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A Matemática é... PROJETO [INTER]DISCIPLINAR: por Lilian de Souza Vismara

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Academic year: 2021

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A Matemática é ...

por Lilian de Souza Vismara EIXO TEMÁTICO:

A Matemática, o meio ambiente e as práticas humanas: perspectivas para a uma educação financeira & sustentável.

JUSTIFICATIVA TEÓRICA:

A aprendizagem significativa das ideias e técnicas matemáticas ocorre quando o aluno se defronta com situações que exijam investigação, reflexão, empenho. Assim, propõe-se, com essa proposta, uma estratégia de ensino que visa multiplicar as oportunidades para os alunos construírem o conhecimento matemático e refletirem sobre o conhecimento adquirido.

OBJETIVOS:

Este projeto [inter]disciplinar tem por objetivo promover a importância da inferência matemática para a utilização de recursos naturais de modo consciente via um problema contextualizado visando motivar os educandos para o aprendizado de objetos de conhecimento da Matemática e a integração destes com outras áreas do conhecimento.

Objetivo Geral

Tendência de procurar ver e apreciar a estrutura abstrata presente numa situação, seja ela relativa a problemas da sociedade, à natureza, à arte seja em outras áreas do conhecimento, envolva elas elementos inerentes da Matemática. Em particular, identificar propriedades em figuras presentes no espaço de vivência e usando-as na resolução de problemas via utilização da álgebra e de conhecimentos básicos de estatística e informática.

Objetivos Específicos

 Perceber a Matemática como conhecimento historicamente construído

 Construir um instrumento de medição de altura, semelhante a um hipsômetro, denominado Prancheta Dendrométrica;

 Identificar figuras semelhantes e não semelhantes fora do contexto da matemática formal;

 Estabelecer condições necessárias para o reconhecimento de figuras semelhantes (lados correspondentes proporcionais e ângulos correspondentes congruentes);

 Desenvolver a noção de semelhança de figuras planas, em particular, semelhança de triângulos a partir de uma situação-problema prática;

 Identificar e aplicar a propriedade fundamental das proporções

 Identificar a razão de semelhança da situação-problema e obter a altura da árvore via medição indireta (com o uso da prancheta dendrométrica);

 Organizar dados e construir tabelas;  Estimar a altura de uma árvore;

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poligonais;

 Resolver situações-problemas que envolvam figuras espaciais;  Determinar o volume de cilindro e outras figuras espaciais;

 Estudar a relação entre densidade, massa e volume de grandezas físicas;  Procurar identificar as espécies de árvores;

 Pesquisar a densidade básica das espécies;  Determinar a massa de carbono de árvores;

 Discutir a contribuição desta fixação de carbono para o meio ambiente;

 Pesquisar a legislação vigente no que tange o uso da terra e a proteção do meio ambiente;  Fazer um estudo do ponto de vista econômico para situações da "matemática do campo";  Fazer um estudo do ponto de vista ambiental para situações da "matemática do campo";  Realizar inferências sobre as práticas humanas com relação à vida do planeta.

RECURSOS METODOLÓGICOS:

A partir do estudo do conceito de semelhança de triângulos, propõem-se as seguintes etapas para a realização deste Projeto Disciplinar:

(a) Pesquisa de documentários sobre o tema abordado;

(b) Propor para todos os educandos a situação-problema envolvendo os objetos de conhecimento associados;

(c) Construir uma prancheta dendrométrica;

(d) Utilizar a prancheta dendrométrica em aula prática;

(e) Calcular a altura, o volume, a biomassa e por fim a quantidade de carbono fixado por uma árvore; (f) Estudar a legislação agrária e ambiental para adequação de propriedades rurais e cooperativas; (g) Fazer um estudo em propriedades, comunidades e/ou escolas do campo afim de verificar a

viabilidade econômica e ambiental de áreas de florestas plantadas e/ou nativas;

(h) Elaborar, junto com os educandos, uma forma de apresentação dos trabalhos desenvolvidos para eventos acadêmicos.

MATERIAL:

Pesquisa, filmes, xerox, prancheta dendrométrica (composta por uma tábua de 30 cm X 10 cm, papel milimetrado, fio de náilon, tachinha e chumbada de pesca), fita métrica e trena.

PROPOSTA DE FORMAS DE AVALIAÇÃO:  Avaliação em grupo:

- construção da prancheta;

- desempenho do grupo (cooperativismo) no campo e

- elaboração de um relatório e/ou manual contendo a descrição das etapas de construção e utilização da prancheta dendrométrica;

- elaboração de hipóteses e participação de plenárias de discussões;

- produção de um recurso pedagógico (sequência de ensino, material didático) para a escola básica.  Avaliação individual:

- entrega da FICHA INDIVIDUAL DE TRABALHO (ANEXO I) anexada ao relatório do grupo. (Cada integrante do grupo deve entregar uma ficha);

- realização de pesquisas;

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CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Os conteúdos de Matemática na Educação Básica devem ser selecionados, organizados e abordados de modo a possibilitar ao educando uma compreensão do conhecimento matemático que o leve a compreender conceitos e procedimentos matemáticos, desenvolver formas de raciocínio matemático, desenvolver capacidades relativas a investigações matemáticas, estabelecer relações entre a matemática e sua própria realidade, estabelecer relações entre a matemática e outras áreas de conhecimento, comunicar-se usando linguagem matemática, e principalmente, manter uma relação positiva com o aprendizado matemático, valorizar o conhecimento matemático, desenvolver atitudes de respeito em relação às opiniões alheias, de troca construtiva de ideias e de cooperação, bem como, iniciar uma educação tecnológica.

