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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ANA RAQUEL FRANÇA DOS SANTOS

ESTRATÉGIAS DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES RELATIVAS A LICITAÇÕES E CONTRATOS NOS WEBSITES DE PREFEITURAS DAS CAPITAIS

NORDESTINAS: UMA ANÁLISE À LUZ DA LEGISLAÇÃO E DAS BOAS PRÁTICAS DE TRANSPARÊNCIA

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Estratégias de divulgação de informações relativas a licitações e contratos nos websites de prefeituras das capitais nordestinas: uma análise à luz da legislação e das boas

práticas de transparência

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à coordenação do curso de graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Orientadora: Profª. Drª. Anne Emília Costa Carvalho

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas - CCSA

Santos, Ana Raquel Franca dos.

Estratégias de divulgação de informações relativas a licitações e contratos nos websites de prefeituras das capitais

nordestinas: uma análise à luz da legislação e das boas práticas de transparência / Ana Raquel Franca dos Santos. - 2021. 70f.: il.

Monografia (Graduação em Administração) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Administração. Natal, RN, 2021.

Orientadora: Profª. Drª. Anne Emília Costa Carvalho.

1. Licitações - Monografia. 2. Transparência - Monografia. 3. Divulgação - Monografia. I. Carvalho, Anne Emília Costa. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. RN/UF/Biblioteca CCSA CDU 351.712.2

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Estratégias de divulgação de informações relativas a licitações e contratos nos websites de prefeituras das capitais nordestinas: uma análise à luz da legislação e das boas

práticas de transparência

Monografia apresentada e aprovada ao Departamento de Administração (UFRN) em 23 de abril de 2021 pela banca examinadora composta dos seguintes membros:

_________________________________________________________ Profª. Dra. Anne Emília Costa Carvalho

Orientadora

_____________________________________________________________________ Prof. Dr. Carlos Alberto Freire Medeiros

Examinador

_________________________________________________________ Profa. Dra. Matilde Medeiros de Araújo

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A presente pesquisa direciona-se, especificamente, à obtenção de informações e análise das estratégias de divulgação de dados diretamente ligadas à transparência no processo de divulgação de aquisições e contratações de bens e serviços por meio de Licitações nos portais eletrônicos institucionais das capitais nordestinas. Busca refletir sobre ferramentas utilizadas e analisar as estratégias de divulgação de informações relativas às licitações e contratos nos websites de prefeituras das capitais nordestinas quanto à sua adequação à legislação vigente de licitações, contratos e de compras direcionadas ao enfrentamento da pandemia do novo Coronavírus, e às boas práticas de transparência ativa, adotando uma metodologia descritiva, buscando descrever as características que permeiam a divulgação das compras públicas nos portais institucionais das capitais estudadas. O estudo adota uma abordagem qualitativa e quantitativa na coleta e análise de dados, em bases de dados alimentadas pelas cidades para fornecimento de informações de acesso público, como também, realizada uma pesquisa bibliográfica a fim de auxiliar a compreensão e análise acerca dos conceitos desenvolvidos. Os resultados obtidos permitem fornecer uma classificação de transparência das capitais em seus portais de compras públicas e de COVID, esses indicadores forneceram dados que permitiram compreender o comportamento das cidades em relação à abertura das suas informações ao público. Foi possível observar que as capitais que melhor divulgaram as compras gerais e de COVID, nos dois métodos de análise utilizados, foram as cidades de João Pessoa, Maceió e Fortaleza. Já os piores indicadores foram obtidos pelas capitais Recife, São Luís e Natal, e com relação a divulgação nos portais de COVID, as capitais que tiveram o pior desempenho foram Salvador e Natal.

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The following research aims, specifically, to obtain information and analysis of data dissemi-nation strategies directly linked to transparency in the process of disclosing acquisitions and contracting goods and services through bidding on institutional electronic portals of the north-eastern capitals. It seeks to reflect on the used tools and analyze the dissemination strategies of information related to bidding and contracts on the city hall websites of the northeastern capitals regarding their adequacy to the current bidding, contracts and purchase legislation, aimed at facing the new Coronavirus pandemics and good active transparency practices, adopting de-scriptive methodology, seeking to describe characteristics that permeate the public purchase disclosure in the institutional portals of the studied capitals. The study adopts a qualitative and quantitative approach in the data collection and analysis, in databases fed by the cities to provide information of public access, as well as a bibliographic research was carried out in order to help the understanding and analysis about the developed concepts. The obtained results allow trans-parency classification of the capitals in their COVID and public purchase portals, these indica-tors provided data that allowed to comprehend the behavior of the cities in relation to the open-ing of their information to the public. It was possible to observe that the capitals that better disclosed general and COVID purchases, in the two analysis methods used, were the cities of João Pessoa, Maceió e Fortaleza. The worst indicators were obtained by the capitals Recife, São Luís and Natal, and in relation to the disclosure on the COVID portals, the capitals that had the worst performance were Salvador and Natal.

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Quadro 01: Síntese dos normativos e dispositivos que tratam de transparência de compras

públicas. ...25

Quadro 02: Síntese dos estudos identificados na revisão da literatura. ...27

Quadro 03: Síntese de indicadores para análise da transparência em compras públicas ...33

Quadro 04: Síntese da estratégia da pesquisa. ...35

Quadro 05: Síntese de indicadores para análise da transparência em compras públicas nas capitais nordestinas...40

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Tabela 01: Checklist das informações sobre compras públicas nos websites institucionais dos municípios...37 Tabela 02: Checklist das informações sobre compras públicas nos websites institucionais das capitais...39 Tabela 03: Ranking de Transparência no Combate à COVID-19...41 Tabela 04: Ranking de compras públicas pelo Checklist das informações sobre compras públicas nos websites institucionais das capitais...45 Tabela 05: Ranking de compras públicas pela síntese de indicadores para análise da transparência em compras públicas nas capitais...48 Tabela 06: Ranking de compras públicas de acordo com a metodologia Transparência

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CGI - Comitê Gestor da Internet no Brasil TIC - Tecnologias da informação e comunicação COVID-19 - Doença do Coronavírus

LAI - Lei de Acesso à Informação CLD - Centre for Law and Democracy TCU – Tribunal de Contas da União OMS - Organização Mundial de Saúde MP – Medida Provisória

RDC - Regime Diferenciado de Contratação

MPOG - Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina

FGV – Fundação Getúlio Vargas

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1.1CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA ... 14 1.2OBJETIVOS ... 14 1.2.1Objetivo geral ... 14 1.2.2Objetivos específicos ... 15 1.3JUSTIFICATIVA ... 15 1.4ESTRUTURA DO TRABALHO ... 18

