribuir para melhorar as condições de ensino, de pesquisa e de extensão da UNESP, assumindo sua devida parcela de responsabilidade;
c) zelar pelo desempenho ético e o bom conceito da profissão, preservando a liberdade profissional e evitando condições que possam prejudicar a eficácia e a correção de seu trabalho;
d) empenhar-se na defesa da dignidade da profissão docente e de condições de trabalho e remuneração compatíveis com o exercício e aprimoramento da
profissão;
e) apontar aos órgãos competentes da UNESP, sugerindo formas de
aperfeiçoamento, os itens ou falhas em regulamentos ou normas que, em seu entender, sejam inadequadas ao exercício da docência;
f) atuar com isenção e sem ultrapassar os limites de sua competência quando servir como perito ou auditor, consultor ou assessor.
CEU: IV – Dos Servidores Docentes
4.1 ... 4.7
4.1 – Cabe ao docente:
a) exercer sua função com autonomia, respeitados os interesses didáticos, científicos e de extensão da UNESP;
b) contribuir para melhorar as condições de ensino, de pesquisa e de extensão da UNESP, assumindo sua devida parcela de responsabilidade;
c) zelar pelo desempenho ético e o bom conceito da profissão, preservando a liberdade profissional e evitando condições que possam prejudicar a eficácia e a correção de seu trabalho;
d) empenhar-se na defesa da dignidade da profissão docente e de condições de trabalho e remuneração compatíveis com o exercício e aprimoramento da
profissão;
e) apontar aos órgãos competentes da UNESP, sugerindo formas de
aperfeiçoamento, os itens ou falhas em regulamentos ou normas que, em seu entender, sejam inadequadas ao exercício da docência;
f) atuar com isenção e sem ultrapassar os limites de sua competência quando servir como perito ou auditor, consultor ou assessor.
CEU: IV – Dos Servidores Docentes
4.1 ... 4.7
4.1 – Cabe ao docente:
a) exercer sua função com autonomia, respeitados os interesses didáticos, científicos e de extensão da UNESP;
b) contribuir para melhorar as condições de ensino, de pesquisa e de extensão da UNESP, assumindo sua devida parcela de responsabilidade;
c) zelar pelo desempenho ético e o bom conceito da profissão, preservando a liberdade profissional e evitando condições que possam prejudicar a eficácia e a correção de seu trabalho;
d) empenhar-se na defesa da dignidade da profissão docente e de condições de trabalho e remuneração compatíveis com o exercício e aprimoramento da
profissão;
e) apontar aos órgãos competentes da UNESP, sugerindo formas de
aperfeiçoamento, os itens ou falhas em regulamentos ou normas que, em seu entender, sejam inadequadas ao exercício da docência;
f) atuar com isenção e sem ultrapassar os limites de sua competência quando servir como perito ou auditor, consultor ou assessor.
CEU: IV – Dos Servidores Docentes
4.1 ... 4.7
4.1 – Cabe ao docente:
a) exercer sua função com autonomia, respeitados os interesses didáticos, científicos e de extensão da UNESP;
b) contribuir para melhorar as condições de ensino, de pesquisa e de extensão da UNESP, assumindo sua devida parcela de responsabilidade;
c) zelar pelo desempenho ético e o bom conceito da profissão, preservando a liberdade profissional e evitando condições que possam prejudicar a eficácia e a correção de seu trabalho;
d) empenhar-se na defesa da dignidade da profissão docente e de condições de trabalho e remuneração compatíveis com o exercício e aprimoramento da
profissão;
e) apontar aos órgãos competentes da UNESP, sugerindo formas de
aperfeiçoamento, os itens ou falhas em regulamentos ou normas que, em seu entender, sejam inadequadas ao exercício da docência;
f) atuar com isenção e sem ultrapassar os limites de sua competência quando servir como perito ou auditor, consultor ou assessor.
CEU: IV – Dos Servidores Docentes
4.1 ... 4.7
4.1 – Cabe ao docente:
a) exercer sua função com autonomia, respeitados os interesses didáticos, científicos e de extensão da UNESP;
b) contribuir para melhorar as condições de ensino, de pesquisa e de extensão da UNESP, assumindo sua devida parcela de responsabilidade;
c) zelar pelo desempenho ético e o bom conceito da profissão, preservando a liberdade profissional e evitando condições que possam prejudicar a eficácia e a correção de seu trabalho;
d) empenhar-se na defesa da dignidade da profissão docente e de condições de trabalho e remuneração compatíveis com o exercício e aprimoramento da
profissão;
e) apontar aos órgãos competentes da UNESP, sugerindo formas de
aperfeiçoamento, os itens ou falhas em regulamentos ou normas que, em seu entender, sejam inadequadas ao exercício da docência;
f) atuar com isenção e sem ultrapassar os limites de sua competência quando servir como perito ou auditor, consultor ou assessor.
CEU: IV – Dos Servidores Docentes
4.1 ... 4.7
4.1 – Cabe ao docente:
a) exercer sua função com autonomia, respeitados os interesses didáticos, científicos e de extensão da UNESP;
b) contribuir para melhorar as condições de ensino, de pesquisa e de extensão da UNESP, assumindo sua devida parcela de responsabilidade;
c) zelar pelo desempenho ético e o bom conceito da profissão, preservando a liberdade profissional e evitando condições que possam prejudicar a eficácia e a correção de seu trabalho;
d) empenhar-se na defesa da dignidade da profissão docente e de condições de trabalho e remuneração compatíveis com o exercício e aprimoramento da
profissão;
e) apontar aos órgãos competentes da UNESP, sugerindo formas de
aperfeiçoamento, os itens ou falhas em regulamentos ou normas que, em seu entender, sejam inadequadas ao exercício da docência;
f) atuar com isenção e sem ultrapassar os limites de sua competência quando servir como perito ou auditor, consultor ou assessor.