Um problema contextualizado pretende motivar para o trabalho com o uso e aplicação prática da Matemática e consequentemente da Geometria em situações-problema. Em particular, o problema de medir a altura de árvores é de suma importância em aplicações quantitativas florestais, e nestes casos, a medição direta (com uso de trena) é inviável. A medição indireta com o auxílio de um hipsômetro associada ao uso de um conteúdo matemático específico (semelhança de triângulos) é uma alternativa para solução de diversas situações-problemas. Por exemplo: estimação do volume de madeira e, consequentemente, de biomassa de uma determinada árvore.

Além disso, ao abortar um problema ambiental global e as políticas associadas a este problema, há uma aproximação do saber matemático às práticas cotidianas, à iniciação científica e ao pensamento crítico como cidadão responsável por sua ação com relação à VIDA e ao próximo.

REFERÊNCIA:

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Material para construção: uma tábua de 30 X 10 cm, papel milimetrado, fio de náilon, prego ou tacha e peso.

Construindo a prancheta...

A prancheta dendrométrica é talvez o hipsômetro (instrumento de medição de altura de árvores) mais simples e de maior facilidade de construção. A figura 1 mostra a sua estrutura, composta basicamente de uma tábua e de um pêndulo.

FIGURA 1: Estrutura da prancheta dendrométrica. Material para construção: uma tábua de 30 X 10 cm, a escala em papel milimetrado e o pêndulo formado de linha e peso.

APLICAÇÃO PRÁTICA

As visadas da árvore a ser medida são feitas tomando-se a borda superior da prancheta, onde o pêndulo está preso, como uma “mira”. Ao se visar o topo da árvore (figura 2) ocorre a formação do triângulo

ABC e, ao mesmo tempo, o pêndulo da prancheta gera o triângulo A’B’C’. A formação destes dois

triângulos é interdependente fazendo com que os ângulos de ambos sejam congruentes (iguais) e, portanto, os triângulos sejam semelhantes. A semelhança dos triângulos garante a igualdade da razão dos lados correspondentes:

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FIGURA 2: Funcionamento da prancheta dendrométrica quando é realizada uma visada do topo da árvore.

BC: é a altura h1 a ser determinada, isto é, a altura da árvore a partir da linha horizontal imaginária que passa

pelos olhos do observador.

AC: é a distância do observador a árvore (DOA). Note que essa distância é a distância horizontal e pode

diferir da distância medida sobre o terreno em situações de topografia acidentada.

B’C’: é a distância percorrida pelo pêndulo da prancheta dendrométrica (l1) quando esta é inclinada para se

fazer a visada do topo da árvore. Esta distância é lida diretamente na escala da prancheta e por isso a escala da prancheta é graduada do centro para as pontas, uma vez que o pêndulo descansa na posição central quando a prancheta está perfeitamente horizontal,

A’C’: é a altura da prancheta (hP ), que em geral é de 10 cm.

A partir desta interpretação obtemos a fórmula da prancheta dendrométrica:

Tomando-se l1 e hP na mesma unidade de medida (centímetros) a razão l1=hP fica sem unidades e a

altura h1 é obtida na mesma unidade da distância DOA (metros).

Para se determinar a altura total da árvore faz-se uma segunda visada da base da árvore, pois h1 mede

a altura da árvore a partir da linha horizontal a partir do olho do observador. As irregularidades do terreno tornam o procedimento da segunda visada mais seguro que a simples adição da altura do olho do observador à h1. Em condições de campo, os pés do observador dificilmente estarão na mesma altura horizontal da base

da árvore.

Na visada da base da árvore o mesmo processo de formação de triângulo se forma (figura 3) e a altura h2 da linha horizontal para base da árvore é acompanhada de uma segunda leitura l2 na prancheta

dendrométrica.

A altura total, portanto, é obtida pela soma de h1 e h2 e a fórmula da prancheta dendrométrica fica:

como hP é normalmente 10 cm, na determinação da altura no campo se deve utilizar distâncias “redondas”

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ANEXO I

FICHA INDIVIDUAL DE TRABALHO

Aluno(a): _______________________________________________________________________________________ 1) Represente sua situação problema (“você e sua árvore”).

2) Qual é a altura da árvore observada? Apresente seus cálculos.

_____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ 3) O que entende por semelhança?

_____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ 4) Quais são as condições necessárias para que haja semelhança entre dois polígonos?

_____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ 5) Na prática, qual foi o objetivo de utilizar semelhança de triângulos?

_____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ 6) Cite outros exemplos (imagine-os) de aplicação de figuras semelhantes.

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