2.REFERENCIAL TEÓRICO-EMPÍRICO E CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA APLICADA ... 19

2.1TRANSPARÊNCIA ... 19

2.1.1Lei De Acesso à Informação ... 20

2.2COMPRAS PÚBLICAS ... 21

2.2.1Modalidades de licitação ... 22

2.2.2Legislação ... 24

2.3REVISÃO DA LITERATURA ... 27

3.PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ... 35

3.1NATUREZA E CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ... 36

3.2ABRANGÊNCIA DO ESTUDO E PLANO DE COLETA DE DADOS ... 37

3.3PLANO DE ANÁLISE DE DADOS ... 37

4.RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 42

4.1CARACTERIZAÇÃO DOS WEBSITES DAS PREFEITURAS DAS CAPITAIS DO NORDESTE BRASILEIRO ... 42

4.2NÍVEL DE TRANSPARÊNCIA ATIVA DOS PORTAIS DE LICITAÇÕES E CONTRATOS DAS CAPITAIS DO NORDESTE BRASILEIRO ... 43

4.3NÍVEL DE TRANSPARÊNCIA ATIVA DOS PORTAIS DAS CAPITAIS DO NORDESTE BRASILEIRO VOLTADOS A CONTRATAÇÕES EMERGENCIAIS PARA ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DE COVID-19 ... 48

5.CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 51

REFERÊNCIAS ... 53

APÊNDICE A - Protocolo de revisão da literatura ... 56

APÊNDICE B - Resultados de Checklist das Informações sobre Compras Públicas ... 57

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1. INTRODUÇÃO

No decorrer dos anos, o uso da internet está presente nas principais atividades diárias, sejam elas no âmbito acadêmico ou profissional, público ou privado. A utilização de ferramentas online está cada vez mais inclusa nas rotinas, trazendo uma infinidade de informações, consumidas por inúmeras pessoas ao mesmo tempo, que buscam atualizações sobre todo e qualquer assunto; dessa forma o processamento desses dados em determinados segmentos acarretam maior publicidade, agilidade, eficiência e transparência.

De acordo com o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br, 2018), 70% da população brasileira está conectada. Ainda segundo o CGI.br (2018), mais de 126 milhões de pessoas usam a internet com frequência, em áreas urbanas e rurais, por meio de computadores e dispositivos móveis. Com a presença da internet no cotidiano de maior parte da população, é natural que a utilização dela como ferramenta de fiscalização, participação e controle social também esteja presente.

A transparência na gestão pública possibilita maior monitoramento de informações no decorrer do tempo, rastreio mais eficiente da utilização de recursos, apresentação de dados comprobatórios do real uso dos recursos desprendidos para determinada finalidade, reforça a importância da participação da população, além de cumprir as exigências da legislação vigente. A Lei nº 12.527, sancionada em 18 de outubro de 2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação (LAI), regulamenta o acesso à informação, possibilitando que qualquer pessoa, seja física ou jurídica, tenha acesso às informações públicas das instituições de forma democrática, com o objetivo de proporcionar maior transparência.

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1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

Diante da evolução na trajetória percorrida pela transparência no Brasil, com a elaboração de leis que permitem monitorar os gastos públicos, criação de ferramentas para a divulgação desses dados de fácil e amplo acesso, é possível perceber que o caminho a ser percorrido na obtenção da transparência de forma efetiva está a passos largos, porém para tornar palpável o monitoramento de dados na gestão pública, permitindo que soluções beneficiem diversas instituições a fim de elucidar questões diretamente ligadas ao uso dos recursos, é necessário observar se o objetivo está sendo de fato alcançado.

O emprego desses sistemas permite a construção de históricos, ou melhor, bases de dados, onde é possível avaliar os resultados, melhorar o acompanhamento e até comparar os cenários. Mecanismos como a Lei de Acesso à Informação e a aplicabilidade da lei por meio de ferramentas como o Portal da Transparência são formas de tentar compreender as funcionalidades e os recursos disponibilizados.

Porém, o grande número de informações, as diversas formas de divulgação, o não cumprimento das normas e até mesmo a falta de acessibilidade a essas ferramentas podem trazer dificuldades na obtenção de informações e consequentemente, prejudicar o monitoramento da gestão pública. Grandes questões como essas permeiam o alinhamento entre o uso desses sistemas exigidos pelas leis atuais com a forma que essas informações e dados devem ser disponibilizados para serem de fato eficientes.

Diante do exposto, o presente estudo busca responder a seguinte questão de pesquisa: em que medida as estratégias de divulgação de informações relativas a licitações e contratos pelos websites de prefeituras das capitais do Nordeste brasileiro se adequam à legislação vigente e às boas práticas de transparência ativa?

1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo geral

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1.2.2 Objetivos específicos

a) Mapear o conteúdo dos websites das prefeituras de capitais do Nordeste brasileiro que contenham informações relativas a licitações e contratos.

b) Mensurar o nível de transparência ativa, para a área de licitações e contratos, dos websites das prefeituras de capitais do Nordeste brasileiro, a partir de metodologias de avaliação já aplicadas no Brasil.

c) Mensurar o nível de transparência ativa, para a área de contratações emergenciais voltadas ao enfrentamento da pandemia de Covid-19, dos websites das prefeituras de capitais do Nordeste brasileiro, a partir de metodologias de avaliação já aplicadas no Brasil.

1.3 JUSTIFICATIVA

O Portal da Transparência do Governo Federal é um site de acesso livre, lançado pelo Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União em 2004, no qual o cidadão pode encontrar informações sobre o destino do dinheiro público, além de se informar sobre assuntos relacionados à gestão pública do Brasil. Desde a sua criação, o site ganhou novos recursos, aumentou sua base de dados e tornou-se uma ferramenta importante como instrumento de controle social, se fazendo valer o processo de transparência.

Em julho 2018, ano da criação do novo Portal da Transparência, foram observados 117.842 acessos, passando para 981.176 com apenas um ano de sua criação, chegando a seu pico de acessos, em junho de 2020, chegando ao marco de 4.126.105 acessos, dessa forma pode-se perceber que a procura por informações está aumentando com o passar dos anos.

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Gráfico 1: Estatística de usuários que acessaram o Portal da Transparência

Fonte: Controladoria-Geral da União, 2021.

Podemos considerar também a quantidade de sessões logadas à página do Portal da Transparência, onde esses números são maiores, uma vez que são levados em conta a quantidade de acessos, independente das vezes que um único usuário fez uso dessa ferramenta de consulta. O gráfico 2 a seguir ilustra esse dado.

Gráfico 2: Estatística de Sessões logadas no Portal da Transparência

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Por conseguinte, é necessário também expor a quantidade de visualizações da página do Portal, onde consideramos as divulgações do link de acesso a uma página específica do portal e esta é acessada por um leitor que deseja obter a informação direto da fonte. Este dado pode ser visualizado no gráfico 3.

Gráfico 3: Estatística de visualizações de páginas do Portal da Transparência

Fonte: Controladoria-Geral da União, 2021.

Partindo dessa premissa, é sabido que para o cidadão poder exercer seu direito de fiscalização e acompanhar o processo de elaboração e de execução dos recursos públicos é necessário que sejam estabelecidas condições para que essas informações sejam facilmente encontradas e entendidas por todos.

Como dispostos na Lei nº 8.666/1993, que institui normas para toda e qualquer licitação e contratação, precisando ser divulgadas nos canais oficiais de suas instituições, e na Lei nº 12.527/2011, que regulamenta o acesso à informação, possibilitando que qualquer pessoa, seja física ou jurídica, tenha acesso às informações públicas das instituições, com o objetivo de proporcionar maior transparência, é de extrema importância que esse comportamento seja objeto de estudo de forma que mostre sua eficiência e que apresente a capacidade de transmitir ao público dados atualizados, de fácil acesso e de fácil compreensão.

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apresentar uma visão a curto prazo das mudanças necessárias para atender das necessidades do seu público.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho apresenta a distribuição entre cinco tópicos principais, introdução, referencial teórico e contribuições da literatura empírica, procedimentos metodológicos, resultados e discussões, e por fim as considerações finais.

Na introdução são dispostas as questões iniciais que permeiam a construção da pesquisa, onde foi contextualizado brevemente o assunto abordado, seguido da contextualização do problema a ser elucidado, os objetivos geral e específicos trazendo um panorama de como foi pensado a evolução do problema, a justificativa com os motivos pelos quais o trabalho é relevante.

No segundo tópico temos o referencial teórico e as contribuições da literatura empírica que apresentam a revisão bibliográfica feita para que fosse possível a elaboração do trabalho, com utilização de autores que contribuíram para o avanço das pesquisas do tema. No tópico sobre procedimentos metodológicos foram dispostos o processo de elaboração e obtenção de dados no decorrer da pesquisa divididos em três pontos, natureza e caracterização, abrangência e plano de coleta de dados, e o plano de análise desses dados.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO-EMPÍRICO E CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA APLICADA

No presente capítulo serão apresentados aspectos conceituais sobre Transparência, Lei de Acesso à Informação, seguindo por um apanhado geral da Legislação vigente referente aos processos de Compras Públicas, além dos resultados de revisão da literatura empírica.

2.1 TRANSPARÊNCIA

A Transparência é um dos valores mais preciosos e discutidos nos dias de hoje, muitos fatores estão convergindo para que isso ocorra. A consequente reavaliação da democracia e de uma boa parte das leis que garantem expressamente o livre acesso à informação pública tem sido promovida por organizações da sociedade civil, em particular, por meios de comunicação que reivindicam a circulação da informação como veículo de liberdade.

Birkinshaw (2006) diz que a transparência pode ser entendida como a gestão dos assuntos públicos para o público. A transparência é consolidada na Administração Pública por meio de audiências, publicações e acesso à informação. Birkinshaw (2006) ainda fala que a transparência considera tanto o processo de elaboração das políticas públicas, quanto à forma pelo qual o processo de implementação deve ser conduzido, sendo o mais abrangente possível.

Conforme destaca Alvarez (2013, p. 110) a transparência está diretamente ligada ao “direito de saber dos cidadãos, que exigem cada vez mais ser suficientemente informados e ter maior participação nas decisões que os afetam”. Os governos também se fazem valer da transparência como meio de atingir uma série de objetivos, que vão desde aumentar a confiança por meio do monitoramento, e consequentemente, menor risco de corrupção, até melhorar o desempenho financeiro.

Moser (2001) define a transparência como a abertura de procedimentos visíveis para o público, que não está diretamente envolvido no processo a fim de demonstrar o bom funciona-mento da instituição. Do ponto de vista de Oliver, citado em Meijer (2009), a transparência é formulada por três elementos distintos: o observador, algo para ser observado e as ferramentas pelas quais é possível realizar a observação. Já Adriano, Rasato e Lima (2012), apresentam transparência como o dever de divulgar informações sobre os atos públicos, para que sejam de conhecimento da sociedade.

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acesso suficiente e garantido às informações de desempenho das funcionalidades públicas, além de distinguir dos tipos de transparência existentes: a transparência ativa e a passiva.

Assim, a transparência ativa se traduz no ato da publicação voluntária ou cumprindo obri-gações legais, como destacado abaixo:

A Transparência ativa consiste na difusão periódica e sistematizada de infor-mações sobre a gestão estatal. Resulta de ações voluntárias dos gestores públi-cos ou de obrigações legais impostas aos órgãos do Estado, determinando que sejam publicadas informações necessárias e suficientes para que a sociedade possa avaliar o desempenho governamental. São exemplos dessas informa-ções: explicação sobre as funções e atividades do governo, propostas e objeti-vos da gestão, dotações orçamentárias, indicadores de desempenho de gestão, sistemas de atendimento ao público, etc., e devem ser estruturadas de forma que permitam a comparação entre os exercícios (YAZIGI, 1999 apud ZUC-COLOTTO; TEIXEIRA; RICCIO, 2015, p. 148)

Já a Transparência passiva, compreende a obrigação do Estado em fornecer a todos os cidadãos o acesso a informações e documentos oficiais públicos, conforme o autor nos fala:

A Transparência passiva, por sua vez, refere-se à obrigação do Estado em conceder a todos os cidadãos que o requeiram o acesso tempestivo aos docu-mentos oficiais, salvo aqueles que estiverem legalmente protegidos por motivo de segurança nacional, investigação pública, direito de terceiros, etc. A regra geral é o livre acesso, sendo o sigilo a exceção. Deve-se destacar, ainda, que o sigilo pode ser questionado judicialmente, cabendo à administração pública comprovar legalmente o impedimento (YAZIGI, 1999 apud ZUCCOLOTTO; TEIXEIRA; RICCIO, 2015, p. 149)

Partindo desse princípio, o estudo se voltou para a análise com base no conceito e aplicação da Transparência Ativa, se fazendo valer das informações divulgadas voluntariamente pelos órgãos, cumprindo os requisitos legais vigentes atualmente no país e que proporcionem a avaliação das ações com base o acompanhamento da evolução da gestão ao longo do tempo.

2.1.1 Lei De Acesso à Informação

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acesso às informações públicas das instituições, com o objetivo de proporcionar maior transparência e acesso à informação democraticamente (BRASIL, 2011).

A Lei de Acesso à Informação (LAI), tornou-se um marco, na quebra da cultura de sigilo que até então era bastante forte no Brasil, dessa forma, essa lei vem como meio para implementar mecanismos e dar maior efetividade à publicidade dentro da administração pública, se tornando uma grande inovação e proporcionando a verdadeira transparência nas instituições.

Como apresentado anteriormente, a transparência é contemplada com dois conceitos, no art. 8º, se encontra regulamentada a transparência ativa:

Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas (BRASIL, 2011).

Já no art. 10, está regulamentada a transparência passiva:

Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1º desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida (BRASIL, 2011).

Além de apresentar nos parágrafos 2º e 3º observações sobre a obrigatoriedade do órgão viabilizar ferramenta para o encaminhamento de acesso às informações e que são vedados quaisquer tipos de exigência que possam determinar a solicitação desses dados.

A Lei de Acesso à Informação é uma das mais modernas e completas do mundo, despontando na 29ª posição entre 128 países avaliados, com 108 pontos num total de 150, de acordo com uma avaliação comparativa dos mecanismos jurídicos relativos ao acesso à informação, feita pelas organizações não governamentais Centre for Law and Democracy - CLD do Canadá e Access Info Europe da Espanha (ACCESS INFO EUROPE, 2020).

Dessa maneira, a lei promove a divulgação das informações de interesse público, independente da existência de solicitações por meio de ferramentas para fomentar o desenvolvimento da cultura da transparência na administração pública e do controle social.

2.2 COMPRAS PÚBLICAS

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toda e qualquer aquisição de material ou serviço, qualquer processo de acordo com as regras de lei, sendo um processo formal onde existe a competição entre as partes interessadas.

O termo compras tem por base o entendimento demonstrado na Lei nº 8.666/1993, em seu artigo 6º, definindo como sendo “toda aquisição remunerada de bens para o fornecimento de uma só vez ou parceladamente” (BRASIL, 1993).

Licitação é o procedimento administrativo formal em que a Administração Pública convoca, por meio de condições estabelecidas em ato próprio (edital ou convite), empresas interessadas na apresentação de propostas para o oferecimento de bens e serviços. (TCU, 2010, p.19)

Segundo Fenili (2016), a função compras tem por objetivo garantir o suprimento de materiais e serviços, com as quantidades adequados e nos prazos solicitados, de forma que sejam cumpridos os requisitos de qualidade e preços apropriados, tendo como principal ferramenta a manutenção dos cadastros e do bom relacionamento com os fornecedores que garantam o cumprimento dos requisitos supracitados, além de permitir que exista uma relação próxima dos setores solicitantes e setores responsáveis pelo controle e planejamento das compras.

Tendo em mente a complexidade do processo de compras nas instituições públicas, Costa e Terra (2019) destacam que, as compras públicas estão diretamente vinculadas com as políticas públicas e com os objetivos-chave de governo, atreladas a aspectos como: ciclo de gestão, dimensões correlatas, o processo de logística e da gestão de suprimentos.

O ordenamento brasileiro, em sua Constituição Federal de 1988 (art. 37, inciso XXI), determinou a obrigatoriedade da licitação para todas as aquisições de bens e contratações de serviços e obras, bem como para alienação de bens, realizados pela Administração no exercício de suas funções, processo esse que é regido principalmente pela Lei Federal nº 8.666/93, Lei de Licitações e Contratos, e Lei Federal nº 10.520/2002, Lei do Pregão, entre outras normativas vigentes que dão auxílio.

2.2.1 Modalidades de licitação

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especificadas nos artigos 24 e 25 da mesma lei, dispensas e inexigibilidades de licitação, respectivamente.

A seguir, é possível entender de forma sucinta todas as modalidades de licitações existentes no Brasil:

a) Tomada de preços: Essa modalidade de licitação é realizada no intuito de contratação ou compras com interessados previamente cadastrados ou que preencham os requisitos em até três dias antes da data do recebimento das propostas. Obrigatoriamente divulgado em jornais de grande circulação e Diário Oficial, pelos menos quinze ou trinta dias. Essa modalidade é destinada para compras de bens e serviços comuns até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais) e até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais) para obras e serviços de engenharia.

b) Convite: Esse tipo de licitação é destinado para compras e contratação com valores relativamente baixos, são até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais) para compra de bens e serviços comuns e até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais) para obras e serviços de engenharia. A convocação dever ser feito por escrito, por meio de carta-convite, pelo menos por cinco dias, não sendo necessário edital, porém com necessidade de divulgação do resultado.

c) Concorrência: Modalidade de licitação que se realiza com ampla publicidade, em jornal de grande circula e Diário Oficial, assegurando a participação de quaisquer interessados que consigam preencher os requisitos descritos no edital. Deverá ser respeitado um prazo mínimo de trinta a quarenta e cinco dias. Específica para compras, serviços e obras que apresentam maiores valores, acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais) para compra de bens e serviços comuns e acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais) para obras e serviços de engenharia.

d) Concurso: É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico ou científico, divulgado amplamente em jornal de grande circula, Diário Oficial, entre outros, precisando respeitar o prazo de quarenta e cinco dias.

e) Leilão: É a modalidade de licitação específica para a venda de bens moveis inservíveis ou produtos legalmente apreendidos, ou de doação, ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis adquiridos em procedimentos judiciais, podendo ter quaisquer interessados, divulgado amplamente em jornal de grande circula, Diário Oficial, entre outros, precisando respeitar o prazo de quinze dias.

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valores estipulados, amplamente divulgado em jornais, Diário Oficial e meios eletrônicos, com prazo de no mínimo oito dias.

g) Dispensas e Inexigibilidades de licitação: Essas duas modalidades de contratação direta de bens e serviços sem necessidade da realização de um certame entre os interessados, tanto na Dispensa de Licitação, quanto na Inexigibilidade, não são exigidas abertura de processo licitatório, porém é obrigatório a divulgação dos resultados obtidos. Os valores referentes a essas modalidades variam, a Dispensa de Licitação, são aplicados valores de até R$ R$

17.600,00 (dezessete mil e seiscentos reais) para compra de bens e serviços comuns e até R$

R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais) para obras e serviços de engenharia, com alteração para

o período de pandemia enfrentada em 2020, passando para R$ 50.000,00 em compras de bens e serviços comuns e R$ 100.000,00 para obras e serviços de engenharia. Já nos processos de Inexigibilidade, não são apresentados limites de valores.

2.2.2 Legislação

Desde o final da década de 1990, o Brasil vem empreendendo mudanças quanto as suas práticas e nas interações entre o Estado e a Sociedade, com o objetivo de mudar a perspectiva passada pelo órgão público e sua relação entre seu valor e sua qualidade. Dessa forma, novas práticas foram implementadas, proporcionando eficiência, mecanismos promotores da transparência e controle social.

Buscando fomentar essas novas práticas a serem adotadas, por meio de conselhos de políticas públicas, ouvidorias e leis, diversas legislações foram criadas e complementadas com o passar dos anos, desde a Lei 8.666 de 1993 que dispõe acerca das normas de regulamentação da compra e contratação de bens e serviços, passando pela Lei nº 12.527 de 2011, que representa uma nova era, implementando a cultura do acesso à informação como promotor da transparência.

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Nesse contexto merece destaque a Lei nº 13.979 de 6 de fevereiro de 2020, que dispõe acerca das medidas adotadas de forma emergencial para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, principalmente ligadas à saúde pública nacional, dentro dessa normativa, são apresentadas para a regulamentação de aquisição de qualquer material usado para o enfrentamento do COVID-19 (BRASIL, 2020).

Conforme demonstrado anteriormente, a legislação que permeia a regulamentação das compras públicas e nas compras para o enfrentamento do COVID-19, é necessário destacar que as duas leis mais importantes para a realização do presente estudo foram a Lei nº 12.527/2011, que trata do Acesso à Informação, incluindo a divulgação de compras públicas, como também a Lei nº13.979/2020, criada para a regulamentar as medidas tomadas, em diferentes frentes, diante da pandemia do novo coronavírus. Os principais elementos desses normativos considerados na pesquisa estão relacionados no Quadro 01.

Quadro 01: Síntese dos normativos e dispositivos que tratam de transparência de compras públicas.

Leis Objetivo Dispositivos

12.527 - Lei de Acesso à Informação

Dispõe sobre os proce-dimentos a serem ob-servados pela União, Estados, Distrito Fede-ral e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações

Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter:

VI - Informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação,

contratos administrativos;

Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover, indepen-dentemente de requerimentos, a divulgação

em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de infor-mações de interesse coletivo ou geral por eles

produzidas ou custodiadas.

§ 1º Na divulgação das informações a que se refere o caput, deve-rão constar, no mínimo:

I - Registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público;

II - Registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros;

III - registros das despesas;

IV - Informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclu-sive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os con-tratos celebrados;

V - Dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades; e

VI - Respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.

§ 2º Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos os meios e

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Leis Objetivo Dispositivos

§ 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na forma de regulamento, atender, entre outros, aos seguintes

requisitos:

I - Conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma objetiva,

transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão; II - Possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos ele-trônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações;

III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina;

IV - Divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da informação;

V - Garantir a autenticidade e a integridade das informações dispo-níveis para acesso;

VI - Manter atualizadas as informações disponíveis para acesso; VII - Indicar local e instruções que permitam ao interessado comu-nicar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou entidade detentora do sítio; e

VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9º da Conven-ção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008.

13.979 - COVID-19

Dispõe de medidas que poderão ser adotadas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância

internacional

decor-rente do coronavírus responsável pelo surto de 2019.

Art. 4º É dispensável a licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decor-rente do coronavírus de que trata esta Lei. (Redação dada pela Me-dida Provisória nº 926, de 2020)

§ 2º Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial es-pecífico na rede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivo processo de contratação ou aqui-sição.

Art. 4º-A A aquisição de bens e a contratação de serviços a que se refere o caput do art. 4º não se restringe a equipamentos novos, desde que o fornecedor se responsabilize pelas plenas condições de uso e funcionamento do bem adquirido. (Incluído pela Medida Pro-visória nº 926, de 2020)

Art. 4º-B Nas dispensas de licitação decorrentes do disposto nesta Lei, presumem-se atendidas as condições de: (Incluído pela Me-dida Provisória nº 926, de 2020)

I - Ocorrência de situação de emergência; (Incluído pela Medida Provisória nº 926, de 2020)

II - Necessidade de pronto atendimento da situação de emergência; (Incluído pela Medida Provisória nº 926, de 2020)

(28)

Leis Objetivo Dispositivos

IV - Limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência. (Incluído pela Medida Provisória nº 926, de 2020)

Art. 4º-C Para as contratações de bens, serviços e insumos neces-sários ao enfrentamento da emergência de que trata esta Lei, não será exigida a elaboração de estudos preliminares quando se tratar de bens e serviços comuns. (Incluído pela Medida Provisória nº 926, de 2020)

Art. 4º-D O Gerenciamento de Riscos da contratação somente será exigível durante a gestão do contrato. (Incluído pela Medida Pro-visória nº 926, de 2020)

Art. 4º-E Nas contratações para aquisição de bens, serviços e insu-mos necessários ao enfrentamento da emergência que trata esta Lei, será admitida a apresentação de termo de referência simplifi-cado ou de projeto básico simplifisimplifi-cado. (Incluído pela Medida Pro-visória nº 926, de 2020)

Fonte: Elaboração própria, 2021.

2.3 REVISÃO DA LITERATURA

Considerando a aplicação do protocolo de revisão da literatura disponível no Apêndice A, foram encontrados cinco estudos que se correlacionam com a transparência ativa nas compras públicas na perspectiva dada por esta pesquisa. Logo, a temática se mostrou pouco explorada e com poucas aplicações que seguissem os parâmetros pretendidos neste estudo. Algumas dessas pesquisas apresentam objetivos e metodologia semelhantes, com abrangências distintas, porém com resultados interessantes para a discussão do tema. A síntese de elementos centrais desses estudos está apresentada no Quadro 02.

Quadro 02: Síntese dos estudos identificados na revisão da literatura. Autores

(Ano de Publicação)

Origem

Título Objetivo Abrangência

Critérios de análise da transparência nas compras públicas Tomaz Rodrigo Alves; Cesar Alexandre Souza (2011) Revista Eletrônica de Sistemas de Informação Compras eletrônicas governamentais: uma avaliação dos sites de e-procurement dos governos estaduais brasileiros

Avaliar a qualidade dos portais de compras

eletrônicas dos 26 governos estaduais brasileiros e também do

Distrito Federal, tendo como principal objetivo

traçar um mapa de seu estágio de desenvolvimento e classificar os sites. Amostra: portais de compras eletrônicas de 24 governos estaduais e do Distrito Federal Período: julho a agosto de 2010 - Metodologia semelhante à do projeto Indicadores e Métricas para Avaliação de

(29)

Autores (Ano de Publicação)

Origem

Título Objetivo Abrangência

Critérios de análise da transparência nas compras públicas

manutenção do site (1 ponto); divulgação da etapa em que se encontra cada licitação (2 pontos); divulgação de indicadores de satisfação dos usuários

(1 ponto); acesso às informações sem necessidade de cadastro (3

pontos); e informações institucionais sobre o próprio site (1 ponto).

Ernesto Fernando Rodrigues Vicente; Laura Letsch Soares (2011) Advances in Scientific and Applied Accounting Divulgação de compras públicas nos websites das capitais dos estados do Brasil Identificar o grau de transparência na divulgação de compras

públicas nos websites institucionais das capitais dos Estados

brasileiros. Amostra: portais de 26 capitais brasileiras Período: novembro a dezembro de 2010

- Checklist baseado nos princípios que norteiam um processo de compra pública de acordo com o art. 3° da Lei 8.666/1993. - Cumprimento da Lei nº 9.755 / 1998. - Itens verificados: Manutenção de sítio eletrônico institucional (1 ponto); Utilização de links direcionados às páginas de divulgação das Compras

Públicas (1 ponto); Utilização de links direcionados às páginas de divulgação da Transparência (1 ponto); Modalidades de Licitação utilizadas (3 pontos cada); Divulgação das licitações

abertas, em andamento e concluídas (3 pontos); Sem

Exigência de Pré-cadastro (1 ponto); Divulgação do

Edital (2 pontos); Divulgação do Preço de

Referência no Edital (1 ponto); Divulgação dos Participantes da Licitação

(1 ponto); Divulga Mapa de Apuração de Preços (1

(30)

Autores (Ano de Publicação)

Origem

Título Objetivo Abrangência

Critérios de análise da transparência nas compras públicas 100 mil habitantes (3 pontos). Laura Letsch Soares (2013) Dissertação - Programa de Pós Graduação em Ciências Contábeis da UFSC Transparência em compras públicas: proposta de um Índice da Transparência na Gestão de Compras Públicas Aplicado aos Websites de Municípios Brasileiros com mais de 100 mil habitantes Aferir o nível de transparência na divulgação de compras

públicas nos websites institucionais dos municípios brasileiros

com mais de 100 mil habitantes. Amostra: 91 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes Período: novembro de 2010 a fevereiro de 2011

- Checklist baseado nos princípios que norteiam um processo de compra pública de acordo com o art. 3° da Lei 8.666/1993. - Cumprimento da Lei nº 9.755 / 1998. - Itens verificados no Índice da Transparência na Gestão de Compras Públicas: Manutenção de sítio eletrônico institucional (1 ponto); Utilização de link direcionador às Compras Públicas (1 ponto); Utilização de link de direcionamento à Transparência (1 ponto); Modalidades de Licitação utilizadas (3 pontos cada);

Execução de pregão eletrônico em portal próprio ou outro (1 ponto);

Licitações abertas, em andamento e concluídas (3 pontos); Sem Exigência de Pré-cadastro (1 ponto); Divulgação extrato edital (1 ponto); Divulgação do

edital (1 ponto); Divulgação do preço de

referência no edital (1 ponto); Divulgação dos participantes da licitação (2 pontos); Divulgação vencedores da licitação (2 pontos); Divulgação do mapa de apuração de preços (1 ponto); Divulgação de resultados (global ou detalhado) (3 pontos); Divulgação das marcas dos produtos adquiridos (1 ponto); Cumprimento da Lei 9.755/98 (3 pontos). Monique Simões Soares (2015) Satisfação da Lei de Acesso à Informação através do

Analisar em que medida a Lei de Acesso à Informação é satisfeita pelo sistema de compras

(31)

Autores (Ano de Publicação)

Origem

Título Objetivo Abrangência

Critérios de análise da transparência nas compras públicas Dissertação – Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da FGV sistema de compras eletrônicas do Governo do Estado do Rio de Janeiro: A transparência proporcionada pelo Sistema Integrado de Gestão de Aquisições- SIGA públicas do Governo do Estado do Rio de Janeiro

e os principais órgãos públicos de cada um dos vinte e seis Estados e do Distrito Federal que foram catalogados (ranking pregão eletrônico). Período: 2014

- Itens verificados: fácil acesso às informações

(caput do artigo 8°); acompanhamento da licitação em tempo real;

registro das despesas I valor contratado (inciso III

do § I o do artigo 8°); demonstração da economicidade; acesso aos editais e anexos (inciso IV

do § I o do artigo 8°); contratos celebrados; quantidade de licitações

realizadas; respostas e perguntas mais frequentes da sociedade (inciso VI do

§ I o do artigo 8°); pesquisa objetiva, com

linguagem de fácil compreensão (inciso I do §

3° do artigo 8º); relatórios para facilitar a análise

(inciso II do § 3 o do artigo 8°); planilhas com

informações sobre as licitações realizadas; detalhes da Licitação I ATAS e CHAT MENSAGEM (inciso IV do § 3° do artigo 8º). - As notas foram atribuídas

em relação às informações disponibilizadas, da seguinte forma: a) O (zero)- Não informado; b)

I (um)- Informado (incompleto); c) 2 (dois)- Informado (completo); d) 3 (três)- Informado (completo e atualizado). Nauana Gaivota Silveira (2017) Dissertação – Programa de Pós Graduação em Contabilidade - UFSC Transparência nas compras governamentais: avaliação de portais dos Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia Avaliar o nível de transparência sobre compras públicas nos

portais de Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia. Amostra: 38 institutos que compõe a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica Período: outubro de 2017 - Indicadores, identificados a partir da análise da literatura; - Itens verificados: Disponibilização dos

editais; Relação dos participantes; Informações

sobre os contratos firmados; Informações

(32)

Autores (Ano de Publicação)

Origem

Título Objetivo Abrangência

Critérios de análise da transparência nas compras públicas

Legislação sobre compras governamentais; Contato

para esclarecimentos; Consulta On-line e

Atualização. Fonte: Elaboração própria a partir da revisão da literatura, 2021.

O estudo de Vicente e soares (2011) “Divulgação de compras públicas nos websites das capitais dos estados do Brasil” teve como objetivo a análise da transparência quanto à divulgação de compras públicas nos websites das capitais brasileiras, buscando identificar o cumprimento das leis vigentes até o ano de 2010, ano de coleta dos dados para o estudo, que corresponde ao ano anterior à Lei de Acesso à Informação. Diante desse contexto, algumas informações no início da formulação e desenvolvimento dos portais de divulgação de dados públicos puderam ser identificadas.

Quando tratado sobre a manutenção de sites institucionais e o direcionamento para páginas específicas de Compras Públicas, Vicente e Soares (2011) destacam que apenas o município de Macapá/AP ainda não tinha website municipal institucional em funcionamento, o qual se encontrava em processo de construção durante o período do estudo. Além disso, os autores apontam que não foram localizados links específicos para licitações nos sites institucionais de Manaus/AM, do Rio de Janeiro/RJ e de São Luís/MA. Posteriormente, Soares (2013) ampliou o estudo anterior ao analisar a temática nas administrações de uma amostra de municípios com mais de 100 mil habitantes, por meio da estruturação do Índice da Transparência na Gestão de Compras Públicas. A autora nos mostra que apenas os municípios de Belford Roxo/RJ e Macapá/AM ainda não apresentavam websites municipais institucionais em funcionamento, passando ainda pelo processo construção ou manutenção.

Diante das variáveis que compõem o Índice da Transparência na Gestão de Compras Públicas proposto, a autora aponta que as menores pontuações obtidas entre os municípios analisados dizem respeito a ausência de divulgação de inexigibilidades de licitação, dispensas de licitação, falta de divulgação dos participantes da licitação, mapa de apuração de preços e falta de divulgação das marcas dos produtos adquiridos (SOARES, 2013).

(33)

Integrado de Gestão de Aquisições - SIGA, abordando a satisfação da Lei de Acesso à Informação (LAI) por meio da construção de um ranking de transparência nos sites de compras eletrônicas na modalidade pregão eletrônico. A pesquisa apontou que os vinte e seis Estados brasileiros e o Distrito Federal se utilizam de canais eletrônicos para realizar aquisições de bens e serviços, principalmente pela necessidade de reduzir prazos, custos e em busca de mais transparência.

Dentre esses canais eletrônicos, estão o COMPRASNET, criado pelo governo federal para realização, verificação e divulgação de licitações e cotações públicas, o site do Banco do Brasil, conhecido como Licitações-e, e sites desenvolvidos pelos próprios estados. Com a análise desses cenários, foi possível observar que a maioria dos estados não apresentam planilhas e relatórios sobre as aquisições realizadas, foi constado também que aversão analisada do Sistema Integrado de Gestão de Aquisições (SIGA) não apresentada mecanismos para a obtenção dessas informações, porém com a possibilidade da atualização futura nesse quesito.

Em consonância com a Lei de Acesso à Informação (LAI), prevê que os órgãos possuam link contendo perguntas e respostas como mecanismos de sanar dúvidas existentes do público, dessa forma foi observado que sete dos doze sites de compras, incluindo o SIGA, não possuem esse mecanismo. Em contrapartida, todos os estados obtiveram nota máxima, quando falado da possibilidade de visualização dos detalhes das licitações com resumos das reuniões e contratos, por meio do histórico dos chats de mensagens.

Alves e Souza (2011) trouxa a perspectiva diante das compras eletrônicas governamentais. Permitindo a análise dos sites de e-procurement dos estados brasileiros, destacando dois dos websites de compras governamentais, a Bolsa Eletrônica de Compras, desenvolvida pelo Estado de São Paulo e o COMPRASNET, objeto de estudo já citado anteriormente.

A avaliação foi feita por meio da pontuação atribuída a sete dimensões, que abordam desde a segurança e acessibilidade das informações até o design que analisa a praticidade no acesso das informações. Diante disso, foram verificadas que os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo lideraram o ranking, com as maiores notas em amplitude de informações e automação das ferramentas, os estados do Rondônia e Roraima zeraram a pontuação geral e o estado do Amapá apresentou a pontuação mínima, pontuando apenas nas categorias de Design, Facilidade de Uso e Transparência.

(34)

destaque especial para os estados de Ceará, com 7 pontos, Minas Gerais e Goiás com 6,5 pontos no quesito Transparência.

Por último, o estudo de Silveira (2017) analisou o nível de transparência nas compras públicas com uma visão focada nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, contemplando informações sobre a divulgação dos processos de compras realizados por 38 instituições. Dentre esses órgãos, chama atenção o resultado apontado por Silveira (2017) de que 10 dos 38 institutos ainda não promoviam a divulgação dos editais de forma integral nos portais. De fato, a pesquisa constatou a predominância (50%) de um fraco nível de transparência na disponibilização de informações sobre compras públicas nos websites desses institutos. Apenas um instituto alcançou o nível de transparência significativa.

Além dos cinco estudos discutidos aqui, cabe destacar o levantamento mais amplo realizado por Silveira (2017) acerca de modelos que estabelecem indicadores específicos para transparência em compras governamentais, o que resultou no Quadro 03.

Quadro 03: Síntese de indicadores para análise da transparência em compras públicas.

(35)

Neto - 2013 Nunes – 2013 X X X X Beghin e Zigoni - 2014 X X Ministério Público Federal – 2015 X X Amorim e Almada - 2016 X X X Lyrio – 2016 X X X X X TOTAL 1 9 3 3 1 1 1 9 3 2 2 3 1 1 1 3 1 1 1 1 Fonte: Silveira, 2017, p. 48-49.

Levando em consideração os dados levantados no quadro 2 e no quadro3, é possível notar que os modelos de estudos apresentam indicadores que estão em consonância com a legislação vigente. A divulgação dos editais e contratos obrigatórias desses itens, está prevista tanto na Lei das Licitações como também na Lei de Acesso à Informações.

A Lei de Acesso à Informação (BRASIL, 2011), dispõe, em seu artigo 8º, inciso IV:

IV - Informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados; (BRASIL, 2011).

Os indicadores de divulgação voluntária e obrigatória são variados, inúmeras instituições apresentam esses mecanismos de forma voluntária, a necessidade de cadastro ou logins estão presentes em muitos dos sites, o que dificulta o acesso a informações. Esses mecanismos de divulgação voluntária permitem a publicidade de outras informações de extrema importância no processo de transparência, edital, valor, contrato, fornecedores e todas as etapas do processo do início ao fim.

(36)

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Nesta seção serão apresentados os procedimentos metodológicos adotados, contemplando a caracterização do estudo, o plano de coleta e o plano de análise de dados.

A presente pesquisa buscou descrever as estratégias de divulgação de informações relativas a licitações e contratos pelos websites de prefeituras das capitais nordestinas, a fim de analisar sua adequação à legislação vigente e às boas práticas de transparência ativa. Para tanto, foi estabelecida a estratégia sintetizada no Quadro 03 e que será detalhada nos próximos tópicos.

Quadro 04: Síntese da estratégia da pesquisa.

Título

Estratégias de divulgação de informações relativas a licitações e contratos nos websites de prefeituras das capitais nordestinas: uma análise à luz da legislação e das boas práticas de transparência

Problema de pesquisa

Em que medida as estratégias de divulgação de informações relativas a licitações e contratos pelos websites de prefeituras das capitais do Nordeste brasileiro se adequam à legislação vigente e às boas práticas de transparência ativa?

Objetivo geral

Analisar as estratégias de divulgação de informações relativas a licitações e contratos nos websites de prefeituras das capitais do Nordeste brasileiro quanto a sua adequação à

legislação vigente e às boas práticas de transparência ativa.

Objetivos específicos Coleta de dados Análise de dados

a) Mapear o conteúdo dos websites das prefeituras de capitais do Nordeste brasileiro que contenham informações relativas a licitações e contratos.

▪ Identificar nos portais a forma como acontece a divulgação das compras públicas, compreendendo

as ferramentas e

informações disponíveis, a

partir de análise

documental.

▪ Por meio da identificação das ferramentas utilizadas e dados fornecidos, foram realizados os registros em planilhas eletrônicas, a fim de possibilitar a análise quanto a padronização e a variabilidade de informações. b) Mensurar o nível de

transparência ativa, para a área de licitações e contratos, dos websites das prefeituras de capitais do Nordeste brasileiro, a partir de metodologias de avaliação já aplicadas no Brasil.

▪ Com base nos dados coletados e se utilizando do checklist de categorias pré-determinadas com o propósito de melhor observar o nível de transparência de divulgação das compras públicas.

▪ Processados os dados obtidos durante a coleta de dados, foram atribuídas pontuações de acordo com a presença ou não de

mecanismos de

(37)

c) Mensurar o nível de transparência ativa, para a área de contratações emergenciais voltadas ao enfrentamento da pandemia de Covid-19, dos websites das prefeituras de capitais do Nordeste brasileiro, a partir de metodologias de avaliação já aplicadas no Brasil..

▪ Da mesma forma, as compras destinadas para o combate à pandemia de COVID-19 passaram pelo processo de categorização

do checklist em

consonância com a legislação vigente.

▪ Processados os dados obtidos durante a coleta de dados, foram atribuídas pontuações de acordo com a presença ou não de

mecanismos de

transparência.

Fonte: Elaboração própria, 2021.

3.1 NATUREZA E CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Este trabalho de análise se caracteriza, quanto aos seus objetivos, como uma pesquisa descritiva, uma vez que busca descrever as características e acontecimentos que permeiam certo fenômeno ou situação ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. Segundo Gil (2002), entre as pesquisas descritivas destacam-se aquelas que têm como objetivo analisar o nível de atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade, o índice de criminalidade, os níveis de escolaridade, como também, as pesquisas eleitorais.

Dessa forma, o presente trabalho exige uma abordagem de análise dos métodos mistos, caracterizada como uma pesquisa que permite uma interligação entre os enfoques qualitativos e quantitativos, utilizando os potenciais dessas metodologias a qual dão mais credibilidade aos cruzamentos dados e informações e, assim, transformando em uma construção uniforme (CRESWEEL, 2010, p. 238).

No caso dos dados qualitativos porque apresenta subjetividade nas decisões e necessidades presente no processo de compra de cada capital de acordo com suas necessidades e demandas. E quantitativa porque pretende mensurar as informações identificadas por meio da análise da adequação das ferramentas utilizadas por capital estudada no processamento da pesquisa.

(38)

3.2 ABRANGÊNCIA DO ESTUDO E PLANO DE COLETA DE DADOS

Na pesquisa, foram analisados dados das nove capitais da região Nordeste do país, trazendo uma perspectiva das execuções de compras como um todo, como também o comportamento das compras para enfrentamento à pandemia de COVID-19.

No que diz respeito a coleta de dados utiliza-se dados primários extraídos a partir da consulta a sites e plataformas regulamentadas pela Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), pela Lei nº 8.666/1993 (Lei de Licitações e Contratos) e pela Lei nº 13.979/2020 (Lei para enfrentamento à pandemia), possibilitando as verificações e mensuração dos dados, sob várias perspectivas de análise, seja de acesso rápido e fácil, até mesmo a compreensão das formas de filtro utilizados por plataforma.

3.3 PLANO DE ANÁLISE DE DADOS

Os dados sobre compras públicas são oriundos dos websites de cada uma das capitais, identificando os procedimentos e modalidades mais utilizados nas compras públicas publicadas e divulgadas nos portais oficiais, possibilitando o acompanhamento dos gastos públicos, podendo identificar o tipo e o grau de transparência.

Os dados coletados foram processados baseados no checklist elaborado por Ernesto Fernando Rodrigues Vicente e Laura Letsch Soares na pesquisa “Divulgação de Compras Públicas nos websites das capitais dos estados do Brasil”, no qual são identificados pontos-chave e atribuída pontuação a cada categoria, de acordo com a tabela 1.

Tabela 1: Checklist das informações sobre compras públicas nos websites institucionais dos municípios.

Ordem Categoria Valor

Mínimo

Valor Máximo

1 Manutenção de sítio eletrônico institucional. 0 1

2 Utilização de links direcionados às páginas de divulgação das

Compras Públicas 0 1

3 Utilização de links direcionados às páginas de divulgação da

Transparência. 0 1

Modalidades de Licitação utilizadas:

4

Inexigível 0 3

Dispensa 0 3

Convite 0 3

(39)

Pregão Eletrônico 0 3

Tomada de Preços 0 3

Concorrência 0 3

11 Divulgação das licitações abertas, em andamento e concluídas 0 3

12 Sem Exigência de Pré-cadastro 0 1

13 Divulgação do Edital 0 2

14 Divulgação do Preço de Referência no Edital 0 1

15 Divulgação dos Participantes da Licitação 0 1

16 Divulga Mapa de Apuração de Preços 0 1

17 Divulgação de Resultados (global ou detalhado) 0 3

18 Divulgação das Marcas dos Produtos Adquiridos 0 1

19 Cumprimento da Lei 9.755/98 pelos municípios com mais de

100 mil habitantes 0 3

Totais 0 40

Fonte: Vicente e Soares, 2011.

Adaptações foram necessárias para que fossem contempladas as legislações pertinentes ao estudo, onde o foco é a análise da Lei nº 12.527/2011 sobre Acesso à Informação. A LAI, no art. 8º, § 3º, define que toda e qualquer entidade pública tem por dever promover a divulgação de fácil acesso às informações de interesse coletivo descritas nos incisos abaixo:

I-Conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão;

II-Possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive aber-tos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações;

III-Possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estru-turados e legíveis por máquina;

IV-Divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da informação; V-Garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis para acesso; VI-Manter atualizadas as informações disponíveis para acesso;

VII-Indicar local e instruções que permitam ao interessado comunicar-se, por via eletrô-nica ou telefôeletrô-nica, com o órgão ou entidade detentora do sítio; e

VIII-Adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9º da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008 (BRASIL, 2011).

(40)

Tabela 2: Checklist das informações sobre compras públicas nos websites institucionais das capitais.

Ordem Categoria Valor

Mínimo

Valor Máximo

Compras Públicas

1 Manutenção de sítio eletrônico institucional. 0 2

2 Utilização de links direcionados às páginas de divulgação das

Compras Públicas 0 1

3 Utilização de links direcionados às páginas de divulgação da

Transparência. 0 1

Modalidades de Licitação utilizadas:

4 Inexigível 0 1 Dispensa 0 1 Convite 0 1 Pregão Presencial 0 1 Pregão Eletrônico 0 1 Tomada de Preços 0 1 Concorrência 0 1

11 Divulgação das licitações abertas, em andamento e concluídas 0 2

12 Sem Exigência de Pré-cadastro 0 2

13 Divulgação do Edital 0 2

14 Divulgação do Preço de Referência no Edital 0 2

15 Divulgação dos Participantes da Licitação 0 1

16 Divulga Mapa de Apuração de Preços 0 1

17 Divulgação de Resultados (global ou detalhado) 0 2

18 Divulgação das Marcas dos Produtos Adquiridos 0 1

Cumprimento da Lei 12.527/11

19

I - Conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão;

0 2

II - Possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como pla-nilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações;

0 2

III - Possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em

formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina; 0 2 IV - Divulgar em detalhes os formatos utilizados para

estrutura-ção da informaestrutura-ção; 0 2

VI - Manter atualizadas as informações disponíveis para acesso; 0 2

VII - Indicar local e instruções que permitam ao interessado co-municar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou en-tidade detentora do sítio;

0 2

VIII - Adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9º da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008.

0 2

Totais 0 38

(41)

Além da análise obtida pelo checklist acima reformulado e apresentado, também foram obtidos dados sobre a divulgação de compras nos sites das instituições estudadas por meio dos indicadores de análise da transparência em compras públicas obtida por meio da pesquisa de Silveira (2017), apresentada no Quadro 04, com as adaptações pertinentes ao estudo.

Quadro 05: Síntese de indicadores para análise da transparência em compras públicas nas capitais nordestinas. Capitais / Indicadores D ados não -f in ance iro s s o bre os i nsu m os a se re m adq uir idos C ontr at os A dit ivos c ontr at ua is A tas de li ci tação D ados es tat ís ti cos s obre cada moda li d ade Port a l próp ri o d e co m pra s Sis tem a própr io de co m pr as e let rôni cas E dit a is Inf or m ões d e l ic it a çõe s em and a m en to Inf or m ões /O ri ent a çõe s ao f orn ec edo r L egi sl açã o Inf or m ões pa ra c on ta to G lo ss á ri o A tual izaç ã o D ados agre gados R el ação dos pa rt ici p ante s R ec urso s R egul a m ent ação int er na O ri ent a çõe s s obr e r ec up eraç ão d e s enha % de or çam ent o /C ont rat ação T O T A L Aracaju Fortaleza João Pessoa Maceió Natal Recife São Luís Salvador Teresina TOTAL

Fonte: Elaboração própria, 2021.

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